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#Fotógrafos Chilenos
photocagattzo · 6 months
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Cruz • Valdivia • Chile © César González Álvarez
Flickr / Instagram
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suenosyfantasmas · 1 year
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"Una buena fotografía viene de un estado de gracia, y la gracia viene del hecho de ser libre".
Sergio Larraín.
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Fotografía: Sergio Larraín. Santiago de Chile, (1931 - 2012). Importante fotógrafo chileno. "Considerado como referente de la fotografía en Chile". Formó parte de la Agencia Magnum.
Sueños y fantasmas. El arte de soñar.
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caballodeagua · 6 months
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LEILA GUERRIERO ( columna Publicada en el diario El País, 16 de diciembre de 2014 )
LISTAS
A veces hago listas. Hice esta:
Cuidar un jardín ayuda a escribir.
Mirar por la ventana ayuda a escribir.
Viajar a un sitio en el que no se ha estado antes ayuda a escribir.
Conducir por la ruta un día de verano ayuda a escribir.
Escuchar a Miguel Bosé, a veces, ayuda a escribir.
Ducharse un día de semana a las cuatro de la tarde ayuda a escribir. Ir al cine un día de semana, a las dos de la tarde, ayuda a escribir.
No tener nada que hacer no ayuda a escribir.
Estar un poco infeliz, a veces, ayuda a escribir.
Correr ayuda a escribir.
Escuchar a Gravenhurst y a Calexico ayuda a escribir. Escuchar una -una- canción de Chavela Vargas puede ayudar a escribir.
Ir a una fiesta no ayuda a escribir, pero levantarse al día siguiente a las tres de la tarde, comer un sandwich de jamón crudo y empezar la jornada cuando los demás la terminan, ayuda a escribir.
Hacer 200 abdominales ayuda a escribir.
Tener miedo no ayuda a escribir.
Que haya viento no ayuda a escribir.
Que no haya nadie ayuda a escribir.
Leer a Idea Vilariño ayuda a escribir. Leer a Claudio Bertoni ayuda a escribir. Leer la introducción a Cantos de marineros en las pampas, de Fogwill, ayuda a escribir.
Leer listas ("vi a los sobrevivientes de una batalla, enviando tarjetas postales, vi en un escaparate de Mirzapur una baraja española, vi las sombras oblicuas de unos helechos en el suelo de un invernáculo, vi tigres, émbolos, bisontes, marejadas y ejércitos, vi todas las hormigas que hay en la tierra, vi un astrolabio persa", listaba Borges en El Aleph), ayuda a escribir.
Leer El libro de la almohada, de Sei Shonagon, ayuda a escribir.
Limpiar la casa ayuda a escribir. Preparar dulces ayuda a escribir.
Que sea domingo -o feriado- no ayuda a escribir.
Realizar tareas manuales - pintar, lijar, construir algo pequeño con clavos y madera-, ayuda a escribir. Levantar un ruedo ayuda a escribir. Comprar una planta y cambiarla de maceta una tarde sin brisa, ayuda a escribir.
Mirar fotos viejas no ayuda a escribir, pero volver a la casa de la infancia ayuda a escribir.
Leer este fragmento del escritor norteamericano Barry Hannah ayuda a escribir: "Yo venía de malgastar la mitad de mi vida inoculando poesía en mujeres no aptas para la poesía. Yo, que nunca amé salvo demasiado. Yo, que golpeé contra las paredes del tiempo y del espacio las horas suficientes, así que no tengo que mentir. Pero había algo en ella que hablaba de exactamente las cosas: de exactamente las cosas. Daba esperanza. Daba sudor helado. Era cruda como el amor. Cruda como el amor".
Leer la carta en la que el fotógrafo chileno Sergio Larraín le da a su sobrino consejos para tomar fotografías y en la que dice, entre otras cosas, "uno se demora mucho en ver", ayuda a escribir.
Viajar no siempre ayuda a escribir. Regresar no ayuda a escribir. Pero moverse ayuda a escribir.
Mirar fotos de André Kertész ayuda a escribir. Mirar fotos de Alessandra Sanguinetti, en especial su trabajo llamado "Las aventuras de Guille y Belinda y el enigmático significado de sus sueños", ayuda a escribir.
La voz en off de Bruno Ganz, repitiendo "Cuando el niño era niño", en la película Ángeles sobre Berlín, de Win Wenders, ayuda a escribir.
Escuchar canciones infantiles (de María Elena Walsh) ayuda a escribir.
Pensar en otra cosa ayuda a escribir.
Exagerar ayuda a escribir.
No darle importancia ayuda a escribir.
Escribir ayuda a escribir.
Por lo demás, ya dijo Faulkner: 99 por ciento de talento, 99 por ciento de disciplina, 99 por ciento de trabajo.
LEILA GUERRIERO ( Columna publicada en el diario El Mercurio el 5 de enero de 2013 )
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blogdojuanesteves · 11 months
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EVANDRO TEIXEIRA CHILE 1973
“Diante das fotos de Evandro Teixeira”
Fotografia: arma de amor, 
de justiça e conhecimento,
pelas sete partes do mundo,
viajas, surpreendes, testemunhas
a tormentosa vida do homem
a a esperança a brotar das cinzas.
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) 
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Setembro de 1973, Santiago, Chile
Evandro Teixeira saiu de casa desafiando a descrença do pai e apoiado pela mãe, que parecia ter veia de editora fotográfica. Dona Nazinha tinha o estranho hábito de recortar fotografias com tesoura de costura, decalcando fisionomias e enquadrando somente os elementos que a interessavam. Habilidade que Evandro aperfeiçoou com o tempo, aprisionando o instante em que a luz se faz fotografia. Esta narrativa, encontrada na biografia do fotógrafo EVANDRO TEIXEIRA um certo olhar ( Editora 7 letras, 2014), da jornalista Silvana Costa Moreira, baiana como ele, serve para provar que ela não somente estava certa, como já devia prever o tamanho e o percurso do filho para muito além da pequenina Irajuba, um povoado a 307 quilômetros de Salvador.
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Santiago, Chile, 1973
O fotógrafo deu a volta ao mundo, publicou e foi publicado na grande imprensa, em seus 70 anos de carreira, 47 deles no consagrado Jornal do Brasil, o JB. Entre seus highlights estão a cobertura do golpe militar no Brasil de 1964, as manifestações contra este pelos estudantes e a passeata dos cem mil, no Rio de Janeiro. Fotografou para o panteão dos heróis brasileiros o mineiro Edson Arantes do Nascimento, Pelé, (1940-2022), o piloto paulistano Ayrton Senna (1960- 1994); acompanhou celebridades do mundo todo como a rainha inglesa Elizabeth II (1926-2022), o polonês Karol Józef Wojtyła/ Papa João Paulo II ( 1920-2005), fotografou vários carnavais cariocas, vários Jogos Olímpicos  como o de Seul Coreia em 1988; tem retratos seus ao lado do cubano Fidel Castro (1926-2016), do escritor conterrâneo Jorge Amado (1912-2001), do presidente Fernando Henrique Cardoso e ao lado dos Pataxó de Porto Seguro, entre outros tantos.
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Santiago, Chile, 1973
No carnaval carioca de 2007, o fotógrafo foi destaque da Escola de Samba Unidos da Tijuca, que trazia o enredo A fotografia na era digital. Para quem estava com uma Veriflex uma analógica de médio formato 6X6 cm ( parecida com a famosa Rolleiflex)  em 1955 na pequena cidade baiana de Ipiaú, a assimilação das técnicas sempre foi uma constante. E, há quem diga que Teixeira, nunca deixou de sair com uma câmera na mão.  Desde 2019 seu grande acervo está aos cuidados do Instituto Moreira Salles, IMS, que preparou a exposição Evandro Teixeira, Chile, 1973, um recorte especial de sua carreira, com um bem cuidado livro homônimo.
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Soldados chilenos após o golpe de 1973 nas ruas de Santiago
Mostra e publicação mostram destaques como Ditadura e fotojornalismo: Evandro Teixeira no Jornal do Brasil 1964-1973; um portfólio em Brasil, 1964-1968; Neruda no Brasil 1968 com imagens do poeta chileno Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto, mais conhecido como Pablo Neruda (1904-1973) que traz texto do crítico de literatura e ensaísta cuiabano Alejandro Chacoff, que viveu no Chile e que comenta a morte do poeta em 1973, a qual foi documentada com exclusividade pelo fotógrafo com seu corpo na morgue. E depois seu enterro, cujo portfólio está no caderno Chile 1973; O outro 11 de Setembro, com texto da professora, cientista política e socióloga paulistana Maria Hermínia Tavares de Almeida sobre o trágico dia e mês de 1973 para os chilenos e a América Latina, quando seu presidente, Salvador Guillermo Allende Gossens (1908-1973), abriga-se pela manhã no palácio de La Moneda, sede do governo no centro de Santiago atacado pelos militares golpistas, para não sair vivo.
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Foto acima, Pablo Neruda em 1968, no Rio de Janeiro.
Embora a exposição e livro concentrem-se na ação de Evandro Teixeira no Chile, como indica o título, além das imagens do golpe de 1973 e do poeta Neruda, estão também os highlights do fotógrafo no Brasil como a icônica fotografia do Forte Copacabana, no Rio de Janeiro com o militares na chuva, na noite do golpe militar brasileiro em 31 de março de 1964, uma imagem que certamente está na memória de muitos brasileiros que viveram o início de uma ditadura até a primeira eleição direta para presidente que só ocorreu em 1989. Uma gigantesca imagem que abre a mostra, a icônica  Passeata dos Cem Mil em  26 de junho de 1968, organizada pelo movimento estudantil que tomou as ruas da Cinelândia com a participação de artistas, intelectuais e outros setores da sociedade brasileira.
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Pablo Neruda na Clinica Santa Maria, 24 de setembro de 1973
Neruda reveste-se não só de importância histórica por sua obra literária, mas também pelo interesse contemporâneo. Em 2018 ativistas feministas manifestaram-se contra a proposta de um projeto de lei  para dar o nome do poeta ao aeroporto de Santiago. O prêmio Nobel de Literatura chileno tem sido criticado por sua postura com relação às mulheres. No livro Confesso que vivi,  uma autobiografia -publicada no Brasil pela Editora Difel, em 1977 – e originalmente no Chile em 1974, um ano após a morte do escritor –, Neruda confessa ter estuprado uma empregada doméstica no Ceilão (atual Sri Lanka), onde ele ocupou um posto diplomático em 1929. Após a mulher o ter ignorado, o poeta conta que a segurou com força pelo pulso e a conduziu a seu quarto. “O encontro foi como o de um homem com uma estátua. [Ela] permaneceu todo o tempo com os olhos abertos, impassível. Fazia bem em me desprezar. A experiência não se repetiu." Diz um trecho do livro. Há outras acusações ao escritor, embora existam controvérsias como o abandono de sua única filha.
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Enterro de Pablo Neruda, Santiago, Chile, 1973
O trabalho de Evandro Teixeira é registrado no livro por várias reproduções do Jornal do Brasil. O paulista Sergio Burgi, Coordenador da Fotografia do IMS, registra que foram nos difíceis anos de um país conservador que o fotógrafo construiu sua carreira, no embate direto entre a censura, o cerceamento da liberdade de expressão e a violência da repressão indiscriminada aos opositores do regime " converte-se prioritariamente em uma fotografia de luta e resistência." Para ele o fotojornalismo e a música popular, ambos por sua inerente ambiguidade, foram capazes de construir por meio de sua ampla circulação, ainda que sob censura e severas restrições, pontes e laços de resistências efetivos na sociedade civil que alimentaram as forças de oposição, muitas vezes através de imagens e letras sutis e irônicas que expunham a inerente fragilidade do regime autoritário, contribuindo efetivamente no campo do simbólico para a derrocada final da ditadura militar em 1985.
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Tomada do Forte Copacabana, noite de 31 de março de 1964
Um dia depois de queda de Allende, em 12 de setembro de 1973 Evandro Teixeira viajou para o Chile como enviado especial do JB. Suas imagens mostram a movimentação do exército chileno pelas ruas vazias e por edifícios destruídos pelos ataques aéreos à capital Santiago. Um dos militares quase sorri para ele segurando sua grande metralhadora. Freiras conversam calmamente com outro soldado, que empunha seu fuzil em direção a elas. É desta maneira, com uma articulação consciente aliada ao flagrante em suas capturas que o fotógrafo faz seus registros. Um cão adormecido ao lado de um militar com cara de bravo, o exército misturado com o povo em frente ao La Moneda, carroceiros correndo pela rua; um jovem casal abraçado próximos a um tanque de guerra; soldados olhando adiante, quase como que posando para Teixeira; o jovem soldado armado no estádio Nacional que parece não saber o que acontece a sua volta. A apreensão dos chilenos na arquibancada; pessoas sendo presas no subsolo do estádio e covas abertas para enterrar os assassinados pelo regime compõem uma narrativa habilidosa, erguida por enquadramentos precisos.
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Motociclista da Força Aérea cai no aterro do Flamengo, 1965
A contrapartida são as imagens de Neruda no Rio de Janeiro com sua mulher, Matilde Urrutia, a terceira e última esposa do poeta,  de 1968, nas quais vemos um escritor bonachão, exercendo suas glórias de celebridade. Outro lado mais triste é ele coberto com um lençol na morgue de Santiago e a movimentação para seu enterro, imagens privilegiadas do fotógrafo por sua afinidade com o casal, embora à época algumas fossem vetadas pela viúva. Que juntamente com cenas de políticos como Carlos Lacerda, então governador do Rio de Janeiro, de 1965, João Goulart com a esposa em um comício de 13 de março de 1964; a sua famosa imagem do motociclista militar da Força Aérea caindo no aterro do Flamengo, de 1965 ou as baionetas com libélulas, durante a comemoração do centenário da Batalha de Tuiuti, no mesmo Flamengo.
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Passeata dos Cem Mil no Rio de Janeiro, 1968
Evandro Teixeira Chile 1973, certamente adiciona mais um conteúdo inestimável ao legado de fotógrafo ao lado do importante Retratos do Tempo- 50 anos de Fotojornalismo ( Bazar do Tempo, 2015) [ leia aqui em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/135854229486/retratos-do-tempo-50-anos-de-fotojornalismo ] que também mostra algumas imagens do período chileno. Mas, podemos ainda esperar outros a medida que seu grande acervo vai sendo organizado pelo IMS. Voltamos então lá atrás, em 1958, quando aquele jovem de 23 anos começou sua carreira no carioca Diário da Noite e fez história no saudoso Jornal do Brasil e no mundo.
Imagens © Evandro Teixeira   Texto © Juan Esteves
Infos básicas:
Organização: Sergio Burgi
Projeto gráfico: Raul Loureiro
Digitalização e tratamento de imagens: Núcleo Digital IMS
Impressão: Ipsis Gráfica ( papel Eurobulk ( miolo) e Masterblank Linho ( capa dura)
Edição de 1500 exemplares
Vendidos no site do IMS e na Livraria da Travessa.
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claudiosuenaga · 2 years
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Os 75 anos da Expedição Kon-Tiki: homenagem e tributo a Thor Heyerdahl nos 20 anos de sua morte (parte 3)
Por Claudio Tsuyoshi Suenaga
No início de 1955, Heyerdahl começou a planejar uma expedição arqueológica à Ilha da Páscoa (assim chamada por ter sido descoberta na tarde do dia de Páscoa de 1722 pelo holandês Jacob Roggeveen, mas chamada pelos nativos de Rapanui, ou, conforme a denominação mais antiga, Te Pito o te Henua, ou “Umbigo do Mundo”), a primeira de grande porte e de longa permanência jamais realizada na mais distante e solitária ilha do Pacífico conhecida por suas centenas de misteriosas estátuas gigantes. Obteve o patrocínio do então príncipe Olavo V da Noruega (1903-1991, rei a partir de 1957), e a permissão, da parte do governo do Chile, por intermédio do Ministério do Exterior da Noruega, para que a expedição pudesse escavar na Ilha da Páscoa. Em setembro, à frente de um grupo de 23 homens (incluindo cinco arqueólogos, um médico, um fotógrafo, além de especialistas das mais diversas áreas) e acompanhado de sua esposa Yvonne, de sua filha Anette e de seu filho Thor Jr., Heyerdahl, chegou ali a bordo de um navio que alugara de uma usina de enlatamento de peixe de Stavanger devidamente reequipado com peças de recâmbio, aparelhamento especial e demais suprimentos suficientes para um ano.
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Fotos do livro de Thor Heyerdahl, “Aku-Aku: O segredo da Ilha da Páscoa” (São Paulo, Melhoramentos, 1959)
As escavações – as primeiras empreendidas na ilha – conduzidas pelos cinco arqueólogos (três norte-americanos, um norueguês e um chileno), logo descobriram que a ilha teve no passado uma grande quantidade de bosques que haviam sido derrubados pelos moradores nativos e que estes cultivavam muitas plantas oriundas da América do Sul. Datações feitas por Carbono-14 mostraram que a ilha havia sido ocupada desde aproximadamente o ano 380 (portanto cerca de mil anos mais cedo do que se acreditava) em três épocas culturais distintas, a segunda das quais concebeu os moais, as famosas estátuas gigantes de pedra. Escavações indicaram também que muitas obras feitas de pedras (encaixadas com precisão admirável) eram deveras semelhantes às construídas pelas antigas civilizações peruanas.
No topo do penedo de Orongo, a equipe de Heyerdahl encontrou pinturas rupestres que representavam botes de junco em forma de crescente e munidos de mastros, um dos quais possuía amarras laterais, afora uma grande vela quadrada. A esse respeito, pormenorizou Heyerdahl:
“É sabido que, outrora, os habitantes da Ilha da Páscoa construíram para seu uso botes de junco para um e para dois homens, iguais aos que os incas e os predecessores haviam usado ao longo da costa do Peru, desde tempos imemoriais. Mas ninguém jamais tivera notícias de os antigos nativos da Ilha da Páscoa haverem feito botes de junco, de proporções suficientes para aplicação de velas. Eu tinha pessoalmente razões especiais para me interessar por isto: velejara no Lago Titicaca em botes de junco desta espécie, levando índios montanheses, do planalto de Tiahuanaco, na qualidade de tripulantes. Eu sabia que se tratava de embarcações esplêndidas, de incrível capacidade de carga e de insuspeitada velocidade. Ao tempo das conquistas espanholas, grandes botes de junco desta categoria se encontravam também em uso no mar aberto, ao largo da costa do Peru; e antigos desenhos, encontrados em jarros dos tempos pré-incaicos, mostram que, durante o mais remoto dos períodos da civilização peruana, o povo construiu navios propriamente ditos, com juncos, exatamente como os antigos egípcios armaram barcos de papiro. Jangadas, compostas de troncos de balsa e embarcações com forma de bote, feitas de junco de água doce, constituíam meios inafundáveis de transporte, que o povo do Peru preferia para todo o seu tráfego marítimo. Eu também sabia que os barcos de junco podiam flutuar durante muitos meses, sem começar a fazer água; um barco de junco do Lago Titicaca, que amigos peruanos levaram para o sul do Pacífico, enfrentou as vagas como um cisne, singrando duas vezes mais rápido do que uma jangada de balsa. E agora os botes de junco apareciam, de súbito, numa velha pintura de forro, na casa nº 19, de Ed, já em ruínas, à orla da cratera do maior vulcão da Ilha da Páscoa.”[13]
O arqueólogo Arne Skj��lsvod desenterrou perto da cratera Rano Raraku o corpo de uma estátua gigantesca que estivera metida no chão com apenas a cabeça acima do nível do solo. No peito da estátua havia uma imagem representando um grande bote de junco com três mastros e várias velas, sendo que do convés do bote, uma longa linha corria para baixo, até uma tartaruga esculpida à altura do estômago do gigante.
Heyerdahl registrou que “todos eles se manifestavam convencidos de que este era o próprio navio de Hotu Matua, porquanto ele desembarcara na ilha com várias centenas de homens a bordo de dois navios tão espaçosos que Oroi, o pior inimigo de Hotu Matua, realizara a viagem na qualidade de clandestino. Não há honus, ou tartarugas, de nenhuma espécie na ilha nos dias de hoje; entretanto, quando Hotu Matua chegou, um de seus homens fôra ferido ao tentar agarrar uma tartaruga enorme, na praia, em Anakena”.
Arguiu Heyerdahl que “aqueles infatigáveis gênios da engenharia não eram apenas meros peritos construtores em pedra; fôra na qualidade de marinheiros, de categoria mundial, que eles haviam encontrado o seu caminho para este pequeno paraíso, o mais solitário do mundo, onde, durante séculos, foram capazes de construir as suas estátuas de pedra em paz. Uma vez que eles dispunham do junco totora, e faziam uso dele para armar pequenas embarcações, não havia, com efeito, razão alguma pela qual não pudessem ser capazes de aumentar-lhes as proporções, de acordo com as conveniências, pelo processo de atar juncos mais longos, e em maior quantidade, em feixes adequados.”[14]
Heyerdahl apurou ainda que “no século passado, o Padre Roussel teve informação da existência de grandes navios que poderiam transportar quatrocentos passageiros e que possuíam proa altaneira, erguida como o colo de um cisne, ao passo que a popa, igualmente alta, se apresentava dividida em duas partes separadas. Muitos dos barcos de junco, que nós encontrávamos pintados em antigos jarros no Peru, são exatamente como estes. O padre Sebastião viera a saber que houve um grande navio, com a forma de uma jangada rasa, ou chata. Isto se chamava vakapoepoe, e era também usado quando os navegadores encetavam longas viagens, com muitas pessoas a bordo.”
A expedição encontrou em estátuas, bem como na própria pedreira, várias dessas figuras representando embarcações feitas de feixes de juncos nitidamente separados, incluindo um bote com mastro e vela quadrada e um bote de junco com mastro atravessando diretamente o umbigo redondo de um moai de 10 metros [15].
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Heyerdahl armou suas tendas no antigo local de residência do lendário rei Hotu Matua, e quando começou a trazer à luz do dia estátuas descomunais e esculturas estranhas de que ninguém nunca antes tivera notícias, os habitantes da Ilha da Páscoa logo começaram a atribuir-lhe poderes supernaturais e a considerá-lo como um dos seus antepassados que regressara para junto deles. Com o transcorrer dos meses, os vínculos que ligavam o “Senhor Kon-Tiki” aos nativos tornaram-se inquebrantáveis. Os insulares admitiram que ele possuía um poderoso aku-aku (espécie de espírito protetor, de uso privado, que o ajudava em tudo quanto ele empreendia) e então o iniciaram nas suas tradições mais secretas, permitindo que se tornasse o primeiro europeu a adentrar em suas cavernas subterrâneas repletas de esculturas de pedra, as quais revelaram aspectos inusitados sobre a cultura e a religião da Ilha da Páscoa. Havia pelo menos quinze dessas cavernas de família (pertencentes somente aos descendentes dos orelhas-compridas e indivíduos que possuíssem sangue de orelha-comprida em suas veias) ainda em uso, sendo que muitas outras permaneciam ocultas. Mediante astutas negociações em que teve de vencer uma série de tabus e superstições, Heyerdahl obteve dezenas dessas valiosas esculturas de pedra, algumas remontando a centenas de anos. A mais valiosa era uma peça representando um bote de junco redondo com três mastros e velas espessas, profundamente sulcadas, que se situavam em orifícios redondos, ao longo da coberta abaulada.[16]
A corroborar as teorias de Heyerdahl, alguns moradores da ilha contaram que de acordo com suas lendas eles originalmente haviam chegado provenientes do Leste, que só poderia ser a América do Sul.
Após ter permanecido na Ilha da Páscoa por quase um ano (de setembro de 1955 a agosto de 1956), a expedição resolveu rumar para Rapa Iti [chamada de Rapa Iti (“pequena”) para ser distinguida da Ilha da Páscoa, chamada de Rapa Nui (“grande”)], uma das ilhas do Arquipélago das Austrais, na Polinésia Francesa, a 1.240 quilômetros ao sul do Taiti, descoberta pelo capitão inglês George Vancouver em 1791. Heyerdahl queria investigar a antiga lenda, contada pelos nativos de Rapa Iti, de que a ilha fôra povoada primeiramente por mulheres que ali chegaram (muitas delas grávidas) a bordo de barcos primitivos procedentes da Ilha da Páscoa.[17]
Com uma área de 40 km², seus cumes mais elevados em Morongo Uta (“Paz de Espírito”) se parecem com as pirâmides do México cobertas de vegetação ou com as fortificações escalonadas dos incas. A intenção era escavar justamente o topo da colina que consiste em uma série de plataformas ou terraços planos feitos de pedra, encimados por uma torre de vigia. A vegetação que a revestia foi removida completamente e uma área vermelho-escura da rocha foi exposta. Ao redor, se erguiam outros picos que consistiam em pirâmides artificiais. De acordo com Heyerdahl, “era errado denominar aquilo de fortaleza. Era errado dizer que aquilo constituía um conjunto de terraços agrícolas. Porque lá em cima, nas alturas extremas, a inteira população da ilha tivera, outrora, sabe Deus quando, o seu lugar permanente de moradia.”[18]
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Apesar de haver abundância de chão plano no leito dos vales, os que primeiramente ali chegaram optaram por escalar as faldas acima e atingir o topo das escarpas mais inacessíveis, fixando-se ao redor dos picos mais elevados. Como constatou pessoalmente Heyerdahl,
“atacaram a rocha viva com instrumentos de pedra e transformaram o topo da montanha em torre inexpugnável. Ao redor e abaixo dessa torre, o rochedo inteiro foi cavado e modelado em terraços enormes. […] Outrora, aquela deveria ter sido uma aldeia muito bem fortificada. Um fosso gigantesco, com parapeito do lado elevado da aldeia, barrava o caminho a quem quer que fosse que se avizinhasse procedendo do espinhaço do sul. Centenas de milhares de pedras de basalto duro tinham sido penosamente carregadas, do leio do vale ao topo da montanha, para dar apoio aos terraços sobre as quais se haviam erguido as cabanas, para que eles não ruíssem e não se precipitassem no abismo, sob os efeitos das violentas tempestades de chuva, comuns em Rapaiti. Os blocos de pedra, não lavrados, haviam sido juntados de maneira magistral, sem emprego de reboco; aqui e acolá, um canal de drenagem corria através da muralha; ou, então, umas pedras compridas se projetavam e formavam uma espécie de escada, indo de um terraço a outro. Havia lá mais de oitenta terraços, naquela aldeia de Morongo Uta; e todo o conjunto acusava uns 55 metros de altura, com a expansão de uns 450 metros. Era, assim, a maior estrutura contínua jamais descoberta em toda a Polinésia. […] a população de Morongo Uta cortara nichos pequenos, em forma de domo, na rocha, por trás dos terraços, e ali construíra, para seu próprio uso, templos em miniatura; no chão plano de tais templos havia renques de quadrados de pequenos prismas de pedra, que se alinhavam na orla como se fossem peões de xadrez. As cerimônias que não podiam ser levadas a termo em frente àqueles templos de bolso eram realizadas lá em cima, na plataforma superior da pirâmide, por baixo da abóbada descampada do céu, na companhia do Sol e da Lua. […] Todos os outros cumes eram ruínas de aldeias fortificadas do mesmo tipo de Morongo Uta. Com frequência, paredões continuavam acima dos flancos dos vales, como se fossem lances de escadarias; por toda parte, podiam encontrar-se relíquias de um sistema artificial de irrigação, com canais que se ramificavam, partindo de correntezas, e que conduziam água aos terraços de faldas de montanhas, os quais, de outra maneira, teriam permanecido secos.”[19]
Mas o que havia induzido aquele povo a refugiar-se em tão grandes alturas? Para Heyerdahl, a resposta era bastante evidente:
“O povo de Rapaiti sentia-se atemorizado quanto a um poderoso inimigo de fora – um inimigo que era conhecido por ele, e cujas canoas de guerra poderiam aparecer na linha do horizonte, sem aviso. Talvez que os primeiros habitantes da ilha tenha sido empurrados para aquele lugar fora de mão, procedendo de outra ilha, que o mencionado inimigo já houvesse conquistado. Poderia esta outra ilha ter sido a Ilha da Páscoa? Poderia a lenda de Rapaiti haver surgido de um grão de verdade, como a história da batalha do fosso de Iko? As batalhas dos canibais, na terceira época da Ilha da Páscoa, teriam sido o bastante para espavorir qualquer povo, pondo-o em fuga em direção do mar, e fazendo isso até mesmo a mulheres grávidas, ou com suas crianças. Em época ainda mais recente, ou seja, no século passado, uma jangada de madeira, com tripulação de sete nativos, aportou sã e salva, na Ilha de Rapaiti, depois de vogar ao largo de Mangareva, que nós mesmos havíamos visitado, no nosso percurso da Ilha da Páscoa para cá.”[20]
Tal como a Pedra da Gávea e demais montanhas do Rio de Janeiro, os picos de Rapaiti haviam sido trabalhados pela mão do homem, “como se fossem monumentos marítimos à memória de navegadores sem nome, de uma idade já esquecida – navegadores que tinham muitas centenas de milhares de milhas atrás de si, quando desembarcaram neste lugar isolado do mundo. Todavia, muitas centenas de milhas não eram suficientes para remover de seu espírito o medo de que outros singradores do mar pudessem seguir-lhe as pegadas. O oceano é vasto, mas até mesmo o barco mais miúdo, que consiga flutuar, pode vencer grandes distâncias, desde que se lhe dê tempo. Até mesmo a machadinha de pedra das dimensões mais reduzidas fará com que a rocha ceda, desde que mãos perseverantes a martelem durante o tempo que para isso se requerer. E o tempo era uma comodidade de que os povos antigos possuíam uma provisão inexaurível. Se o tempo é dinheiro, eles tinham uma enorme fortuna nas prateleiras terraceadas das suas montanhas inundadas de sol – uma fortuna muito maior do que a de qualquer magnata dos dias de hoje.”[21]
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Os pormenores da expedição à Ilha da Páscoa e a Rapa Iti foram registrados por Heyerdahl em seu livro Aku-Aku: Påskeøyas hemmelighet (Aku-Aku: O segredo da Ilha da Páscoa), publicado em 1957.
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Leia as partes 1 e 2 e confira as continuações nas partes 4, 5 e 6
Notas:
[13] Heyerdahl, Thor. Aku-Aku: O segredo da Ilha da Páscoa, São Paulo, Melhoramentos, 1959, p.171-172.
[14] Ibid., p.177 e178.
[15] Ibid., p.178 e 179.
[16] Ibid., p.208.
[17] Ibid., p.309.
[18] Ibid., p.323.
[19] Ibid., p.324 e 325.
[20] Ibid., p.326.
[21] Ibid., p.328.
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kelincajueiro · 10 days
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Ao chegar em casa, descobri que não era um poema romântico, como imaginei a princípio, mas um texto escrito para alguém que havia tentado o suicídio. Filme Glória (2013)
Poema para uma jovem amiga que quis tirar a própria vida
Eu gostaria de ser um ninho, se tu fosses um passarinho
Eu gostaria de ser um lenço, se tu fosses um pescoço e estivesses com frio
Se tu fosses música, eu seria uma orelha
Se tu fosses água, eu seria um copo
Se tu fosses a luz, eu seria um olho
Se tu fosses um pé, eu seria uma meia
Se tu fosses o mar, eu seria uma praia
E se tu ainda fosses o mar,
eu seria um peixe e nadaria em ti
E se tu fosses o mar, eu seria sal
E se eu fosse sal,
tu serias alface,
um abacate ou, pelo menos, um ovo frito
E se tu fosses um ovo frito,
eu seria um pedaço de pão
E se eu fosse um pedaço de pão,
tu serias manteiga ou geleia
Se tu fosses geleia,
eu seria o pêssego na geleia
Se eu fosse um pêssego,
tu serias uma árvore
E se tu fosses uma árvore,
eu seria tua seiva
e correria em teus braços
como sangue
E se eu fosse sangue,
viveria em teu coração.
O autor do poema é o escritor, fotógrafo e artista visual chileno, Claudio Bertoni.
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helgathompson · 17 days
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Duérmete, mi vida
A la hora del nuevo milenario, doña Agnes recostó su cabeza en la almohada desteñida. Su alma cargaba una eternidad de disgusto y soledad.
“Duérmete, mi vida,
niña de la tierra…”
De su infancia en Alemania, solo recordaba terror, hambre, bombardeos y olor a sangre.
Empezaron a desfilar las imágenes, turbias, en su mente.
Por un momento revivió la euforia de posguerra, la travesía del Atlántico con una tía, la ola del Art Nouveau que arrasaba en Santiago de Chile, sus días descabellados en la universidad.
Una sonrisa tenue iluminó sus arrugas. En esta madrugada glacial, volvió a pensar en los artistas chilenos, pintores, fotógrafos, enloquecidos por sus ojos inmensos y su cuerpo pálido mientras posaba desnuda en los estudios.
Mi amor, mi amor tierno, mi amor fogoso. Te quise, te perdí, me llevaron a la fuerza.
“Duérmete mi niña
y duérmete ya…”
Sin piedad, la tristeza se apoderó de ella. La canción resonaba en un rincón del olvido. Doña Agnes levantó unas manos temblorosas a sus oídos, en un esfuerzo para callar el refrán punzante.
“…porque viene el coco           
y te comerá.”
¿Qué había sucedido con la criatura? Su tía guardó silencio hasta el final.
En un dolor desgarrador, su aullido rompió el cielo de la noche. Una vez más flotó el olor a sangre.
“…Duérmete, mi vida,
niña de la tierra:
que el sueño te canta
para que te duermas.”
La niña yacía en su pecho, sin vida.
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barrioszapata · 3 months
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Tres esbozos de naturaleza urbana Galería D21, Providencia, Santiago, Chile.  2024 Cartón y cinta de enmascarar Ensamblaje de poliedros modulares Dimensiones Variables
La obra es el resultado de la observación del Parque Forestal de Santiago y se inspira en las estructuras encontradas en dicho entorno, como los bordillos, las estructuras de cemento con los nombres de la flora y los restos de cemento que perduran en el área. En particular, seleccioné tres estructuras específicas cuyas formas fueron abstraídas geométricamente, manteniendo la esencia del volumen original y transformándolas en poliedros regulares de cartón. Estos poliedros regulares se repiten tanto de manera vertical como horizontal, generando sucesiones que, al colocarse una al lado de la otra, adquieren una apariencia similar a bloques de construcción. La repetición de estas formas geométricas no busca replicar directamente la morfología de una planta, sino evocar su crecimiento natural. La progresión de formas, al desplegarse horizontal o verticalmente, crea una geometría abstracta que adquiere un carácter orgánico con cada repetición. Al disponer las repeticiones como bloques de construcción, se genera una delimitación del espacio de manera análoga a cómo los bordillos originales estructuran y definen áreas en el parque. La obra transforma estos elementos concretos en dibujos tridimensionales y se convierte en una suerte de arquitectura simbólica que modifica la percepción del espacio y sus límites. Esto invita a una reflexión sobre la repetición y la estructura inherentemente presente en la arquitectura del entorno natural.
“Fijar la Mirada”, exposición del Taller de Obra del Magíster en Artes Visuales de la Universidad de Chile.
A partir de la película “Blow Up” (1966) de Michelangelo Antonioni, basada en el cuento “Las babas del diablo” de Julio Cortázar y ésta a su vez inspirada en una anécdota de Sergio Larraín, reconocido fotógrafo chileno, los y las estudiantes fueron invitados a recorrer el Parque Forestal y registrar imágenes libremente. Posterior a este proceso de deriva citadina, se revisaron sus imágenes y se les solicitó retornar al mismo lugar, para experimentar el parque desde una reflexión estética y poética que les permitiera fijar la mirada en ciertos aspectos que les parecieran relevantes. “Fijar la Mirada” propone revisitar y remirar nuestra ciudad desde una experiencia íntima y reflexiva, pasando por una investigación anclada en las posibilidades críticas de la imagen. La exposición exhibe las diferentes propuestas de artistas que han decidido fijar su atención en algún aspecto de la ciudad que puede ser resignificado desde las prácticas artísticas contemporáneas.
Artistas: Sebastián Barrios, Gabriela Carmona, Martín Gómez, Sofía Hansen, Gabriel Holzapfel, Ignacio Mora, Nicolás Morrison, Fernanda Nuñez, Jacinta Reyes.
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seextiendelamaleza · 3 months
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El fotógrafo y dibujante León Calquín lleva cuatro décadas retratando los muros de Chile y debe ser unos de los mayores expertos en graffiti chileno, pero habla con tal pasión del arte callejero como si tuviera 20 años.
Calquín posee una colección de 300.000 imágenes, que van de 1970 a 2014.
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jmsepulvedaperez · 9 months
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El fotógrafo chileno cristianaguirrephoto compartió a través de sus redes sociales uno de sus registros tras estar 2 meses en el parque nacional torres del paine donde logró evidenciar una estrella fugaz sobre el lago pehoé.
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photocagattzo · 2 months
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Fatte a Mano • Padova • Italia © César González Álvarez
Flickr / Instagram
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latitudgay · 10 months
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Franco Lagos. Una fotografía que estalla.
Franco Lagos. Una fotografía que estalla. Por Cano Diaz Franco Lagos, comunicador y fotógrafo Chileno, nacido y criado en los cerros de Talcahuano, VIII Región, nos enseña a través de su lente una mirada no mediática de lo que significó el levantamiento del pueblo y la furia social de la desigualdad, la desesperanza y los rostros que la alegría no tocó. A través de su fotografía, Franco Lagos,…
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callmeanxietygirl · 1 year
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★ La magia del Volcán Villarrica, en la región de La Araucanía, encantó al concurso "London Photography Awards", quienes consagraron al chileno con el premio a "Fotógrafo del año 2023".
😍 La competencia organizada por la International Awards Associate y los London Photography Awards, reunió a más de 3.800 fotógrafos.
Felicitaciones Francisco! 👏👏👏🇨🇱
📸: Francisco Negroni
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ShortFilm No. 3: Dutch Angle: Chas Gerretsen & Apocalypse Now
Fecha de estreno: 19 de diciembre de 2019
Director: Baris Azman
País: Países Bajos
"No entiendo la gente, pero la gente me fascina", un documental que explora la visión del fotógrafo Chas Gerretsen, sus experiencias en el 11-s chileno y la guerra de Vietnam han marcado su estilo y su manera de transmitir y contar historias. Sin duda alguna, fenomenal.
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oscarenfotos · 1 year
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Video: Sergio Larraín
Leos las fotografías de Sergio Larraín, el fotógrafo chileno más importante de la historia.  
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¿Alguna vez imaginaste tener un/una hij@ de otra nacionalidad? La verdad yo jamás lo pensé, ni siquiera en la remota posibilidad migrar a otro país! Pero tengo un hijo chileno, y ha sido uno de los regalos más bellos que nos ha dado Dios, la vida, Chile! Hemos comprendido que la nacionalidad es sólo una etiqueta, que lo que importa dentro de una familia es el amor, los valores, el vínculo y la unión entre nosotros. Decidimos llamarnos: #familiainternacional A través de mi trabajo como fotógrafo no solo veo padres de varias nacionalidades con hijos chilenos, sino también matrimonios de 2 nacionalidades diferentes, y saben que es lo más lindo de todo? Que en todas estas familias y matrimonios encuentro como se mezclan y potencian las culturas, como ambas nacionalidades aportan para ser más fuertes, ricos, capaces y felices! Aquí @nathalymalaveh y @hernandezmarcos, ambos padres venezolanos con un par de princesas chilenas! ¿Que opinan Uds al respecto? Es bonito escuchar y leer sus anécdotas! (en Chicauma Ciudad Parque) https://www.instagram.com/p/Ckwk2ovJwgT/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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