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#como desenhar uma mão com coração
groupieaesthetic · 5 months
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Velha Infância.
Sinopse: Como seria os rapazes reencontrando uma velha amizade?
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Enzo: Você e Enzo estavam fazendo uma peça juntos. Durante os ensaios tiveram que ir os dois juntos, experimentar as roupas dos personagens.
Enquanto você trocava de roupa Enzo percebeu uma cicatriz em sua barriga.
"Foi cirurgia?" Ele perguntou apontando para ela
"Ah não" Você respondeu meio tímida. Não gostava muito da enorme cicatriz que ia da cintura até a costela. "Quando tava no segundo ano do fundamental cai do escorrega do parquinho. Tinha um ferro solto e eu cai com ele quase me rasgando"
Foi como se a cabeça dele fizesse um estralo.
Escorrega. Queda. Segundo ano. Cicatriz.
"Isso foi no Santa Madalena?" Questinou te olhando incrédulo
"Meu Deus foi! Um monte de mãe começou a proibir os filhos de irem no escorrega por minha culpa"
De repente na cabeça de Enzo tudo fazia sentido. Ele sempre sentiu que te conheci de algum lugar.
Você era nova na companhia. Era sua primeira peça com eles. Mas ele sentia isso.
"(seu nome)!" Exclamou e você olhou para ele sem entender "Você! Eu me lembro de você, meu Deus! Nós éramos melhores amigos lembra? Eu tive uma festa temática do Mickey Mouse quando fiz 7 anos. O primeiro pedaço de bolo foi para você"
Enzo? O Enzito que sempre te fazia dar um pedaço do delicioso bolo que sua vó preparava pra você comer no lanche?
O Enzo que te deu uma cartinha com vários corações escrito o seu nome, no dia que você foi embora da escola?!
"Ai Meu Deus Enzito!"
Vocês se abraçaram em êxtase.
Até hoje ele se lembrava.
Lembrava que foi você a primeira menina que ele olhou e sentiu borboletas na barriga.
Que deu um beijinho na bochecha dele e ele não limpou.
"Eu não sei como não te reconheci. Esses olhinhos"
Vocês não podiam acreditar.
Fazia mais de 15 anos que você havia indo embora da Argetina porque seu pais se divorciaram, e seu pai mais que depressa te levou para o Uruguai. Te deixando sem seu "Enzito".
"Você tá tão linda..." Ele disse tocando sua bochecha com ternura e cuidado.
Ah Enzito, que saudades do meu melhor amigo (e primeiro amor).
Esteban: Sua primeira grande exposição na Argetina. Alugar um teatro para isso foi uma idéia genial.
A impressa estava enloquecida. Todos queriam uma entrevista com você. A grande artista do ano.
"Preciso dizer. Seus quadros são incríveis"
Você se virou e viu um rapaz olhando atentamente para os quadros.
Se aproximou dele lentamente. Começou a olhar o quadro que ele admirava.
"Muito obrigada" Disse enquanto mexia nos dedos devido a timidez "Desde de pequena eu amava pintar. Foi sempre minha paixão"
"Eu sei nena"
E então, Esteban se virou.
Ele sabia quem era você. Quando viu seu nome no Twitter, falando sobre sua exposição, o coração bateu forte.
Aquela menininha que brincava com ele desde os 6 anos. Que teve uma festa de aniversário onde pediu apenas coisas envolvidas a desenhar. Que quando voltou para o Brasil aos 12 anos de idade, fez o coração dele se quebrar...
"Perdão, eu acho que te conheço"
Sua memória era péssima. Você sabia que conhecia aquelas sardinhas. Aquele cabelinho todos bagunçado.
"Esteban?"
"Oi"
Seus braços apertaram Esteban tanto, mas tanto, que jurou ouvir um estralo.
"Eu estou tão orgulhoso de você."
"Muito obrigada Kuku... te chamam de Kuku ainda?"
"Chamam. Mas não tem o mesmo efeito se não for você..."
Matías: Você e Matías estavam namorando a um tempo, e resolveram que seria bom "juntar as escovas de dente".
Um dia enquanto você arrumava suas coisas para levar para o novo apartamento, jogava na cama alguns álbuns de foto.
Entre eles, um pequeno álbum. Na capa havia a sua maozinha de quando tinha 3 aninhos carimbada com tinta lilás.
Seus pais fizeram isso toda sua vida. Cada aniversário um álbum novo e a sua pequena mão carimbada.
Matias que mais olhava você do que te ajudava, pegou o álbum e ficou vendo as fotos.
"Como você era fofa gatinha" Ele disse olhando para uma foto sua vestida de coelhinha da Páscoa "Sabe, a creche que eu ia quando pequeno tinha uma parede igual essa"
"Deve ser padrão de creche daqui" Respondeu sem dar tanta importância.
"Esse aqui era seu coelho?"
Recalt virou o álbum e mostrou uma foto sua segurando um coelho todo branquinho.
"Ah não" Você sorriu pegando o álbum "Era da creche. Eles levavam todo ano"
Enquanto você olhava aquele álbum Matías pegou outro. "4 aninhos da (seu nome)". Era o que dizia a escrita abaixo da sua mão carimbada. Dessa vez verde.
Matías olhava as fotos. Sorria, comentava, até que...
"Nem fodendo"
Se levantou e ficou olhando para uma foto. Parecia chocado (?).
"Amor?"
Matías virou a foto e mostrou.
Era você e um garotinho. Parecia ser no parque de creche em alguma festa.
Ele beijava sua bochecha e você sorria.
"Sou eu!" Exclamou Renalt sorrindo "Eu lembro dessa foto! Sua mãe tirou na festa que teve na escola, o bingo beneficente"
Pegou o álbum das mãos dele e sorriu.
Seria o destino?
Seus destinos treçados na maternidade? (ou melhor, desde a creche?)
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tecontos · 3 months
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Sobre a noite de sexta (15-06-2024)
By; Kelly
Cheguei em casa tarde da noite, uma sexta-feira, cansada, suada, doida por um banho e uma cama quente.
Nada melhor do que uma chuverada, as águas mornas limpando a pele, lavando a alma.
Revigorante.
Sai do banho dez anos mais jovem, mais leve. Espalhei o hidratante nos seios, pescoço, no ventre e no rosto. O cheiro adocicado do creme se misturou com o cheiro de flores do roupão que eu me vesti.
Displicente nem amarrei, fui até a cozinha e preparei um chá de hortelã. O sabor morno me esquentando a boca, a garganta. Fui caminhando até a sacada, eu gosto de me sentir livre, de imaginar que alguém me olha, se espanta ou quem sabe admira. No fundo toda mulher gosta de se saber admirada.
Eu não esperava que fosse eu a admirar uma vista linda. Um deus grego! Do outro lado da rua. No edifício em frente ao meu.
Eu nunca tinha visto a tal pessoa, devia ser novo. Um gato malhado em pé no meio da sala. A toalha branca como saia, distraído a apertar o desodorante nas axilas. Os músculos dos braços, o peito estufado, os mamilos morenos, pequenos. A barriga trincada. Divino.
Escondi o rosto atrás da xícara, o riso de quem sabe que está fazendo algo proibido, admirando a vista de um macho lindo.
Senti a respiração ficando curta, os seios ficando cheios, os mamilos endurecendo. O macho desatento se exibindo do outro lado da rua. Como uma estátua viva.
Apaguei a luz e foi então que eu desconfiei, um olhar furtivo do desconhecido, um átimo. Meu sexto sentido me fez suspeitar que ele se exibia pra mim.
Pensei em sair, mas o máximo que eu fiz foi desenhar minha silhueta na contra luz que ficou acesa na sala. A xícara ainda presa nos dedos a me esconder a cara.
Ele riu olhando para baixo, deitou o desodorante na mesa e desamarrou o nó da toalha. Foi se livrando aos poucos da saia. As coxas grossas, torneadas, os joelhos redondos, o início das pernas.
Até melhor que o David de Michelangelo, até por que o membro era bem mais avantajado. O tamanho exato para ser lambido. Uma obra prima a escultura inteira. Quanto será que custava ter uma dessas no meio da sala?
A mão grande de dedos compridos cobriu o púbis a se fazer um carinho. Ainda tímidos os dedos longos foram atiçando o nembro. O falo foi crescendo, erguendo se assumindo, como uma espada longa com a pele esticada.
Ainda mais quando a cabeça brilhante foi surgindo, se livrando do prepúcio tímido. O gato foi se tornando um atrevido.
Os dedos deslizaram pela extensão do falo, alisaram as bolas cheias guardadas dentro dos sacos. O pau grosso ficou ainda mais vivo, pulsando com carícias. A mão firme envolveu a cabeça roxa. E aquele nojo ficou mais excitante, eu comecei a me molhar.
O vizinho me encarou do outro lado da rua. Achei que ia fugir assustada, mas fiquei ainda mais paralisada. Meu coração batendo como um tambor apressado. Doida pra saber o que viria.
Ele riu e moveu a boca. Eu li ‘gostosa’ nos seus lábios. O peito largo se movia compassado no ritmo que a mão afagava o falo. Um membro grosso e curvado ia ficando esticado e moreno. Apetitoso e brilhante aquilo devia estar tão gostoso.
O vizinho foi perdendo o medo, abusado foi ficando agitado, obsceno. O pau erguido no meio, os peitos musculosos retesados, a barriga ainda mais trincada.
O indecente falou entre os dentes: ‘tira, tira’. Fiquei de lado, a luz da sala desenhando o perfil da minha cara. Coloquei a xícara no balcão e desci os lados do roupão. Fiquei esculpida pela escuridão.
Segurei um peito, alisei o mamilo até beliscar o bico. Puxei e estiquei a ponta do bico até ela ficar grossa, até vir um gemido.
O macho gostoso me mostrou a ponta da pica. Puxou o dedo e esticou um fio longo. Um creme denso ligando a cabeça da pica a ponta do dedo.
O riso riscado na face ele mostrou o dedo melado, levou à boca e engoliu inteiro. Eu fiz o mesmo mostrando a teta, estiquei a língua e lambi o peito até morder o bico grosso na silhueta escura.
“Goza garoto, geme gostoso”. Nem sei se ele ouvia, mas eu sabia que ele me entendia.
Ele fez como eu queria a mão cheia agitou aquele tronco duro. Num quase desespero, uma aflição alucinada, a cara foi ficando crispada e vermelha, as pernas tesas. O deus grego ia gozar pra mim, era o que eu mais queria.
O alívio veio num grito fundo, os jatos longos molhando o chão da sala, ele vibrando a cada esporrada. Meti meus dedos no meio dos pelos. A gruta encharcada, um abafo quente vindo do ventre. Foi minha vez de sofrer de desejo.
O tesão me eriçando os pelos, me eletrizando a pele. A loucura foi tomando conta, eu me exibindo para o estranho. Os dedos finos me excitando a mente. As unhas pintadas cada vez mais molhadas.
Nem sei por que eu fiz aquilo. Quando percebi que o orgasmo vinha. Segurei a xícara e afastei as coxas, tremi inteira enchendo a xícara.
Eu sabia que ele não esperava. Olhei na cara dele e mostrei o copo. Fiz um brinde e dei uma golada. Eu queria que ele soubesse que aquilo me deixou mais safada. O gosto de uma fêmea saciada misturado com o sabor do chá de hortelã.
-Pra você, eu falei. Abrindo um sorriso na escuridão.
O macho lindo num riso, mostrou os dedos melados num creme branco. Passou o polegar espalhando a nata nos dedos e engoliu de olhos fechados saboreando o gosto forte da própria porra.
Me imaginei ajoelhada naquela sala, uma pena, as gozadas quentes na minha cara. Me contentei com o sabor da xícara.
Eu ainda de lado, a silhueta desenhada, ele de frente me olhando indecente. Puxei o roupão e segurei com o dedo por cima do ombro. Bem casual.
Sai andando na ponta dos pés, estilosa como uma gata.
Ouvi um grito vindo do outro lado. Uma voz de trovão, um berro alto:
-“Gostosa, volta aqui!”
Eu ri. Maldosa eu apaguei a luz e fui dormir.
Enviado ao Te Contos por Kelly
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stellesawyr · 4 months
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POV 02; the raging witch @silencehq parte um
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As visões eram confusas, haviam poucas imagens que conseguia discernir o que eram: Conseguia ver várias estátuas ao redor do acampamento, figuras humanas esculpidas em pedras de forma tão fria que a fez ter calafrios; uma espada muito bem polida e uma coruja, o animal seguia onde quer que a arma fosse.
Assim que terminou de passar as informações confusas que julgou ser necessárias, a bola parou de brilhar, deixando a semideusa imóvel no escuridão do nascer do sol visto da estufa por alguns minutos com uma linha de raciocínio sendo montada e desmontada com as teorias que tinha; voltou ao chalé em silêncio e assim ficou até que terminasse o café da manhã, deixando algumas irmãs confusas.
Com toda a história de traidores agora teve como primeira missão do dia ir até a casa grande para falar com Quíron e Dionísio, informando da melhor forma que podia o que havia visto nas visões por terem pedido anteriormente que falasse caso visse algo interessante.
Quíron pareceu ainda mais preocupado do que já estava nos últimos dias, sua inquietude visível fez com que a loira respirasse fundo algumas vezes a fim de não se estressar com a situação. Dionísio, por sua vez, soltou um suspiro dramático digno de uma peça de teatro, a mão alcançando uma taça de vinho que acabou se transformando em água antes mesmo que chegasse em seus lábios. O centauro anotou as informações antes de apenas a agradecer e pedir que não falasse sobre para outras pessoas.
Foi no mesmo momento que o sorriso perfeitamente praticado por anos de Estelle tremeu um pouco, os olhos vazios encarando os dois seres imortais a sua frente por um momento mais longo do que o confortável antes de afirmar com a cabeça "Se acredita que não falar sobre isso é o que vai deixar os outros seguros..." a frase era escassa de qualquer tom, quase robótica de alguma forma; tudo o que ofereceu para os dois foi um leve aceno com a cabeça antes de se retirar. Ao finalmente se afastar da casa grande teve que tirar um momento afastada para reorganizar os pensamentos, a razão voltou a dominar e conseguiu conectar alguns pontos; precisaria apenas a confirmação de algumas pessoas de que sua teoria estava certa.
A primeira vítima do seu questionário foi Héktor, como uma das pessoas mais velhas nos filhos da magia, sabia que poderia fazer a pergunta que assombrava sua mente. Começou ao desenhar o símbolo da camisa que viu na visão em um papel, saindo a procura do mais velho pelo acampamento até finalmente o achar.
“Eu não estava aqui quando Petrus chegou, preciso te fazer uma pergunta muito específica sobre ele…” começou, um tanto hesitante já que estavam em um momento crítico no grupo e qualquer coisa levantaria suspeitas para ela “esse símbolo, parece com o que tinha na camisa dele quando foi achado?” a pergunta era direta, sem nenhuma tentativa de esconder o que precisava no momento.
O semideus a encarou por alguns segundos, claramente tendo sido pego de surpresa com a pergunta tão aleatória que tinha para fazer; tinha que admitir que tirar alguma coisa dele fora difícil, fez várias perguntas em que a filha de Circe teve que manter as respostas vagas antes de afirmar que era o mesmo símbolo por fim.
O coração de Estelle pulou uma batida, o sorriso que tinha nos lábios sumindo gradativamente até que o outro se demonstrasse ainda mais curioso sobre o que estava acontecendo com a tensão que havia deixado escapar; sabia muito bem que se continuasse fazendo perguntas teria que as responder eventualmente então a outra simplesmente se virou com uma despedida e foi embora.
No caminho ao chalé de Circe encontrou com Pietra, fazendo a mesma pergunta e sendo respondida de forma bem mais fácil pela semideusa que não questionava mais as loucuras de Estelle; finalmente aceitou o que o choque não a permitia aceitar nos últimos momentos: Era possível que uma fenda já houvesse existido a um século atrás.
A visão fora do passado? E em nenhum momento os responsáveis pelo acampamento pensaram em falar sobre? Petrus estava lá quando ocorreu? Por quê algo assim "voltaria" após anos?
Tinha tantas perguntas e somente e sabia que nem mesmo se perguntasse todos presentes ali receberia a resposta de todas elas, sendo por omissão ou desconhecimento sobre o assunto. Passou o resto do dia no quarto tentando digerir o que aquilo significava para o futuro do acampamento, o quanto provavelmente haviam escondido do passado e iriam esconder do futuro sobre o que se passava ali.
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semideuses citados: @pips-plants, @somaisumsemideus e @swfpetrus
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surrealsubversivo · 1 year
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Como você é em minhas memórias
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Nas minhas memórias você é como um quadro perfeito, que jamais nenhum outro pintor poderia colorar. Van Gogh passaria horas olhando para você admirado, pensando por onde começar... e não conseguiria. Falharia se tentasse reproduzir o seu abraço com gosto de casa, falharia se tentasse desenhar os seus lábios perfeitos, falharia se tentasse traduzir a sua alma tão sensível e doce em uma tela em branco.
Nas minhas memórias você é o primeiro garoto que demonstrou amor verdadeiro para mim, os outros tentaram. Eu tinha medo quando você falava aquelas palavras tão lindas, era como se uma parte da minha alma estivesse sempre condicionada a ter medo de ser tratado daquela forma. Como se o meu coração sempre arrumasse uma desculpa para me mostrar que eu nunca era o suficiente.
Nas minhas memórias você é o sorriso que eu ganho após ler uma mensagem, um beijo que dou ao universo agradecendo pela sua existência, uma potência relacionado a estar vivo e poder amar verdadeiramente alguém. Mesmo, quando esse amor nunca esteve e nunca estará garantido...
Nas minhas memórias você é como um boa noite que dura por apenas o primeiro dia do mês. Nos outros dias, eu preciso aprender a dar boa noite para mim mesmo, cantar canções de ninar e sonhar com um novo futuro, sem você, sem expectativas, sem projeções.
Nas minhas memórias você é como um raio de sol cruzando a minha janela empoeirada, um céu noturno para devorar aos poucos, estrelas cadentes e fogo queimando bonito, não que destrói, mas que aquece.
Nas minhas memórias você foi quem conseguiu acertar no meu coração, quem soube caminhar diretamente até o cofre de mim mesmo, que jamais que conseguiria ser aberto. Mas, você me ajudou a abrir. Eu amo você e sempre amarei, mesmo que você não me ame da mesma forma.
Nas minhas memórias você, ainda, continua buscando por ele, o que realmente me faz se sentir mal. Não por, especificamente, você amar um outro alguém. Mas, por ele, não te amar da forma que você merece. Isso dói... espero que passe.
Nas minhas memórias eu te abraço pela última vez, seguro a sua mão, dou um beijo leve e delicado em sua bochecha e desejo boa sorte.
Cuide de você, por favor.
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mdragna · 6 months
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00:04:00
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Não aguentou a primeira virada no corredor pra começar a chorar.
Encarava a palma da destra com tanto ódio que não só poderia, realmente cogitaria arrancar o membro fora. Raiva, ódio, decepção, frustração, dúvida, medo. Sentimentos comuns, mas Marcelo nunca os teve sobre si, nunca se viu como menor, fraco ou frágil. Era ele quem defendia Donna, Coraline e Lucien porque era, de fato, o mais forte do grupo. Mais forte emocionalmente, mais forte fisicamente. Marcelo sabia que era o melhor em tudo o que podia fazer, mas proteger os seus amigos era a sua especialidade.
Fazia tudo pelo grupo. Em festas, era o cara que não bebia porque sabia que bastava uma gota de álcool e Lucien e Cora dariam trabalho. Foi o primeiro a aprender a dirigir porque queria ser o cara que levaria e buscaria os amigos pros lugares de diversão ou os tiraria de enrascadas por correr mais rápido. Não importava o que fizesse, afinal. Era de família rica e só precisava da quantia certa pra se livrar de problemas. E por isso sabia que poderia ser o protetor, que poderia deixar seus amigos livres pro que queriam fazer porque ele tinha o controle da situação. Aprendeu três artes marciais, apesar de só ter se aperfeiçoado no Krav Magá, pro caso de precisar entrar em alguma briga física com alguém. Nunca precisou, o que era um alívio, porque apesar de saber lutar, não sabia brigar, e essas eram coisas completamente diferentes. Aprendeu os mais diversos pratos porque cozinhar pra quem amava era a sua fixação, e não tinha essa liberdade dentro de casa por causa dos funcionários. Mas era um finalzinho de semana na casa de praia e ele era o primeiro a acordar fazendo o café da manhã e o último a dormir lavando a louça. Até adaptava o cardápio, ou fazia diferentes pratos no mesmo dia, pra atender as vontades e/ou necessidades dos três.
Marcelo era devoto dos amigos porque eram os únicos que não o viam como o gêmeo de Lucien.
00:03:00
Quando Coraline descobriu que amava desenhar, Marcelo estava lá. Incentivava e elogiava cada desenho, principalmente os piores. Coraline era doce demais, gentil demais, tinha um sorriso lindo e olhos tão azuis que ele desejava mergulhar. Ela não era só a sua melhor amiga, ela era a pessoa que mais mexia com seus sentimentos, que mais ocupava seus pensamentos, que mais o fazia arrepiar com o toque, que mais atraía a sua atenção. Marcelo teve algumas namoradas pela vida, mas nenhuma que o fizesse querer acordar cedo e preparar um bom e reforçado café da manhã. Cora era sua obsessão, o seu desejo, a sua vontade. Cora era o motivo de ele querer ser melhor todo dia em tudo, porque poderia impressioná-la. Queria andar de mãos dadas com ela nos corredores da escola sem que todos olhassem para aquilo e achassem que eram só amigos muito próximos; queria dormir abraçado com ela todas as coisas pra que não precisasse mais sonhar com ela, afinal seria o primeiro e o último rosto de seu dia; queria ouvir ela torcendo e gritando seu nome nas partidas de cada um dos esportes que praticou só pra poder impressioná-la; queria poder beijá-la todos os dias e não só no rosto. Queria ser exibido ao seu lado, queria que todos soubessem que Cora era sua namorada, que Cora era sua.
O choque foi grande quando descobriu que, na verdade, era Lucien quem Coraline queria. Os desenhos não eram Marcelo. Não era pra ele que ela olhava quando via um loiro Dragna em cima de um cavalo branco nas aulas de hipismo. Não era o nome dele que ela gritaria nas arquibancadas. Mas foi pra ele que ela chorou quando teve o coração partido por aquele que compartilhava o mesmo rosto. Era o rosto dele que ela queria.
00:02:00
Donna era seu conforto. Depois de Lucien, com certeza era a pessoa com quem mais passava o tempo. Talvez até mais que Lucien, na verdade. Donna tinha a risada mais gostosa, o abraço mais confortável, o sorriso mais acolhedor. Ele aprendeu pratos chineses típicos só por ela, usando ingredientes corretos e adaptando tão pouca coisa que chegava a ser raro. Era a única que sabia que se precisasse, poderia desabar, poderia deixar o peso, a dor e as frustrações verbalizadas porque Donna jamais o julgaria. Isso nunca aconteceu, mas era bom demais sentir que poderia. Por isso, quando descobriu que, depois de Lucien ser deserdado, poderia casar com ela, foi a melhor notícia que poderia ter recebido. Ela era sua melhor amiga, mas também era a única pessoa que escolheria pra casar se fosse pra ser um casamento forçado. Não seria forçado casar com ela. Quem nunca sonhou em casar com o melhor amigo? Não a forçaria à nada. Tanto que não se importou de ela continuar namorando com Ben até que precisassem casar, e também não se importaria se ela mantivesse esse relacionamento durante o casamento porque era ele quem ela amava, quem ela queria. E a felicidade dela era a única coisa que Marcelo desejava, jamais ficaria entre os dois. Donna era a sua melhor escolha pra tudo.
Não conseguia lembrar onde errou. Não conseguia lembrar quando foi exatamente que ela de fato se tornou apenas negócio. Não sabia de onde veio aquela raiva gigantesca que sentia por ela. Ele jamais levantaria a mão pra ela, então por que fez aquilo? Marcelo sempre foi cuidador, ele jamais colocaria os filhos em risco, ele jamais faria da vida de Donna um inferno. Eles eram melhores amigos, porra! Ele a amava demais. Por que tudo ficou tão ruim? Negócios eram negócios, não importava se ela não queria casar com ele, se ela não queria ele. Não importava se ela não queria ele.
00:01:00
Lucien era seu irmão, e não só no sentido literal da palavra. Marcelo sempre foi o mais forte porque ele precisava ser, porque ele via estampado no rosto de Lucien o quão desgastante, pesado, difícil e destruidor era ser o herdeiro, era ter tanta responsabilidade sobre si quando não sabia nem fazer matemática básica. E era mais difícil ainda quando ele via ali o próprio rosto. Poderia ser ele se não fossem por 4 minutos. Fazia um croissant com cobertura de chocolate pra ele todo dia que tinha uma reunião com os pais, o que era quase toda semana, e ficava esperando na porta com um pratinho e um copo de refrigerante. Não importava o que fosse dito dentro daquela sala, no momento em que Lucien passasse por aquela porta, não ouviria nenhuma pergunta sobre o que foi dito. Não importava, principalmente porque Lucien nem sabia no que ele estava se metendo. Eles iam dali direto pro estúdio onde ficavam horas tocando suas músicas favoritas, ou pegavam um cinema com as meninas, ou viajavam pra casa de praia, ou faziam qualquer outra coisa que fizessem Lucien esquecer o que era ser o Lucien.
Ele não entendia a dor de Lucien, mas jurou protegê-lo a todo instante, porque só ele sabia o quanto doía esperar qualquer coisa positiva dos pais. O protegia todas as noites que ele chorava de cansaço com seu abraço, chocolate quente e croissants. O protegia quando dirigia bêbado e ela levado pela polícia, pagando a fiança e nunca contando nada pros pais. O protegia quando se metia em brigas aleatórias em lugares aleatórios e com pessoas aleatórias. O protegia quando fazia uma brincadeira que estúpida e precisava se esconder. O protegia quando ele era sofria algum bullying e Marcelo precisava humilhar as pessoas pra deixarem o irmão em paz. O protegia quando precisava de um piloto de fuga depois de fazer uma merda descomunal. O protegia quando decidiu aprender diversas artes marciais pra ter uma desculpa quando chegava machucado em casa depois de fingir que era o gêmeo pra ele não apanhar. O protegeu quando aprendeu sobre o movimento comunista pra pelo menos não ficar sob a manipulação dos pais e ter o que argumentar contra eles se necessário. O protegeu quando reforçou aos pais que Lucien era gay e não bi porque só assim eles não tentariam forçar uma heterossexualidade no garoto e o livrariam finalmente da merda que era ser um herdeiro Dragna. O protegia quando decidiu tomar pra si toda a responsabilidade, mesmo sabendo que 4 anos jamais supririam os 20 de aprendizado e proximidade com os pais que Lucien possuía e Marcelo nunca teve.
00:00:30
Lucien teve tudo o que Marcelo almejava. Coraline. Donna. A atenção, a dedicação e os planos familiares. Plano de carreira. Plano de vida. Planos. Lucien sempre soube o que queriam dele, Lucien sempre soube seu futuro e o caminho que trilharia, Lucien sempre soube quem ele deveria ser e quem ele seria. Lucien não foi uma supresa, Lucien nunca foi indesejado. Lucien nunca foi segunda opção, substituto. Todo mundo sempre quis Lucien.
00:00:15
E Marcelo? Depois de tentar proteger todo mundo, depois de fazer tudo por todos. Precisava se esforçar o dobro. Precisava se esforçar pra que esquecessem que era Lucien quem seria o grande nome, o grande rosto por trás das empresas Dragna. Precisava se esforçar pra andar com as pessoas legais, pra conseguir a atenção de alguma garota. E quando isso acontecia, se prestava à relacionamentos abusivos e tóxicos, como o que foi com Sabine, que só o humilhava, porque sentia que era o máximo que receberia: a rejeição.
00:00:10
Se tornar o herdeiro não foi a solução. Continuou sendo só o substituto. Seus pais sequer se prestaram a ensinar o que Lucien aprendeu. Quatro anos se virando pra entender que merda era aquela, era compreensível o fato de estar sempre irritado. Mas não daria o braço à torcer. Precisava provar que ele era a melhor opção, mesmo que fosse só o que restou. Precisava provar que seria um bom chefe, que teria o casamento perfeito e que daria os melhores herdeiros pra família Dragna.
00:00:05
Precisava. No que seria a primeira linha temporal. Se Marcelo virara um monstro que quase bateria na esposa, então essa linha temporal tinha que queimar. Esse monstro não existiria. Outro monstro apareceria em seu lugar.
00:00:04
O controle era seu agora. Ele sabia seu futuro, agora precisava alterá-lo. Nem que tivesse que se afastar de todo mundo.
00:00:03
O que era fácil. Já o odiavam de qualquer jeito. Difícil seria ele se tornar solitário, mas faria o que fosse necessário pra não machucar mais ninguém. Seria ainda mais odiado.
00:00:02
Jamais colocaria os filhos em risco, jamais levantaria um dedo na cara de Donna. Não teria filhos, não se casaria. Não teria amigos. Não teria ninguém.
00:00:01
Viveria única e exclusivamente pra ser um Dragna de excelência.
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Foi apenas uma batida na porta da reitoria para anunciar sua chegada antes de girar a maçaneta e entrar sem sequer esperar uma permissão.
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dreadnautilus0 · 9 days
Note
Opa tio,🌈
Eu tava dando uma olhada no seu blog (pra fazer uns negócio)e caramba! Quanta fanart bonita e bem feitinha,quantos OC's,como a a Magda mudou!
Mas,tenho que lhe dar parabéns por fazer personagens com camadas e interessantes. É tão bem feito que da gosto de interagir e ler a história,ou buscar por mais sobre
E sério,DEUSA SUPREMA:SUKI,eu vou desenhar ela até falar chega,até minha mão doer,até minha mão cair!!!!(não é pra tanto😅😓)
Ps:agora q eu me dei conta que eu falei a "surpresa" q eu ia fazer......😓(ja falando oq eu ia fazer💅💅eu planejava fazer mini animações da Suki adulta e ela criança com o Shiro,mas tô sem ideia pq n se fala muito da Suki e aqueles amigos da faculdade dela😓😩me ajuda?)
Eu vou fingir que não li nada pra não estragar a surpresa qq
mas obg pelas palavras, coração.
Aquilo foi uma AU que criaram e eu comprei o barato! Acho que vc é livre pra pensar oq acha melhor. Tudo oq eu sei e achei legal é que a Suki tem esses amigos da facudade que ajudam ela a desvendar esse mistério na casa que era dos pais dela biologicos (eles não sabem que a Suki é a criança que supostamente foi assassinada por um pai psicótico) O carinha é um medroso, a amiga uma russa bombadinha corajosa. Suki é deprimidinha e estressada pela falta de sono e querer entender a própria vida, além da faculdade e os pesadelos que tem com o Operador (afinal de contas a Suki é uma fonte legítima como a Tomoyo) Eu não sei por onde anda o criador da ideia, sobrou pra mim, então vou inventar mil coisas aqui se quiser
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lollopunk · 20 days
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Sobre mim!
Como estou começando esse blog agora acho que o melhor antes de falar do meu trabalho, dia a dia e referencias é bom falar de mim pra você me conhecer melhor. ★ Nasci dia 25 de julho de 2002; ★ Quando criança queria ser veterinária; ★ Cursei informática no ensino médio técnico; ★ Estou terminando minha primeira faculdade que é design gráfico;
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Meus jogos favoritos são
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Coisas que eu gosto
★ Desenhar; ★ Modelagem 3D; ★ Fazer escultura com clay ou argila seca; ★ Cantar (fã numero 1 do karaokê do bairro); ★ Animações; ★ Livros de concept art; ★ Moda e styling; ★ Ouvir música; ★ Kibe de forno da minha mãe;
Tumblr media
Música!!>>
Eu tenho muitas playlists está sendo difícil escolher uma pra compartilhar aqui então vou deixar algumas das coisas que estou ouvindo atualmente.
Esse álbum um amigo me mostrou esses dias e bateu muito com o que eu tenho ouvido achei mto bom.
O que nos leva pra essa playlist minha, se você gostou de algum desses artistas ai em cima ouve isso aqui!!
Animações favoritas!!!
isso é muito difícil. Sempre tive dificuldade em escolher o meu "favorito" quando criança eu dizia que gostava muito do amarelo, mas também do roxo, e do preto.... e o vermelho também é bonito, eu desistia e falava que gostava da "cor arco íris". Sinceramente nada mudou. Então podem não ser minhas animações favoritas mas são as que eu lembrei e gostei muito, vou deixar aqui por que (de acordo comigo) valem a pena de serem vistas.
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Sobre filmes....
Também adoro filmes vou deixar algumas recomendações pra vocês E meu letterboxd (talvez eu de 5 estrelas pra tudo).
Festim Diabólico (ou Rope em inglês) 1948 ‧ Thriller/Crime ‧ 1h 23m
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Depois de Horas (After Hours) 1985 ‧ Comédia/Thriller ‧ 1h 37m
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Entrevista com o Vampiro 1994 ‧ Terror/Fantasia ‧ 2h 3m
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Deathgasm 2015 ‧ Terror/Comédia ‧ 1h 30m
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O Estranho Mundo de Jack (The Nightmare Before Christmas) 1993 ‧ Infantil/Musical ‧ 1h 16m
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Efeito Borboleta (The Butterfly Effect) 2004 ‧ Thriller/Ficção científica ‧ 1h 53m
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Donnie Darko 2001 ‧ Thriller/Ficção científica ‧ 1h 53m
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Sussurros do Coração (Mimi wo Sumaseba) 1995 ‧ Infantil/Romance ‧ 1h 55m
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La La Land: Cantando Estações 2016 ‧ Musical/Romance ‧ 2h 8m
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Tem de tudo ai, qualquer dia posso trazer um post só sobre filmes, assim como posso trazer só sobre música, isso por que nem falei sobre os artistas nem os livros que eu gosto. Conteúdo não vai faltar...
Sei que vocês não estão de mãos vazias depois de tantas recomendações mas vou deixar esse livro aqui!! Uma professora citou ele numa aula e eu gostei muito, emprestei pra tantas pessoas que hoje nem sei mais onde ele está mas com certeza vale a pena ser lido.
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Por que estou falando dele agora? O que eu trouxe nesse post foram algumas das minhas referências, das mídias que eu consumo e é muito importante ter referencias e consumir coisas de vários lugares diferentes, ouve uma musica que você nunca ouviu da uma chance pra um filme que não tem nada a ver com você, mesmo que você pessoalmente não goste talvez algum dia ele venha a sua cabeça como uma referencia! e até pra falar mal antes a gente precisa conhecer é muito bom falar mal com repertório hehe.
Algo que eu também indico é buscar as inspirações das suas inspirações!! da onde aquele artista que você tanto admira tira as ideias dele? o que ele assiste? em quem ele se inspira? e isso serve tanto pra arte, quanto pra música, quanto pra cinema..
Bom, vou ficando por aqui eu gostei muito de escrever esse post mas tenho um mal de artista (ou de tdah não diagnosticado vai saber) de começar muitas coisas e não terminar nem 20%, se eu continuar postando você vai ficar sabendo!
★ ★ ★
Obrigado por chegar até aqui, sinta se a vontade pra deixar suas referencias nos comentários também e tchaauu
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strawmariee · 1 year
Note
Oioi, buenas noches. Primeiramente, eu queria dizer que eu realmente gosto muito das suas fanfics, e que têm sido até mesmo uma inspiração pra mim em alguns aspectos. Segundamente, eu sou muito boiolinha no Kakyoin. Sério. Poderia escrever uma fanfic onde o Kakyoin e a leitora estão desenhando juntos?
Buenas noches!! Ler isso me deixou muito feliz, juro! Muito obrigada pelo carinho, isso significa muito💕🥺 e me desculpe pela demora, estava meio desinspirada nessas férias e estou retornando aos poucos! Obs: Eu fiquei muito feliz com esse request, já faz muito tempo que não escrevo para nosso querido Nori! Espero que você goste e que você esteja bem, aliás!!💕
Desenhando Junto com Noriaki Kakyoin
Noriaki Kakyoin x Leitora
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Estávamos tão perto de finalmente encontrarmos DIO e salvarmos Holly de suas garras, e isso é algo que me deixa em uma mistura de ansiedade e alegria! Então agora já está virando rotina o meu coração estar mais acelerado conforme ficávamos cada vez mais próximos dele. Mas neste momento, o sentimento que dominava o grupo era a frustração, já que apesar de estarmos em Cairo, nós não conseguíamos encontrar a mansão do DIO de nenhuma forma e nenhum morador da cidade conseguia(ou queria) nos ajudar!
Então quando mais um fim de tarde se aproximou acompanhada de mais uma busca falha pela mansão, eu caminhei até o hotel em passos rápidos e até acabei deixando os Crusaders para trás antes de entrar em meu quarto e fechar a porta com raiva. Passei as mãos em meu rosto com força enquanto um grunhido escapa dos meus lábios.
Calma… Não adianta nada você perder a cabeça agora!
Digo em pensamento para mim mesma e acabei vendo minha mochila em cima de uma das camas de solteiro do quarto, então imediatamente me lembrei do meu caderno de desenho. Sorri e caminhei até a mochila e peguei o caderno, passando a palma por ele para retirar uns resquícios de poeira existentes ali. Olhei o pôr do sol através da porta de vidro e resolvi que iria desenhá-lo, afinal, era uma bela visão e eu precisava me distrair de algum jeito!
Matei dois coelhos em uma tacada só! Só queria que um desses coelhos fosse o DIO…
De qualquer forma, caminhei até a pequena varanda e me sentei em uma das cadeiras que haviam ali, então segurei o meu caderno e o meu lápis e comecei a desenhar. A vista da cidade de Cairo sendo iluminada pelo sol e em conjunto com o céu alaranjado e rosado era uma bela imagem para se desenhar, e talvez eu devesse pintá-la também. Consegui fazer as estruturas dos prédios e casas com uma certa facilidade, mas oque estava me frustrando era fazer aquele sol! Não sei o motivo, mas nunca conseguia fazer um bom círculo!
– Que ódio! - Grito de forma frustrada enquanto apago mais uma vez aquela réplica do sol e acabei amassando a folha sem querer.
– Calma S/n, desse jeito você vai ter um infarto. - Me assustei ao ouvir aquela voz, mas logo sorri ao ver que era apenas o Kakyoin. - Você está bem? Não deixei de notar que você está bem ansiosa e mais irritada do que o normal.
– Você sempre foi um bom observador, não é? - Dei uma pequena risada e continuei a encará-lo enquanto ele pega a outra cadeira e se senta ao meu lado. - É que… Eu tô tão preocupada! Temos poucos dias para conseguirmos derrotar o DIO e salvar a sra. Holly e nós não o encontramos de nenhum jeito!
– Eu sei, isso tem me frustrado também. - Kakyoin olha para o pôr do sol e sinto minhas bochechas esquentarem ao perceber que seus olhos violetas pareciam brilhar como pedras preciosas por conta da luz. - Mas não vamos perder as esperanças. Tenho certeza de que amanhã teremos mais progresso na nossa busca.
Senti a mão dele em minha cabeça, me fazendo um cafuné enquanto um doce sorriso surge em seus lábios. Meu coração começou a palpitar mais rápido, mas consegui sorrir para ele.
– Eu espero que sim! Eu gosto do seu otimismo, Kakyoin.
– Eu tento tê-lo. - Demos uma risada em conjunto, o clima com ele ali parecia muito mais leve e eu não conseguia parar de sorrir enquanto ainda encarávamos um ao outro. - Oh, então você também desenha S/n?
– Hum? - Vi que seu olhar agora estava no caderno em meu colo e logo sorri. - Bem, eu desenho de vez em quando! Meio que me ajuda a me acalmar.
– Não foi oque pareceu quando eu vi você. - Ele deu uma risadinha e eu o encarei com um sorriso envergonhado. - Oque acha de desenharmos juntos? Eu preciso também relaxar um pouco e… Eu queria ficar um pouco mais com você.
Ele virou o rosto para o outro lado, mas consegui notar a ponta de suas orelhas avermelhadas, e isso me fez sentir um frio na barriga enquanto ainda o encaro de costas.
– Ora, como eu poderia recusar? Eu adoraria ficar mais tempo com você também!
Kakyoin se virou para mim e vi que ele pareceu bem mais aliviado por conta da minha frase. Será que ele pensava que eu recusaria ou até mesmo poderia achar estranho? De qualquer forma, eu coloquei o meu caderno entre nós dois e virei uma nova página, para que pudéssemos desenhar algo do zero. Começamos a desenhar coisas aleatórias que cada um escolhia, eu desenhei uma cereja para ele e ele desenhou um gatinho para mim, e eu achei extremamente fofo.
– Você desenha muito bem, você tem talento S/n. - Ele disse e notei um tom orgulhoso em sua voz, e me senti mais confiante com o meu traço.
– Muito obrigada Kakyoin, você também desenha muito bem!
– Oque você acha de terminarmos juntos aquele seu primeiro desenho? - Ele propôs e eu logo sorri com animação.
– Eu adoraria!
Ele sorriu para mim e então eu voltei uma página do meu caderno, e ele observou oque eu tinha feito. Ele começou a me ajudar, me explicando e dando dicas de como melhorar o meu círculo e entre outras dúvidas que fui perguntando a medida que nossa conversa continua.
Logo eu e ele já estávamos pintando o desenho com os meus lápis de cor, e vi que o desenho estava ficando muito bonito. Meu olhar se desviou por um segundo para Kakyoin, o vendo com um sorriso suave enquanto continua a pintar, e isso me fez sorrir enquanto continuo a admirá-lo, mas especialmente os seus olhos que me lembravam uma ametista.
– A algo de errado S/n? - Quando menos esperei, Kakyoin virou o seu rosto na minha direção e me olhando levemente confuso.
– N-Não, eu apenas… Estava admirando os seus olhos. Eles têm uma cor muito linda.
Arregalei os meus olhos e meu rosto esquentou ao deixar aquilo escapar, mas eu não estava mentindo. Kakyoin ficou quieto por alguns segundos e eu já estava começando a me arrepender de ter dito aquilo, mas me aliviei quando ele sorriu.
– Eu não estava esperando por isso, você é realmente boa em me surpreender S/n. - Ele se aproximou de mim e colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. - Mas seus olhos são muito mais bonitos do que os meus, eles refletem toda a beleza que você tem na sua alma.
Senti borboletas em meu estômago e também minhas mãos começaram a suar, e notei que ele também parecia nervoso com aquela situação. O que eu devo fazer? Devo apenas agradecer? Ou eu devo arriscar um contato maior?
– S/N! KAKYOIN! - Ouvimos a voz estridente de Polnareff do outro lado da porta do quarto, e dei uma risadinha quando o ruivo pareceu levemente emburrado. - O SENHOR JOESTAR ESTÁ NOS CHAMANDO PARA JANTAR!
– Já estamos indo! - Me inclinei levemente para trás e gritei na direção da porta, para que Polnareff soubesse que tínhamos ouvido.
– É melhor irmos logo, senão é bem capaz de todo mundo do hotel ouvir a voz dele. - Kakyoin deu um sorriso e segurou a minha mão enquanto me ajuda a levantar da cadeira. - Terminaremos o desenho depois, quando tudo estiver mais calmo, ok?
– Claro, eu acho melhor!
Sorrimos um para o outro e começamos a andar na direção da saída do quarto, mas antes de sairmos, Kakyoin me pegou desprevenida e beijou a minha testa com delicadeza antes de sair primeiro do quarto, enquanto eu continuei ali, plantada na entrada e sorrindo que nem uma abobada apaixonada.
The End
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tudoavesso · 2 years
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c l a r i s s a
clarissa tem os dentes mais bonitos de santa cecília, eles são separadinhos, uma graça que só. todos deveriam parar só para observar o jeito que ela anda em direção à floricultura e à feira e à igreja e para casa. seus olhos chegam a tilintar de tão verdes que são. se me perguntassem quem era o amor da vida, diria que era clarissa. me sinto extasiada só de nossos olhares se cruzarem. gosto da forma em que ela diz meu nome, tão curtinho, ela ainda assim faz parecer bonito. não sei, por mais que não me sinto capaz, me sinto indiferente às vezes, como se eu não tivesse corpo, como se eu não existisse de fato, tem clarissa no mundo e, somente de coexistir no mesmo espaço-tempo que ela, já muda todos os fatores e a ordem dos produtos. por clarissa, eu aprendo francês todos os dias da semana, eu saio para comprar flores, eu prometo não ter medo de crescer, eu não deixo de ser tão coração mole, eu nado montanhas e viro areia. por clarissa, eu mudo de endereço, vou para uma casinha no meio do campo e, minha nossa, ela tem que ter varanda. clarissa ama ler os poemas de drummond, ou até mesmo aquele livro que encontrei na biblioteca pública e levei de presente para ela e que contém o mesmo nome que a sua pessoa - clarissa de erico verissimo. as coisas mundanas já não me assustam tanto e eu não tenho mais medo de fazer trinta anos. gosto de quando ela chama as crianças para desenhar, de como ela beija cada uma na cabeça e fica com os olhos brilhando. gosto de quando só sobra nós duas e ela ri e diz gostar do meu jeito sincera de ser. gosto de quando ela encosta em mim no metrô e adormece. gosto de quando ela come morangos e sempre oferece um para mim. gosto de quando ela cantarola músicas que ela mesmo inventa. gosto de quando ela caminha nas pontas dos pés pelas manhãs para não acordar ninguém. gosto de quando ela sussurra absurdos no meu ouvido e gosto de quando ela diz, naquele sotaque gostoso carioca, "me dê a mão, prometo não soltar, não". mas tenho que me despedir, é que já é tarde e clarissa dorme ao meu lado, amanhã tem feira e é mais um dia para eu amar clarissa.
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ficjoelispunk · 1 year
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The Coffee of Love
Prólogo.
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Desde muito pequena você sempre teve sonhos alguns infantis como conquistar o mundo, e outros muito palpáveis como querer viver do que você ama fazer. Apesar de ser de uma família muito humilde, você sempre usou do seu maior defeito, mas que para você era uma qualidade, a teimosia, para conseguir tudo que você queria.
Quando era criança, seu pai sempre dizia que você poderia ser e ter o que quisesse. E naquela época, você acreditava tão fielmente nessa possibilidade, que hoje, mesmo sabendo como a vida realmente é, essa sementinha já foi plantada no seu subconsciente, no fundo, no fundo você ainda sonha em tornar realidade seus desejos sendo infantis ou maduros. Ainda, e quando, demore um dia, ou 100 anos. Você tem tempo, e pode passar por ele, tentando.
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Sua vida é movida pela arte. Música, teatro, cinema..., tudo que facilita a expressão do sentimento para você é arte. Você sempre foi ótima em desenhar, e desde então, você se dedicou de forma independente à pinturas em telas. E porra! você é muito boa nisso. Você tem um talento natural, suas mãos simplesmente fazem a mágica acontecer. Mas infelizmente você não tinha os caminhos necessários para seguir a vida pintando, e ganhando dinheiro com esse dom maravilhoso que você tem.
Você sempre teve que trabalhar muito duro para conseguir suas coisas. Infelizmente o trabalho, e a arte, te tomaram muito tempo e dinheiro, os materiais, as telas, e tudo mais não são tão baratos e você não tem luxos. Você teve que escolher, ou trabalhar e sobreviver, ou trabalhar e estudar. E você precisou escolher o trabalho e a sobrevivência. Mas a teimosia não fez você desistir, você tratou de estudar e conhecer o que podia sobre pintar, desenhar e tudo o mais, sozinha. E não era difícil, já que era algo que você amava.
Conforme o tempo foi passando, você começou a se sentir acomodada, aquela não era a vida que você queria para si. Você precisava de mais. Você precisava sair da ilha, para ver a ilha. Você precisava sair da zona de conforto. Você precisava viver. Não queria passar seus dias indo do trabalho pra casa, pagando contas e pintando só para você.
Então você decidiu se mudar para a Europa. Você deixou tudo para trás, sua família, amigos, casa, cidade, estado e país. Tudo. Para viver uma nova vida, em um novo lugar, com novas pessoas, e horizontes. E que horizontes hein.
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Positano é uma cidade pequena da costa italiana, construída verticalmente em cima de rochas debruçadas sob o mar mediterrâneo. As casas coloridas harmoniosamente construídas morros acima, fazem o coração e os olhos de qualquer um sair do corpo. Você trabalhou e guardou todo o seu dinheiro para conseguir vir para esse lugar, e você nunca pensou que faria uma escolha tão certa na sua vida. A cidade fala com você, Positano é para ser vista, vivida e sentida. Cada cantinho que você passa, as vistas panorâmicas..., tudo nesse lugar tiram de você os suspiros mais profundos.
Faz quase 5 anos que você está nesse lugar, e você ama cada segundo dele. Quando você chegou, conseguiu arrumar um emprego em uma cafeteria localizada em um dos becos íngremes da cidade. Apesar de Positano ser pequena, é bem movimentada, mas por turistas. Dificilmente você verá a mesma pessoa mais de uma semana, a não ser que ela more ali.
Na cafeteria você faz o turno da manhã, e cuida da cafeteria do Sr. Francesco sozinha durante seu turno. Abre pontualmente as 7:30 a.m, e passa o avental para sua sucessora as 14:15 p.m, nem sempre tão pontual. Sr. Francesco confia muito em você, afinal faz 5 anos que você está com ele. As segundas-feiras você tem uma folga, mas geralmente acaba passando na cafeteria para organizar as coisas.
O Sr. Francesco é um senhor de uns 76 anos, muito gentil e educado, viúvo e sem filhos. A família mora em outro lugar na Itália e uma vez por ano ele viaja para passar uma temporada com irmãos e sobrinhos. Hoje, com você deixando sempre tudo organizado, recebendo e conferindo mercadorias, limpando o salão, servindo as mesas, e cuidando do caixa, ele fica mais tempo lendo seu jornal, sentado todo dia na mesma mesa, como se fosse um cliente, do que cuidando realmente do seu próprio negócio.
“É uma estratégia simples! As pessoas veem que tem gente aqui dentro, e entram.” Ele brinca, quando algum freguês observa que ele está aproveitando uma espécie de aposentadoria.
Você não se importa, porque o Sr. Francesco cuidou muito bem de você quando você chegou, não foi fácil conseguir um emprego, e ele sempre foi muito correto. Te ajudou a arrumar um lugar definitivo para ficar, a burocracia é grande para conseguir um aluguel. E mesmo sem te conhecer bem, se ofereceu em conversar com alguns conhecidos, e conseguiu um apartamento para você bem próximo da cafeteria, e com uma vista incrível para o mediterrâneo.
Ele também reconhece e incentiva seu dom, a cafeteria tem vários quadros pendurados na parede que você pintou. E ele já comprou alguns para a casa dele. “Eu insisto em pagar. Uma coisa tão linda dessas não pode ser de graça.” Ele fala todas as vezes que você insiste em dizer que é um presente.
Mas você sabe que esse tratamento não veio do nada. Você trabalhou muito, e mostrou seu valor. Os clientes sempre elogiaram seu atendimento. E a forma como você é ágil e prestativa para qualquer atividade, desde limpar uma mesa, a servir o café rápido para quem está com pressa, ou ajudando com as sacolas se alguém chega com muitas compras. Sua educação resplandece. É simpática, e muito atenciosa. Gosta de olhar nos olhos, e sempre  encontra um tempo para ouvir as mais diversas histórias que já passaram por ali. E você não se esforça para ser assim, você simplesmente ama estar ali, ama ouvir as pessoas, observá-las, admirá-las. Por mais difícil que a vida seja, você quer que viver seja fácil, reserva a dificuldade para a realização dos seus sonhos. Mas viver... viver, você escolhe ser fácil.
Sempre confiou no universo. Tudo que for para ser seu, já está em algum lugar te esperando. Você é atenta aos sinais. Agarra as oportunidades. É livre.
“Não entendo, como pode uma moça tão gentil, não ter ninguém para ser gentil com ela também.” Sr. Francisco não entende o porquê de você não ter namorado, ou ser casada.
Você sorri. “Sr. Fran, eu tenho outras prioridades. Nenhum homem nunca realmente reparou em mim, além do que eu mostro exteriormente... não quero desperdiçar meu tempo, e meu amor com quem não merece recebe-lo. Quando acontecer, vai acontecer...”
E ia acontecer mesmo.
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royalhcvrt · 2 years
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Em nome da Excalibur, ARABELLA AMENTIA HEART em seus 22 anos, jura reverter o legado de RAINHA DE COPAS durante a sua estadia na Academia dos Legados. Com a sabedoria concedida a ela, deve se manter caminho da luz enquanto conclui o MÓDULO II.I . Com a bondade tocada em seu coração, recebe AMBIÇÃO e não se permite ser corrompida por IMPACIÊNCIA. Por último, é deixado um corte na mão de LAUREN TSAI como prova de seu comprometimento com a luz.
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find out more in: pinterest ♥ connections
HABILIDADE MÁGICA: 
Intangibilidade.
Arabella possui a habilidade de atravessar matéria sólida com seu corpo ao fazer com que seus átomos atravessem o espaço entre átomos de outros objetos. Ao usar seus poderes, ela fica praticamente invulnerável a qualquer tipo de ataque físico ou de energia - mas ainda pode sofrer ataques mágicos. Ela pode escolher qual parte de seu corpo quer tornar intangível em determinado momento, podendo ser seu corpo inteiro ou apenas a ponta de seus dedos.
Depois do Blood Moon Ball
Depois de receber a dádiva da Lua de Sangue, a Heart passou a conseguir estender sua habilidade para objetos e outras pessoas, fazendo com que alguém que esteja tocando também fique intangível junto dela - porém ela deve sempre estar em contato com o que quer que seja que ela esteja tornando intangível.
Quando sua habilidade está em uso, Arabella fica mais leve que as moléculas de ar ou água e, dessa forma, ela consegue "andar no ar", mas isso não significa que ela possa voar; o que ela pode fazer é subir e descer de qualquer local como se estivesse em uma escada feita de ar. Essa habilidade também funciona quando ela está em contato com outras pessoas.
Contudo, se ficar intangível por muito tempo, ou se estender sua habilidade a muitas pessoas ou a um objeto muito grande, isso lhe causara fadiga, podendo desmaiar ou - na pior das hipóteses, desaparecer caso perca o controle de todos os átomos envolvidos no momento.
OCUPAÇÃO: 
Apesar de não ser um trabalho oficial, Arabella é talentosa com desenhos e desde que chegou à cidade de cima suas ilustrações chamaram a atenção (especialmente por fazê-las durante a aula). Uma coisa levou a outra e ela encontrou gosto por desenhar peças de roupa e acessórios, o que acabou levando-a a frequentemente vender seus designs sob demanda para as marcas mais famosas de Storydom. Apesar de nenhuma carregar sua assinatura oficial, Arabella sonha em lançar sua própria linha algum dia.
Não oficial: Arabella ainda faz uso de suas mãos leves e sua habilidade veio como um bônus. Agora que atravessa paredes e afins, roubar ficou ainda mais fácil. Portanto, ela faz serviços por debaixo dos panos para quem quer que queira pagar para ter algo em suas mãos sem precisar correr o risco de ser pego roubando.
DORMITÓRIO: 
(X) sim ( ) não. 
SOBRE: 
Ela não nasceu Arabella. Também não nasceu descendente de um sobrenome tão grande quanto o que agora carrega com muito orgulho. Não, sua mãe chamou-a Chiara e seu sobrenome já não mais importa, pois a mulher já estava morta. Havia morrido numa noite quente do Castigo, a qual não se lembra exatamente pois todas as noites lhe eram iguais e a mãe nunca se importou com ela, exceto quando aparecia no barraco que dividiam com algo valioso em mãos. Sua maior habilidade - e a única razão pela qual tinham algum dinheiro para comer - eram suas mãos leves que, com toda a prática, tornaram-se quase imperceptíveis ao surrupiar carteiras e objetos valiosos dos bolsos alheios.
Quando a mãe morreu e Chiara se viu sozinha, decidiu que, em seus 7 anos, faria o melhor possível para si mesma. Arriscou-se roubando de pessoas poderosas (e por diversas vezes quase foi pega!) e conseguiu viver com o mínimo. Mas quando avistou Iracebeth pelas ruas, o coração (que sofria por não ter sido cuidado como queria pela mãe biológica) doeu ao pensar que ela estava sozinha. Decidiu ali que cuidaria dela e assim o fez. Roubou por ela, brigou por ela, defendeu com unhas e dentes a mulher que, quando recobrou a sanidade, batizou-a Arabella Amentia Heart. Sua filha.
Elegível para o desafio de ingresso na Academia, Arabella não poupou esforços no seu, pois jamais aceitaria o fracasso. Usou tanto sua habilidade, decidida a não falhar que quando finalizou o desafio, a Heart colapsou ao chão, exausta, mas não antes de ouvir as congratulações de Merlin e do Feiticeiro. O que eles não sabiam era que Arabella havia feito uso da substância que alterava a visão do teste final do desafio de aprovação; aquilo teria sido um problema para ela, sabia disso. Amava tanto Iracebeth que sequer seria capaz de fingir traí-la, mesmo que para ser aprovada na Academia. Mas uma vez lá dentro, ela jurou fazer de tudo na Cidade de Cima para dar o melhor possível à sua mãe. Mesmo que tivesse que continuar roubando para isso.
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lettyfanfics · 2 years
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Fix me
Imagine: Imagina estares com depressão, tentando acabar com a tua vida quando és encontrada pelo Ian.
Avisos: Depressão, Tentativa de suicídio.
Famosos Masterlist
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A dor é demasiada para suportar, qualquer palavra parece-me criticar…É um inferno. Mais uma vez fui humilhada e a minha melhor amiga nem conseguiu me defender, o coração aperta-se de tal maneira que a única solução que encontro para me sentir melhor é me esconder num buraco qualquer com uma lâmina na mão.
Hoje fui a um parque para poder desenhar a paisagem sem esperar que alguém me reconhece-se. Há alguns meses atrás foi-me diagnosticada uma depressão e desenhar é a única coisa que me mantem assente na terra, fazendo sentir calma, mas isso tudo tornou-se mais difícil quando decidi partilhar os meus desenhos com outros e o ódio começou a surgir.  
Sento-me na relva assim que me canso de correr e encontro um lugar onde me posso esconder de olhos alheios. Ali não passam muitas pessoas o que é perfeito para a minha escolha final e quando se apercebessem da minha presença já estaria morta. Passo lentamente a lâmina pelos meus pulsos vendo aquele liquido vermelho escorrer pelas minhas mãos. Encosto-me silenciosamente deixando algumas lágrimas caírem enquanto me lembro da primeira vez que havia tentado aquilo.
Alguém me socorreu e logo a seguir de me recuperar fui mandada pelo hospital para um psicólogo que me aconselhou um programa de voluntários que trabalhava com suicídios e traumas usando os animais como terapeutas.
Foi ai que conheci o Ian Somerhalder, o famoso Damon Salvatore da série The Vampire diaries e também dono da empresa ISF onde eu estava a fazer terapia. Contei-lhe a minha história e acabamos ficando amigos, mas agora eu nunca mais o ia ver.
Os meus olhos vão pesando e cada sentido vai ficando mais fraco, mas antes de perder-me por completo ouço um latido perto de mim e através da minha já turva visão vejo uma silhueta familiar antes de tudo ficar completamente negro.
***
Sento-me a recuperar e a ser novamente puxada como se fosse acordar e finalmente os meus olhos abrem-se lentamente observando o ambiente ao meu redor deixando-me confusa com as paredes brancas e cheiro a esterilizado que apenas me lembra o hospital.  
Perdida nos meus pensamentos não me apercebo da pessoa que se aproxima de mim até estar bem perto de mim abraçando-me fortemente. Minutos depois essa pessoa separa-se de mim e reconheço logo o seu rosto. Os seus olhos estão húmidos e vermelhos, lágrimas frescas ainda lhe descem pelo rosto e o cabelo desnivelado indica falta de sono. Ignorando o ardor na minha garganta tento falar apavorada do que pode sair desta conversa.
- Ian, desculpa.- Digo tossindo.
- Sh! Toma, bebe isto.- Ele deu-me água levando o copo à minha boca.- Vai ficar tudo bem.
Após beber a água e esperar um pouco sem usar a minha voz, a minha garganta volta ao normal, mais ainda assim não tenho coragem de lhe falar. Eu deixo-me perder nos seus olhos, azuis como o oceano, e na maneira como segura na minha mão até conseguir falar.
- Porque me salvaste Ian, eu já não aguento mais viver. Eu não mereço viver.
- Para!- Ele quase grita comigo, mas mantem o controlo.- (T/N), não digas isso. A (T/N) que eu conheço merece viver sim, alias ela até merece mais.
- Mais?!- Pergunto curiosa e confusa.
- Sim, mais. Eu consegui-te uma audição para o “The Vampire diaries” e também mandei as demos que me deste das tuas canções e danças para uma editora que está interessada em te lançar.
- Tudo isso, porquê?!- Digo em voz baixa.
- Porque mereces e não são uns zé-ninguém cheios de inveja do teu talento que vão me fazer pensar de outra maneira.
- Obrigada Ian, por tudo.
- De nada. Apenas promete-me que não te magoas mais ou fazes mais alguma estupidez destas, ok?
- Prometido! Mas achas que vou conseguir fazer isso tudo?
- Sim acho e eu vou estar lá para te ajudar.
Eu assento silenciosamente, mais uma vez agradecendo e mostro-lhe o meu melhor sorriso. Olhamo-nos por uns minutos, mas de um momento para o outro deixo de ver os seus olhos azuis e sento algo macio se mover contra os meus lábios. Eu estou a ser beijada pelo Ian Somerhalder!
Antes que pudesse processar tudo o que está a acontecer, tudo acaba rapidamente tal como havia começado. O Ian afasta-se rapidamente da cama de hospital passando as mãos repetidamente pelo seu cabelo, visivelmente nervoso.
- Desculpa (T/N) e-eu n-não queria f-fazer isto, q-quer dizer, claro q-que queria, m-mas n-não sem o tem c-consentimento.- O Ian tentou explicar gaguejando nervosamente e corando.
- Tudo bem Ian.- Mostro-lhe um sorriso, mas ele permanece corado e sério.
- (T/N) eu amo-te! Eu não consigo imaginar um mundo sem ti. Eu fiquei tão assustado quando o médico disse que não sabia se ias acordar.
- Eu… Eu também te amo Ian. Era tão difícil esconde-lo quando estava ao teu lado que acabava por me enrolar toda com as palavras.
Ambos sorrimos aliviados por termos confessado e o Ian volta a se aproximar capturando os meus lábios em mais um dos seus doces beijos.
- Eu nunca mais quero te largar.- Ele diz uma vez que nos separamos.- (T/N) queres ser minha namorada?
- Claro que sim Ian!- Nós voltamos a nos beijar rapidamente.
- Eu vou chamar o médico.
- Quanto tempo é que fiquei em coma?
- Duas semanas e meia, eles queriam desligar as máquinas no final do mês se não acordasses.
- Hmm.- Olho-o nos olhos.- Eu não vou deixar-te nunca. Eu amo-te Ian.
- Também te amo (T/N).
Após esse dia cumpri com o prometido e nunca mais tentei algo parecido que pusesse por a minha vida em perigo. Eu fiz a audição acabando por conseguir o papel e vinguei com sucesso no mundo da musica, vivendo feliz com o Ian e ajudando na ISF sempre que podia.
Finalmente sentia-me feliz e o Ian havia me curado de todos os males que sofria dando-me uma família verdadeira com quem podia sempre contar.
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frankensteinbandguy · 2 years
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em nome da Excalibur, VICTOR ADÉLARD TREMAINE em seus VINTE E QUATRO anos, jura reverter o legado de DRIZELLA durante a sua estadia na Academia dos Legados. Com a sabedoria concedida a ele, deve se manter caminho da luz enquanto conclui o MÓDULO II. Com a bondade tocada em seu coração, recebe GENTILEZA e não se permite ser corrompido por INCONSEQUÊNCIA. Por último, é deixado um corte na mão de JACOB ELORDI como prova de seu comprometimento com a luz.
pinterest / playlist / hcs / wanted cnns / musings / wanted tag / development
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habilidade mágica
desenhos mágicos: Victor tem a capacidade de desenhar coisas e fazê-las aparecerem em outros lugares ou pairarem no ar e interagirem com ele ou outras pessoas temporariamente. As interações são simples, apenas movimentos em volta do toque. Recentemente descobriu que pode também fazer os desenhos que já fez no passado surgirem como feridas na pele de si próprio ou de outras pessoas, no entanto, para isso ele precisa que haja uma parte do próprio corpo sangrando, seja por uma ferida causada por ele mesmo ou outrem. Ao tocar o sangue e mentalizar o desenho no corpo do alvo, ele consegue causar a ferida. A consequência é que o uso prolongado ou intenso da habilidade lhe causa fortes sangramentos nasais e até mesmo hemorragias internas em casos muito extremos.
ocupação:
ilustrador na gravadora Leons, guitarrista da banda War Pieces, atacante do Rotten to the Core e faz-tudo o que lhe renda algum dinheiro extra.
Sobre:
Victor Adélard Tremaine nasceu de uma relação relâmpago surpreendentemente feliz entre Drizella e um dos tripulantes que trabalhavam no bar de James Hook. Apesar das gravidez inesperada e das dificuldades financeiras, Ivan e Drizella foram felizes durante o pouco tempo que tiveram. Travaram um grande debate para decidir o nome do filho: ela queria que fosse francês e ele hispânico, como sua origem. Foi apenas no final da gravidez que decidiram, de forma totalmente boba. Ivan tinha o hábito de levar para casa livros, discos de vinil e tralhas non-maj que conseguia encontrar ou comprar por aí e por isso Drizella estava lendo Frankenstein de Mary Shelley, sempre em voz alta, já que o homem não sabia ler, e a resposta veio: Victor, um nome presente no idioma natal de ambos e na história que estavam acompanhando.
A felicidade dos dois foi curta, uma vez que Ivan morreu numa briga de rua pouco antes de o filho completar dois anos de idade, fazendo com que Drizella voltasse à amargura de antes, mas não à solidão. Tinha seu filho e ele se tornou o centro de seu mundo. Ela tocava seu estúdio de tatuagem e criava o menino da melhor maneira que podia. Victor cresceu pelas ruas do Castigo, brincando com tudo e todos que lhe davam atenção e deixando a mãe louca com suas demoras para voltar para casa. Tornou-se um adolescente bonito e precoce, conquistador desde muito cedo. Mas suas grandes felicidades eram a música, os desenhos e o magibol, que jogava nas ruas com amigos. De tanto ouvir os discos que a mãe continuava colecionando, ele criou uma paixão pelo rock n' roll e aos 13 roubou uma guitarra para aprender a tocar. Depois começou a fazer bicos em qualquer lugar que podia, como garoto de entregas e mais tarde como segurança ou garçom, até poder comprar um velho Cadillac preto para um dia participar dos rachas de Aladdin que amava assistir. Conseguiu convencer o dono da oficina de carros do castigo a lhe deixar consertar o carro ali caso ele trabalhasse de graça em alguns dias e assim foi. Até hoje nunca participou de nenhuma corrida, mas o carro está em condições muito melhores.
Aos 18 teve sua vida transformada pelo torneio. Sem condições de pagar pela droga que alguns Castigados usavam, ele atacou a imagem de Drizella com a réplica da Excalibur, com lágrimas nos olhos, e recebeu sua habilidade de fazer desenhos mágicos. Ele não fazia questão de ir para a Academia dos Legados, mas por insistência da mãe ele foi e se tornou um bom estudante. Fez algumas amizades durante o primeiro módulo, mas nunca perdeu o jeito de Castigado, estampado em sua aparência, jeito de falar e se comportar. Conseguiu entrar no Rotten to the Core e hoje atua como atacante, sendo apaixonado pelo magibol como sempre foi. Trabalha para a gravadora de Scar como ilustrador e tem tido problemas para evoluir com seus poderes, pois no Módulo II descobriu ter a capacidade de usar seus desenhos em combate, mas para isso ele precisa estar sangrando e tocar no próprio sangue, o que não seria um problema não fosse sua grave hematofobia. 
Costumava ser um rapaz dócil, divertido, gentil e engraçado, mas o Módulo II tem o endurecido e tornado-o mais relutante quanto aos habitantes de Arthurian, Novo País das Maravilhas e Moors. Ainda assim, ele é o tipo de pessoa que gosta de se divertir, não faz questão de ser competitivo e não é nada agressivo. Hoje não vê mais tanta graça em flertes e conquistas e acredita que amor é bobagem e perda de tempo. A música se tornou seu grande escape, ainda que não tenha mais tanto tempo para se dedicar aos estudos e à compor como costumava ter.
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marsemonda · 3 days
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Lampejos de escolhas
Eu esvazio meus bolsos do peso que o mundo insiste em colocar, e sigo, leve, como se o vento soprasse cada decisão que escolho com um toque suave. Tudo ao meu redor acontece, mas nada disso me define. As marés do caos podem até tentar me puxar para o fundo, mas eu sempre flutuo, de olhos abertos, vendo a beleza no que muitos chamariam de ruína. Cada caminho que cruzo, cada pequena escolha que faço, é um novo lampejo de existência, um pulsar que me lembra: ainda estou aqui, ainda sou dono de cada pedaço da minha jornada.
Me sinto vivo quando paro para colher os detalhes que os outros deixam escapar. Quando o silêncio me abraça, e o mundo ao redor fica embaçado, é ali que encontro minha força. Não sou cego às sombras que me cercam, mas aprendi a extrair delas a luz que me guia. O que muitos chamariam de obstáculos, para mim, são apenas degraus para uma visão mais alta, mais clara. Transformo o cinza em cor porque sei que a realidade é maleável, pronta para ser moldada pelas mãos de quem ousa sonhar acordado.
Minha vida não é feita de grandes acontecimentos, mas de pequenos milagres que eu mesmo escolhi construir. É nas mínimas ações, nos gestos simples, que encontro meu verdadeiro poder. Cada sorriso que dou é um recado ao universo, uma mensagem de que, apesar de tudo, escolhi viver em leveza. Não é sobre ignorar a dor ou fugir do caos, mas sobre encontrar beleza nas rachaduras, nas falhas que tornam tudo mais real, mais tangível.
Talvez seja isso que o mundo ainda não compreendeu: a verdadeira arte de viver está em aceitar o caos e, ao mesmo tempo, desenhar a própria ordem. É sorrir para o abismo sabendo que ele também sorri de volta, é dançar com as quedas e transformá-las em uma coreografia única. Eu não fujo das tempestades, aprendi a navegar por elas com a certeza de que o céu claro sempre estará à frente, esperando por mim.
E assim eu sigo. De olhos abertos, coração leve, sorrindo para cada dia que chega, transformando a escuridão em luz, o cinza em cor. Esta é a vida que escolhi, uma vida de equilíbrio, de encontros, de recomeços. Não por acaso, mas porque essa é a minha essência, o reflexo das escolhas que fiz e continuo fazendo, até o meu último suspiro saia de meu peito. Imutavel?
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franci-nne · 25 days
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╭ 🦋 ᧔⑅᧓ 🦋 ╮
(///\\\)
(( │... •̃‿•̃... │ ))
()╰┬ღ.ღ┬╯()Eu sou assim, tal e qual como os teus olhos me vêem...
Simples e complicada ao mesmo tempo...
Insegura e pura, mas por vezes sensual e atrevida...
Transformo-me consoante o chão que piso, para não ser pisada pelo mundo que não me compreende...
É este o meu jeito de ser...
É esta a mulher que a tua alma entendeu, ainda antes de os teus olhos a terem contemplado...
Esta, sou eu, sem tirar nem pôr... Vivo assim, à minha maneira... Vivo ao ritmo dos meus sentimentos...
Escuto a voz do coração, ouço a música dos meus sonhos...
Tento fazer com ela uma equação que me mostre o caminho certo para chegar a quem sorri para mim, sem que lhe conheça o rosto...
A quem me estica os braços, num gesto de conforto, para que os meus dias deixem de ser cinzentos...
A quem me protege dos ventos gélidos do sofrimento, escondendo-me num abraço de almas que se conhecem desde sempre...
Aprendi a moldar o meu coração, deixando que seja ele a ter a última palavra...
A decisão final é sempre dele... Mas eu ensinei-lhe que só devemos compartilhar sorrisos com quem nos empresta abraços...
Que as lágrimas se dividem com quem nos oferece um ombro para chorar...
É isso, que faz com que cada momento seja único...
Que cada segundo valha a pena viver, para podermos compartilhar a vida com quem nos quer acompanhar...
Esta, sou eu, só assim sei amar...
Descobri um dia que as noites não tinham de continuar a ser tristes...
Que nelas também pode existir emoção...
Que podemos escutar os cânticos da felicidades se souber dar as mãos aos nossos sonhos e desenhar a rota certa para o futuro...
Quem nunca pecou, não sabe o que é o amor... Jamais viveu...
É apenas um defunto que se arrasta pela vida...
Só quem não provou o gosto do amor, pensa que amar é crime...
É com essa esperança que caminho pelos prados da vida, onde o amor me espera...
Esta, sou a que para o amor nasceu!
@angela caboz🖊࿐ꦿ🌹
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princesadocampo · 30 days
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Carta ao cavaleiro
Querido cavaleiro templário, já havia tanto tempo desde que tinha pensado em você que me assusta hoje voltar a escrever. Lembra quando eu era criança, deveria ter uns sete ou oito anos quando te criei? Eu achava a coisa mais linda do mundo homem de cabelo longo e talvez por morar na zona rural, também gostava de ver homens montados em cavalos, então um dia imaginei você e nasceu meu primeiro amor.
A maioria das meninas sonhavam com príncipes encantados montados em cavalos brancos mas eu sonhava com um cavaleiro montado em um cavalo preto. Eu te idealizei em cada detalhe, os olhos, o cabelo, a barba e com o tempo, também te dei uma personalidade. Você era um cavaleiro templário que secretamente era um bruxo.
Acho que eu deveria ter uns 10 anos quando escrevi pela primeira vez um conto só seu, sua jornada lutando na guerra santa enquanto escondia seu segredo: você também era um grande bruxo. Lembra do CD do Iron Maiden que ouvia sem parar e sempre colocava “the trooper” para tocar enquanto te imaginava na batalha e as músicas instrumentais para os momentos de feitiço? Parece que foi ontem mas consigo lembrar de tudo…
Acho que você não se lembra disso mas eu imaginava que iria me casar com você e como eu me via como uma princesa, na minha cabeça todos os dias vivíamos um conto de fadas. As viagens, as aventuras, foram tantas coisas…
Eu gostava tanto de você que escrevi um livro contando a “nossa” história e como eu queria que tivesse acontecido, nos reencontrando em outra vida. Depois disso acho que eu te deixei um pouquinho de lado quando comecei a olhar para pessoas reais, mas como poderia te esquecer? Amanhã completa 10 anos e sentei aqui na varanda para escrever e acabei pensando em você.
A razão pela qual estou te escrevendo agora depois de tantos anos é porque algo que nem nos meus sonhos mais estranhos eu poderia ter previsto: eu achei que tivesse te encontrado no mundo real. Pode rir se quiser, você sabe que eu sempre gostei de histórias de amor, de romance e principalmente de contos de fadas, é fácil fugir da realidade quando se prefere os livros por achar o mundo real superficial demais.
Eu conheci uma pessoa que é assustadoramente parecida com você, além disso ele também é bruxo e para deixar as coincidências ainda mais bizarras, ele gosta do Iron Maiden e também me dava flores. Acho que eu fiquei tão confusa e surpresa que não sabia se estava conhecendo uma pessoa nova ou se estava te vendo na vida real.
Quando conheci esse rapaz confesso que fiquei muito interessada pelas coincidências e passei a conversar com ele todos os dias e me encantei com a pessoa que ele é, ele é um rapaz simples, trabalhador, gentil, inteligente, sabe desenhar e fez desenhos lindos pra mim, ele é muito cuidadoso com a mãe dele e vejo ele sempre fazendo coisas em casa, acho que gostei da personalidade dele. Isso até conhecê-lo pessoalmente…
Quando o vi pela primeira vez eu tive aqueles siricuticos, sabe? O coração disparou, as mãos ficaram suadas, eu senti algo que nunca havia sentido por ninguém. Quando ele me beijou eu senti a mesma coisa que imaginava a princesa sentindo quando te beijava, eu confiei nele, deixei meu coração me levar… […]
Quando conheci esse rapaz o início foi como um conto de fadas, nós andávamos de mãos dadas, ele me abraçava, me dava flores, eu sentia que dali poderia nascer um amor e estava encantada com essa possibilidade. Uma vez ele escreveu nossos nomes em uma árvore e aquele foi o gesto mais lindo que já vi. Eu não falei sobre ele com ninguém por um tempo porque não sabia se estava sonhando ou se só estava sendo louca mesmo.
Eu gostei tanto desse rapaz que acho que tive medo de me magoar quando vi o quanto estava envolvida emocionalmente que acabei tentando fugir algumas vezes. No fim das contas, tudo que eu sempre quis foi me sentir segura e eu não estava sabendo como agir. Ele disse que me perdoou mas as coisas entre nós mudaram um pouco, acho que eu com meu medo e essa mania de me esconder quando me sinto ameaçada me fez estragar o que tinha tudo para ser lindo.
Amanhã faz 10 anos desde o dia em que escrevi a sua história com uma princesa que vive dentro de mim e me peguei pensando em tudo, sobre meu futuro, sobre a minha profissão, sobre a minha saúde, sobre os meus sonhos e pensei também sobre você. Ah cavaleiro, eu daria tudo para você ser uma pessoa real e para eu te encontrar mas você só existe na minha cabeça e em um amontoado de contos e livros que escrevi sobre você. Preciso aceitar que você é só um personagem e não ficar te procurando em pessoas reais.
Não sei bem o que vai acontecer com aquele rapaz que conheci porque as coisas ficaram diferentes entre nós mas sei que independente do que acontecer, eu estou muito feliz por tê-lo conhecido porque ele me deu o melhor presente que eu poderia ganhar, me deu a chance de viver meu conto de fadas, chegou com flores nas mãos e foi o primeiro homem que me tocou, algo que não se pode esquecer. No fim das contas, se não houver mais conto de fadas, eu quero ser amiga desse rapaz porque ele é um cara legal e nós gostamos das mesmas coisas, podemos fazer coisas juntos e nos divertir. Eu queria que ele soubesse que gosto muito dele mas preciso respeitar o tempo dele também.
Uma vez ele me deu uma rosa e eu lembrei do livro A Dama das Camélias naquela parte em que Margarida diz que todo o seu dia estaria perfumado com ela, mas a rosa que ele me deu perfumou não apenas o meu dia, perfumou o meu sonho romântico mais profundo. Eu nunca vou esquecer esse rapaz e sei que cada vez que pensar nele irei me lembrar do coração na árvore, das flores e dos desenhos. Espero que ele não saia da minha vida, ainda que a distância entre nós faça com que sejamos só amigos. Só o tempo vai dizer. Eu gosto dele e sei o que gostaria de viver mas não sei ainda o que ele quer de mim e isso me deixa um pouco vulnerável, mas uma certeza eu tenho, ele não vai sair da minha vida, ele me prometeu que se não dermos certo, seremos amigos e por alguma razão, eu confio nele.
Eu nunca vou esquecer de você também, cavaleiro. Talvez um dia eu me lembre dos contos que escrevi e te verei chegando em um cavalo preto, fazendo magia e lutando como um guerreiro para logo em seguida vir me encontrar com uma rosa na mão e então meu coração será seu. A vida real é fora dos livros mas se de vez em quando eu me permitir sonhar, sonharei com você…
Parla de Paula Lima
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