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#Estácio Coimbra
pearcaico · 1 year
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Inauguração da Confeitaria A Crystal, Na Rua Nova Esquina Com a Rua da Palma, Logo Depois Mudou de Nome Para Confeitaria Glória - Recife Em 1925, Local do Palco do Assassinato de João Pessoa, presidente da Paraíba (1928/1930) - cargo idêntico ao de Governador.
O fim trágico de 3 Joões
A tragédia que se abateu sobre a Paraíba no ano de 1930 envolveu três homens chamados João. E mudou a vida política do país na primeira metade do Século 20.
Mais um relato surge sobre esse episódio, que marcou para sempre a vida da população brasileira. Desta vez, pelas mãos da escritora pernambucana Ana Maria César, com publicação pela Cepe.
João Pessoa, presidente da Paraíba (1928/1930) - cargo idêntico ao de governador - sucedeu João Suassuna. E João Dantas, advogado e militante político, era aliado de Suassuna e fazia oposição a João Pessoa.
Quis o destino que os três Joões se cruzassem num mar de intrigas, desavenças, conflitos e mortes.
Sob o comando de João Pessoa,  a Paraíba passou a conviver com uma reforma tributária que reajustou em até 80% os impostos de tudo quanto era exportado para Recife, Natal e Fortaleza. João Pessoa também baixou um decreto para desarmar os fazendeiros, acusados de acoitar pistoleiros e promover assassinatos indissolúveis. Os dois fatos levaram o coronel Zé Pereira, um dos maiores exportadores de algodão e chefe político de Princesa, a liderar uma revolta popular e decretar o município independente da Paraíba. Criou hino, bandeira e leis próprias.
João Pessoa usou a força policial do estado para combater o levante. Princesa reagiu. E o embate armado não parou mais.
A atuação profissional de João Dantas como advogado do coronel e suas declarações favoráveis à insubordinação de Princesa fizeram dele um inimigo de proa do governo paraibano.  Seu escritório foi arrombado na calmaria de uma madrugada. A invasão foi atribuída pela polícia a ladrões comuns. João Dantas contestou porque desapareceram documentos confidenciais dos seus clientes e cartas íntimas trocadas entre ele e sua namorada, a professora Anayde Beiriz. A correspondência pessoal vazou.  
João Dantas decidiu ir pro Recife preparar sua defesa e torná-la pública por meio de um artigo a ser publicado no Jornal do Commercio. Ao lado do cunhado, o engenheiro Augusto Caldas, foi a um hotel no Centro do Recife entregar o artigo ao amigo João Suassuna, deputado federal pela Paraíba, e pai de uma filharada, entre eles, o futuro escritor Ariano Suassuna.
Do hotel, João Dantas saiu pelas ruas do Centro da capital pernambucana. Tinha lido uma pequena notícia em jornais locais informando que João Pessoa passaria aquele 26 de julho de 1930 no Recife. Com um revólver calibre 32 nos quartos, começou a vasculhar os passos do governante paraibano, que em março daquele mesmo ano tinha disputado a vice-presidência da República na chapa de Getúlio Vargas. Enquanto era procurado por João Dantas, o governante paraibano almoçava no já tradicional Restaurante Leite.  Na sua mesa, Agamenon Magalhães e o usineiro Caio de Lima Cavalcanti. De lá, o trio decidiu tomar um chá na elegante Confeitaria Glória, onde próximo estavam o carro e o motorista do Governo da Paraíba.
Foi nesse momento que João Dantas avistou o carro oficial e logo deduziu onde estava seu arqui-inimigo. Entrou na Confeitaria e disparou três tiros à queima-roupa em João Pessoa. Feridos de raspão por tiros saídos da arma do motorista, João Dantas e seu cunhado foram presos em flagrante.  
A Paraíba se vestiu de luto pra chorar seu morto ilustre. Por uma decisão da família, que morava no Rio de Janeiro, e por uma conveniência política da época, o enterro foi programado para ser lá.  De navio, o corpo saiu do Porto de Cabedelo para a então capital do país. Os getulistas, que não aceitavam a derrota para o paulista Júlio Prestes, usaram com maestria a comoção provocada pelo crime para apressar o projeto em curso de tomada do poder - movimento vitorioso e que ficou conhecido como “Revolução de 30”.
Nas investigações do crime, a polícia pernambucana incluiu o ex-governador paraibano João Suassuna pelo simples fato de, pouco antes de consumar o homicídio, o assassino ter deixado a cargo dele a publicação do artigo.
Ao final, nenhuma culpa foi atribuída ao chefe do clã Suassuna. Mas, isso lhe custou a vida. Pouco mais de dois meses depois daquele 26 de julho sangrento, João Suassuna tombou sem vida ao ser baleado quando passeava pelo Centro do Rio de Janeiro. Preso, o assassino disse que quisera vingar a morte de um irmão, que morrera no levante de Princesa, comandado pelo coronel Zé Pereira. O assassino acreditava que esse conflito poderia ter sido evitado pelo pai do menino Ariano Suassuna, por causa da sua amizade com o coronel. Poucos dias antes, João Dantas apareceu degolado na Casa de Detenção do Recife, ao lado do corpo do cunhado, também ferido mortalmente no pescoço. A família dos dois nunca acreditou na versão oficial de suicídio divulgada pela polícia, definia as duas mortes como assassinatos.
E assim se passaram 91 anos do trágico fim dos três Joões: Pessoa, Dantas e Suassuna.
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jorgecastrohenriques · 2 months
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CURRICULUM VITAE
FORMAÇÃO ACADÉMICA E PROFISSIONAL
Licenciatura/Graduação em Direito (Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, 1998-2003)
Pós-Graduação em Direito do Ordenamento, do Urbanismo e do Ambiente (Universidade de Coimbra, Coimbra, 2004/2005)
Curso Profissional de Fotografia (Instituto Português de Fotografia, Lisboa, 2008/2010)
Pós-Graduação em História e Cultura no Brasil (Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, 2024)
Micro-Curso de Economia Circular (Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2024)
FORMAÇÃO ADICIONAL E COMPLEMENTAR
Curso - Língua e Cultura Italiana - Nível A2 (Istituto Italiano di Cultura di Lisbona, Lisboa, 2003/2004)
Workshop - Digitalização e Restauro de Fotografia (LUPA/Luís Pavão Ltda, Lisboa, 2012)
Curso - Rio, Capital do Mundo - Dois Séculos de História (Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024)
Curso - História do Rio de Janeiro: Cultura e Cidade (Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024)
Oficina - Fotografias do Colonialismo (Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, 2024)
COLABORAÇÕES/EMPREENDEDORISMO
JURISTA (2003/2007)
Instituto da Água (2004)
Instituto de Conservação da Natureza/Parque Natural de Sintra-Cascais (2005/2006) 
Comissão Nacional da UNESCO (2007) 
Câmara Municipal de Lisboa (2007)
TÉCNICO POSTAL
Técnico de Tratamento Postal - CTT - Correios de Portugal (2008/2009)
Técnico de Distribuição Postal - TNT Post (2014/2015)
TÉCNICO DE DIGITALIZAÇÃO (2009/2022)
Instituto de Investigação Científica Tropical/Arquivo Histórico Ultramarino [Projeto Arquivo Científico Tropical Digital (2009/2011)]
photonova - serviços de digitalização, tratamento digital e organização de fotografias (2015/2020) 
Fundação Calouste Gulbenkian [Projeto Obras Completas de Jorge Borges de Macedo (2022)]
FOTÓGRAFO (2008/2023)
Portfólio/Publicações/Exposições/Prémios - jchphoto.tumblr.com 
INVESTIGADOR/PESQUISADOR INDEPENDENTE (2023-?) 
ANTIQUÁRIO (2024-?)
Achados FC (lojas enjoei.com.br/olx.com.br)
VIRIDIS Antiguidades (site em preparação)
TRABALHOS ESCRITOS
Obelisco de Axum: De Roma (de volta) a Axum - Estudo de caso de Direito do Património Cultural (2005)
Paul do Boquilobo - A Reserva Natural e a Reserva da Biosfera (2007)
Apontamentos para um Programa Municipal de Agricultura Urbana em Lisboa (2007)
Urban Agriculture and Resilience in Lisbon: The role of the municipal government (Urban Agriculture Magazine n.º 22 – Building Resilient Cities, 2009)
Memória de José Flores - 50 anos ao serviço do Jardim Botânico Tropical (2023)
Capital Mundial da Ecologia: a Rio-92 em retrospectiva (2024)
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robertacirne · 3 years
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VOO FANTASMA TEXTO: ROBERTA CIRNE O governo Francês havia se pronunciado contra já no dia 4 de maio de 1927. Era uma temeridade atravessar o vasto oceano Atlântico em uma daquelas novas engenhocas mais pesadas que o ar. O voo transatlântico era uma aventura, mas se havia alguém que nada temia, esse era o herói da primeira guerra Pierre Serre, Visconde de Saint Roman. O mais temerário era que Saint Roman retirara os flutuadores do avião, para deixá-lo mais leve. Já era chamado de “o voo da loucura”. O avião Goliath “Paris-América Latina” Atravessaria o Atlântico em 22 horas de voo, saindo de S. Luís, no Senegal Francês apenas fazendo paradas em Casablanca e Marrocos e tendo como ponto de chegada a então pista do “Encanta moça”. Em Recife. Chegaria de madrugada, no dia 6 de maio. Em Recife, Horácio Aquino da Fonseca hospedaria o intrépido aviador, depois de um lauto banquete de recepção. Isso movimentou a cidade, muitos jamais tinham visto um avião na vida... Não sobrou um único automóvel da cidade que não estivesse ali, e para o resto da população, disponibilizaram bondes extras. À meia noite estavam inúmeros espectadores na pista, quatro fogueiras acesas, faróis ligados para auxiliar o pouso, apenas aguardando a chegada... Que nunca aconteceu. Logo após partir de Casablanca, o Visconde mudara o itinerário. Em algum ponto, desapareceu. Não foi sequer avistado próximo de Fernando de Noronha (onde a passagem também era aguardada). E então começaram os fatos sinistros ligados ao caso. O governador Estácio de Albuquerque Coimbra recebeu da mãe de Saint Roman uma carta: ela sonhara que o avião caiu em uma mata de Pernambuco, e que o filho estava perdido. Logo empreendeu uma busca pelas regiões, sem nada encontrar. Dentro de todo esse mistério, ainda pessoas escutaram motores reverberando pelo ar. Alguns viram um espectro de avião rondando o campo, buscando pouso, e arremetendo de volta ao Atlântico. Os ecos de motor, o cheiro de gasolina, por mais de uma semana permaneceram sendo ouvidos e sentidos no ar. As autoridades estavam estupefatas com o número de denuncias... Aquele aviador encantou-se, mas deixou impresso na textura dos ares a sua presença fantasma (em Recife, Brazil) https://www.instagram.com/p/CYMhJ0NlOZi/?utm_medium=tumblr
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casadapalavra-mcz · 4 years
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Discurso
Cerimônia de Comemoração dos 70 anos da
Faculdade de Medicina – UFAL
 Bom dia a todos,
Peço-lhes a gentileza de observarem a sequência de fatos que culminaram com a fundação da primeira Faculdade de Medicina de Alagoas.
Ouçam a transcrição das palavras textuais do Professor Doutor Ib Gatto Falcão proferidas há 70 anos: Recebi o Jornal do Comércio de Recife. Li, entre espantado e surpreso uma nota-convite para uma reunião de médicos em João Pessoa na Paraíba, destinada a examinar a possibilidade de criação de uma Faculdade de Medicina naquele estado. Eram 18 horas. Passados os primeiros minutos de perplexidade, deliberei telefonar para o colega Abelardo Duarte, comunicando que logo mais o visitaria. Em lá chegando, Jornal do Comércio à mão, comuniquei-lhe sem maiores explicações: VIM FAZER A FACULDADE DE MEDICINA.
Surpreendi pelo impacto da inesperada afirmação ao ilustre pediatra e amigo, porque fora de Abelardo Duarte a ideia inaugural de implantar o Curso Médico nas Alagoas. Convidamos Dr. José Lages Filho e os três juntos compusemos uma lista de médicos do mais alto conceito e cintilância, quais sejam: Ib Gatto Falcão, Abelardo Duarte, José Lages Filho, Sebastião da Hora, Rodrigo Ramalho, José Mário Mafra, José Lira, Pedro Reis, Abelardo Albuquerque, Théo Brandão, Aristóteles Calazar Simões, Durval Cortez, Ezequias da Rocha, Alfredo Ramiro Bastos, Mariano Teixeira e Lessa de Azevedo.
Reuniam-se todos pela vez primeira há 3 de maio de 1950, quando Dr. Sebastião da Hora ao final do conclave levantou-se, no que fora acompanhado pelos pares e todos em uníssono decretaram: ESTÁ FUNDADA A FACULDADE DE MEDICINA DE ALAGOAS, o que aconteceu com a contribuição financeira de cada um dos profissionais que a erigiram.
Meus amigos, quando almas da mesma índole se encontram, já isso não é terra, é céu, afirma Machado de Assis.
Continuemos com a trajetória do Prof. Ib, que até legalizar a faculdade, conviveu com a tirania das emoções. Estruturou o projeto técnico-pedagógico do Curso Médico Alagoano, moldando-o nas diretrizes da bicentenária Faculdade de Medicina da Bahia. Introduziu lúcidas aberturas e inovações pertinentes.
O prédio escolhido para sediar a faculdade fora o antigo quartel do 20º Batalhão de Caçadores. Todavia, logo depois Ib soube que o governador da época, Silvestre Péricles de Góes Monteiro, tinha a pretensão de transferir a Polícia Militar do Estado para aquele local.
Nossa bravo cavaleiro andante viaja às pressas para Recife em navio de carga do Loyd Brasileiro à procura do Comandante da Região Militar, General Basiliano Freire. O general indagou de como poderia ajudar. – Vossa Excelência, com sua alta posição e autoridade pode enviar uma correspondência ao Governador, elogiando-o pela iniciativa de criar uma Faculdade de Medicina em seu estado, ao mesmo passo em que manifesta a satisfação do glorioso Exército Brasileiro em cooperar cedendo o prédio que acomodará a nova faculdade.
O General pediu que Dr. Ib redigisse uma minuta para sua apreciação. A carta foi feita e aceita. Ib entregou-a em Palácio ao Secretário Campos Teixeira, pedindo-lhe que chegasse com urgência às mãos do governador. Avisou-lhe que, se perguntado dissesse que o portador fora um representante da alta oficialidade do Exército em trânsito por Maceió. A missão revestiu-se de pleníssimo êxito. O Governador agradeceu com efusão, assegurando todo o prestígio e colaboração.
Carecíamos de uma biblioteca. Seu acervo foi rapidamente constituído das bibliotecas particulares dos doutores: Sampaio Marques, José Carneiro e Manoel Brandão.
O item mais importante do projeto ainda não fora atendido: o Hospital Escola. Como construir, equipar e manter um hospital capaz de assegurar boa formação profissional e com número de leitos suficientes para as necessidades do ensino?
Nada é difícil para indivíduos determinados. Ib Gatto e Mariano Teixeira foram à Santa Casa de Misericórdia de Maceió, expressaram o problema ao Provedor Luís Calheiros e o convenceram a transformar aquela respeitável Instituição em hospital escola.
A grandeza da cooperação permitiu que surgisse em Alagoas uma Faculdade de Medicina com um Hospital Escola de 480 leitos.
Em 5 de março de 1951 é instalado o Ensino Médico em Alagoas durante cerimônia acontecida no salão nobre da Faculdade de Direito.
 Pronunciamento do fundador e primeiro diretor da Faculdade de Medicina – Professor Doutor Ib Gatto Falcão: Senhores convidados, radiosa mocidade acadêmica, proclamo solenemente instalado neste instante o Ensino Médico em nossa terra.
 Dando heráldica às festividades, o convidado de honra era o Prof. Estácio de Lima, alagoano e Mestre Insigne de Medicina Legal da Faculdade de Medicina da Bahia.
 Nos primeiros anos a Faculdade de Medicina de Alagoas criou uma Revista Científica de alto conceito, cuja edição fora absurdamente interrompida.
 Ainda no alvorecer do Curso Médico, visitaram-nos personagens de nomeada nacional e internacional, a saber: Dr. Martagão Gesteira, maior pediatra brasileiro, Dr. Antônio Prudente, cancerologista de escol, fundador do Hospital AC Camargo de São Paulo, Dr. Mário Degni, o cirurgião do século. Até o reitor da Universidade de Coimbra, Professor Maximino Correia esteve conosco.
Nossa bendita Faculdade de Medicina, patrimônio inconteste deste Estado, orgulhosamente atinge o septuagésimo aniversário. Entretanto, muito ainda carecemos para nos ombrear aos grandes centros. Nossa reivindicação maior: UM SERVIÇO PRÓPRIO DE EMERGÊNCIAS, o que é imprescindível para a formação médica.
Concluirei com um fato pitoresco contado por Dr. Ib: Em 1953 dois pretendentes ao Curso Médico vieram submeter-se ao vestibular para a Faculdade de Medicina de Alagoas. Ambos trouxeram carta de recomendação de determinado Ministro de Estado do presidente Getúlio Vargas. Durante a prova oral Dr. Ib fez várias perguntas técnicas aos candidatos, que não foram capazes de responde-las. Sendo assim, decidiu tratar de amenidades: Os senhores praticam esporte? – Um atestou: Adoro natação, professor. Nado diariamente. Enquanto o outro: Detesto nadar.  Dr. Ib, então, passou um telegrama à autoridade responsável pelos dois jovens: SR. MINISTRO, QUANTO AOS SEUS PROTEGIDOS: UM NADA E O OUTRO NEM NADA.
Com a suprema ajuda do ALTÍSSIMO aguardaremos o centenário desta nobre CASA DE ENSINO em 2050.
Muitíssimo obrigado pelo convite à nossa queridíssima diretora – Professora Alessandra Leite, ao coordenador do Curso Médico – Professor David Buarque, ambos brilhantes ex alunos. E à Professora Ângela Canuto, minha adorada colega de turma.
 GRATÍSSIMO À TODOS.
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guiarecifepe · 5 years
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Tribunal de Justiça Recife
O Tribunal de Justiça de Recife é um órgão do Poder Judiciário de Pernambuco, com sede na cidade do Recife e jurisdição em todo o território estadual.
É constituído por 52 (cinquenta e dois) desembargadores.
Tribunal de Justiça do Recife História
O Tribunal de Justiça de Pernambuco foi criado pelo alvará de 6 de fevereiro de 1821, de Dom João VI, então Rei do Brasil – Reino Unido ao de Portugal, recebendo na ocasião o nome de Tribunal da Relação de Pernambuco. Sua instalação ocorreu no dia 13 de agosto de 1822, no imóvel do antigo Erário Régio, com algumas salas adaptadas às pressas e com móveis ainda improvisados.
Nos anos seguintes foram registradas constantes mudanças de sua sede, passando a funcionar no Consistório do Espírito Santo, na Cadeia Velha, na Faculdade de Direito do Recife e no Liceu de Artes, até a sua transferência definitiva para o prédio do Palácio da Justiça, onde permanece até os dias atuais. Este prédio teve a pedra fundamental lançada solenemente no dia 2 de julho de 1924, pelo governador do Estado e juiz federal, Sérgio Loreto, dentro das comemorações do primeiro centenário da Confederação do Equador, ressaltando ele na ocasião a importância do momento por estar “poupando a Pernambuco a vergonha de ter instalado os serviços de seu Fórum num pardieiro indescritível”.
Para a obra do novo prédio foi escolhido o projeto de autoria do arquiteto italiano Giacomo Palumbo, formado pela Escola de Belas Artes de Paris, em colaboração com Evaristo de Sá. A construção foi iniciada, mas o governador Sérgio Loreto, ao terminar o seu governo deixou a obra ainda no pavimento térreo, área denominada de Porão. Em 1926, o trabalho foi paralisado, somente sendo retomado dois anos depois no governo de Estácio Coimbra, com conclusão em 7 de setembro de 1930, quando estava à frente do Tribunal o desembargador Belarmino César Gondim.
O local escolhido para abrigar o Palácio da Justiça, no centro do Recife, está intimamente ligado à história do Estado. A área onde foi construído pertenceu ao Palácio Vriburgh, ou seja, era o Palácio dos Despachos de Maurício de Nassau, o Palácio das Torres, na ilha de Antônio Vaz, nas imediações do Forte Ernesto. Com a expulsão dos holandeses em 1654 foi também desativado o Forte Ernesto e restabelecido o Convento de Santo Antônio. Em 1770, a mando do Governador Manoel da Cunha Menezes, demolido o Palácio das Torres, foi construído em seu lugar o prédio do Erário Régio, aproveitando parte do material da demolição. Em 1840, com a demolição do prédio do Erário, o Presidente da Província, Francisco do Rego Barros, um dos grandes construtores do Recife, mandou edificar o Palácio do Governo, como também o Teatro Santa Isabel, este iniciado em 1º de abril de 1841 e inaugurado em 18 de maio de 1850.
Para completar o quadro paisagístico, emoldurando a Praça da República, construiu-se o Palácio da Justiça. Nele se acha manifestado o talento artístico de vários e dedicados homens, entre eles o alemão Heinrich Moser, criador dos vitrais e o quadro alegórico à Justiça que embelezam o Palácio da Justiça.
Em 2008 ocorreu o julgamento que é considerado o maior da história do tribunal, o dos autores do assassinato do trabalhador rural Luís Carlos da Silva, ocorrido em 1988, durante uma manifestação grevista pacífica, no município de Goiana. No entanto, em 2017, os condenados ainda não haviam sido presos, mesmo a sentença de uma parte deles já tendo transitado em julgado. Em dezembro do mesmo ano, o tribunal esteve no centro de uma nova polêmica, o lançamento do livro A discriminação do gênero-homem no Brasil face à Lei Maria da Penha, de autoria do juiz criminalista Gilvan Macêdo dos Santos. No mesmo mês foi divulgado que o tribunal conseguiu a realização de 371 júris.
  Tribunal de Justiça do Recife Consulta Processual
Para consultar os processos basta acessar a aba consulta e escolher em qual local deseja pesquisar.
Tribunal de Justiça do Recife Serviços
O Tribunal de Justiça oferece os seguintes serviços:
Antecedentes Criminais
Atualizações monetárias
Autenticidade de Selo Digital
Conciliação e Mediação
Emissão de DARJ
Plantão Judiciário
Pré Queixa
Processo Judicial Eletrônico – PJe
PJe – Corregedoria
SEI
SIAP CrimeTabela de Custas e Emolumentos
Tabelas Processuais Unificadas
Horário de Funcionamento Tribunal de Justiça em Recife
Santo Antônio: Segunda a Sexta das 07h às 19h
Codeiro: Não Informado
Boa Vista:  Segunda a Sexta das 09h às 18h
Ilha Joana Bezerra: Não Informado
Endereço e Telefone Tribunal de Justiça em Recife
Santo Antônio: Praça da República, s/n – Telefone: (81) 3182-0100 7-19
Codeiro: Av. Rio Capibaribe, 147 – Telefone: (81) 3181-9000
Boa Vista: Rua João Fernandes Vieira, 405 – Telefone: (81) 3181-5900 9-18
Ilha Joana Bezerra: Av. Advogado José Paulo Cavalcanti, s/n – Telefone: (81) 3181-9000
Outras informações e site
Mais informações: www.tjpe.jus.br
Mapa de localização Santo Antônio
from https://www.encontrarecife.com.br/sobre/tribunal-de-justica-recife/
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artevoadorarudny · 7 years
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Cecília Meireles foi poetisa, professora, jornalista e pintora brasileira. Foi a primeira voz feminina de grande expressão na literatura brasileira, com mais de 50 obras publicadas. Com 18 anos estreia na literatura com o livro "Espectros". Participou do grupo literário da Revista Festa, grupo católico, conservador e anti-modernista. Dessa vinculação herdou a tendência espiritualista que percorre seus trabalhos com frequência. A maioria de suas obras expressa estados de ânimo, predominando os sentimentos de perda amorosa e solidão. Uma das marcas do lirismo de Cecília Meireles é a musicalidade de seus versos. Alguns poemas como "Canteiros" e "Motivo" foram musicados pelo cantor Fagner. Em 1939 publicou "Viagem" livro que lhe deu o prêmio de poesia da Academia Brasileira de Letras. Cecília Meireles (1901-1964) nasceu no Rio de Janeiro em 7 de novembro de 1901. Órfã de pai e mãe, aos três anos de idade é criada pela avó materna, Jacinta Garcia Benevides. Fez o curso primário na Escola Estácio de Sá, onde recebeu das mãos de Olavo Bilac a medalha do ouro por ter feito o curso com louvor e distinção. Formou-se professora pelo Instituto de Educação em 1917. Passa a exercer o magistério em escolas oficiais do Rio de Janeiro. Estreia na Literatura com o livro "Espectros" em 1919, com 17 sonetos de temas históricos. Em 1922, por ocasião da Semana de Arte Moderna, participou do grupo da revista Festa, ao lado de Tasso da Silveira, Andrade Muricy e outros. Nesse mesmo ano, casa-se com o artista plástico português Fernando Correia Dias, com quem teve três filhas. Ficou viúva, e casou-se com o engenheiro Heitor Vinícius da Silva Grilo. Estudou literatura, música, folclore e teoria educacional. Colaborou na imprensa carioca escrevendo sobre folclore. Atuou como jornalista em 1930 e 1931, publicou vários artigos sobre os problemas na educação. Fundou em 1934 a primeira biblioteca infantil no Rio de Janeiro. Entre 1936 e 1938, foi professora de Literatura Luso-Brasileira na Universidade do Distrito Federal. Em 1940, lecionou Literatura e Cultura Brasileira na Universidade do Texas. Profere em Lisboa e Coimbra, conferência sobre Literatura Brasileira. . #coffeeart #coffepain
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robertacirne · 3 years
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VOO FANTASMA TEXTO: ROBERTA CIRNE O governo Francês havia se pronunciado contra já no dia 4 de maio de 1927. Era uma temeridade atravessar o vasto oceano Atlântico em uma daquelas novas engenhocas mais pesadas que o ar. O voo transatlântico era uma aventura, mas se havia alguém que nada temia, esse era o herói da primeira guerra Pierre Serre, Visconde de Saint Roman. O mais temerário era que Saint Roman retirara os flutuadores do avião, para deixá-lo mais leve. Já era chamado de “o voo da loucura”. O avião Goliath “Paris-América Latina” Atravessaria o Atlântico em 22 horas de voo, saindo de S. Luís, no Senegal Francês apenas fazendo paradas em Casablanca e Marrocos e tendo como ponto de chegada a então pista do “Encanta moça”. Em Recife. Chegaria de madrugada, no dia 6 de maio. Em Recife, Horácio Aquino da Fonseca hospedaria o intrépido aviador, depois de um lauto banquete de recepção. Isso movimentou a cidade, muitos jamais tinham visto um avião na vida... Não sobrou um único automóvel da cidade que não estivesse ali, e para o resto da população, disponibilizaram bondes extras. À meia noite estavam inúmeros espectadores na pista, quatro fogueiras acesas, faróis ligados para auxiliar o pouso, apenas aguardando a chegada... Que nunca aconteceu. Logo após partir de Casablanca, o Visconde mudara o itinerário. Em algum ponto, desapareceu. Não foi sequer avistado próximo de Fernando de Noronha (onde a passagem também era aguardada). E então começaram os fatos sinistros ligados ao caso. O governador Estácio de Albuquerque Coimbra recebeu da mãe de Saint Roman uma carta: ela sonhara que o avião caiu em uma mata de Pernambuco, e que o filho estava perdido. Logo empreendeu uma busca pelas regiões, sem nada encontrar. Dentro de todo esse mistério, ainda pessoas escutaram motores reverberando pelo ar. Alguns viram um espectro de avião rondando o campo, buscando pouso, e arremetendo de volta ao Atlântico. Os ecos de motor, o cheiro de gasolina, por mais de uma semana permaneceram sendo ouvidos e sentidos no ar. As autoridades estavam estupefatas com o número de denuncias... Aquele aviador encantou-se, mas deixou impresso na textura dos ares a sua presença fantasma (em Boa Viagem, Pernambuco, Brazil) https://www.instagram.com/p/CNdL3hKjZ8O/?igshid=17xb4pwa00n3r
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