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POV Louis — Chegada em Nova York
Nova York cheirava a promessas, gasolina e pretensão o que, ironicamente, só a deixava mais sedutora.
Louis desceu do táxi com a mala em uma mão e o mundo nas costas. A rua parecia respirar rápido demais, o ar cortava em camadas densas de vozes, buzinas e aquele caos perfeitamente coordenado. E por um momento, ele sorriu. Um sorriso pequeno, quase imperceptível. Mas era genuíno.
Ele estava livre.
Não do passado, não da história que corria em suas veias como uma herança teimosa. Mas livre de olhares calculados, de portas que se abriam com reverência automática, de ser sempre “ele”. Ali, ninguém o conhecia. Ali, ele era só mais um jovem tentando encontrar um canto no quebra-cabeça desordenado daquela cidade.
O apartamento era pequeno, barulhento e com encanamento duvidoso o oposto de todos os palácios e casas de campo em que cresceu. Mas tinha luz natural entrando pela janela da cozinha e um sofá que, por algum milagre, era confortável. Era o suficiente.
Só havia uma coisa que não conseguia deixar pra trás, por mais que quisesse: seus irmãos. O telefone não saía do bolso. Mandava mensagens para a irmã mais nova quase todos os dias. Às vezes só pra saber se ela tinha comido direito. Outras, só pra garantir que ainda sabia que ele estava ali. Mesmo longe. Mesmo sem poder voltar.
E era irônico, claro, que com milhões na conta e sobrenomes que abriam portas em qualquer lugar do mundo, ele estivesse ali andando de café em café com um currículo simplificado, procurando emprego como se precisasse pagar o aluguel com o suor da própria testa. A verdade? Talvez ele precisasse mesmo. Não do dinheiro, mas do peso. Do anonimato. Da vida vivida como ela é, e não como foi escrita pra ser.
Foi numa daquelas cafeterias 24h, com cheiro de café requentado e jazz suave no fundo, que ele achou o lugar.
“Turno da madrugada? Sério?” Perguntou o gerente, olhando as credenciais de Louis como quem tentava montar um quebra-cabeça com peças de outro jogo.
“Sério. Gosto da madrugada. Gente mais estranha, menos barulho.” Respondeu ele, com um sorriso quase cínico.
Foi contratado como garçom e barista noturno no mesmo dia. Saía de lá com cheiro de café e histórias dos insones de Nova York grudadas na pele. Gostava disso. Das conversas curtas, dos pedidos absurdos, de observar.
Na primeira noite de trabalho, enquanto limpava o balcão e ouvia uma playlist qualquer tocando Nina Simone, Louis pensou: "Se é isso que significa começar do zero, então talvez eu esteja exatamente onde deveria estar." Mesmo que ainda sentisse falta da risada da irmã mais nova ecoando pelos corredores do castelo.
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corneliahqs é um RPG appless, plotless e voltado para narrativas do cotidiano, ambientado em um versão ficctional da cornelia street — inspirada nas músicas de taylor swift. 🌃 nosso foco está no desenvolvimento de um ambiente inclusivo, colaborativo e cheio de histórias para contar. aqui, cada personagem é parte da melodia.
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