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#Comércio ilegal
ocombatenterondonia · 5 months
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PF intensifica ações de combate ao comércio ilegal de madeiras extraídas de terras indígenas em RO
As ações ocorreram entre os dias 16 e 19/4 nas imediações de Espigão do Oeste A Polícia Federal, realizou, entre os dias 16 e 19/4, ações de patrulhamento, para intensificar a fiscalização nas principais rotas de transporte de madeiras extraídas ilegalmente de terras indígenas, nas imediações de Espigão do Oeste/RO e de áreas indígenas como Pacarana e “14 de abril”. Na última terça-feira…
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antonioarchangelo · 1 year
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Receita Federal deflagra Operação Brinquedo Assassino 2
São Paulo, 4 de outubro de 2023 – A Receita Federal realizou nesta quarta-feira a Operação “Brinquedo Assassino 2”, com o objetivo de combater o comércio de brinquedos falsificados em um estabelecimento localizado na região central de São Paulo. Durante a operação, foram apreendidas cerca de três toneladas de mercadorias, com um valor total estimado em R$ 1 milhão. A prática identificada…
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cubojorbr · 1 year
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Polícia Federal do Maranhão deflagra operação para combater comércio ilegal de bens arqueológicos na região
A investigação teve início após a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) denunciar a venda de materiais arqueológicos pela internet.
A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (11), a Operação PEDRAS DE RAIO com o objetivo de combater o comércio ilegal de bens arqueológicos no interior do estado do Maranhão. A investigação teve início após a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) denunciar a venda de materiais arqueológicos pela internet. Após identificar o responsável pelo anúncio, a Polícia Federal cumpriu um mandado…
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chicoterra · 2 years
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Suspeitos da operação contra comércio ilegal de cigarros se entregam
Suspeitos da operação contra comércio ilegal de cigarros se entregam
Total de presos na Operação Smoke Free sobe para 17Três investigados por participação em uma quadrilha internacional especializada no comércio ilegal de cigarros se entregaram na Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira (28). Com isso, subiu para 17 o número de presos na Operação Smoke Free, deflagrada na semana passada. Os nomes dos presos…
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declivar · 10 months
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Disjunção e afeto em Tarkovsky: Stalker (1979) e os Strugatski
(24 de Novembro de 2023)
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O diretor-tradutor é um poeta: “retira os signos de um determinado ‘lugar’ e os coloca novamente em ‘rotação’ numa busca de diferentes espaços para sua realização”. Na poética de Tarkovsky, a poesia é o produto final do fazer cinematográfico, pois o cineasta é movido pela criação inspirada pela alma, em um ofício que fala muito sobre o espírito do artista e sobre o sentido da obra de arte. Sua estética é movida pelo potencial afetivo da arte, buscando associações poéticas que provocam memória e emoção.
Para o cineasta, a arte é uma revelação transcendental que pode mudar a realidade. Em suas palavras: “A arte deve transcender e também observar [a realidade]; seu papel é trazer visão espiritual para influenciar a realidade: do mesmo modo que fez Dostoievsky, o primeiro a expressar de forma inspirada o mal do século”. Em 1979, Andrei Tarkovsky dirigiu um filme cujo roteiro foi inspirado no romance de ficção científica Piquenique na Estrada, de 1972, dos irmãos Arkádi Strugatski e Boris Strugatski.
INTRODUÇÃO
Piquenique na Estrada, que é grande sucesso do gênero sci-fi, ganhou várias traduções e foi exportado para mais de vinte países. A partir dos estudos sobre adaptação e tradução intersemiótica, vamos buscar entender como o filme Stalker (1979) conta a história de Roadside Picnic. Nossa análise parte da perspectiva de que diretor e tradutor fazem parte da criação da narrativa, uma vez que capturam sua poiesis de uma obra e a transportam para outro ferramental técnico, nesse caso, outra linguagem artística, o cinema.
A novela dos irmãos Strugatski conta a história de Redrick Schuhart, um stalker que vive do comércio ilegal de artefatos alienígenas. A narrativa se passa em um mundo pós-apocalíptico em que a “visitação” extraterrestre já aconteceu e é descrita como um piquenique na beira da estrada. O protagonista é responsável por vagar dentro de uma zona perigosa e misteriosa de tecnologia extraterrestre, em busca de artefatos apropriados para venda – por isso stalker, perseguidor. Nessa Zona, há um lugar conhecido por ter uma Bola Dourada, capaz de realizar qualquer desejo.
Já o filme trabalha com cenários reais para representar a zona e a Bola Dourada, que nesse caso é um quarto dos desejos. Tarkovsky não abordou tecnologia alienígena para explicar a zona ou a causa de um mundo em ruínas. O diretor-tradutor, no entanto, aplica elementos de sua poética para realizar o romance dos Strugatski em filme. Dentre as técnicas principais, vamos trabalhar com disjunção temporal e associação poética, ambas descritas pelo cineasta em Esculpir o Tempo, livro de 1984.
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Como material de apoio, selecionamos, além do Sculpting in Time, tradução para o inglês por Kitty Hunter-Blair, uma resenha deste elaborada por Luiz Bagolin e Magali Reis (2011), e trechos da dissertação de mestrado de Fabrícia Dantas (2011), cujo tema foi exatamente a adaptação dos livros dos irmãos Strugatski em Stalker (1979). Ainda sobre a análise comparativa, utilizamos um ensaio de John Riley (2017) sobre fantologia (hauntology) e ruínas em Stalker (1979), publicado no Journal of Film and Video. Por fim, o estudo prévio de Teoria e prática da adaptação: Da fidelidade à intertextualidade, de Robert Stam (2006), sedimentou a ponte teórica, possibilitando uma análise técnica e não moralista da adaptação da literatura em filme.
TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA
A noção de fidelidade, quando o assunto é adaptação e tradução, vem perdendo lugar na crítica literária. Um exemplo disso é o desenvolvimento teórico sobre a suposta superioridade e hierarquia do texto original sobre a adaptação/tradução, que vem sendo questionada muitas vezes sob os vieses anticolonial, pós-estruturalista e da crítica da tradução (STAM, 2006). Esta última destaca o papel do tradutor como autor e releitor da obra traduzida. Entende-se, sobretudo, que a tradução é a poiesis de um texto realizado em outro; e o mesmo ocorre com adaptação, que já aparece na teoria como “tradução intersemiótica”, devido ao seu caráter de trânsito entre diferentes linguagens artísticas.
Além de a tradução intersemiótica dar conta da realização poética de uma linguagem artística em outra, ela também considera os textos já produzidos, pois sua essência relacional a coloca sempre em contato com um Outro que veio antes. Assim, a tradução intersemiótica “tem em vista esse diálogo entre o passado e o presente e a criação de uma identidade nova para o objeto traduzido. A tradução intersemiótica é uma poética sincrônica” (DANTAS, 2011, p. 28).
Nosso entendimento é de que cada texto é um evento discursivo que remonta a uma trama de diversos outros discursos (o “já-dito”, que também pode ser entendido como intertexto). Portanto, os textos são movidos pela dialética constante entre a história e o sujeito do discurso, isto é, entre o passado e o sujeito que o lê, interpreta e cria. A adaptação, então, é uma transposição poética (às vezes bem literal por delimitações mercadológicas) de um discurso em outro, cuja linguagem artística se manifesta através de uma poética própria, muitas vezes com acréscimos do sujeito e do momento histórico em que se produz. Nessa visão, não há supremacia do original sobre o adaptado, tampouco da literatura sobre o cinema (STAM, 2006). A adaptação nasce como uma fonte de criatividade, fruto da releitura que o processo de tradução intersemiótica possibilita.
O diretor-tradutor é um poeta: “retira os signos de um determinado ‘lugar’ e os coloca novamente em ‘rotação’ numa busca de diferentes espaços para sua realização” (DANTAS, 2011, p. 30). Na poética de Tarkovsky, a poesia é o produto final do fazer cinematográfico, pois o cineasta é movido pela criação inspirada pela alma, em um ofício que fala muito sobre o espírito do artista e sobre o sentido da obra de arte. Sua estética é movida pelo potencial afetivo da arte, buscando associações poéticas que provocam memória e emoção.
Para o cineasta, a arte é uma revelação transcendental que pode mudar a realidade. Em suas palavras: “A arte deve transcender e também observar [a realidade]; seu papel é trazer visão espiritual para influenciar a realidade: do mesmo modo que fez Dostoievsky, o primeiro a expressar de forma inspirada o mal do século”[1] (TARKOVSKY, 1989, p. 96, tradução nossa). Assim, poeta e cineasta não se contentam em descrever o mundo: participam de sua criação e instigam a mudança através do refinamento da sensibilidade.
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Em seu Sculpting in Time, Tarkovsky (1989) elabora partes de sua concepção sobre arte. Para Bagolin e Dos Reis (2011, p. 272), o cineasta segue uma “ética-estética que passa por Horkheimer e Adorno, para depois subordinar a crítica sobre a indústria cinematográfica a um discurso sobre o espírito do artista e sobre o sentido da obra de arte”. A aesthesis do diretor-tradutor valoriza a autonomia do receptor, e por isso é uma estética de semântica ampla, que incentiva o potencial interpretativo dos sujeitos que a confrontam. A principal ferramenta narrativa adotada pelo cineasta é a associação poética e imagética, porque ela provoca os afetos ideais e estimula a sensibilidade artística do receptor, associando memórias, emoções, tempo e o ser da arte.
Outra característica de suas obras é a dilatação ou contração do tempo. Se a memória é importante, é porque é a matéria-prima do ser humano: “Tempo e memória se fundem; (...) É bem óbvio que, sem o Tempo, a memória também não pode existir”[2] (TARKOVSKY, 1989, p. 57, tradução nossa). Assim, Tarkovsky constantemente faz uma reelaboração artística do passado, usando ruptura e descontinuidade temporal. A ideia é que o tempo disruptivo possa gerar uma unidade inteligível, mas paradoxal, que o diretor chama de “conceito espiritual”: “Memory is a spiritual concept!” (TARKOVSKY, 1989, p. 57).
Só que Stalker (1979) é a adaptação de uma narrativa que se passa no futuro.
FUTURO DO PASSADO
A novela tem como personagem principal Redrick Schuhart, ex-funcionário dos laboratórios do Instituto Internacional das Culturas Extraterrestres que usa sua proximidade com a agência para ter acesso ilegal às áreas de visitação extraterrestres, conhecidas como Zonas. A “visitação” é apresentada logo no início da narrativa, e é explicada através da analogia a um piquenique na beira da estrada: os visitantes vieram, fizeram seu piquenique, aproveitaram a paisagem e deixaram os lixos do passeio para trás. Depois da visita, alguns laboratórios foram criados ao redor de seis zonas de contato para estudar o mistério dos restos de tecnologia alienígena. Nessa realidade pós-apocalíptica, as idas de Redrick à Zona Harmont são motivadas pela busca por artefatos alienígenas para comércio ilegal, o que confere a ele o ofício de stalker (ou perseguidor).
O livro Piquenique na Estrada (1971) está inserido na discussão sobre a pouca importância dos seres humanos em um universo povoado por outras civilizações: “Por que vocês, cientistas, têm tanto desdém em relação ao ser humano? Por que é que sempre tentam rebaixá-lo?” (STRUGATSKI, 2017, p. 209). A novela foi publicada na União Soviética apenas dois anos após o pouso da Apolo 11 na lua, durante a corrida espacial da Guerra Fria. Indo contra às narrativas de ficção científica dominantes, a novela gira em torno da realidade de um homem comum, desempregado, em busca de subsistência em um planeta devastado.
Na quarta parte do livro, stalker guia um grupo de exploradores em busca da “Bola dourada”, um artefato que promete realizar desejos. O protagonista aprendeu a contornar as armadilhas da Zona, e por isso tem mais experiência – como Hermes, é um conhecedor de caminhos. Redrick sabe que a expedição deve estar em harmonia com a Zona, uma vez que ela segue uma lógica própria que não deve ser negligenciada. Para Dantas (2011, p. 52), “a Zona é um símbolo da consciência de um homem que se encontra diante de uma ameaça, que, para transcender tal situação, precisa conviver com a possibilidade da existência de seres de inteligência superior a sua”.
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("Voyage d’Hermès" (Moebius, 2010): Hermes é mensageiro e navegante entre os mundos, ou zonas).
Um dos participantes da expedição decide tocar a Bola Dourada, enquanto o stalker, hesitante e sem entusiasmo, sussurra seu pedido: “Felicidade para todos!… De graça!… O quanto quiser!… Venham todos para cá! Dá para todos!… Ninguém será injustiçado!” (STRUGATSKI, 2017, p. 292). A novela é caracterizada por um simbolismo abstrato sobre a possibilidade da felicidade diante da insignificância do ser humano no universo, diante da humilhação avassaladora deixada pelo explorador. Já o cineasta traz a discussão sobre o espírito e a consciência humana sem dar importância para a explicação extraterrestre da narrativa dos irmãos Strugatski: há um stalker, uma Zona em ruínas e um quarto onde os desejos são realizados. Stalker (1979) dá vazão às reflexões sobre a relação do homem com o ambiente que o rodeia, trazendo elementos da poética transcendental do diretor-tradutor ao postular uma relação mística com a natureza.
Enquanto o livro traz como problema a presença e tecnologia extraterrestres, o filme não explica a Zona e nem o quarto, mas se concentra em vê-los simplesmente como o Outro. Ao filme não interessa saber a origem da Zona. Segundo Dantas (2011, p. 46) “A linguagem de Stalker propõe vazios que provocam o espectador a revisitá-los para tentar preenchê-los por meio de uma nova apreciação”. Trata-se das associações poéticas da estética de Tarkovsky, que não tem interesse em fazer o controle do sentido. Sua tradução intersemiótica permitiu que se trabalhasse as questões mais filosóficas da ficção científica, além de mover o eixo temporal para o passado sem impactar a poiesis do livro. A partir da releitura e recriação do texto literário, “O que se afirma aqui é claramente a soberania do diretor, de seu critério de autoria, sobre a edição do que foi primeiramente interpretado e captado” (BAGOLIN; DOS REIS, 2011, p. 270).
Para Riley (2017), a novela dos irmãos Strugatski sugere fortemente o futuro, enquanto o filme de Tarkovsky remonta ao passado. Riley identifica nas ruínas que compõem a Zona, em Stalker (1979), a reminiscência de um Estado russo industrializante e de uma concepção dominante de avanço tecnológico. Aqui, a Zona é ambientada nas ruínas de uma antiga fábrica russa desabitada e por isso mesmo com o domínio da natureza sobre o concreto do edifício. O ambiente do filme integra os homens à natureza e aos artefatos, contando uma história de decadência e fracasso em seus cenários: “Pelo fato de ruínas não serem intencionais, elas podem se tornar um monumento do fracasso”[3] (RILEY, 2017, p. 21, tradução nossa). Mas fracasso de quê?
A deslocação do tempo, na poética de Tarkovsky, é muito mais uma técnica do que uma escolha vazia. O diretor-tradutor articula e remonta o tempo de modo a criar lacunas propositais a serem preenchidas pelo receptor, a quem é responsabilizado o esforço da interpretação. Memória é um conceito espiritual. Assim, o tempo desconjuntado, onírico até, faz parte de sua trama artística. Porém, as condições de produção do texto-filme são constitutivamente históricas, já que é um discurso como qualquer outro. Riley (2017) argumenta, a partir do conceito de fantologia, que Stalker (1979) representa o fracasso do futuro prometido pelo imaginário soviético, tanto dos anos 30 quanto dos anos 70, em que o filme foi produzido. Ou seja, a “visitação”, em Stalker (1979), tem a ver com a presença fantasmagórica das ruínas, símbolo do fracasso soviético, uma constante memória da frustração. O argumento é de que a narrativa de Tarkovsky se passa no passado e no presente, em um mundo assombrado pela era soviética do pré-guerra e pelo legado dos gulags.
Porém, as associações poéticas do diretor-tradutor não precisam do passado literal para desencadear afeto com lastro em memória. Isto é, mesmo com uma narrativa que se passe no presente ou no futuro, é possível fazer associações poéticas que desencadeiem rastros de memória vinculadas ao passado. Aliás, Tarkovsky diz que “O filme pretendia fazer a audiência sentir que tudo aquilo estava acontecendo aqui e agora, que a Zona está ali ao nosso lado”[4] (TARKOVSKY, 1989, p. 200, tradução nossa).
Zonas, aliás, são objeto de muita discussão na literatura. Muros e regiões cercadas são carregados de símbolos os mais variados, desde uma versão edênica do mundo e da humanidade até uma versão nada amistosa e que representa perigo. É sempre uma divisão: “A visita paranormal que dividiu o mundo em dois (...) também cria um espaço e tempo desconjuntado”[5] (RILEY, 2017, p. 24, tradução nossa). Tarkovsky, por exemplo, usa tons sépia para distinguir momentos dentro da Zona.
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No caso dessa narrativa, a Zona é um local que representa a presença de um Outro muito estranho e misterioso; é um lugar cheio de armadilhas e tem uma lógica própria com a qual o stalker deve estar em harmonia. É também um lugar em que os desejos se realizam, e por isso simboliza a esperança diante do desconhecido. Para Dantas (2011), a Zona figura, além de um espaço de diálogo entre a natureza a humanidade, também:
Restos do velho estado russo e sua concepção de mundo dominante, fortemente racionalista, destruído pela pregnância da Zona. Ou seja, ela é o resultado de uma sociedade individualista e racionalista em demasia e, que por isso mesmo, desperta a reflexão sobre a possibilidade de cooperação entre os sujeitos e tudo que está à sua volta. (DANTAS, 2011, p. 42).
Sobre este tópico, Tarkovsky diz: “Em Stalker, eu faço uma espécie de declaração plena: a saber, que apenas o amor é – milagrosamente – prova contra a afirmação grosseira de que não há esperança para o mundo”[6] (TARKOVSKY, 1989, p. 199, tradução nossa). Assim, a Zona de Redrick Schuhart é, dentre outras coisas, a mensagem humanista de esperança frente ao individualismo excessivo – note-se que o quarto dos desejos só foi alcançado em conjunto. No filme, a Zona não é um espaço alheio ao ser humano: ela é, também, povoada de história. Se o livro coloca ênfase na solidão da humanidade diante da vastidão do universo, o filme mostra um ambiente que torna o homem próximo, parte de algo. Nesse sentido, Tarkovsky realiza a narrativa dos Strugatski em conformidade com sua aesthesis filosófica, profundamente sensível e manifestamente ontológica – isto é, ele produziu uma narrativa que fala sobre o ser do homem, da consciência e da vida.
TEM CONCLUSÃO?
Ambas as obras comunicam algo de filosófico sobre a consciência humana. Em sua tradução intersemiótica, o diretor-tradutor realiza sua autonomia como autor de uma nova camada da narrativa dos irmãos Strugatski. O filme é o retrato da leitura feita pelo cineasta, e isso é a captura da poiesis do texto. Tanto livro quanto filme expressam algo de existencialista sobre a humanidade: o primeiro, quando traz a frustração do homem ao perceber sua insignificância diante da vastidão do universo, e o segundo, ao mostrar a desolação da humanidade em um cenário de ruínas e fracasso.
Memória é um conceito espiritual, relativo à alma e à episteme humana, para Tarkovsky. Sua poética exprime exatamente isso em Stalker (1979), uma vez que as associações poéticas relacionadas ao afeto e à memória desembocam em uma reflexão tão humanista, de teor transcendental no quarto dos desejos. Alguns afirmam que Tarkovsky tirou a ficção científica para falar da consciência humana, mas a verdade é que a matéria-prima do filme já estava no livro. A obra dos Strugatski não é menos filosófica, existencial ou “culta” por ser ficção científica; ao contrário, a ficção científica é o motor para imaginar uma novela com elementos tão fantásticos como o Piquenique na Estrada, que deu origem ao filme.
Se Tarkovsky trabalha com o passado e os Strugatski com uma realidade futurista, então o tempo da narrativa poderia estar em um intervalo na história que satisfizesse todos os autores. Porém, o caráter fantológico (hauntological) de Stalker (1979), junto à montagem com ênfase em distorção temporal, faz com que o filme de Tarkovsky seja essencialmente fora do tempo. Ele trabalha com a disjunção temporal. Não é preciso o passado para falar de memória, especialmente quando as associações poéticas fazem o papel de se conectar com o imaginário do receptor. A memória não é literal, ela é sugerida, e por isso não precisa do passado.
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Tanto a Bola Dourada quanto o quarto dos desejos representam a busca por felicidade em um lugar estranho e misterioso. Sobre a Zona, Tarkovsky diz que:
As pessoas constantemente me perguntam o que a Zona é e o que ela simboliza, e fazem conjecturas ferozes sobre o assunto. Essas perguntas me reduzem a um estado de fúria e desespero. A Zona não simboliza nada, nada mais do que qualquer outra coisa em meus filmes: a zona é a zona, é vida, e quando alguém segue na direção dela, pode sucumbir ou atravessar.[7] (TARKOVSKY, 1989, p. 200, tradução nossa).
A falta de felicidade, que justifica sua busca, pode ser resultado tanto da industrialização prometida pelo imaginário soviético da Guerra Fria, quanto do extremo individualismo promovido pela ideologia dominante do capital. Vale lembrar que enquanto Stalker (1979) se passa nas ruínas de uma empresa soviética, Piquenique na Estrada (1972) mostra fortes indícios de se passar no ocidente. A busca pela felicidade é o elemento comum, porque Tarkovsky extrai a essência filosófica da narrativa dos Strugatski e a transforma na parte central de seu filme, dando uma nova perspectiva e importância para o que, no livro, estava dissolvido. Na tradução intersemiótica, tudo se transforma – é o caráter da adaptação, afinal.
Antes de tudo, é uma história sobre esperança. Tanto Tarkovsky quanto os irmãos Strugatski, que aliás participaram da escrita do roteiro do filme, falam sobre a possibilidade de se alcançar a felicidade em um mundo supostamente destruído e abandonado. Em ambos os casos, o que está em jogo é a felicidade da pessoa comum, é a poesia da pessoa comum.
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NOTAS DE FIM
[1] Em inglês, na tradução de Kitty Hunter-Blair: “But art must transcend as well as observe; its role is to bring spiritual vision to bear on reality: as did Dostoievsky, the first to have given inspired utterance to the incipient disease of the age”.
[2] Em inglês, na tradução de Kitty Hunter-Blair: “Time and memory merge into each other; (...) It is obvious enough that without Time, memory cannot exist either”.
[3] Texto original: “Because ruins are largely unintentional, they can become a monument to failure”.
[4] Em inglês, na tradução de Kitty Hunter-Blair: “The film was intended to make the audience feel that it was all happening here and now, that the Zone is there beside us”.
[5] Texto de origem: “The paranormal visitation that has cleft the world in two (...) also creates disjointed place and time”.
[6] Em inglês, na tradução de Kitty Hunter-Blair: “In Stalker I make some sort of complete statement: namely that human love alone is — miraculously — proof against the blunt assertion that there is no hope for the world”.
[7] Em inglês, na tradução de Kitty Hunter-Blair: “People have often asked me what the Zone is, and what it symbolises, and have put forward wild conjectures on the subject. I'm reduced to a state of fury and despair by such questions. The Zone doesn't symbolise anything, any more than anything else does in my films: the zone is a zone, it's life, and as he makes his way across it a man may break down or he may come through”.
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REFERÊNCIAS
BAGOLIN, Luiz Armando; DOS REIS, Magali. Resenha de "Esculpir o Tempo" de Tarkovski, Andrei. Matrizes: O ethos e o sensível, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 5, n. 1, pp. 267-272, dez./2011. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=143022280016. Acesos em: 21 nov. 2023.
DANTAS, Fabrícia Silva. Tradução intersemiótica como poética das relações: interfaces entre poesia e cinema em Stalker de Tarkovski. 2011. 116 f. Dissertação (Mestrado em Literatura e Interculturalidade) – Centro de Educação, Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2011.
RILEY, John. Hauntology, Ruins, and the Failure of the Future in Andrei Tarkovsky’s Stalker. Journal of Film and Video, University of Illinois Press, v. 69, n. 1, p. 18-26, mar./2017. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/10.5406/jfilmvideo.69.1.0018. Acesso em: 18 nov. 2023.
STALKER. Direção: Andrei Tarkovsky. Estônia, União Soviética: Janus Films, 1979. 1 filme (163 min), sonoro, legenda, color., 35mm.
STAM, Robert. Teoria e prática da adaptação: da fidelidade à intertextualidade. Ilha do Desterro: A Journal of English Language, Literatures in English and Cultural Studies, Florianópolis, Universidade Federal de Santa Catarina, n. 51, pp. 19-53, dez./2006. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/4783/478348689002.pdf. Acesso em: 21 nov. 2023.
STRUGÁTSKI, Arkádi; STRUGÁTSKI, Boris. Piquenique na Estrada. 1. ed. São Paulo: Aleph, 2017.
TARKOVSKY, Andrei. Sculpting in Time: Tarkovsky The Great Russian Filmaker Discusses His Art. Tradução: Kitty Hunter-Blair. 2. ed. Texas, EUA: University of Texas Press, 1989.
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csvinhos · 1 year
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Operações conjuntas da PF e RFB combatem contrabando de vinhos no Rio de Janeiro
🚨 PF e RFB unem forças para combater contrabando de vinhos no RJ. Mais de 9 mil garrafas apreendidas, avaliadas em R$3 milhões. Comércio ilegal acontecia via Instagram e WhatsApp. #OperacaoVinhos #ContrabandoVinhos #PF #RFB
Operações conjuntas da PF e RFB combatem contrabando de vinhos no Rio de Janeiro A Polícia Federal e a Receita Federal uniram forças nesta terça-feira (4) para combater o contrabando de vinhos no Rio de Janeiro. As operações Bodegas, Estero, Perlage e Cédron tiveram como objetivo desarticular um esquema de comercialização de vinhos contrabandeados, resultando na apreensão de mais de 9 mil…
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f5noticias · 1 day
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Maior fiscalização provoca queda de 84% na extração de ouro
O combate à extração ilegal e ao comércio ilegal de ouro no Brasil resultou em uma queda de 84% da produção de ouro registrada nos garimpos do país. Segundo o Instituto Escolhas, a diminuição na produção está relacionada às medidas de controle adotadas pelo governo brasileiro em 2023. Entre as medidas citadas pelo instituto, está o uso obrigatório de notas fiscais eletrônicas para o comércio de…
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theclubhero-blog · 5 days
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Polícia de Turim, na Itália, acaba com esquema ilegal de importação de consoles retrô
Por Vinicius Torres Oliveira
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Valor estimado das mercadorias apreendidas gira em torno de US$ 52,5 milhões
A polícia financeira da Itália desmantelou um esquema de importação de consoles retrô falsificados da China. As autoridades apreenderam cerca de 12 mil consoles, contendo mais de 47 milhões de jogos piratas dos anos 80 e 90, incluindo títulos populares como Mario Bros. e Street Fighter.
Segundo Alessandro Langella, chefe da unidade de crimes econômicos de Turim, o valor estimado das mercadorias ultrapassa US$ 52,5 milhões. Esses consoles imitavam marcas como Nintendo, Sega e Atari, mas não atendiam aos padrões técnicos e de segurança europeus, motivando a investigação.
Os consoles eram importados para a Itália e, após não passarem nos testes de segurança, a polícia financeira começou a investigar a organização responsável. Nove pessoas foram presas, podendo ficar até oito anos de prisão por comercialização de produtos falsificados.
O mercado de consoles retrô tem crescido nos últimos anos, impulsionando a demanda por videogames e cartuchos antigos. Isso levou ao aumento do comércio de produtos falsificados, tornando difícil para os colecionadores identificá-los, apesar da ajuda de guias online.
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pacosemnoticias · 10 days
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ASAE apreende mais de 1.600 artigos em Albufeira e Quarteira
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu 1.640 artigos no âmbito de uma operação de fiscalização em estabelecimentos de comércio a retalho em Albufeira e Quarteira, no distrito de Faro, foi hoje anunciado.
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Na operação de combate à contrafação, imitação e uso ilegal de marcas, foram apreendidos artigos de vestuário, de marroquinaria, cintos, bonés, chapéus, ténis e artigos de bijutaria de marcas conceituadas, especificou a ASAE em comunicado.
No total, os artigos de origem contrafeita têm um valor estimado de 11.600 euros.
A entidade de fiscalização económica adiantou que foram também instaurados três processos-crime por venda ou ocultação de produtos contrafeitos e imitação ou uso ilegal de marca.
A fiscalização realizada pela Unidade Regional do Sul -- Unidade Operacional de Faro da ASAE "foi direcionada a estabelecimentos suspeitos de procederem à comercialização de artigos de origem contrafeita", lê-se na nota.
A contrafação, é realçado, constitui um crime precedente do branqueamento de capitais e "frequentemente associado a infrações do foro tributário, laboral e ambiental, com elevado impacto nestes domínios".
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica refere que continuará a acompanhar o fenómeno, promovendo a proteção da propriedade industrial dos titulares das marcas lesadas e garantindo a proteção dos consumidores.
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vilaoperaria · 12 days
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Operação no Paraná prende 12 pessoas e apreende 34 toneladas de fios de cobre Operação prende 12 pessoas e apreende 34 toneladas de fios Uma operação de grande escala realizada no Paraná resultou na prisão de 12 pessoas e na apreensão de impressionantes 34 toneladas de fios de cobre. A ação faz parte de uma força-tarefa organizada para combater uma série de crimes relacionados ao furto e comércio ilegal de cabos elétricos, um problema que tem causado grandes prejuízos econômicos e sociais em diversas regiões do estado. Contexto da Operação A operação foi conduzida em conjunto por várias entidades policiais e de segurança do Paraná, contando com o apoio da Polícia Civil, Polícia Militar e do Ministério Público. O foco principal era desarticular uma quadrilha especializada no roubo e venda ilegal de fios de cobre, material amplamente utilizado em redes elétricas e de telecomunicação. Este tipo de crime tem afetado tanto o setor público quanto o privado, gerando transtornos como interrupções no fornecimento de energia e serviços de telefonia. Apreensão e Prisões Durante a operação, as autoridades conseguiram apreender um total de 34 toneladas de fios de cobre, que estavam armazenados em diferentes pontos estratégicos, prontos para serem comercializados ilegalmente. Além das apreensões, 12 indivíduos suspeitos de envolvimento direto com o esquema criminoso foram presos. Os detidos são acusados de participar de um esquema organizado que envolvia o roubo, a receptação e a venda clandestina de grandes quantidades de cobre, prejudicando significativamente as operações das empresas e serviços atingidos. Impacto Econômico dos Furtos O furto de fios de cobre tem se tornado um problema crescente, tanto no Paraná quanto em outras regiões do Brasil. Esse tipo de crime gera prejuízos milionários anualmente, afetando diretamente serviços essenciais como a distribuição de energia elétrica e a manutenção de redes de telecomunicações. Além disso, as empresas responsáveis pela infraestrutura afetada são forçadas a arcar com os custos de substituição e manutenção, o que acaba impactando indiretamente o consumidor final. Ações do Governo e das Autoridades A ação das autoridades no Paraná faz parte de um esforço mais amplo para combater o crime organizado no estado. Recentemente, o governo estadual vem intensificando operações semelhantes, focadas em diferentes tipos de atividades ilícitas, especialmente aquelas que afetam diretamente a população e os serviços essenciais. O objetivo é garantir a segurança e a normalidade dos serviços que dependem de infraestrutura elétrica e de telecomunicação, além de desarticular quadrilhas que lucram com a venda ilegal de materiais como o cobre. Parcerias e Colaborações A operação que resultou na apreensão dos 34 toneladas de fios de cobre foi possível graças a uma colaboração eficaz entre diferentes órgãos de segurança pública. Além da Polícia Civil e Militar, o Ministério Público desempenhou um papel crucial na coleta de informações e na coordenação das ações de campo. A articulação entre as diversas esferas de poder é considerada fundamental para o sucesso dessas operações de combate ao crime organizado. Investigações e Próximos Passos Embora a operação tenha sido um sucesso, as investigações ainda estão em andamento. As autoridades acreditam que mais pessoas estejam envolvidas na quadrilha, e novas fases da operação poderão ser desencadeadas nas próximas semanas. A venda de cobre no mercado negro é um negócio altamente lucrativo, o que atrai grupos criminosos que buscam tirar proveito da alta demanda e dos altos preços do metal no mercado internacional. Além das prisões, as autoridades pretendem rastrear a origem dos cabos furtados e identificar os receptadores, a fim de desmantelar completamente a rede de comércio ilegal. A expectativa é que, com o avanço das investigações, seja possível reduzir significativamente os casos de furto de fios e cabos no estado. Consequências para a Infraestrutura e População O furto de cabos de cobre afeta diretamente a infraestrutura de serviços essenciais.
Quando fios de cobre são roubados de redes elétricas ou de telecomunicações, a população pode sofrer com a interrupção de serviços de energia, telefonia e internet. Isso gera não apenas inconvenientes imediatos, mas também impactos econômicos a longo prazo, uma vez que as empresas afetadas precisam gastar recursos significativos para reparar os danos causados. Medidas de Prevenção Com o aumento dos casos de furto de cobre, várias medidas preventivas estão sendo estudadas e implementadas por empresas e autoridades. Entre as ações sugeridas estão o aumento da vigilância em áreas de risco, a utilização de tecnologias que dificultem a remoção dos cabos e a criação de regulamentações mais rígidas para a comercialização de cobre e outros metais no mercado de sucata. A Importância da Denúncia As autoridades destacaram a importância da colaboração da população para combater esse tipo de crime. Denúncias anônimas têm sido cruciais para o sucesso das operações, ajudando a identificar quadrilhas e a localizar pontos de venda clandestinos de cobre. Através de canais de denúncia, os cidadãos podem contribuir diretamente para a segurança de suas comunidades e a preservação dos serviços essenciais. Considerações Finais A operação que resultou na prisão de 12 suspeitos e na apreensão de 34 toneladas de fios de cobre no Paraná foi um marco importante no combate ao crime organizado relacionado ao furto de cabos elétricos. A ação das autoridades reforça a necessidade de um trabalho contínuo e colaborativo entre diferentes órgãos de segurança para combater atividades ilícitas que impactam diretamente a vida da população. Com investigações em andamento, espera-se que mais membros da quadrilha sejam identificados e que novas ações sejam realizadas para desarticular completamente essa rede criminosa. Conclusão A operação no Paraná é um exemplo claro de como a ação integrada entre forças de segurança pode gerar resultados significativos no combate ao crime organizado. O furto de cabos de cobre não apenas prejudica a economia, mas também afeta diretamente a vida da população, tornando imprescindível a continuidade de operações como essa para garantir a segurança e o bem-estar de todos.
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abraaocostaof · 20 days
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PF apreende mais de 10 mil munições em Imperatriz, no MA
Além da prisão em flagrante, também foram apreendidos mídias, documentos e 10 mil de munições pelas equipes policiais. Caso os investigados sejam condenados, poderão responder por falsidade ideológica, uso de documento falso e comércio ilegal de munição e armamento; as penas somadas podem chegar a 17 anos de prisão. Source link
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poohmuses · 1 month
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informações gerais
nome: eric donovan ocupação: estoquista farmacêutico e tributo da vigésima quinta edição idade: 23 anos sexualidade: courtneyssexual local de nascimento: distrito 6 universo: jogos vorazes face claim: alex fitzalan status: closed
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sobre
Eric nasceu em uma família de estoquistas farmacêuticos no Distrito 6, onde seus pais controlam grande parte das farmácias da região. Por fora, a família Donovan parece incólume; contudo, por dentro, há uma escuridão moral que poucos conseguem ignorar. Eles lucram com o vício e a dependência dos habitantes em relação aos morfináceos, revendendo-os em grandes quantidades. Essa prática os torna mal vistos por muitos moradores, mas principalmente temidos, pois têm contatos com o governo e acesso a substâncias mais perigosas, que alimentam um comércio ilegal e lucrativo.
Graças ao negócio, Eric e sua família vivem em relativa abundância para os padrões do Distrito 6. Sua casa é uma das poucas que tem acesso a suprimentos regulares e certos confortos, mas isso não traz nenhuma satisfação a ele. O rapaz vê a certa riqueza como um peso, especialmente porque tem conhecimento da origem dela.
traços, habilidades e curiosidades
Perspicaz, estudioso, sensível e meticuloso. Esses são bons traços que o caracterizam.
É filho único.
Eric despreza profundamente o papel de seus pais na disseminação do vício e o fato de ele ser obrigado a ajudar no estoque e distribuição dos remédios. Ele se sente como um cúmplice de um sistema que destrói vidas, mas não vê uma saída palpável. A relação com os pais é amarga e até inexistente.
Além de desprezar o negócio da família, Eric também não suporta a ideia dos Jogos Vorazes. Ele vê o sistema em que vive como profundamente corrupto e injusto, mas, ao mesmo tempo, sente enorme impotência para mudá-lo. Essa frustração constante quanto à própria condescendência o faz sentir-se fraco e incapaz.
Não é particularmente forte em termos físicos. No tocante às suas habilidades, possui uma memória excepcional, apto a lembrar de detalhes minuciosos. Além disso, o conhecimento que adquiriu sobre medicamentos o torna capaz de identificar plantas e substâncias venenosas ou curativas na natureza. Eric também é ágil e tem reflexos rápidos, o que lhe permite evitar confrontos diretos.
Desde jovem, Eric demonstrou um interesse quase obsessivo por livros de botânica e farmácia, acumulando um vasto conhecimento sobre plantas, venenos e antídotos. Esse saber não é apenas teórico; ele passou horas praticando com plantas reais, aprendendo a reconhecer até as mais sutis diferenças entre espécies.
Eric tem um rato de estimação chamado Pip.
plot (fechado)
+ em breve.
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schoje · 1 month
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Nesta sexta-feira, 15, o Conselho Estadual de Combate à Pirataria (Cecop) da Secretaria da Indústria, do Comércio e do Serviço, participou de uma reunião do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual em conjunto com a Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina). O encontro foi da Comissão Especial de Saúde do Conselho Nacional que discute pirataria, falsificação de medicamentos, próteses e equipamentos hospitalares, agrotóxicos, perfumaria e cosméticos.  A reunião contou com representantes de associações, agências, fóruns e empresas e discutiu ações para o combate aos ilegais. Entre as ações, estão a realização de webinar, treinamento com entidades públicas, implementação de ações educativas e trabalhos em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O presidente do Cecop, Jair Antonio Schmitt, destaca que uma das principais discussões da Comissão é em relação ao medicamento falsificado. “Esses produtos são embalados e etiquetados indevidamente, podendo também conter alterações e adulterações em sua fórmula original. Esses medicamentos não possuem qualidade e eficiência e causam danos à saúde, com substâncias químicas sem qualquer respaldo de agências de aprovação ou controle”, destaca. A reunião contou também com discussões sobre perfumes e cosméticos, que são um dos principais itens comercializados de forma ilegal no Brasil. Esses produtos também causam danos à saúde como irritação cutânea, proliferação de micro- organismos, já que a pirataria se utiliza de conservantes altamente agressivos e irritantes. Outra pauta foi em relação aos defensivos agrícolas e insumos da agricultura que, falsificados, também causam danos à saúde da população. Thais Balbao Clemente, vice-Presidente Agroquímicos, da Abifina destaca que o contrabando dos produtos, defensivos agrícolas, como agrotóxicos, se tornaram um dos maiores problemas de segurança pública em vários estados e que é um risco para a saúde da população, já que as pessoas podem consumir alimentos contaminados com agrotóxicos não regularizados. Nesses casos, as quadrilhas costumam vender os agrotóxicos roubados a intermediários, que os repassam a outros fazendeiros e há casos em que os produtos são adulterados para ampliar os lucros. O secretário do Cecop, Diego Damiani, complementa ainda que é preciso atenção ao comprar produtos, principalmente os que podem afetar a nossa saúde. “Compre apenas em drogarias autorizadas e licenciadas pela Vigilância Sanitária, peça a nota fiscal, preste atenção à embalagem, ou seja, no estado de conservação e se possui número de registro da Anvisa, entre outros”, destaca.   Texto: Pablo Mingoti Fonte: Governo SC
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chicoterra · 3 days
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Produção de ouro registrada pelos garimpos já caiu 84% em 2024
Após medidas de controle adotadas em 2023, o mercado do ouro brasileiro entrou em choque, com quedas significativas na produção e exportação do metal.  As medidas adotadas pelo Brasil, no ano passado, para controlar o comércio de ouro e combater a extração ilegal do metal surtiram efeito: o mercado do ouro brasileiro não é mais o mesmo e a produção de ouro registrada pelos garimpos despencou…
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brasiguaionews · 2 months
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Polícia Civil fecha “boca de fumo” e prende dois homens em flagrante por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo
Publicado por Keila Flores Na manhã desta quarta-feira (07), a Delegacia de Polícia Civil de Ladário realizou a prisão em flagrante de dois indivíduos, R.P.O. (22 anos) e R.P.D.O. (24 anos) no bairro SEAC, na cidade de Ladário-MS. Eles são acusados de realizar o comércio e distribuição de entorpecentes na região. Com os presos, foi apreendido um invólucro contendo maconha, dinheiro sem…
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bitsmag · 2 months
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Mariana Van Zeller visita o submundo dos mercados ilegais
Mariana Van Zeller mergulha no submundo dos comércios mais ilícitos. Em cada episódio ela deixa de lado sua segurança para seguir as trilhas perigosas dos mercados negros, da fonte até o destino. #MarianaVanZeller #Trafficked #DisneyPlus
Série jornalística Mercado Ilegal está disponível na plataforma Disney+ Uma ótima série jornalistica é Mercado Ilegal (Trafficked), agora disponível no streaming Disney+, no canal NatGeo.  A jornalista portuguesa Mariana Van Zeller mergulha no submundo dos comércios mais ilícitos. Em cada episódio ela deixa de lado sua segurança para seguir as trilhas perigosas dos mercados negros, da fonte até…
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