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#como fotografar paisagem
klimtjardin · 3 months
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✨ A jornada de um artista ✨
capítulo cinco - como acrescentar mais arte no seu dia?
Lembram quando éramos crianças e o mundo era uma experiência sinestésica?
Olá, caras e caros! No capítulo de hoje, tentarei me restringir de falar sobre como trazer mais arte e criatividade para nosso dia a dia, porém, é um fato que adentrarei em outros assuntos, uma vez que é algo complexo.
Na infância, descobrimos o mundo.
O olhar de uma criança é cheio de curiosidade: como isso funciona? Para quê serve? Além disso, nossos sentidos estão começando a se identificar com as experiências ao nosso redor. Qualquer luz do dia é sempre a mais bonita, todos os doces são os mais doces e mais gostosos, todas as roupas são nossas preferidas. Devidamente enchemos nossos olhos, paladar e tato, dos estímulos corretos.
Lembro que quando assistia desenhos animados, todo traço me encantava. As cores, os detalhes, o cenário. Era como se meu lado sensorial estivesse super ativado. Quando ganhava alguma revista de colorir ou de passatempos, olhava várias e várias vezes para elas, pela beleza que me representavam. Situação semelhante a quando ganhava material escolar novo e aquelas canetinhas e cadernos eram como um tesouro toda a vez que as via.
A criança tem uma intensidade tão bonita. Em um minuto ela se joga no chão porque não quer tomar banho, mas no minuto seguinte está tudo bem, é como se aquilo nem tivesse existido. Não estimulo ataques de birra em adultos, rs, deixemos isso para as crianças. Porém, enxergar o mundo com esse olhar de que cada momento é único e tudo parece extremamente especial, nos coloca de volta aos estímulos corretos.
Com o avanço da internet e dos nossos celulares, tudo é banal. Abrimos uma rede social com 500 notificações enquanto mais 500 externas caem na nossa tela. Isso não é normal, é uma quantidade de estímulo exorbitante para um cérebro que, digamos, ainda tem muito de primata. Como não ter ansiedade quando sabemos exatamente o que está acontecendo em vários países simultaneamente? Como não ter dificuldade de foco quando os estímulos recebidos digitalmente são mil vezes maiores do que aqueles que atividades comuns {como rir, abraçar, lavar a louça} nos causam? Penso que nossos sistemas estão desensibilizados.
Ao longo de uma semana, delimitei o horário em que usaria o celular, e no tempo livre que me restou, fiz o esforço de comparecer a "encontros criativos". Por uma semana, todos os dias, estabeleci atividades que por uma hora ou duas no máximo me fizessem entrar em contato com meu lado criativo. Ler, desenhar, pintar, ouvir música concentrada, fazer uma colagem, enfim, sem interferência de coisas digitais. E, o mais importante, estimulando meu foco para que eu concluísse tudo aquilo que me propus fazer.
O que aconteceu até parece incrível: aos poucos fui me acostumando, ou acostumando meu cérebro, a não ter tantos estímulos disponíveis. Comecei até a repensar se a quantidade de pessoas que sigo nas redes sociais não me atrapalham mais do que ajudam na hora de usar referências. Diminuí a quantidade de informações por dia e foquei naquilo que estava a minha disposição.
Me envolver criativamente ajudou a me manter presente. Coloquei à prova a frase batida "crie mais do que você consome", para refletir que dá certo e, sim, sua mãe também está certa: o problema é o celular. Quanto menos estímulos rápidos e fáceis recebi, mais minha mente funcionou para ser criativa.
Para fazer arte é preciso transformar algo em arte. Aquelas coisas que parecem bobas, como: uma roupa que você gosta de repetir, um almoço gostoso, uma paisagem agradável, tem potencial de virar arte. A inspiração comum segue sendo a melhor de todas!
Então da próxima vez que você pensar "que pessoa bonita, vontade de pintar um quadro", "que paisagem linda, vontade de fotografar", "que momento para lembrar, vou escrever sobre", se puder, faça!
A atenção plena é a maior aliada de qualquer artista.
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blogdojuanesteves · 5 months
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CHAPADA DOS VEADEIROS- Povos dos Campos Gerais > ANDRÉ DIB
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Algumas décadas foram necessárias para que o livro Ansel Adams in Color ( Little, Brown and Company, 1993) do renomado fotógrafo americano tenha sido publicado. O californiano Adams (1902-1984) embora consagrado no fine art do preto e branco em suas imagens da paisagem americana começou a fotografar em cor ainda em 1935 quando da invenção do filme Kodachrome. Já o fotógrafo  André Dib, com seu Chapada dos Veadeiros-Povos dos Campos Gerais ( Ed. Origem, 2022), recentemente lançado no Festival Foto em Pauta de Tiradentes foi mais breve ao passar da cor, da qual é um virtuose para o monocromatismo.
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Mineiro de Uberaba, radicado na Chapada dos Veadeiros desde 2002, Dib dedica-se a imagem ambiental essencialmente explorando lugares de difícil acesso fotografando paisagens, a fauna e flora cultivando o esplendor da cor destes ambientes como raros fotógrafos do gênero, caso do seu livro Chapada dos Veadeiros (Ed.Origem, 2020) [ leia aqui review em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/616566807556407296/chapada-dos-veadeiros-andr%C3%A9-dib ], publicação esta que sustenta o livro atual, na qual a inserção humana faz-se mais presente, juntamente com a arrojada opção pelo preto e branco.
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Dib confessa que após ver uma exposição do também mineiro Sebastião Salgado, a mesma chancelou a sua ideia- que já era forte em seu pensamento há algum tempo- de optar pelo preto e branco. Afinal, já havia publicado o livro acima em cor, entre outros tantos, frutos do seu vasto trabalho que já lhe rendeu mais de 15 prêmios no Brasil e no exterior. Entretanto, esta "nova" Chapada, é estruturada na impactante presença humana, expressa em belíssimos retratos que ganharam relevância pela sua edição, que traz o tratamento das imagens executado pelo fotógrafo paulista Valdemir Cunha, também editor e publisher do livro, amparadas pelas paisagens, que agora nos remetem ao renomado Adams.
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Em texto introdutório, o professor Adilson Fernando Franzin, doutor em Letras pela Université Paris Sorbonne e pela Universidade de São Paulo ( USP) enfatiza a ideia dos retratos: "Gentes do mato e de grota, de vãos e veredas, de capinzais e roças; eis os povos dos campos gerais em permanente simbiose com o Cerrado, o segundo maior bioma da América do Sul." Para ele, "é valido lembrar que os habitantes destas cercanias,- a um só tempo, reais e míticas- formam a incontornável fonte de inspiração e a matéria viva a que lançou mão certo gigante das veredas para compor suas fabulosas histórias que percorreram todos os quadrantes do mundo. " Um chamado João" a quem Carlos Drumond de Andrade, com reverência, indagou num poema sobre o escritor que misticamente "guardava rios no bolso".
Acerta  Franzin na analogia a Guimarães Rosa (1908-1967). Os personagens de Dib são nascidos desta literatura assim como a literatura nasce deles. Não há como deixar de lembrar da inglesa Maureen Bisilliat com seu A João Guimarães Rosa ( Gráficos Brunner, 1979). Esta "dramaturgia" já faz algum tempo que é representada por imagens em outros livros. No entanto, poucas tem a relevância destas.
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Para muitos artistas, o apelo de fotografar em preto e branco é, simplesmente, uma questão  emocional. Não é preciso ser um crítico de arte para perceber que as fotos em preto e branco costumam ser mais dramáticas do que as coloridas. Seus tons escuros e contrastes profundos muitas vezes instilam uma aura quase temperamental ou misteriosa no trabalho. Esse tipo de teatralidade é difícil de reproduzir na fotografia colorida, ainda que esta obtenha algum sucesso. Além disso, os neurobiólogos provaram que algo na fotografia em preto e branco. Sejam as gamas tonais, os pretos ricos ou a luminosidade, atrai-nos psicologicamente.
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Por décadas, o filme monocromático imperou na arte. Algo que vinha desde o advento do filme moderno na década de 1880, tempos em que os fotógrafos concentraram-se em dominar o comportamento "básico" da fotografia moderna. Foi somente na década de 1930 que  começaram a explorar provisoriamente a fotografia colorida. Nos anos 1960, porém, o mundo da fotografia tornou-se uma explosão de cores com a invenção das câmeras instantâneas. Desde então, escolher a fotografia em preto e branco em vez da colorida tem sido uma escolha muito consciente. Por muitos anos, a fotografia em preto e branco foi o padrão escreveu o fotógrafo espanhol Samuel Cueto.
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Certamente, ao olharmos a edição anterior de André Dib sobre a Chapada, vemos que a sua transição para o preto e branco não provocou perdas na exuberância da paisagem, pelo contráriio, esta "ressignificação" está plenamente alinhada com sua produção. O livro, como explica Franzin, " traz simultaneamente um registro sensível e crítico às quest��es ambientais mais urgentes da região, configurando-se como um brado em prol da natureza que ainda pulsa, instituindo, com engenho e arte, um libelo contra o obscurantismo e a ignorância de nossos dias, sem perder de vista a delicadeza do olhar que sonha não apenas o abraço telúrico em nacos de nuvens, mas também almeja a força transformadora, o alimento e a cura em mãos humanas." Daí a presença imprescindível dos retratos, que além de belos transmitem a contundência da resiliência do povo da região.
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Povos dos Campos Gerais nos mostra igualmente o paradoxo da beleza transmitida entre a terra vibrante e aquela que é destruída, caracterizada aqui pelas imagens de incêndios de áreas imensas do Cerrado, tais como veredas e campos úmidos, ou como escreve o fotógrafo, zonas extremamente sensíveis que são degradadas de forma irreversível secando nascentes e mudando o comportamento do ciclo dos rios e de suas bacias hidrográficas. Segundo dados científicos recentes, estes acontecimentos constituem-se como uma das maiores causas da crise hídrica pela qual passamos nos últimos tempos.
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Sendo uma espécie de cartografia do imaginário, como escreve o professor, o potencial narrativo de André Dib impressiona. Mas não somente um potencial natural que o fotógrafo possui, mas sendo uma marca de seu processo criativo e de uma concepção artística. "Não apenas na seara da fotografia documental, a qual prima por contar uma história qualquer, mas sua arte fotográfica, paradoxalmente, parece transcender o tempo e o espaço a tocar o mito num constante flerte com nossas páginas literárias mais genuínas." A publicação tem também um conjunto de detalhadas legendas e audiodrescrição,  que ampliam a função da mesma.
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Infos básicas:
Edição do livro e imagens: Valdemir Cunha
Editora: Ed. Origem
Direção de Arte: Valdemir Cunha
Projeto gráfico: Editora Origem
Texto: Adilson Fernandes Franzin - Edição bilingue português/inglês
Mapa: Pablo Aguiar Saboya
Editora Executiva: Ligia Fernandes.
Audiodescrição: Marisa Barbosa
Impressão: Pancrom, em Couché fosco, 1000 exemplares.
Projeto contemplado pelo Edital de fomento as artes visuais do Fundo de Arte e cultura do estado de Goiás.
Aquisição do livro editoraorigem.com.br
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Passeios Fotográficos em Poços de Caldas: Capturando a Beleza da Região
Poços de Caldas, com sua paisagem deslumbrante e atmosfera encantadora, é um verdadeiro paraíso para os amantes da fotografia. Cada rua, cada praça e cada cantinho desta cidade do sul de Minas Gerais oferece oportunidades únicas para capturar momentos preciosos através das lentes da câmera. Como profissional do turismo e entusiasta da fotografia, é um privilégio explorar os encantos de Poços de Caldas e compartilhar dicas sobre os melhores lugares para fotografar nesta bela região.
Ao escolher a Nacional Inn para sua estadia em Poços de Caldas, os viajantes não apenas desfrutam de acomodações de luxo, mas também têm acesso facilitado aos principais pontos fotográficos da cidade. Localizado no coração de Poços de Caldas, o Euro Suite Poços de Caldas oferece conforto e comodidade aos hóspedes, além de estar próximo às mais belas paisagens e pontos turísticos da região.
Um dos locais mais icônicos para fotografar em Poços de Caldas é o Cristo Redentor, que oferece uma vista panorâmica deslumbrante da cidade e da paisagem ao redor. Ao amanhecer ou ao entardecer, o monumento se torna ainda mais mágico, criando cenários perfeitos para fotos memoráveis.
Outro ponto imperdível é o Parque José Afonso Junqueira, conhecido por seus jardins bem cuidados, lagos tranquilos e arquitetura charmosa. Aqui, os visitantes podem fotografar uma variedade de cenários, desde a beleza das flores até as atividades cotidianas dos moradores locais.
Além disso, Poços de Caldas é lar de uma rica vida selvagem, proporcionando oportunidades únicas para fotografar a fauna e a flora da região. O Parque Municipal Antonio Molinari e a Serra de São Domingos são excelentes locais para explorar a natureza e capturar imagens impressionantes de pássaros, animais e paisagens naturais.
Como parte de nossa missão de oferecer uma experiência completa aos nossos hóspedes, o blog da Nacional Inn, disponível em https://blog.nacionalinn.com.br/, oferece dicas e sugestões para os amantes da fotografia que desejam explorar os encantos de Poços de Caldas através das lentes de suas câmeras. Além disso, nossa equipe está sempre disponível para fornecer recomendações personalizadas e assistência para garantir que cada hóspede aproveite ao máximo sua experiência fotográfica na cidade.
Ao escolher a Nacional Inn para sua estadia em Poços de Caldas, os viajantes têm a garantia de uma série de comodidades e serviços exclusivos, incluindo quartos confortáveis, suítes premium, café da manhã e Wi-Fi gratuito. Nossa equipe dedicada está sempre à disposição para garantir que cada estadia seja verdadeiramente inesquecível, proporcionando aos nossos hóspedes uma experiência de hospedagem excepcional.
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franciscocosta40210337 · 11 months
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Projeto Fotográfico
Fotografia de Moda / Editorial de Moda
Para este projeto estou interessado em criar uma série fotográfica sobre moda;
É um estilo fotográfico que tenho bastante interesse em aprender mais sobre, e que aprecio bastante quando o realizo;
O ambiente em que pensei fotografar é na rua, ou seja, juntar a streetphotography com fashionphotography;
(Imagens do Pinterest)
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Algumas referências nas quais me quero inspirar para este projeto, onde o modelo está vestido de uma forma mais "formal"
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Interesse em usar e explorar a Fish Eye lens para ver os resultados da distorção das imagens.
Referência Autoral
@Linusandhiscamera
Linus é um fotografo de Los Angeles em que o maior foco são os retratos, a fotografia de moda e fotografia conceptual, mas o que me chamou mais a atenção foram os retratos e os editoriais de moda dele, que também me inspiram para avançar com este trabalho.
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Linus. Sundown w/ Christian
Material Utilizado nas seguintes sessões:
Canon 250D
Canon R8
Samyang 14mm
Canon 18-135mm
Canon 20-50mm
Cronologia
Primeira sessão - 15 Dezembro 2023
Segunda sessão - 27 Dezembro 2023
Terceira sessão - 2 Janeiro 2024
Preparação primeira sessão:
Roupa Formal: Blazer com padrão distinto, gravata preta, calças e sapatos pretos, mala de negócios.
Cenários: Exterior; Campo de basquetebol.
Modelo: Masculino
PRIMEIRA SESSÃO
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Objetivos:
Nesta sessão fotográfica o objetivo era contrastar e enfatizar as roupas clássicas com o desportivo. Para tal, utilizei um modelo que apresenta um estilo de roupa clássico e formal, de maneira a contrastar com o ambiente de rua e desportivo ao seu redor.
Sinopse:
Na fotografia, o modelo utiliza a sua roupa (clássica) como acessório e pousa num campo de basket (ambiente desportivo). A sessão foi realizada no amanhecer, o que criou sombras e iluminação interessante.
Preparação segunda sessão:
Roupa Formal: Blazer com padrão distinto, gravata preta, calças e sapatos pretos, mala de negócios. (igual à primeira sessão)
Cenários: Exterior; Seca do bacalhau
Modelo: Masculino
SEGUNDA SESSÃO.
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Objetivos:
Utilizar uma paisagem única e interessante.
Utilizar a mala como principal adereço.
Uso de tons quentes.
Realçar o blazer utilizado.
Sinopse:
A foto foi tirada num campo onde antigamente se secava bacalhau, proporcionando um ambiente único. Nas fotografias o modelo pousa sozinho no campo deserto, tornando-se a personagem principal. O foco de luz incide diretamente no lado direito do rosto e roupa do modelo, sendo isto um resultado da hora da realização da sessão (manhã).
Preparação terceira sessão:
Roupa Formal: Conjunto fato preto, gravata azul às riscas, óculos de sol, relógio, cinto preto e bengala vintage.
Cenários: Exterior; Campo de ténis.
Modelo: Masculino
TERCEIRA SESSÃO. Final?
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Objetivos:
Utilizar adereços diferentes, como a bengala e óculos .
Criar poses interessantes que realcem o vestuário.
Manter a roupa clássica e simples num novo ambiente desportivo
Utilizar tons quentes, em seguimento da sessão anterior.
Impressão das Fotografias Finais
As impressões foram realizadas na Moldart, Póvoa de Varzim.
Sinopse:
Em seguimento das experiências das sessões anteriores, enfatizei os tons quentes (2ª Sessão) e o clássico vs desportivo (1ª Sessão). Na fotografia o modelo utiliza um fato e uma bengala que remetem para o estilo desejado e, desta vez, para dar um toque moderno, uns óculos de sol. Nesta sessão o ambiente acontece num campo de ténis vazio, durante a manhã. As poses são ousadas e contrastam a atitude solene e estática de quem normalmente pousa com uma bengala e fato clássico. Utilizei uma objetiva de 14mm para tentar obter um estilo semelhante ao efeito Fish Eye.
Conclusão
Este projeto foi bastante proveitoso pois pude explorar umas das minhas vertentes fotográficas de eleição, o editorial de moda. Consegui obter uma maior compreensão de enquadramentos, poses, do uso das cores e da composição. Foi igualmente uma oportunidade para desenvolver a minha capacidade de direccionar e dar indicações ao modelo. No que toca ao desenvolvimento do conceito, pude dar uso à criatividade. Por fim, vou aproveitar e utilizar este projeto para enriquecer o meu o meu pórtfolio, o que me ajudará a nível profissional.
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eduardocantagalo · 2 days
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Tapajós e Amazonas: O Encantador Encontro das Águas em Santarém
O Brasil é lar de algumas das paisagens naturais mais impressionantes do mundo, e o Encontro das Águas em Santarém, entre os rios Tapajós e Amazonas, é uma das joias mais fascinantes da Amazônia. Em uma viagem pela região, você também pode se deparar com oportunidades de explorar gastronomia amazônica, como nos restaurantes baratos em Belém, que oferecem o melhor da culinária típica a preços acessíveis.
Se você está planejando uma visita à região amazônica, Santarém deve estar no topo da sua lista. Além do Encontro das Águas, a cidade oferece outros atrativos, como praias de água doce e rica culinária local. 
Entendendo o Fenômeno do Encontro das Águas
O Encontro das Águas entre os rios Tapajós e Amazonas acontece porque suas águas têm composições, temperaturas e velocidades diferentes. O rio Tapajós é conhecido por suas águas claras e azuladas, enquanto o Amazonas tem um tom mais barrento devido à quantidade de sedimentos que carrega. Esse contraste de cores e a força de ambos os rios fazem com que suas águas fluam lado a lado por muitos quilômetros sem se misturarem.
Essa separação nítida cria uma paisagem única, onde as duas tonalidades de água se encontram em uma linha clara, proporcionando um espetáculo natural impressionante.
Tapajós: O Rio de Águas Cristalinas
O Rio Tapajós é famoso por sua pureza e beleza. Com águas claras e praias de areia branca, ele é muitas vezes comparado ao mar caribenho. Suas margens abrigam diversas comunidades tradicionais que vivem da pesca e do turismo, e as praias do Tapajós são paradas obrigatórias para quem visita Santarém. Durante a época de seca, as praias se tornam verdadeiros refúgios de tranquilidade.
O contraste entre a calma e transparência do Tapajós com o poder e a força do Amazonas é o que torna esse encontro tão especial. O Tapajós também é uma excelente opção para atividades de ecoturismo, como passeios de barco e visitas às comunidades ribeirinhas.
O Gigante Rio Amazonas
O Rio Amazonas é o maior rio do mundo em volume de água, e suas águas barrentas são resultado da grande quantidade de sedimentos que ele transporta desde os Andes até o oceano. O Amazonas é a artéria principal da Amazônia, sustentando a maior floresta tropical do planeta e uma biodiversidade incomparável.
Quando suas águas encontram o Rio Tapajós, o resultado é uma impressionante mistura de força e beleza. Mesmo que as águas do Amazonas sejam turvas, elas são igualmente fascinantes, representando a vida e o fluxo incessante de um dos ecossistemas mais ricos do mundo.
Como Visitar o Encontro das Águas
Visitar o Encontro das Águas em Santarém é uma experiência que pode ser vivida de diversas maneiras. Há passeios de barco que saem do centro da cidade e levam os turistas até o ponto onde os dois rios se encontram. Durante o passeio, guias locais explicam os aspectos científicos e culturais do fenômeno, além de oferecerem oportunidades para fotografar e apreciar a vista.
Se você gosta de aventuras e quer conhecer a região de forma mais autêntica, também é possível explorar algumas das comunidades ribeirinhas próximas ao encontro. Essas comunidades vivem em harmonia com os rios e preservam tradições amazônicas que datam de séculos.
Ecoturismo em Santarém e ao Redor
Santarém é muito mais do que o Encontro das Águas. A cidade é um ponto estratégico para quem quer explorar a Amazônia de forma sustentável e conhecer suas praias de água doce, florestas e trilhas. A famosa praia de Alter do Chão, muitas vezes referida como o "Caribe Amazônico", é uma das atrações mais conhecidas da região, e fica a apenas alguns quilômetros de Santarém.
Além das belezas naturais, a região também oferece uma rica experiência cultural. As comunidades indígenas e ribeirinhas compartilham seus costumes e histórias, proporcionando uma imersão única na cultura amazônica.
Gastronomia Local: Sabores da Amazônia
Durante sua visita a Santarém, não deixe de experimentar os sabores típicos da Amazônia. A culinária local é rica em ingredientes nativos, como o peixe tambaqui, tucupi, açaí, cupuaçu e castanha-do-pará. É uma verdadeira viagem gastronômica que reflete a biodiversidade e as tradições da região.
Se você estiver estendendo sua viagem para Belém, também encontrará restaurantes baratos em Belém, que oferecem o melhor da culinária amazônica a preços acessíveis, permitindo que você experimente a autêntica comida paraense sem gastar muito.
A Importância Ecológica do Encontro das Águas
Além de ser um espetáculo visual, o Encontro das Águas também tem uma enorme importância ecológica. A área ao redor do encontro é rica em biodiversidade e serve de habitat para inúmeras espécies de peixes, aves e mamíferos. Proteger esse ecossistema é vital para garantir a sustentabilidade da região e preservar sua riqueza natural para as futuras gerações.
Os esforços de conservação são fundamentais para garantir que o Encontro das Águas permaneça como uma das maravilhas naturais do Brasil. Isso inclui o apoio ao ecoturismo responsável, que respeita o meio ambiente e as comunidades locais.
Com essas dicas, você está pronto para explorar uma das paisagens mais incríveis do Brasil e se maravilhar com o espetáculo único do Encontro das Águas em Santarém.
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educ-cursos · 2 days
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A Canon Powershot G12 é uma câmera digital compacta de alta qualidade, projetada para fotógrafos amadores e entusiastas. Com um sensor de imagem de 10 megapixels e um processador de imagem DIGIC 4, esta câmera oferece imagens nítidas e detalhadas. A G12 possui uma lente zoom óptico de 5x, que abrange uma faixa focal versátil de 28-140mm (equivalente a 35mm). Isso permite que você capture uma ampla variedade de assuntos, desde paisagens panorâmicas até retratos detalhados. Além disso, a câmera possui estabilização óptica de imagem, que ajuda a reduzir a trepidação da câmera, resultando em fotos mais nítidas mesmo em condições de pouca luz. Uma característica destacada da G12 é sua tela LCD articulada de 2,8 polegadas. Essa tela pode ser girada e inclinada em várias direções, permitindo que você fotografe em ângulos criativos e difíceis. Além disso, a câmera possui um visor óptico tradicional, que é útil em situações de muita luz ou quando você deseja economizar energia da bateria. A G12 oferece uma variedade de modos de disparo, incluindo o modo manual, que permite que você tenha controle total sobre as configurações da câmera. Além disso, a câmera possui modos de cena pré-definidos, como retrato, paisagem, esportes e macro, que ajustam automaticamente as configurações para obter os melhores resultados em diferentes situações. Outros recursos notáveis ​​da G12 incluem a capacidade de gravar vídeos em alta definição (HD) 720p, um flash embutido, um slot para cartão de memória SD/SDHC/SDXC e conectividade USB e HDMI. Em resumo, a Canon Powershot G12 é uma câmera digital compacta e versátil, que oferece excelente qualidade de imagem, recursos avançados e facilidade de uso. É uma ótima opção para fotógrafos amadores que desejam capturar momentos especiais com precisão e criatividade.
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Fotografia em Campos do Jordão: Capturando a Beleza da Cidade
Campos do Jordão é uma cidade repleta de paisagens deslumbrantes e charme singular, perfeita para os amantes da fotografia. Seja você um fotógrafo profissional ou apenas um entusiasta que adora capturar momentos especiais, esta cidade oferece uma variedade de cenários inspiradores. Como profissional de turismo da Nacional Inn, uma marca reconhecida por sua excelência em hospedagem em todo o Brasil, estou aqui para destacar as maravilhas fotográficas de Campos do Jordão e mostrar por que a Nacional Inn é a escolha ideal para sua estadia na cidade.
Por que escolher a Nacional Inn?
Os Hotéis Nacional Inn são conhecidos por proporcionarem uma hospedagem de qualidade excepcional, garantindo uma estadia confortável e memorável para todos os hóspedes. Com uma variedade de opções de acomodações de luxo, serviços exclusivos e uma localização privilegiada, a Nacional Inn oferece o ambiente perfeito para relaxar após um dia de exploração fotográfica em Campos do Jordão.
Cenários Fotográficos em Campos do Jordão
Vila Capivari: Conhecida como o coração de Campos do Jordão, a Vila Capivari é um destino imperdível para fotógrafos. Suas ruas charmosas, arquitetura europeia e jardins bem cuidados oferecem inúmeras oportunidades para capturar belas imagens.
Parque Amantikir: Este magnífico parque botânico é um paraíso para os amantes da fotografia de paisagem. Com uma variedade de jardins temáticos, trilhas cênicas e mirantes panorâmicos, o Parque Amantikir oferece vistas deslumbrantes em todas as direções.
Horto Florestal: Com sua exuberante vegetação, lagos tranquilos e trilhas cercadas por araucárias centenárias, o Horto Florestal é um local ideal para fotografar a natureza em sua forma mais pura e intocada.
Acomodações na Nacional Inn
Após um dia explorando e fotografando as maravilhas de Campos do Jordão, retorne ao conforto e à hospitalidade da Nacional Inn. O Hotel Castelo Nacional Inn oferece quartos espaçosos, instalações modernas e uma atmosfera acolhedora para garantir uma estadia agradável e relaxante.
Descubra Mais com a Nacional Inn
Para dicas de fotografia e informações sobre os melhores lugares para fotografar em Campos do Jordão, visite o blog da Nacional Inn.
Reserve sua Estadia com a Nacional Inn
Não espere mais para explorar e fotografar as belezas de Campos do Jordão. Reserve sua estadia no Hotel Castelo Nacional Inn e desfrute de uma experiência de hospedagem excepcional enquanto captura memórias preciosas da cidade. Visite a página do hotel para mais informações e reservas.
Em resumo, Campos do Jordão oferece uma infinidade de oportunidades para os fotógrafos capturarem a beleza da cidade e a Nacional Inn proporciona o ambiente perfeito para uma estadia confortável e conveniente durante sua aventura fotográfica. Venha explorar e fotografar os encantos desta cidade encantadora!
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inesmoniz · 8 months
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Considerações finais
Após ter dado continuado este projeto que já havia começado, houve certas coisas que mudaram.
A primeira coisa foi o conceito, inicialmente, só havia o objetivo de documentar objetos fora do lugar, e agora, nesta fase, para além de registar estes objetos, tento dar-lhes uma personificação. Enquanto que inicialmente, eu não faço nenhum tipo de modificação na sua posição, na fase final já compunha os cenários com coisas que ia encontrando nos locais e envolvia-me muito mais com os objetos, de forma que facilitava a minha relação e sentimento por aquela paisagem, consegui não só ver aqueles objetos como arte como sentir-me parte dela.
Manti-me fiel à minha estética que delineei no principio, mantive o flash e as cores quentes.
Assumi um novo titulo para o projeto, visto que anteriormente o tinha apelidado de "TUDO, ao mesmo tempo, FORA DO LUGAR", para além de ser demasiado direto e descritivo, é muito longo. Decidi mudar para Inspicio, uma palavra do latim que signifca observar, olhar analisar, contemplar. A meu ver faz sentido que seja esta palavra, pois representa tudo aquilo que eu fiz ao longo deste projeto, analisei os detalhes e observei-os para perceber a melhor forma de epresentar cada objeto, para além disso, fiz o que me permitiu iniciar estas fotografias, contemplei-os.
Este trabalho exige sobretudo, investigação e estudos de campo, por muito que existam lugares com lixo, nem sempre é fácil encontrá-los, umas vezes chego até eles, sem querer, outras vezes, por muito que procure, não os encontro. E este fator pode ser uma fraqueza para o meu trabalho, assim com a excessividade de fotografias repetitivas, fotografar sempre a mesma coisa é um problema para este projeto, portanto é importante que eu não me deixe cair num "loop", algo que me pode ajudar a superar isto é escolher apenas um local e fazer estudos de abordagem, com várias condições climáticas e com variações de luz e da posição dos objetos, por isso é que é essencial ter em mente o tipo de abordagem que quero ter.
Considero-me satisfeita com este resultado, está longe de ser finalizado, sinto que ainda posso aprofundar mais o conceito, as referências e acima de tudo, as fotografias. No entanto, tenho a certeza que este é um bom começo.
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revistaclickmag · 1 year
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Cores vibrantes: A arte de fotografar paisagens exuberantes
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A fotografia é uma forma de arte que permite capturar momentos preciosos e transmitir emoções através de imagens. Quando se trata de paisagens exuberantes, nada pode ser mais gratificante do que capturar toda a sua beleza e grandiosidade em cores vibrantes. Neste artigo, exploraremos a arte de fotografar paisagens exuberantes e como as cores podem desempenhar um papel fundamental nesse processo. As paisagens exuberantes são uma fonte inesgotável de inspiração para fotógrafos. Dos majestosos picos das montanhas às vastas planícies cobertas de flores, esses cenários nos envolvem com sua beleza e nos convidam a explorar sua diversidade. No entanto, nem sempre é fácil transmitir a verdadeira essência dessas paisagens através de uma fotografia. É aí que as cores desempenham um papel crucial. As cores têm o poder de evocar emoções e criar uma atmosfera única em uma imagem. Ao fotografar paisagens exuberantes, a escolha das cores certas pode fazer toda a diferença. As cores vibrantes como o verde intenso das folhagens, o azul profundo dos lagos e o vermelho vivo do pôr do sol podem criar impacto visual e transmitir a sensação de estar presente no local. Uma das técnicas mais eficazes para capturar cores vibrantes em paisagens exuberantes é aproveitar ao máximo a luz natural. A luz do sol tem uma qualidade única em diferentes momentos do dia, e cada momento pode oferecer uma paleta de cores diferente. No início da manhã ou no final da tarde, a luz é mais suave e dourada, o que realça as cores e cria uma atmosfera mágica. Fotografar durante a "hora dourada" pode resultar em imagens com cores vibrantes e tons quentes, que transmitem uma sensação de calma e serenidade. Além disso, o uso de filtros e ajustes de pós-processamento pode intensificar as cores e criar um impacto ainda maior. Filtros polarizadores, por exemplo, podem reduzir o brilho indesejado e realçar o contraste das cores, tornando-as mais vibrantes. Ajustes sutis no equilíbrio de cores e saturação também podem realçar os tons e a vivacidade das paisagens. Outro aspecto importante ao fotografar paisagens exuberantes é a composição. Ao enquadrar a cena, é essencial buscar elementos que possam servir como pontos de destaque e acentuar as cores. Uma árvore solitária em meio a um campo florido, um rio serpenteando por uma floresta densa ou as montanhas se elevando majestosamente ao fundo podem criar uma composição equilibrada e intensificar a sensação de imersão nas cores vibrantes da paisagem. Por fim, é importante lembrar que a fotografia é uma forma de expressão artística. Não há regras rígidas quando se trata de cores em paisagens exuberantes. Cada fotógrafo tem sua visão única e pode explorar diferentes paletas de cores para transmitir emoções específicas. Desde tons suaves e pastéis até cores intensas e contrastantes, o importante é buscar a harmonia entre as cores e a composição para criar uma imagem cativante. Em resumo, a arte de fotografar paisagens exuberantes é um desafio emocionante. Através do uso adequado das cores, é possível capturar a essência e a beleza dessas paisagens de forma impactante. A luz natural, filtros, ajustes de pós-processamento e composição cuidadosa são ferramentas valiosas para criar imagens que transmitam as emoções vividas no momento da captura. Portanto, da próxima vez que você estiver diante de uma paisagem exuberante, não tenha medo de explorar as cores vibrantes e deixar a sua criatividade fotográfica fluir. Read the full article
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ifotografei · 1 year
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"Melhorando sua fotografia com acessórios e criatividade"
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Acessórios de fotografia podem ser uma ótima ferramenta para aumentar sua criatividade e melhorar a qualidade de suas fotos. Aqui estão alguns exemplos de acessórios e como eles podem ajudá-lo em sua fotografia:
Tripé: Um tripé é um acessório essencial para fotografia de paisagem e com pouca luz. Ele estabiliza sua câmera e reduz o risco de imagens borradas causadas pela trepidação da câmera. Ele também permite que você experimente longas exposições e ângulos únicos.
Filtros: Os filtros podem ser usados para aprimorar as cores, o contraste e a saturação de suas fotos. Eles também podem ser usados para reduzir o brilho ou reflexos, ou para criar efeitos únicos, como starbursts ou foco suave.
Disparo remoto do obturador: um disparo remoto do obturador permite acionar a câmera sem tocá-la, reduzindo o risco de trepidação da câmera. É especialmente útil para longas exposições ou ao usar um tripé.
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Flash externo: Um flash externo pode ser usado para fornecer luz adicional ao fotografar em situações de pouca luz ou para adicionar efeitos de iluminação criativos. Também pode ser usado para equilibrar a luz natural e reduzir as sombras duras.
Lente: Diferentes lentes podem fornecer diferentes perspectivas e efeitos criativos. As lentes grande angulares podem capturar mais da cena, enquanto as lentes telefoto podem criar uma perspectiva comprimida e isolar os assuntos de seus arredores.
Além dos acessórios, a criatividade também é um elemento essencial da fotografia. A criatividade permite que você experimente novas técnicas, perspectivas e ideias e desenvolva seu próprio estilo único. Aqui estão algumas dicas para aumentar sua criatividade na fotografia:
Experimente diferentes perspectivas e ângulos, como fotografar de ângulos baixos ou altos ou de pontos de vista incomuns.
Brinque com luz e sombras para criar clima e profundidade em suas fotos.
Procure padrões, texturas e formas interessantes ao seu redor.
Use as cores de forma criativa, como contrastar cores complementares ou usar um esquema de cores monocromático.
Assuma riscos e experimente coisas novas, mesmo que nem sempre funcionem. Lembre-se, criatividade é sobre exploração e experimentação.
No geral, acessórios e criatividade são essenciais para a fotografia. Os acessórios podem ajudá-lo a melhorar os aspectos técnicos de suas fotos, enquanto a criatividade permite que você desenvolva seu próprio estilo e visão.
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frustratorio · 2 years
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Fotografia (Conto)
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A primavera era sua estação preferida do ano. O frio do inverno já se dissipava enquanto o calor maçante do verão ainda não havia chegado, e o mundo vibrava com vida e cor ao seu redor, como se o mundo inteiro estivesse acordando novamente. Ele estava deitado sobre a grama, uma de suas sensações preferidas, enquanto tirava fotos de uma abelha colhendo pólen de uma belíssima dália vermelha e branca. Ultimamente era sua principal atividade quando não estava na faculdade: ir a este parque próximo ao seu apartamento, um lugar que de alguma forma se tornou tão importante para sua vida, e tirar fotos dos arredores.
Era uma bela paisagem. Todo gramado, apenas com alguns caminhos de pedra interligados para que as pessoas passeassem a pé ou de bicicleta. Muitas árvores frondosas e canteiros de flores se espalhavam aqui e ali, colorindo o parque, e havia um pequeno lago no centro. Alguns bancos antigos de madeira e latas de lixo discretas completavam a paisagem. Era, sem dúvidas, um lugar bonito e bem aproveitado pela comunidade local. Mas não era por esse motivo que ele gostava tanto de ir até ali com sua câmera.
Tudo começou há alguns meses, quando o inverno estava em seu auge. Ele se sentia muito sozinho em seu apartamento minúsculo de estudante – o único que ele conseguia pagar com a pensão que recebia de seu pai – e estava frio demais para ficar ao ar livre. Era um sábado, então também não poderia ficar na faculdade, então procurou abrigo em um café barato e com wifi, muito frequentado por estudantes que, como ele, não podiam gastar muito. De onde estava sentado tinha uma boa visão do parque. Por algum motivo, naquele dia, ele olhou pela janela enquanto tomava o seu café fraco demais – mas ótimo pelo preço. Havia poucas pessoas por ali, pois estava muito frio, e o vento uivava sem piedade naquele dia. Mesmo assim, um rapaz, que devia ser um pouco mais novo que ele próprio, surgiu correndo de dentro do parque. Nunca saberia porque aquele garoto chamou sua atenção. Mas ali estava ele, encarando o garoto com uma sua melhor cara de idiota. O rapaz parou na saída do parque, o rosto vermelho por causa do exercício e do clima, olhou para o relógio em seu pulso e sorriu. E, por Deus, aquele sorriso fez com o seu coração batesse descompassado e ele próprio esboçou um sorriso bobo enquanto acompanhava com o olhar aquele garoto sumir pela rua.
 Fazia muito tempo que não sorria. Talvez até meses. Estava passando por uma das fases mais difíceis de sua vida. Mas por aqueles poucos segundos se sentiu feliz. Depois daquele dia não pode evitar, frequentava o parque com mais frequência, sempre com sua câmera na mão e a esperança de registrar qualquer momento em que estivesse próximo daquele garoto desconhecido.
E por isso ali estava ele mais uma vez. Esperando aquele garoto. Já sabia em quais horários esperar para o ver correndo, às vezes na companhia de alguns amigos. E enquanto esperava, aproveitava para tirar fotos. Afinal, aquela era sua única paixão que ele ainda mantia. Todas as outras haviam perdido o sabor. E também havia os trabalhos da faculdade para entregar, afinal havia escolhido cursar fotografia.
Levantou-se da grama e passou as mãos pela roupa, jogando as folhas que haviam grudado em sua roupa de volta no chão. Deu uma breve olhada nas fotos que havia acabado de tirar e ficou satisfeito com o resultado, poderia vender algumas para revistas de paisagismo e ganhar algum dinheiro extra. Então voltou a esquadrinhar o parque com o olhar, procurando aquele garoto, ou pelo menos algo que valesse a pena fotografar, afinal, ainda tinha tempo e a luz do sol estava ótima naquele dia para tirar fotos.
O garoto já estava lá. Parecia aborrecido, sentado num banco próximo do lago. Ele não perdeu tempo, preparando a câmera e batendo várias fotos. Entretanto, desta vez o rapaz percebeu. Ele se levantou num pulo e caminhou irado até ele, que mal teve tempo de abaixar a câmera antes de ouvir:
“Ei! Você! Estava tirando fotos de mim?”
Não esperava ser pego, então precisou pensar rápido.
“Calma, cara.” Ele ergueu as mãos em sinal de rendição, fazendo a câmera, presa por uma alça em seu pescoço, bater contra seu estômago. “Sim, estava, me desculpa. Mas é porque eu estudo fotografia, estou há horas tirando fotos do parque.”
“É?” O rapaz o olhou desconfiado. “Prove.”
Ele abaixou lentamente as mãos. Apesar de o garoto parecer mais novo, era muito maior e muito mais forte que ele. Então abriu a galeria da câmera e começou a passar as fotos mostrando a ele que falava a verdade. Felizmente naquele dia havia tirado muitas fotos, tanto da paisagem e da natureza, quanto de pessoas. Famílias, gente passeando com animais, velhinhos sentados nos bancos.
“Eu faço faculdade de fotografia.” Ele falou, enquanto passava as fotos, para quebrar o silêncio. “A maioria eu guardo só pra mim ou deleto, mas quando pretendo usar alguma eu peço permissão...”
“Ah...” O garoto coçou a nuca, visivelmente envergonhado por sua explosão de raiva. “Desculpa, achei que você era um desses caras estranhos sabe...”
“Eu que tenho que me desculpar, por parecer estranho.” Ele riu. “Me chamo Matheus.”
“Lucas.” Um silêncio constrangedor se instalou entre eles antes que Lucas perguntasse: “Então, vai usar?”
“Hm? Usar o que?”
“A minha foto.”
Não era o objetivo de Matheus usar aquela foto. Ele guardava as fotos de Lucas só para ele, até porque nunca teve a intenção de se aproximar daquele garoto. Sentia-se feliz só observando de longe, como se sua aproximação da vida de Lucas fosse macular a felicidade do garoto. Porém, imaginou que – agora que já haviam se conhecido e se apresentado – pudesse manter alguma conversa com Lucas se conseguisse autorização para usar a foto. Depois de tanto tempo o observando das sombras com medo de se aproximar, era bom falar com ele pela primeira vez.
“Eu ainda não tinha pensado nisso, mas acho que sim.” Respondeu. “Se você me permitir, claro.”
“Tudo bem, não me importo.” Lucas sorriu.
“Então eu só preciso que você assine um termo...”
Matheus se abaixou para pegar sua mochila, esquecida na grama, e começou a procurar por um dos termos de consentimento que imprimiu no começo do semestre. Para a sua infelicidade, todos já estavam preenchidos. Vasculhou cada canto da mochila, jogou seus pertences na grama, mas não encontrou nenhum em branco.
“Algum problema?” Lucas perguntou.
“Não... Sim... É que não consigo encontrar nenhum termo de consentimento em branco.”
“Tem uma gráfica aqui perto, você não pode imprimir mais?”
“Claro, mas você não se importa em me acompanhar?”
“Não.” O mais novo deu de ombros. “Me deram bolo de qualquer jeito.”
Matheus seguiu Lucas até uma das saídas do parque, e então continuaram pela rua. Conversaram pouco. Descobriu que o garoto ainda tinha dezessete anos – sendo apenas dois anos mais novo que Matheus –, e estava no último ano do ensino médio. Lucas o fez várias perguntas sobre a faculdade, parecendo bem interessado, mas sem saber responder o que pretendia cursar depois de se formar na escola.
Chegaram à gráfica, e em poucos minutos Matheus já possuía em mãos uma nova cópia do termo de consentimento. Então sugeriu que se sentassem em uma lanchonete ao lado para que ele pudesse explicar a Lucas como aquilo funcionava.
“Bem...” Disse se sentando. “É bem simples. Você preenche aqui, e aqui.”  Apontou para as lacunas entre o texto. “E assina.”
“Só isso?”
“É, aí você não vai poder me processar por usar a sua foto.” Matheus disse rindo.
Lucas deu um sorrisinho antes de responder.
“É, acho que não.”
Um silêncio estranho se instaurou sobre eles, sendo quebrado apenas pelo som de uma garçonete mal educada largando dois cardápios sobre a mesa. Matheus não sabia o que dizer, ou como continuar a conversa. Então ficou quieto, observando as outras pessoas que estavam nas mesas ao redor, esperando que o outro dissesse alguma coisa. Nada. Achou melhor falar algo ele mesmo.
“Então... Vai querer pedir alguma coisa?”
“Não, eu...” Lucas respondeu meio sem jeito. “Eu já tenho que ir.”
“Já?”
“Sim. Tem uma caneta?”
Matheus pegou uma caneta em sua mochila e estendeu para o outro. Lucas começou a preencher o formulário, sem perceber a tristeza que dominava Matheus. Aqueles poucos momentos em que ficaram juntos, conversando, haviam feito os batimentos de seu coração acelerarem e ele sentir-se mais vivo. Agora que voltaria para as sombras, se sentia muitíssimo infeliz.
“Tudo bem se eu anotar meu telefone aqui?”
Ele ergueu a cabeça surpreso, encarando Lucas.
“Como?”
“Meu telefone. Caso você precise de mais fotos.”
“C-claro.”
Lucas sorriu enquanto anotava os números na parte de trás da folha, enquanto Matheus ficava vermelho sem nem mesmo entender por quê. Recebeu a folha e se despediu do garoto que há tanto tempo havia observado. Soube então que estava certo. Aquele garoto, Lucas, era luz. Ele havia sentido isso naquele primeiro dia que o viu correndo, e isso o atraiu. Mas Matheus estava tão cercado de sombras que tinha medo de chegar perto demais e, de alguma forma, apagar aquela luz. Agora, porém, tinha esperança. Esperança de que poderia sair do buraco em que estava, apenas para poder aproveitar daquela luz. Fundo dentro de si, sentia que seu lugar era ao lado daquele garoto, mesmo que fossem apenas amigos.
*
“Oi, Lucas? É o Matheus. Lembra de mim?”
“Oi Matheus. Lembro sim.”
“Tudo bem?”
“Tudo, e contigo?”
“Também. Eu acabei de falar com um dos meus professores e vou precisar de mais algumas fotos. Você pode me ajudar?”
“Acho que sim. Quando?”
“Amanhã, no final da tarde.”
“Ok, no parque?”
“Isso.”
*
Fazia quase uma semana desde que falara com Lucas pela primeira vez. Mesmo tendo o número dele, passou-se dias antes que pudesse criar coragem para mandar uma mensagem. Ligar exigiria um esforço ainda maior, pois não conseguiria disfarçar o nervosismo, mesmo que Lucas não pudesse ver as palmas de suas mãos suando e seu rosto vermelho ainda o ouviria gaguejar. E ainda sim, precisou inventar uma mentira, pois tinha certeza que o garoto não iria simplesmente quer sair com ele sem um bom motivo.
Agora esperava no parque sentado na grama, vez ou outro apertava suas mãos contra as folhas e as arrancava, tentando se acalmar. Não tinha certeza se Lucas viria, e isso atormentava seu cérebro. Mentalmente pedia desculpas para a grama por ser sua única forma de liberar seus sentimentos e sua ansiedade no momento.
“Ei.”
Deu um pulo ao ouvir a voz de Lucas atrás de si.
“Ei, cara. Você me deu um susto.” Falou tentando disfarçar seu nervosismo com uma risada.
“Desculpe... Achei que tinha me visto.”
“De boas.”
E mais uma vez aquele maldito silêncio entre eles. Por que se sentia tão sem jeito perto dele?
“Vai querer tirar as fotos agora?”
“Ah...” Matheus pensou um pouco antes de responder. “Na verdade, eu espero que você não fique bravo comigo, mas eu menti.”
“Como assim você mentiu?” Lucas o olhou confuso.
“Eu sou novo aqui na cidade, e ainda não fiz amigos... Então achei que tudo bem se a gente saísse, sei lá. Eu só não sabia como falar... Você parece um cara legal.”
Lucas levantou as sobrancelhas surpreso, e depois de alguns segundos sorriu fazendo o coração de Matheus cair do peito de tanto alívio. Estava esperando por uma explosão de raiva, mas vê-lo sorrir lhe deu a certeza de que fez o certo ao falar a verdade.
“Você é um cara bem estranho.” Lucas riu. “Mas tudo bem, só não minta pra mim de novo.”
“Ah, ok. Prometo que não vou mais mentir.”
Ambos riram, e toda a tensão que parecia os cercar começou a diminuir.
“Quer comer alguma coisa?” Matheus perguntou.
“Não, eu não trouxe dinheiro.”
“Tudo bem, eu pago se você não pedir nada muito caro.”
Matheus riu, dando um soco no ombro de Lucas. Eles foram procurar um lugar tranquilo para sentar e conversar, e, assim que encontraram um bom lugar, passaram horas conversando antes que Lucas percebesse que já era tarde demais e precisava ir embora. E a partir deste dia não pararam mais de se falar.
Não demorou para que eles se tornassem amigos. Mais que amigos. Em poucas semanas já se tornaram próximos o suficiente para contar segredos um ao outro e dividir suas histórias de vidas. Matheus descobriu que Lucas vinha de uma família muito pobre, mas que conseguiu uma bolsa de atletismo em uma escola particular. Por isso corria pelo parque quase todos os dias, mas por passar tempo demais treinando acabava deixando os estudos de lado e não tinha certeza se conseguiria passar em uma faculdade gratuita ou mesmo conseguir uma bolsa para continuar estudando. Mesmo assim Matheus o apoiava a prestar os vestibulares e não deixar de tentar. Enquanto Lucas não se importava de ouvir os problemas de Matheus com seus pais, que o atormentavam por escolher um curso alternativo, e não o ajudavam com mais do que eram obrigados por lei. Sempre estava lá para escutar e dar uma palavra amiga, ou às vezes apenas um abraço pois sabia o quanto o amigo sofria pelo abandono da família – desconfiando, inclusive, que não fosse apenas pelo curso que Matheus escolheu –, e o admirava por ser forte o suficiente pra continuar em frente mesmo tendo passado tanto tempo sozinho.
Ainda assim, havia algo entre eles que não parecia se resolver. Eram comuns momentos de constrangimento sem motivo e bochechas vermelhas. E eles não entendiam porque, ou fingiam não entender, muito menos conseguiam acabar com essa situação.
*
Em poucas horas começaria a formatura de Lucas. Matheus olhava o convite mais uma vez, como se ainda duvidasse que havia sido convidado. Já era metade de dezembro, e fazia três meses que haviam se conhecido. Sentia que possuíam uma forte ligação. Parecia que era outra vida, quando esperava naquele parque com sua câmera por um garoto que nem sequer sabia de sua existência. E agora ali estava ele, colocando uma gravata para participar de um dos momentos mais importantes da vida do amigo até agora. Amigo. A palavra ainda parecia estranha para definir o que eles eram. Ainda assim, sentia-se exultante por ser parte da vida de Lucas. Poucos meses atrás não poderia nem imaginar que isso iria acontecer. Desde que se conheceram sua vida mudou, sentia-se menos sozinho e mais feliz. Parecia que um peso foi tirado de suas costas. Lucas não resolveu seus problemas, mas motivou Matheus a resolve-los. Motivou Matheus a sair do buraco em que havia se enfiado desde que sua família deixou claro que ele não era mais bem-vindo.
Não estava convidado para a colação de grau. Lucas havia convidado apenas sua família para essa parte da formatura, pois todos haviam trabalhado muito duro para que aquele dia acontecesse. Mas se encontrariam na festa mais tarde.
Estava nervoso. E tentava descobrir o porquê. Afinal, era apenas uma festa. Já tinha ido a muitas festas, não é mesmo? Qual era o problema com aquela? No fundo ele sabia, sabia que alguma coisa estava para acontecer, alguma coisa estava para mudar. Sentia isso fazia dias, e agora mais do que nunca. E não sabia se estava pronto para mudanças. A última mudança em sua vida o deixou destruído, e o medo que isso acontecesse uma segunda vez o dominava.
Mas não poderia deixar de ir, Lucas ficaria arrasado.
Pegou o paletó alugado e desceu as escadas e foi até o ponto de ônibus mais próximo. O sol ainda não havia se escondido no horizonte, mas ele teria que pegar pelo menos três ônibus para chegar ao local da festa. E com o calor que fazia, só desejava que não ficasse todo suado antes de chegar. Esperou quinze minutos, mas conseguiu pegar um ônibus quase vazio.
Quando finalmente chegou, a festa já havia começado há pelo menos uma hora. Imaginou que fosse um sinal de sorte sua camisa social ainda não estar manchada de suor e nem amassada quando entrou, mesmo que tivesse ficado um bom tempo preso no trânsito. O lugar estava cheio de adolescentes gritando e dançando, bem como havia sido a sua própria formatura. Tocava uma música animada que ele teve certeza de já ter ouvido muitas vezes nas últimas semanas.
Procurou por Lucas. Mas ele não parecia estar em lugar nenhum. Passou se meia hora e achou melhor se sentar. Após mais quarenta minutos começou a questionar se devia mesmo ter vindo. Lucas devia estar se divertindo com os amigos, nem mesmo perceberia se estivesse ali ou não. Entretanto, quando se levantou para ir embora, após comer muitos salgadinhos da festa, o viu.
Lucas vinha em sua direção. Sua camiseta estava suja com o que parecia sangue, muito amassada e com uma das mangas descosturada e caindo. Suas mãos estavam machucadas. E seu rosto tinha um corte na bochecha esquerda, e o olho direito parecia inchado. Matheus correu até ele gritando por cima da música exigindo saber o que havia acontecido. O garoto apenas o puxou até uma varanda do salão, onde era mais privado e a música alta não os atrapalharia.
“Lucas! O que diabos está acontecendo?” Matheus perguntou, demonstrando sua preocupação em cada palavra.
“Que bom que você veio cara.” Foi tudo o que Lucas disse antes de abraçá-lo.
“Lucas! Pelo amor de Deus!” Abraçou-o de volta, o mais forte que conseguiu. “O que aconteceu? O que fizeram com você?”
Ficaram assim, abraçados, por vários minutos antes que Lucas se soltasse e respondesse.
“Minha irmã mais nova e uma outra garota estavam se envolvendo com uns caras de quem não gosto. Eles estavam dando bebidas alcoólicas para elas para que pudessem se aproveitar delas depois.” Lucas olhou no fundo dos olhos de Matheus. “Me desculpe por te deixar sozinho tanto tempo.”
“Você foi tirar satisfação com esses caras sozinho não foi? Meu Deus, Lucas! Olha só o teu estado!” Colocou as mãos no rosto do mais novo. “Você tem noção do quanto isso foi perigoso?”
“Ninguém mais se importava.”
“Eu me importo!” Matheus suspirou frustrado. “Você não tem que se desculpar, eu tenho. Devia ter chegado mais cedo, devia ter te ajudado.”
Lucas o olhou surpreso com a sua atitude. Sabia que podia contar com Matheus para qualquer coisa, mas não esperava que entrasse numa briga por ele.
“Deixa disso, você não tinha como saber. Já acabou.”
"E como elas estão?”
“Bem, eu acho. Minha irmã foi embora com meus pais. Está furiosa comigo agora, mas vai entender um dia.” Riu, mas logo fez uma careta de dor pelo esforço. “A outra menina percebeu o que estava acontecendo. Acho que também foi pra casa.”
“Bom. Agora vamos para o pronto socorro.”
“Eu não estou tão mal assim, Matheus.”
“Quer um espelho?” Fez uma breve inspeção no amigo. “Não me diga que quer ficar na festa? Vamos, eu te levo até em casa.”
“Não quero ir pra casa, nem ficar aqui.” Lucas suspirou. “Não sei bem o que eu quero.”
“Vamos.” Matheus pegou Lucas pela mão e o puxou em direção a saída.
Uma vez na rua, Matheus chamou por um táxi. Gastaria boa parte de seu dinheiro do mês, mas não arriscaria pôr o amigo naquele estado dentro de um ônibus, ainda mais sabendo que poderiam ficar presos no trânsito de novo. O levou até seu apartamento, até então desconhecido por Lucas. Jamais visitaram um a casa do outro, quase que como um acordo mútuo e silencioso que aquilo era fora dos limites. Porém, naquele momento havia coisas mais importantes que limites imaginários.
Ao chegarem, levou-o direto ao banheiro onde o fez sentar sobre o vaso enquanto limpava o rosto e as mãos do amigo com um pano úmido. Lucas apenas o observava.
"Sabe, eu queria tirar uma foto disso.” Lucas disse após um tempo.
“Uma foto do que?”
“De você.” Eles se encararam por alguns segundos antes que o mais novo desviasse o olhar. “Quando eu te conheci achei que você era só um cara solitário e meio esquisito. Mas agora...”
“Agora o que, Lucas?” Matheus perguntou sem tirar os olhos do amigo.
Lucas apenas se limitou a dar um sorriso de lado e continuar evitando olhar para Matheus de novo.
“Lucas, você está bem? Bateu a cabeça? Está me assustando.”
“Nunca estive melhor.”
Lucas voltou a encarar o mais velho ao responder e, então, se ergueu para beijar o amigo. Matheus não fugiu, não tentou afastá-lo, mesmo pego de surpresa correspondeu ao beijo. Mas quando se separaram olhou muito irritado para o outro.
“Agora não é hora de beijos, Lucas, eu ainda não terminei de limpar os seus machucados!”
Lucas riu, jogando a cabeça para trás.
“É por esse tipo de coisa que eu sempre gostei de você.”
“Cala a boca e tira a camisa.” Matheus revirou os olhos.
“Não é hora pra beijos, mas é hora pra isso, é?” Lucas perguntou maliciosamente.
“Bom saber quais são as suas prioridades depois de levar uma surra.” O mais velho devolveu no mesmo tom.
Lucas tirou a camisa revelando o torso com alguns hematomas. Deixou que Matheus o examinasse enquanto reclamava que o sangue em sua camisa era dos caras com quem brigou. Depois virou-se de costas e esperou até que o mais velho se desse por satisfeito com a sua inspeção.
“Pronto, acho que você vai sobreviver.” Falou Matheus ao terminar o exame.
“Tem certeza, doutor?” Lucas debochou.
“Tenho.” O mais velho saiu do banheiro e se sentou na cama.
Foi seguido por Lucas, que ainda sem camisa parou em sua frente.
“Acho que agora nós temos que conversar, não é?” Lucas disse.
“Acho que você já deixou bem claro a sua opinião.”
“E qual é a sua opinião, Matheus?”
Matheus o olhou no fundo de seus olhos. Seu cérebro não parecia conseguir processar tudo que estava acontecendo como realidade. Tinha quase certeza que era apenas um daqueles sonhos que ele costumava ter desde que conhecera Lucas. Mas isso não o impedia de aproveitar a situação.
“A mesma que a sua.” Sorriu em resposta.
Viu o sorriso no rosto de Lucas enquanto o mesmo se aproximava para beijá-lo. Desta vez sua única preocupação foi em evitar os machucados e hematomas do amigo. Não que Lucas se importasse com qualquer coisa, enquanto tirava a camisa dele também. Beijaram-se por um longo tempo em cima daquela cama barata do pequeno apartamento em que Matheus morava.
Logo cintos foram tirados, e calças desabotoadas deslizaram pelas pernas de ambos. Sapatos voaram pelo quarto, junto com dois pares de meias. Seminus, e já esquecidos de qualquer outra coisa além daquele momento, exploravam o corpo um do outro. Beijos desciam pelo pescoço de um deles, passando pela clavícula até chegar ao abdômen. Mãos ávidas desceram a roupa íntima revelando uma ereção.
Mãos inexperientes começaram a masturba-lo, mas seus gemidos foram abafados por um novo beijo.
“Espere.” Lucas disse se afastando.
“O que você vai fazer?”
Lucas levantou e foi até uma escrivaninha que ficava no canto do quarto. Pegou a câmera de cima da mesma e voltou sorrindo maliciosamente para a cama.
“Eu sei que você quer registrar esse momento tanto quanto eu.” Disse antes de voltar a beijar Matheus.
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catarinacarneir0 · 2 years
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Reflexão
Nada é inteiramente linear e toda a obra artística é resultante de um processo criativo.
(resumo)
O meu percurso na fotografia iniciou-se no foto documentarismo, num âmbito de retrato e paisagem, que conjugava o meu seio familiar com o mundo rural. Captar o "real" adquiriu um forte significado, na medida em que colecionava imagens do meu dia-a-dia e as armazenava num vasto álbum pessoal. Fazia sentido, porque era sentido.
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Avó Emília, 2018.
Com o falecimento da minha avó, em 2020, documentar as minhas raízes perdeu uma parte da sua essência. Recordo-me que o meu primeiro pensamento após a sua partida foi: "Nunca mais a vou poder fotografar." e esse sentimento gerou em mim um grande conflito. Não foi só a sua morte, como também tinha sido o fim de um ciclo - de a retratar incansavelmente, com amor.
Fotografar e construir qualquer projeto implica necessariamente (na minha perspetiva) que o assunto seja do meu interesse ao ponto de o explorar e de poder vir a enriquecer através dele.
Em 2020 encontrava-me no inicio da licenciatura em Fotografia e começar uma proposta de trabalho era um problema. Sentia que o Documental era um capítulo do passado e o medo de falhar com os meus valores prevalecia.
O meu registo veio a divergir com o conhecimento da Pós-Fotografia, quer pelo uso do arquivo, quer pela construção fictícia de um mundo imaginário. O leque de possibilidades temáticas aumentou e não ter limites, necessariamente, fez-me libertar criativamente.
Neste sentido e dando abertura á cadeira de Planeamento e Gestão de Projeto, a minha intenção passa por tentar unir estas duas vertentes ~ Documental e Pós-Fotografia ~
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jornalgrandeabc · 2 years
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Macro Fotografia
As imagens de Asanuma já ganharam o mundo através de vários concursos nacionais e internacionais de fotografia #abcclickfotoclube #fotoclubismo #colunaabcclick #macrofotografia #hobbie #natureza #styllife #grandeabc #jornalgrandeabc
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filipemduarte · 2 years
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Pensamentos de um Defunto Invisível.
Eu morrerei em breve. Sozinho em uma casa que não é minha. Nunca tendo cumprido os sonhos cuja esperança eu depositava para o meu futuro. E ainda por cima, por algo que eu não consigo nem ver ou sentir. A última coisa que farei, de fato, é escrever esse relato. Se é que o terminarei antes daquilo me alcançar, onde quer que esteja neste momento.
Então, criatura vil. Se lês meu relato após a minha morte, e se rastejas pelo teto como uma aranha doméstica, se espreitas pelas sombras como um ladrão qualquer, quero apenas descrever como eu encontrei o meu fim precoce, irônico e cruel.
Muitos começam tais relatos, que provavelmente seriam cartas de despedida para familiares onde os covardes colocam palavras de arrependimento e desejos ilusórios, com o seu nome. Não vejo utilidade em colocar aqui o meu nome, como se esta história fosse minha. Talvez ela seja parte da minha história de fato, especialmente pelo fato de que a minha história acaba aqui. E talvez, este pedaço final da minha vida faça parte desta história como um todo, mas eu sei, que este pedaço é apenas uma parte de uma narrativa maior que começou antes de mim e terminará, se terminar, após o meu oblívio. Sei também, que não sou protagonista ou herói, não me vejo Aquiles, mas também não sou narrador trágico e pessimista como Brás Cubas. Sou aquele que aceitou o destino da coadjuvação, à mera sombra de uma história, aceitei a minha invisibilidade quanto aos fatos maiores que eu. Se talvez existir um protagonista neste conto, dedico toda a minha indicação para a criatura que abrirá minhas entranhas e arrancará minha traqueia. Pois ela que se deitará sob o meu corpo frio e dilacerado, se esbanjará sobre os meus órgãos estripados e comerá a minha carne póstuma. Mas caso seja demais dar o papel principal ao meu assassino cruel, dê-o à mosca na parede que observa meu trágico fim, à dê este papel de protagonista como um observador, como um Watson, exceto que talvez, não me veja como Sherlock. Aceito a invisibilidade de braços abertos e com isso, já ficou mais que claro que a morte não é nem tentadora ou temerosa, é apenas questão do tempo de ceder à sua vontade, pois no momento que eu avançar para aquela porta, eu serei um homem morto.
Ainda sim, devo contar parte da minha história afim deste pedaço de conto fazer sentido, afinal de contas, é à partir das palavras deste homem morto e autor defunto que você entenderá o horror em que me encontro. Para isto, não preciso contar da minha invisibilidade ao mundo, não preciso contar que sou um homem pequeno que carregava consigo grandes ambições, pois somente nestes momentos e soturna reflexão percebi o quanto estas ambições são tão invisíveis quanto o meu próprio ser. Andei por ruas da vida atrás das lentes de uma câmara fotográfica, onde todos viam as minhas fotos mas nunca os olhos que viam a paisagem. Eu nunca fui um homem, fui apenas um fotógrafo e os meus sonhos morrem comigo, dilacerados nesta poça de sangue que já enxergo sem precisar vê-la de perto. E apesar de saber que em breve estarei em dor excruciante, o meu peito já dói ao sangrar sonhos e necrosar esperanças, minha determinação está toda dedicada à estas palavras e à situação em que me encontro agora, pois foi por conta da minha máquina fotográfica que eu vim parar nesta velha casa onde me encontro atualmente.
Fui pago para um serviço: fotografar esta velha casa abandonada cujo velho dono tinha morrido dentro dela, velho e esquecido. Ninguém soube o nome dele, exceto talvez, aqueles cujos documentos empoeirados decoravam a mesa, pessoas como eu, estes nomes não importavam. O velho morreu no sono, segundo disseram, vivendo sozinho, não foi encontrado mesmo depois do corpo passar dias apodrecendo, e sem família para reivindicar, o funeral se deu sem visitantes. O homem morreu como eu vivi, invisível.
Fui até a casa nesta mesma noite em que escrevo, ainda chove lá fora através destas janelas de vidro e venezianas de seda tão fina que jamais poderei chamar de minha. Gosto de fazer meus serviços no cair da tarde, pois posso caminhar pelas ruas à noite apreciando o céu noturno. Onde poucas pessoas caminham nas ruas e ocupam tal espaço. Enquanto escrevo este relato, o sol nasce. Irônico, pois o sol nasce e eu morro.
Enquanto fotografava o quarto do falecido, eu fotografei as paisagens das paredes abandonadas, do velho assoalho de madeira preservado, dos móveis sujos de poeira e esperanças mortas, dos candelabros que penduravam velas e sonhos suicidados, e é claro, da velha cama onde jazia o fim da felicidade. O último descanso do velho, o túmulo de seda e solidão no qual ele se envolvia em seu último descanso e suspiro. Naquele momento, enquanto apertava o botão da minha máquina fotográfica eu refletia: qual teria sido os últimos pensamentos daquele velho solitário e invisível ao mundo? Eu não tinha refletido antes o motivo da minha pergunta, talvez fosse curiosidade de estar em um local agourado por uma morte tão trágica e pesarosa, talvez fosse por vontade de não querer morrer dessa forma ou talvez fosse por que eu já sabia que esta seria exatamente a forma que eu iria falecer, e queria saber se os pensamentos dele seriam os mesmos que os meus. O flash da foto disparou e iluminou a cama, se juntando à iluminação das luzes próprias do quarto, eu baixei minha câmara e voltei ao meu trabalho. Minutos depois, quando eu terminei de fotografar o quarto por completo e cada detalhe necessário, eu voltei para o velho hábito de verificar cada foto e a sua qualidade, excluir as excedentes e seguir em frente para o próximo cômodo. Foi quando eu vi, a criatura vil que agora me persegue.
Debruçada sob a cama, repousada em um túmulo de seda e solidão, lá estava ela em toda a sua glória putrefata e descarnada. Tinha um semblante humanoide pois tinha braços e pernas como eu, mas não tinha sequer um pelo no corpo, e pior, sua pele parecia completamente arrancada. Era como se saído diretamente de um pesadelo. A coisa parecia coberta de espaços onde cabiam olhos mas ela não tinha nenhum. Todo o seu braço e pernas eram repletos de buracos vazios como o próprio abismo infinito do inferno. Cada pedaço daquela criatura era coberta de morte e solidão, e é claro, de desespero. Ela parecia um dos demônios escapados de Hades, um ser imundo cuja aparência se fora para sempre. A própria visão daquilo me fez vomitar e o meu estômago revirar, o choque me paralisou por minutos e eu não acreditei no que estava vendo através das lentes de minha máquina que nunca me mentiu, porém, quando eu olhava para cima, tremendo de medo, eu não via nada deitado sob a cama.
Naquele momento, questionei minha sanidade, mas sempre que voltava o meu olhar para aquela foto macabra, eu via a coisa e criei um nojo e terror sempre que via o seu semblante. Tão horrendo e pulsante que parecia que tinha um aspecto diferente sempre que eu observava, como se aquelas cavidades oculares vazias estivessem se deslocando pela sua carne deformada. Uma pessoa de consciência ou aterrorizada provavelmente teria corrido imediatamente dali, mas quem sabe isso só ocasionasse minha morte precoce, porém, eu pensei. Eu passei horas nesta casa, minutos neste quarto e nada aconteceu comigo. Talvez, deformada como estava, a coisa estivesse morta. Então eu decidi tirar outra foto para analisá-la melhor e para garantir que eu não estava completamente louco, desta vez, por outros ângulos. E sem surpresas, não importava o ângulo que eu batia as fotos, a criatura continuava ali, deitada em seu sono sepulcral. Eu não sabia se ela respirava, afinal, era uma imagem estática desprovida de movimentos, exceto talvez, por aqueles que o meu cérebro horrorizado inventava. E nem sabia se estava completamente morta, ou se eu poderia despertar o seu sono com as minhas constantes e metidas investigações fotográficas.
Foi então que, lentamente, eu decidi sair do quarto e me coloquei do lado de fora daquele cômodo onde respirei leve pela primeira vez sem perceber que haviam passado horas. Eu não me atrevia à olhar para as fotos mais uma vez, pois elas me causavam uma aversão que eu seria incapaz de descrever aqui. E sentado, encostado com as costas na porta do quarto, eu suava frio e chorava de desespero, realizando, não importava o que eu pensasse, que aquilo era real e que eu estava vivendo um verdadeiro horror. Aquela criatura, invisível aos olhos humanos, provavelmente vibrava em condições que apenas a lente fotográfica conseguia captar. Eu até poderia fazer o teste para descobrir se era sólido, mas eu não tinha a coragem para tentar encostar naquilo jamais. Os vários ângulos mostravam que aquela coisa realmente estava lá e que não fora alguma falha macabra da câmera fotográfica. Todos os sons me assustavam durante aquelas reflexões. O som do vento batendo fraco contra a janela, dos gatos miando do lado de fora e dos cachorros latindo. Foi então que eu comecei à pensar no que poderia acontecer comigo se aquilo despertasse, afinal, tinha garras que pareciam dilacerar concreto e bocarras com dentes afiados que destruiriam meu crânio em segundos, era aterrorizante, uma verdadeira fera horripilante, um diabo bizarro e deformado. Eu morreria sozinho, por que afinal, não tinha ninguém. Sem uma família que sentiria minha falta, eu jantava sozinho todas as noites. Sem amigos que notariam minha ausência, tinha apenas colegas que não sabiam o meu nome. E ainda por cima, nem sequer a empresa que tinha me contratado esperava receber qualquer notícia de mim em dias, eu estava verdadeiramente isolado da existência. Pela primeira vez na minha vida, eu me senti verdadeiramente invisível e aquilo me causou um medo descomunal e irrefreável que apenas foi cessado pelo som do assoalho rangendo levemente.
Eu sobressaltei, poderia ser a minha paranoia novamente, mas o som tinha vindo de dentro do maldito quarto. Engoli em seco, precisava saber. Abri a porta e nada vi. Segurei minha câmera tremendo e suando, lágrimas escorriam pelo meu rosto quando o flash iluminou a sala, eu esperei o golpe mas nada veio. Por que quando eu olhei para a foto que tinha batido, não havia mais nada na cama. Eu poderia ter reagido com alívio, pois teoricamente, a criatura teria ido embora ou nunca existido. Ao menos, morreria tendo um momento de paz. Mas isso não aconteceu pois a minha paranoia só pensava em uma coisa: Onde ela está agora?
E é desta situação que escrevo o meu relato. Vejo, do outro lado desta última sala, a porta que me separa da liberdade. Vejo o sol nascer mas sem esperanças de ver o dia que ele acompanha, porém, eu preciso tentar. E com ele vãs promessas que farão eu me mover novamente. Pois até mesmo os meus pés dormentes precisam de motivação.
Não quero morrer invisível ou sozinho. Não quero ter pensamentos de arrependimento. Se eu escapar por aquela porta viverei pela primeira vez e farei valer a pena. A criatura invisível não me perseguirá pois eu fugirei o mais rápido que puder, desta minha velha vida em direção à uma nova.
Se eu fugir, terminarei este relato com um último parágrafo de como esta experiência me fez viver de verdade e buscar a verdadeira visibilidade no mundo e não morrerei em frio chão ou vento soturno.
Seriam estes os pensamentos de um defunto invisível prestes à morrer? Pois muito bem, à porta.
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Tu morrestes pela mesma arte que te fazia sentir vivo
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A arte é a incoerência
O dia amanheceu colorido e morninho hoje, Iara, daquele jeitinho perfeito que tu tanto amavas. E quando acordo cedo o suficiente, religiosamente repito o teu ritual matinal. Abro as cortinas, dou um sorriso para o céu e digo “Bom dia”. Arrastando os pés pelo chão, ainda dentro das meias que não formam par algum, vou até a cozinha e coloco a água para ferver. Lá fico, por uns cinco minutos, observando as bolhinhas formarem no fundo da panela, até que todas somem gradativamente quando apago a chama do fogão. Com o sachê de chá na xícara, preencho-a com a água e, esquentando cuidadosamente as mãos na superfície de porcelana, carrego ela comigo até a sacada.
É bom sentar ali, sentir a brisa leve e fresca, enquanto o céu muda de tom de azul lentamente. Os passarinhos vão acordando também e fazem-me lembrar de como tentavas conversar com eles assobiando. Lindo e melancólico como percebemos os costumes das pessoas quando elas já não estão mais aqui; e como eles, e elas também, fazem falta, deixando um espacinho no tempo, uma sensação de vazio.
Teu vasinho com pés de alecrim continua lá, na sacada do apartamento, recebendo sol e chuva e, por vezes, um oizinho meu também. É como se eu tentasse mantê-lo vivo para te manter aqui, fresco como o cheirinho da sálvia quando esfregamos as folhas entre os dedos. Até a Margô, por vezes, dorme lá do lado das plantinhas, enroladinha como uma rosquinha, daquele jeito que tu a adoravas fotografar. Ela dorme no teu travesseiro toda noite, como que guardando o lugar quentinho para tu descansares quando voltares. O ronronar dela acalma-me bastante e ajuda-me a dormir quando sinto-me sozinha.
Eu sei que insisti muitas vezes que não era necessário oferecer-me um teto, que eu conseguiria sobreviver pagando meu aluguel mesmo sendo difícil demais viver do salário de atendente numa loja de discos e vendendo minhas fitas cassete caseiras. Mas algo arrastou-me para o teu apartamento depois daquele dia ensolarado e longo velando alguém que eu jamais imaginei que enterraria. Foi como se minhas pernas me tivessem arrastado para o teu apartamento desde o cemitério e, quando eu vi, estava procurando pelas chaves nos bolsos da minha jaqueta enquanto Margô miava um bolero daqueles bem tristes do outro lado da porta. Acho que ela já sabia. E acredito que tu também, pois o potinho de comida e o de água estavam cheios, como se, antes de sair, já tivesses previsto que demorarias a voltar. E jamais voltaste.
O mundo parece não ter dado pela tua falta, Iara. Apenas eu e Margô, imagino eu. Mesmo que tenhas morrido em rede nacional, talvez em telas de televisão fora do país, ninguém aparenta ter percebido que não estás mais aqui. Que não tomas mais chá pela manhã, não acaricias tua gata ou vais ao mercado no retorno do trabalho. Não houve saudades se não as minhas, as do teu aquecedor de travesseiros e as dos pezinhos de alecrim que já não conversam mais contigo aos domingos.
E foi hoje, ouvindo as músicas que tu gravaste para mim num CD, para o qual fizeste o encarte à mão, com uma carta de aniversário dentro e um lembrete de que músicas são nossos sentimentos, inquietações e contradições colocados em ordem, em notas, em frequências, ondas e matemática. Foi hoje, colocando a marcha na primeira e acelerando para sair com o carro quando o sinal ficou verde, que eu compreendi o que quiseste dizer quando alegaste que a arte exterioriza a contradição dos homens.
Tu morreste pela mesma arte que te fazia sentir viva.
Quando formulei essa frase em minha mente, freei o carro sem sequer perceber. Foi como um segundo Big Bang, mas dentro de minha própria cabeça, com meus neurônios estarrecidos pelo que eu acabara de compreender. Foi como se todos os anos, os curtos e longos momentos, cada frase excessivamente poética e metafórica, cada música escolhida cuidadosamente para gravar num CD e me entregar como presente; tudo isso de repente fez sentido.
Como aquela vez em que, em meio a um polêmico diálogo sobre sexualidade numa rádio suburbana daquelas que tu encontravas sabe-se lá de que forma, eu desabafei que não tinha a menor ideia de qual era a minha. Eu não era uma garota muito aberta ou desinibida a ponto de ter experienciado tantas coisas assim, mesmo que eu fosse a mais velha de nós duas. Eu nunca teria imaginado a tua reação, mas hoje eu a entendo. Entendo porque, ao ouvir-me dizer que eu não sabia ao que eu era atraída, tu viraste o rosto em minha direção e, ao contrário da risada que eu esperava — o julgamento de que não sabendo o que eu era, eu pudesse não ser heterossexual —, teus olhos apenas fixaram-se nos meus e quando dei por mim tu já me tinhas agarrado pelo pescoço e me beijado. Caso estejas realmente me ouvindo em algum lugar, não, eu ainda não sei o que diabos sou.
A aura antagônica da tua existência esclareceu-se em minha memória, recordando-me daquela vez em que, num dia extremamente quente, véspera de Natal, eu te estava observando enquanto seguia livremente a música, naquela sala que tu sempre chamavas de “laboratório de corpo”, pois lá era o ambiente perfeito para experiências novas com cada célula que te compunha. A paisagem abafada lá fora, com árvores cobertas pelos últimos raios de sol, acompanhavam o calor dentro daquela sala; as janelas embaçadas, a tua respiração acelerada, cada vez mais profunda, levando braços, pernas, tronco e quadris em direções diversas, completamente livre e recriando para ti mesmo a definição de dançar. Um calor humano que eu podia sentir mesmo a metros de distância, sem toque, sem tato e sem suor.
Na saída, fomos surpreendidas por uma tempestade de verão, de gotinhas geladas, arrepiando dos pés à cabeça, mas mesmo assim, algo em ti parecia exalar um fervor que, hoje, eu nomearia de paixão. Não uma paixão entre homens ou mulheres, mas uma genuína paixão por, simplesmente, ser e estar.
Paixão esta que também traz a mim outra evidente contrariedade da tua pessoa. Este desejo por ser quem eras, mas ao mesmo tempo, uma revolta e desordem interna, de amor e ódio por ti mesma; de querer estar dentro e fora do teu próprio corpo, ora amando-te, ora querendo rasgar-te por dentro. Fugir daquilo que nunca poderias deixar, simultaneamente desejando abraçar-te e fundir-te ao que já eras.
Ontem estava eu chegando em casa, passando em frente àquela cafeteria que tu dizias parecer uma verdadeira casinha da vovó, com a aura aconchegante, hospitaleira e quentinha, quando senti um aroma quase cruel de canela carregar-me pelo nariz. Foi o mesmíssimo perfume que tomou conta do teu apartamento no meu aniversário, quando, sabendo da minha loucura apaixonada por cravo e canela, fizeste o famosíssimo bolo sueco kanelbulle¹. Não negues que foi um jogo muito baixo arrastar-me pelo estômago para passar o resto do dia contigo e com Margô, comendo rolinhos de canela e tomando o teu adorado chá de camomila.
Tua mente, por vezes adulta e madura demais, outras vezes aparentemente recém-nascida, também me traz agora outra evidência da tua dualidade, da tua inconstância. A mesma adulta Iara Maria que organizou tudo aquilo, desde a receita, os ingredientes, os bolinhos, o chá fresco, a mesa e a decoração de aniversário com um toque pessoal — artístico e casual —, enquanto lavava a louça insistia em soprar espuma em mim toda vez que eu aproximava-me da pia.
Ah, antes que eu pareça muito analítica e tediosa, gostaria de vangloriar-me e contar-te que aprendi a acertar o ponto das panquecas de banana que tu ensinaste-me a fazer. Elas ficam absurdamente deliciosas com mel e um espumoso cappuccino gelado, daqueles que tu sempre fazias nos finais de tarde, aos sábados.
Foi na mesma semana desse meu aniversário que, pela primeira vez, presenciei o lado cruel do mundo contra a pessoa com o coração mais astronômico que conheci. Eis aí outra incongruência da tua natureza dual. Vínhamos caminhando pela Avenida Ipiranga quando um grupo de jovens nos empurrou, assim de repente, caçoando das roupas masculinas e corte de cabelo que eu usava. Eu, particularmente, esperava que tu desses de ombros, ignorando a imbecilidade daquelas pessoas, mas fui surpreendida por uma Iara que eu ainda não conhecia. Foi tão rápido que tudo que eu, efetivamente, vi foi o teu punho quebrar o nariz, logo escorrendo sangue, do garoto que me empurrou. Fiquei tão perdida que nem me lembro do que exatamente tu disseste ao grupo, puxando-me pelo braço na sequência e seguindo caminho, de expressão séria, observando a própria mão lesionada, para a qual eu também olhei. Quando retornei o olhar ao teu rosto, avistei um sorriso, que logo virou-se para mim, elevando a mão e mostrando-me o resultado doloroso da pele roxa e machucada sobre os metacarpos. Era como um troféu..
A tua fascinação pelas paisagens mais contrárias e incompatíveis parece óbvia agora. Nossas pequenas e paupérrimas viagens para lugares que nada tinham em comum. Hora montanhas, no inverno, cobertas por uma geada paupérrima e rodeadas por um horizonte verdinho e macio; mas que para os teus olhos era tão lindo quanto nossa passagem pela BR-242, num calor sob o qual minhas próprias células devem ter derretido, um infinito de vegetação mediana, com as elevações da Chapada Diamantina ao redor, sem qualquer sinal de companhia além de nós mesmos. Fomos também a muitos museus quase desconhecidos, daqueles que um em cada um bilhão de turistas visita; famosas casas assombradas; jardins botânicos, zoológicos, parques de diversões. Teus programas e passeios pareciam incoerentes, e de fato o eram, mas esta era a coerência deles.
Não posso esquecer-me da tua paixão por fotografias, gastando filmes e mais filmes em todas as viagens. Porém, fugias o máximo possível de estar na frente da câmera, alegando que não achavas-te fotogênica.
A forma como eras apaixonada por cinema, teatro e apresentações diversas sobre o palco — que não era apenas uma paixão, era a tua casa, o teu lar —, mas ao mesmo tempo inquieta, hiperativa demais para manter-se parada ou sentada por tanto tempo. Apesar de pregar insistentemente que aquele que sobe ao palco também deve aprender a sentar na plateia de outros artistas, apreciá-los, o teu bumbum parecia ter um formigueiro. O dançarino no palco saltava e tu erguias o corpo, como se quem estivesse saltando fosses tu. Idem para qualquer outro movimento, que era de algum modo mimetizado de forma diminuta, discreta, no teu pequeno espaço de espectador. E foi esta inquietude na alma que te matou.
Eu conheci-te como uma das mais ativas manifestantes entre os alunos da escola de artes. Uma rebelde que, na verdade, era mais pacífica e amável que qualquer outra pessoa no mundo. Tu apenas querias o pleno direito da liberdade, da contradição e da incoerência das quais qualquer artista necessita. No mundo de Iara Maria isso significava, simplesmente, viver.
Teus protestos eram dos mais profundos, tão além do tempo que, por vezes, eu mesmo não compreendia. Houve aquele em que tu dormiste num colchão em plena praia, semi-nua, quando um evento de exposição de diferentes modalidades da dança que aconteceria ali mesmo, sobre a areia, foi cancelado pelas autoridades, alegando possível uso de drogas ilícitas, conteúdo impróprio — que nunca foi explicado por ninguém o que seria impróprio em dançar —, entre outras justificativas absurdas, mas que ninguém além de um grupo de seis dançarinos, incluindo-te, questionou ou protestou contra. Lembro-me que dormi no hotel em frente, praticamente de pé, com a toalha e a coberta em mãos, esperando que tu voltasses depois de dormir a noite toda com a maré nos pés.
Mas nem tudo foram revoltas. Lembras-te de quando eu disse que o teu presente de aniversário estava na minha mochila? Num dos muitos momentos de distração que eu tinha, tu tiraste-a do meu ombro e saíste correndo em plena estação de metrô, me fazendo correr de dentro do vagão, quase sendo prensado pela porta quando o aviso sonoro começou a soar. Corremos como crianças entre vagões e plataformas, cortando pessoas, desviando de grupos inteiros de amigos e até saltando os degraus das escadas rolantes. Por fim, o presente só foi aberto na tua casa, com a Margô apoderando-se da caixa vazia enquanto eu acendia as velas — já usadas em aniversários anteriores porque eu sou uma péssima organizadora de festas e esqueci-me de comprá-las.
Eu recordo-me de quando um grupo de valentões achou que éramos um casal. Era de noite e estávamos indo para casa, eu te busquei no teatro depois dos ensaios e tu estavas tão cansada que, por vezes, caías com a cabeça no meu ombro, mas logo acordavas com o chacoalho do trem, então voltando a piscar os olhos, fechando-os devagarzinho. Duas estações antes da nossa, o tal grupo apareceu, estavam parados na plataforma e, ao nos verem numa das tuas sonecas de cinco segundos, bateram com um taco no vidro da janela bem ao teu lado, fazendo-te saltar de susto. Minha reação foi segurar-te com os braços, abraçando, como se eu pudesse proteger-te do mundo. Felizmente, o vidro não estilhaçou, mas a marca da batida, os trincados na janela bem do teu lado, fizeram-te ficar atônita o resto da viagem até sairmos do vagão. Sem saber o que fazer ou falar, vendo que muita coisa te borbulhava nos pensamentos, minha única reação foi aproximar a minha mão da tua, que estava pendendo do banco, bem no espaço entre nossas pernas. Estiquei um de meus dedos e, quando encostei, percebi que ainda tinhas as mãos frias, como se elas continuassem assustadas e temerosas. Ao sentires que eu a tocava, lentamente tu levaste teus dedos sobre os meus e apertaste-me a mão com uma força que eu nunca te vi usar.
Naquela noite, chegando na tua casa, eu perguntei se tu querias tomar um banho, mas recebi um aceno em negação e, então, tu disseste-me para tomar primeiro. Eu já estava imersa na água quente quando vi-te entrar no banheiro. Sentaste-te ao lado da banheira, oposta a mim, colocaste uma das mãos na água e, soltando um peso do teu peito, nitidamente, esvaziaste tudo o que carregavam os teus pulmões. Teus olhos se fixaram nos meus e assim ficaste por alguns minutos. Silêncio. Agradeço por, mesmo nos momentos mais pesados e desesperançosos, tu ainda teres alguma faísca de palhaça e teres começado uma guerra de água, batendo com a palma na superfície e fazendo espirrar no meu rosto, ao que eu revidei jogando água com os meus pés na sua cara.
Diga-me, Iara, o que aconteceu na outra tarde? Eu lembro-me de ter passado pelo teatro na hora do almoço e disseram-me que tu sequer foste para lá naquele dia. Não tinha nenhuma notícia do teu paradeiro desde a noite anterior, quando eu despedi-me e fui para a minha casa. Por vezes, arrependo-me de ter ido, pois algo dentro de mim insistia que eu deveria ficar lá. Algo na despedida parecia já saber que era a última vez.
Saindo do teatro sem saber onde eu poderia procurar, ouvi em algum bar um rádio falando sobre uma manifestação ferrenha que estava acontecendo naquele momento em frente ao Museu de Arte Moderna. Talvez intuição, talvez desespero, mas tudo que consegui fazer foi correr.
Chegando o mais perto que pude devido aos bloqueios policiais, percebi que não era uma manifestação qualquer. Havia muita fumaça se espalhando e os gritos já não eram de protesto, eram de pânico. E eu também estava em pânico quando escutei as vozes se multiplicarem, repetindo que alguém tinha sido morto pela polícia em frente ao Museu. Eu não sabia quem era, não sabia sequer se tu estavas ali, mas senti a pressão despencar, o corpo amolecer e a respiração descompassar mais ainda. De repente, eu era aquela força da tua mão no trem, eu era algo muito mais intenso e inconsequente do que eu acreditava que podia ser. Eu pulei bloqueios como uma criança pula corda no parque; furei a multidão, atravessei por entre tantas pessoas que eu já nem sabia mais em que direção eu estava, para que lado o epicentro de tudo aquilo ficava, mas eu não sabia parar.
Quando a multidão acabou, quando eu voltei a respirar, a ver mais do que apenas corpos aglomerados, a fumaça perturbava os meus olhos, minha garganta ardia e meu nariz sangrava simplesmente por inalar os gases das bombas. Havia uma estátua, uma imagem daquelas gregas, quebrada no pé da escadaria do museu, bem na minha frente. A estátua nunca esteve viva, mas naquele momento estava definitivamente morta.
Havia um corpo, uma imagem daquelas que eu tinha todo dia, fosse no trem, no teatro, num parque, viagem ou no teu apartamento, quebrado e escorrendo pela escadaria, bem na minha frente. O corpo sempre esteve vivo, mas, naquele momento, naquele momento ele perpetuava. O corpo não estava munido de armas, de facas, bombas, pedras ou paus. O corpo trajava apenas roupas como qualquer outro e tinha, nas mãos, um punhado de flores. Flores estas que estavam mais vivas que o próprio corpo.
Eu não consegui parar de chorar desde aquele semáforo, Iara. Eu entendo agora o que significou cada um dos teus atos, cada uma das tuas palavras e cada uma daquelas flores. Mesmo que ninguém se recorde da jovem morta pela polícia durante um protesto contra o fechamento do museu, eu vou recordar-me dela. Vou recordar-me dela sorrindo, dela dançando, dela me explicando quem era Monet e quem era Manet, dela conversando com os pés de alecrim, dela me contando que o nome da gata era uma homenagem a Margot Fonteyn e dela assobiando tentando conversar com os passarinhos de manhã. Vou lembrar-me de como ela me fez questionar minha sexualidade milhões de vezes, mas nunca me fez sentir mal ou errada com isso. Vou lembrar-me da força que ela tinha e que eu senti naquela noite num aperto de mão.
Eu plantei alguns pezinhos de alecrim aqui e também escrevi — ou será que eu pichei uma lápide, logo eu, Lia, essa garotinha rebelde — a famosa frase do Jimi Hendrix que uma vez tu me disseste: “Quando o poder do amor for maior que o amor pelo poder, o mundo conhecerá a paz”. A tua arte era essa, Iara, amar demais — fosse a arte, a vida, as pessoas, as plantas, os bichos ou apenas assistir o sol nascer.
Ah, e a Margô te mandou um miau e uma lambida na cara.
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