Tumgik
#fragmento breves
poemsandpoetrymx · 9 months
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Julio Trujillo, “Caminé”
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estefanyailen · 5 months
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En la quietud de la noche, bajo un cielo estrellado, una pequeña llama danzaba en la oscuridad. No era una llama cualquiera, sino un susurro ígneo, una criatura mágica nacida del fuego y la brisa. Su cuerpo era tan tenue como la seda, y sus ojos brillaban con la intensidad de las brasas.
Mientras la brisa nocturna la mecía suavemente, el susurro ígneo susurró una canción. Era una melodía sin palabras, llena de emociones y recuerdos. Cantaba sobre el calor del sol, el frescor de la luna, y la danza eterna del fuego.
Las estrellas se reflejaban en sus ojos mientras cantaba, y su voz se mezclaba con el susurro del viento. Era una canción de paz y armonía, una oda a la belleza de la noche.
De repente, el susurro ígneo se elevó hacia el cielo, dejando un rastro de luz a su paso. Se unió a las estrellas, convirtiéndose en una pequeña constelación fugaz. Su canción se desvaneció en la distancia, pero su magia permaneció en el aire, impregnando la noche con un aura de misterio y encanto.
Aquellos que escucharon su susurro ígneo nunca lo olvidaron. Era un recordatorio de la belleza que se esconde en la oscuridad, y de la magia que existe en el mundo natural.
— ✧˚ · .🇸 🇺 🇸 🇺 🇷 🇷 🇴 🇮 🇬 🇳 🇪 🇴. · ˚✧
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baul-de-frases · 2 years
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Al encontrarse en la imaginación, esta pareja podía estar con vida aunque los dos estuvieran muertos.
Nabuplata
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estigmaeuterpe · 2 years
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#Fragmento #Breve #reflexión de un acto #amatorio #primordial Pág.21 #ElParedónDeLasFlores #poesia #poema #Madrid #juanperezchanduvi #pérezchanduví #perezchanduvi #poesía #lasrozasdemadrid #lasrozas #elparedondelasflores #spain #españa #juanpérezchanduví #juanperezchanduvi #perezchanduvi #elestigmadeeuterpe #estigmaeuterpe #paredon #paredón #Flores (en Las Rozas De Madrid, Madrid, Spain) https://www.instagram.com/p/Cmtjul-IZti/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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froghazz · 1 year
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Stockholm Syndrome
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Inspirada nos livros: Assombrando Adeline, Perseguindo Adeline e Satan’s Affair.
Dark romance.
Avisos: Síndrome de Estocolmo, CNC leve, manipulação, assass!nato, descrição de agressã0, esquartejament0 e tortur4, breve menção à estupr0 (sequer tem história, apenas a afirmação). Harry não sofre, podem ficar tranquilas. Personagens de caráter completamente duvidoso. Jogo de perseguição. Breeding kink, lactation kink.
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Eu estou apaixonada e isso provavelmente vai me matar.
Seus olhos são azuis como o mar gelado, as mãos quentes como fogo, os cabelos grisalhos e a barba castanha ou castanho avermelhada, não consigo ter certeza por causa da péssima iluminação sempre quando tenho a oportunidade de vê-lo mais de perto. Ele é lindo, totalmente diferente de todos homens que eu já vi, mas não foi por isso que eu me apaixonei. Eu me apaixonei por cada uma de suas atitudes.
Eu o vejo fazendo mil ligações por dia e juntando os fragmentos, consegui entender que ele é o que eu descreveria como um anti herói. Óbvio que não sei exatamente o que ele faz e seus motivos, mas sei que ele elimina estupradores e pedófilos espalhados pelo continente. Descobri que ele o fazia, quando presenciei pela primeira vez ele torturando e matando um deles. Na minha frente. Ele o torturou quebrando cada um de seus membros em várias partes, cortando as pontas de seus dedos fora e arrancando seus dentes enquanto ele gritava. Quando o homem finalmente admitiu seus crimes, sofreu mais do que eu conseguiria imaginar que alguém fosse capaz.
Quando ele cortou seu corpo em partes enquanto reclamava que essa era a sua parte menos favorita, eu caí na realidade.
Ele nunca me deixaria ir embora daqui. E esse é o problema. Eu não quero ir embora.
Ele é gentil, conversa comigo sempre que pode, me trás qualquer refeição que eu esteja com vontade, eu tomo banho todos os dias antes de dormir, sempre sozinha, apesar da ausência da porta nele, no começo. Nós temos uma televisão no quarto e por mais que eu não tivesse acesso a internet nela, ele sempre colocava meus filmes e séries favoritas nela de alguma forma. Minhas roupas são sempre limpas, meus lençóis cheirando a amaciante. Ele é carinhoso, preocupado e educado, eu diria até mesmo que me sinto amada, cuidada e mimada. E isso tudo me faz esquecer do que eu estou fazendo aqui.
Ele me sequestrou. Esse mesmo homem que eu descrevi, o que eu sonharia em ter como marido.
Demorou até que ele me dissesse o porquê eu estava aqui e quando ele me respondeu, foi ainda mais difícil digerir.
“Porque eu quero e você deveria ser minha.” Foi a única coisa que ele disse antes de beijar o topo da minha cabeça e ir buscar nosso jantar.
Eu perdi semanas apavorada com medo do meu marido ser um de seus estupradores, ou quem sabe até meu pai ou algum de meus irmãos, mas aparentemente não era esse o caso, não era algo movido por vingança. Ele apenas me quis pra ele e usou seu poder para me ter.
Depois disso, foi como se uma luz se acendesse na minha mente turva. Eu não sei descrever como ou quando eu parei de pensar em fugir dele, mas me assustei quando percebi que eu nem mesmo ficava mais algemada. Era como se ele soubesse que eu cederia e seria dele, como se eu não tivesse escolha. No fundo, hoje, percebo que eu realmente nunca tive.
Apesar de pensar sempre na saudade que sinto do mundo lá fora, de como sinto falta dos meus amigos e do meu trabalho, ainda é como se toda minha vida antes dele ficasse sem graça cada vez que eu acho que ele vai finalmente me tocar e não o faz. E eu preciso que ele me toque. Preciso sentir o cheiro tão bom que ele tem pressionado em minha narina. Preciso do corpo dele em cima do meu.
E eu me sinto uma aberração por isso. Eu não deveria me apaixonar pelo meu sequestrador, muito menos desejar ter ele no meio das minhas pernas depois de ter matado alguém e estar coberto de sangue fresco.
Eu não deveria sentir curiosidade em saber o que ele sente quando mata. Muito menos querer ele dentro de mim enquanto eu ouço os gritos daqueles que merecem a dor.
Sinto que a forma mais plausível justificar minhas próprias tentações, é porque eu já fui vítima daqueles que ele mata e quando eu o vejo esfaqueando um deles, minha boceta pulsa como o inferno.
Exatamente como agora.
Eu não sou obrigada a ficar aqui o olhando matar, mas eu não poderia somente ficar no andar de cima sabendo que eu perderia a oportunidade de vê-lo manipulando, humilhando, torturando e finalmente matando. Seria um desperdício do meu tempo.
Estou sentada em cima da maca ao lado da que um homem velho está amarrado enquanto tem seus mamilos arrancados fora. Eu pressiono minhas coxas uma na outra, o meu clitóris pulsando e minha lubrificação molhando meu shorts de pijama. Balanço minhas pernas pra frente e pra trás, tentando me livrar um pouco do nervosismo que sinto quando estou nessa situação. Meu sequestrador finalmente rasga a jugular do homem com um serrote e quando o sangue esguicha e ele se cobre de sangue, eu cruzo minhas pernas e mordo meu lábio inferior, tentando conter um gemido que rasgava meu corpo ao meio.
- Você nunca me disse seu nome. – Eu falo, percebendo meu tom de voz baixo. Meus olhos estão grudados em seu rosto e quando seus olhos encontram os meus, meu estômago cai em queda livre.
- Louis. – Ele diz, sorrindo ladino. – Achei que nunca perguntaria. – ele alcança um pano de chão da mesa de utensílios de tortura, começando a secar as mãos.
- Estou cansada de chamar você de sequestrador toda vez que preciso. – Eu sorrio, apoiando as mãos pra trás na maca, inclinando meu corpo.
- Você sabe que pode ir embora se quiser. – Louis diz arrancando a camiseta encharcada de sangue e no chão.
- Se eu for embora você vai ir atrás de mim. Do que adiantaria? – Eu dou de ombros, tentando não deixa-lo perceber a forma que meus olhos se prenderam em seu abdômen.
- Seria divertido te caçar e te trazer de volta pra cá. – dessa vez ele quem deu de ombros.
- Você é um idiota. – revirei os olhos, me recusando a sorrir ao confirmar que ele iria atrás de mim me traria de volta.
- Pelo menos a gente trocou algumas palavras antes de você me ofender de alguma forma. – Ele riu, fazendo minha pele arrepiar.
- Da próxima vez eu espero um pouco mais. – Eu ri, nervosa com o jeito que seus olhos brilhavam em minha direção. – Você ainda vai fazer seu ritual? – eu acenei para o homem morto.
- Se com ritual você quer dizer cortar ele e ensacar, sim. – Ele sorriu. – Em que momento você perdeu o medo de mim? – Perguntou repentinamente.
- Quando eu descobri que eles são estupradores. Eles merecem isso. – Eu dei de ombros. – Bom, eu já volto. – desci da maca, pisando sangue fresco sem querer. – Puts.
- Nem pense em pisar no meu carpete assim. – ele chamou minha atenção e eu imitei suas palavras com voz de criança, seguindo meu caminho pras escadas e sentindo minha coluna arrepiar com sua risada.
Eu subi, limpando meus pés no pano de chão que deixo no alto da escada antes de seguir até a cozinha, colocando água ferver para fazer chá.
Eu o quero. Eu o quero tão desesperadamente que tenho medo de ser patética ao pedir. Eu tenho total consciência de que ele me sequestrou e que não havia nada mais injusto do que me tirar da vida que eu tanto batalhei pra ter, mas serei hipócrita se eu disser que eu me sentia viva do jeito que Louis me faz sentir. Quando meu coração está tão cheio e minha boceta tão quente.
Eu coloco os sachês de chá em duas canecas e as encho de água fervente, as pegando e voltando lá pra baixo com cuidado. Louis já havia cortado as pernas e eu sorri, como uma esposa vendo o marido terminar um projeto.
Eu caminho até ele, apoiando a caneca em cima da bancada limpa atrás dele, dando a volta por suas costas e me sentando novamente na mesma maca de antes.
- Ei. – Eu chamei, seu semblante concentrado me fazendo perceber que eu tirei sua concentração. – Eu trouxe chá pra você. – Apontei a caneca, o vendo a olhar e seu semblante suavizar.
- Obrigado, princesa. – Ele bebeu um gole e meu coração bateu errado, eu tenho certeza que bateu. Eu umedeci meus lábios.
- De nada. – Respondi assoprando meu chá, sentindo minhas palmas formigarem em necessidade de arrastar meus dedos pela franja que caia em sua testa enquanto ele usava o serrote para arrancar o primeiro braço, seus músculos rígidos tensionando com o esforço. – Você ainda vai trabalhar hoje? – perguntei bebendo meu chá apoiando a caneca ao meu lado.
- Depende. – Ele bufou, pegando a marreta e batendo com força na junção do ombro, conseguindo finalmente separar o braço dele. – Porquê?
- Não sei, achei que podíamos assistir alguma coisa. Ou cozinhar, qualquer coisa. – Sugeri nervosa.
- Claro, mas só posso subir quando terminar aqui. – ele deu a volta na maca, ficando de costas pra mim, seu corpo a centímetros do meu.
- Eu posso te ajudar, se você quiser. – Eu sussurrei, como se minha voz mais alta fosse capaz de explodir o seus ouvidos.
- Quer me ajudar? – ele se virou pra mim, me dando a visão perfeita de seu tronco nu completamente vermelho de sangue.
- Quero. – Eu assenti, sabendo que ele havia percebido meu olhar atravessando sua pele.
- Certo, preciso que tire as digitais então. Aqui. – ele puxou a bancada com os instrumentos que usava, segurando um bisturi. – Venha. – me chamou e eu desci da maca, parando ao lado dele. – Você vai segurar assim e passar a lâmina desse jeito, deitada. – ele mostrou como se fazia.
- Está me mandando cortar as pontas dos dedos dele porque? Não acha que sou capaz de arrancar o outro braço? – eu provoquei, segurando no cadáver ainda quente e engolindo em seco.
- Não. Eu sei que você seria capaz de fazer todo esse trabalho sozinha e sem sequer se cansar. Mas acho que pra primeira vez que você corta um homem morto é melhor começar pelos dedos do que pelos músculos e ossos. Não acha? – Ele segurou na minha mão trêmula, a que segurava o bisturi e o pressionou contra o dedo do homem, cortando a digital fora.
- Sim. – Eu assenti, passando pro próximo dedo e cortando sozinha.
- Bom trabalho, princesa. – ele me elogiou, beijando meu ombro antes de começar a serrar o ombro da mão que eu trabalhava.
📖
Nós terminamos o trabalho todo a alguns minutos, subimos em silêncio e eu insisti que ele fosse o primeiro a tomar banho, já que estava com sangue por toda parte. Eu coloquei nossas roupas sujas na máquina e eu estou agora parada em frente a porta do banheiro, ouvindo a água caindo e olhando pela fresta, o banheiro escuro e todo embaçado pela água quente, nunca vou entender porque ele não acendia a luz para se lavar.
Eu respirei fundo, sentindo uma necessidade estranha na boca do estômago. Levei meus dedos até a madeira, empurrando devagar e o vendo virar seu corpo pra mim, notando em segundos a minha presença.
- Precisa de alguma coisa? – ele perguntou e eu continuei andando, entrando no banheiro e o olhando detalhadamente.
Deslizei o box de vidro com cuidado, entrando e parando de frente pra ele.
- Eu ainda tenho medo de você. – Eu engoli em seco, percebendo sua confusão. – Você me perguntou mais cedo quando eu tinha perdido o medo. Não perdi. – Eu olhei em seus olhos, tocando seu abdômen quente com as minhas mãos geladas e suadas. – Mas não sinto medo de você me matar. Eu sinto medo de me apaixonar por você. Sinto medo porque você faz meu coração bater na boca do meu estômago.
- Harry. – ele chamou rouco e eu percebi suas mãos fechadas em punhos ao lado do corpo. – Se você continuar aqui me dizendo essas coisas eu vou te foder – disse direto, fazendo minha boceta pulsar.
- Tenho medo de você me quebrar pra sempre. – respondi.
- Esse é sua última oportunidade de sair daqui. – Ele avisou e eu assenti, beijando seu peitoral bem acima dos pelinhos ralos que eu tanto amava observar. – Boa escolha, princesa. – ele sorriu ladino, me puxando pela cintura e firmando os dedos nos cabelos da minha nuca, me fazendo ofegar. Ele observou cada pequeno detalhe do meu rosto antes de sorrir vitorioso, um sorriso que dizia que ele tinha conseguido exatamente o que sempre quis de mim. Ele empurrou seus lábios nos meus, começando a me beijar de um jeito que eu nunca fui, como se quisesse devorar cada célula do que eu sou.
Suas mãos faziam minha pele formigar, o jeito que ele apertava seu corpo contra o meu incendiava entre minhas pernas. Eu me empurrei pra mais perto, sentindo a água quente caindo por todo meu corpo enquanto suas mão em minha cintura escorregava até minha bunda, a apertando entre os dedos com firmeza, me fazendo gemer em sua boca.
- Eu esperei tanto tempo por isso, coelhinha. – Ele disse sussurrado antes de morder meu lábio inferior, o puxando entre os dentes.
Eu estava ofegante, olhando em seus olhos eu deslizei minha mão por seu abdômen, encontrando seu pau completamente duro, o segurando entre os dedos e começando a ir pra cima e pra baixo, analisando cada mínimo detalhe de seu rosto, apreciando a forma que ele olhava pros meus peitos. Eu acompanhei seu olhar, vendo a regata que eu usava completamente transparente, meus peitos totalmente marcados, meus mamilos durinhos apontando nela.
Ele gemeu rouco, segurando firme neles e os apertando, abaixando as alças fininhas e empurrando pra baixo, antes de se inclinar e lamber um deles, sugando pra dentro da boca quente, circulando a língua e cuspindo no outro, mordendo e marcando cada um deles enquanto eu gemia o observando.
- Ajoelha pra mim, Harry. – Ele mandou, minha boca enchendo d’água.
Não.
Não vou obedecer ele assim tão fácil. Ele me tirou tudo e por mais que eu não me importe em me curvar para ele, não quero que seja tão fácil assim. Eu me afastei, dando alguns passos pra trás antes de provavelmente ter a atitude mais burra que eu já tive em toda minha vida.
Correr.
Eu atravessei o box, vendo a sua sombra escura me olhando com um sorriso diabólico, me dando a certeza de que ele gostaria de me perseguir. Eu me virei, correndo escada abaixo, ouvindo o chuveiro desligar antes de chegar no final da escada e virar pro corredor do segundo andar, virando na cozinha e correndo até a sala de jantar.
Parando poucos segundos pra recuperar o fôlego, sinto minhas coxas deslizando uma na outra com a excitação latente em meu clitóris. Todos os meus músculos tremem e eu me sinto apavorada, o medo me sufocando por não saber o que ele vai fazer comigo quando me encontrar. Me sinto em um filme de terror, quando o suspense se instala de forma tão avassaladora que por mais que você saiba que um susto está próximo, você permanece rígido na cadeira aguardando impaciente até que o susto vem, e é como se você não soubesse que ele viria. Meu estômago está gelado e meu coração bate forte nas minhas orelhas, minha pele inteira arrepiada pelo ar gelado na minha pele quente e molhada.
Eu analiso a porta dos fundos da casa e a da garagem, escolhendo a dos fundos, girando a chave e atravessando a porta diretamente pra floresta, sentindo suas mãos em meus cabelos antes de gritar assustada. Ele segura minha cabeça bem acima de seu ombro, seu pau dolorosamente duro pressionado na minha bunda.
- Achou que eu deixaria você escapar de mim, coelhinha? – ele sussurrou em meu ouvido, segurando minha cintura e rindo do meu rosto apavorado. – Fugindo como uma cadelinha burra, huh? – Ele riu, dando um tapa forte na minha boceta e me fazendo gritar, quase gozando apenas com isso.
- Me solta. – Eu disse, ofegante e trêmula.
Ele sorriu grande, segurando minha cintura e me colocando deitada em seu ombro, meu quadril encaixado nele enquanto ele me segurava pelas minhas pernas juntas.
- Me solta, Louis! – eu gritei, sentindo minha boceta escorrendo na calcinha.
Ele me ignorou, entrando em casa e subindo as escadas comigo aos gritos, entrando no quarto e me jogando em cima da cama como se eu não fosse nada.
- Idiota! – eu gritei, tentando descer da cama e sendo rapidamente impedida por suas mãos firmes em meus tornozelos me puxando com força enquanto ele se encaixava no meio das minhas pernas.
- Eu te avisei que iria te foder, Harry. – ele disse, sua voz indo diretamente pra dentro da minha boceta. – Você não tem direito a se arrepender de suas escolhas. – Ele sorriu, segurando firme em minha mandíbula e se aproximando, a respiração quente no meu ouvido. – Mas você fica linda tentando fugir.
- Estou com medo. – eu engasguei.
- Eu sei. – Ele se afastou, rasgando minha regata e gemendo ao olhar meus peitos, as mãos nada gentis puxando meu shorts e minha calcinha pra fora do meu corpo. – Eu consigo sentir seu desespero, e ele só me incentiva cada vez mais a gozar dentro da sua boceta. – Ele abriu minhas pernas empurrando meus joelhos pra cima, depositando tanta força que minha virilha ardeu. Seus olhos que carregavam as trevas grudaram na minha boceta, a assistindo pulsar. Eu me encolhi, apavorada e envergonhada. – Tire essa vergonha do seu rosto, coelhinha. Eu já vi sua boceta várias vezes. Só nunca pingando tanto assim. – Ele lambeu os lábios, olhando a forma que meus olhos estão arregalados em surpresa.
- Como assim você já me viu nua? – eu engasguei, sabendo que o máximo que ele poderia ter visto seria nas horas em que eu tomava banho, mas nunca aberta desse modo.
- Seu celular era recheado de fotos obscenas, não era? Todas na nuvem, um prato cheio pra mim. – Ele sorriu, os dentes expondo sua forma demoníaca.
- Você viu minhas fotos? – eu engasguei, seus dedos apertando com força as minhas coxas enquanto ele deitava entre elas.
- Cada uma delas. – ele soprou minha boceta, me fazendo gemer e me odiando por isso.
- Porra, você é doente. – eu xinguei, segurando suas mãos e tentando me livrar delas. Eu estou furiosa. – Você não tinha o direito! – eu travei meu maxilar, o olhando com raiva e sentindo meu corpo me trair quando ele lambeu toda minha boceta, me fazendo arquear as costas.
- Você tem razão, Harry. – ele sugou meu clitóris, me fazendo gritar. – Eu não deveria ter visto. Muito menos gozado pra todas elas. Mas se eu não tivesse o feito, não saberia que você nunca molhou tanto pelo seu ex maridinho. – Ele voltou a língua macia diretamente no meu clitóris, sugando e babando nele, me fazendo ver estrelas.
- Eu odeio você. – Eu gemi, agarrando seus cabelos e os puxando pra cima, tentando o tirar de perto da minha boceta que doía em necessidade. Eu assustei quando levei um tapa brutal na bochecha, meus olhos se enchendo de lágrimas e minha boceta escorrendo até meu rabo.
- Não adianta lutar contra mim enquanto está pingando como uma cadela. Você é minha, querida. No momento em que você rastejou até mim no box, traçou o caminho que vai ter pro resto da sua vida. – Eu olhava fixamente em seus olhos que faziam meus ossos tremerem em pavor e desejo. Senti seus dedos afundando em meu buraco, sendo incapaz de não gemer alto. – Eu vejo tudo, Harry. Eu ouço tudo. Achou que eu não percebi todas as noites que você se esgueirou da cama e foi na ponta do pé até a sala enfiar seus dedos na sua boceta? Achou que eu não ouviria seus gemidos longos e manhosos? – Ele curvou os dedos, começando a estocar fundo em mim, fazendo meus músculos tremerem. – Porra, cada noite ficava pior aguentar te ouvir sofrer pra gozar sem poder foder cada buraco do seu corpo. Achou que eu não sentia o cheiro da sua boceta melada? Essa porra de cheiro me deixa maluco, coelhinha. – Ele sorriu mordendo meu clitóris, um grito rasgando minha garganta e minha boceta apertando seus dedos com força. – Diz pra mim que não cruza as pernas e se esfrega na maca quando me assiste matando, que não fica encharcada me vendo coberto de sangue. – Ele curvou os dedos e passou a massagear em ponto dentro de mim, meus olhos rolando pra trás da cabeça. – Diz que não está salivando pra ter meu pau tão fundo que vai perder a consciência. – ele rosnou, abocanhando meu clitóris e me assistindo delirar em prazer.
- Você é nojento. – Eu gemi, olhando em seus olhos e vendo o quanto ele se divertia com minha raiva.
- Então somos dois, coelhinha. O assassino sem escrúpulos e a puta que se excita com a morte. Somos um belo casal, você não acha? – ele riu, passando a me foder forte, seus ossos da mão batendo contra os meus e me deixando dolorida, me fazendo gritar e me esfregar em sua boca, meu corpo implorando pelo orgasmo que ele me empurrava contra a minha permissão. – Me odeia tanto... – ele sorriu orgulhoso sabendo que tinha me arrancado do que seria talvez o melhor orgasmo da minha vida. – Pede. – ele girou os dedos, minhas mãos agarrando os lençóis.
- Nunca. – eu neguei ofegante, meu corpo inteiro tremendo.
- Eu não preciso que você goze pra que eu possa me divertir com seu corpo, coelhinha. Posso meter em você a noite inteira e gozar dentro de você até seu útero estar cheio e você sem nenhum orgasmo. – ele ameaçou tirar os dedos de mim e meu corpo foi mais rápido em me trair do que minha mente, minhas unhas cravadas em seu pulso o impedindo.
- Por favor. – eu engoli minha raiva, meus olhos fechados negando que ele me visse vulnerável ao pedir que ele me desse meu orgasmo.
- Você vai se acostumar a implorar por mim, querida. Não se preocupe em esconder sua necessidade de mim, eu a vejo o tempo todo. – ele voltou a trabalhar em mim com os seus dedos e sua língua, o orgasmo se formando numa velocidade arrebatadora, minha cabeça dando voltas e minha visão escurecendo enquanto meu corpo sucumbia a ele, lhe dando o maior orgasmo que eu já experimentei na ponta de sua língua. – Boa menina, Harry. Sua vida será muito mais fácil se continuar tão obediente para mim. – Ele beijou meu clitóris, tirando seus dedos de mim e subindo em cima do meu corpo.
- Eu não sabia que você era nojento quando entrei naquele maldito box. – eu cuspi, tentando brigar com minha mente tão idiota que apenas conseguia pensar no quão deliciosamente minha boceta tinha sido usada.
- Acho engraçado que seus julgamentos são tão deturpados quanto os meus. – ele lambeu meus lábios, arrancando um gemido que eu me amaldiçoei por ter soltado, agradecendo por meus olhos estarem fechados e eu não poder ver seu olhar satisfeito. – Tudo bem por você ser fodida por um assassino, mas não por quem viu fotos de você nua? – ele ironizou, me fazendo pensar no quão ridículo e egoísta aquilo realmente era. - Tudo bem se excitar e se tocar vendo e imaginando meu corpo trabalhando pra matar e torturar pessoas, mas não em abrir as pernas pra mim? Tudo bem me dar permissão pra te foder e depois fugir de mim só pra ser pega e se curvar pra mim a força, mas não se souber que eu já sabia cada curva do seu corpo antes de realmente vê-lo? – ele segurou seu pau e esfregou a cabeça inchada na minha boceta, começando a empurrar e me fazer alargar de forma dolorosa no cacete tão grosso.
- Louis! – eu gritei, finalmente abrindo meus olhos e encontrando os seus tão escuros, borbulhando em desejo.
- Isso, coelhinha, grita o nome do seu dono. – Ele gemeu, fazendo meu estômago gelar e revirar, empurrando até as bolas antes de segurar em cada uma de minhas mãos, entrelaçando nossos dedos acima da minha cabeça.
- Você não é meu dono! – eu gritei em seu rosto, o vendo gargalhar.
- Sua boceta é tão gostosa e apertada. – ele me ignorou, saindo e voltando pra dentro de mim com força, seu gemido reverberando em minhas células.
- Eu não sou sua. – disse firme, engolindo o gemido gritado escorrendo em minha garganta.
- Você é sim, coelhinha. Tão minha que sequer tentou fugir, mesmo sabendo que as portas estavam abertas. Tão minha que sequer tentou ligar pra polícia, ou pra porra do seu ex-marido. – ele começou a estocar forte dentro de mim, me fazendo gritar e rolar os olhos. – Você nunca gritou assim por ele. – ele afirmou, como se soubesse, como se tivesse visto com os próprios olhos. E eu tenho certeza que ele viu.
- Puta merda. – eu gemi, soltando suas mãos e as grudando em sua nuca com força.
- No final dessa noite, quando toda minha porra estiver dentro de você, quando você não conseguir levantar da cama de tão exausta, você vai aceitar que sempre me pertenceu. – ele sentenciou, olhando no fundo dos meus olhos, me fazendo acreditar fielmente em cada uma de suas palavras. – Não ache que eu estou te forçando a gemer no meu pau, sequer finja acreditar que você é minha vítima. Você escolheu estar aqui, escolheu não voltar pra sua vida medíocre, escolheu cozinhar comigo e pra mim, me levar chá enquanto eu esquartejo, sentar e assistir com a boceta pulsando cada homem que eu torturei. O tempo todo, eu nunca exigi nada de você. Nunca lhe forcei a assistir nada comigo, nunca forcei você a me olhar tomar banho pela fresta da porta. Você fez tudo que fez porque quis. – ele segurava em meu rosto com força, me obrigando a olhar em seus olhos enquanto ele enumerava as verdades dolorosas que eu escolhi fingir que não foram minha escolha. – Eu estou errado, coelhinha?
- Não. – eu disse a contragosto, ódio escorrendo pelas minhas veias, ainda tentando culpa-lo de alguma forma.
- Agora que você vê sua culpa, fica mais fácil sentir como seu orgasmo foi entregue na minha língua tão bem, não fica? O quão melhor é sentir meu cacete fodendo você ao invés do seus dedos enquanto imaginava, não é? – perguntou, fazendo meu cérebro se render na batalha que eu mesma criei. Meu orgulho contra a verdade que eu negava.
- Louis. – eu sussurrei derrotada. – Quando meus dedos estavam dentro de mim estava bem melhor do que você agora. – eu engasguei, sentindo sua mão me enforcar e me tirar o oxigênio.
- Vamos ver se você vai gemer manso como quando só tem sua mão pra se satisfazer. – Ele travou o maxilar, segurando firme na minha coxa e estocando tão fundo que eu o sentia na boca do estômago.
Eu revirei meus olhos, os gemidos longos querendo sair e sendo rapidamente negados pela mão apertando meu pescoço forte o suficiente para quebra-lo se assim ele quisesse. Eu estapeei seus braços até que ele soltasse o aperto, respirando desesperada por oxigênio e gritando meu prazer pra fora dos meus pulmões incendiados.
- Grita, coelhinha, eu adoro te ouvir gritar. – Ele apertou meu peito e lambeu meu mamilo, enchendo sua boca com meu seio e o mordendo pra machucar, minha boceta sendo preenchida dolorosamente e meu baixo ventre retorcendo em puro prazer. Um prazer que eu nunca havia sentido, um cru e animalesco, sentindo que ele só me usava pelo próprio prazer, me tornando um saco de carne e ossos derretidos em completa devoção. Eu preciso dele em mim da mesma forma que ele me toma agora, tirando tudo o que alcança. Seus cabelos pingam água gelada em meu peito e eu os agarro com força, o obrigando a continuar me marcando o suficiente para que ele permaneça em meu corpo como uma tatuagem. Me marcando como dele. Como sua propriedade. Me sugando pra seu universo doentio e sua vida tão miserável quanto a minha, mas recheada de propósitos que eu nunca tive.
Estou entregando a ele todos os gemidos que eu não sabia que era capaz de gemer, a lubrificação abundante de uma forma que eu nunca fiquei, a minha sanidade de um jeito que eu nunca mais vou recuperar. No instante que ele me trouxe pra cá e me algemou naquele porão, ele mudou minha vida pra sempre. No instante que eu entrei naquele box e ele me beijou, ele traçou meu destino. No instante que ele entrou em mim, ele me estragou pra sempre.
- Monta em mim. – Ele mandou, se jogando deitado na cama e me trazendo pra seu colo apenas num piscar de olhos. Ele grudou a mão em meu pescoço, deixando meus lábios perto dos seus e meus olhos entregues nos dele. – Eu sei que sente a necessidade de ser caçada e que quer desesperadamente sair correndo pra floresta só pra me ter te arrastando pelos cabelos pra dentro de novo. Mas se você ousar sair daqui, eu quebro o seu pescoço. – ele ameaçou, me fazendo sorrir tão corrompida pela insanidade quanto ele é.
Eu tomei meu tempo pra observa-lo, decretando finalmente que sua barba era castanha. Sua boca fina e inchada por marcar meu corpo, seus dentes desalinhados beirando a perfeição. Suas marcas de expressão entregando suas feições puras e os seus olhos dolorosamente irreais. Eu estou completamente perdida na forma diabólica que ele tem, desejando com cada parte de mim que eu me torne tão pecadora quanto ele. Que seu pau sempre esteja duro e pingando por mim, que suas mãos queimem em desespero para me tocar o tempo todo, que seu cérebro seja incapaz de não ser devoto a mim a cada mísero segundo. Eu tomo seus lábios nos meus, afundando minha língua na dele e o sentindo rapidamente pegar o controle de volta para si, apertando minha bunda tão forte que sua mão transpassa e agarra meus ossos.
- Você é tão meu, querido. – eu constato sorrindo, erguendo meu quadril e segurando seu pau, o encaixando dentro de mim e sentando nele, o engolindo.
- Nunca neguei isso, coelhinha. – ele diz, me surpreendendo. – A única pessoa que nega a obsessão é você. – ele sorri, levantando minha bunda e me fazendo sentar forte, seu pau arrancando um grito deleitoso de mim.
É verdade.
Em nenhum momento Louis negou sua obsessão por mim, pelo contrário. Todas as vezes que eu quis saber e reafirmar o porquê estava presa ao seu lado, ele nunca mentiu ao dizer que era porque me queria. Porque eu fui feita pra ele, moldada e esculpida única e exclusivamente para que ele me possuísse. Louis nunca negou sua paixão por mim.
E isso me faz sentir a porra da mulher mais poderosa desse mundo.
- Senta, Harry. – ele mandou. – Já estou perdendo a minha paciência com você. – ele rosnou, me entregando o poder.
- Shh. – eu sussurrei, deixando meu corpo ereto e apoiando minhas mãos em seu peito, começando a rebolar lento, usando seu cacete para estimular todos os lugares certos dentro de mim. Louis agarrava meus peitos e torcia meus mamilos, me fazendo gemer manhosa e satisfeita, cada vez mais absorta em seus gemidos roucos e ofegantes, me fazendo começar a subir e descer meu quadril rápido, querendo cada vez mais de seus gemidos pra mim.
- Isso, coelhinha, se fode pra mim. – ele grunhiu, segurando meu quadril parado e começando a estocar rápido e forte, surrando meu buraco de forma impiedosa, me fazendo abrir a boca em um gemido mudo e cravar as unhas em seu peitoral. – A boceta mais gostosa que eu já fodi. – ele disse rouco e ofegante e eu segurei firme em seu pescoço, ódio em sua forma mais doentia inflando minhas veias.
- Não fale de outras pra mim! – eu mandei, impedindo-o de respirar. – Idiota. – Eu comecei a jogar meu quadril pra cima e pra baixo com força, gemendo gritado e assustando com o jeito que ele torceu e segurou meus braços pra trás das minhas costas, segurando firme com apenas uma mão e sentando na cama, segurando meu quadril com possessividade e me instigando a não parar de sentar desesperadamente.
- Ciúmes combina tão bem com você, querida. – Ele sorriu, agarrando os cabelos da minha nuca e me beijando até que meus pulmões queimassem sem oxigênio. – Sou só seu, coelhinha. Meu pau foi feito pra alargar e destruir você. – ele lambeu e mordeu meu pescoço, fazendo minhas pernas tremerem, minha boceta queimando e sendo tão bem fodida que fui incapaz de não gozar forte, mordendo seu ombro com força, me empurrando pra baixo e mantendo seu pau pressionado no meu útero. – Você é tão boa de manipular. – ele sorriu, segurando meus cabelos e me forçando a olhar pra ele. – Fica tão linda chorando assim. – ele secou minhas lágrimas, só então consegui perceber o quão vulnerável ele me fez ficar.
- Goza, Lou. – eu engoli em seco. – Em mim. – choraminguei.
- Eu vou, coelhinha. No fundo da sua boceta, até estar inchada com um filho meu. – Ele abocanhou meu mamilo, sugando pra dentro da boca, alterando entre os dois. – Vou tomar cada gota do seu leite, seus peitos cheios pra alimentar nosso filho e eu, todo santo dia. – Ele me jogou na cama, me virando de bruços e montando minha bunda. – Você quer tanto isso, não é? – ele sussurrou em meu ouvido e eu assenti sem querer, entregando a ele todo o meu destino.
- Não. – ofeguei, engolindo o sorriso satisfeito por provoca-lo, acho que jamais vou conseguir parar.
- Gosto do jeito que você mente, principalmente porque você só engana a si mesma. – Ele beijou meu pescoço, abrindo minhas pernas e me mantendo empinada pra ele, entrando na minha boceta sensível com força, voltando a me foder. – Você é tão gostosa, coelhinha. Tão apertada e molhada pra mim. – Ele falou, sua voz rouca no pé do meu ouvido, me fazendo revirar os olhos. – Vai ficar tão linda quando eu te cortar inteira e encher seu corpo de cicatrizes, pra cada vez que você se olhar no espelho perceber que eu estou em todos os lugares de você. – eu gemi alto, imaginando se ele realmente faria isso. Sabendo que ele realmente faria e gostando da ideia mais do que eu deveria. – Consegue imaginar?
- Você é doente. – eu gemi, apertando sua bunda entre os dedos e o empurrando contra a minha, seu pau me fodendo rápido e forte, me fazendo ver pontinhos pretos em minha visão turva.
- E você vai me amar exatamente assim, doente, insano e completamente obcecado por você. – ele ditou e eu estremeci, porque eu sei que é a verdade. A verdade que eu mais quero me distanciar e fugir, a que me apavora e me faz querer chorar.
- Eu não vou amar você. Nunca. – engoli em seco, sentindo a brutalidade que me fodida aumentar e sua mão possessiva em meu pescoço me tirar o ar.
- Sim, você vai. Se apaixonou por cada parte fodida de mim sem ao menos perceber. Quando você menos esperar, estará de joelhos implorando pela minha atenção, pelo meu carinho e meu amor. Do jeitinho que você nasceu pra fazer. – ele pausou gemendo alto, fazendo minhas pernas tremerem. – E você sabe que vai ter tudo isso de mim, de um jeito que nunca teve de ninguém. Só eu posso te amar do jeito que você precisa. – Ele deslizou a mão livre até minha boceta, massageando meu clitóris e me fazendo chorar por tantas sensações de uma vez. – Goza comigo, coelhinha. Me dê outro. – Ele lambeu meu pescoço, esfregando minha boceta tão bem que fui levada a outro universo, meu corpo vazio enquanto minha alma era sugada por um buraco negro, voltando a vida só para senti-lo forçando seu pau fundo enquanto gozava cada gota em mim. – Porra. – ele ofegou, abraçando meu corpo e distribuindo beijos em meu pescoço e em minha bochecha úmida.
Eu fiquei em silêncio, aproveitando cada carinho e cada beijo que ele me dava, chorando silenciosamente.
- Você conseguiu. – eu solucei, atraindo sua atenção e o deixando me ver acabada e vulnerável. Ele saiu de dentro de mim, me virando no colchão e pairando em cima do meu corpo, fazendo carinho em minha bochecha.
- O que eu consegui, Harry? – ele soprou, seus olhos menos ameaçadores.
- Me destruir. Cada pedaço de mim. – Eu engoli o nó em minha garganta. – Você tirou tudo de mim, me tomou pra você completamente. – Eu segurei suas bochechas, selando nossos lábios.
- E você amou cada segundo, não foi? – Ele perguntou num tom baixo, me deixando ver sua face vulnerável também.
Foi assim que eu me dei conta de que eu poderia ter estado aqui contra minha vontade por muito tempo, mas hoje eu não iria embora nem se ele não me quisesse mais. Eu o vi em seus piores lados, fazendo coisas que até Deus se assustaria e mesmo assim me apaixonei. Cada porra de pensamento meu o pertence sem que ele tenha sequer tentado. Ele nunca me escondeu as atrocidades que faz, do prazer que sente em fazê-las, da facilidade que tem. Louis foi verdadeiro e sincero comigo o tempo todo. Ele nunca temeu que eu soubesse e me assustasse com as coisas que ele fez, mas se eu o rejeitasse de verdade, isso o mataria.
- Sim. – eu disse finalmente, sentindo seus ombros relaxarem e percebendo que ele pode manipular cada pedaço do meu corpo, mas eu tenho seu coração na ponta da minha língua. – Você fez o que eu mais tive medo esse tempo todo. – Ele sorriu, sabendo exatamente do que eu estava falando.
- Está apaixonada por mim, coelhinha? – seus olhos se preencheram em trevas, minha coluna arrepiando e um sorriso tão diabólico quando o dele se formando em meu rosto.
- Eu jamais admitiria. – Eu o puxei pela nuca, afundando minha língua em sua boca e entrelaçando minhas pernas em seus quadris, o beijando firme e gemendo cada vez que sua língua se esfregava na minha.
- Corre. – ele sussurrou, se afastando de mim e me olhando assustadoramente, minha mente demorando a funcionar.
No instante que entendi o que ele me disse, me desvencilhei de seu corpo e corri escada abaixo, minhas pernas ainda tremendo e cansadas de tanto ser fodida. Eu ouvi seus passos atrás de mim e me apavorei, não vacilando dessa vez em correr diretamente pra floresta, o xingando mentalmente por me fazer correr tão cansada, mas ao mesmo tempo sentindo sua porra escorrer pelas minhas coxas e engolindo o gemido que reverberou em minha garganta. Eu corri até as árvores, me escondendo a poucos metros dentro da mata, atrás de uma delas.
- Coelhinha? – eu ouvi sua voz, um arrepio de excitação e pavor desenhando cada um de meus ossos. – Está escondida, princesinha? – ele riu, me fazendo engolir em seco. – Escolheu o mesmo caminho de mais cedo? Tem certeza que essa foi uma boa escolha? – sua voz estava mais perto e eu tremi, olhando envolta e decidindo correr pra longe, me amaldiçoando por fazer tanto barulho quebrando os galhos e as folhas secas em minhas solas dos pés. Eu virei pra me esconder de novo, batendo diretamente contra seu peito nu.
- Merda. – eu xinguei, meus cabelos sendo agarrados antes que meus pés pudessem funcionar e correr novamente.
- Você precisa melhorar se não quiser que eu sempre te pegue tão fácil. – ele empurrou meus cabelos pra baixo, me fazendo cair de joelhos pra ele.
Exatamente como ele queria no começo dessa noite.
Seu corpo era mau iluminado pela luz da lua, o tornando ainda mais assustador e delicioso, como se as trevas guardadas dentro de si o rodeassem. Ele segurou seu pau e o esfregou em meu rosto, sorrindo realizado.
- Abre a boca, coelhinha. Eu te peguei, agora é minha para brincar, usar e manipular. – Ele esfregou a cabecinha úmida e inchada nos meus lábios, não me deixando escolha senão lambe-la e finalmente saber qual o seu gosto. – Puta merda. – Ele xingou, empurrando seu pau até minha garganta, minha boceta pingando sua porra e lubrificação entre as folhas. – Toda vez que você me xinga eu tenho vontade de enfiar meu pau na sua boca esperta até você desmaiar. – ele confessou, gemendo ao sentir minha língua esfregando em suas veias, o pau deliciosamente grosso esticando meus lábios. – Vou foder sua boca por todas as vezes que eu não pude a calar com ele. – Ele bateu contra meu rosto, empurrando minha cabeça pra sua pelve até que meu nariz estivesse esmagado contra seus pelos ralos. – Caralho. – ele gemeu, estocando a primeira vez e fazendo minha garganta alargar e arder pra acomoda-lo, meu cérebro concentrado em não engasgar vergonhosamente. Eu agarrei sua bunda com as duas mãos, a apertando e permitindo que ele começasse a foder como quisesse, derramando seu pré gozo diretamente em minha língua. E porra, que gosto bom.
- Gostosa. – ele grunhiu, seus quadris arremetendo forte, me fazendo engasgar e me sentir inútil. – Oh coelhinha, eu estava com tanta fé nessa sua boca esperta. Achei que seria tão boa. – ele ironizou, recebendo meu olhar raivoso em reprovação e minhas unhas cravando na carne da sua bunda gostosa, rindo da minha irritação, sabendo que eu estava furiosa. – Calma, princesa, você vai ter tempo pra aprender. – eu dei um tapa forte em sua bunda, o repreendendo, me arrependendo no mesmo instante. Ele começou a foder minha boca tão forte e fundo que se eu não tivesse com ela completamente cheia, estaria pedindo desculpas. – Me bate de novo, Harry. – ele disse rouco, gemendo e revirando os olhos, me fazendo querer me esfregar nas folhas pra ter algum alívio. Ele tirou o pau da minha boca, me assistindo recuperar o fôlego e tossir. – Te machuquei, coelhinha? – ele sorriu esfregando deu dedão em meu queixo que escorria saliva.
- Idiota. – Eu xinguei, percebendo quão fodida minha voz estava.
- Está pingando pra mim, não é? – ele sorriu e eu bufei. – Me deixe ver. – mandou. Eu levei meus dedos até minha boceta, os encharcando de lubrificação e estendendo pra ele, que segurou em meu pulso e os sugou pra dentro da boca. – Deliciosa. – lambeu os lábios, puxando minha cabeça e metendo seu pau pra dentro da minha boca de novo, me deixando apenas respirar fundo antes de voltar a estocar nela, meus lábios já adormecidos. Eu levei minha mão até minha boceta, pretendendo me masturbar. – Não. – ele mandou, me fazendo fechar os olhos pra resistir a vontade de morder seu pau e arranca-lo fora.
Acho que nunca vou deixar de odiar Louis.
- Eu vou ter seu orgasmo na ponta da minha língua de novo. – Ele disse entre gemidos longos, me fazendo gemer em seu pau. – Caralho coelhinha, vou gozar tão bem na sua garganta. – Ele acelerou as estocadas e eu o suguei, formando vincos em minhas bochechas, querendo cada gota da sua porra escorrendo pela minha garganta.
Assistir Louis gozando na minha boca foi definitivamente a melhor visão da minha vida.
Eu genuinamente quase gozei com isso, o que significa que vou gozar rápido demais em sua boca. O que também significa que eu vou odia-lo ainda mais.
Seu gosto em minha boca é forte e delicioso, eu poderia me viciar no gosto da sua porra.
Eu vou me viciar.
Ele se ajoelhou na minha frente, beijando meus lábios brutalmente, sua mão me surpreendendo com um tapa dolorido em cima do meu clitóris inchado. Minhas pernas tremeram.
- Vira e fica de quatro. – eu virei sem discutir, necessitada demais para entrar em uma briga de ego. Ele segurou por baixo de meus quadris, erguendo-o no ar, me fazendo me apoiar em meus cotovelos. – Pingando pra mim. Apoie os joelhos nos meus ombros. – mandou, e eu fiz com dificuldade. – Boa menina, coelhinha. – eu gemi, odiando que ele pudesse ver minha boceta pulsar com sua aprovação. Senti sua língua quente desde meu clitóris até meu rabo, cuspindo bem em cima dele, me fazendo pulsar forte, lambendo e babando minha bunda, gemendo e me deixando saber que ele o foderia em breve. Eu gemi quando sua língua o penetrou, deslizando até o buraco da minha boceta e a empurrando ali também, meus joelhos tremendo em seus ombros. – Você é deliciosa. – ele gemeu, voltando a língua diretamente no meu clitóris, me fazendo gritar e ouvindo meu próprio grito prazeroso ecoar na mata. – Puta merda, grita pra mim. – Ele afundou os dedos em minha coxa, lambendo meu clitóris rápido, me tirando gemidos longos e obscenos.
- Porra. – eu xinguei, empurrando meus quadris contra sua boca, meu raciocínio lento devido o modo tão certeiro que ele usava a língua em mim, como se venerasse minha boceta como uma santidade.
O demônio venerando minha boceta.
Eu agarrei folhas e terra úmida nas mãos, gemendo alto e sem forças, o orgasmo me apunhalando como uma faca afiada. Louis continuou mamando meu clitóris devagar até sentir que eu tentava fugir de sua língua, beijando toda minha bunda antes de me mandar tirar os joelhos de seu ombro e me trazer pro seu colo, abraçando meu corpo que pulava em espasmos.
- Porra. – eu xinguei, beijando seu pescoço suado.
- Vou te caçar pra sempre, Harry. – ele segredou me fazendo sorrir. Eu sei.
- Eu sempre vou fugir de você. – Dessa vez, foi ele quem sorriu.
- Vamos. – ele segurou minhas coxas com firmeza, me levantando em seu colo e nos levando novamente pra casa. Eu estava deitada em seu ombro, tentando me manter acordada enquanto brincava com os pelinhos de seu peito. Caminhamos no máximo cinco minutos até chegarmos, ele apenas empurrando a porta com os pés já que sequer tínhamos vizinhos. Ele subiu para o quarto, entrando diretamente pro banheiro, onde tudo começou.
- Pelo amor de Deus não tente nada comigo, não tem nenhuma parte de mim que não dói. – brinquei, fazendo ele rir enquanto abria o registro do chuveiro.
- Eu não vou, coelhinha. – ele beijou minha testa. – Não hoje. – ele me colocou no chão, beijando minha boca antes de sussurrar. – Consegue se manter em pé? - Ele soltou minha cintura, puxando o chuveirinho e o abrindo, jogando água quente em minhas costas.
- Meu orgulho não me permite dizer o contrário. – Eu brinquei, abraçando seu tronco.
- Você pode ser vulnerável comigo, Harry. – ele me repreendeu, segurando meu queixo e o empurrando pra cima, minha cabeça jogada pra trás enquanto ele molhava meus cabelos.
- Eu sei. – eu sussurrei. – Mas está cedo demais pra isso. – eu ri, tentando descontrair a conversa. Eu peguei o sabonete e esfreguei nas mãos, começando a lavar seu peitoral e ombros, massageando-os com ajuda do sabonete. Ele me olhou sorrindo, fazendo meu coração cair em queda livre até a boca do meu estômago. Eu desviei o olhar, me lavando enquanto seus dedos massageavam o shampoo no meu couro cabeludo, me fazendo suspirar.
- Feche os olhos. – ele pediu e eu fechei, sentindo ele tirar o shampoo com carinho, passando o condicionador e só então me abraçando, beijando meu pescoço.
- Eu também estou apaixonado por você. – ele segredou, tendo meu braços o apertando contra mim.
Talvez se fosse outra pessoa aqui, não entenderia a gravidade da sua fala. Louis nunca me disse estar apaixonado por mim, nem que me amava. Ele estava obcecado por mim, me desejava tanto que foi capaz de me sequestrar só pra me ter pra ele. Mas nunca apaixonado, nunca amando, nunca com borboletas no estômago. Essas duas coisas são completamente diferentes.
- Porque coelhinha? – eu perguntei, sabendo que nenhum dos dois gostaria de ter conversar difíceis.
- Coelhos são bonitos, inteligentes e fofos, mas também podem ser agressivos e sem exceção, muito rápidos. – ele riu.
- Como você podia saber que eu correria de você? – eu ri, esperando que ele terminasse de se lavar.
- Eu sempre te assustei, coelhinha. Você correria de mim por bem ou por mal. – ele sorriu com aquele sorriso, aquele cheio de promessas e convencimento. – Acho que agora podemos finalmente assistir o que você queria, não é? – ele desligou o chuveiro, puxando a sua toalha e a minha penduradas no box.
- Eu vou dormir em menos de cinco minutos. – eu ri, secando meu cabelo e meu corpo, enrolando a toalha no corpo antes de sair do box. Fui até minha gaveta e puxei uma calcinha, abrindo a gaveta dele e pegando uma de suas camisetas, a vestindo. Eu o notei me olhando parado na porta do banheiro e eu ri. – Lide com isso.
- Já está roubando minhas camisetas? – ele riu. – Ok, então. – ele deu de ombros, colocando uma cueca e uma calça de moletom enquanto eu penteava meus cabelos, deitando com eles ainda úmidos. Eu liguei a televisão, rodando o catalogo. Franzi meu nariz o vendo sair do quarto, voltando com salgadinhos, coca-cola e chocolates. Eu sorri.
- Obrigada. – agradeci, colocando play no documentário que iríamos ver. – Não acha meio irônico que a gente assista documentários sobre Serial Killers? – eu perguntei segurando o riso, o sentindo me puxar pra deitar a cabeça em seu peito, seus dedos fazendo carinho em minha cabeça.
- Na verdade é, sim. – ele riu. – Mas não há nada sobre nós que seja normal.
- É, eu acho que você tem razão. – eu abri meu chocolate, dando um pedaço pra ele antes de pegar um pra mim.
Seja como for, certo ou errado, bem ou mau, me sinto feliz. Me abrir pra Louis vai ser um desafio, aceitar que eu me apaixonei mais ainda. Mas ele vale a pena. Eu sei que vale.
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las-microfisuras · 29 days
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En un desconocido manuscrito de T. S. Elliot
(que no existe) está tu retrato (que existe).
Observo un blanco aleteo sobre el río, la salida
del sol, la niebla, y otros accesorios de la naturaleza.
Esta breve alegría encerrada en los detalles
conquistó los últimos bastiones de la conciencia.
¿Sabes? me duele el corazón (que existe), fragmento
de canto de amor, fragmento de canto de muerte.
- Tomasz Majeran, antologado en Poesía a Contragolpe. Antología de poesía polaca contemporánea. Selección y traducción de Abel Murcia, Gerardo Beltrán y Xavier Farré.
- Bernard Guillot
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quetzalnoah · 2 months
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En el vasto lienzo del cosmos, somos chispas efímeras, centelleos de vida en un rincón insignificante. Nuestro tiempo aquí es breve, una melodía fugaz en la sinfonía cósmica. ¿Por qué no saborear cada nota, cada acorde? Las estrellas, esas antiguas luminarias, nos observan desde su lejanía. Han visto imperios nacer y desvanecerse, han presenciado tragedias y triunfos. Pero nosotros, los mortales, apenas rozamos la eternidad. ¿Qué haremos con nuestra efímera existencia? Caminamos sobre la piel de un planeta que gira sin cesar. El viento acaricia nuestras mejillas, y el sol nos calienta como un abrazo maternal. ¿Por qué no danzar con la brisa, abrazar la luz, sentir la tierra bajo nuestros pies? Cada paso es un regalo, cada respiración un milagro. Las personas que cruzan nuestro camino son como constelaciones temporales. Algunas se quedan por un instante, otras por una vida entera. ¿Por qué no aprender de ellas, amarlas, perdonarlas? En sus ojos encontramos reflejos de nosotros mismos, fragmentos de un mismo misterio. Los sueños, esos hilos de plata que tejemos en la noche, son nuestra conexión con lo divino. ¿Por qué no perseguirlos con pasión? ¿Por qué no crear, explorar, imaginar? En cada sueño, en cada anhelo, hay un atisbo de eternidad. La risa, esa música del alma, nos une como hermanos y hermanas. ¿Por qué no compartirla, contagiarla? En el eco de nuestras carcajadas, en la camaradería de un abrazo, encontramos la esencia misma de la vida. Y cuando llegue el crepúsculo final, cuando nuestras estrellas se apaguen, ¿qué recordaremos? No serán los títulos ni las posesiones. Serán los momentos de amor, de risa, de asombro. Será la sensación de haber vivido plenamente, de haber saboreado cada segundo de nuestro breve paso por este universo. Así que, no temas a la noche. Abraza la aurora, celebra el día. Disfruta tu breve paso por este universo como un peregrino agradecido. Y cuando las estrellas nos llamen de regreso al polvo, que nuestra luz siga brillando en los corazones de quienes amamos.
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casos ilícitos
Matías Recalt x f!Reader
Cap 16
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Por que tantos são tão dependentes, perdendo tempo? E eu sei que em algum lugar, nós dois nos importamos. Porque ela está pensando, em nós dois sentados reclamando, enquanto comparamos.
Avisos: ciúmes, possessividade, linguagem imprópria
Palavras: 5,6 k
——
Que merda você tinha feito?
A noite passada ainda era uma confusão desconexa, que parecia mais como um sonho muito distante, do que com realmente uma lembrança da qual você tinha vivido. Mas ainda assim, você conseguia se lembrar vagamente de alguns fragmentos.
Se recordava do garoto doce chamado Santi. O beijo que compartilharam em lábios ansiosos e famintos, e o número de telefone trocado. E lá no fundo de sua mente, em algum lugar o qual não queria revisitar, estava Matias. Mesmo não querendo, você sempre conseguia se lembrar de Matias, não importava o que acontecesse.
Você se recordava dele em seu quarto, te ajudando a se livrar do vestido colado e provocativo, com os dedos deixando rastros ardentes por sua pele conforme te tocava. Mas quando acordou na manhã seguinte, sentindo o outro lado de sua cama aquecido, com o cheiro familiar do garoto emanando do travesseiro macio, esperava firmemente que estivesse errada, o que obviamente não foi o caso. E como sempre para te provar que você estava errada, bastou alguns movimentos ardilosos do rapaz para que você se rendesse, e estivesse novamente nos braços dele, deixando todo o rancor de lado e o substituindo pelo desejo.
E por mais que você estivesse remoendo essa lembrança na tentativa de sentir nojo dele por sua vulgaridade, ou de você mesma por sua burrice, a única coisa que acontecia era que você acabava mais molhada, e ainda mais sedenta na simples imagem dele entre suas pernas te comendo. O que era ridículo, pois você tinha Santi agora. Ou ao menos pensava que tinha, já que estavam no estágio inicial de se conhecerem ainda.
Ele parecia bacana, e se mostrou verdadeiramente interessado na noite passada. Porque você não conseguia ficar feliz com isso como na outra noite no Pub? Ele foi um garoto legal, educado, gentil, bonito e parecia ter a doçura que você procurava em um parceiro. Também foi paciente, calmo e te entendeu em suas palavras desajeitadas.
Mas talvez, no final de contas, toda essa indecisão tivesse menos a ver com o garoto loiro de cabelos perfeitos, e mais a ver com o garoto insolente de cabelos castanhos opacos.
Você estava se achando uma fraca por ter cedido assim, e por mais que o orgasmo tenha sido intenso, e te deixado com a cabeça nas nuvens, isso ainda não compensava os erros que o mesmo havia cometido. Você tinha que seguir em frente, merecia ao menos isso.
Matias nunca seria quem você precisava que ele fosse. Mesmo que no namoro breve ele tenha se mostrado empenhado, e perfeitamente dedicado ao relacionamento dos dois, você sabia que havia sido tudo mentira. Ele nunca havia desistido de Malena, nem antes, e com certeza não agora.
E com todos esses lembretes indesejados, e medo de encarar a dura verdade do porque você se pegou ligando para Matías no meio da noite, o seu final de semana se passa lentamente sem mais nenhum maior incidente.
Quando a segunda de manhã chega, junto com o seu primeiro dia no emprego novo, você não sabe muito bem como deve se sentir. O nervosismo está presente, é claro. Mas também, tem outra coisa. A ansiedade, animação, e a excitação de rever o rapaz encantador de cabelos claros mais uma vez, e poderem continuar de onde pararam.
E com esse pensamento na cabeça, você decide que hoje tomaria a iniciativa, e teria coragem de chamar Santi para sair.
Você iria superar o Matías, não importa como.
— — — — — —
Mais tarde, já dentro das acomodações da empresa, você se encontrava em uma sala espaçosa, que contava com várias mesas, e armários repletos de arquivos, e computadores modernos para os funcionários. Você tem que admitir que o ambiente corporativo realmente cai bem no rapaz à sua frente. Agora que pode observá-lo com mais calma, não consegue deixar de fixar o olhar na camisa social dobrada até os cotovelos, marcando o braço levemente musculoso acentuado pelo tecido.
Seus olhos ainda estão seguindo essa linha de visão, chegando até o queixo e lábios suculentos, quando é despertada pela voz doce, que ainda te explicava as coisas com atenção:
-E esses arquivos são salvos, e armazenados no setor de contas a pagar… - Ele fala, sentado na cadeira ao seu lado, te apontando os documentos na tela luminosa.
-Quer sair mais tarde? - Você o interrompe com a pergunta repentina- Pra tomar um sorvete, ou sei lá, nada muito elaborado. - O explica, com as bochechas corando pela proposta fora de hora.
Ele não responde nada no primeiro instante, parecendo surpreso demais para dar uma devolutiva concreta. Você está quase mudando de ideia, se amaldiçoando por ser tão impulsiva e inconveniente quando tudo o que ele estava fazendo era exercer bem o trabalho dele. E com as bochechas ainda coradas, e sobrancelhas franzidas, você começa a abrir a boca para se desculpar, mas é impedida por ele falando antes:
- Eu adoraria - Ele diz, com um sorriso tímido - Mas você passou na minha frente, eu quem deveria te chamar pra sair primeiro - Ele explica.
-Você pode me chamar na próxima - Solta sem pensar, só então se dando conta de que com isso, está assumindo que terão um próximo encontro, se é que poderia ser chamado assim.
-Vou chamar - Ele concorda, com um olhar que te dá borboletas no estômago.
E é desse modo que acabam no parque mais tarde, a algumas quadras de distância do prédio, com o dia ainda ensolarado após o horário de expediente, só caminhando, e desfrutando da companhia um do outro, enquanto conversam sobre tudo, e nada ao mesmo tempo com uma casquinha de sorvete na mão.
O gelado era extremamente doce, e vinha de um dos diversos carrinhos espalhadas pelo lugar repleto de árvores, com pessoas e crianças andando, ou praticando algum tipo de esporte, com risadas pairando ao vento.
Mas conforme se atualizavam mais um do outro, e tentavam se conhecer o máximo que podiam em alguns quartos de hora, o peso e culpa finalmente se faziam presente em seu âmago, te batendo com força, e te deixando com a consciência pesada, com um amargor na boca.
Ele estava aqui, tentando construir algo com você, e você há apenas alguns dias atrás estava com a boca de outro cara entre suas pernas. Santi te disse que não queria intimidade naquele banheiro, simplesmente porque queria te conhecer melhor, e fazer as coisas direito, no tempo certo. Como um primeiro encontro, e um jantar decente antes, mas você jogou tudo pro ar, quando fez exatamente o contrário com outra pessoa na manhã seguinte.
Não poderia continuar assim, tinha que contar a verdade a ele, mesmo que ele decidisse se afastar após isso. Era o justo, ele tinha que saber onde estava se metendo. Saber que estava querendo entrar em um relacionamento com uma pessoa com a cabeça completamente fodida e transtornada pelo ex babaca.
-Eu queria te contar uma coisa, Santi. - Diz em um tom mais sério, conforme se aproximam de um dos bancos mais afastados, se se sentam, olhando para as pessoas transitando, e vivendo suas próprias vidas.
-Pode falar. - Ele diz, despreocupado. - Sou todo ouvidos - Continua, te encorajando.
Você inspira profundamente, e decide que é melhor amaciar um pouco as coisas, antes de arrancar o band-aid de uma só vez. E soltando um suspiro pesado, finalmente começa a contar os últimos acontecimentos a ele.
-Eu saí de um relacionamento complicado há um tempo. Já tem uns dois meses, na verdade. - Relata, levando o olhar para baixo, e encarando os próprios pés como se eles fossem a coisa mais interessante no mundo.
-O que aconteceu? - Ele pergunta, ainda sem entender onde você está querendo chegar, mas apreciando a confiança que você tem de se abrir, e compartilhar seu passado com ele.
Você solta uma risada amarga com a lembrança:
-O de sempre, eu acho. Ele gostava de mim, ou eu achava que gostava, e então a ex apareceu, e ele decidiu que queria ficar com ela. Pelas minhas costas, é claro. - Você diz com escárnio na voz, e fazendo pouco caso. Afinal, não é como se isso tivesse te destruído por dentro, e você tivesse passado semanas chorando em seu apartamento.
-Sinto muito. -Ele diz em um tom compreensivo - Ele é um idiota por ter feito isso, não sabia o que tava perdendo - Fala e te cutuca com o cotovelo, sendo galanteador, e reconfortante ao mesmo tempo.
-Obrigado - Você o agradece, e seu peito queima com a ansiedade de suas próximas palavras - Mas eu to te contando isso, porque eu odiaria te machucar por alguma mentira ou omissão de fatos. - Declara com a voz baixa.
-O que você quer dizer? - O loiro ao seu lado pergunta, ainda calmo e paciente.
Ele é tão bom, que faz com que a culpa dentro de você doa ainda mais. As lágrimas pareciam querer surgir, e suas mãos começavam a tremer conforme o momento se aproximava. Você iria perder ele, perder a unica pessoa que parecia gentil, e que parecia querer algo a mais do que fazer sexo casual e depois te chamar de amiga na frente dos colegas. Mas tinha que ser feito. Você odiava Matías por ele ter mentido, e se você fizesse o mesmo, estaria sendo hipócrita.
Então clareando a mente, e com um longo suspiro, continua:
- Sábado, eu liguei pra ele bêbada, o que foi uma idiotice. E ele passou a noite lá - Cospe tudo de uma vez - E… nós acabamos ficando no dia seguinte - Confessa a última parte temerosa e aflita.
Ao contrário do que você esperava, uma retaliação, gritos, ofensas, ou o que fossem sendo jogados em você, ele não faz nada disso. Tudo fica em um silêncio mortal entre os dois, com ele sem saber o que dizer, e você sem coragem de abrir a boca para mais nada. Você decide erguer o olhar para ver como ele estava, e engole em seco quando nota que a animação dele com o “encontro” dos dois, obviamente ficou abalada depois de suas transgressões e confissões.
Depois de algum tempo, ele toma a iniciativa de falar primeiro:
-Entendi. - Ele fala curto, e mordendo o lábio inferior em nervosismo - Vocês voltaram? Ainda tem sentimentos por ele? -Questiona, claramente chateado, e esperando a sua resposta, enquanto agora é ele quem evita o seu olhar.
-Não, eu nunca vou voltar com ele, ele é um idiota - Você responde, e jura que sente os ombros do garoto ficarem menos tensos, e relaxarem ao seu lado, em sinal de alívio - Pra ser sincera, eu não sei o que deu em mim. Eu só estava com raiva, ressentida, e ainda tentando entender como tudo acabou entre a gente - Começa a desabafar - Eu só sei que se eu tiver resquícios de sentimentos por ele, não quero ter mais, porque nunca, nunca mais eu volto com aquele imbecil. - Termina, se sentindo melhor por tirar esse peso das costas, e esperando para ver o que Santi iria dizer.
Ele procura os seus olhos, e te encara no que você acha que pode ser a sua alma, com tanto afinco que você fica perdida nas orbes dele:
-Eu só preciso saber de uma coisa - Ele fala, e se aproxima mais de seu corpo no pequeno banco - Você sentiu algo quando me beijou? Lá no fundo, eu ao menos consegui despertar algo em você? - Questiona, sem saber o efeito que ele tem sobre você.
-Sim - Você diz rapidamente, e se inclina mais na direção dele, com medo que ele se afaste, mas ele não faz isso - Eu me senti como uma garotinha quando te vi pela primeira vez, e sinto muito por toda essa confusão - O confidencia com as bochechas corando.
- Vamos deixar isso no passado então. - Ele diz com um sorriso fraco - Vamos focar na gente, e eu vou te ajudar a superar aquele idiota- Ele termina, arrancando um sorriso livido de seus lábio, e se inclinando para finalmente depositar um beijo em você, e juntar as suas bocas.
E a partir deste dia, com os olhos fechados, e com a língua dançando de encontro a dele, você jura que nunca mais vai fazer nada que pudesse magoá-lo, ou quebrar a confiança dele. Matías era seu passado. Mas esse cara à sua frente, bonito, compreensivo, paciente, e gentil, era o seu presente e futuro, e agora você não tinha mais dúvidas disso.
— — — —
Talvez tivesse um significado maior por trás disso. Talvez fosse porque aquele foi o lugar em que você se abriu mais, e se deixou ser vulnerável ao olhos dele, ou talvez porque foi onde você compreendeu que as coisas entre você e Santi iriam para frente, mas independente do que fosse, de algum modo ambos pegaram o costume de sempre ir a aquele parque quando pudessem. Como quando ele te acompanhava até em casa para caminhar um pouco, ou experimentar uma entre as várias barraquinhas de sorvete e carrinhos de pipoca, ou até mesmo uma das vezes no final de semana, em que ele trouxe o cachorrinho dele para desfrutar do ambiente espaçoso, e cheio de árvores, ou as crianças que sempre paravam querendo acariciar o pequeno aventureiro de quatro patas.
Então quando você recebe a notícia de que uma de suas aulas havia sido cancelada, e era seu dia de folga no estágio coincidindo com a folga de Santi, não perde a oportunidade de chamá-lo para aproveitar o clima no parque com você para relaxar no local, com o sorvete que já estava se tornando o seu favorito.
Vocês caminham, enquanto Santi te conta mais uma das diversas histórias hilárias pelas quais ele foi obrigado a presenciar no trabalho. O enredo é tão longo e envolvente, que você nem percebe que terminou sua casquinha até que Santi se ofereça para jogar fora, enquanto continua narrando tudo.
-Meu Deus, para! Você tá me matando com isso - Você diz, levando as mãos a barriga, tentando conter a dor que as gargalhadas estavam te causando. Suas bochechas estão coradas, e você não sabe se é pelo calor, ou pela falta de ar que está sentindo por conta do riso.
-É sério, aquele povo é louco - Ele continua.
Suas gargalhadas só cessam depois que ele passa os braços serpenteando sua cintura e te traz para mais perto do calor dele. O perfume dele te envolve, junto com a essência calma, e a tranquilidade que ele te proporciona. Tudo com ele era assim: seguro, estável, e firme. Ele estava pouco a pouco se tornando sua âncora, a qual você mal sabia que precisava.
- Eu queria tanto te beijar agora. - Ele diz baixinho em seu ouvido, como se fosse um segredo.
- Eu gostaria que você fizesse isso. - Responde, olhando no fundo dos olhos dele.
E então acontece, um beijo calmo, terno, com os lábios saudosos e cheios de desejo neles. Vocês nunca foram além disso, pois mesmo saindo quase todos os dias desde que se conheceram, ele queria te dar o seu tempo, e seu espaço, o pelo qual você era grata, mas queria mostrar que estava pronta para mais.
- Me toca - Sussurra no ouvido dele.
E ele obedece, ganhando coragem e trazendo as mãos até o seu traseiro, onde aperta a área com vontade, surpreendendo a vocês dois. O toque quente dele te inebria, e antes que você perceba, solta um gemido sôfrego nos lábios dele. E mesmo quando vocês são obrigados a se separarem para recuperar o fôlego, não se largam totalmente, ainda compartilhando olhares cúmplices e companheiros.
- Você é tão perfeita. - Ele diz, com a testa ainda apoiada a sua, com delicadeza.
- Você é mais - O responde, escondendo o rosto no pescoço dele, e inalando o perfume do mesmo.
Você adora o modo como se sente à vontade com ele. O modo como ele parece te entender e sempre te faz se sentir melhor. Ele é o que você sempre quis, escrito e seguido à risca. Nada poderia estragar isso.
Ao menos, era o que você pensava.
Depois disso, a única coisa que sabe é que em um instante está nos braços calmos do garoto, e no seguinte, sente um empurrão contra ele sendo arrancado de você, e jogado no chão com toda a força.
Você não consegue assimilar as coisas direito, só sabe que escutou uma ameaça em um tom de voz muito familiar, e muito raivoso. E como se a voz não fosse o bastante, ainda havia os fios castanhos que você não tinha dúvida de que sabia a quem pertenciam.
Era Matías. O seu ex namorado intrometido. O seu ex namorado idiota que agora está em cima de Santi, e desferindo socos em seu rosto. O loiro até tenta se defender sem ser agressivo, mas depois de levar mais um golpe na cara, desiste e começa a revidar o rapaz magrelo e irritado.
-Parem com isso, os dois! - Você diz, recobrando a consciência e tentando se impor, mas nenhum dos dois parece escutar. - Eu já disse pra parar! - Tenta de novo, sendo ignorada mais uma vez por eles.
Sem alternativa, e antes que possa pensar direito, você decide entrar no meio para tentar separar a briga, e parar com essa coisa antes que chamem a atenção das pessoas que estão passando em volta:
-Já chega - Grita, e agarra Matías pelos ombros com raiva. E o mesmo com medo de te machucar, para os golpes no mesmo instante, se afastando do loiro, mas não sem antes receber um último golpe de Santi, que ganha um olhar feio seu.
Você lança um olhar desapontado para Santi, de repente se sentindo muito protetora em relação a Matías, mesmo sendo ele quem tenha atacado primeiro. Você entende o porquê dele estar chateado, mas acha ridículo ele ceder aos impulsos do Recalt e devolver os socos.
Essa situação toda é tão estúpida. Os dois tontos agora estão desgrenhados, com grama no cabelo, e roupas amassadas devido a briga. Santi está com a pele um pouco avermelhada e arranhada na região dos olhos, mais em específico no direito, mas nada muito preocupante, ou com risco de ficar com hematomas mais tarde. Afinal, Matias era péssimo em brigas, mesmo sendo sempre tão propenso a uma . Mas tirando isso, nenhuma das outras pancadas desferidas parecem ter feito muito estrago.
Já Matías está um pouco melhor, pois nenhum dos golpes parecem ter o atingido com muita força. Ao menos, isso é o que você pensa, até notar o supercílio dele começando a sangrar devido à pele que foi rompida.
Seu instinto quer te fazer ir nele e confortá-lo, limpar o machucado, e levá-lo para o médico mais próximo para ter certeza de que ele iria ficar bem.
- Meu Deus, você tá sangrando Matías, que merda foi essa? O que você tá fazendo aqui? - Você começa a surtar com ele, enquanto o mesmo nem parece notar o machucado.
Imaginar que ele está com dor, também te machuca, e dói. Mas você tem que se manter firme, afinal, foi ele quem começou com tudo isso.
- Qual é o seu problema, cara? - Santi pergunta irritado.
E é óbvio, que nenhum dos dois parecem ter aprendido a lição, e parecem prontos para um segundo round.
- Na verdade, é você - Matías diz no mesmo tom irritadiço - Quem você pensa que é pra ficar tocando nela desse jeito?
- Tá falando sério? Quem é você, e o que você tem a ver com isso? - Santi retruca - Caso não tenha notado ela tava gostando, e muito. - Diz o loiro com o peito estufado, te fazendo corar com o compartilhamento de informação.
E é óbvio que o destino decide brincar ainda mais com sua cara, fazendo as coisas piorarem a cada segundo:
-Espera um pouco! - Santi lança um olhar, medindo o garoto de cima a baixo, conforme as engrenagens giram na cabeça dele, e finalmente se dá conta do que estava acontecendo - Entendi, você deve ser o ex-babaca. - Ele diz, com um sorriso sarcástico.
- Seu fodido do caralho. - Matías fala, pronto para avançar mais uma vez para cima do rapaz.
Mas você entra na frente dele de novo, o impedindo.
- Matías para com isso! - O repreende com o dedo apontado na cara dele - Você já está machucado, tem que ir embora, e passar em um hospital. - Fala, tentando trazer um pouco de consciência para a cabeça dura do mesmo, enquanto o sangue continuava escorrendo.
Ele só revira os olhos, e te encara com fervor:
- Eu não vou a lugar algum até a gente ter uma conversa. - Ele diz, batendo o pé teimoso.
E o olhar determinado dele, te mostra que ele não iria desistir fácil, e que estava falando muito sério. Mas só quando você escuta alguns cochichos, é que percebe as pessoas em volta olhando para vocês. O seu rosto cora na mesma hora com a atenção indesejada, e ao menos quando você as encara de volta, elas têm a decência de desviarem o olhar para o outro lado, e parecerem desinteressadas enquanto começam a se dispersar pelo parque.
Você tinha que dar um ponto final disso, e sabia que não teria como escapar do rapaz petulante e insolente desta vez. Então mesmo chateada, e fervendo de raiva, caminha até Santi para se despedir e ter a conversa que não poderia mais ser adiada com Matías.
- A gente continua isso outra hora, ok? - Diz se aproximando do loiro, e levando as mãos ao rosto franzido dele. Com uma mão você segura e acaricia o maxilar tenso, e a outra, arranca com delicadeza os vestígios de grama ainda presentes no cabelo do rapaz.
Você nota como ele fica desapontado com a sua despedida, mas aceita a sua decisão com um aceno simples de cabeça, te deixando ir. E neste instante, você não se importa se Matías ou os outros estão olhando ou não, só sabe que está brava pela interrupção, e que ele não merece um pingo de consideração sua. Deste modo, você se inclina, e beija Santi com carinho nos lábios, o qual ele corresponde na mesma hora, e solta um suspiro quando se separam.
- Te vejo amanhã? - Você o pergunta.
- Tudo bem. - Ele concorda, roubando um singelo selinho seu, antes de te deixar ir de vez, e se afastar. - Me liga se tiver algum imprevisto- Ele diz, dirigindo um olhar severo a Matías que está carrancudo mais ao lado, com as mãos fechadas em punho e fervendo de ciúmes.
- Ok. - Você o responde, dando um último sorriso, antes dele se virar a contragosto, e começar a ir embora.
O rapaz mal some de vista antes de Matías recomeçar a falar - Eu…
- Aqui não - Você o interrompe na mesma hora com a cara azeda - Você me matou de vergonha com o seu showzinho, e eu não vou ficar aqui mais nenhum minuto.- O responde, dando as costas e começando a andar. E quando ele fica empacado no mesmo lugar, você se vira impaciente - Vai vir ou não? - Fala mal humorada com os braços abertos, para que ele te siga.
E obviamente, ele obedece.
————
Você ainda não consegue acreditar no que Matías acabou de fazer. Tudo bem que às vezes ele era um pouco sem noção, mas nunca tinha feito uma cena tão enfadonha como essa, assim em público. Parecendo um homem das cavernas territorial, ou um marido nos anos 50 querendo defender a honra da esposa. Ele estava totalmente louco, e já havia perdido a razão há muito tempo.
Mas você sabia que ele não iria desistir fácil, então mesmo contra a sua vontade, teve concordar em dar um pouco do seu tempo a ele. Para escutar as desculpas esfarrapadas, ou os argumentos sem embasamento algum, que fosse sair da boca mentirosa dele.
Mesmo contra a vontade dele, você insiste para que passem em uma farmácia ao menos para comprar algo para estancar o sangramento. E após ele ser avaliado rapidamente pelo farmacêutico, e ver que o corte não foi profundo, um band-aid seria o bastante e daria conta do recado.
Após isso, vão para o primeiro lugar que encontram, que seria privado o bastante para conversarem. O lugar escolhido é em uma pequena lanchonete local que avistam perto do parque, e mesmo não parecendo das melhores, e você estando completamente sem apetite depois de tudo isso, teria que servir por enquanto. Você jamais o levaria de volta para sua casa, ou o acompanharia até a dele, era arriscado e nostálgico demais para o seu humor já abalado.
Por sorte, não tinham muitas pessoas no estabelecimento, e vocês conseguem uma mesa assim que entram no lugar, escolhendo uma mesa mais no fundo, para terem maior privacidade. Assim que se sentam, ainda com a cara emburrada um para o outro, são interceptados por uma jovem garçonete que veio anotar os pedidos.
Você só pede um copo d 'água sabendo que não vai se demorar muito ali, e torce para que ele faça a mesma coisa.
-Eu não vou querer nada, obrigado. - Ele diz, curto e prático, sem desviar os olhos de você.
Assim que ela se retira, você se mexe desconfortavelmente em seu assento, com o olhar ainda furioso do rapaz. Ele não era a vítima aqui, então deveria parar de agir como tal. Depois dele decidir, que já está bom de te encarar, ele para, e finalmente parece disposto a começar a conversa primeiro:
- Quem é ele? Tão namorando? - Questiona firmemente, cruzando os braços.
Você solta uma risada amarga com isso:
- É sério que essa é a primeira coisa que você vai dizer pra mim depois de tudo? - Fala arqueando a sobrancelha ainda desacreditada.
Vocês estavam aqui para ele te dar explicações, não o contrário. Você fez o que fez, mas quando estava solteira, muito diferente dele. E ainda assim, ao invés dele tentar ser complacente e se pôr em seu lugar, ele se acha no direito de te cobrar alguma coisa.
- Ah desculpa, a minha boca não te agrada mais? Você parecia tá gostando muito dela há um tempo atrás, pelo o que eu me lembro - Ele pergunta ironicamente - Mas talvez prefira a do seu loiro aguado agora. - Te ataca, mais uma vez trazendo Santi a pauta da conversa.
Honestamente, sua paciência em relação a ele já estava escassa, e se ele não fosse levar as coisas a sério, você também não iria.
- Vai se foder Matías, eu vou embora. - O insulta, enquanto se levanta da mesa com pressa e raiva.
Como ele ousa usar esse momento de fraqueza contra você? Foi ele quem te seduziu e te levou até aquele momento. E agora, tudo o que você menos quer é ter que ficar dando aulas a ele em como essa conversa não era a seu respeito, e sim sobre ele. Você estava solteira, e assim, poderia fazer o que quisesse, com ou sem a aprovação dele, e se ele não entendesse isso, então você iria embora. Mas antes que possa se afastar da mesa, ele te agarra pelo pulso e fala em um tom mais neutro e contido:
- Espera! Tá bom, foi mal. - Ele se desculpa, mordendo a língua com certeza para conter boas das palavras que ele queria realmente te dizer.
Era seguro afirmar, que neste momento, com certeza vocês não eram a pessoa favorita um do outro. Mas ainda assim você se senta de volta ao seu assento, para que ele possa acabar com toda essa encenação, e poder recitar logo o monólogo que ele parece tanto querer que você escute.
- Eu quero te pedir desculpas. Por tudo. - Ele fala de uma vez, procurando de volta o seu olhar, e você só acena concordando com a cabeça para que ele prossiga.
- Foi idiotice. Não deveria ter feito o que fiz, assim como não deveria ter mentido pra você também. - Admite.
- Porque fez aquilo? - O questiona, antes que possa se conter. Mas você queria tanto saber o motivo que não teve outra escolha. Esse questionamento te assombrou por meses. Ele sentia falta dela? Ainda nutria sentimentos? Ou simplesmente o sexo entre os dois não era o suficiente para ele, que o mesmo teve que ir se satisfazer em outro lugar? Eram infinitas as possibilidades, e só ele poderia sanar essa dúvida que te corroía.
- Eu pensei que você estivesse com alguém na época. Fiquei com ciúmes, e irracional. - Ele começa falando, e depois de hoje, você finalmente viu o quão possessivo ele poderia ficar - Achei que se você estava com outra pessoa, então eu também poderia ficar. - Admite a linha de raciocínio envergonhado.
- Uau. Que rápido, em um estalar de dedos você já queria ficar com outra pessoa. - Constata amargamente - Nem pensou em ter uma conversa comigo, só quis ficar com a primeira que aparecesse na sua frente. Realmente isso me faz sentir muito melhor. - Fala sarcasticamente.
E antes que ele possa rebater, a garçonete retorna com o seu copo d’água, e o coloca à sua frente, assim calando os dois.
- E porque ela? - Você o questiona, assim que a garota se afasta, e você nem precisa mencionar nomes, pois ambos já sabem de quem estão falando.
- Era a opção mais fácil, eu acho. - Ele responde desanimado, e obviamente ressentido no modo como tinha usado as duas para o próprio interesse.
- Ou talvez porque você ainda tenha sentimentos por ela. - Retruca na ponta da língua com ódio em suas palavras.
- Claro que não! - O mesmo se defende, negando suas acusações com convicção.
- O pedido de namoro, até isso foi igual, Matías. Mas era o que eu merecia né? Qualquer coisa tá bom pra quem não tem nada, nem precisou se esforçar muito. - Fala o relembrando do momento que um dia te foi mágico, mas que hoje só te dava náuseas e arrependimento.
- Eu fui um idiota, me desculpa, você merecia muito mais do que aquilo. - Ele diz e abaixa o olhar - Eu só quis ser romântico, e não sabia como fazer isso de outra forma.
- Não me interessa! Eu tô cansada de te desculpar. - Fala exaltada, e soltando um suspiro quando leva as mãos a cabeça, que já estava começando a latejar.
- Podemos resolver isso, conversar e… - Ele tenta remediar, e você o corta no mesmo instante.
- Óbvio que não. Era isso que você pensou que ia acontecer? Me pedir desculpas e pronto? Eu iria esquecer tudo? - Questiona indignada, em como ele te achava fácil de manipular.
- Não! mas eu quero uma segunda chance, uma chance de me redimir e voltar com você. - Ele se explica.
-Porque Matias? Eu realmente não entendo. - Você o diz cética - Porque você não aproveita essa oportunidade pra voltar com ela? Fingir que eu nunca existi e continuarem o seu relacionamento de onde pararam? - O questiona - Era o que você quis por tanto tempo. E agora você pode ter ela. - Diz a ele, mesmo que essa possibilidade faça o seu coração sangrar, e no fundo seja tudo o que você menos queira.
-Eu não quero voltar com ela. Quero voltar com você. - Ele resmunga, parecendo uma criança birrenta que não vai desistir do doce favorito.
Mas ainda assim, você se sente uma idiota pelo modo como seu coração começa a bater mais rápido com as palavras dele. O alívio, e a auto afirmação se fazendo presente, e te mostrando que mesmo não querendo, você ainda se importava com a afeição dele. Mas rapidamente empurra esses sentimentos para o fundo de seu peito, pois você não poderia se deixar enganar, não de novo.
- A gente nunca vai voltar, entendeu? Nunca mais. - Diz seria, sabendo que se manteria firme a sua palavra, não importasse o que acontecesse.
Você se recusava a se arriscar a ter o coração partido por ele outra vez. Chances de fazer as coisas direito foi o que não faltaram, e agora já era tarde demais. Você seguiu em frente, e ele deveria fazer o mesmo.
Parecendo que está lendo os seus pensamentos, ele retruca, interrompendo sua linha de raciocínio:
- Ele nunca vai ser tão bom quanto eu, você sabe disso. - Ele diz seguro de si, e do controle que exerce em você, e em seu corpo.
Você se odeia pelo quão certo ele está, e do quão ciente ele é do efeito que te causa. Mas Santi também seria um bom amante, ao menos era o que você iria descobrir, e com sorte não se decepcionar:
- Isso não é da sua conta - Joga na cara dele, e começa a se levantar - Você pode ficar com a Malena, ou com qualquer outra pessoa que quiser, eu já me cansei disso. - Termina de falar, e deixa o dinheiro na mesa, junto com a água intocada, e se dirige até a porta para ir embora.
Mas é claro, que quando já está do lado de fora, quase livre, ele te alcança mais uma vez, e começa a falar de novo:
-Eu vou esperar. - Ele diz.
-Esperar o que? - Você se vira irritada para o rapaz.
-Você perceber que não quer ele - Ele diz sem aparentar insegurança - Eu sei que você ainda me ama, e eu vou te esperar o tempo que for preciso pra você finalmente entender que eu só quero você, e que fomos feitos um para o outro.
Uma parte sua quer ceder, e dizer que sim. Pois por muito tempo, tudo o que você sempre quis, foi escutar essas afirmações de pertencimento vindas por parte dele. Ouvi-lo falar que só queria você, e que eram destinados um ao outro. Mas isso era passado, sonhos que já nasceram e morreram com o tempo. Sonhos bobos que só te trouxeram desilusão e decepção por depositar expectativas na pessoa errada.
Isso não aconteceria de novo.
-Pode esperar sentado então, Matias. - Fala o dando as costas, e se afastando dele.
E dessa vez, ele finalmente te deixa partir. Mas a cada passo mais perto de sua casa, e para mais longe dele, você continua a reafirmar em seu coração que a sua decisão tomada, foi a correta. Você jamais iria voltar com ele, e os sentimentos que te consumiam iriam sumir. Certo?
——
Editei e postei pelo celular, então se encontrarem um erro relevem kkkk, espero que gostem e até o próximo 💖🫶
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notasfilosoficas · 1 year
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“El reino de los cielos está dentro de vosotros y el que se conoce a sí mismo lo encontrará. Conócete a ti mismo”
Jesús de Nazareth (Papiros de Oxirrinco)
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Los papiros de Oxirrinco son un grupo de manuscritos descubiertos a finales del sigo diecinueve y principios del veinte por los papirologistas Bernard Pyne y Arthur Surridge en un antiguo depósito de basura cerca de Oxirrinco en Egipto.
El manuscrito data de la época del reinado de los Ptolemaicos que abarca desde el 305 AC al 30 d.C., la más larga dinastía en Egipto.
Desde 1898, los académicos han juntado y transcrito cerca de 5,000 documentos contenidas en cientos de cajas de papiros fragmentados por lo que representa solamente el 1 o 2% del material estimado en mas de medio millón de papiros esperando ser conservados, transcritos, descifrados y catalogados.
Los papiros contienen una gran cantidad de temas en griego y latín, desde administrativos, seculares, históricos, matemáticas, poesía así como traducciones del nuevo y viejo testamento.
También se incluyen copias de los testamentos apócrifos como el evangelio de Tomás y el de María Magdalena.
Las excavaciones que se realizaron en el vertedero de basura en el area en el que en antaño se ubicó la ciudad de Oxirrinco en Egipto, dejó al descubierto fragmentos de papiro que contienen lo que se supone que fueron dichos de Jesús, sin embargo, lo que habría sido llamado el Evangelio de Tomás no se conocía para entonces hasta el descubrimiento de los códices griegos de Nag Hammadi a finales de 1945 que verificarían que los fragmentos de Oxirrinco, pertenecieron al Evangelio de Tomás.
El evangelio de Tomás, también conocido como el Evangelio copto de Tomás, es un evangelio no canónico, considerado apócrifo de dichos de Jesús.
El texto copto, es el segundo de los siete documentos que los estudiosos modernos denominan como Códice II, y está compuesto por 114 dichos atribuidos a Jesús. Casi la mitad de estos dichos se asemejan a los que se encuentran en los evangelios canónicos, mientras se especula que los otros dichos se agregaron de la tradición gnóstica.
El manuscrito data de alrededor del año 340 d.C. y aunque la introducción dice; “Estas son las palabras ocultas que habló Jesús vivo y Judas Tomás Dídimo escribió”, Los eruditos modernos rechazan la autoría del apóstol Tomás, y es posible que el documento se haya originado dentro de una escuela de cristianos primitivos, posiblemente proto-agnósticos.
El evangelio de Tomás es muy diferente en el tono y estructura de otros apócrifos del Nuevo Testamento y los 4 evangelios canónicos, ya que no se trata de un relato narrativo de la vida de Jesús sino mas bien de logias o dichos atribuidos a Jesús, a veces independientes y otras incrustadas en diálogos o parábolas breves.
El manuscrito del texto copto fue publicado en una edición fotográfica en 1956 y la primera traducción en inglés en 1959. En 1977, James M. Robinson editó la primera colección completa de los textos de Nag Hammadi y el Evangelio de Tomás ha sido traducido en múltiples idiomas.
Fuentes: Wikipedia, elescriturista.blogspot.com
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romanticaperfeita · 6 months
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"E se um dia, eu for o motivo da tua alegria… A sensação flutuante que carregas dentro do peito em breves, e eternos instantes de felicidades saiba, que estarei em um estado pleno da alma pois a vida é feita de fragmentos belos e mágicos onde o coração, se eleva na grandeza do amor."
-Kity Araújo
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poemsandpoetrymx · 28 days
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“Soy rebelde, injusta como las tempestades”
Adriana Díaz Enciso, Estaciones (2004)
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bip-olar · 1 month
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Labirinto
Entre as linhas tênues do pensamento, um pêndulo oscila, dançando com o vento. É um vai e vem sem razão aparente, um sussurro que se transforma em grito, e de repente, tudo silencia. O caminho que parecia claro se dissolve em névoas, mas os passos continuam, guiados por uma bússola sem norte.
Há momentos em que as estrelas brilham tão intensamente que o mundo inteiro é um palco iluminado, onde tudo é possível, onde as palavras fluem como um rio transbordante. Mas, logo, as sombras se alongam, engolindo o brilho, e a escuridão não é apenas uma ausência de luz, mas uma presença palpável que pesa sobre os ombros.
O coração acelera sem motivo, como um cavalo indomado, e o mundo gira rápido demais, ou talvez devagar demais, e a linha entre o que é e o que não é se embaralha como um emaranhado de fios. E em algum lugar, no centro desse labirinto, há um fio que guia, mas cada toque nele parece soltar um novo nó.
Cores vibrantes se misturam com cinzas monótonas, formando um mosaico que nunca se completa. As peças, cada uma delas única, parecem se encaixar por um breve instante antes de se dispersarem novamente, em um jogo que nunca termina. É uma dança, ora lenta, ora frenética, onde os passos se repetem mas nunca são os mesmos.
E então, surge uma voz suave, uma melodia distante que acalma o caos por um momento. O ritmo desacelera, os nós se afrouxam, e o caminho se desenrola, revelando uma clareza fugaz. Mas é apenas um eco, um fragmento de harmonia que logo se perde no tumulto dos pensamentos em espiral.
Assim, segue-se em frente, não por escolha, mas por necessidade. A mente é um labirinto sem fim, onde cada curva promete uma saída, mas leva apenas a outra encruzilhada. E no fundo, talvez, a busca não seja pela saída, mas pela compreensão de que o labirinto é, de alguma forma, o próprio lar.
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dau00 · 3 months
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Nos confins de sua mente, bem lá no fundo, um véu de neblina se ergue desfazendo-se em fragmentos de quimeras, onde a realidade se dissipa. Caminha por labirintos de sombras, onde seus passos são murmúrios surdos, uma sinfonia dissonante, que ressoa sobre os ecos de uma memória desvanecida.
Evelyn é pluma ao vento, suspensa em correntes de solitude, navegando em mares de angústia, onde a superfície indesejada é um espelho em estilhaços. Seu corpo é uma concha vazia, que reverbera lamentos do que outrora já foi, sua essência flutua, intangível, como estrelas em um firmamento deserto.
O mundo ao seu redor é um palco de espectros, cada figura é uma marionete de névoa, que se desfaz ao toque. Sente a leveza de existir, mas também o peso esmagador de um coração descompassado que pulsa em um ritmo próprio, alheio ao compasso do tempo.
Seus olhos são janelas para um universo fragmentado, unido em algo que não entende, mas é agridoce. Sua retina reflete a beleza e a dor de viver entre dois mundos; aqui, a linha entre o real e o irreal é uma seda afiada. Uma tapeçaria de sonhos entrelaçados com complexos fios de saudades.
Também há momentos em que encontra consolo nos lírios alvos de seu pequeno jardim, delicadas e puras pétalas, que a lavam a alma, como que um lembrete de que Evelyn apesar de vazia, ainda ama, odeia, chora, ri, que ainda existe. Mas mesmo elas, em sua pura e branda dança ao vento, parecem tão distantes, tão intangíveis quanto as verdades que Evelyn futilmente busca em sua vida.
Pequena Evelyn, segue navegando entre os véus da realidade e do devaneio, abraçando a estranheza de existir, de ser pluma ao vento, de caminhar em superfícies de cristais, partidos, onde talvez algum dia, sua alma e corpo por um breve instante, se reencontrem e dancem nessa bruma.
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piroposa · 3 months
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Uma carta pra Isadora
Minha Querida,
Escrevo estas palavras com um nó na garganta
sentindo o peso de um amor não correspondido que me consome dia após dia.
Em meio às incertezas e à solidão que me cercam, sua presença brilha como uma memória distante de um passado em que éramos mais do que estranhos vagando em direções opostas.
É difícil articular a profundidade da melancolia que me abraça sempre que penso em você.
Suas palavras, seus sorrisos, cada fragmento seu se transformou em uma ferida aberta em meu peito que nunca cicatriza.
Como pude deixar que me perder em sonhos ilusórios, onde você era a cura para todas as minhas dores?
Em cada noite solitária, sua ausência ecoa como um eco triste em minha alma ferida.
Se ao menos você soubesse o quanto meu coração anseia por um vislumbre de esperança, por um lampejo de reciprocidade em seu olhar distante.
Mas entendo que somos como estrelas que brilham em órbitas divergentes, destinadas a nunca se cruzar.
Sinto a amargura de minhas palavras, a triste constatação de um amor não correspondido que se arrasta como uma sombra inescapável em meu caminho.
Mas saiba, minha amada, que mesmo na escuridão de minha desilusão, há uma chama tênue que persiste, alimentada pela lembrança do que poderíamos ter sido.
Que estas palavras alcancem seu coração de pedra, que mesmo que por um breve momento, possa compreender a extensão do que sinto por você.
Se um dia estas palavras encontrarem seus olhos, saiba que em meu silêncio final, seu nome será a última melodia que ecoará em meus ouvidos cansados.
Com uma tristeza que transcende o vazio,
Igor
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espejomonastico · 14 days
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Texto del Fausto de J. W. Goethe.
Mahler usa estas palabras en un pasaje de la Sinfonía no. 8. Siempre he amado esa breve sección. Hace unos días, en un beso, vino a mi recuerdo este fragmento. Quise decir entonces: Keulen, zerschmettert mich!
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cronicasdelholoceno · 1 month
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El Vampiro, John William Polidori.
Algunas notas sobre la lectura:
El Vampiro es un cuento muy sencillo cuyo valor (como tantas veces ocurre) se halla en su proyección en la tradición literaria posterior. Polidori es el primer autor que rescata la figura del vampiro del folklore y lo convierte en el noble perverso y seductor que a día de hoy sigue encarnando esta criatura en nuestro imaginario. No me extenderé más sobre ello porque Mariana Enríquez lo explica perfectamente en el prólogo a esta edición de Austral. La historia que rodea la creación de este relato también es digna de reseñar: surgió de la estancia de Lord Byron, Mary Wollstonecraft (luego Shelley), Percy B. Shelley y Polidori en una mansión en la que se recluyeron para contar y escribir cuentos de fantasmas en 1816, el 'año sin verano'.
"Eso parecía indicar un alma consciente de un reino más brillante"
Dado que esto son apuntes sobre mi propia lectura (no una reseña), quería escribir unas líneas acerca de de por qué subrayé esta frase. El estilo de El Vampiro no es del todo de mi gusto, pero soy una firme defensora de que los textos hay que leerlos tomando en consideración la tradición literaria en la que se inscriben. El Vampiro es un relato recargado y tiene un tono enteramente de cuento; es una narración a vista de pájaro, donde todo ocurre rápido y la acción se cuenta, no se describe. Sin embargo, el breve fragmento sobre la hermana de Aubrey llamó mi atención por dos razones: es muy introspectiva y no es tan tópica como la descripción de Ianthe, la eterna muchacha alegre, rubia, inocente que trota entre las ruinas mientras, a su lado, el héroe romántico dibuja en su cuaderno de viaje el Partenón.
Me gusta pensar que dentro de las personas existen reinos, palacios donde cada una de nuestras vivencias encuentra su lugar en una estancia que puedes cerrar bajo llave y decidir a quién abres, para qué y cuándo. La palabra reino parece decir 'esto es mío, aquí mando yo, no hay nada que puedas hacer para despojarme de esa autoridad' aquí dentro. Y eso también me gusta. También me gusta pensar que, pese a todo, esos reinos pueden ser brillantes y refulgir bajo la luz de un alma buena. Los palacios brillantes y los reinos imposibles me llevan siempre a pensar en Utena, lo que me lleva, sucesivamente, a pensar en Hesse y en los mundos interiores que se vuelven reales en cuanto tomamos consciencia de ellos. Nuevamente el yo existe porque es consciente de sí mismo. ¿Que sería de él si no?
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