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#X- A marca da morte
geekpopnews · 7 months
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MaXXXine: Terror com Mia Goth ganha data de estreia
A espera acabou! MaXXXine, o terceiro filme da trilogia de X: A Marca da Morte com Mia Goth, ganha data de estreia para julho deste ano.
A espera acabou! MaXXXine, o terceiro filme da trilogia X: A Marca da Morte finalmente tem data de estreia. De acordo com a produção, o filme irá ser lançado nos cinemas em julho deste ano. Dessa forma, o novo longa com o protagonismo da neta da atriz brasileira Maria Gladys faz parte do universo dos primeiros dois filmes: X: A Marca da Morte e Pearl, o prelúdio. Nesse sentido, a trama irá…
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comalma · 2 years
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BOULEVARD DO CINE: X, a Marca da Morte
Dirigido por Ti West, 2022, EUA/Canadá, 105 min. Elenco: Mia Goth, Jenna Ortega, Martin Henderson, Brittany Snow, Owen Campbell, Stephen Ure, Kid Cudi. X é um filme “esperto”. Ele não é original. Ao contrário, ele até presta alguns tributos, há certo paralelismo entre X e o clássico hitchcockeano Psicose: na primeira parte de ambos vemos personagens fazendo coisas questionáveis, na segunda…
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alnbarcelos · 2 months
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X: A Marca da Morte (2022)
Ti West
Filme Favorito
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victor1990hugo · 1 year
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marrziy · 9 months
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Ethan Landry x Male Reader
"Eu Tirei a Virgindade de um Assassino?"
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• Filme: Pânico VI
• Personagem: Ethan Landry
• Gênero: hot
• Avisos: menção a assassinato, rápida descrição de morte, Ethan é obcecado pelo leitor, sexo um tanto bruto, com Ethan e leitor dominando em diferentes momentos, Ethan virgem e, até certo ponto, inexperiente.
• Sinopse: a época de avaliações está próxima, e M/n, junto ao seu colega de classe e amigo Ethan, planejam passar a tarde estudando. O plano muda de rota quando os dois se encontram sozinhos em um quarto, com a porta fechada e o clima propício. Entretanto, M/n não conhece nem metade da pessoa com quem está prestes a transar.
• Narrador: 3° pessoa - presente/passado
• Palavras: aproximadamente 7.5k
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P R E S E N T E
M/n levanta as pálpebras preguiçosamente, mas as fecha com rapidez após sentir o contato dos feixes solares contra seus olhos sensíveis. — Sol filho da puta. – ele sussurra baixinho, apontando o dedo do meio para a esfera radiante que enfeita o céu azul.
M/n ergue o torço, cobrindo a vidraça da janela ao puxar o tecido da cortina. Ele sempre esquece desse detalhe irritante antes de dormir e, mesmo se deitando na direção contrária, durante o sono, ele acaba se movimentando e acorda virado para a janela.
A luz quente, em contato direto com seu rosto, costuma ser o seu despertador.
— Bem melhor. – M/n murmura, calça seus chinelos e se levanta da cama, confortável com o ambiente mais escuro. Ele geme ao esticar os músculos, espreguiçando enquanto se dirige à porta do quarto.
À medida que o corpo de M/n desperta, um certo incômodo dá as caras. Começou no momento em que ele se sentou na cama, um prelúdio leve do que viria, fácil de ignorar, mas conforme ele dava continuidade a rotina da manhã, saindo do quarto, andando pelo corredor rumo ao banheiro, esse incômodo se intensifica até virar um problema.
Mas M/n ri desse problema, por ser uma consequência do dia anterior.
Daquele ontem prazeroso.
Com o corpo curvado, apoiado na pia, o garoto observa seu reflexo no espelho. O rosto inchado pós sono e as olheiras são irrelevantes quando se tem marcas roxas por todo o pescoço para esconder.
O quadril de M/n dói, sua bunda arde e há um calor latente em seu interior.
O jovem cerra os olhos e franze as sobrancelhas ao sentir algo escorrendo entre suas nádegas, algo quente que ameaça vazar pelo seu buraco e manchar suas roupas enquanto escorre pelas coxas. M/n contrai sem perceber, soltando uma risada soprada em seguida, incrédulo com a situação.
Ele tira as roupas e marcha até o chuveiro, disposto a eliminar qualquer resquício da noite passada que ainda esteja impregnado em seu corpo.
Mesmo tendo se lavado após o ato de ontem, porra ainda escorria de suas entranhas.
— Ex-virjola filho da puta! – M/n amaldiçoa as gerações passadas e futuras de Ethan enquanto sente o líquido branco escorrer por suas pernas e se diluir na água quente.
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P A S S A D O
A tragédia fresca pesava o clima no ambiente estudantil. Os sete amigos estavam reunidos no campus da universidade, todos cabulando a derradeira aula da grade curricular para discutir os últimos acontecimentos. O ataque mais recente do assassino mascarado acarretou na morte de um dos alunos de Blackmore.
— Vocês viram as fotos que vazaram? Do corpo? – Quinn, uma dos impostores, vagou o olhar por cada um ali presente, demorando um pouco mais em Ethan. A ruiva sabia disfarçar bem o seu exterior, mas por dentro, ela se corroía em fúria, irritada com o irmão por ele ter matado alguém além da mira da faca, quase ferrando com o plano.
— Já vimos coisas demais, não precisamos adicionar mais à lista. – Tara focou em Chad e Mindy, os dois com quem vivenciou o inferno em Woodsboro.
— Eu vi, mas não por vontade própria. Um merdinha praticamente esfregou a tela do celular na minha cara. Eu desviei, mas ainda sim... vi. – Anika olhava para o nada. O estômago da garota embrulhava sempre que os ataques do Ghostface viravam assunto no grupo. A suspeita de um mau presságio dominava seus pensamentos e mais do que nunca, ela sentia medo da morte.
Mindy envolveu a cintura da namorada, apertando-a contra si enquanto beijava sua bochecha. Anika sentia-se segura nos braços dela; Mindy era seu oásis, seu porto seguro.
— Ouvi comentários, não sei até onde são verídicos... – antes de prosseguir, Chad observou os arredores, sempre de olho em figuras suspeitas. — Mas aparentemente, o cara foi esfaqueado nos olhos. A faca atravessou o crânio e deu no que deu.
"Aqueles olhos estúpidos... isso que dá encarar demais o meu garoto." Ethan pensou, sugando o fini de morango do pacotinho em suas mãos, contorcendo a face pelo gosto azedo.
E como uma chamada do destino, foi só pensar em M/n que lá estava ele, atravessando as portas do edifício, andando distraidamente enquanto mexia no celular. Ethan levantou do banco em que estava sentado, mal se despedindo dos amigos, e caminhou apressadamente até o outro garoto.
Eles tinham planos.
. . .
— O seu irmão tá em casa? – Ethan perguntou, sua voz mansa quase imperceptível. O cacheado brincava com a alça de sua mochila enquanto observava descaradamente M/n destrancar a porta da residência. O Landry fitava as costas do rapaz e se iludia com a cena em sua cabeça, onde ele o abraçava por trás e selava seu pescoço com incontáveis beijinhos. — Acho que ele não gosta muito de mim...
— Relaxa, ele saiu pra farrear com os amigos maconheiros dele, só volta a noite. – M/n entrou e deu passagem para o amigo entrar também. Um rubor tomou a face do Landry quando seus olhares cruzaram. Ethan encarou o chão ao atravessar a varanda, constrangido com a própria mente indiscreta. M/n tentou descobrir no chute o que se passava na cabeça do garoto desconcertado. — Eu não sei qual a pira dele em você. O chato diz que os fofinhos tapados são os mais traiçoeiros.
M/n percebeu a falta de movimento atrás de si e girou os calcanhares, parando no pé da escada, deparando-se com um Ethan estático de expressão exageradamente indignada.
— Ei! – Ethan cruzou os braços e forçou revolta. — Tudo bem me achar fofinho, obrigado, inclusive! Mas tapado? – o moreno sorri, não conseguindo manter a pose ao ouvir a risada de M/n.
Uma pontada de preocupação mantinha Ethan em alerta, visto que M/n despertava seu lado sincero quando ele devia fingir ser outro alguém.
Mas ao mesmo tempo era M/n que aflorava a timidez que Ethan tanto forçava ao lado dos outros.
M/n conseguia quebrar Ethan com pouco e sem esforço, rabiscando camadas de Ethan Landry sobre Ethan Kirsch.
— Deixa de drama! São palavras dele, não minhas! – M/n laçou o pulso de Ethan com os dedos, o guiando escada acima. — Quero dizer... tirando a parte de você ser fofo, isso aí é consenso.
O cacheado seguiu atrás, seu rosto colorido com tons vibrantes de vermelho. M/n não tinha noção do quanto suas palavras mexeram com Ethan.
Por outra perspectiva, Ethan não fazia ideia do quanto M/n desconfiava.
Um sorriso moralmente duvidoso traçou a face de M/n durante todo o curto percurso.
. . .
Ethan, íntimo ao ambiente, foi direto para a cama e sentou no colchão. Sua mochila, estufada de tão cheia, foi esvaziada conforme ele retirava os livros que havia pego na biblioteca da universidade. Ethan depositou o material didático e suas inúmeras folhas de anotações pela cama bem arrumada, planejando o pontapé inicial para aquela tarde de estudos.
"Perfume forte do inferno... é tão gostoso!" A mente do Landry passou a embaralhar ao ritmo que o aroma do edredom penetrava suas narinas, tirando seu foco.
M/n andou até o espelho da escrivaninha com uma muda de roupas sob o braço. — Ethan, tudo bem se eu me trocar? Esse jeans tá me incomodando. – M/n observava o garoto, mesmo estando de costas para ele. A figura de Ethan, logo atrás do dono do quarto, era refletida no espelho, fazendo companhia ao reflexo de M/n.
— Cê que manda. – o coitado respondeu no automático, imaginando que o outro iria ao banheiro ou a qualquer outro cômodo para se vestir.
Ethan teve mil infartos psicológicos ao ver M/n descendo a calça pelas pernas. Os olhos de Ethan acompanharam o tecido caindo até certo ponto, pois seu olhar travou na bunda de M/n quando a única coisa que a cobria era uma cueca justa, uma box vermelha tão apertada que mal tampava o que deveria tampar.
Ethan sentiu seu pau contrair vergonhosamente com a visão, o obrigando a cruzar as pernas com força.
Ele encarava estático, quase babando antes de sua excitação o tirar do transe, mas não do fascínio. A vergonha esquentou todo o corpo de Ethan, principalmente suas bochechas, mas esse calor sequer se comparava com a ardência que ele sentia entre as pernas.
Ethan fantasiou com as coxas nuas de M/n, imaginou como seria delicioso aperta-las e suspirou só de pensar na possibilidade do encaixe de sua mão afundando naquela bunda.
O cacheado praticamente choramingou em um misto de alívio e frustração ao piscar e ver M/n vestido. Sua mente havia printado aquelas costas nuas e reprisava a bela imagem enquanto o mundo continuava girando.
O constrangimento de Ethan foi elevado a décima potência no momento em que ele ergueu o olhar e topou com a expressão de M/n refletida no espelho, o encarando daquele jeito.
O sorriso ladino e explicitamente sugestivo de M/n era direcionado exclusivamente a Ethan. Enquanto seu corpo era devorado, M/n estudava as reações do Landry no reflexo do espelho.
Ethan desviou o foco, fingindo prestar atenção em um livro que ele sequer se deu ao trabalho de ler o título.
"Seu idiota! Sempre fecha acima de 80 nas exatas, mas não conseguiu calcular o básico e perceber que sua cara tava refletindo na porra do espelho!" Os pensamentos latejavam na cabeça de Ethan enquanto ele tentava fingir normalidade.
. . .
Ethan não conseguia parar de pensar naquele maldito sorriso, com certeza significava algo. O ocorrido de quinze minutos atrás serviu de impulso para Ethan, fez sua timidez e incerteza deixarem de ser impedimentos.
Ethan era um bom ator, mas M/n se provou tão bom quanto ao seguir como se nada tivesse acontecido. Os dois estavam deitados na cama, moderadamente distantes, ambos com o rosto entre livros e as mãos ocupadas, anotando trechos importantes e resolvendo questões.
Ethan passava a maior parte do tempo encarando M/n, que após se trocar, trajava um blusão preto e um short verde.
Na cabeça de Ethan, M/n calculou o quão curto era aquele short e o colocou para provocá-lo.
Uma suposição certeira.
M/n desejava prender Ethan entre seu corpo e o colchão, montar no Landry e fazê-lo implorar por seu toque, mas M/n queria que Ethan tomasse a iniciativa, para que aí sim os dois explorassem todos os pecados quentes que quatro paredes podem armazenar.
Antes de abraçar o tesão sem escrúpulos, M/n arrastou Ethan até a borda, disposto a fazer o jovem retraído sucumbir à luxúria.
Os movimentos de M/n na cama, quando ele se pôs de bruços, foram responsáveis por erguer sua camiseta e expor parte da curvatura das costas, revelando a pele nua de parte da coluna até o relevo dos glúteos, onde o cós da cueca começava.
A cena prendeu os mirantes do Landry, e o jovem não se importava caso fosse prisão perpétua.
Ethan não conseguia tirar os olhos, sempre que vagava pelo corpo ao lado, esse pedaço de pele exposta capturava sua atenção.
Enquanto Ethan tentava não ser óbvio e falhava, M/n captava as ações do Landry sem sequer mover o pescoço, usando apenas a visão periférica, parecendo alheio a tudo, mas não perdendo nada.
— Ethan, eu não entendi isso aqui! – M/n apontou para a questão na folha do caderno, esperando que o cacheado se aproximasse. — Me ajuda? – seu tom inocente disfarçava bem suas verdadeiras intenções.
M/n sabia a resposta, ele somente deu a Ethan o impulso final.
E Ethan se aproveitou disso.
— Sério? Pensei que você tinha dominado essa matéria. Deixa eu ver. – Ethan engatinhou até M/n, o colchão afundando com seu peso.
— Eu também pensei, mas... – M/n mordeu a tampa azul de sua caneta, contendo um largo sorriso ao ver as palmas de Ethan descansando no edredom ao seu redor, o prendendo entre elas, cercando seu corpo. — Esqueci.
Ethan curvou o torso, se abaixando até pressionar o peitoral contra as costas de M/n. — Vou tentar ajudar, mas não bota muita fé, também tô perdidinho... – não na matéria. Ethan nunca havia feito algo assim com alguém, ele estava perdido no que fazia naquele instante, mas seus instintos eram fervorosos.
E Ethan seguiu a fervura.
M/n contraiu os músculos e suspirou pesadamente, sentindo o hálito quente de Ethan chicotear sua nuca, o deixando eriçado, ansiando por contato.
O riso soprado de Ethan antecedeu o esfregar de seus lábios macios na pele de M/n. — Foi mal... eu também não sei a resposta. – o Landry joga a última pá de terra no túmulo do que uma vez foi o seu objetivo estando ali: estudos.
O cacheado depositava selinhos molhados na nuca de M/n enquanto, furtivamente, levava uma mão para as costas do rapaz sob si, arrastando a ponta do indicador do trapézio até a região lombar, e quando encontrou a pele libertina, livre do tecido da camiseta, Ethan sentiu o ventre borbulhar.
Ele não conseguiu segurar, passou a esfregar o quadril contra a superfície do colchão, estimulando seu pau ainda dentro das calças.
"Por favor... agora não! Aguenta, Ethan!"
O garoto buscou encorajar a si mesmo, mas M/n, o dono dos seus sonhos molhados e imperador do seu coração obsessivo, estando ali, finalmente à sua mercê, era demais.
Ethan choramingou no momento em que a ponta de seu dedo tocou o cós da cueca de M/n. O Landry arfou pesadamente, seu peitoral subia e descia nas costas de M/n enquanto esperma quente e viscoso escapava da cabecinha sensível do seu pênis inchado, manchando não somente suas calças, mas também parte da roupa de cama.
Ethan gozou nas calças.
"Porra!" O rosto corado do Landry não refletia apenas o fato dele ter gozado antes mesmo daquela interação ser definida como sexo, mas também por ele sequer ter amolecido após o orgasmo, tendo no máximo regredido para meia bomba antes de estar duro feito pedra novamente, agora com o incremento de porra melando toda a sua extensão endurecida.
— Etha-
M/n foi cortado quando Ethan agarrou seus ombros e o virou de frente, montando em suas coxas. Mesmo estando em cima do garoto, Ethan não conseguia fazer contato visual. Ele encarava a parede ao lado, constrangido, mas se recusando a desistir no meio do caminho.
— Eu nunca transei... enfim, você já sabe disso. Eu queria que-
Ethan perdeu o fio da meada e vibrou em rubor quando topou com o olhar baixo de M/n fixo em sua ereção e, consequentemente, na mancha de gozo em suas calças.
— Não olha! – Ethan cobriu sua excitação com as mãos. — Droga... eu não queria gozar rápido, mas você me deixa tão...
— Relaxa! Comigo é igual... – M/n levou as mãos até as de Ethan, às afastando, o impedindo de cobrir a virilha. — Quase igual, na verdade. Eu já passei da fase de gozar nas calças por qualquer coisinha que me excite. – M/n provocou, se divertindo com o revirar de olhos que Ethan deu. — Mas você também me deixa molhado pra caralho... – M/n abriu mais as pernas, abaixando o short e dando a Ethan a visão da mancha de pré-sêmen em sua cueca.
Ethan odiava não ter sido o primeiro de M/n, mas enquanto estiver nesse plano, ele garantirá que será o último.
— Eu quero te comer! – Ethan curvou o corpo até estar pressionando o quadril contra as coxas de M/n. — Você sente? Vê o quanto eu tô duro? Por favor... me deixa te foder! – Ethan choramingou, desesperado para gozar, se esfregando com avidez no corpo de M/n, delirando de desejo, almejando estar dentro daquele corpo.
Se tem algo que supera a fome de Ethan por sangue, é sua vontade infernal de fazer M/n chorar enquanto ele empala seu pau bem fundo naquela bunda gulosa, só parando quando entupir aquele rabo de porra.
Mas para M/n, Ethan ainda era um fofinho tapado.
Ethan precisava manter as aparências, mas ele não sabia até quando aguentaria se reprimir.
— Pra quê? Pra você gozar antes mesmo de enfiar a pontinha? – M/n empurrou Ethan até que ele estivesse sentado com as costas apoiadas na cabeceira da cama. M/n trocou as posições, sendo ele a sentar no colo de Ethan desta vez. — Não, não, fofinho. Esse seu pau chorão precisa aprender algumas coisinhas antes de entrar em mim.
— Tá bom – Ethan exibiu um sorriso gengival, pousou as palmas no quadril de M/n e se acomodou na posição. — O que meu pau chorão precisa aprender pra ter a honra de arrombar esse seu cuzinho exigente?
M/n se arrastou pelas coxas de Ethan até estar pressionando sua bunda na virilha do garoto. Sua carne coberta pelo short fino fazia pressão no membro latejante do Landry, que já chorava dentro da cueca, implorando por liberdade. — Seu cacete é muito dramático, Ethan. Lhe falta prática. – M/n se inclinou até estar sussurrando no ouvido de Ethan. — Eu vou treinar o seu pau, tá certo?
Quando M/n passou a movimentar o quadril, estimulando o corpo trêmulo de Ethan, foi como repetir a pergunta, e Ethan consentiu com um gemido manhoso.
As mãos ansiosas do Landry atravessaram a camiseta de M/n, subindo até a cintura do homem, apertando os dedos com pressão naquelas curvas, sentindo o calor da pele.
Ethan deu ordens a física, forçando o corpo de M/n para baixo, o fazendo se esfregar em si com mais vigor enquanto ele mesmo impulsionava o quadril para cima, roçando sua ereção contra a bunda de M/n.
— Sabe... – a voz de M/n veio acompanhada de suspiros e arfares. — Até que... demorou bastante pra isso acontecer. Notei seu desejo por mim quando nos conhecemos, lá no... no início do ano. – M/n se livrou da camisa, exibindo o torso nu. Ethan não pestanejou antes de tocar e apertar o máximo que podia da carne exposta, afoito, do jeito que se espera de um virgem desesperado para foder. — Você me olhava de um jeito diferente. Antes da gente se aproximar, confesso que era um pouco assustador. – enquanto brincava com os mamilos de M/n, Ethan flagrou os dedos atrevidos do garoto rumo ao zíper de sua calça, a abrindo vagarosamente. — Mas quando ficamos íntimos, eu também passei a te querer. O volume na sua calça sempre me deixou curioso, eu me perguntava se você andava duro o tempo todo ou se tinha um monstro entre as suas pernas.
— Meu Deus, eu não acredito que isso tá acontecendo! – suor escorria da testa de Ethan e ele mordia o lábio inferior, surtando com a simples sugestão do toque de M/n em seu membro quando ele passou a brincar com o cós de sua cueca. — Por favor!
A mão de M/n invadiu a cueca do Landry, seu tato encontrou o calor da virilha de Ethan e o pinicar dos pelos aparados. M/n sorriu largo, orgulhoso ao ouvir o gemido consideravelmente alto que Ethan deixou escapar.
Ethan estava eufórico, nenhuma outra mão além da dele mesmo já havia envolvido seu pau. Naquele cenário ele tinha sua paixonite da faculdade o tocando, parecia até um sonho, mas era real e muito melhor do que qualquer autopunheta.
— Caralho... – um riso soprado de pura surpresa escapuliu de M/n. — Você já tropeçou nisso enquanto caminhava? – M/n deslizou a mão pelo comprimento pecaminoso de Ethan, espalhando a umidez que escapava da glande por toda a extensão grossa.
Ethan estava ocupado demais gemendo, não conseguia retrucar as provocações.
— Puta barulhenta. – M/n constatou antes de juntar seus lábios.
O beijo era uma bagunça deliciosa. Ethan não era o melhor, e de certa forma, isso excitava M/n. Saliva escorria pelo queixo de ambos, os dentes colidiram e a língua eufórica do Landry ornava com aquela união caótica. A falta de experiência de Ethan era responsável pelo ritmo desengonçado, mas aos poucos ele aprendia com a suavidade dos lábios de M/n e repetia, tentando acompanhar enquanto unia seus gemidos dengosos ao beijo.
O pau de Ethan escapou para fora da cueca e M/n intensificou o beijo ao ter a visão do membro grande pulsando em sua palma, quente, duro e molhado.
Os quadris de M/n se esfregavam com rapidez contra as coxas de Ethan, sua excitação irritadiça invejando o prazer do Landry.
Os olhos de Ethan marejaram quase que instantaneamente ao ter a mão de M/n apertando seu cacete com força, se movendo cada vez mais rápido, subindo e descendo ao som úmido de pré-porra escorrendo aos montes. O gosto salgado de uma lágrima solitária que escorre pela bochecha vermelha de Ethan se junta ao beijo barulhento dos dois.
— Aah! Dro-droga! – Ethan xingou ao perceber que estava perto de atingir outro orgasmo, e como da última vez, se sentiu patético, incapaz de pausar o êxtase. — E-eu... eu vo-vou... – ele tentou avisar, mas foi silenciado pelos lábios de M/n.
A estrutura de Ethan tremeu e ele contraiu todo o corpo, principalmente o abdômen. O Landry apertou os dedos dos pés e intensificou seu aperto ao redor da cintura de M/n ao ponto de doer.
M/n retribuiu a interação bruta dando fim ao beijo e migrando com os lábios para o pescoço de Ethan, mordendo a pele suada.
Esse foi o estopim.
Ethan jogou a cabeça para trás, travou os lábios abertos e gemeu mudo. Seu pulmão enchia e esvaziava em um ritmo frenético, desregulado, assim como seu coração estúpido, batendo alucinadamente no peito com a visão lasciva de M/n devorando cada microexpressão sua.
As bolas de Ethan convulsionaram, lançando seu clímax rumo a glande avermelhada, que ardeu ao ponto da superestimulação enquanto liberava jatos do líquido branco e espesso da fenda sensível. O sêmen alcançou as roupas de Ethan e respingou no lençol branco, anunciando o fim das peças, que com certeza entrariam em desuso após manchas tão óbvias de porra impregnarem nos tecidos claros.
A potência do orgasmo se esvaiu, mas o pau de Ethan ainda chorava porra. O esperma do Landry escorria da cabecinha, encharcando a mão em movimento de M/n, que ainda subia e descia em seu membro, ajudando a espelhar sêmen por todo seu comprimento, prolongando o seu prazer com aquela punheta lenta.
O pulso de M/n adormeceu e aos poucos ele abandonou o pau 'chorão', preservando a mão gozada para usá-la mais tarde.
Ethan nivelava a respiração, largando a cintura de M/n e tomando um pouco de distância. O cacheado sentiu-se nas nuvens enquanto fodia a mão de M/n, mas lhe restou constrangimento após os efeitos do orgasmo passarem. — Eu não quero que você pense que eu sou... precoce. – Ethan fecha os dedos, roçando as unhas na palma da mão. "Porra, isso é tão constrangedor!" o pensamento pisca em sua mente inquieta. — Com você eu me sinto diferente... é anormal o jeito que você me excita, e-eu não consigo controlar!
Naquele momento, o Landry se imaginou estrangulando o próprio pau, ameaçando castrá-lo caso ele o desobedeça novamente.
Ethan fechou os olhos com força, incapaz de encarar M/n, considerando essa uma declaração discreta.
Mas para M/n, esse era só mais um episódio de prazer sem compromisso.
— Você é uma gracinha, sabia? – M/n movimentou-se, e Ethan, de cabeça baixa e olhos ainda fechados, não percebeu M/n se curvando em direção a sua virilha. — É normal gozar rápido na primeira vez com outra pessoa, fica tranquilo, só relaxa e goz-... – ele reformulou a frase. — Só relaxa e continua gozando. – M/n, com o quadril erguido para cima e o rosto baixo, próximo do pau de Ethan, passou a salivar com brilho nos olhos, maravilhado com a visão tão próxima do membro inchado, reluzindo graças ao recente banho de porra. — Seu corpo reage com tanta intensidade... Ser o seu primeiro tá sendo tão gostoso, eu nunca pensei que sentiria tanto prazer apenas por fazer outro cara chegar lá. – M/n ronronou ao sentir o calor da excitação de Ethan impregnar em sua face. — Você acabou de gozar e já tá duro de novo. Pervertido!
M/n pousou as palmas nas coxas de Ethan e sorriu ao sentir o garoto vibrar com o toque.
Ethan finalmente abriu os olhos, estremecendo como nunca com a imagem imoral de M/n diante de seu pau, externalizando toda a luxúria infame com uma expressão pecaminosa.
Ethan era fraco, tão fraco que o fato dele conseguir enxergar lhe acarretou um gemido. Bastava M/n existir, isso já era o suficiente para manter a líbido do Landry além do teto.
— Tá sujo... – M/n botou a língua para fora e direcionou uma lambida modesta na glande do membro diante de seu rosto, ingerindo o pré-sêmen que vazava da ponta. — Deixa que eu limpo pra você.
— Ah! Porra... você va-vai me... me matar! – Ethan gemia manhoso, choramingando palavras confusas entre arfares. Ele queria ver com clareza seu pau sumir na garganta de M/n, mas as lágrimas acumuladas embaçaram sua visão. — Eu não vou aguentar! Meu corpo tá muito sensível! – Ethan anunciou previamente, antes que sua boca virasse um alto-falante de gemidos desenfreados.
M/n atravessou a camiseta de Ethan, subindo com os dedos atrevidos pelo abdômen do Landry enquanto decorava o formato da cabecinha avermelhada com a língua, arranhando os gominhos escondidos pelo pano da polo azul ao passo que engolia a carne quente e venosa.
Ethan sorria internamente, concluindo que esse, até então, era o melhor dia da sua vida.
M/n consumia a porra dos dois últimos orgasmos de Ethan, tentando não engasgar - e falhando - ao abrigar o comprimento grosso em sua cavidade úmida.
— Isso é tão gostoso! Eu quero fazer isso todos os dias! – Ethan impulsionou o quadril para cima, perdido na sensação prazerosa que é estar dentro daquele buraco molhado.
Os lábios de M/n estavam completamente esticados quando abrigou metade do pau de Ethan. M/n não tinha certeza se conseguiria engolir tudo, ainda mais com Ethan pulsando daquela maneira, exigindo mais espaço.
M/n ergueu a cabeça, ameaçando abandonar o pau do Landry, carente de fôlego, mas é impedido por duas mãos grandes e firmes que agarram as laterais de sua cabeça, o mantendo parado.
Ethan empurrou o quadril com força, fazendo M/n engasgar com todo o seu comprimento.
Lágrimas grossas rolaram pelas bochechas de M/n, sua garganta apertava ao redor da carne latejante e ele arranhava o peitoral de Ethan em resposta, ressignificando a garganta profunda a algo muito mais complexo.
— Por fa-favor... engo- engole tudo! – o pedido de Ethan veio acompanhado de cordas grossas e cremosas de porra que pintam a garganta de M/n de branco.
M/n sequer sentiu o gosto, a cabeça do pau de Ethan estava tão funda em sua garganta que o líquido não encontrou a língua, apenas desceu direto para o estômago.
Com um gemido rouco, o Landry arrastou seu pau meio amolecido para fora do aconchego molhado, sorrindo ao ver que só havia saliva o rodeando, feliz em saber que M/n ingeriu toda a sua porra.
M/n respirava pesadamente, finalmente podendo tossir, livre dos engasgos.
Mas assim como ocorria com Ethan, um sorriso luxurioso tomava a feição caótica de M/n. — Você gozou três vezes e eu nenhuma, isso não é justo... – M/n faz beicinho, engatinhando até estar sentado no colo do Landry, agarrando a barra da camiseta do cacheado e o ajudando a se livrar da peça. — Hora de nivelar o jogo...
Antes que pudesse tomar qualquer atitude, M/n foi empurrado por Ethan.
Os lábios entreabertos e os olhos ligeiramente arregalados, refletindo curiosidade, indicavam surpresa na suave expressão de M/n, gerada espontaneamente quando ele se viu de costas contra a cama, de pernas abertas e com Ethan entre elas.
— Ei! – M/n resmungou em resposta à repentina mudança de rumo. Os braços do Landry cercavam os lados do colchão, com ambas as mãos esparramadas na direita e esquerda da cintura de M/n. O dono do quarto apertou os pulsos de Ethan, exigindo uma boa razão para ter seus planos arruinados.
— Você é muito mandão. – Ethan aproximou o rosto do de M/n, fazendo contato visual. — Tá na minha vez de comandar a brincadeira.
M/n sentiu uma guinada abrupta em Ethan, ele nunca havia visto feição tão decidida estampada no rosto do garoto e quase nunca o presenciou tendo tal iniciativa direta.
Parecia outra pessoa.
Arrepios de interesse fizeram a virilha de M/n estremecer, o fluxo quente tornava as ações luxuriosas automáticas. Em questão de segundos, M/n estava completamente nú, com o rosto corado, sorrindo sem vergonha para o teto enquanto tinha a cabeça de Ethan na curvatura de seu pescoço. M/n recebia de bom grado as mordidas e chupões do cacheado, que faziam a pele fumegar de tão intensos e lascivos, sendo opostos ao mordiscar meigo que M/n imaginava.
M/n mordia os lábios em expectativa, observando atentamente os dedos de Ethan trilhando seu peitoral, roçando sua barriga, brincando com seu pau e acariciando suas bolas, lhe deixando eriçado ao passo que encaminhava o indicador e o médio até sua entrada.
Ethan parou de se divertir com o pescoço de M/n, sorrindo gengival ao contemplar os tons de vermelho e roxo na pele do garoto.
O Landry semicerrou os olhos, encarando a expressão ansiosa de M/n com desconfiança e curiosidade.
Ethan encontrou o anel carente de M/n e começou a rodear aquela área tensa com a ponta dos dedos, ameaçando entrar. M/n vibrou dos pés a cabeça, cruzando as pernas ao redor da cintura de Ethan, aproximando mais os corpos suados.
— Tá esperando o quê? Vai fundo, enfia.
Confusão traçava a figura de Ethan no instante em que ele moveu o pulso para frente, fazendo pressão na passagem rugosa. O simples impulso fez os dois dedos de Ethan entrarem de uma só vez, sem dificuldade alguma, e junto da rápida penetração, havia a umidade de um líquido desconhecido que encharcou os dedos do Landry.
Ethan ergueu uma sobrancelha, sua testa enrugando conforme ele pedia informações para M/n através do olhar.
Ethan estava tão maravilhado com a sensação das paredes quentes e esponjosas de M/n envolta dos dedos que não conseguiu se conter, teve que movimentá-los, mesmo sem necessidade, tendo em vista que M/n estava pronto, no ponto para ser fodido.
— Depois que você gozou na minha mão, eu usei sua porra pra me preparar. – M/n sorriu enquanto explicava. — Você estava tão ocupado choramingando que nem percebeu.
— Então e-eu posso colocar? – Ethan encarnava o exemplo perfeito do gostoso adorável, sendo aquela bagunça corada e gaguejante que segurava a base do pau com firmeza, se guiando até o tão almejado buraco pulsante, prestes a concretizar uma fantasia antiga.
— Bem... você é um caso diferente. – M/n trocava olhares e arfares com Ethan, ambos enamorados com o lascivo. — Você é o maior com quem eu já fiquei... Mesmo que eu tenha me alargado com os dedos, você ainda me parece um desafio.
O tamanho de Ethan ser citado normalmente o deixaria bobo e orgulhoso, mas a menção indireta aos outros o fez migrar para um estado distante. — Quantos vieram antes de mim? Com quantos você já transou? – os desvios do Landry repercutiram em seu tom, de repente frio.
A bandeira vermelha esvoaçava diante de M/n, mas ter Ethan alinhando a ponta do pau em sua entrada angustiada era demais, transformava M/n em uma vadia burra, o deixava lento e tolo. — E-eu não sei... eu não consigo lembrar de todos... – M/n choramingava, vítima da própria vulgaridade. — Por favor...
M/n estava tão imerso que não percebeu a estranheza do questionamento e tampouco notou a mudança momentânea em Ethan.
O cérebro de M/n estava disposto a sentir, e naquele instante, seus nervos estavam agitados graças à pressão da cabeça inchada do membro de Ethan em seu orifício. O Landry orientava o próprio eixo com a mão, realizando movimentos circulares na passagem enrugada de M/n.
A resposta vaga foi a melhor via. Não aliviou os pensamentos sombrios de Ethan, mas se M/n tivesse especificado com um número, ou pior, com nomes, o Landry anotaria mentalmente, para mais tarde dar fim às almas estúpidas que ousaram tocar no que ele julgava ser dele.
E o primeiro, aquele que tornou M/n impuro, que ousou explorar o buraco que Ethan estava prestes a arrombar, teria a morte mais torturante, lenta e criativa que a mente perturbada do Landry poderia planejar.
Dadas as hipóteses, o veredito seguiu-se com Ethan canalizando sua raiva, frieza, brutalidade e crueza no que verdadeiramente importava.
Ethan empurrou seu comprimento para dentro de M/n, alojando sua dureza naquele corredor esponjoso.
O Landry derreteu feito manteiga, sua frustração anterior caiu no esquecimento quando o aperto das paredes quentes de M/n estrangulou seu pau.
— Porra! – M/n gemeu sôfrego, suspirando avidamente, tentando se acostumar com o membro introduzido em seu interior. — E-era pra vo-você ter a-avisado, idiota! – cada fibra do orifício de M/n apertava com força a carne palpitante de Ethan, no objetivo de expulsar os longos centímetros invasores. — Não se mova! Fica parado!
— De-desculpa... Eu não consegui me... me conter. – Ethan tentou ficar quieto, e conseguiu, na medida do possível, já que seu corpo tremia, convulsionando de prazer ao ter seu cacete pulsando tão fundo em M/n. Os quadris de Ethan pareciam ter vida própria, roçando levemente contra a bunda de M/n em movimentos circulares quase imperceptíveis. — Você é tão gostoso!
O Landry não conseguia controlar seus impulsos, atrasando o conforto de M/n com seus espasmos.
— É muito quentinho... Me avisa quando você quiser que eu continue! – Ethan iniciaria as investidas somente quando M/n pedisse, assim ele saberia a hora de fazê-lo gritar. — Estava tão largo quando eu enfiei os dedos, mas agora tá tão apertado!
— Claro que agora tá apertado! O seu pau é equivalente a uns quatro dedos! – M/n mantinha as pernas firmemente rodeadas na cintura de Ethan enquanto reprisava o ciclo de contrair sem querer e estremecer logo depois.
— Nas minhas costas! – Ethan curvou-se, deitando em cima de M/n, pressionando seus peitorais suados e diminuindo consideravelmente a distância entre seus rostos. O Landry bufou, arrepiando de prazer ao ter o pau de M/n contra seu abdômen, pulsando entre seus corpos.
— O quê?
— Desconta nas minhas costas... alivia seu desconforto em mim.
Com os dedos trêmulos, M/n arranhou o dorso de Ethan sem decoro, encontrando um conforto peculiar no ato.
Vergões sobressaíram na pele clara do Landry, acompanhados de leves indícios de sangue. O ardor dos cortes superficiais levou Ethan a imaginar-se decorando o corpo de M/n com uma faca, tatuando suas iniciais na carne sensível do outro homem.
M/n se perguntava sobre o que Ethan tanto divagava, admirando sua face corada, travada em devaneios.
Enquanto M/n se perdia nos pensamentos alheios, sua bunda adormecia, acostumada a ser esticada até o limite, se ajustando a largura do pau de Ethan. — Agora você pode se mexer... – M/n sussurrou na orelha do Landry, empurrando o quadril para trás, pressionando a virilha de Ethan.
Fogos de artifício explodiram no interior do cacheado quando as palavras que ele tanto queria ouvir finalmente penetraram em seus ouvidos.
Ethan levantou o torso e M/n aproveitou para acariciar o peitoral firme do Landry, brincando com os mamilos eriçados.
Ethan afastou o quadril, retirando seu pau quase que completamente do canal quentinho, mantendo apenas a cabeça fincada na passagem de M/n.
O Landry dava corda ao seu desejo mais intenso, relembrando, enquanto roçava a glande do pau no anel inchado, o quanto ficou duro com o primeiro contato entre eles. Havia sido um simples toque no ombro, mas foi o suficiente para armar a barraca de Ethan, o obrigando a inventar um imprevisto para correr até o banheiro. Ele cobriu o volume nas calças com o moletom durante o percurso, o que serviu apenas para apontar onde o problema se encontrava.
Aos olhos de M/n, o cacheado sempre foi óbvio.
Naquele dia, Ethan perdeu metade dos períodos na universidade, chegou a pensar que seu pau iria cair após a quarta punheta seguida.
Ele não se orgulhava de ser tão obcecado, mas foi graças a essa obsessão que ele aproveitou 101% do momento, chegando a superestimar a foda com M/n ao enquadra-la como a melhor coisa que ele já experimentou.
Ethan voltou para dentro de M/n com força, batendo suas bolas na bunda do garoto com o encontro de quadris. O Landry não perdeu tempo e engatou outra investida potente, se permitindo ser guiado pelo instinto, compondo uma melodia estalada com o bater de pele.
— Porra, caralho, cacete!... aí mesmo! – M/n soluçou, impressionado com a rapidez que Ethan atingiu sua próstata. — Você é tão... tão grande que ne-nem precisou procurar... – a voz de M/n estava embolada, saliva escorria pelo canto dos lábios e ele tremia, descontando a intensidade dos estímulos nos lençóis, os enrolando entre os dedos. — Eu me sinto tão cheio... – as lágrimas acumularam, a visão borrou e falar se tornou um desafio com tudo em prol dos gemidos desenfreados.
— Droga! – Ethan suspirava, sorrindo ladino, apertando a cintura de M/n com posse, o pressionando mais contra o colchão, mantendo M/n imóvel enquanto o comia com fome. — Você também não ajuda... – o suor umedecia a pele fervente de ambos e as investidas de Ethan se tornavam molhadas conforme seu pré-sêmen pintava o interior de M/n. — Como vo-você mesmo disse, meu cacete é dramático... tô tentando evitar que ele chore, mas você, tremendo desse jeito enquanto me a-aperta assim... cara, eu mataria por você!
M/n inventou um novo som quando gemeu e riu ao mesmo tempo, achando divertida a forma que Ethan se expressou, com o plus de um pau entrando e saindo de seu buraco, o esticando até o limite.
M/n não estaria rindo se soubesse o quão literal foi a fala de Ethan.
O calor que emanava dos corpos aumentou e com isso, o ritmo estagnou no fluxo inerente da carne necessitada. Ethan metia com força, fazendo M/n gritar de prazer, efetuando certo, independente dos seus movimentos erráticos e desesperados.
Ethan saboreou o gosto do poder e adorou. Ele queria se sentir assim em relação a M/n o tempo todo, não somente na cama.
Ele queria M/n para si.
— É bom saber que você vira uma vagabunda chorona quando tem um pau te arrombando. – Ethan sorriu, orgulhoso de si mesmo. Como quem absorve as camadas de um quadro em uma galeria, o Landry apreciava a bagunça manhosa que M/n se tornou. — Te comer é bom demais!
A cama rangia e, vez ou outra, devido aos movimentos empolgados que extrapolavam os limites da castidade, a cabeceira batia contra a parede. Ethan fazia questão de não deixar espaço vazio em M/n.
Se ele pudesse, enfiava até as bolas.
E se fosse possível, M/n estaria implorando.
Cada músculo daquele orifício apertava a carne palpitante de Ethan, arrancando gemidos do cacheado. Mas a verdadeira vadia escandalosa era M/n, que abraçava com vontade aquela inversão de papéis.
M/n não conseguia evitar a barulheira, afinal, Ethan socava sua próstata sem dó, acertando aquele ponto sensível várias e várias vezes seguidas. M/n se preocupava com os ouvidos vizinhos, seu irmão não poderia sequer desconfiar do que ocorria ali, e com isso martelando sua mente, - seu único pensamento além de "quero gozar" - M/n cobriu os lábios, abafando os gemidos com as mãos.
Ethan não gostou disso. Ele queria ouvir aqueles barulhinhos fofos.
— Não. Você vai gemer! – o Landry agarrou os pulsos de M/n e os prendeu no colchão, o impossibilitando de reprimir seus gemidos. — Eu quero ouvir… qual o meu nome?
— E-Ethan! – M/n estaria mentindo se dissesse que não arrepiou dos pés a cabeça com a ousadia de Ethan. — Você é um bo-bom menino… tão bom em me foder!
O nome do Landry, sussurrado no tom rouco, o levou a níveis astronômicos de excitação, o que obviamente refletiu em suas estocadas, que foram elevadas ao quadrado e multiplicadas por dois, tão fortes e brutas que deixaram M/n mole, restando de duro em seu corpo apenas sua ereção entre as pernas.
E como Ethan, de acordo com M/n, era um bom menino, ele não negligenciaria seu pau.
Enquanto investia com força atrás, o Landry acariciava o que havia na frente, encaixando a mão no membro sensível de M/n, rodeando a base com os dedos.
Se punheta fosse ofício, Ethan estaria graduado. Ele sabia o que fazer com as mãos.
Mas não precisou. M/n estava no limite, com tantos estímulos acumulados que bastou quatro sequências do sobe e desce da mão de Ethan junto das estocadas profundas para que ele gozasse.
M/n arqueou as costas, sentindo aquele formigamento de aviso no estômago. As juntas dos dedos se contorceram e o corpo de M/n ficou tenso. Como estava ocupado gemendo, M/n não conseguiu avisar, pintando Ethan e a si mesmo com cordas brancas de porra enquanto preenchia o quarto com o nome de Ethan, que vazava de sua garganta em tons profanos de luxúria.
— Cacete… vou gozar tanto que você vai pra faculdade com a minha porra escorrendo aqui atrás!
Os espasmos de M/n foram responsáveis por conectar o clímax dos dois, pois enquanto M/n se contorcia após seu orgasmo, suas paredes apertavam o pau de Ethan com vigor, exigindo algo daquela cabeça inchada.
O Landry soltou os pulsos de M/n, passando os dedos para seu pescoço, sem apertar de fato, se limitando a uma pressão moderada. Curvando-se sobre aquela versão trêmula e dengosa de M/n, Ethan trocou um olhar profundo, alinhando sua pupila dilatada a marejada de M/n antes de unir seus lábios em um beijo desordenado.
Para Ethan, uma cruzada com mil e um significados, do mais puro ao mais moralmente condenável.
Para M/n, um olhar.
Ethan gemeu manhoso contra a boca de M/n, sentindo o interior acalorado do garoto mais apertado conforme seu pau inchava copiosamente, pulsando naquele corredor macio, contribuindo para o esmagamento prazeroso de sua carne necessitada.
Ethan parou de se movimentar, permanecendo quieto enquanto tremia sobre o corpo sob si, com seu pau cravado bem fundo no buraco judiado de M/n, apenas aguardando o orgasmo, que corria furiosamente em direção a glande úmida.
As bolas do Landry convulsionaram contra os glúteos macios de M/n ao ter sua carga esvaziada. Ethan ronronou quando cordas grossas de sêmen vazaram de sua fenda, enchendo o orifício de M/n com o líquido quente. O pau de Ethan se afogou na própria porra cremosa, com a cabecinha chegando a arder com a quantidade abundante de sêmen que liberava.
Mas Ethan não queria que vazasse, seria um desperdício, então ele permaneceu ali por um tempo, beijando M/n enquanto seu pau dava as últimas pulsações em seu interior.
Enquanto amolecia, Ethan se retirou lentamente, arrancando um gemido sussurrado de M/n. O som molhado daquela deixa iria acompanhar Ethan até em casa.
— Mudei de ideia, você não vai mais pra faculdade pingando porra. – Ethan sorria enquanto falava. — Meu pau tava tão fundo em você que meu gozo deve estar no seu estômago agora.
M/n revirou os olhos, se esforçando para segurar o riso. — idiota.
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P R E S E N T E
Sentado na beirada da cama, M/n enxuga o cabelo com uma toalha enquanto reflete sobre a saída apressada de Ethan noite passada.
O Landry simplesmente disse que tinha planos e que estava atrasado.
M/n não queria amanhecer com Ethan, longe disso, mas ele gosta da presença do cacheado e um tempinho coladinhos não faria mal.
"Ele não é do tipo que come e some…" Mas logo refuta a própria reflexão. "Na real, eu fui o primeiro que ele comeu, então…"
M/n corta os pensamentos, preocupado demais por coisa boba, ele conclui.
De qualquer jeito, ambos vão se ver na faculdade, então qual é a do alarde?
M/n salta da cama ao ouvir o irmão chamando do andar de baixo. Seu nome ecoa por toda a casa. — Espera aí, porra! – M/n responde no mesmo tom, se veste apressadamente, quase cai no processo e marcha até a sala, onde a extensão do seu sangue apontou para a tv.
"Gralha fodida." O pensamento intrusivo pisca na cabeça de M/n.
—  Eu falei, caralho! Te disse pra ficar esperto com aquele puto! – seu irmão fala, aumentando o volume da reportagem que rodava na tela. — Você trouxe a porra de um psicopata aqui pra casa!
Um letreiro gigante cobre a parte inferior da televisão, onde está sendo noticiada a identidade dos assassinos que assolaram as ruas da cidade neste halloween, simultaneamente trazendo a público a informação de que eram três pessoas a trajar a figura do Ghostface na temporada trágica.
M/n gelou ao ouvir o nome de Ethan sair da boca da repórter que apresentava o programa.
Ethan Kirsch.
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miztyworld · 1 year
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X MOVIE: A MARCA DA MORTE (2022)
THE TEXAS CHAIN SAW MASSACRE (1974)
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agsbf · 6 months
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Nada Melhor que Jogar Uno Antes da Trama Começar
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Stardust Crusaders X Isekai! Leitora
Aviso: Diferente do habitual, essa escrita se trata do 4° capitulo da versão antiga da minha fanfic incompleta "No more death" do Wattpad. Como estou reescrevendo-a, agora com um roteiro, fui ver quais coisas davam para reaproveitar das cenas originais e acabei gostando muito desse capitulo. Fora isso, menções a violência e uso de palavrões.
Sinopse: Após ser inserida no universo de JoJo pelo seu remorso por ter vivido uma vida medíocre, você com seu Stand Copycat, capaz de copiar habilidades, decidem ter como objetivo evitar as mortes dos personagens. Todavia, antes de toda a trama começar, que tal uma partida de uno?
~~
A caminhada junto a Jotaro e o ruivo desmaiado prosseguiu normal, dentro do possível, é claro. Você aproveitou o momento para admirar a arquitetura japonesa enquanto andava. Em sua vida passada não teve a oportunidade de conhecer o exterior, então novos ares nessa são sempre bem vindos. Também havia o fato de estar animada para conhecer Holly e o resto do grupo, algo que contribuiu para uma expressão alegre durante todo o percurso. A garota estava animada para ver os stands frente-a-frente, por um breve instante desejando ser um prisioneiro para ter visto de camarote a batalha entre o Mago Vermelho e o Star Platinum, porém lembrar-se que a temperatura da cela esquentou muito, diminuiu a vontade imediatamente.
Enquanto a jovem se perdia em pensamentos aleatórios, o neto de Joseph estava estressado com o fato de perceber que sua vida estaria em constante perigo por causa de um vampiro que nem conhece, além de ter que aceitar que o velho maluco estava certo o tempo todo. Quando se encontrasse com esse tal de Dio o faria pagar por cada ferimento, entretanto por hora havia outras coisas para se preocupar, como o misterioso garoto que o atacou e a estranha colega com poderes de cura. Aparentemente você não apresentava um atentado a vida dele, porém preferia não ter alguém se envolvendo em seus negócios, ainda mais uma desconhecida que a personalidade não batia. Por causa disso, o japonês fez um comentário ácido:
-Você não tem nada melhor para fazer? -Questionou em voz áspera, demonstrando todo seu descontentamento por sua presença.
-Não. -A garota respondeu indiferente, claramente gostando de testar a paciência do protagonista -Sabe... suco de maracujá e chá diminuem o mau humor, deveria tentar algum dia, Kujo. -Adicionou com um sorriso de merda.
Ele optou por ignorá-la o resto do percurso.
Continuando o caminho por mais alguns minutos, finalmente chegou a entrada da casa de Holly. Você estava boquiaberta com o local mesmo só tendo uma breve visão da parte externa, tanto pela sua beleza (a natureza aliada com a arquitetura e o minimalismo lhe gerando uma sensação de conforto parecida com a de um sítio.), quanto por estar tendo uma sensação de imersão exclusiva.
O universitário viu sua expressão em choque, lhe perguntando se havia empacado no meio do caminho. A jovem se desculpou e continuou o seguindo a procura da mãe dele, encontrando-a após poucos minutos de busca.
A mulher de olhos azuis turquesa estava vestindo sua típica camisa rosa e branca de manga longa, seu cabelo loiro amarrado em um coque baixo. Ainda não consciente da presença dos estudantes, continuou com a atividade de dobrar roupas, falando consigo mesma com expressão solene sobre o quanto amava seu filho e teorizando o fato dele estar pensando nela, já que sentiu uma conexão em sua marca de nascença em formato de estrela.
Enquanto você continuou do lado de fora, o rapaz de cabelos pretos decidiu entrar no cômodo com o ruivo ensanguentado em seus ombros, exclamando o equívoco da mãe em relação a teoria. Desnecessário dizer que a presença súbita do filho aliada ao estudante desacordado gerou pânico e preocupação em Holly, que o perguntou o que aconteceu na escola, acompanhada do medo de imaginar que JoJo se tornou tão violento ao ponto de quase matar alguém. O fato do protagonista ignorar completamente as perguntas dela aumentaram sua angústia. Não querendo causar estresse na loira que já estava lidando com a maldição do Dio, considerou um bom momento para intervir, entrando no local com um rosto calmo enquanto repreendia levemente Jotaro pelo tratamento indiferente aos medos válidos da mãe.
Holly ficou duplamente em choque, não só por descobrir que Jotaro trouxe mais alguém para casa, mas por ser do gênero feminino, mais dúvidas se formando na cabeça.
Você aproveitou o momento estupefata dela para explicar calmamente toda a situação, deixando claro que Jojo agiu em legítima defesa, já que o ruivo era um usuário de stand inimigo que o atacou. Já prevendo as preocupações em relação a ferimentos tranquilizou a mulher, alegando que ele não possuía nem um pequeno arranhão, pois usou seus poderes para curá-lo.
-Você não sabe manter a boca fechada.- Comentou o rapaz antes de ir a procura de seu vô, com um Kakyoin nos ombros. A garota já sabia que o conteúdo da conversa entre Abdul, Jotaro e Joseph se resumiria a explicação de como funcionava a manipulação mental de uma vítima do esporo de carne através do carisma, inocentando Noriaki. Também haveria o fato do egípcio contar que havia conhecido Dio, tendo escapado por pouco.
Haver uma estranha nesse momento só deixaria a situação desconfortável para todos, talvez até impedindo alguns eventos de acontecerem, então optou por deixar Jojo continuar seu caminho sozinho, preferindo passar algum tempo com Holly.
A mulher estava animada com sua presença, comentando sobre como não sabia que seu filho estava fazendo amigos, te tratando como uma filha adotiva mesmo te conhecendo a menos de 5 minutos, fazendo todo tipo de pergunta envolvendo seu hobbies e te enchendo de elogios. A mesma te pedindo para esperar na sala enquanto preparava um lanche, escusado dizer que aceitou a comida, porém insistiu para cozinhar junto a ela e ajudar a lavar a louça. A loira parecia desacreditada com a horrível possibilidade de fazer uma visita ajudá-la com as tarefas domésticas, mas cedeu aos seus caprichos quando percebeu o quão inflexível você era em relação a isso, até admirando como um gesto gentil.
Devido há ter bastante gente, vocês se propuseram a fazer uma torta de espinafre com ricota para o almoço, sabendo que preparar comidas típicas japonesas fariam o Joseph ter um piti e reclamar de como não se comparava a culinária estadunidense por puro despeito.
Ambas aproveitaram o momento a sós para conversarem enquanto cozinhavam, a estudante cortando os alimentos e refogando o recheio, enquanto a mulher de olhos azuis turquesa preparava a massa. Grande parte da conversa foi focada em choques culturais ao se mudarem para o Japão e algumas dicas importantes do tipo "nunca faça isso" citadas pela mãe de Jotaro.
Após algumas horas cozinhando, o cheiro de comida recém assada pairava o ar, a torta estava finalmente pronta.
A loira lhe pediu para esperar uns minutos enquanto iria a procura dos rapazes, como você sabia que poderia estar acontecendo a extração do esporo de carne, decidiu acompanhar a mulher em direção a sala de chá, continuando a conversa da cozinha enquanto caminhavam.
Quase como uma deixa, quando chegaram próximo ao cômodo, Kakyoin estava sentado, razoavelmente consciente enquanto perguntava ao Kujo do porque o salvou arriscando a própria vida. O rapaz de cabelos pretos soltando um indiferente "Eu sei lá, nem eu me conheço direito." Que gerou diversas expressões no rosto das pessoas: no caso do ruivo, reflexão, já em S/n? nostalgia e em Holly, felicidade por saber que estava certa em esperar coisas boas do filho, apesar da personalidade fria.
A presença das mulheres finalmente foi notada, o universitário escondendo seu rosto com o chapéu enquanto pedia para a garota aproveitar que veio para cá e fazer algo útil, como usar seu stand para curar Noriaki. Também te apresentando para o grupo como "uma ser irritante que o curou durante a batalha e decidiu virar sua amiga.".
Você abstivera de fazer algum comentário a altura, decidindo que havia coisas mais importantes para se preocupar. A jovem se ajoelhou ao lado do estudante machucado, invocando Crazy Diamond para curá-lo enquanto perguntava ao JoJo o que tinha acontecido, recebendo um breve resumo que mostrava que não havia nenhuma mudança de roteiro.
Quando o trabalho na cabeça de Kakyoin estava resolvido, o Joestar e Abdul lhe fizeram várias perguntas de como funcionava seu stand. Você optou por usar a narrativa de Josuke, alegando que não conseguia se curar nem reviver pessoas mortas, além de ter um alcance curto. O egípcio foi facilmente o mais afetado, tanto por considerar seu poder extremamente útil, quanto pela estranha sensação de que não haveria nenhuma carta de tarô que se aplicasse complemente ao seu Stand.
Quando as coisas se acalmaram, o grupo se reuniu na sala de jantar para comer a torta, aproveitando a oportunidade para bater um papo informal, com algumas discussões triviais entre os membros da família, que gerou um sorriso no seu rosto e no do ruivo, que assistia divertido toda a cena. Após a refeição, como prometeu, ajudou a loira com a louça, o que não esperava era que Noriaki se juntasse a vocês, também lhe agradecendo por ter curado seus ferimentos referentes ao broto de carne e a batalha com Jotaro, você dispensou os agradecimentos com um sorriso gentil, dizendo que qualquer um faria isso.
O resto da tarde se resumiu a tentar fazer amizade com os personagens, algo que conseguiu facilmente pois a maioria era bastante social. Em sua humilde opinião, o ápice foi quando conseguiu reunir todos para algumas partidas de Uno, o ruivo explicando as regras para todos os jogadores que nunca participaram (vulgo Jotaro e Abdul), enquanto você embaralhava e distribuía as cartas (Com um certo usuário do Star Platinum a olhando profundamente para ter certeza que não estava trapaceando.).
Headcannons dessa jogatina:
~
Abdul:
• Mesmo nunca tendo jogado antes é extremamente bom nisso devido as suas habilidades no tarô.
• Pede desculpas sempre que joga uma carta +2 ou +4, ou até mesmo um "block" em qualquer membro.
• Expressão levemente enrijecida durante as primeiras rodadas, ainda meio incerto das regras do jogo, mas conforme o tempo vai passando se solta, periodicamente até fazendo piadas.
• Assiste com um pequeno sorriso no rosto as discussões durante o jogo, secretamente se divertindo muito.
• Se percebesse que Joseph não tem uma carta para jogar na cor ou número atual, "acidentalmente" jogaria um reverse, rindo de seu amigo surtando (Bônus se tiver que assisti-lo comprar várias cartas para ter uma jogável.)
• Venceria bastante partidas ou chegaria próximo, conseguindo converter quase qualquer baralho ruim em um no mínimo aceitável.
• Dupla mais provável? Joseph, mas não se oporia a jogar com nenhum dos participantes.
Joseph:
• Jogador decente, porém seu baralho é sempre extremamente ruim ou apelão. Não existe meio termo.
• Daria dicas de jogadas para Holly.
• Objetivo principal? Fazer o neto perder.
-Sabe... eu acho que todos contra o Jotaro seria um negócio justo.
• Tentou ver as cartas do Kujo, mas parou quando viu o Star Platinum se materializando ao perceber a trapaça.
• Se une a você para fazer Jotaro comprar várias cartas.
• Sentiria ofendido sempre que recebesse qualquer carta especial de um adversário, alegando que iria ter volta.
• Jogou uma carta +2 para o neto, porém o rapaz conseguiu revidar e a quantia de cartas para comprar acumuladas voltou para o mais velho, ganhando baralho suficiente para três pessoas jogarem.
• Jurava vingança para qualquer um que prejudicasse Holly.
-Não se preocupe, papai. É só um jogo. -A loira diria, tentando acalmá-lo.
-Não é só um jogo! É UM ATENTANDO CONTRA SUA HONRA! Como pôde jogar cartas contra minha menininha? -Ele apontava grosseiramente para a pessoa, fazendo um longo sermão de como iria fazê-la se arrepender disso.
• Se ganhasse alegaria que ninguém mais consegue fazer uma estratégia tão boa quanto a dele, mas se perdesse comentaria que o(a) ganhador(a) só teve sorte.
• Preferência de dupla? Sua filha. Próximas escolhas? Abdul ou você respectivamente.
• Se jogasse com Jotaro e o rapaz fizesse alguma jogada estúpida gritaria algo do tipo -COMO PÔDE FAZER ALGO TÃO BURRO?! -Mas se o contrário acontecesse e seu neto mostrasse algum descontentamento, faria um comentário dramático, dizendo o quanto a sociedade é cruel com os menores erros dos idosos.
• Esquece várias vezes de gritar uno.
Kakyoin:
• O melhor jogador de todos, tendo várias estratégias para a rodada e memorizando cada movimento dos outros para conseguir supor as cartas.
• Rosto sério na maioria do tempo, mas ocasionalmente vê uma cena engraçada e acaba rindo, antes de se desculpar e voltar com a expressão estóica, percebendo que saiu do personagem.
• Auxiliaria Holly a fazer boas jogadas.
• Blefes com frequência, também sugeriria cores que o beneficiava durante o momento do +4.
• Riria sempre que alguém ficasse bravo ao perder uma boa jogada ou ganhasse muitas cartas.
• Consegue virar um jogo facilmente, independente do quão ruins sejam as cartas.
• Se visse qualquer um com alguma dúvida, prestaria ajuda.
• Definitivamente é aquele que sugere mais regras, do tipo -Que tal no 9 quem colocar a mão por último no monte compra duas cartas? -Ou -O que acham da regra de no número 7 todos ficam calados?-
• Caso ele ganhe alegará sorte de principiante, caso perca falaria parabéns para o(a) ganhador(a) e surgiria outra partida.
• A dupla mais provável é você, tanto por já te considerar uma amiga, quanto pelo caos que traz, deixando tudo mais divertido. O ruivo nem se importaria se perdesse, achando o entretenimento gratuito recompensa o suficiente.
Holly:
• NUNCA usaria qualquer especial contra o filho.
• Sorrindo mesmo comprando várias cartas.
• Alguém que definitivamente se desculparia se prejudicasse alguém, deixando claro que aquele bloqueio azul era a única carta que tinha.
• Sempre esquece de falar uno, mas ninguém a faz pagar a pena.
• Tenta fazer jogadas (com um sorriso nada discreto) que ajudem o Jotaro a vencer, fazendo um sinal de joinha ao mesmo olhar interrogativamente para ela.
• É uma péssima jogadora, então todo o grupo decide deixá-la vencer de vez em quando, até elogiando-a sobre como suas jogadas foram incríveis.
• Dupla com Jotaro (também conhecida como a única situação em que você e Joseph não tentariam prejudica-lo.), mas seu pai e a amiga do filho seriam os outros favoritos.
• Se as duas mulheres estivessem juntas e vencessem, Holly chamaria de poder feminino, convidando a garota para fazer dupla novamente na próxima rodada.
Jotaro:
• Péssimo jogador no início, mas sua expressão indiferente durante todo o jogo dificultou que qualquer um soubesse de imediato se havia ou não pego um bom baralho.
• Tentaria ajudar a mãe com jogadas que a favoreciam, mas negaria até a morte se alguém o questionasse.
• Não usa a memória fotográfica do Star Platinum para memorizar as cartas dos adversários, preferindo um jogo limpo.
• Planejaria deixar os especiais para o final, escolhendo comprar do que gastá-los atoa.
• Quando está próximo do sabor da vitória, Joseph e S/n o fazem comprar cartas, onde solta seu típico -Mas que saco. -Acompanhado de -quantas cartas devo pegar?-.
• Após jogar poucas partidas obtém bastante experiência de jogo, até usando algumas estratégias de Kakyoin.
• As preferências de dupla seriam: sua recém amiga ou Noriaki, mas fazer dupla com sua mãe ou Abdul não seria o maior castigo.
• Raramente sorri, mas pode acontecer quando você está prestes a ganhar e coringa ao receber muitas cartas.
S/n:
• Facilmente a mais animada em jogar, não pelo sentimento de vitória ou derrota, mas por ter a oportunidade de vivenciar esse momento com os personagens favoritos.
• Primeira a apoiar a ideia todos contra Jotaro.
• Age dramaticamente quando o mesmo a faz comprar qualquer quantia de carta.
-MAIS DOIS?!?! pensei que fôssemos amigos, Jojo. -A jovem exclamou, falsamente ofendida.
-Você se uniu ao meu avô para tentar me fazer comprar mais de 20 cartas. -Argumentou o estudante, claramente irritado pelo comentário.
-Independente.
• Pergunta brincando para Avdol qual a chance do próximo jogador ter uma carta completamente específica, além de blefar com o próprio baralho constantemente, falas do tipo:
-Qual a chance de eu ter uma carta completamente foda que me faça ganhar em três rodadas? -Ela perguntou com um sorriso no rosto.
-Nula. -O cartomante respondeu.
-Você está terrivelmente certo. Me vê uma carta porque eu não tenho nenhum 8, nem verde.
• Frequentemente pergunta para o pai de Holly se possui cartas +2 ou +4 para fazer o estudante de cabelo preto comprar.
• Tenta manipular Kakyoin para fazer uma jogada que te favoreça.
-Nossa! Que vontade de comer bolo de morango com calda de framboesa e cerejas no topo. -Você exclama em um tom descontraído.
-Está usando aquele truque barato de tentar me fazer pensar em coisas vermelhas e jogar uma carta dessa cor? -Ele ergueu uma sobrancelha, divertido com a tentativa.
-Se hipoteticamente minha resposta fosse sim, faria esse favor?
O Noriaki cedeu seu pedido por te considerar engraçada.
• Usa cartas especiais somente para ver as reações dos outros (com exceção Holly que jamais sonharia em prejudicar.) e coloca lenha na fogueira para qualquer conflito com frases como "eu não deixava." ou "ah! se fosse comigo..."
• Mais focada em se divertir sabendo que momentos como esse serão raros, porém vencer algumas rodadas seria um adicional bem vindo.
• Gostaria de fazer dupla com todos os personagens, no caso de:
Jotaro: estranhamente você não faria nenhuma provocação sobre a capacidade mequetrefe das jogadas dele, sabendo que o rapaz nunca teve contato com jogos no geral e é extremamente ruim até pegar o jeito. A jovem tentaria até ajudá-lo sugerindo uma jogada aqui e ali que beneficiasse. Caso os dois vencessem, comemoraria e ergueria a mão em um pedido de "toca aqui!", no qual ele te ignorou completamente, mas está secretamente feliz. Já se perdessem, falaria que foi um bom jogo (independente do quanto foram massacrados) e pediria outra rodada.
Abdul: o egípcio sugere uma estratégia baseada na probabilidade e é um companheiro de equipe bem atencioso, sempre pedindo sua opinião antes de jogar alguma carta querendo ter a certeza que não vai te prejudicar. Pode-se dizer que jogar com o rapaz de Bantu Knots é equivalente a nunca ter problemas de comunicação com o parceiro durante uma rodada.
Joseph: O plano é garantir que Holly vença, vocês dois ajeitando uns negócios aqui e ali para que isso aconteça. Se a loira não estivesse, o objetivo seria vencer e fazer o Jotaro comprar várias cartas. O modo que tentariam fazer isso seria bem espontâneo, sem grandes planos por trás.
Holly: A um pedido da loira, decidiu tentar vencer sem prejudicar JoJo. Assim como Avdol, a mulher sempre pedia sua opinião antes de fazer qualquer jogada, querendo ter a certeza que não te prejudicaria. Em caso de vitória ou derrota você faria questão de elogia-la por suas jogadas (independente da qualidade.).
Kakyoin: o ruivo estranhamente decidiu jogar da forma mais dinâmica possível com você, assim como no caso de Joseph, não possuiria nenhum plano extremamente elaborado, muito mais focado em aproveitar o momento. Ter passado grande parte da vida sem ninguém o compreendendo completamente, para então se sentir acolhido por um grupo, o faria abrir mão de vencer em troca da diversão (mas ganhar seria bom.).
Quando vocês finalmente se cansaram de jogar, já estava perto de anoitecer, Holly comentando sobre como era melhor você e o Kakyoin dormirem na casa dela por causa do horário. Ambos aceitaram a hospitalidade, algo que gerou palminhas alegres na loira, que pediu para seu pai pegar dois futons, iniciando uma discussão infantil entre a filha do porquê camas são infinitamente melhores. Em uma tentativa de fazer o Joestar se acostumar com as tradições japonesas, a Kujo também exigiu que fosse chamada de Seiko agora em diante, que gerou mais insatisfação. Você, o Noriaki e Abdul assistiram divertidos a interação.
Mais tarde, no jantar, decidiu que ainda não tinha constrangido seu maravilhoso amigo Jotaro o suficiente, aproveitando um momento de silêncio constrangedor para pedir que Joseph e Seiko contassem histórias de infância acerca do menino de cabelos pretos. Escusado dizer que escolheram as mais constrangedoras, fazendo o estudante esconder seu rosto com o chapéu durante todo o diálogo enquanto a garota e o ruivo riam abertamente, Abdul ergueu seus lábios em um micro sorriso.
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etcemais · 4 months
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A A24 divulgou novos pôsteres de MaXXXine, último filme da trilogia de terror que conta com X - A Marca da Morte e Pearl.
O elenco da produção conta com o retorno de Mia Goth, além do elenco também contar com Moses Sumey, Elizabeth Debicki, Michelle Monaghan, Bobby Cannavale, Lily Collins, Halsey, Giancarlo Esposito e Kevin Bacon.
No último filme da trilogia, Mia Goth volta como Maxine, a única sobrevivente do ataque ocorrido em X - A Marca da Morte, e que continou sua jornada em direção à fama. Veremos a sua jornada rumo à fama para se tornar uma atriz de sucesso em Los Angeles na década de 1980, mas acaba sendo atormentada por uma série de assassinatos em série. A forte ligação com Hollywood já era esperado, como já indicou o anúncio do filme feito pelo estúdio.
MaXXXine tem direção de Ti West, que também foi responsável pelos outros dois filmes da trilogia. A produção será uma continuação direta de X – A Marca da Morte e manterá Mia Goth como protagonista.
X – A Marca da Morte já pode ser assistido no Prime Video, enquanto Pearl está disponível no TeleCine.
MaXXXine estreia no dia 11 de julho.
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b-oovies · 2 years
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FILMES DE TERROR 👻🎃
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todos os filmes estão em ordem alfabética.
observação: se algum link não estiver funcionando, por favor, avise na ask, que iremos mudar o link.
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A Bruxa
A Bruxa de Blair
A Casa de Cera
A Casa Monstro
A Casa que Jack Construiu
A Família Addams 1
A Família Addams 2
A Família Addams (Desenho)
A Hora da Sua Morte
A Hora do Pesadelo
A Ligação
A Morta-Viva
A Noiva-Cadáver
A Órfã
A Órfã 2: A Origem
Abracadabra
Abracadabra 2
Arraste-me para o Inferno
Assim na Terra como no Inferno
Audition
Barbarian
Bird Box
Bodies Bodies Bodies
Brinquedo Assassino (Sequência)
Carrie - A Estranha (2013)
Carrie, a Estranha (1972)
Casamento Sangrento
Cemitério Maldito
Convenção das Bruxas
Convite Maldito
Coraline e o Mundo Secreto
Doutor Sonho
Drácula de Bram Stoker
Edward, Mãos de Tesoura
Elvira: A Rainha das Trevas
Entrevista com o Vampiro
Eu Sei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado
Frankenweenie
Garota Infernal
Gonjiam: Haunted Asylum
Halloweentown
Halloweentown 2: A Vingança de Kalabar
Hannibal
Harry Potter (Sequência)
Hotel Transilvânia
Invocação do Mal (Sequência)
Jovens Bruxas
Lenda Urbana
Marcas da Maldição
Midsommar
Monster High (Sequência)
Não Olhe
O Babadook
O Estranho Mundo de Jack
O Exorcismo de Emily Rose
O Exorcismo da Minha Melhor Amiga
O Grito
O Iluminado
O Sexto Sentido
O Silêncio dos Inocentes
O Telefone do Sr. Harrigan
Os Fantasmas Se Divertem
Pânico 1
Pânico 2
Pânico 3
Pânico 4
Pânico 5
Pânico 6
ParaNorman
Pearl
Prom Night
Quando as Luzes se Apagam
Rua do Medo (Sequência)
Sede de Sangue
Sexta-Feira 13 (Sequência)
Slumber Party: O Massacre
Sissy
Telefone Preto
Terrifier
Terror em Silent Hill
The Closet
The Deep House
The Mimic
They/Them
Uma Noite Alucinante (Sequência)
Vozes e Vultos
We Need to Do Something
X
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ulqui-cor · 7 months
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Tinta (Nnoitra x Leitor)
Os dedos dele estão calejados, mas gentis enquanto deslizam pela pele exposta pela minha camisa levantada. Seu braço está debaixo de mim: com qualquer outra pessoa, eu ficaria preocupado que seu braço doesse, mas ele é um demônio forte e teimoso. Sua pele é grossa o suficiente para que ele nem sinta meu peso.
Seu olho está fechado, o buraco onde deveria estar o outro olho está descoberto pelo tapa-olho. Os dentes e os ossos de sua máscara parecem brilhar ao eterno luar.
Ele é um Hollow; um espirito maldito. Um monstro. Capaz de arrancar a carne dos ossos e a alma dos seus vasos. Ele é um demônio que odeia os mortais e ama a morte. Espíritos vazios como ele mantém um buraco em seus corpos e uma máscara feita de osso como um testemunho de suas almas vazias.
Seu cabelo preto se espalha no travesseiro como tinta.
Nnoitra abre o olho, parecendo muito satisfeito quando me pega olhando.
“Pensei em ver como você fica quando está dormindo. Droga.”
Reviro os olhos, suprindo uma réplica. Desde que passamos a noite juntos, há algumas semanas, nosso relacionamento odioso se suavizou. Ele começou a dizer coisas boas às vezes, e a mudança é… chocante. Não tenho mais certeza do que dizer. As marcas de tinta do nosso ódio e as palavras cruéis que usamos para expressar a nossa dor reprimida se dissiparam na noite.
Em vez de falar, eu apenas cubro seu rosto com a mão. Ele para, seus lábios se alargando em seu sorriso horrível característico. Maldito seja por ser tão alto, minha mão mal cobre metade de seu rosto.
“Você deve ficar irritado quando está cansado… como uma criança,” ele zomba, puxando minha mão de seu rosto.
“Você é insuportável.”
“E ainda assim você sofre.” Sua voz fica quieta.
“O que isto quer dizer?”
Ele balança a cabeça, o cabelo farfalhando. Nnoitra envolve ambos os braços em volta de mim, me apertando. Abraçar. Impensável para alguém como ele.
“Durante este último ano… Antes, toda a minha vida foi uma luta. Lutar. Sofrer. Eu estava esperando que alguém aparecesse e acabasse com minha existência. Eu estava com tanta dor que esqueci como é sem. Nunca doeu porque não pensei sobre isso.”
“Mas agora você está aqui. Você está nos ajudando. Eu odiava você, e ainda posso. Só acho que você torna minha vida um pouco menos vazia.”
Minha garganta dói quando descanso minha cabeça em seu pescoço, sua cabeça em cima da minha nos travesseiros.
A escuridão apagou meu coração desde que deixei minha antiga vida para trás. Agora uso a escuridão dentro de mim como tinta para escrever meu futuro.
Talvez Nnoitra esteja nas páginas para mim. Talvez nao. De qualquer forma, eu sei:
“Você dá bons abraços.”
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geekpopnews · 3 months
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MaXXXine | Ordem dos filmes da trilogia "X"
A trilogia "X" é formada pelos filmes "X - A Marca da Morte", "Pearl" e MaXXXine", mas você sabe a melhor ordem para assisti-los?
O último filme da trilogia de terror dos estúdios A24, “MaXXXine”, protagonizado por Mia Goth chegou trazendo a conclusão da história da jovem Maxine, que sonha em ser uma atriz reconhecida em Hollywood. Custe o que custar. A produção que será exibida em algumas salas de cinema a partir do dia 04 de julho, possui estreia oficial no dia 11. A trilogia de Ti West, se iniciou em 2022 com o…
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criticodellorrore · 2 months
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"Maxxxine" (2024)
"Maxxxine" de Ti West, lançado em 2024, é o desfecho da trilogia que começou com "X: A Marca da Morte" (2022) e "Pearl" (2022). Este filme não apenas conclui a narrativa com maestria, mas também eleva o padrão técnico e artístico estabelecido por seus antecessores.
Fotografia e Estética Visual
"Maxxxine" mantém a excelência visual característica da série. A cinematografia, a cargo de Eliot Rockett, é uma continuação natural da atmosfera estabelecida em "X" e "Pearl". Enquanto "X" era marcado por uma estética de terror vintage dos anos 70 e "Pearl" destacava-se pelo uso vibrante de cores que remetiam aos clássicos do Technicolor, "Maxxxine" mistura essas duas abordagens, criando uma paleta visual que é ao mesmo tempo nostálgica e inovadora. Rockett utiliza ângulos de câmera ousados e movimentos suaves para construir uma narrativa visual que é ao mesmo tempo elegante e perturbadora.
Direção e Roteiro
Ti West prova mais uma vez ser um mestre do terror psicológico. A narrativa de "Maxxxine" é rica em subtexto, abordando temas de fama, obsessão e identidade. West, que também escreveu o roteiro, constrói personagens complexos e multifacetados. Maxine, interpretada magistralmente por Mia Goth, é uma protagonista cativante, cuja jornada é tanto uma reflexão sobre o passado quanto uma busca pelo futuro.
Edição e Ritmo
A edição, conduzida por David Kashevaroff, é precisa e rítmica, mantendo o espectador constantemente à beira da cadeira. O uso de cortes rápidos em momentos de tensão contrasta com as tomadas longas e contemplativas que exploram o estado mental da protagonista. Esse equilíbrio entre ritmo frenético e calma introspectiva é uma das marcas registradas da trilogia.
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Trilha Sonora
Tyler Bates, responsável pela trilha sonora, entrega uma composição que amplifica a tensão e a emoção da narrativa. A trilha de "Maxxxine" é uma fusão de elementos eletrônicos contemporâneos com sons analógicos, criando uma atmosfera sonora que é ao mesmo tempo moderna e atemporal. A música é usada de forma inteligente para acentuar momentos de suspense e dar profundidade emocional às cenas mais introspectivas.
Design de Produção
O design de produção, liderado por Tom Hammock, é detalhado e imersivo. Cada cenário é cuidadosamente construído para refletir o estado emocional dos personagens e a progressão da narrativa. Desde os ambientes decadentes de Hollywood até os espaços mais íntimos e pessoais, o design de produção ajuda a contar a história de forma visual.
Performance de Elenco
Mia Goth, reprisando seu papel como Maxine, entrega uma performance poderosa e visceral. Sua capacidade de transmitir vulnerabilidade e força em igual medida é um dos pontos altos do filme. O elenco de apoio, incluindo novos personagens e rostos familiares dos filmes anteriores, contribui para a riqueza e a complexidade da trama.
Conclusão
"Maxxxine" é um fechamento adequado e brilhante para a trilogia de Ti West. Combinando elementos técnicos impecáveis, uma narrativa profunda e performances memoráveis, o filme se destaca não apenas como um excelente exemplo de cinema de terror, mas também como uma obra de arte cinematográfica em seu próprio direito. É um testemunho do talento de West e sua equipe, e uma adição valiosa ao panorama do cinema contemporâneo.
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musicshooterspt · 6 months
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SWR Barroselas Metal Fest, 24 a 27 de Abril
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Listen to the clamour of steel... SWR FEST returns to the northern village of Barroselas from 24-27 April 2024 for its 24th edition, heavier and louder than ever! 40 bands, two indoor stages, and the same appetite for extreme music.
TICKETS / INFO
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The cult is once again alive and this time we're celebrating death: David Vincent, Mr. Evil D himself, will be in Barroselas alongside Pete Sandoval in I AM MORBID, to celebrate the music of the almighty Morbid Angel with the same ferocity and heaviness we find in albums such as "Altars of Madness", turning 35 this year! And that's not all: as TERRORIZER, they'll take it up a notch in terms of speed, grinding death to its utmost. Death, of course, pairs up well with war: also from across the Atlantic, SWR will welcome the iconic BLASPHEMY, who will bring their particular brand of black metal hatred to Lusitanian soil for the very first time! Those who hunger - nay, thirst - for a good time will do no better than give a warm welcome to TANKARD, whose alcohol-fueled teutonic thrash will certainly get the party going, and if you're in the mood for pestilence look no further than SARGEIST; 25 years of pure finnish misanthropy. The melodically heavy BELL WITCH will return to Portugal with a new album, and an extreme line-up wouldn't be complete without the british CANCER, spreading death since 1988. Is that all? No, this metallic x-mas features loads more killer souvenirs on a platter. COBRAFUMA, ALPHA WARHEAD, VERME, VØIDWOMB, ANALEPSY, NECROBODE, BOOBY TRAP, TOXIKULL, REDEMPTUS, SONNEILLON, MORTE INCANDESCENTE, SYSTEMIK VIOLENCE, ELS FOCS NEGRES and CAPELA MORTUÁRIA are here to represent the best of the Lusitanian hordes. NOSTROMO (Switzerland), KRYPTS (Finland), VULTURE, ROPE SECT (Germany), THANTIFAXATH (Canada), HEXECUTOR (France), CHILD, LIK, FREDAG DEN 13E, SKITSYSTEM (Sweden), ENTROPIAH, APOSENTO (Spain), DIOCLETIAN (New Zealand), VIRCOLAC (Ireland), SCHIZOPHRENIA (Belgium), DISGRACE AND TERROR (Brazil), CONJURER (UK), SNĚŤ (Czechia) and HIEROPHANT (Italy) are the allied armies who'll be finding their way to Barroselas with only one thought in their minds: brutality! Tickets available at swrfest.bigcartel.com and at the Official Stores
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Tradução 🇵🇹
Oiçam o clamor do aço... O SWR FEST está de volta à aldeia de Barroselas nos dias 24 a 27 de Abril, celebrando a sua 24º edição, mais heavy e barulhenta que nunca! 40 bandas, dois palcos indoor, e o mesmo apetite de sempre pela música extrema.
Bilhetes/Info
O culto está mais uma vez vivo e desta vez estamos a celebrar a morte: David Vincent, o Mr. Evil D em pessoa, estará em Barroselas ao lado de Pete Sandoval em I AM MORBID, para celebrar a música do todo-poderoso Morbid Angel com a mesma ferocidade e peso que encontramos em álbuns como "Altars of Madness", que este ano completa 35 anos! E não é tudo: como TERRORIZER, vão aumentar a velocidade, esmagando a morte ao máximo. A morte, claro, combina bem com a guerra: também do outro lado do Atlântico, o SWR vai receber os icónicos BLASPHEMY, que vão trazer a sua marca particular de black metal para o solo lusitano pela primeira vez! Quem tem fome - ou melhor, sede - de diversão, não fará melhor do que dar as boas-vindas aos TANKARD, cujo thrash teutónico, alimentado a álcool, irá certamente animar a festa, e se estiver com vontade de pestilência, não procure mais, SARGEIST; 25 anos de pura misantropia finlandesa. Os melodicamente pesados BELL WITCH regressam a Portugal com um novo álbum, e o alinhamento extremo não estaria completo sem os britânicos CANCER, que espalham a morte desde 1988.
É só isso? Não, este X-Mas metálico apresenta muito mais numa bandeja. COBRAFUMA, ALPHA WARHEAD, VERME, VØIDWOMB, ANALEPSY, NECROBODE, BOOBY TRAP, TOXIKULL, REDEMPTUS, SONNEILLON, MORTE INCANDESCENTE, SYSTEMIK VIOLENCE, ELS FOCS NEGRES e CAPELA MORTUÁRIA estão aqui para representar o melhor das hordas lusitanas. NOSTROMO (Suíça), KRYPTS (Finlândia), VULTURE, ROPE SECT (Alemanha), THANTIFAXATH (Canadá), HEXECUTOR (França), CHILD, LIK, FREDAG DEN 13E, SKITSYSTEM (Suécia), ENTROPIAH, APOSENTO (Espanha), DIOCLETIAN (Nova Zelândia), VIRCOLAC (Irlanda), SCHIZOPHRENIA (Bélgica), DISGRACE AND TERROR (Brasil), CONJURER (Reino Unido), SNĚŤ (Chéquia) e HIEROPHANT (Itália) são os exércitos aliados que vão chegar a Barroselas com um único pensamento: brutalidade!
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victor1990hugo · 1 year
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podtudo · 2 years
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• podtudo de hoje com @h4nagaki !
bom dia, boa tarde ou boa noite tudinhos do perfil! no podtudo de hoje, trouxemos a ilustre presença do ekki, @h4nagaki ! sentem-se que lá vem tudo e mais um pouco!
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1. Nos conte um pouco sobre você, tudinho da vez! Faça uma pequena biografia sua para nós.
R: olá!! eu me chamo ekki mas vc pode me chamar de rae ou reese, eu tenho 16 anos e meus pronomes são ele/dele, eu sou isfj, tenho tdah e sou aroace awoo, meus animais favoritos são gatos e águas-vivas!! eu sou um pouco (médio muito) obcecado com X a marca da morte, livros, pearl, skz, enhypen, my chemical romance, deftones, hyperpop e mistski (preciso de terapia)
2. O que ou quem te incentivou a postar esses posts maravilhosos do seu blog? Adoro!
R: onwtt obrigado por achar isso **risos 😈😈** brincadeiras a parte, começou qnd eu decidi entrar pro anitwt (pior fase da minha vida depois dessa recwente), eu via algumas layouts de anime e decidi fazer, e depois conheci os mb's da xi4ngling e da bajizitos que me inspiraram a começar aqui!!
3. O fav também tem favs fora do tumblr? Se sim, nos conte tudo sobre eles!
R: acho q essa lista poderia ter uma escada pq meu coração é igual de mae, PORÉM os meus principais são (no mundo do kpop): leeknow, soobin, jungwon, mark, jeongin, yeonjun, wonjun, mingyu, chaewon e soyeon,, fora do mundo do kpop são: beabadoobee, jenna ortega, mia goth e andrew garfield
4. E sobre músicas, curte? Adoraria saber sobre as suas preferidas.
R: as que eu provavelmente mais escuto são: kill bill (sza), oui oui marie (chelsea wolf), goodbye, my danish sweetheart (mitski), helena (my chemical romance), i don’t love you (my chemical romance), not for sale (enhypen), any (stray kids), dark dream (e'last) e pra variar  hang 'em high (my chemical romance)
5. Tem inspirações aqui ou fora do aplicativo? Nos conte sobre também!
R: aqui no mini queride tumblr sao @sachly @fshione @tiansmo @oikawazitos @emocatts xi4ngling e bajizitos!! (que nao usam mais)
6. E vamos de um top 5, seus maiores favs da edição icônica do tumblr!
R: hmmmmmm todos sao euuu 💋💋 mentira nao sou narcisista psicose assim
1° @fshione meu amor
2° @m-jng
3° @oikawazitos
4° @emocatts
5° @v6mpcat
7. Poderia explicar mais sobre seu estilo de post? É tudo muito lindo e a curiosa que me habita quer saber tudo sobre essas maravilhas.
R: olha, eu nao mantenho um estilo eu acho? eu acho q seria focado em "grunge"? na vdd eu sempre gosto de mudar meu estilo de post e explorar coisas novas :D
8. E na sua vida pessoal, tem hobbies? Uma lenda como você com certeza deve curtir fazer algo.
R: meus hobbies principais sao, ler, jogar (enstars principalmente), assistir filmes, me arrumar e brincar com os meus cachorros
9. Indique alguns blogs fenômenais para os telespectadores!
R: todos os citados anteriormente sao os que eu mais gosto!! mas óbvio q tem uns q eu particularmente acho q mereciam UM grande reconhecimento, como
@soulmateszedits @luffyttaro @yongblock @gojy @waterrr meu lindinho e so
10. Tem alguma pauta para os seus haters sem senso? Nos diga algo sobre esses sem noção aqui!
R: nunca sofri hate ate pq eu sou tao desocupado q nem briga eu causo gracas a Deus 🙏🏻🙏🏻, minha mensagem pra eles são, vão cuidar da vida de vcs pqp bando de desocupado inuteis lixosos a valeria almeida simplesmente existindo faz mais coisas q vcs q nao tem outra coisa pra fazer q nao ser xingar os outros por puro prazer, vao trabalhar assistir jogar transr sla porra so cuidem da vida de vcs, acho q vcs nao gostariam de ouvir coisas ruins direcionadas a vcs por puro entretenimento próprio pq entretenimento alheio e ver vcs sendo xingados até o talo 💋
11. E por último, alguma situação constrangedora que já passou, todo mito de verdade já passou por uma dessas, não é? Vai ser incrível escutar alguma história de sua vida.
R: foi ano passado mas eu deito a cabeça do travesseiro e lembro disso até hj, eu fui no cinema ver o show do nct com minha amiga, e no site nao tinha absolutamente nenhum ser humano na sala, provavelmente so nos dois, eu falo muito muito baixo, só q nesse dia o cao diabo 666 satanas me atiçou e mandou eu falar alto, ai eu lindamente falei "nossa tem ngm aqui acho q so a gente q é esquisito", e tinham 2 meninas e 1 menino na sala e eu quase caí da escada indo sentar 👎🏻 valeu a pena ter passado vergonha mas eu sinto q aquelas pessoas vao fzr uma macumba pra mim
Agradeço sua presença ilustre aqui no podtudo!!! Volte sempre lenda, a Nayara a qualquer momento estará de braços abertos a você!
dep: eu que agradeço!!! foi bem divertido participar e escrever minhas doidices maluquices kahsksmsksks obrigado ano por ter me recomendado, e obrigado a vc nayara por ter sido doce e gentil comigo 1 bjo pra qm quiser nao queiram nao gosto de contato humano /j /srs
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leclerqueensainz · 2 years
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Uma Família de Três (C.L 16) - Parte.I Descobertas, reencontros e surpresas
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Paring: Charles Leclerc X Marie Anderson (personagem original)
⚠️ Avisos: Menção a morte e assassinato, palavrões, Charles sendo um pouco agressivo na forma de reagir, menção a sexo e uso de drogas. (Este capítulo pode conter gatilhos!) (+16)
15 de Janeiro de 2023- Milão, Itália
-Buongiorno , Marcella!- Cumprimento a minha secretária a adentrar o escritório. - Alguma novidade para mim? - Pergunto à garota loira, que está sentada com os olhos enfiados no computador a sua frente.
-Buongiorno, Marie! E… HÁ! CONSEGUI! - Marcella pula de repente, me assustando. - Desculpe! É que eu consegui agendar a reunião com Fred Lacroix para a próxima semana. - Ela diz tentando se recompor e eu sorrio.
-Que ótimo! Você é dez. - Digo encostando ao lado dela na mesa e dando uma bisbilhotada em seu computador. - Você acha que ele estará em um bom humor? Ele não é a pessoa mais conhecida por ser agradável quando o assunto é venda e compra de suas artes. - Digo e Marcella apenas da de ombro.
-Não sei e sinceramente eu não me preocupo com isso. - Ela diz e posso ver um sorriso presunçoso estampar ‘em seu rosto. - Seja como for, nós somos fodas! A gente sempre consegue o que quer. - Ela termina e eu dou risada pelo seu entusiasmo.
Eu concordo com Marcella. Nós somos fodas e sempre conseguimos o que queremos quando o assunto é trabalho.
Após a morte de Jules, me mudei de Mônaco para a Itália. Eu sentia que precisava deixar aquilo tudo para trás, mesmo que para isso fosse necessário eu enterrar parte de quem eu era com o meu passado. Eu precisava recomeçar e fechei os olhos para a minha antiga vida. Eu não tinha mais nada em Mônaco. Nada que me segurasse, ou que ao menos valesse a pena ficar.
Eu precisava de tempo e de uma nova vida, e foi exatamente o que eu encontrei quando vim para a Itália, onde eu consegui me matricular em artes a tempo de continuar o ano letivo. E um ano e meio depois, estava formada e estagiando em uma das melhores galerias que existe em Milão. Pouco tempo depois disso, acabei percebendo que eu tinha muito potencial para a curadoria e acabei me dedicando a área, cuja qual hoje eu ainda faço parte, com a maior taxa de sucesso em recrutamento e vendas para novos artistas.
Hoje posso dizer que a minha vida está mais do que confortável e eu passo tanto tempo do meu dia ocupada com o trabalho, que mal tenho tempo de pensar em tudo que eu deixei para trás há alguns anos.
-AH! - Marcella grita e me pega de surpresa, me fazendo dar alguns passos para trás.
-Meu deus, Marcella! Você ainda vai me matar, garota! - Digo e coloco a mão no peito, sentindo o meu coração pular feito louco.
-Desculpa! É que eu acabo de me lembrar que você recebeu uma carta hoje pela manhã. - Ela diz e eu posso jurar que a minha confusão estampou meu resto. - Quer dizer, você não recebeu, recebeu, tá mais para “passaram o envelope por baixo da porta, enquanto estávamos fechados e eu pisei em cima quando eu cheguei”.- Ela diz e tira um envelope branco, amassado e com marca de uma meia pegada nele. - Eu tentei dar uma limpadinha, mas como você pode ver, não deu muito certo. Sério, alguém deveria limpar mais as ruas de Milão. - Ela diz e me entrega o envelope.
Dou uma analisada pelo envelope afim de achar o remetente, mas encontro apenas “Marie Anderson” escrito em uma caligrafia delicada.
-Não tem remetente. Que estranho. - Digo e Marcella assente.
-Também achei meio sinistro. Quer dizer, quem ainda manda cartas? Em pleno 2023, não era mais fácil mandar mensagem pelo insta? Ou sei lá, um email? - Eu concordo com a cabeça e dou de ombros.
-Bom, que assim seja. - Digo e vou andando em direção a minha sala. - Por favor, hoje pretendo tirar alguns dos atrasos que o fim do ano nos deixou. Caso alguém queira falar comigo, avise para deixar recado. E isso incluí minha mãe, okay? - Digo e Marcella assente.- Ótimo, obrigada. - Digo entrando na minha sala e fechando a porta logo em seguida.
Jogo minha bolsa em cima da mesa e me sento na cadeira. Analiso mais uma vez o envelope na minha mão e por um momento sinto uma sensação estranha enquanto o encaro.
-Tá, vamos acabar com o suspense, Marie.- Digo e pego um extrator de grampos no porta lápis, passando pela parte colada do envelope.
Abrindo o envelope eu tiro uma folha gravada com a mesma caligrafia que estava no envelope e duas fotos de um garotinho com cabelos e olhos escuros, que eu posso jurar que nunca vi na vida, mas que de certa forma me parece muito familiar . Viro a foto afim de ver se há algo escrito atrás.
“Vincenzo. 24/12/2021”
Era o que dizia em uma das fotos. Nela o garotinho estava sentado próximo ao que parecia ser uma árvore de Natal.
Dou uma olhada atrás da outra fotografia, onde o mesmo menino, aparentemente um pouco mais velho, estava sentado em um tapete cercado de brinquedos.
“Vincenzo. 19/12/2022.”
Me sentindo ainda mais confusa e com a sensação estranha se alastrando pelo peito, pego a carta que eu tinha deixado de lado em cima da mesa e começo a lê-la.
França, 02 de Janeiro de 2023.
Marie,
Eu nem sei dizer quantas vezes eu pensei em como escreveria para você. Você obviamente não me conhece, para ser sincera acho que ninguém do círculo de amigos e familiares dele, sequer ouviram falar sobre mim.
Eu sou Cecilia e é o que você precisa saber sobre mim agora, além é claro, do que estou prestes a escrever para você a seguir: Eu era noiva de Jules Bianchi.
Sei que isso é estranho e talvez até mesmo inacreditável, mas é verdade. Eu e Jules tivemos uma curta, mas apaixonante história de amor. Eu amei Jules e posso afirmar que ele me amou também.
Dois dias antes da morte dele, eu descobri que estava grávida. Dei a luz a Vincenzo no dia 24 de Dezembro de 2019. Um garotinho saudável e forte, muito parecido com Jules.
Eu o amei desde o momento em que soube que ele crescia dentro de mim. Fruto de algo tão puro e lindo, do meu relacionamento com Jules.
Sei que é muito para você raciocinar agora, mas para que você possa saber que estou te falando a verdade, há duas fotos de Vincenzo. Quero que olhe para elas e veja Jules, assim como eu vejo toda vez que olho para o meu filho.
Passei muito tempo querendo escrever para você. Jules à tinha como uma irmã. Lamento ter escondido isso de você e da família dele também, mas eu tive tanto medo. Medo da rejeição, de ser vista como uma mentirosa. Eu não poderia passar por nada disso. Eu só tinha Jules e depois que ele me deixou, não havia mais em quem eu pudesse confiar, então criei Vincenzo sozinha até agora, mas não acho mais que eu posso fazer isso. Vincenzo tem uma família além de mim. E eu preciso que ele cresça sabendo que é amado.
Prometo que irei lhe explicar tudo o que você precisa saber. Por favor, me encontre na cafeteria onde vocês costumavam se encontrar sempre que vinham juntos para Nice. Dia 18 de Janeiro às 16h.
Cecilia.
Minhas mãos tremem quando eu jogo a carta de volta em cima da mesa.
Mas que porra é essa? Isso é algum tipo de brincadeira doentia?
Pego as duas fotos nas mãos novamente e as encaro, percebendo agora o porquê de eu achar aquele menino tão familiar. Era Jules. Aquele garoto é a cópia de Jules.
Mas como isso é possível? Por que Jules nunca nos contou que tinha alguém? Isso não era do feitio dele. Jules sempre foi um livro aberto para nós. Sempre nos contou sobre tudo, assim como nós à ele. Ele não esconderia isso da gente….certo?
Com a cabeça cheia de dúvidas e o coração ainda mais pesado do que nunca, me vi gritando o nome de Marcella e em menos de um minuto, suas madeixas curtas apareceram pelo vão da porta.
-Sim?- Ela pergunta antes de me encarar por um momento e entrar totalmente na minha sala com uma expressão preocupada. - Você está bem, Marie? - Ela diz se ajoelhando ao meu lado.
-Reserve um voo para amanhã de manhã. Preciso ir para França.
🇫🇷
18 de Janeiro de 2023. - Nice, França.
Encaro novamente o relógio pendurado na parede, acima do balcão da pequena cafeteria. 15h45.
15 minutos. Apenas 15 minutos para que eu pudesse descobrir quem era a Cecilia e o porquê dela resolver entrar em contato comigo agora, depois de tanto tempo. E por que comigo? Sim eu, Jules e Charles sempre fomos muito próximos, apesar da diferença de idade. Mas por que entrar em contato justo comigo? Se o intuito dela era apresentar o garoto a família de Jules, por que ela não entrou em contato com Christine ou Phillipe?
Eu não via a família de Jules há muito tempo, nem ao menos trocávamos mensagens. Eu os deixei para trás quando decidi seguir em frente na Itália. Eles foram enterrados junto com meu passado em Mônaco.
O sino em cima da porta de entrada toca, indicando que alguém entrou no recinto. Minha cabeça dispara rapidamente em direção ao som.
E é como se em um minuto, tudo que eu lutei tanto para esquecer e deixar para trás, voltasse com força e sem controle como ondas de um tsunami.
Em pé, a poucos metros de onde estou sentada, meu olhar se cruza com Charles.
Charles. Meu ex namorado que não vejo há quase quatro anos. A parte que mais dói do meu passado, além da morte de Jules.
Ele está diferente. Tão diferente desde a última vez que eu o vi no funeral de Jules. Desta vez ele não está trajando o preto do luto, não. Ele está com roupas casuais, jeans escuro e um moletom verde musgo, com a palavra “FERRARI” estampada em preto. Em seu rosto há uma barba por fazer e seus olhos… porra. Os olhos que da última vez refletiam tanta desesperança, agora estavam mais vividos, porém com certos traços de preocupação.
Charles caminha até onde estou sentada, seus passos rápidos e largos como se quisesse me encurralar antes que eu fugisse novamente. Ele para a meio metro de distância, e seu olhar caminha por mim curiosamente. A sua feição é dura mas também coberta de duvidas. Aposto que assim como eu, ele quer entender o porquê de eu estar aqui.
-Charles…- Sou a primeira a dizer. A voz baixa e incerta. Ele assente devagar. Seu olhar ainda me encarando como se quisesse descobrir todos os segredos que eu obtive durante esses anos em que estivemos longe um do outro.
-O que você está fazendo aqui, Marie? - Ele pergunta. Direto, sem rodeios e com determinação. Um tom em que eu jamais esperaria ouvir do Charles que deixei há quatro anos. É, ele realmente mudou.
Eu queria poder responder a ele com a mesma intensidade, mas sinceramente, não acho que eu poderia. Há muita coisa acontecendo aqui e minha cabeça gira com tantas perguntas e emoções. Por que Charles está aqui? Que porra é essa? Foi ele quem armou tudo isso?
-Isso é algum tipo de brincadeira? Porque se for, eu juro por Deus que não tem graça nenhuma.- Ele diz, seu tom agora áspero.
Eu fico sentada olhando para ele. Totalmente confusa.
Charles passa a mão pelo cabelo, bagunçando ainda mais suas madeixas castanhas. Ele suspira fortemente e fecha os olhos, sua língua passa por seu lábio inferior rapidamente. Ele costumava fazer isso sempre quando sentia raiva ou frustração. Pelo menos isso não mudou.
-O que você está fazendo aqui, Charles?- Pergunto e ele abre os olhos, voltando a me encarar.
A mão de Charles vai até o bolso traseiro e volta com um envelope idêntico ao que foi deixado para mim no escritório na Itália. A diferença é que eu podia ver que esse foi endereçado a Charles, apenas o nome dele, também sem remetente.
-Me diz por favor, que não foi você, Marie. - Meus olhos passam do envelope para o rosto de Charles. Meu olhar demonstrando toda a sinceridade que eu podia quando o respondi:
-Não, não fui eu. - Ele assente com a cabeça, sua expressão se suavizando um pouco. Ele se move e se senta na cadeira vaga a minha frente. Suas mãos vão até o rosto e esfregam.
-Jules tem um filho. - Ele diz.
-Eu sei.- Respondo.
Charles abaixa as mãos e me encara novamente. Dessa vez a expressão de confusão. Antes que ele abra a boca para dizer qualquer outra coisa, eu pego minha bolsa em cima da mesa, abro e retiro o envelope branco de dentro dela. Charles encara a minha mão por um tempo, antes de estender o braço por cima da mesa e pegar o envelope da minha mão.
-Você também recebeu. - Ele diz e mesmo não sendo uma pergunta e ele não olhando para mim, eu faço que sim com a cabeça.
-Parece que ela marcou com nós dois. Creio que seja mais fácil contar a história ao mesmo tempo. Assim não há riscos de errar a versão. - Digo e o olhar dele passa dos envelopes em cima da mesa para mim.
-Você acha que é mentira? Que o garoto não é filho de Jules?- Ele pergunta sério e eu apenas dou de ombros.
-Eu acredito que possa ser de Jules. Só não sei o motivo pelo qual ela demorou todo esse tempo e porque escolheu a gente. Obviamente não somos as pessoas mais indicadas para mostrar a Vincenzo que ele tem uma família por parte de pai. - Digo e vejo o maxilar de Charles tencionar.
-Nós éramos amigos de Jules. Ele confiava em nós. - Ele diz, mais uma vez sua voz soando áspera.
-Pelo visto não confiava o bastante para nos dizer que se apaixonou. - Digo e imediatamente me arrependo.
Olho para Charles e se fizéssemos parte de um desenho animado, ele teria chamas no olhar.
-Você não sabe o que aconteceu. Você não sabe os motivos dele, assim como eu.- Ele diz entre dentes. - Não duvide das razões dele. Não quando ele não está aqui para se defender.
Durante todos os anos em que eu passei ao lado de Charles, eu nunca o vi com tanta raiva. E se eu não o conhecesse ficaria com medo.
Mas você ainda o conhece? Pergunto para mim mesma internamente.
-Não é o que eu quis dizer.- respondo na defensiva.- Sinto muito, não era para soar dessa forma. Óbvio que Jules tinha motivos e iremos descobrir quando Cecília chegar. - Charles relaxa o maxilar e se ajeita na cadeira.
Olho novamente para o relógio pendurado na parede. 16h10. Ela está atrasada. Olho para Charles, um pouco aflita.
-Você acha que ela vem? - Ele da de ombros, mas sua mão vai até o bolso do moletom e tira um celular.
-Ela está atrasada.- Ele diz o que eu já sei. - Mas acho que sim, ela vem.- Charles joga o celular em cima da mesa sem nenhum cuidado. Seus dedos ansiosos brincando com seus anéis.
-Parabéns pelo vice-campeonato, a propósito. - Digo para tentar amenizar um pouco da ansiedade de ambos e ele volta o olhar para mim.
-Você acompanhou as corridas ? - Ele perguntou um pouco surpreso.
-Sim.- admito um tanto envergonhada. - Minha secretária é uma grande fã de Fórmula 1. - Completo, o que não é mentira.
Assim como toda italiana, Marcella é uma tifosi assídua. E mesmo eu querendo deixar tudo que eu conhecia para trás, eu não poderia me esconder de um dos esportes mais amado pelos europeus, ainda mais na Itália, a casa da Ferrari.
Charles solta um riso baixo, seu olhar adotando a expressão de menino travesso. Ah não.
-Sua secretária, hein? - Ele diz com tom zombeteiro e cheio de insinuações.
-Ah, cale a boca, Leclerc! - Digo tentando soar seria mas falhando quando deixo uma risada escapar.- Eu estou falando sério! Minha secretária é uma tifosi roxa. Ela não pode calar a boca um minuto sobre a Ferrari e me faz assistir todas as corridas. - Digo e dou de ombros.
-Sim, sim… E eu aposto que sou o motorista favorito da sua “secretaria”, certo? - Ele diz fazendo aspas com os dedos e com um sorriso presunçoso no rosto.
-Na verdade, ela prefere o Sainz. - Digo e na mesma hora o sorriso dele se transforma em uma careta séria, o que me faz rir.
Logo as covinhas aparecem na bochecha de Charles e meu coração da um pequeno salto ao som da sua risada tipicamente meio falhada e exagerada. Ah como eu gostei de ouvir novamente aquela risada horrível, mas ao mesmo tempo muito fofa.
Naquele momento, mesmo eu odiando admitir, eu percebi o quanto senti falta daquilo. Era um sentimento tão bom do conhecido e de leveza. E mesmo que há apenas uns minutos atrás eu estivesse duvidando sobre ainda conhecer a pessoa que Charles havia se tornado, eu pude ver que independentemente dos anos e das tragédias que a vida o submeteu desde novo, aquele menino gentil e brincalhão pelo qual eu havia me apaixonado um dia, ainda estava lá. E talvez nunca fosse embora. E eu gostei disso.
Encarando Charles sorrindo, ali sentado na minha frente, me pergunto, por apenas um segundo, se teria sido diferente caso eu não tivesse ido embora. Mas assim como o pensamento veio, eu o afasto. Porque, por mais que eu fique feliz em saber que Charles ainda tinha algo que pra mim era familiar, dentro de si, nós não demos certos antes mesmo da morte de Jules. E duvido que conseguiríamos manter uma boa relação com toda dor e luto que nos cercava. Eu fiz uma boa escolha. Sim, eu fiz o certo.
Deixar Mônaco foi uma das coisas mais difíceis que eu tive que encarar. Mas isso me fez crescer e me tornou uma mulher forte. Aprendi a lidar com a perda, mesmo que talvez não seja da forma mais saudável, ainda funcionou para mim. Consegui terminar a faculdade, arrumei o emprego que eu queria e conheci gente nova. Me apaixonei, mesmo que não tenha amado como amei Charles, ainda me permiti sentir e tentar a felicidade. Claramente não deu certo, mas mesmo assim valeu a experiência.
E também posso dizer que Charles conseguiu conquistar o que queria, ou quase tudo. Ele é um dos melhores pilotos de fórmula 1, dirige para a Ferrari, que é o sonho de quase todo esportista do automobilismo. Tem uma carreira de sucesso e é mundialmente conhecido por isso. E mesmo não tendo conseguido o título que tanto anseia, no ano passado, talvez consiga esse ano. Ele é focado, é grato e gentil. O menino de ouro. O predestinado.
Mesmo Charles sendo tão jovem, conseguiu dar à família e amigos tudo o que sonharam. O orgulho de Pascale e se Harvé estivesse vivo, tenho certeza que também estaria orgulhoso do filho que criou. assim como Jules também estaria em ver o progresso de Charles.
E então o vazio apareceu de novo. Jules. Eu tento ao máximo não pensar nele. As memórias ainda são dolorosas mesmo depois desses anos.
Acho que deixei meus pensamentos refletirem demais, pois Charles que antes ria, agora me encara com um olhar de compaixão. Ele provavelmente pensou em Jules também.
-Eu também sinto falta dele. - ele diz e eu faço um gesto com a cabeça. - E senti sua falta também. - Sua mão se encontra com a minha em cima da mesa.
Não havia segundas intenções. Apenas um gesto. Um gesto para afirmar o que saía de sua boca. E doeu. Aquilo doeu no meu coração e na minha alma.
Afasto a mão rapidamente da dele e encaro a mesa. Charles recolheu as mãos e manteve perto do próprio corpo.
-Eu sei que você não me devia nada, Marie. Nem explicações, nem lealdade. - ele começa, a voz um pouco quebrada fazendo o meu coração apertar. - Mas Jules morreu e você foi embora. Por que você partiu? - Ele pergunta e eu posso ouvir a mágoa.
Eu queria ter forças para erguer o olhar e dizer à ele enquanto o encarava nos olhos, que tudo que eu fiz foi por medo e por achar que não havia mais nada para mim em Mônaco. Que eu ainda o amava mesmo depois dele terminar comigo e que perder Jules para a morte me destruiu, mas saber que perder Charles enquanto estava vivo, só iria me arruinar ainda mais. Eu não podia vê-lo todos os dias e saber que ele não pertencia mais a mim. E que cada minuto que eu passasse com o luto e com o coração partido e sem ele, me fazia lembrar que o amor era algo impossível para mim. Que eu não merecia ser amada. Que nunca haveria ninguém para me amar.
-Eu precisei ir.- Digo ainda encarando minhas mãos. - Não espero que você me entenda, nem que me perdoe. Até porque, não estou te pedindo nada disso, Charles. - Minha voz soou firme mas meus olhos ardem.
Respiro fundo e prendo o ar por alguns segundos antes de soltar. Subo meu olhar para encara-lo quando tenho certeza que as lágrimas não descerão.
-Eu tive que fazer uma escolha e eu a fiz. Eu me escolhi. - falo simplesmente, talvez tentando convencer a mim mesma.
Charles assente com a cabeça e volta a brincar com os anéis em seus dedos. Dessa vez era difícil para ele me encarar.
-Fico feliz em ver quem você se tornou, Marie. E espero que tenha alcançado o que queria quando…- ele para por um segundo, incerto do que dizer- Quando deixou Mônaco. - uma risada gasta deixou seus lábios. - Não vou te julgar, até porque, quando você se foi, já não éramos um casal. Mas eu fui um idiota em achar que éramos amigos.- Ele volta a me encarar. - Fui idiota até perceber que não haveria essa possibilidade entre nós dois sem Jules estar aqui.
Eu queria gritar. Queria levantar e jogar tudo o que havia na minha frente em cima dele. Queria xinga- lo e dizer que ele não tinha aquele direito. Mas para ser justa, eu não poderia nunca fazer isso. Não quando eu fui embora, quando fui eu quem deixei o que sobrou de nós três. Jules tinha morrido e eu fugido. Quando saí não pensei em Charles e nem em seus sentimentos. Apenas pensei em mim e como eu nunca conseguiria conviver com aquilo.
Eu não me arrependo. Fiz o que achei necessário e faria novamente. Charles poderia ter precisado de mim, mas eu precisava mais. Precisava sair e me curar. E foi o que eu fiz. Charles ainda tinha amigos e família com quem contar e eu não tinha ninguém. Sem família presente, sem amigo e sem namorado. Charles e eu sentimos o luto é claro, mas nós o sentimos de formas diferentes. Ele havia perdido um amigo e eu havia perdido tudo.
Não havia para quem eu voltar e abraçar ao chegar em casa. Não havia ninguém lá para me dizer que sentia muito pela minha perda e que tudo iria ficar bem. Então eu fui atrás do que eu achei que precisava e consegui. Fui em busca de mim mesma, de uma nova vida, de novas escolhas e oportunidades e eu as encontrei. Eu me encontrei. Claro que abri mão de muito e que o vazio que Jules e Charles haviam deixado, nunca foram preenchidos, mas eu aprendi a lidar e a utilizá-lo a favor de outras coisas e isso bastou, pelo menos por enquanto.
Antes que eu pudesse respondê-lo, sou interrompida mais uma vez pelo barulho do bendito sino da porta de entrada.
Charles e eu viramos nossa atenção para a porta ao mesmo tempo. Os dois encarando uma mulher loira e magra, que vestia um casaco verde e calça legging. Mas o que mais nos chamou atenção foi o garotinho em seus braços. Ele tinha cerca de 3 ou 4 anos, cabelos escuros, estava deitado com o rosto escondido no pescoço da mulher e sua mãozinha agarrava a gola do casaco dela como se estivesse com medo de que ela fosse embora se ele a soltasse.
Eu e Charles nos levantamos em gestos ensaiados, tudo ao mesmo tempo. Ele parou ao meu lado, sua mão pousando no meu ombro coberto pelo meu próprio casaco desta vez.
A mulher nos encarou e veio em passos lentos em nossa direção. Quando ela chegou mais perto e parou a cerca de um metro de distância de nós eu pude analisá-la.
Seu rosto era fino e perfeitamente simétrico, e mesmo parecendo que não dormia a dias, seus olhos cansados são um tom de castanho esverdeado, muito bonitos. Ela é muito bonita. Seus lábios se abrem em um pequeno sorriso e ali eu pude ver que ela facilmente fazia o tipo de Jules.
-Imagino que vocês são Charles e Marie, certo ? - Ela diz, sua voz era doce e cansada.
Meu olhar passa dela para o garotinho em seus braços e logo depois eles se cruzam com o de Charles. Ele me dizendo através dos olhos , as mesmas coisas que eu estou pensando. Nós voltamos a atenção para a loira à nossa frente e assentimos.
- Ótimo!- Ela pigarreia antes de continuar - Eu sou Cecília e este rapazinho aqui é Vincenzo. - ela da uma leve balançada no pequeno que aperta ainda mais forte o colarinho do casaco dela. - Filho de Jules.
O aperto de Charles sobre meu ombro fica mais forte e eu engulo em seco. Eu não consigo desviar meus olhos do garotinho e agora mais de perto, eu podia ver seu perfil. Sua bochecha gordinha de criança e seus cílios longos assim como o de Jules.
Cecília se mexe desconfortável, seus pés passando o peso de um para o outro e ela ajusta um pouco a posição de Vincenzo em seu colo.
-Sei que vocês devem ter milhares de perguntas e eu prometo que irei responder a todas elas. Mas antes, vocês se importam se eu me sentar? Vincenzo é um pouco pesado e vim caminhando com ele nos braços. - Ela diz com um semblante envergonhado.
-Claro que não. Por favor. - Charles se aproxima dela e puxa a cadeira em que estava sentado alguns minutos atrás. Cecília se senta tomando cuidado para não fazer movimentos bruscos e acordar Vincenzo.
Charles aponta para a outra cadeira vaga e eu me sento. Ele da alguns passos até a mesa ao lado e pega uma cadeira desocupada para que possa se sentar. Assim que os três estão sentados ao redor da mesa, Charles chama a garçonete, que só agora percebo que está todo esse tempo nos encarando. A garota ruiva e sorridente, que provavelmente não tinha mais de 19 anos, se aproxima com o olhar vidrado em Charles. Provavelmente ela deve ter o reconhecido.
É Charles quem faz os pedidos. Um cappuccino para mim- o que me causa uma sensação no estômago por ele ainda se lembrar-um chá gelado para si e pergunta a Cecília o que ela gostaria de beber e ela responde que um café seria o suficiente. A ruiva anota os pedidos e pede licença antes de se retirar. Seus olhos ainda grudados em Charles.
Reviro os olhos internamente, mas sei que não posso culpa-lá, afinal não deve ser sempre que ela atende alguma figura pública. Quando costumávamos vir aqui com Jules, os funcionários eram outros e a pequena cafeteria fica em uma rua meio que isolada em Nice, então é provável que não venha muitas pessoas famosas por aqui.
Tiro meu olhar da garçonete e volto para Cecília que já me encarava atentamente com um pequeno sorriso nos lábios.
-Bem… - Charles começa. - Por que estamos aqui, Cecília? Por que somente agora você entrou em contato conosco ? - Ele pergunta se inclinando um pouco mais para frente, seus braços descansando em cima da mesa de madeira.
Cecília se ajeita na cadeira cuidadosamente e seus olhos se desviam para Vincenzo por apenas um segundo antes de se voltar para nós.
-Eu queria que vocês conhecessem Vincenzo. Enquanto estava vivo, Jules sempre mencionou vocês como parte da família dele. Ele amava muito vocês dois. - Ela diz e eu sinto meu peito apertar.
-Mas por que só agora ? - Eu me pronuncio pela primeira vez. - Sei que você escreveu na carta que estava com medo, mas ainda assim soa estranho você resolver vir nos procurar agora, sem nenhum motivo. - digo tentando manter a minha voz firme.
Cecilia fica em silêncio por alguns segundos como se quisesse formular as próximas palavras com cuidado.
-Há um motivo. - Ela afirma. - Olha, eu sei que é estranho e garanto a vocês que não estou querendo dinheiro nem nada do tipo. - Seu olhar passa de mim para Charles como se quisesse confirmar a última parte especificamente para ele. - Eu e Jules nos conhecemos cerca de seis meses antes dele morrer e foi como amor a primeira vista.
-Ele nunca nos contou sobre você. - Charles responde a cortando e ela assente.
-Eu sei que não. Eu pedi para que ele não o fizesse. - Ela diz e eu e Charles nos encaramos confusos antes de voltar nossa atenção para ela.
-Como assim? Por que você pediria isso a ele? - Pergunto achando aquilo estranho.
-Quando conheci Jules, eu estava em um momento complicado da minha vida. - Ela responde e vejo seu semblante se tornar sombrio. - Eu tinha apenas 19 anos e tinha fugido da Itália. - A voz dela estremece como se fosse difícil para ela voltar a mencionar aqueles tempos .
Eu queria poder lhe dizer que não era necessário que ela nos contasse se não estivesse se sentindo confortável, mas na verdade era realmente necessário que ela o fizesse. Afinal, era para isso que eu e Charles estamos aqui.
Charles assentiu para que ela continue e eu podia sentir a tensão dele.
-Eu me meti com pessoas erradas na Itália.- Ela continua. - Havia um garoto pelo qual eu passei a adolescência apaixonada, Paolo era o nome dele. Nós éramos muito jovens e idiotas, sabe ? - Cecília ri e seus olhos enchem de lágrimas. - Como todo adolescente, nós nos achávamos invencíveis, mas não éramos. Quando eu tinha 17 anos, passava a maior parte do tempo em festas e clubes com ele. Nós bebíamos e usávamos drogas, era tudo curtição e felicidade, até que não era mais. Com o tempo a bebida e as drogas deixaram de ser apenas para as festas e começaram a se tornar necessárias para qualquer coisa. Desde conseguir se concentrar nos estudos, até para poder levantar da cama. Meus pais, assumiram que Paolo era o culpado pela minha dependência e me proibiu de voltar a vê-lo. Eu obviamente fui contra e eles me fizeram escolher entre uma vida com eles ou a minha ruína ao lado de Paolo. Eu jovem e burra escolhi o amor e abandonei meus pais sem olhar para trás. Deixei a vida que tinha para correr atrás de aventuras com Paolo e ele fez o mesmo, fugindo de casa. Mas acontece que éramos dois viciados sem casa e sem dinheiro. Não havia mais a grana que nossos pais nos davam, então começamos a nos virar como podíamos. Pequenos roubos e furtos e até mesmo… - ela para por um momento. Lágrimas grossas descendo pelo seu rosto.
- Aqui.- Charles estende um guardanapo e ela o pega e limpando o rosto logo em seguida.
-Obrigada. - ela agradece e ele a oferece um meio sorriso.- Até mesmo prostituição. -ela continua e eu sinto meu estômago embrulhar. Não era nojo, mas sim pena por imaginar alguém naquela situação. Ao meu lado pude ver que Charles se sentiu tão incomodado quanto eu. Era difícil para ele conseguir se colocar no lugar dela.
Charles cresceu com ótimos pais que faziam de tudo pelos filhos, e por mais que não fossem milionários na época, ainda conseguiam ter e oferecer uma vida confortável a eles. E aposto que se qualquer um dos três, Charles, Lorenzo ou Arthur, tivessem seguido o caminho errado, Pascale jamais os teria abandonado.
E eu, bem, eu tive sorte. Passei a adolescência com Jules e Charles que possuíam uma família estruturada o suficiente para compartilhar comigo, pois meus pais eram ausentes.
Obviamente que eu e Charles tivemos nossa fase rebelde com porres e maconha de vez em quando. Mas Jules, por ser quase dez anos mais velho do que nós, sempre nos manteve na linha como um bom irmão mais velho. E se ele soubesse que passamos dos limites em festas ou em qualquer outro lugar, oh Deus! Ele pirava.
-Cecilia, sei que é difícil para você dizer isso, mas acho que é importante para que eu e Charles possamos compreender. - Digo e ela assente.
Cecília respira fundo duas vezes antes de continuar e é ali que tenho certeza de que a história só pioraria. Tento me preparar para ouvir o que ela tinha a dizer.
-Eu me prostitui algumas vezes, sem que Paolo soubesse. Havia alguns traficantes que me davam drogas em troca de sexo e como muitas das vezes eu não tinha outra opção, eu aceitava. Mas um dia ele descobriu e aquilo acabou com ele. Com a gente. - As lágrimas voltaram a escorrer pelo seu rosto. - Paolo enlouqueceu quando descobriu e foi atrás do traficante que eu havia dormido. Ele arrumou uma arma e matou o cara. Ficamos fugindo durante algumas semanas, mas era difícil demais para dois sem teto viciados, conseguir se esconder na Itália. Logo nos acharam e…- ela aperta os olhos e soluça forte.
Eu estico a minha mão em cima da mesa e pego a mão de Cecília. Ali havia muita dor e parte de mim queria se encolher e parar de ouvir, mas eu não podia. Passo meus olhos para Charles e ele me encara de volta, seus olhos refletindo uma angústia em estar ouvindo tudo que saia da boca dela. Era surreal demais para ele ouvir tudo aquilo.
-Eles mataram Paolo e acreditaram ter me matado também. Mas por algum milagre eu consegui sobreviver e pedir ajuda em uma igreja. O padre de lá era amigo dos meus pais e conseguiu uma família em Nice, que estaria disposta a me ajudar. Então eu vim para França, passei pela reabilitação e comecei a frequentar as reuniões para dependentes químicos. - seus olhos voltam a ficar distantes e eu continuo a segurar sua mão. - Foi na volta de uma dessas reuniões que eu conheci Jules e foi ali que eu entendi o motivo de eu ter sobrevivido. Nós nos apaixonamos, mas ele tinha uma vida pública e eu não podia me expor pois tinha muito medo que viessem atrás de mim. Eu contei a Jules o que tinha acontecido e diferente do que eu achei que ele faria, ele me acolheu. Me prometeu que não contaria a ninguém, nem mesmo a vocês dois, até que eu estivesse pronta e segura. E ele fez isso. Nos manteve em segredo durante meses. Nos víamos sempre que ele voltava para Nice, após as corridas. -Ela termina.
Eu e Charles observamos enquanto Cecília tenta tranquilizar a respiração, seu aperto sobre o corpo adormecido de Vincenzo aumenta como se tivesse medo de que ele sumisse de seus braços a qualquer momento.
Me parte o coração ver toda a sua dor e me faz ter uma perspectiva totalmente diferente de quando eu entrei aqui hoje. Ela amava Vincenzo e isso era nítido, assim como amou Jules. E essa é a parte que mais me dói.
Saber que o motivo pelo qual Jules nunca a citou para nós, seus amigos e família, foi somente para protege-la, fez meu coração pesar e se aquecer ao mesmo tempo. Isso era tão Jules.
Consigo me lembrar que meses antes de morrer, ele realmente passou a frequentar mais sua cidade natal e sempre que o questionávamos, ele dizia que queria passar um pouco mais de tempo com sua família. Nós até estranhávamos um pouco, mas Jules sempre teve uma ótima relação com os pais e parentes mais íntimos, o que nos fazia simplesmente deixar para lá e somente aproveitar o tempo que passávamos juntos antes dele e Charles ter que voltar para as corridas.
-Sinto muito por tudo isso, de verdade, Cecilia.- Charles é o primeiro a dizer após ela parecer mais calma. - Mas ainda precisamos saber o porquê de só agora você nos procurar. - Ele diz e eu concordo.
Cecilia assentiu com a cabeça e olhou para Vincenzo em seus braços. A tensão que emanava em si, me fez estremecer, Charles provavelmente percebeu e sua mão se encontra com a minha coxa por baixo da mesa.
-Cerca de dois dias antes da morte de Jules, descobri que estava grávida de Vincenzo. - Ela diz e eu faço um gesto de compreensão com a cabeça. - Jules estava correndo em Shangai e eu estava apavorada e sozinha aqui.- As lágrimas que haviam cessado voltaram a descer em ondas mais intensas.
Minha mente se teletransporta para 2019, para a última corrida de Jules. Ele estava tão contente que conseguiu terminar em sétimo lugar naquele dia. Mas, de uma hora para outra ele só queria voltar para casa e descansar, nem chegando a comemorar com os meninos do grid.
-Eu mandei uma mensagem para ele após a corrida. Disse que precisava que ele viesse o mais rápido possível para Nice, pois algo havia acontecido. - Cecília olha para Charles enquanto dizia.- Então ele me mandou mensagem dizendo que iria pegar o primeiro avião disponível de volta para França.
Conforme Cecília fala, o aperto de Charles em minha coxa aumenta. Eu olho para ele pelo canto dos olhos e consigo enxergar o momento em que seu pomo de Adão sobe e desce.
-Então foi por isso que ele saiu tão depressa naquele dia. - A voz de Charles soa baixa. - Ele saiu antes que eu pudesse falar com ele…- Seus olhos enchem de água e sua respiração se torna um pouco instável. Cecília apenas assente e fecha os olhos com força antes de continuar.
-Quando Jules chegou em Nice já era de madrugada e estava chovendo muito. Ele tentou pegar um táxi ou Uber, mas não estava conseguindo nenhum dos dois. - Dessa vez sinto minha respiração falhar um pouco enquanto ela continua. - Ele conseguiu alugar um carro em uma agência 24 horas que ficava próxima ao aeroporto e me mandou uma mensagem dizendo que chegaria em breve e que eu não precisava me preocupar, pois não importava o que estivesse acontecendo tudo iria ficar bem e que ele me amava.
Charles levantou abruptamente. Seu rosto adotando um olhar de descrença.
-Foi você…- A voz dele era fraca e acusatória. - Foi por sua causa que ele… Meu Deus!- Ele se agita e suas mãos passam pelo rosto e por seu cabelo.
-Charles…- Eu tento acalma-lo, mesmo eu também estando ansiosa. - Charles, por favor, senta e tenta se acalmar. - Eu tento pegar em sua mão mas ele recua em um movimento brusco.
-Me acalmar? - Ele se volta para mim. - Foi ela, Marie! - ele diz apontando para Cecília que apenas se encolhe na cadeira e aperta ainda mais Vincenzo que se mexe desconfortável em seu colo. - Ela matou ele! É POR CULPA DELA QUE JULES MORREU! - Ele grita.
Minha respiração se torna difícil e meu coração vai a mil por hora. Na minha frente Cecília soluçava e apertava Vincenzo ainda mais contra seu corpo.
Toda aquela comoção fez com que alguns funcionários começassem a aparecer e se aproximar a uma distância segura da mesa.
-Eu sinto muito, sinto muito- Cecília implora. - Eu juro que nunca quis que isso acontecesse, eu estava com tanto medo e…- Ela para quando escuta o choro baixo de Vincenzo.
A atenção de Charles vai para o garotinho quando percebe que agora ele está acordado. Ele faz um movimento negativo com a cabeça e sai do café as pressas, batendo a porta com muita força atrás de si. Nós nos assustamos com o barulho e o garotinho chora ainda mais alto. Eu me levanto apressada para ir atrás de Charles mas antes paro e me viro para Cecília.
-Por favor, espere aqui, sim? Vou tentar acalma-lo. Não vá embora. - Digo e ela assente, seu rosto manchado de lágrimas que ainda continuavam caindo e sua respiração acelerada enquanto balançava Vincenzo tentando acalma-lo.
Uma garçonete morena se aproxima com um copo de água nas mãos e coloca na frente de Cecília. Eu a agradeço com um gesto e saiu pela porta rapidamente afim de encontrar Charles.
Não demoro muito para encontrá-lo, ele estava em frente a um carro preto. O corpo apoiado ao lado do motorista. Mesmo de longe eu posso ver seu corpo tremendo e ouvir o som de sua respiração desregulada. Vou me aproximando devagar dele, para não assusta-lo.
Quando chego perto o suficiente penso em toca-lo, mas logo o pensamento deixa a minha mente quando percebo que não era uma boa ideia.
-Charles…- o chamo baixinho para chamar sua atenção. - Eu sinto muito, mas nós precisamos voltar para lá. Ela-
-Não!- ele exclama.- Por favor, Marie! Não me peça para voltar lá. Ela matou ele! Foi culpa dela! - Ele me encara com os olhos vermelhos e inchados.
Meu coração se aperta mais com a imagem dele assim. Me vejo novamente sendo mandada para o ano da morte de Jules, mais especificamente para o dia de seu funeral.
Eu queria abraçar Charles e dizer que tudo ficaria bem, mas na verdade eu não sabia se ficaria. Jules havia morrido à quase quatro anos e mesmo assim ainda doía toda vez que seu nome era citado. E ouvir hoje de uma estranha, as razões pelas quais resultaram em sua morte, não era algo fácil. Mas havia um motivo pelo qual Cecília quis nos contatar depois de todo esse tempo e nós precisamos saber.
Respiro fundo e resolvo me aproximar mais de Charles. Um de nós tinha que tentar ser racional nesse momento e se tivesse que ser eu, tudo bem. Eu não iria voltar para a Itália sem uma resposta.
-Charles, eu entendo que é difícil ouvir tudo isso assim, de repente.- minhas mãos vão para o seu rosto. - Eu sei que dói, Charles. Eu também estou sentindo. - Ele fecha os olhos e eu sinto lágrimas rolarem pelo meu rosto. - Mas nós não podemos culpá-la totalmente, Charles. Ela estava com medo e só queria conversar com ele.
-E isso resultou na morte dele. - Ele diz, seus olhos se abrindo e se encontrando com os meus. - Marie, se ela não tivesse feito o que fez, ele estaria aqui agora. Ele estaria vivo e teria conhecido…- A voz dele falha. - Ele teria conhecido o próprio filho. - Ele chora e eu o puxo para um abraço.
Jules morreu sem conhecer o filho. Jules morreu sem saber que teria um filho. Jules morreu no escuro sem saber o que é que estava acontecendo com Cecília. Jules morreu sozinho e preocupado e nada que possamos fazer irá trazê-lo de volta. Ele morreu. Acabou. Mas eu e Charles ainda estamos aqui.
-Jules morreu sem conhecer o filho, mas nós ainda estamos aqui e podemos fazer isso por ele. - eu digo e ele me aperta mais. - Nós ainda estamos aqui, Charles. E podemos fazer isso. - Ele quebra o abraço e me encara com o rosto cheio de mágoas. Eu afirmo com a cabeça. - Nós precisamos entrar lá. Juntos. - ele olha para os pés. - Charles, eu preciso que você entre lá comigo, pois eu não posso fazer isso sozinha. - Seus olhos voltam para mim e ele entende que eu utilizei as mesmas palavras que ele há alguns anos.- Por favor, Charles. Eu não quero fazer isso sozinha. Não posso. - Ele assente e eu pego sua mão e o arrasto lentamente de volta até a cafeteria.
Quando entramos pela porta meus olhos se encontram com os de Cecília. Afirmo com a cabeça para lhe dizer que está tudo bem e ela assente em compreensão. Olho para Charles que a encara sem expressão. Seu olhar está gélido, totalmente diferente do que um dia eu cheguei a conhecer.
Ainda segurando a mão de Charles, caminho em direção a mesa onde ela nos espera desconfortável. Percebo que Vincenzo não estava mais em seu colo e sinto uma preocupação momentânea que logo passa quando o vejo brincando de costas em uma outra mesa com a mesma garçonete ruiva que havia nos atendido.
Nos sentamos em nossas cadeiras e vejo que os nossos pedidos estão postos em cima da mesa. Sinto meu estômago embrulhar só de olhar para o Cappuccino na minha frente. Dou uma ligeira olhada ao redor e percebo os funcionários tentando desviar o olhar de onde estamos. Faço uma anotação mental em “resolver” esse problema para que não saia daqui quando formos embora.
-Apenas diga logo o que você quer. - Charles quebra o silêncio, seus olhos ainda encarando Cecília que assente e engole em seco.
-Eu entendo a raiva de vocês e sei que não tenho o direito de pedir o que irei pedir. - Ela diz e minha audição aguça. - Eu convivo com a culpa a anos. Seja por Paolo ou por Jules, a culpa e o remorso me acompanham por onde quer que eu vá. Não importa o que eu tente fazer, sempre estão lá. - Ela olha para as mãos. - Ano passado eu tive uma recaída. - Ela diz. - Usei heroína, foi uma vez, mas usei. Depois de anos resistindo e nem chegando perto de drogas, eu deixei a minha mente de merda cair no buraco e me piquei. - Ela solta um riso desesperado e seus olhos enchem de água.
Meu corpo gela e Charles solta um barulho de escárnio ao meu lado. Quando ele abre a boca para falar algo Cecília o corta.
-Sim, eu sei que sou uma puta e que mereço a pior merda que a vida reservar para mim. Mas é essa a questão. Eu mereço as coisas ruins, mas meu filho não. - Ela diz firme nos encarando séria. - Eu preciso que Vincenzo tenha uma vida boa e decente. Preciso ter certeza que ele crescerá sendo amado e que nunca irá faltar nada a ele. - Ela desvia o olhar por um momento até a mesa onde Vincenzo brincava animado com a garçonete e logo depois volta a atenção para nós.
Cecília respira fundo e se inclina mais para frente. Eu podia jurar que ela seria capaz de pedir qualquer coisa naquele momento. Dinheiro, uma casa em um lugar distante da cidade, um período na reabilitação, qualquer coisa.
-Eu não posso mais cuidar de Vincenzo.- Ela afirma, seu tom exalando amargura.- Eu prometi a Jules que faria de tudo para que ele fosse diferente de mim. E é por isso que procurei vocês depois de todos esses anos.
Minha cabeça gira. Ela está pedindo para …? Não, não é possível.
-O que você quer dizer com isso ? - Charles pergunta aflito.
Cecília limpa as lágrimas do rosto com a mão, pisca algumas vez e adota um olhar decidido, um olhar que eu conhecia bem. O mesmo olhar que deu a mim mesma no espelho quando decidi deixar Mônaco. De repente eu me sinto apavorada, pois minhas suspeitas são confirmadas.
-Ela quer que nós cuidemos de Vincenzo. - Eu digo.
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