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#glória da manhã planta
odivanvelasco · 6 months
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Azulzinha Planta do Cerrado Brasileiro
Azulzinha planta do cerrado brasileiro, também conhecida como: Glória da manhã. Mas qual é o nome científico dessa planta? Onde Encontrar Azulzinha Planta do Cerrado Brasileiro? Primeiramente é bom saber que esta planta é exclusiva do Bioma Cerrado Brasileiro, ou seja, ela é endêmica. Puxa! Que legal! Só quem tem o privilégio de andar nos cerrados podem encontrar essa maravilhosa planta. E de…
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vitorialada · 27 days
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defeitos fatais @silencehq. menções: @santoroleo & o ilustre sr. d.
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Em um instante, Stevie estava no bosque, espada em mãos e equipe de patrulha ao seu redor. Tinha saído às pressas, armadura posta desengonçadamente sobre o pijama e pés descalços na terra úmida noturna. À distância, gritos horrendos de dor faziam os pelos de seu braço eriçarem e o coração em seu peito bater mais rápido.
Mas, no seguinte, as árvores do bosque e o céu noturno, desprovido da luz da lua, não eram mais o que a cercavam. Elas giraram e deslizaram para longe, derreteram-se lentamente em sua visão periférica enquanto ela sentia o corpo pendendo para trás. E então, em vez delas, Stevie viu paredes brancas.
Estava parada no centro da sala de estar de uma casa estilo colonial, do tipo que enfeitava quadros de filmes e séries sobre famílias estadunidenses suburbanas. Era manhã, e o sol entrava pelas janelas que mostravam, lá fora, um gramado verde e uma cerca tão branca quanto as paredes, perfeitamente esculpida e alinhada. Contudo, apesar da visão, não havia barulho algum vindo do lado de fora — nenhuma buzina de carro, nenhum canto de pássaro, nenhuma criança brincando na calçada —, nem da casa que, apesar do tamanho notável, parecia vazia além de sua presença.
Stevie estudou as paredes. Elas estavam decoradas por estantes com retratos e estatuetas, plantas e cacarecos. Via uma ampulheta, uma escultura de porcelana de um cachorro e jarros de cerâmica. Também via diversas fotografias: ela mesma, com o pai, com McCartney ou sozinha. Com pessoas que não conhecia ou não se recordava, mas que estava abraçando no momento da foto. Com uma beca e diploma na mão, cores e símbolo de uma universidade que sabia não ser de Nova Roma.
“O que…” Deixou escapar, em um sussurro, mesmo que não houvesse concluído a própria pergunta. 
As fotos eram de uma vida que não tinha, cheia de pessoas que não conhecia e coisas que nunca havia feito. Viu em cada retrato seu próprio envelhecimento, fotos que só seriam tiradas daqui a dez, quinze, vinte anos. Uma vida como mortal. Finalmente, entendeu ser isso.
“Stevie.” Uma voz masculina chamou às suas costas. Em um pulo assustado, ela se virou para encontrar Leo — mais velho, rugas ao redor dos olhos e na testa, fios brancos misturados à cabeleira cor de areia. Seus olhos demoraram alguns segundos para assimilar a imagem, mas, ainda assim, reconheceria o irmão em qualquer lugar.
“Leo. O que… O que tá rolando? Onde a gente tá?” Perguntou ela.
“Não é uma questão de onde. É uma questão de quando. Essa é sua vida, Stevie, seu futuro.”
A semideusa soprou uma risada.
“Ok, tá. Mas sério, o que é isso? Como a gente parou aqui?” Ela insistiu.
A expressão do irmão assumiu um ar debochado, um sorriso torto nos lábios.
“O que é tão engraçado? Você acha que é boa demais para isso?” Ele gesticulou para a sala, a casa, a vida exposta nas molduras. “O que você esperava? A glória dos heróis?” Leo riu. “Você acha mesmo que merece ela?”
De repente, o rosto de Stevie enrijeceu. Rapidamente percebeu: aquele não era seu irmão. Mas, se não era ele, então quem? Ou o quê?
“Você é tão medíocre, Stevie. Só mais uma semideusa que acha que salvará o mundo. Você não conseguiu nem concluir uma missão. Heroína? Não. Você é uma fracassada. Jogou a carreira fora antes de conquistar qualquer coisa de valor e agora vai provar a todo mundo que é uma semideusa incompetente também. Esse…” Ele indicou a sala mais uma vez. “É o único legado que você vai ter. Uma vida qualquer para uma pessoa qualquer. E você devia ficar agradecida.”
Stevie sentiu uma lágrima solitária deslizar por sua bochecha. Aquelas palavras eram terríveis por si só, mas ouvi-las saírem de Leo… Era um sentimento estranho e angustiante, que lhe apertava o peito e amarrava a garganta, porque, por algum motivo, em seu âmago, estivera esperando por aquele momento. O dia em que seria desmascarada pelos que amava, em que eles finalmente perceberiam a farsa que era e o quão despreparada estava para a guerra ao horizonte.
A imagem de uma filha de Niké orgulhosa e arrogante era reconfortante — era a armadura que trajava para enfrentar a realidade de que tudo aquilo era novo demais para ela. Ao mesmo tempo em que ansiava pelo campo de batalha, pela chance de provar-se digna e habilidosa, também pedia aos deuses para que ela ainda não viesse. Que esperasse ela estar pronta, segura, com mais algumas contas em seu colar e histórias para contar aos campistas mais novos ao redor da fogueira. Que tivesse a chance de amar e ser amada, de entender quem era quando não precisava dos treinadores, dos troféus e medalhas, dos diretores do Acampamento ou dos deuses para dizê-la.
“Não. Você não é o Leo. Ele nunca falaria essas coisas para mim.” Stevie balançou a cabeça. Engolia o choro para que a voz conseguisse sair. “E você tá errado! Eu não sou… Só porque não cheguei lá ainda, não significa que não posso. Eu não sou medíocre, e eu vou provar!”
A gargalhada ecoou pela sala, pelos ouvidos de Stevie, dentro de sua mente. A figura não soava mais como seu irmão. Tinha a voz dele, mas também tinha outra por baixo, grossa e distorcida, como um disco tocado de trás para a frente. De repente, ele parecia maior, e ela, menor. A sombra da criatura recaiu sobre a garota quando ela disse:
“Muito bem. Prove, então.”
Ele ergueu a mão e estalou os dedos. Como o bosque, as paredes da sala giraram e derreteram, tinta branca tornando-se cinza e depois desaparecendo. Em vez dela, verde: o verde do gramado e das árvores que rodeavam a Colina Meio-Sangue. Embora se recordasse de estar no bosque à noite, era dia, e ela estava de pé no centro do Acampamento. O que a surpreendeu, porém, não foi o local ou a hora, mas sim o que acontecia à distância. A queima de uma mortalha criava uma nuvem de fumaça, que subia ao céu ensolarado.
“Melhor agora?” Outra voz masculina ao seu lado perguntou. Quando Stevie virou a cabeça, encontrou Dionísio em vez do irmão, camisa de leopardo com alguns botões abertos e uma lata de Coca Diet na mão.
Ela não o deu atenção. Em vez disso, caminhou lentamente colina abaixo para aproximar-se do funeral. Semideuses se reuniam ao redor do fogo, alguns chorando e outros consolando os amigos, oferecendo-lhe palavras de conforto e condolências. Via algumas faces familiares, mas foi apenas ao perceber a concentração de campistas do chalé 17 que a curiosidade despertou. E então, ao mirar a mortalha novamente, percebeu os detalhes em dourado e branco no tecido, os bordados de asas e coroas de louros o enfeitando.
“Esse é… meu funeral?” Stevie perguntou, em voz alta. Nenhum dos semideuses percebia sua presença, mas ela sentia Dionísio — ou o que quer que estivesse tomando sua forma — próximo a ela. “Eu morri?”
“A glória dos heróis vem com um preço, senhorita Rowe.” O deus respondeu. Era a primeira vez que ela o ouvia falar seu sobrenome certo. “Isso é o que você queria, não era? Uma morte heróica. Ser imortalizada na História.”
Olhar fixado na fogueira, Stevie negou com a cabeça.
“Não… Isso não é o que eu queria.”
Ela continuou a encarar as chamas, apenas o som do choro de seus amigos e do crepitar da madeira ao fundo.
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Arfando, Stevie acordou na terra molhada do bosque. Ela rolou para o lado, barriga no chão, e tossiu — o ar em seus pulmões parecia sujo, como se ela houvesse inalado fumaça. O coração palpitava tão violentamente que conseguia senti-lo nos tímpanos, mas, depois de alguns segundos, arranjou força nos braços para apoiar-se neles e levantar.
Gradativamente, os semideuses saíam de seus transes e ajudavam uns aos outros a se erguerem. A garota procurou instintivamente por sua equipe de patrulha, mas achou-a não muito longe dela, tal como estava antes de apagarem. A visão dos campistas restantes, no entanto, era horripilante: olhos pálidos, bocas abertas, veias vermelhas marcadas na pele. Também estivera daquela maneira?
Com as horas, descobriria que tudo havia sido mais um ataque do traidor. O último, se ele cumprisse com sua ameaça. Contudo, o que vira e ouvira naqueles terríveis minutos de visão ficariam em sua memória por dias, o calor das chamas que engoliam sua mortalha e o cheiro da fumaça pegando-lhe de supetão em momentos aleatórios nas próximas semanas, como um lembrete — do que seria e do que poderia ser.
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cirlenesposts · 1 year
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Em plena noite, no silêncio que faz lá fora, eu estou aqui no meu quarto, já posso escutar aquela chuva neste dia nublado. Segurando meu travesseiro, sinto que o sono não vem, a angustia transborda a minha alma, é daí penso no "Amor". As pessoas pensam em vários tipos de amor, mas, apenas acabei de ler o livro mais lido da história, chamado  " Bíblia sagrada" ; feita com as palavras do mestre para o seu coração. ❤Bom, aliás o que é o Amor? 🤔....Quando penso na palavra amor, penso na língua dos anjos ao soar  os hinos de Vitória 💕, imagino quando um ser humano se sente amado ao olhar para sua querida e amada esposa e saber que está sendo da mesma maneira correspondido 💞 vejo todas as manhãs a beleza do 🌞 ao nascer, e contemplo um sorriso no rosto de agradecimento de cada pessoa que acredita e tem fé que o dia irá ser melhor do que o que se passou. Mas sem falar que ao andar nas ruas vejo aquelas crianças com a sua inocência sendo elas o grande amor 💜. Quando de repente já estou em outro lugar como se fosse um sonho mas olhei profundamente e era um belo jardim onde havia várias plantas e flores e muitos frutos que não se podiam contar, o cheiro do aroma era muito agradável mas ao imaginar beleza e aparência lembrei da frase de Osvaldo chambers.A fé nunca sabe para onde está sendo levada mas conhece e ama aquele que a estar levando. 💭Vi ali o grande mistério que a ciência jamais poderia entender. A caminhada foi longa e decidi parar para pensar e encontrei uma pequena árvore ao lado e creio que ela me ajudou a meditar, 💭 aquele belo vento batendo em meu rosto era maravilhoso. Quando olho ao redor vejo vários jovens se abraçando com um sorriso nos lábios percebi que eram grandes amigos por que viviam em União.Ao deparar já estou totalmente fixadas neles e daí vejo uma luz vindo em minha direção era o Rei da Glória. Quando olhei já estava sentado ao meu lado e começou a me ensinar tudo que eu precisava aprender ele me deu um abraço e se foi com a sua luz reluzente 💖 Ao abrir os olhos sinto que estou em minha cama e vir que tudo se passava de um sonho e comecei a sorrir aprendi que o amor também é sofrimento ele mesmo me mostrou ao abrir as suas mãos. vir o quanto ele sofreu por mim por você e por todos. Ele retrata que o amor não é inveja não busca os interesses ele falou que tudo suporta tudo espera, o amor sempre será verdade ele é a cura da dor é o remédio para uma ferida, todos os dias temos que ser o amor daqueles que nunca teve, ele aproxima, ele enfrenta as barreiras, ele é o amor, então ame e viva o amor seja amor compartilhe amor, nós somos o amor, Jesus é o amor 😍❤
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joseane-assis · 1 year
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💡 Lance a semente pela fé!
📖 Atire o seu pão sobre as águas, e depois de muitos dias você tornará a encontrá-lo. Plante de manhã a sua semente, e mesmo ao entardecer não deixe as suas mãos ficarem à toa, pois você não sabe o que acontecerá, se esta ou aquela produzirá,
ou se as duas serão igualmente boas. [Eclesiastes 11:1 e 6]
Já dizia um velho ditado: "quem planta colhe"... Verdade é que semear não é um processo fácil. É preciso ter em mãos boas sementes, uma terra preparada, água suficiente, disponibilidade para trabalhar e confiança que a colheita virá com fartura.
Talvez você, como a maioria das pessoas, não vivencie de perto o dia-a-dia da lida nas lavouras. Mesmo assim, podemos imaginar que para um lavrador comum, enterrar parte do seu sustento, com esperança que aquilo se multiplicará mais tarde, é mesmo um grande passo de fé! O agricultor faz com que todo esforço empreendido na preparação, no plantio e na rega da plantação, possam fazer crescer o seu ganho e trazer benefícios também a outros. Mas lembre-se que, apesar de todo esforço, quem faz nascer e dá o crescimento é Deus.
Assim também acontece em nossas vidas: temos muitos alvos e objetivos, mas para alcançá-los é preciso semeá-los em Deus. Preparamos o terreno e lançamos as sementes, pela fé, confiantes de que os nossos propósitos se realizarão. Mas isso acontecerá somente se eles estiverem de acordo com a vontade do Senhor. A nossa confiança precisa estar firmada em Deus que torna possíveis todas as coisas.
▪️Sonhe, planeje, se esforce, mas entregue tudo pela fé, Àquele que faz nascer e dá o crescimento.
▪️Leia Eclesiastes 11. Lançar o pão sobre as águas pode se referir à prática de lançar sementes sobre áreas alagadas ou comercializar sementes através de embarcações. Fato é que, é necessário investir (tempo, trabalho recursos, fé!) nos nossos projetos. Dedique-se e semeie pela fé, confiando no Senhor que lhe sustenta sempre.
▪️Não cruze os braços esperando realizações virem do céu. Deus lhe concede forças, sabedoria e ânimo para trabalhar diligentemente, como se fosse para o Senhor. Semeie para a glória de Deus.
▪️Não confie que o seu próprio esforço e talento alcançarão benefícios para você. Sem Deus nada podemos fazer.
▪️Tenha um coração agradecido. Seja grato pela provisão diária que Deus concede aos que creem na Sua Palavra.
▪️Os versículos de hoje também se aplicam ao Evangelho. Compartilhe o Pão vivo que desceu do céu. Há muitos famintos à sua volta precisando recebê-Lo. Trabalhe sem desanimar, mais tarde haverá bons resultados, pela fé!
Para Orar:🙏
Senhor Deus, Tu és o amparo da minha vida! Eu sei que todo o meu sustento vem de Ti. Obrigado porque posso confiar que concedes muito mais do que te pedimos ou que pensamos precisar. Ajuda-me a semear com fé no Senhor, que dá a colheita farta, no Seu tempo. Que a Tua provisão seja sobre a vida de todos que confiam em Ti. Em nome de Jesus, amém.
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asedanaraka · 3 years
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Oração de Prosperidade Ore por 7 dias todas as manhãs a seguinte prece, acompanhada do Pai Nosso ao final: “Ó DEUS CRIADOR DESTE IMENSO UNIVERSO, ESTOU AQUI PARA TE INVOCAR EM FAVOR DA MINHA VIDA FINANCEIRA. QUE DO ALTO DA MINHA CABEÇA ATÉ A PLANTA DOS MEUS PÉS, QUE EU SEJA ENVOLVIDO POR UMA CORRENTE DE RIQUEZA. DERRAME SOBRE MIM O DOM DA RIQUEZA PARA QUE EU VEJA A TUA GLÓRIA E PROCLAME A TUA EXISTÊNCIA POR ONDE EU PASSAR. E QUE O ANJO DO DINHEIRO ME VISITE E COLOQUE EM MINHAS MÃOS O ESPÍRITO DA SORTE PARA QUE TUDO QUE EU TOCAR VENHA PROSPERAR E ATÉ O QUE ERA PARA DAR ERRADO PASSE A DAR CERTO! TU ÉS O DONO DO OURO E DA PRATA, ENTÃO VENHA DOS QUATRO CANTOS DO MUNDO PARA ME FAZER UM ABENÇOADO E DE MUITAS POSSES. MANIFESTE EM MIM A TUA GRANDEZA E ME FAÇA GANHAR, CONQUISTAR E ENRIQUECER, PORQUE TU ÉS UM DEUS QUE SOMA, MULTIPLICA E ACRESCENTA. PELO PODER DO NOME DE JESUS CRISTO EU LEVANTO A MINHA VOZ E PROFETIZO QUE A PARTIR DESTE INSTANTE O DINHEIRO VIRÁ EM TODAS AS DIREÇÕES E EM AVALANCHES DE ABUNDÂNCIAS. A PARTIR DE AGORA, O MEU DESTINO ESTÁ SELADO PORQUE SOU FILHO DO DEUS QUE CRIOU TODAS AS RIQUEZAS DO MUNDO E VOU ME TORNAR MUITO RICO. ENTÃO, ME TORNE O NOVO GANHADOR DE TODOS OS PRÊMIOS DO UNIVERSO QUE TENHO MERECIMENTO PELO TEU PODER POIS SEI QUE O SENHOR PODE INTERFERIR EM MINHA VIDA. É O QUE EU TE PEÇO E DETERMINO QUE IRÁ ACONTECER, EM NOME DE JESUS CRISTO. AMÉM.” A Oração para riqueza, ou Oração prosperidade são formas de elevarmos nossas intenções e transmiti-las com respeito ao Pai. Por isso tenha sempre em mente a felicidade e amor ao realizar o seu pedido e ao orar, pois com certeza Ele te acolherá com a mesma demonstração de afeto. #ilêaséibádanaràká🌈 (em Salvador, Bahia, Brazil) https://www.instagram.com/p/CPza3tFn4rr/?utm_medium=tumblr
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littlegotbrooke · 4 years
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              A JORNADA DE UM
                          ✘ ✘ ✘   H E R Ó I (?)  ✘ ✘ ✘    
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        “I'ma say all the words inside my head. I'm fired up and tired of”  
                                                                                                                     ▀ ▄
Ooc: Vamos começar. Essa task foi bem difícil de fazer, por isso demorei horrores para terminar o da Brooke. Tentei transmitir o máximo o que aconteceu com ela para explicar como será a menina nas próximas situações. Eu quero agradecer ao meu namorado - que me aguentou chorando quase todo dia porque eu não tava achando isso bom e ter me ajudado nas criaturas, ele vai ver isso depois - e a @tresdedoze por ter lido e revisado e me ter guiado nesse contexto. Perturbei muito ela e só agradeço mesmo de coração. Também agradeço a central por ter concordado com o novo poder da Brooke que vai ajudar no desenvolvimento da minha char! E peço perdão pela demora! Bem, algumas informações abaixo necessárias:
Criaturas envolvidas: Doppelgangers: “são humanoides monstruosos, famosos por suas habilidades de mudança de forma que lhes permitiam imitar quase qualquer criatura humanoide. Gnomos: “Tanto quanto gnomos estão em causa, estar vivo é uma coisa maravilhosa, e eles espremer cada gota de prazer de seus três a cinco séculos de vida. Embora gnomos amam piadas de todos os tipos, em particular trocadilhos e brincadeiras, eles são tão dedicado às tarefas mais sérias que assumem. Muitos gnomos são engenheiros qualificados, alquimistas, funileiros e inventores. Eles vivem no subsolo, mas obter mais ar fresco do que anões fazer, apreciando o natural, mundo vivendo na superfície sempre que podem. Curioso e impulsivo, gnomos pode levar até aventurando como uma forma de ver o mundo, ou pelo amor de explorar. Bruxa Verde: “As miseráveis e odiosas bruxas verdes habitam em florestas moribundas, pântanos solitários e charcos nebulosos, fazendo seus lares em cavernas. As bruxas verdes adoram manipular outras criaturas para que façam suas vontades, mascarando suas intenções atrás de camadas de enganação. Elas atraem suas vítimas para si ao imitar vozes clamando por socorro ou dispersando visitantes desatentos ao imitar o grito de bestas ferozes.” Infectados: “Plantas despertas dotadas de poderes de inteligência e mobilidade, os infectados empesteiam as terras contaminadas pelas trevas. Alimentando-se das trevas do solo, um infectado carrega a vontade de um mal ancestral e tenta espalhar esse mal por onde quer que vá.” Bullywung: “Esses humanoides anfíbios com cabeça de sapo devem ficar constantemente úmidos, habitando florestas chuvosas, brejos e cavernas úmidas. Sempre famintos e completamente malignos, bullywugs subjugam oponentes com superioridade numérica quando podem, mas eles fogem de ameaças sérias em busca de presas mais fáceis “
Inspo: Dungeons & Dragons, The Witcher. Músicas utilizadas: Born to Be Brave - HSMTS, Gritarle al Mundo - Julio Peña, Fazer o que é Melhor - Gabi Porto, Dias de Luta, Dias de Glória - Charlie Brown Jr., Warriors - Imagine Dragons, Cuál - Teen Angels e Believer - Imagine Dragons.
Tw: bullying, sangue, animal ferido, ansiedade, ataques de pânico, violência, abuso psicológico, ataques a seres de aparência animal, violência à mulher, agressão rápida ao corpo, automutilação.  Se caso for sensível a algum desses assuntos, recomendo a ter cuidado na leitura ou não continuar.
 APERTA ESSE LINK PARA IR PARA PÁGINA!
Capítulo 1: tw: bullying e menção rápida de sangue. Se caso for sensível a algum desses assuntos, recomendo a ter cuidado na leitura ou não continuar. 
Querido diário, eu devo parar de criar expectativa.
   Don’t need a hero.To the lift me off ground. I know who I am inside. And I won’t apologize
A mudança repentina na atmosfera dos ataques foi percebida imediatamente por Brooke quando parou de escutar os gritos e os barulhos de coisas quebrando. Ela não sabia quem havia causado aquilo, mas nutria uma certa esperança, não tão grande nem tão pequena, que fosse o nosso querido diretor Merlin. E estava certa no final. No momento em que saiu, para se organizar com os outros, seus músculos pararam de se mover, virando-se uma estátua de mármore. Não sabia quanto tempo havia passado naquela forma, congelada; apenas sabia que, ao conseguir recuperar seus movimentos, o castelo tinha mudado - se reconstruindo dos destroços. Choque, pânico em silêncio, comoções eram vistas em diversos rostos, incluindo na garota. O susto havia finalmente passado ou não?
Então, a nova notícia chegou como impacto. Uma redoma em volta do instituto, trancando todos ali dentro. Professores, aprendizes e agentes presos em um só lugar que não tinha como sair nem como entrar. O pânico de não saber se sua casa seria colocada dentro da redoma tomou conta de vários estudantes da Anilen, incluindo a filha de Gothel, até que o próprio diretor confirmou que aquele limite estava “seguro”. Deveria se sentir aliviada, mas, o fato da floresta assombrada estar dentro do mesmo local que o resto do lugar - mesmo se fosse apenas uma parte dela - causou uma sensação de desconforto que Brooke não conseguia explicar de onde vinha. No entanto, aquela sensação foi deixada de lado quando a dor do seu tornozelo acabou lhe chamando atenção; e. então, lá estava ela na enfermaria para que melhorasse logo. Voltar ao normal era um dos desejos que Brooke mais queria naquele momento, embora tivesse uma intuição que as coisas não voltariam tão cedo, ou nunca, ao eixo. 
Uma prova disso era sua insônia voltando a ficar presente. Dois dias após o incidente dos ataques, Brooke deveria continuar a dormir normalmente, mas seus olhos não  conseguiam se manter fechados, principalmente após algumas visões indecifráveis. 
Naquela madrugada de sexta, seus olhos se encontravam encarando a janela que mostrava várias árvores e um céu bem limpo com suas estrelas brilhando intensamente, enquanto se enrolava com seu cobertor de cor roxo e branca com flores e bolas brancas espalhadas. Suas colegas de quarto, como Mae, pareciam estar em um sono incrível e calmo - e Brooke queria algo do tipo; mas, toda vez que fechava os olhos, a imagem de sangue escorrendo aparecia e lhe acordava imediatamente. Assim, sua única solução foi encarar a paisagem de fora do seu dormitório, enquanto esperava o sono chegar. Ela se perguntava como estaria Karou e Bart em sua busca de um conto. Torcia para que tivesse dando certo, mesmo sentindo falta de ambos. 
— Ou eles estão comigo… —
Ao escutar uma voz trêmula, mas, ao mesmo tempo, confiante, Brooke virou sua cabeça para trás verificando se alguma das meninas havia acordado, mas nada. Resolveu deixar aquela situação de lado. Talvez sua privação de sono estivesse lhe fazendo escutar coisas, como acontecia quando estava quase dormindo dentro da sala. Seu olhar, assim, voltou a prestar atenção nas árvores que balançavam fortemente até conseguir adormecer. 
(...)
Despertou naquela manhã tomada por um grande desejo de viver do jeito que lhe era possível, mesmo com o pé enfaixado.Um novo dia nasceu e ela acordou com uma força grande de viver do jeito que conseguia com o pé enfaixado. Tudo parecia a voltar caminhar para a normalidade e Brooke tentaria o seu máximo para continuar assim, não iria querer nada de ruim atrapalhando seu dia - muito menos, sua semana. Então, lá estava ela com um suéter de listras rosa e preto variadas em cima de uma blusa xadrez e uma calça jeans indo para uma nova sala até que uma voz lhe parou: 
— Não sei como Merlin pôde deixar esses filhinhos de vilões andando por aí. Deveriam voltar para o lugar deles. —
Desde que se lembre, Brooke sempre tentou sair da imagem que sua mãe causou em todos os habitantes, principalmente aqueles vindo Corona. Às vezes conseguia, outras não, e se sentia mais fracassada do que uma vitoriosa, já que considerava mais importante os insultos do que os elogios - mesmo não querendo fazer isso. 
Então, primeiramente, ela ignorou aquilo; não valeria a pena perder seu tempo para rebater aquele insulto que não tinha como acabar tão rapidamente devido ao fato de que era uma prática de violência enraizada e até mesmo estimulada. Ver os erros dos pais em seus filhos parecia algo tão comum, mas tão errado ao mesmo tempo. Embora tivesse decidido ignorar a fala, não foi suficiente para que parassem. 
— Olhem! A filha da Gothel ou a mesma, ninguém sabe o que a bruxa pode estar tramando, não quer nos escutar! Meu bem, estamos falando apenas a verdade. Ela dói, né?!. —
O tom era de deboche. Poderia reconhecer de longe por ter se acostumado com aquilo. Mais uma vez, resolveu ignorar. Era melhor manter a calma e ficar calada; se respondesse da mesma forma, poderia dar o gostinho da “verdade” deles para os mesmos. Então, sentiu um movimento em sua direção. 
Seus livros foram para no chão com um simples tapa e seu corpo foi o próximo quando a garota foi empurrada em direção ao piso do corredor. Uma sensação de desespero começou a florescer em seu coração, enquanto sentia seus olhos encherem de lágrimas e seus músculos tremerem de nervosismo. Seu queixo foi erguido por um dos valentões com intuito de encarar os olhos do mesmo. Havia uma maldade ali e Brooke reconheceu no mesmo instante; era do mesmo tipo que via no olhar de Gothel quando a mesma lhe maltratava depois das tarefas não terem sido feitas  de acordo com o que ela mandava.
— O que foi?! Está com medo? Ownn’, que bonitinho… Isso é uma mentira! Você é uma bruxa assim como sua mãe é! — A fala dele foi encerrado com uma cuspida dada em sua cara.
Imediatamente, os olhos de Brooke soltaram suas lágrimas e ela se perguntava o que fez para que recebesse aquilo. Foi para uma casa que não tinha nada a ver com o mal - de acordo com o chapéu -, sempre é simpática com os outros e, mesmo tendo opiniões divergentes com outras pessoas, nunca havia desejado o mal para as mesmas. Brooke não era nada igual a sua mãe e tentava apresentar isso a todos. 
— M-m-e-e dei-i-i-xe-em em paz! —
— Ela sabe falar, garotos! Que bonitinho! Bem, eu acho um pedido bem impossível de se realizar! —
Ela não entendia o porquê daquilo. Os ataques de bullying tinham diminuído bastante há mais de um ano e sempre que acontecia algo, ela conseguia fugir no mesmo instante. Talvez fosse uma vingança que estava sendo preparada há meses e tivessem desistido depois, mas com os últimos acontecimentos, as intenções poderiam ter mudado; Ou, talvez , sempre tinham e ela apenas tinha a sorte de surgir algum imprevisto que impedia o ataque. Brooke tinha parado de andar sozinha, mas, naquele dia, não tinha como ser acompanhada por alguém visto que  as meninas já tinham saído. Além de que evitava corredores vazios, porém, precisou pegar para chegar logo na aula… Péssimas escolhas hoje. 
— O que foi? O gato comeu sua língua? Humpf, acho que fizemos nosso trabalho aqui, garotos. — Olhou rapidamente para eles e depois voltou sua atenção para garota que ainda estava no chão. — Só quero que se lembre que não vai escapar da gente mais, vilãzinha. E que seu lugar não é aqui! Você não e nunca será uma heroína, entendeu?! — Soltou o queixo dela e levantou-se, chutando seus livros e saindo de lá com os outros dois garotos dando altas gargalhadas.
Brooke encolheu-se no piso do corredor e deixou as lágrimas saírem. Não se importava chorar em público, já que o medo estava sendo maior que qualquer vergonha. Ela não queria acreditar que aquilo era verdadeiro. Sabia que tinha nascido para outra coisa, não para o mal como sua mãe queria, e desejava ser isso. Uma heroína. Uma pessoa que ajuda os outros e não que prende em torres por questões de beleza. Ou talvez tivesse se enganado como sempre acontecia.
— Eles estão certos. Você é uma vilã como sua mãe e isso não vai mudar. Nem mesmo salvando seus amigos você seria vista de outra forma. —
A mesma voz voltou a falar. Aqueles significados deveriam ter um sentido certo?! Não iria ouvi-los se não fossem verdadeiros, mas e aí? O que fazer? Concordar e virar uma vilã? 
— Não! Você está errada como eles estão! Eu posso ser sim uma heroína! E nada pode me deter! — Levantou-se irritada olhando para todas as direções para que pudesse achar de onde vinha aquela fala, mas não viu nada.
A voz gargalhou altamente e continuou em seu tom de provocação e deboche: — Se acha que está certa, então por que não me prova? Prove-me que estou errada, que eles estão errados, que Gothel está errada… Quer ser uma heroína, então, siga-me! Salve-os! Seja uma heroína salvando seus amigos, Brooke Light Gothel! —
Seus olhos voltaram-se para uma janela onde conseguia ver as árvores da floresta assombrada balançando e abrindo um caminho (?). Um chamado era isso? Não sabia. Ela estava sentindo o medo começando a controlar seus músculos; era uma boa ideia? Aquilo fazia sentido? Seu cérebro parecia querer dizer não, mas, ao mesmo tempo, queria aceitar aquela proposta. Mas, como assim salvar seus amigos? Será que alguém estava encrencado? 
— Oh sim! Karou e Bart precisam de sua ajuda! Venha, Brooke. Venha atrás de mim.  —
Aquilo não fazia sentido. Tinha recebido uma carta de Karou dizendo que ambos estavam bem e conseguindo resolver seus objetivos, tinha que acreditar naquela prova e nada mais. Não era verdadeira aquela voz. Não era. Seu cérebro começou a alertar ainda mais para que não fosse e iria seguir aquele novo alerta. Era mentira. Desviou seus olhos, apanhando seus livros. Antes que pudesse seguir seu caminho rumo ao banheiro, falou: 
— Você não existe. Eu encontrarei uma forma depois, mas não lhe seguindo.  —
Falando aquelas palavras, Brooke limpou seu rosto com suas mãos e começou a andar - ignorando qualquer coisa que aquela voz pudesse lhe dizer. Mas, no fundo, tinha intuição que ela voltaria.
Capítulo 2:
Querido diário, eu só queria não sentir medo.  
Diciendo que todo está bien, pero es mentira. Por eso piensan que no sufro, que soy valiente
Dois dias depois do bullying, durante a noite…
Brooke estava deitada em sua cama, enquanto lia as anotações das aulas que havia feito durante o dia. Sozinha em seu quarto, ela tentava se concentrar nas explicações para que pudesse deixar sua mente quieta e intacta sem qualquer memória do que aconteceu nos dias anteriores. Por algum motivo, não tinha visto mais aqueles garotos - bem, o fato de evitar os corredores vazios tinha aumentado depois do ataque - nem mesmo escutou aquela voz. Brooke, depois de um tempo, começara a pensar que tudo foi um delírio e nada ocorreu; talvez só quisesse enganar sua consciência para não criar nenhum alerta. Acreditava que era melhor fingir estar bem  que estimular preocupações.
Com um suspiro escapando de seus lábios, ela deixou de lado o material de estudo e voltou o seu olhar para janela. Apresenta um clima chuvoso do lado de fora. Não sabia se era de noite ou apenas tinha escurecido agora a pouco, já que ninguém tinha chegado no dormitório. Na verdade, a casa parecia quieta demais para muitos alunos que viviam ali e isso causou uma inquietação na garota. Pegou seu transmissor, mas notara na mesma hora que não estava ligando, estranhando no mesmo instante. Com uma lanterna que guardava debaixo de sua cama, para utilizar em emergências - alguns truques de família nunca são esquecidos, Brooke levantou-se e caminhou em direção à saída do quarto para verificar se estava acontecendo alguma coisa.
Nada. Foi o que ela achou percorrendo uma boa parte de sua casa. Nenhum sinal de uma alma viva. Aquilo estava estranho, e parecia que iria piorar. Ainda assim, aproximou-se para abrir a porta principal e encarar as árvores que balançavam fortemente com a chuva pesada que caía . Levantou a lanterna para iluminar diversos cantos da região até que parou em um canto específico, escutando uma voz lhe chamando:
 — Venha até mim... — pedia. —Venha até mim… Venha até mim… Venha até mim… Venha até mim resgatar seus amigos… Venha até mim ou os que ama serão os próximos, Brooke… —
Um calafrio percorreu pelo seu corpo todo, fazendo fechar a porta imediatamente. Não é real, isso é coisa de sua cabeça. Ficava repetindo diversas vezes em sua mente, mas não estava fazendo nenhum efeito. Aquilo estava estranho demais. Não fazia nenhum sentido. Correndo para o seu dormitório, Brooke trancou a porta e se enfiou debaixo das cobertas em sua cama . Não ia aceitar aquilo, não ia ouvir. Repetia frequentemente que não era real, enquanto suas mãos taparam seus ouvidos mesmo tremendo pelo nervosismo. Queria que aquela sensação de medo passasse logo, ou poderia enlouquecer caso  continuasse a escutar aquela voz. Oh, a voz continuava lhe chamando para vir. Para se aventurar  na floresta, para salvar seus amigos, para ser uma heroína… 
— Para! Por favor! Eu só quero silêncio.  — Suplicava a garota para o nada, porém, não aparecia efeito algum. A tranquilidade só veio quando Brooke adormeceu em cima de seus materiais e toda encolhida. 
No outro dia, as coisas pareciam estar melhorando, ou deveria apenas mostrar sem mesmo estar. Quando acordou, Brooke notara que todos estavam na casa como se nada tivesse acontecido, incluindo suas companheiras de quarto; na mesma hora, ela refletiu se o que havia ouvido e visto tivessem sido apenas um sonho. Era melhor deixar aquilo de lado. Não era real.
Como era um dia de sábado, Brooke não tinha nenhuma aula obrigatória, então resolvera ficar apenas dentro do seu quarto com seu ukulele em suas mãos para treinar algumas músicas que estava compondo. Mas, no instante que começaria a tocar as cordas, escutou um som atraindo-lhe. O mesmo tipo de tom que escutava nas outras vezes, mas, dessa vez, parecia cada vez mais atraente. Então, como tivesse hipnotizada, seu instrumento foi deixado em cima de sua cama e seus pés rumaram em direção à saída, ou melhor, as partes proibidas da floresta assombrada. 
O vento continuava forte, balançando os cabelos de Brooke e as árvores para formar uma passagem. Ela não sabia no que estava acontecendo, era como se seus músculos estivessem no automático e deveria continuar. Apenas isso. Como acontecia toda vez que Gothel lhe chamava. Gothel! O pensamento veio com força quando se lembrou  de sua mãe e fez com que a garota parasse imediatamente, evitando continuar andando. Parou na frente da entrada de sua casa, e as árvores estavam quietas novamente como se nada tivesse acontecido. 
Aquilo só poderia ser sua mãe querendo brincar com ela como acontecia sempre que Brooke não atendia aos seus caprichos. . Gothel começava a cantar e lhe atrair cada vez mais; era ela, só podia ser. Mas como? Com aquelas dúvidas, ela voltou para seu quarto com o intuito de refletir mais sobre aquela situação.
— Só deve ser minha mãe tentando me atrair, mas a redoma já está aqui há um tempo, como ela conseguiria entrar?!  — Questionou a si mesma, enquanto mantinha seu olhar fixo em sua janela. — Apenas se Merlin ajudou-a! Aquelas teorias que escutei talvez fazem senti… — Parou por um segundo e enterrou seu rosto em suas mãos. Estava ficando louca. Escutava vozes, falava sozinha demais, dava atenção para as teorias conspiratórias… Não! Chega! Não posso pensar assim! Isso é falta de sono! Brooke não queria acreditar que seus comportamentos chegariam a isso: culpar alguém por seus delírios. Não ligaria para aquela voz nem para o sentimento de medo que crescia em seu coração.
Seus olhos voltaram-se a se concentrar nas árvores de lá de fora, enquanto ela engolia em seco - sentindo todos os pelos de seu corpo se arrepiaram com apenas a lembrança rápida do tom atraente da voz. Aceitar… Ou negar? Não sabia. Só sabia que estava com medo e muito assustada sobre o que estava ocorrendo, embora não soubesse muito bem o que era. Mas não poderia falar com ninguém ou a pessoa poderia achar que tinha ficado louca. Era melhor fingir estar tudo bem e ignorar aquelas sensações de pânico, antes que pudesse fazer alguma besteira. Esse seria o novo plano. 
Capítulo 3: tw: Animal ferido na pata.
Querido diário, eu acho que vou fazer uma coisa corajosa e estúpida.
Mas escuto alguém sussurrar pra mim. Eu não sei como agir. Mas eu vou seguir
Voltando para sua casa, Brooke caminhava com os pensamentos distraídos. Não conseguia focar em nada por muito tempo, já que sua mente logo trocava as informações para outras com um assunto totalmente diferente. Apenas voltou para a terra quando escutou um barulho perto de si que atraiu rapidamente sua atenção; seus movimentos cessaram e sua cabeça virou em direção ao local do barulho. Hesitante, ela demorou alguns segundos para se aproximar, mas quando fez, notou na mesma hora um animal machucado.
Era um coelho de pele marrom e olhos castanhos que, com suas orelhas abaixadas, demostrava que sua pata estava machucada. Brooke abaixou-se o suficiente para tocar devagar no animal que se retraiu um pouco e sussurrou para o mesmo: 
— Pobrezinho, quem fez isso com você?! Deixe para lá, vou lhe ajudar. — Devagar, começou a pegar o animal, mas escutou um barulho de uma flecha passando perto de seu ouvido - fazendo com que colocasse o coelho de volta no chão. Brooke encarou a flecha pequena cravada na árvore perto de si e depois voltou a procurar com os olhos o dono da arma. — Quem está aí? — 
Silêncio. Talvez não tivesse sido nada, mas, de qualquer forma, era melhor pegar o coelho e levá-lo logo para a enfermaria. Quando ia fazer isso, escutou um barulho vindo da moita do lado e um som em seguida:
— Não se aproxime do animal mais, humana! —
Por um instante, Brooke pensara que tinha inventado a nova voz que escutava, mas quando seus olhos voltaram para a moita, ela conseguiu identificar uma pequena gnoma pronta para luta e parecia estar falando sério sobre a ordem que havia dado. Engolindo em seco e por instinto, Brooke levantou os braços e tentou dar um pequeno sorriso gentil - como forma de mostrar que não era uma ameaça - enquanto falava em um tom baixo e calmo.
— Eu não quero machucá-lo. Na verdade, quero ajudá-lo. Ele está sofrendo, a patinha dele está machucada. — Parou, encarando a gnoma. — Como consegue falar comigo? — Perguntou, franzindo o cenho. 
— Eu sei que está! Escutei o barulho dele antes! Você o machucou! E não tente mudar de assunto; gnomos conseguem falar a língua dos humanos também!... Isso não vem ao acaso, afaste-se agora! — Como era característico à espécie, os gnomos falavam extremamente rápido. Antes mesmo de um pensamento ser formulado, já se encontravam tagarelando.
— O quê? Claro que não! Eu não fiz nada, acabei de chegar aqui. Por que está achando isso? — 
— Porque você sequestrou meus amigos e ainda machucou o coelho durante sua fuga! Agora, você vai me dizer onde eles estão! — 
— Não! Eu não sei quem você é nem quem são seus amigos, muito menos no que está falando! Está me confundindo. — O desespero começou a tomar conta da voz de Brooke. Mais desaparecimentos; porém, isso poderia ser coisa da floresta, certo? Alguma rixa ou algo assim entre os moradores do local - Brooke sempre ouvia histórias sobre esse assunto. 
— Por que está dizendo isso? Está escutando ou vendo algo também? — 
A pergunta paralisou rapidamente. Será que, na verdade, não estava louca e o que escutava era real? Mas o fato da criatura revelar rapidamente aquela informação que parecia ser valiosa foi bem estranho. Franziu o cenho, desconfiada sobre aquele assunto surgindo tão rápido. — Por que eu estaria escutando algo? — 
Foi a vez da gnoma ficar mais paralisada. Talvez tivesse revelado demais, mas não podia mais voltar atrás. Se quisesse saber a verdade, teria que pedir ajuda e talvez a humana poderia saber de alguns truques para sobreviver. Abaixou o arco e suspirou levemente, sentando-se no chão: — Qual o seu nome, humana? Me chamo Zanna do clã Nigel e sou uma gnoma da floresta.  Uma grande engenheira e patrulheira. Sua vez. — 
Brooke, notando que a criatura havia relaxado e querendo bater uma conversa sobre o novo assunto interessante para ambos, acabou aceitando a oferta e sentou-se também no chão. — Brooke Light Gothel, filha da Mamãe Gothel e de Lou Light. Sou, bem, uma humana e uma grande… Desastrada, talvez? Bem, é isto. — 
— Bem, Brooke Light Gothel, eu necessito de sua ajuda. Mas, acho melhor cuidar do coelho primeiro. Você pode ir buscar os primeiros socorros, mas vá rápido! — Gesticulou para que ela fosse buscar o que tinha mandado. Brooke franziu o cenho e olhou para o coelho, concordando com a cabeça e depois levantou-se indo rapidamente em direção à enfermaria. 
(...)
Depois de ter buscado os primeiros socorros e ter cuidado da pata do coelho, Brooke, Zanna e o animal que a garota decidiu adotar e dar o nome de Patinha, eles se afastaram adentrando mais a floresta para ter uma conversa sem interrupções. Sentada com Patinha em seu colo, enquanto fazia carinho em sua cabeça, ela encarava Zanna que estava terminando de contar suas flechas e depois guardou-as: 
— Bem, vamos começar. Alguns dias atrás, amigos meus foram à floresta  quando escutaram um barulho e não voltaram mais. Estou os procurando há dias, mas sem um sinal deles. Achei que você pudesse estar envolvida quando vi que estava perto do coelho machucado; os animais são nossos amigos, então cuidamos deles quando eles precisam. E você? — 
— Eu… — Brooke não sabia se realmente era uma boa ideia desabafar com uma criatura sobre o que estava ouvindo nem no que está sentindo. Talvez não fosse uma boa ideia, podendo ser chamada de louca ou algo semelhante; no entanto, por achar estar perto de um ser da floresta, poderia conseguir alguma resposta no que acontecia, então resolveu tentar: — Estou ouvindo uma voz me chamando. Dizendo que meus amigos estão em apuros e preciso salvá-los. Também fica falando que se eu fizer isso, vão acreditar que posso ser uma heroína, mas não quero agir por interesse! Se eles estão em apuros, eu vou salvá-los por causa disso! —
Brooke nunca foi uma pessoa muito corajosa, mas, desde que começou a receber aulas de boxes com vários estudantes - como Atlas -  ela começara a desenvolver uma forma de defesa que poderia ser útil. Ademais, precisava criar confiança em si mesma e o treinamento parecia uma boa forma de alcançar o objetivo. Sentia-se desconfortável ao pensar que estava negando sua essência em alguns momentos, mas era necessário. A gnoma escutou a humana, então, uma ideia lhe ocorreu:
— Vamos juntas! Se seus amigos estão presos e os meus também, podemos ajudá-los. Você sabe para onde devemos ir? — 
A proposta da criatura mexeu com a menina; Brooke não sabia se tinha essa confiança toda para se aventurar ao lado de uma gnoma na floresta assombrada. Aquele lugar já lhe dava calafrios mesmo não indo para as profundezas e ficando apenas em sua casa. Ela estava com muito medo, mas muito; não sabia se voltaria viva ou se deixaria alguém vivo - assim, como havia muitas possibilidades de tudo acabar bem mal. No entanto, mesmo sentindo o pânico tomando seu sangue, ela não queria deixar seus amigos em apuros. Não queria perder nenhum deles. Antes que pudesse responder à  gnoma, escutou a mesma voz que lhe dava calafrios por todo o corpo:
— Venha até mim... — pedia. —Venha até mim… Venha até mim… Venha até mim… Venha até mim resgatar seus amigos… Venha até mim ou os que ama serão os próximos, Brooke… Escute a gnoma e seja o que você quer ser! Ou nunca mais vai vê-los... —
Fechou os olhos, com muita força, desejando que aquele som parasse. Queria parar de escutá-la e só sabia uma solução para conseguir isso: salvar seus amigos. Então, por impulso e com um olhar sério na gnoma, Brooke respondeu: 
 — Não. Mas iremos descobrir, só vamos seguir a voz. Antes… O que vamos precisar, Zanna?  —
Capítulo 4: tw: ansiedade, ataques de pânico, violência, sangue, menções de baixa estima. Se caso for sensível a algum desses assuntos, recomendo a ter cuidado na leitura ou não continuar. 
Querido diário, eu acho que nada de ruim vai acontecer.
   Histórias, nossas histórias. Dias de luta, dias de glória
A noite não tinha sido o que Brooke tinha imaginado: um descanso na medida certa para poder seguir o plano formado no dia anterior com a gnoma. Toda vez que ela fechava os olhos, imagens aterrorizantes apareciam  em sua mente, fazendo com que a mesma abrisse seus olhos com  o teto como o primeiro alvo de sua visão. Diante  dessa situação, Brooke só conseguiu dormir em pequenos cochilos e levantava na mesma hora que aparecia uma mão ensanguentada, fazendo-a  levar um susto. Quando o sol começou a amanhecer, Brooke já tinha saído de seu dormitório sem fazer nenhum barulho e foi em direção ao encontro de Zanna. Enquanto caminhava, Brooke tentava manter sua mente sã para evitar  pensar na voz que parecia lhe atrair cada vez mais a chamando para dentro da floresta. Brooke esperava não estar indo para uma armadilha. 
Quando avistou a criatura, notara que a gnoma já estava lhe esperando  há tempos para a aventura que fariam, que provavelmente poderia dar muito errado, mas era uma questão de vida ou morte. Seu olhar encontrou com o dela no momento que ela virou a cabeça e assentiu levemente.
— Você chegou, finalmente! E com a vestimenta adequada… — Analisou rapidamente a humana que possuía uma capa escondendo uma camisa e uma calça feitas de couro, juntamente com uma bota; além de estar carregando uma mochila com mantimentos necessários. — Você sabe usar alguma arma?  — 
— Na verdade, não muito bem. Eu peguei uma adaga feita de prata do ginásio  ontem a noite, mas não sei usar muito bem. Eu não sou uma lutadora com armas, Zanna, meu poder é mais cantar.  —
— Você está falando sério?! — A gnoma encarou-a incrédula e soltou um suspiro alto, estendendo a mão dela em direção à humana. — Me dê a sua adaga. —
Brooke não entendeu a indignação dela de primeira, mas atendeu o pedido e entregou a arma que estava carregando. Ficou em silêncio enquanto a gnoma pegava a adaga e dava uma olhada rápida para depois começar a realizar uma série de golpes que Brooke sabia que não tinha visto em nenhum canto. Por fim, a gnoma devolveu a arma a garota e falou:
— Vamos evitar combater alguns monstros. Eu consigo acertá-los com meu arco e com minha espada, você fica no canto mais escuro e pronto para agir como defesa usando seu poder aí e a adaga; mas! Só quando for necessário. É melhor assim, estamos entendendo? — 
Balançou a cabeça concordando com tudo e guardou a arma ao lado esquerdo em sua cintura. Então, a aventura delas começou. 
(...)
Não sabia quanto tempo tinha se passado desde que ambas saíram do arredores da Anilen. Por alguma razão, Brooke não estava ouvindo a voz como acontecia normalmente nos últimos dias; era como se aquele som tivesse decidido fechar o bico assim que entrou cada vez mais a floresta. Ela não sabia se era dia ainda ou era noite, visto que as copas das árvores estavam se tornando cada vez mais fechadas, dificultando a entrada de qualquer luz que pudesse ajudar naquele desafio. Sua mão esquerda então, tinha escolhido pegar a lanterna para iluminar o caminho já que poderia escorregar em qualquer instante. Brooke observava a gnoma andar na frente com a maior determinação que tinha visto em sua vida e desejava ter um pouco daquela característica. Na verdade, ela se sentia bem irrelevante perto da criatura que parecia saber de muitas coisas. 
O que ela poderia fazer? Cantar? Jogar a adaga? Não parecia que nada disso iria ter alguma ajuda no final. Aos poucos, encontrava-se começando a duvidar de sua capacidade. O porquê de estar ali, afinal. Não seria uma heroína, e vários disseram isso sobre ela. Era uma verdade que Brooke sabia que não adiantava fugir. Seu sangue era de uma vilã, uma das mais perigosas, e não podia fugir do seu destino. Era uma filha de uma vilã e seguiria os passos como sua mãe fez. Não adiantava fugir do seu sangue; do seu verdadeiro sangue.
Seus pés pararam de se movimentar, encarando suas mãos que tremiam diante do pavor que ela sentia por estar ali e ter demorado tanto para ver a “verdade”. Ela merecia ter vivido aquela situação, ter escutado aquelas coisas que diziam inúmeras vezes que ela era uma vilã. Uma pessoa ruim. Mas não queria ser assim. Não queria ser uma pessoa ruim. Suas pernas desabaram rapidamente para o chão, atraindo a atenção da gnoma que estranhou aquela situação. Parecia que seu sangue havia congelado nas veias, sua respiração cada vez mais curta como se não houvesse oxigênio no ambiente para suprir essa carência. Seu coração estava acelerado e parecia prestes a deixar o seu corpo a qualquer momento..
Queria deitar no chão e ficar ali para sempre, abraçando-se até que tudo parasse - mesmo sabendo que não iria parar. Estava doendo. Não queria ser assim. Não queria ter que enfrentar qualquer situação que fosse ser sua mãe. Parecia ser clichê, mas era como se sentia. Seguir os passos de Gothel, matar pessoas por um objetivo pessoal, ter em suas mãos um sangue alheio... Eras as últimas coisas que ela poderia se imaginar fazendo. Nem mesmo conseguiria pensar sobre isso. 
Suas mãos fecharam-se em punhos, sentindo as unhas afiadas cravaram-se em sua pele. Seus olhos estavam liberando lágrimas que Brooke segurava todo dia - até mesmo quando passava por uma situação desagradável; ou  quando sentia que estava certa, mas não poderia falar nada porque ninguém acreditaria nela. O mundo parecia estar caindo ao seu redor; o seu mundo. Dor, aflição, medo, desespero, lhe davam sentimentos de que ela iria explodir a qualquer minuto. Não estava bem e não era de hoje. 
Enquanto a crise de pânico da garota se alastrava cada vez mais, Zanna tentou se aproximar dela e perguntar  o que houve - visto que, para gnomos, aquelas sensações eram humanas demais para serem compreendidas - no entanto, foi na mesma hora em que um par de mãos pegou seu corpo e puxou-a para cima sem fazer ruído. Zanna estava presa numa rede, enquanto Brooke sofria com seus sentimentos negativos.
Devagar, o ser que pegara Zanna, aproximou-se de Brooke. No entanto, antes que chegasse a tocá-la, suas feições do rosto e do corpo se transformaram, imitando as da garota no chão. Olhos castanhos e lábios mais femininos, uma pele mais lisa, um cabelo liso amarrado com as roupas que Brooke vestia. Parecia uma cópia perfeita, um clone dela, se não fosse a falta de todas as informações sobre como a aprendiz era e o que havia passado. Agora, mais perto da original, o doppler encarava a garota com um certo teor de curiosidade para saber o motivo dela estar com aquelas feições enrugadas. No entanto, mesmo interessado na garota, precisava seguir ordens.. Então, suas mãos, de uma forma tranquila, segurou as da menina, fazendo com que a mesma o encarasse - quebrando por um instante sua crise, pensando que Zanna estava do seu lado agora e não queria que a gnoma visse sua situação. A descendente levava um susto ao notar que sua expectativa fora quebrada, afastando-se para longe do doppler. 
 — O que houve, Brooke? Não me reconhece? —
— Eu… E--eu… Como isso é possível? O que está acontecendo? — As perguntas saíram atropeladas com o nervosismo bem evidente na voz. Ela estava confusa; onde estava a gnoma e como conseguia ver a si mesma?! Só pode ser um delírio, pensava com seus braços ao redor do seu corpo. No fundo, achava que poderia estar se tornando sua mãe ao ficar vendo coisas irreais demais. 
— Eu sou você, apenas. Pensei que era uma vilã como nós  planejamos ser… Será que a gente se enganou? —
— Eu não sei do que está falando! — A voz tentou sair confiante, mas, no final, tremeu. Aqueles seus pensamentos estavam se tornando reais e não tinha como fugir. — Eu preciso sair daqui! Você não é real! — Levantando-se do chão, tremendo as pernas, Brooke tentou dar alguns passos para frente e longe de seu clone, no entanto, quando escutou uma risada vindo do seu lado, ela parou drasticamente. 
— Acha mesmo que vai conseguir fugir? Ah, doce e iludida Brooke, seu destino como vilã já está feito! Só aceite e venha me seguir. Tenho muito planos para nós. Não tente lutar, é em vão. — 
Brooke estava começando a sentir tão cansada de ter aqueles sentimentos lhe sufocando que o que desejava era poder ficar quieta e descansar, mas, parecia que não havia uma escapatória para essa escolha. Tudo que fazia para mostrar que não tinha nenhum laço com sua mãe, com o lado ruim da magia, era esquecido quando um desastre acontecia no mundo místico. E era lembrada disso quase frequentemente. Perguntava-se qual o motivo de continuar lutando contra aquele tipo de pensamento se nenhuma vitória vinha; de tentar mostrar que era outra pessoa quando alguém lhe provocava e lhe dizia outras coisas… Estava cansada fisicamente e mentalmente; só desejava ficar bem - um pedido quase impossível naquele mundo. 
— Isso! Continue, pense nisso. Fique comigo, Brooke e vamos fazer muitas coisas juntas. Afinal, eu sou você, lembra? Está na hora de escutar sua mãe e cumprir o que ela deseja: você é o futuro dela. Da vingança dela contra Coroas, a cidade da Rapunzel e está na hora! — 
Escutando aquelas palavras, Brooke concordava cada vez mais com o seu clone. Realmente, não tinha outro caminho a seguir se não fosse aquele que Gothel havia planejado para sua vida, no entanto, no exato segundo que escutou o nome familiar à cidade da Rapunzel, mesmo não sendo o verdadeiro, a mente da garota parou por um segundo. Não fazia sentido, visto que a sua antiga cidade onde morava também os heróis do conto de sua mãe se chamava de Corona e não Coroas. Um erro que fez com que a garota arregalasse os olhos e começar  a encaixar os pedaços do quebra-cabeça sobre aquela situação. Aquilo não era real, e aquele clone não era ela de verdade. Não mentalmente, embora fisicamente tinham vários traços semelhantes. Seu olhar desviou do rosto daquele ser em busca da gnoma que deveria estar ali, mas não via nenhuma sombra da criatura. Narrador, o que ocorreu?! O desespero começava a tomar conta de seu ser, começando a imaginar o que poderia ter acontecido com Zanna e como tiraria elas daquela situação. 
Voltando a encarar de novo seu “clone”, que tinha um sorriso sinistro nos lábios, Brooke sabia que precisava de mais informações antes que pudesse fazer alguma coisa e precisava agir rápido, antes que fosse tarde demais. Então, limpando as lágrimas do seu rosto, ela aproximou-se do doppler retribuindo o mesmo sorriso.
— Talvez esteja certa! Mas, eu não sei como fazer isso. Imagino que sabe como atingir o objetivo, mas me diga. Diga-me qual a sua, quer dizer, a nossa meta, Brooke. — A última frase saíra em um tom cantado, utilizando-se do seu poder de persuasão; tinha que ter coragem agora. Quando o doppler começou a escutar cada palavra cantada, seu sorriso ficou petrificado e seus olhos hipnotizados nas íris escuras da original e não hesitou em falar: 
— A nossa meta é levar você para o esconderijo da Bruxa Verde e ela vai te transformar em escrava ou comê-la, caso se canse de você. Você é ingênua demais ao entrar nessa parte da floresta; ela está de olho em você desde que veio para cá. —
Mordeu o lábio inferior para controlar sua agitação intensa e tentou focar em seu poder no seu canto: — Onde está a minha amiga gnoma? —
Mesmo hipnotizado, o doppler conseguiu dar uma risada sarcástica e dar de ombros: — Simples! No galho daquela árvore. — Apontou para árvore do lado esquerdo que Brooke encarou rapidamente, desconcentrando rapidamente. 
— Zanna! — Gritou, mas não obteve nenhuma resposta, então, correu para a árvore indicada, tentando ver a criatura. — Zanna, onde está você? —
 O efeito da voz de Brooke foi rapidamente cortado quando se voltou para a procura por Zanna. O doppler a encarou e com uma expressão irritada em sua face. — Eu não gosto que me fazem agir contra a minha vontade, garota! — O monstro rugiu em direção à garota, atraindo sua atenção que o encarou totalmente assustada. — Você vai morrer agora! Vai servir como um belo lanche! — O monstro começou a aproximar-se voltando a sua aparência normal e seus dentes afiados ficando  a mostra. A garota engoliu em seco e sabia que precisava agir rápido antes que fosse tarde demais; então, lembrou-se da sua adaga e devagar pegou a sua arma. 
— Afasta-se! Ou, eu vou te atacar! —
— Que piada engraçada! — Exclamou dando risadas, aproximando-se ainda mais. — Você é fraca demais, Brooke!  Dá para ver sua fraqueza quando estava daquele jeito com rugas… O que era?! Uma emoção complexa humana? Eu não lembro o nome… Isso não é importante porque você é minha agora! — Então, o monstro pulou em direção a Brooke no exato instante que - sem pensar em nada - ela colocou sua adaga na frente de seu peito para  se proteger - um reflexo - contra o ataque. 
Seus olhos fecharam-se como resposta para não lhe ver morta, mas quando não escutou mais nenhum som vindo do doppler, ela abriu-os devagar e encarou o monstro tão perto de si sem mexer nenhum membro. Estava morto, talvez, não sabia como confirmar, mas o sangue que saiu da boca dele confirmava que o doppler tinha falecido. Largou rapidamente a adaga, gritando assustada e afastando-se  da criatura. Seu corpo tremia. Tinha matado uma pessoa, ou um ser… Lágrimas desciam de volta em seu rosto, sentindo-se totalmente assustada e em choque; nunca que aquela situação tinha lhe passado pela sua cabeça. Sentou-se no chão e abraçou-se, chorando como nunca havia chorado na sua vida; então, sentiu mãos segurando na sua e olhou em pânico achando que aquele monstro ainda estava vivo, mas notou que era Zanna e relaxou um pouco os seus ombros.
— Você o matou… —
— Eu não queria, eu juro, Zanna! Ele me atacou e eu só queria me proteger! E agora eu sou uma assassina e… — A gnoma abraçou a humana do jeito que podia e fez carinho em sua cabeça. 
— Está tudo bem. Você não fez nada errado, era sua vida ou a do monstro. Acredite, você nos salvou. Eu demorei demais, a corda dele era muito dura… Brooke, você ainda quer continuar? —
Ela não sabia. Tinha ido até aquele ponto, mas valia a pena continuar?! Era uma dúvida bem constante. Não queria enfrentar outra crise, outra morte acontecendo, no entanto, não poderia decepcionar Zanna que estava contando com sua ajuda. Então, balançou a cabeça positivamente. Ficar bem? Ela não tinha certeza sobre isso, porém, precisava tentar. Terminar logo aquele pesadelo. 
— Então, vamos lá. Acho que sei para onde temos que ir, mas vamos rápido! — Com a ajuda de Zanna, Brooke se levantou e começou a caminhar na direção que a gnoma apontava com uma dor apertando seu coração.
(...)
Elas estavam correndo, fugindo para ser mais específico. Desviando de galhos caídos no chão, raízes grossas demais presentes na superfície do solo, até mesmo uma árvore caída, enquanto, escutava uma voz gritando com raiva:
— SAÍAM DO MEU TERRITÓRIO, ANIMAIS SUJOS! OU EU OS PEGAREI! 
— O que é isso? — Questionou Brooke para gnoma desviando de outra raiz. 
— São os infectados! Monstros que perseguem aqueles que eles acham que vão contaminar o verde! Bem raivosos quando querem. —
Brooke soltou um suspiro alto e segurou a mão da gnoma para ajudá-la a virar no lado esquerdo: — Por aqui! — Assim que adentraram mais dentro daquela parte da floresta, avistaram uma casa um pouco longe e então, passaram a escutar alguns gritos. Zanna começou a correr mais ainda e gritou para Brooke: 
— Meus amigos! Vamos! — Brooke não hesitou e acompanhou a gnoma; poderia estar perto daquela voz, mesmo não ouvindo ela há um bom tempo. 
Capítulo 5: tw: abuso psicológico, ataque a seres de aparência de animal, violência à mulher, violência de forma geral, automutilação, ansiedade. Se caso for sensível a algum desses assuntos, recomendo a ter cuidado na leitura ou não continuar. 
Querido diário, talvez eu não volte.
   The time will come. When you'll have to rise    
Uma casa pequena, de madeira, se encontrava apresentada para ambas com uma pequena fumaça saindo da chaminé (talvez) e com uma decoração considerada exótica para a população de Mítica . Diversas lanternas com iluminação coloridas prostradas em cada canto, animais exóticos andando livremente pelos arredores, velas acesas eram alguns elementos principais que pudessem ser vistos. Na frente da casa, encontravam-se sapos com lança, ou melhor, os Bullywug - seres com aparência de anfíbios bípedes portando trapos de couro em seu corpo pegajoso; em suas mãos lanças rústicas improvisadas com pedras lascadas - em um silêncio com atenção concentrada nos arredores do local.
Brooke foi puxada na barra de seu capuz pela gnoma lhe chamando para mostrar um arbusto grande o bastante para se esconderem. Com os olhos focados nos guardas, Brooke analisava se havia alguma fraqueza, como uma brecha em suas roupas. Sentiu alguém lhe cutucar e sua atenção voltou para a gnoma que lhe falou em um sussurro audível apenas para ela:
— Eles devem ser os lacaios. Você tem um plano, humana? — 
—  Eu pensei que era você a patrulheira?! — 
—  Sim, eu sou. Mas, preciso saber o que pensa em fazer antes que eu faça minha parte. — 
Brooke engoliu em seco e deu uma olhada rápida em quantos seres tinham ali; contabilizando apenas quatro. Talvez fosse fácil, pensou. Mas precisava ter ideia se tinha algum prisioneiro ali e, então, como resposta para aquela sua dúvida, gritos de pedido de socorro foram ouvidos de dentro da casa. Imediatamente, Brooke arregalou os olhos e tentou identificar se eram as vozes de seus amigos, mas notou que a linguagem tinha um idioma diferente do seu, então, olhou para Zanna que rapidamente assentiu.
—  São eles! São eles! Meus amigos: Zook, Eldom e Nyx. Eles estão dentro da casa. Brooke, precisamos fazer algo urgente. — 
— Eu sei. Mas como vamos passar por eles? —  Perguntou, apontando discretamente com a cabeça pros sapos.
— Você está com sua adaga ainda? — 
Brooke a encarou espantada com a menção da arma que, pensando agora, havia deixado cravado no corpo do doppler por não ter tido coragem de pegar depois do que houve. —  E-e-eu… Não está comigo, ficou lá. — Abaixou sua cabeça em um tom de decepção consigo mesma, enquanto soltava um suspiro. As coisas pareciam estar piorando para o seu lado toda vez que pisava na bola e um medo de que se continuasse aquilo, poderia fazer com que o plano falhasse por um erro seu. Então, de repente, Zanna pegou em suas mãos fazendo com que Brooke levantava sua cabeça para olhá-la.
— Está tudo bem. Eu vou distrair eles, enquanto você corre para dentro da casa e salve meus amigos, posso contar com você heroína Brooke? — 
Um sorriso fraco surgiu em seus lábios e mesmo sentindo medo em seu coração, Brooke tinha que tentar por eles. Pelas pessoas. —  Eu vou fazer o meu melhor. — 
— Isso que importa, humana! Então, prepare-se! — A gnoma soltou suas mãos humanas para pegar o seu arco e flecha, preparando-se para atacar. —  Quando eu contar até três, você corre para lá! — Brooke concordou com a cabeça e então, em uma simples ação, a gnoma disparou a flecha, atingindo o sapo o suficiente para um pedaço de pele ficar exposta, e, então, gritou três.
Brooke começou a correr atrapalhada o máximo que conseguia em direção à casa, enquanto olhava pelo canto do olho Zanna pular e atirar mais uma flecha em outro lacaio. Dois estavam no chão com flechas encravadas em vários lugares do corpo enquanto um atacava Zanna com sua lança. A gnoma respondia às investidas com sua espada demasiadamente pequena para um ser humano, mas imponente para ela . Mas, faltava um sapo que não estava ali perto até que algo pulou em sua frente. Os pés da Brooke fizeram um ótimo freio parando poucos centímetros da lança e encarou o lacaio que emitia sons de gotejo.
Ela recuou, as mãos levantadas para demonstrar rendição. O desespero voltou a tomar conta de seu corpo, imaginando que agora não teria mais volta para casa. Sua aventura terminava. Todavia, os olhos da garota observaram o sapo cair para o lado, o sangue escorrendo pelo corpo; era possível ver algumas flechas cravadas em sua pele. Ao erguer o olhar, Brooke notou Zanna com o arco empunhado. Sorriu-lhe em agradecimento, voltando a andar em direção à porta com a gnoma à  sua frente. Então, algo aconteceu de forma inesperada: quando Zanna segurou na maçaneta, um choque percorreu pelo seu corpo fazendo ela ficar incapacitada e derrubar sua espada no chão. Antes que Brooke pudesse lhe ajudar, uma rede surgiu do piso e capturou-a, sumindo com a mesma.
A garota encarou aquilo tudo com os olhos arregalados e sem reação alguma. Tinha perdido sua amiga e estava sozinha com a espada pequena de Zanna agora em suas mãos. E agora? O que fazer? Então, a porta da sua frente se abriu sem ela ter encostado um dedo, escutando uma gargalhada vinda de seu interior. Engolindo em seco, Brooke refletiu por um segundo se era uma boa ideia seguir, olhou para trás e vasculhou o local até que seu olhar cravou nas flechas do sapo mais perto.  Dirigiu-se até lá e pegou uma, a ponta com o sangue verde, escondeu-a em suas costas - como forma de guardar uma arma secreta. Assim, rumou para dentro da casa.
A primeira visão que teve de dentro da casa foi uma jaula que continha três seres acordados em volta de um ao chão. Imediatamente, identificou que era Zanna e seus amigos - mas, assim que insinuou avançar, escutou algo vindo do seu lado esquerdo:
—  Se eu fosse você, não me aproximaria. — Ela olhou para o ser da voz e visualizou uma bruxa com cabelos brancos e um vestido de couro, sentada numa cadeira com as unhas de uma mão batendo contra a madeira do móvel, enquanto outra segurava um cajado. — Ainda quero provar você, honey. — 
— Solte-os agora, sua...sua...vilã! — A bruxa começou a dar uma gargalhada com a fala da garota e depois encarou Brooke sorrindo sarcasticamente. 
— Vilã?! Pensei que era uma também, ah, espera, você é! Isso não um insulto para mim! Rende-se e você não sofrerá… Não agora, é claro. — 
Brooke engoliu em seco - sua garganta estava começando a ficar bem seca - pensando no que deveria fazer. A bruxa parecia bem poderosa e talvez ela tenha deixado a derrota de seus lacaios acontecer por pura diversão; Brooke via nela a característica predominante de Gothel: pensar que o mocinho não tinha alguma chance de vitória. 
Apertou o cabo da espada com força só de pensar em sua mãe; por causa dela, Brooke tinha que viver com o preconceito em cima, mesmo tentando mostrar que a última coisa que faria era agir como sua mãe. E, agora, tinha uma chance de salvar pessoas e provar quem era. . Seu olhar recaiu rapidamente para os gnomos e depois ela voltou-se para bruxa, então, em um ato inesperado, Brooke jogou a espada em direção à criatura.
A espada, rapidamente, parou no ar e sumiu quando a bruxa contra-atacou levantando sua mão e proferindo um feitiço: “ÁRECERAPASED OTNACNE O, SIAM ÁRAÇNAVA OÃN, ARODAOV ADAPSE (Espada voadora, não avançará mais, o encanto desaparecerá). Brooke olhou assustada e tentou afastar-se da bruxa, mas, rapidamente, sentiu seu pescoço sendo segurado por uma das mãos da mulher. — Você acha mesmo que vai escapar? Você é fraca! Eu vi o jeito como ficou na parte da floresta! Eu mandei o doppler para te seguir e trazer uma nova carne fresca! Principalmente, com a gnoma que faltava na minha coleção! Humana fraca! IREI COMER VOCÊ TODA! —  Uma gargalhada saiu da sua boca, afrouxando o aperto no pescoço de Brooke que não estava conseguindo respirar. Agora, com o  fôlego se recuperado, lembrou-se da sua última arma e levou sua mão até lá. Porém, a bruxa voltou a apertar de novo seu pescoço.
— Irá sofrer e seus amigos também! FRACOS! TODOS VOCÊS SÃO! E nada vai me impedir. Você é uma vilã fraca, nunca será o que sempre sonhou, honey. Uma inútil, fraca, medrosa, incompetente… Você irá morrer! — Suas unhas cravaram na pele da garota, lágrimas desciam pelo rosto da aprendiz. 
Sentia-se um lixo de pessoa, de ser humano que não consegue nada. Tentara tanto, mas não adiantou de nada. Não adianta ser uma pessoa esperançosa em um mundo que só traz maldade por cima de maldade; é inútil. Ela apenas queria ter planejado um destino próprio. Um destino que não seguisse regras de ninguém. Crescer, sair da sombra da maldade de sua mãe, ser feliz como foi  com seu pai vivo, orgulhar seu falecido pai, seus amigos… Amigos. Seu olhar voltou-se dificilmente para a jaula que continha todos os gnomos tentando não encarar aquela cena… Zanna a olhava em uma profunda tristeza, o mesmo olhar que Brooke tinha quando seu pai morreu. Um homem que via mais do que um gene, mais do que um passado vilanesco. Via esperança, amor onde poderia florescer com os cuidados certos, uma simpatia que Brooke tentou dar para todos. Uma luta talvez totalmente perdida.
Seus dedos começaram a afrouxar em torno da flecha e Brooke começava a ver a imagem de seu pai formando em sua frente, mas antes que pudesse se entregar a derrota, escutou a voz dele. A voz serena dele: 
— Você sempre será minha heroína, ursinho. — 
Heroína. Seu pai lhe achava uma. Um sorriso apareceu em seu rosto, enquanto ela via a imagem de seu pai desaparecendo e com todas as suas forças, Brooke apertou o cabo da flecha e tirou, atacando o olho da bruxa. 
Gritando, a criatura largou Brooke no chão que começou a tossir, mas sabia que não poderia demorar. Chutando com força as pernas da criatura, ela viu a bruxa cair de cara no chão e levantou-se, procurando alguma coisa que pudesse lhe ajudar. Então, notou um pedaço de madeira no canto esquerdo e foi até ele rapidamente, segurando-o com firmeza.  
A bruxa já começava a se levantar com a mão nos olhos - devido ao sangramento do mesmo - quando arrancou a flecha e grunhiu de raiva; antes que pudesse ir em direção a Brooke, a garota foi mais rápida e conseguiu levantar para atacar a criatura por trás.
Quando houve seu ataque, Brooke largou o pedaço de madeira cansada e notou que a bruxa havia apagado e caído direto no chão. Sentou-se no piso com a sua respiração ofegante e descontrolada, sentindo a adrenalina percorrer por todo seu corpo. Até que escutou um chamado: 
— O livro dela! Quebre o encantamento e a gente sai daqui, antes que ela acorde. — Ela encarou e viu que era um dos amigos de Zanna apontando para um livro que estava do lado da cadeira onde ela estava. Brooke levantou-se com dificuldade e foi até lá, começando a folheá-lo. 
— O que eu procuro?! — 
— Feitiços de aprisionamento, rápido, Brooke. Ela está se movendo! — Brooke começou a procurar pelo que ouviu e, quase no final do livro, achou a sua meta. Pegou o livro e se aproximou da jaula, encarando os gnomos, curiosa.
— E agora? — 
— Você faz o que manda! Zanna comentou que você é filha de Gothel, então, tem sangue mágico. Liberta-nos, Brooke! — 
Ela concordou com a cabeça e soltou um suspiro alto. Eles tinham razão; o sangue mágico era a única coisa boa que adquiriu com Gothel e pretendia usar aquilo para ajudar as pessoas, e não machucá-las. Brooke, então, pegou a flecha que estava caída no chão e cortou sua mão, o suficiente para pegar um pouco de sangue para desfazer a prisão. Olhou para a página do feitiço e leu tudo de novo e decorando a imagem que precisava desenhar, para voltar sua atenção para frente e começar a desenhar um símbolo formado por uma linha com dois triângulos de lado, significando liberdade, e murmurou para que no final apertasse sua mão contra o símbolo desenhado: 
— “ADAREPSENI ATLOVARIV AMU ME ATLVO ED ÁRITNES, ADARIT IOF ELH EUQ EDADRBIL A”. (A liberdade que lhe foi tirada, sentirá de volta em uma viravolta inesperada). — 
Então, após proferir o feitiço, uma luz brilhou e a porta da cela se abriu na mesma hora em que a bruxa começava a se despertar. Sem mais delongas, os gnomos agradeceram Brooke - que não ouviu nada por causa do cansaço - e pegaram sua arma para atacar a bruxa desorientada, mas que recuperava sua consciência aos poucos. Zanna e Nyx que ficaram para trás seguraram Brooke do jeito que conseguiram e arrastaram a garota até um canto, esperando a hora de ir embora. A última visão que Brooke teve antes de desmaiar foi ver sua mão sangrando no piso como aconteceu nas imagens de seus sonhos. 
Epílogo:
… (Sem menções ao diário)
   Cuál es la forma más clara y segura. De elegir bien y que no queden dudas  
(...)
Brooke não acordara até estar de volta na enfermaria. 
Após os gnomos terem matado a bruxa, ajudaram Zanna e Nyx a carregarem o corpo da aprendiz até uma carroça que se encontrava nas propriedades da bruxa. Estavam cansados, portanto, rumaram para o Castelo Dillamond vagarosamente. Quando chegaram no castelo, Zanna se prontificou a procurar um curandeiro, encontrando uma mulher que levou Brooke para a enfermaria.
Agora, a garota se encontrava com a mão enfaixada, hematomas em seu pescoço e corpo, tal como alguns ossos fraturados. Mas nada se comparava à sua mente. Ninguém sabia dizer se a garota se recuperaria completamente da situação pela qual passara. Nem mesmo o Narrador.
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goodomensseason2 · 5 years
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Capítulo 1- Não tanto como Cair (a princípio)
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Tradução para o português brasileiro (pt-br) da fanfic de Good Omens escrita por @rjeddystone "Not so much falling (at first)", disponível aqui no original em inglês. Por favor, não copie e poste se você pode reblogar. 😘 Esta fic ainda está em andamento, portanto comentários são muito apreciados 😁 e eu vou traduzi-los de volta para a autora, ok? Boa leitura!
Nota da autora: “Um pouco mais sério do que de costume, mas isso me veio na cabeça, então eu escrevi. Pode ser um prólogo ou um capítulo único, ainda não tenho certeza. Por favor, comentem e repostem se gostarem!” –RJ
No princípio…
Quase ninguém no mundo além das criaturas imortais sabia que Crowley era um demônio. O único que alguma vez o perguntara a respeito em 6.000 anos recebera como resposta: “Eu não Caí realmente, só Dei Um Pulinho Lá Embaixo.”
Foram as influências, na verdade, ele admitiu naqueles dias. Todo mundo amava um arcanjo. Lúcifer era absolutamente encantador, e tinha um monte de perrengues no trabalho. A comida também não tava muito boa, e isso era só pra começar...
Crowley-ainda-por-ser tinha ouvido a palavra “rebelião” sussurrada junto aos bebedouros de água-benta ao longo daqueles dias. Isso não o impressionava como algo anormal. Soava como algo novo e empolgante. Lúcifer planejava se rebelar. Bem, quem não adorava Lúcifer?
O plano celeste era cristalino e dourado, um design realmente amável, especialmente comparado com o vazio de antes. Rodas [Nota da Tradutora: Rodas são seres celestiais e vem de Ezequiel 1:15-21, é um tipo de anjo semelhante às carruagens de fogo] giravam com o tilintar suave das engrenagens celestiais. Principalidades, Elementais, e os ocasionais jovens patronos, todos se ocupavam em tomar conta de um mundo novo em folha.
A criação estava quase terminada. Era o Quinto Dia de um plano de Sete-Dias, e só ontem Zaziel― como ele era chamado até então― tinha experimentado fazer as estrelas entrarem em nova para criar outras estrelas. Ele havia sido especialmente elogiado pelas nebulosas.
Era bom até então. Muito bom, e só melhorando. No dia seguinte, tudo seria um mar de rosas e... Bem, ele ainda não estava certo sobre o que rosas tinham a ver com aquilo, mas só poderia ser bom.
Por hoje, haveriam pássaros e peixes, mas aquilo não era do seu departamento, então ele tirou o dia de folga. Zaziel passeava despreocupadamente perto do lago cristalino do lado de fora do Véu. O Véu era uma barreira cintilante, também cristalina e ainda assim opaca a frente da Sagrada Sala do Trono. Era de um tom que nenhum olho humano poderia descrever. Ela sempre se movia gentilmente como água ou seda tocada pela brisa. Era a linha entre o consagrado e o sagrado.
Zaziel sabia que apenas arcanjos e Metraton tinham permissão para perguntar diretamente a Deus. Mas Zaziel era curioso por natureza. Não havia nenhuma razão para pensar que não havia sido criado dessa forma. Nunca se sabe. Talvez houvesse uma resposta algum dia.
Cantarolando o começo de algum poema para si próprio, ele parou para olhar através das águas, fingindo falar consigo mesmo.
“É muito em cima da hora, fazer o sol depois das plantas, eu pensei,” ele murmurou alto. “Mas então, eu deveria saber que a Toda-Poderosa poderia impressionar. ‘Belo show, Senhora’, eu diria ‘Bem bacana.’ Honestamente, não consigo pensar no que nos resta além de por alguns pés sobre a terra. Isso balancearia os pássaros e os peixes, eu acho. Eu adoraria saber, com certeza...”
Ele mirou a água, aumentando um pouco mais a voz, do mesmo jeito que alguém faz quando quer informações em uma cidade desconhecida, mas tem muita vergonha de perguntar.
“Eu sei do que isso aqui precisa”, ele continuou. “Alguma coisa onde se possa caminhar, além da água: harmonizaria as coisas. Talvez... lugares para comer ou onde se possa sentar e alimentar os patos. Eu quero dizer, eu gosto de patos. Suponho que nós poderíamos ter alguns aqui em cima. Não se pode ficar triste olhando para um pato...”
Não houve resposta, mas a Criação era jovem. Zaziel era um otimista por aqueles tempos.
Eventualmente, ele desceu das esferas e se dirigiu ao bebedouro de água-benta. Eram quase nove da manhã. Alguns detalhes você nunca esquece.
“Pra que Deus precisa de mais pessoal?” Bellaphon perguntava. “E eu gosto de semanas com cinco dias. Pra que mais dois dias?”
Era uma panelinha de anjos. Nada novo. Mas as questões chamaram sua atenção. Principalmente a parte sobre “mais pessoal”.
“Nós já temos tantos tipos de anjos”, disse Dafriel, inclinando-se de um lado para o outro, procurando possíveis bisbilhoteiros. “Eu pensei que Ela tivesse dito que estávamos prontos no Segundo Dia.”
“Eles não são anjos,” disse Bellaphon em uma voz clara, mas arrastada. “Mais frágeis do que qualquer coisa. Ela os chama ‘Adão e Eva’.”
“Não, não. Eu ouvi que eles se chamam humanos,” disse Hastriel, irritado. Ele comia um prato de batatas-chips de um mostruário (provavelmente de algum evento planejado para dali a alguns mil anos e que envolveria codornas). Ele falava entre migalhas. “Adão e Eva― os nomes deles. Como os nossos, só que mais curtos.”
Zaziel escolheu esse momento para se aproximar com seu copo até o bebedouro. “O quê, sem ‘els’ neles?” ele perguntou. Se inclinou de volta, despreocupado como o sol que brilhava na Criação até ontem, e se juntou à roda. “Eu pensei que nós todos tivéssemos ‘els’, ou ‘phons’ ou ‘ales’ no final dos nossos nomes.”
O olhar de Bellaphon se estreitou. “Sem ‘els’” eles disseram. “Nem mesmo asas, eu ouvi.”
“Será que fizeram algo de errado?”
“Claro que não,” disse Hastriel, lambendo seus dedos salgados. “Nem mesmo nasceram ainda. Não devem aguentar cair de grandes alturas, eu suponho. Sendo coisas moles, de carne, corporificadas.”
“Você não ouviu o que eu ouvi do Lu,” disse Dagnophon, que olhou para a Bellaphon carrancuda com um sorriso carinhoso. “Eles vão ser os favoritos Dela. Eles, que são feitos de barro.”
“O que tem de errado com o barro?” perguntou Zaziel coloquialmente, e tomou um golinho do copo.
“É tão sujo, não é?” perguntou Dagnophon.
“Bom, ele não faria as plantas crescerem tão bem se não fosse,” disse, Zaziel, que havia tido uma conversa com aquele departamento dois dias antes. Ele achou o assunto da vida vegetal fascinante.
“Melhor continuarem falando baixo”, explodiu Dafriel. Ele apontou para cima. De qualquer lugar do paraíso, olhar para o alto tempo o suficiente trazia a visão do Véu. Ele brilhava silencioso e amável.
Crowley-ainda-por-ser imaginou ter visto um relâmpago piscar.
“O que está havendo?” ele perguntou. Sentiu um súbito desconforto, como se tivesse se metido em terreno onde ele proverbialmente não se atrevia a pisar. “Pensei que vocês estavam falando de administração.”
“Nós estamos falando da Administração,” disse Bellaphon, amargamente. [Nota da autora: Enochiano, a linguagem dos anjos, pode usar maiúsculas, hifenação e até mesmo ortografia.]
“Alguma notinha a acrescentar nessa conversa?” perguntou Hastriel.
Zaziel pensou a respeito. “Eu… Eu me pergunto o motivo disso tudo,” disse por fim. “Mas eu acho que minha queixa principal seria a música daqui: Faz um dia parecer mil anos, não é, o jeito como fica tocando infinitamente?”
Todos o encararam, parecendo perdidos.
“Eu quero dizer,” ele continuou. “Eu poderia consertar as harpas. Elas são o maior problema: têm uma tessitura de cerca de seis oitavas. Se eu pudesse simplesmente ter uma palavrinha com o maestro, poderíamos acrescentar alguma percussão. Tenho trabalhado numa pequena e adorável cantiga, só preciso arranjar as palavras certas e...”
“O que é uma tessitura?” perguntou Hastriel, perplexo.
Foram interrompidos pelo clarão de um relâmpago deslizando: Um anjo descendo do Véu. Por um instante, parecia uma estrela cadente, mas então ele pousou, dobrando suas esplendidas asas que projetavam luzes coloridas. Sua glória obscureceu ligeiramente e ele sorriu.
“Bom dia, irmãos.”
Ele era tudo o que alguém poderia esperar ouvindo as palavras “Anjo da Luz”, ou “Filho da Manhã” ou “o mais belo dentre os anjos”. Ele era Lúcifer, o Arcanjo Chefe e primogênito de todos os anjos do Céu. Ele portava sete estrelas em sua coroa.
Ele olhou diretamente para Zaziel na mesma hora. “Zaziel,” ele disse. Sua voz era como música. “Eu pensei ter ouvido sua voz.”
Bellaphon deixou cair seu copo de água e Hastriel limpou rapidamente as migalhas e os sal dos seus lábios com as costas de sua manga. (De alguma forma, isso só fez com que ele parecesse mais pegajoso.)
A Estrela da Manhã sorriu generosamente, o que fazia brilhar mais. Apenas arcanjos brilhavam daquele modo, e apenas uma coisa tornava isso possível: Estar na presença da Toda Poderosa. Zaziel mirou novamente o Véu silencioso e desejou. Só estivera lá uma vez. Lá, ele havia nascido e recebido seu nome. Era sua primeira e única memória predominante Dela e ainda assim, apenas ali porque ele não tinha nada mais à altura para comparar.
Ele encarou Lúcifer de volta e de repente não havia nada mais importante do que não parecer um idiota.
“Lu, velho amigo, como vão as coisas Lá no Alto?”
O príncipe angelical disse melodicamente, “Estou contente que tenha se juntado a nós. Eu ouvi que você tinha perguntas.”
“Bem, ah, é, eu quero dizer, eu imagino que qualquer um teria. É um grande mundo novo. Perguntas são suscetíveis e abundantes. Teremos toda eternidade para remoê-las. Não que eu me importe com isso.”
O Príncipe dos Anjos continuou sorrindo e Zaziel sentiu sua garganta ficando seca.
“Eu já estive remoendo o bastante,” Lúcifer disse. “Sobre um trabalho para você, na verdade.”
“Nós vamos...vamos fundir nossos departamentos, então?”
“Algo assim.”
O nome “Lúcifer” significa “portador de luz”, e era isso o que ele era. A dele era uma luz cegante, mas não para os olhos. Sua luz cegava a mente e o espírito. Desbotava os pensamentos, por assim dizer. Ela apaziguava o coração com o eterno. Ela era de uma beleza da qual todos os outros anjos se lembravam desde de seus nascimentos, e assim confiavam inquestionavelmente.
Apesar disso, Zaziel nunca apreciou o modo como estar na presença da luz de Lu dificultava seus pensamentos. Ele se recordava de pensar bastante ao nascer, sobre tudo. Mesmo assim, ele não conseguia se livrar daquele efeito. Com pouco mais que um convite, ele agora caminhava debaixo da asa do arcanjo com uma timidez quase visível. Deixou que seus passos girassem de um lado para o outro, tentando parecer casual e conseguindo algo mais parecido com um maníaco, conforme tentava manter seus olhos a frente.
“Eu, uh, estou trabalhando numa música.”
“É mesmo?”
“Ainda não está pronta…”
“Eu adoraria ouvi-la.” O sorriso do arcanjo fez Zaziel resplandecer.
Eles alcançaram os baluartes do centro de observação. Lá, haviam janelas ampliadoras, e delas eles podiam ver O Jardim: Éden. Seus quatro rios brilhavam a cada portão, correndo ao longe em direção aos pontos cardinais. Era mais verde que qualquer outro lugar na Terra. Ele não havia sido cultivado como o resto das árvores no planeta recém-nascido. Ele era celestial.
O Anjo de Luz disse, “Lindo, não é? Eu A vi criando-o. Você deveria ir lá algumas vezes, com certeza.”
“Nós estamos indo para lá logo, não?” Zaziel indagou. “Algum tipo de cerimônia?”
Lúcifer soltou um profundo e cansado suspiro. Suas asas ainda emanavam arco-íris. “Sim.”
“Então, eu não tive a chance de perguntar, mas… O que é uma rebelião?” perguntou Zaziel.
“Eu só estava pensando em dizer... não.”
Não? Zaziel não podia acreditar em seus ouvidos. Não? Ninguém ali dizia não. Eles podiam fazer corpo mole e bendizer alguém, mas não havia como dizer não para a Luz. E ainda assim... Lúcifer estava ali, trajando a mesma luz, vestindo-a lindamente. Poderia qualquer coisa com tal luz ir contra o Céu?
E não era uma palavra tão pequena, também.
Lúcifer disse, “Você sabe, Ela colocou as Árvores lá. Conhecimento do Bem e do Mal. E a Árvore da Vida. Qual delas você acha que os humanos irão escolher primeiro?”
“Bem, obviamente eles iriam escolheriam vida,” disse Zaziel sem hesitar.
As sobrancelhas pálidas de Lúcifer se ergueram. “O que te faz dizer isso?”
“Bem, eu ouvi que eles não vão ter asas. E eles vão precisar comer e dormir e esse tipo de coisa. A escolha clara é a de viver para sem…” Foi interrompido quando Lúcifer o puxou pelos ombros. Ele virou-se para encará-lo sinceramente. No mesmo instante ele arqueou suas asas ao redor deles para terem um mínimo de privacidade. Ele vislumbrou o Véu que pairava sobre eles em todos os lugares, o tempo todo. Ele parecia ... Zaziel tentou encaixar aquele olhar. Não era exatamente raiva. Era outra coisa.
“Você sabe o que acontecerá conosco se eles assim o fizerem, Zaziel?”
“Não. Espere, você sabe?”
Zaziel tinha uma crescente lista de sorrisos em sua memória. O sorriso de Dagnophon para com Bellaphon, por exemplo, era algo que faria qualquer teólogo questionar se anjos se interessavam por sexo. [Nota da autora: A resposta é: tanto quanto eles se interessam por dança.] O sorriso de Michael era distante, convencido, quase pedindo para ser zombado. E Dafriel tinha um sorriso especial para os lagartos, o que era compreensível: Eles tinham sido sua ideia.
Mas o sorriso que o Filho da Manhã deu ao Não-ainda-Crowley agora era... diferente. Ele dava calafrios por sua espinha, e Céu e Terra costumavam ser tão cálidos.
O príncipe chegou mais perto. “Nada bom,” ele disse. “Ela irá paparicá-los. Ela quer que eles sejam Seus filhos. Nós vamos ser escravos, Zaziel. Eles vão tomar nosso lugar.”
“O quê? Não…”
“Eu A ouvi dizer isso. Ela diz que vem planejando isso durante todo esse tempo, embutido nas normas. Nós não fomos amados, Zaziel. Éramos apenas um artifício.”
Zaziel deu um passo para trás, fora da sombra daquelas asas reconfortantes. Nenhum arcanjo nunca revelara o que era ouvido além do Véu. Nunca. Mas nenhum anjo antes quisera tanto saber como Zaziel.
Parou, sentindo-se exposto, despreparado. As palavras afundaram antes que pudesse pará-las. Elas o perfuraram. Não amado? Não amado? Certamente Deus amava tudo o que Ela tinha feito. Aquilo era apenas natural―ou, melhor dizendo, sobrenatural? Zaziel amava as estrelas e as novas e as nebulosas. Por que mais criar algo se não para amar isto?
Ele tentou entender, “Mas se tudo é para eles, então por quê...?”
“Ela os quer naquele jardim, de qualquer forma. Tem algo que ela quer que eles façam. Nesse dia, quando estivermos todos lá, haverá um anjo principado defendendo o portão, Zaziel. E eu te pergunto: defendendo de quê?”
“Principado?” As principalidades eram quase tão poderosas quanto os arcanjos.
“Ele recebeu uma espada flamejante. Isso não é estranho? Sabe o que uma dessas pode fazer?”
Zaziel esteve presente na batalha do Leviatã. Ele sabia sobre espadas flamejantes. Elas faziam ótimos churrascos e eram excelentes como espetos, se você gostasse de peixe grelhado.
“Bem, sim, eu…” ele gaguejou. Seu rosto mudou para uma expressão desapontada. “Mas… não. Não, Ela não iria. É apenas uma cerimônia. Ela não…”
“Ela vai. Ela foi bastante insistente. Eu não posso deixar meus irmãos e irmãs e todos os outros sofrendo em segundo lugar. Nós somos os primogênitos. Nosso lugar é acima daqueles que estão abaixo.”
Zaziel não podia se importar menos se ele era o primeiro ou o centésimo na ordem de nascimento. Ordem não importava. Nenhum serafim era menos amado que um simples anjo do coral. Ao menos, ele achava que era assim que funcionava.
“Mas… ela não nos ama?”
“Você conhece Michael e Gabriel, eles estão bem com isso. Eles não pensam. Não tem imaginação. Eles não entendem quão ruim é isso. Agora, eu pretendo me levantar e nos defender. E eu quero você comigo. O que me diz?”
Zaziel olhou para baixo de novo, para o jardim.
“O que você fará?”
Lúcifer suspirou. Suas asas tremularam levemente e isso era estranho, muito estranho: Cada uma daquelas penas ainda sussurravam aleluia. “Amanhã…”
“O que tem amanhã?”
“Amanhã os humanos terão nascido. Eles receberão uma regra. Um teste.”
“E, se eles a quebrarem?”
“Exílio. Eles terão que deixar o jardim. Se eles não tiverem comido o fruto da Vida Eterna até lá, eles serão mortais.”
“O que é mortal?”
“Eles seriam capazes de morrer, como o Leviatã. Eles poderiam ser mortos, Zaziel.”
“Mortos? Você não disse nada sobre matar ninguém!”
“Eu não disse, é claro que não.”
“Como você pode imaginar…?
“Imagine o que acontecerá se nós não mostrarmos quão indignos eles são.”
Zaziel imaginou, e manteve seus olhos no jardim.
“É só o que quero dizer. Ela tem tanta fé neles. Nós temos que mudar isso, ajudar Ela a ver claramente.”
As duas árvores ficavam bem no topo da colina mais alta do jardim. Zaziel se lembrava delas. Sua primeira refeição. O único alimento que qualquer anjo precisaria. Agora ali estavam elas, esperando pelos humanos.
Alguma coisa mais estava lá, brilhando no ponto central do rio. Ele piscou. Isso o fez pensar na luz do Véu por alguma razão.
“Você me ajudará?” a voz melodiosa quebrou sua concentração. Ele se virou rapidamente de volta para o arcanjo.
“Eu não gosto dessa ideia de fazer coisas morrerem,” ele disse.
“É claro que eu estou preocupado com os humanos. Então, antes da cerimônia, nas orações vespertinas, eu vou fazer isso. Eu vou dizer não. Você está comigo?”
“Você tem certeza de que isso não será a nossa morte?”
Lúcifer abriu um sorriso largo, dando-lhe um tapinha nas costas. “Nós já comemos da Árvore da Vida, Zaziel,” ele disse. “Nada de pior pode acontecer conosco do que sermos substituídos. Nada.”
É importante lembrar que um portador de luz é apenas isso: um portador. Do contrário, qual seria a necessidade da luz? Zaziel não conhecia mentiras ainda. Ele acreditava que sempre estaria agraciado pela luz do paraíso.
Assim, enquanto os Observadores redigiam seus relatórios aquela tarde, ele caminhava de um lado para o outro do muro, olhando de vez em quando para o jardim e tentando descobrir o que era aquela luz estranha. Nesse meio-tempo, os Observadores anotavam tudo, do número de ovos nos ninhos dos pássaros até quantos graus marcava o termômetro úmido em Atlântida.
Era reconfortante, o sussurro da pena deslizando sobre o papel, embora Zaziel acabasse sempre compondo hinos. Ele detestava trabalhar com papelada.
Pensou de novo, na melodia que ele esteve cantarolando perto do lago.
“What is this thing that builds our dreams, yet slips away from us…” [Nota da tradutora: Esse trecho é de “Who Wants to Live Forever, um clássico do Queen, e ao que parece, mais antigo do que a própria banda.]
Ele parou naquela linha, e fitou o Véu. Ele queria voltar lá, voltar no lago, ficar falando sobre os patos, sobre qualquer coisa realmente. Ele tinha sido feliz lá. Mas de repente, sentiu-se proibido. Indesejado. Barrado.
Não conseguiu terminar o poema.
No dia da rebelião, as orações vespertinas começaram a se intensificar e assim Zaziel se juntou ao coro e assistiu conforme Lúcifer deu um passo à frente. Com uma questão.
“Amais aos humanos mais do que a nós?”
As canções silenciaram. Zaziel não sabia quanto tempo o silêncio durou. O próprio tempo perdeu o compasso.
Metatron se levantou de seu trono menor. Ele era o porta-voz do Céu, e sentava próximo do Véu, porém ao lado, de modo que não parecesse que recebia os louvores da Senhora. Seu papel era necessário pelo fato de que a Voz de Deus, Fonte de Toda Criação não podia fazer diferente senão viajar por todo canto dela. Metatron então era o equivalente a um canal privado.
“Por que perguntas?”
“Porque…” Lúcifer contraiu suas asas e lançou faíscas. “Amanhã as hostes do Céu se ajoelharão para Adão, o filho da Terra, e Eva, sua esposa. E nós os serviremos.”
Um murmúrio de asas e preocupação se espalhou pela miríade de anjos. Os olhos de Lúcifer se tornaram escuros como carvão. De novo, fagulhas se derramaram por entre as plumas macias, aleluias se convertendo em “nãos”.
O grupo armado havia se reunido ao redor dele por acordo prévio. Agora, Zaziel movia-se devagar até o perímetro deles. Ele não estava gostando daquilo. O silêncio por trás do Véu. Até mesmo a música das esferas de anjos havia parado.
Lúcifer perguntou, “Como podes nos pedir para adorar qualquer um além de ti?”
Metatron lançou um olhar ameaçador. “Como podes questionar ordens?”
“Porque elas são erradas!”
As esferas retiniram e rangeram perigosamente. As engrenagens do Paraíso estremeciam. O Véu esvoaçava numa ventania e fogo cintilava em seu limiar.
Zaziel não saberia dizer como ele sabia, mas ele podia sentir em sua alma: Deus havia se levantado. A Altíssima levantando-se era como um gigante ficando de pé dentro de uma tenda. Forçava o tecido da realidade.
A existência caiu tentando compensar e Zaziel sentiu seu estômago vir parar em sua boca enquanto o solo vacilava.
A arcanjo Michael desembainhou sua espada e ela se iluminou como um relâmpago.
“Eu apenas fiz uma pergunta!” Lúcifer bradou em desafio.
Metatron abriu boca para falar, mas então uma Voz percorreu os quatro cantos. Ela perfurou Zaziel como uma faca. Ele sentiu mais do que ouviu, a raiva, a traição, o desapontamento.
“MEUS FILHOS, ESQUECERAM-SE?”
Um clarão os inundou como uma enchente. O Véu tinha se aberto. Seu esplendor fazia o brilho de Lúcifer e seus anjos rebeldes parecerem uma sombra.
Zaziel arfou. Tinha se esquecido? Ele tinha. Esquecido da Luz assim como dos vestígios dela em sua completa glória. Algo nele doía, mas mesmo que ansiasse, as palavras “não amado” ecoavam em sua mente. Não conseguia esquecê-las. Do que adiantava amar se eles não eram amados? Quem havia se esquecido de quem?
Lúcifer desembainhou sua própria espada e assim fizeram Hastriel e Dafriel e Bellaphon e o resto. Ele respondeu então, “Você sabe muito bem que eu não me esqueci. Eu me lembro de tudo.”
Zaziel sentiu o chão debaixo de seus pés sacudir de um modo estranho. Aquilo não podia ser bom. Ele sacudiu de novo. Não, nada bom. Nada, nada bom. Ele olhou ao redor. Os Observadores e o coral recuavam.
Zaziel disse, “Lu, er, talvez seja melhor se a gente falasse disso uma outra hora, com menos raiva, só…”
“Tarde demais agora, Zaziel. A linha foi traçada.”
“Que linha? Do que você está falando?”
“Entre nosso lado e o deles.”
“Lado? Qu...?”
“Não seja covarde, Zaziel,” disse Bellaphon, bruscamente.
Zaziel, que havia salvo Sandalphon do inferno de chamas de uma supernova imprevista, se voltou para eles em raiva desesperada. “Eu não sou um covarde!”
E nesse momento, Lúcifer ergueu sua espada. Ele soprou a lâmina uma vez e o metal estrelado se tornou mais preto que a noite.
Zaziel disse, “Você não pode estar realmente pretendendo atacar?”
“É disso que eu gosto em você, Zaziel,” disse o arcanjo, docemente. “Você faz perguntas.”
“Mas nós não podem...”
“Eu acho que uma mudança na administração é necessária.”
Ele avançou, atacando. Michael também, e todas as forças do Céu se juntaram a um lado ou a outro, todos menos Zaziel, que foi derrubado e colocou suas próprias asas sobre sua cabeça para se proteger. No momento seguinte, seus únicos pensamentos foram de se arrastar por entre o caos, tentando alcançar algum lugar que não estivesse sendo dilacerado pela guerra.
Foi muito feio. Oh, foi muito, muito feio. Ele teria dito a qualquer um que perguntasse, mas ninguém o fez, e ele era grato por isso. Foi a primeira feiura em toda criação, e mais horrível do que qualquer coisa que viria depois. Até mesmo a queda do Leviatã foi uma batalha épica, gloriosa. Não havia nada de épico sobre aquilo. Nada de glorioso. Nada de bom. Asas foram retalhadas. Membros perdidos. Corpos desencarnados. A música das esferas tinha se tornado clamores de ódio.
Michael cruzou espadas com Lúcifer e suas armas espalharam relâmpagos pelos céus. Eles atingiram esferas e quebraram rodas. Todo o Paraíso tremeu. As principalidades na Terra olhavam para cima conforme a abóbada celeste fervia em tormento. Os Observadores rodeando o salão largaram suas penas e rolaram para se esconder sob as asas dos querubins.
Zaziel não tinha asas sob as quais se esconder além das suas próprias. Ele escorregou pelo chão até o Véu esfarrapado como uma pomba caída, inadvertidamente tropeçando em Gabriel, que mergulhava no combate com olhos brilhando como fogo violeta. Isso não pode estar acontecendo, Zaziel pensou. Não estava acontecendo. Não tinha sido como Lúcifer dissera que seria. Fazer mudanças, talvez. Mostrar alguma razão. Dizer não.
E havia algo pior, muito pior. O Véu havia sido derrubado, mas um trovão estava se formando. Nuvens negras crepitando com raios erguiam-se em pilares e bloqueavam o Trono e toda sua luz. Elas eram nuvens zangadas, nuvens que provavelmente o machucariam se você olhasse torto para elas. Elas eram uma nova cortina, não uma tela de seda para privacidade, mas uma barreira sólida, uma parede.
A luta final entre Michael e Lúcifer se dera na sombra daquela parede. O cabelo de Michael, tão cuidadosamente aninhado na maioria dos dias sob seu halo, tinha se soltado de sua coroa e fluía furiosamente como fogo vermelho-escuro. Relâmpagos de safira cintilaram na lâmina do arcanjo. Proferindo um nome sagrado, ela saltou, planou e caiu sobre Lúcifer com um movimento que pegou um relâmpago zangado e o soltou sobre ele.
A espada da noite sem estrelas se quebrou em seus punhos. Seus estilhaços caíram no éter e atingiram o coração das estrelas próximas, matando-as.
A coroa estrelada de Lúcifer jazia em pedaços nos azulejos dourados. A batalha congelou. O cabo da espada quebrada ainda estava erguido na mão de Lúcifer, mas ele também estava no chão, uma luz bruxuleante e ofuscante, ofegando de exaustão e raiva.
Michael baixou a ponta da espada na garganta do irmão e sorriu. "Ninguém pode resistir à vontade do Céu, nem mesmo você."
A Estrela da Manhã ferida zombou. "Eu nunca vou adorar o que está abaixo de mim."
"Não", Michael concordou com arrogância, "mas não haverá muito mais abaixo de vocês."
Empunhando sua espada, ela apunhalou o chão abaixo e os azulejos de ouro gritaram, e então derreteram conforme o céu se partia.
Zaziel sentiu o solo afundar. Percebeu que o chão estava caindo para longe, quebrando-se em pedaços. Uma ilha de rebeldes abriu suas asas para escapar, mas novamente Michael ergueu sua espada e um relâmpago os atingiu, abrasando suas asas com fogo. Zaziel gritou de dor, buscando algo em que se agarrar. Ele olhou para baixo—ele não deveria ter olhado para baixo— um grande poço de escuridão primordial se abriu debaixo deles. Ele tateou de novo pelos azulejos, desesperado. Escamas douradas de glória se desfizeram de suas mãos e caíram para longe. Ele não tinha nada em que se segurar.
Foi assim, de repente, que seu mundo acabou. Assim, de repente, eles estavam todos caindo, caindo...
Caídos.
O Inferno tem nove círculos. Assim diz Dante Alighieri, o primeiro de todos os escritores de fanfics de auto inserção a ter o que alguém poderia chamar de seguidores. Mas em toda ficção existe um grão de verdade. O Inferno realmente tem nove círculos. Existe gelo tão frio que queima, piche tão quente que desintegra. Existem câmaras de tortura tanto para mortais quanto para demônios. Existem banhos sulfúricos e poluídos, campos fedorentos onde nada além veneno cresce.
Mas o Inferno era plano. Cinco milhões de anjos caindo mais rápido que a velocidade da luz, se chocando contra a escuridão do Submundo mudaram isso. Eles deixaram uma cratera fumegante com o mal de suas transgressões. Fogo e piche e enxofre afundaram e os arrastaram para baixo consigo.
Eles estavam em algum lugar do sul da Rússia. A terra foi tão ferida pela queda deles que pelos séculos que viriam todo mal convergiria para este lugar como água suja descendo um ralo. Os incêndios que aqueciam a terra borbulhavam e ferviam os poços de alcatrão e evaporavam a água ali. Fogo cintilava através da lava. Tudo queimava.
A pele de Zaziel gritava. Seus olhos derretiam. O calor se agarrava mais e mais a ele, não importava o quanto ele tentasse se livrar dele. Suas asas retalhadas se incendiaram. Instintivamente, ele gritou por ajuda.
“De...? Lúcifer? Raphael? Alguém!” Sandalphon, como podia ele tê-lo deixado ali? Ele o tinha salvo da explosão de uma estrela. “Alguém…”
Mas ninguém respondeu. Apenas cinco milhões de outros gritos. Zaziel afundava num oceano de agonia. Carbonizados, derretidos, tostados —podia sentir seus ossos queimando. Mas ele era imortal. Ele não podia morrer.
“Droga!” ele soltou um grito estridente enquanto se agitava, perdendo o fôlego de novo porque exercícios para trabalhar as cordas vocais eram opcionais para seres etéreos. Rosnou tão logo teve ar. O céu era um buraco negro, faltando tantas —muitas— estrelas. “Ai de mim! Por quê?! De..., por quê?!”
Ao seu redor, os outros Caídos berravam em tormento, amaldiçoando, pedindo e erguendo as mãos crispadas para o céu como ele. Ele era apenas um pontinho num mar de dor. Aquilo não era justo. Ele não pretendia cair. Ele só tinha feito perguntas. Ninguém havia feito as perguntas de Lúcifer? Ninguém mesmo?
No poço mais escuro de uma noite de estrelas mortas, o orgulho acendeu uma chama.
É claro que não. É claro que ninguém mais havia feito aquelas perguntas. Eles não eram como ele. Ele não era como eles. Não iria tolerar aquilo. Não precisava.
É de conhecimento geral que trabalhar com explosivos como dinamite, nitroglicerina e supernovas tem riscos. Também é sabido que a redução da burocracia motiva qualquer compromisso. [Nota da autora: É por isso que existe um ramo inteiro no Inferno moderno dedicado a aumentá-la.]
Diferente de muitos anjos acima ou abaixo, Zaziel já havia se ferido antes. Depois da primeira supernova, o arcanjo Raphael, o médico do Céu, ouviu o conselho de Zaziel e tomou medidas para prevenir futuras lesões. Com algum esforço, anjos podiam mudar suas formas. Isso era uma ferramenta, um jogo. Agora, isso teria que ser algo mais.
Mude! Use sua imaginação. Alguma coisa que possa aguentar o calor. Nenhum ser mortal poderia resistir uma queda dessas, mas por que você não? Você precisa de uma pele feita de ferro, do próprio fogo, feita de…
Escamas.
Ele tinha uma lembrança do Leviatã e seu acabamento: caos blindado, quase invencível, mas, não, ele nunca se deixaria andar por aí assim, a barriga enorme e com nadadeiras demais. Tinha de ser algo menor, mais elegante. Escamas, sim, e rolos também. Uma serpente. Coisinhas espertas, as serpentes. Olhos amáveis. Podiam se mover em qualquer lugar. Até mesmo ali.
Então Zaziel mudou seu corpo em chamas para um tubo de sangue-frio. O calor se tornou um banho. O fogo uma cócega. De cabeça erguida apesar daqueles que afundavam ao redor dele, ele nadou até a terra próxima.
Ele se lançou às margens e se transformou de volta na pele que conhecia. Ela já não queimava mais, porque ele não queria. Suas asas, porém, continuavam dilaceradas. Elas levariam mais tempo, e suas penas também não seriam mais lustradas pela luz celestial, mas elas cresceriam. Zaziel se arrastou, uma mão depois da outra, pra longe das ondas de alcatrão e fogo.
Finalmente se deixou esparramar, exausto, tentando recuperar seu fôlego. Não que ele precisasse respirar, mas isso era um reflexo, catártico.
Alguma coisa estava errada. Tudo, sim, mas além daquilo, havia algo... Permaneceu deitado e imóvel pela exaustão, esperando que a resposta lhe viesse à mente. Outro machucado? Talvez. Alguma coisa havia sido arrancada dele. Havia algo faltando nele. Então, ele percebeu. Nunca havia pensado naquilo com algo que ele tinha. Sempre havia sido algo que ele era.
Seu nome.
“Oh D...” A benção morreu em seus lábios. O choque era uma nova ferida. Ele chorou lágrimas no Inferno. Ele se lembrava de suas declarações petulantes ao lado do bebedouro de água-benta, sobre “‘els’ e ‘phons’ e ‘ales.’” Essa ferida não cicatrizaria. Não admira que D... tivesse nomeado seus favoritos Adão e Eva. Não admira. Por que deixar seus favoritos correndo o risco de sofrer aquele tipo de dor?
Então, uma luz desceu.
Ele assistia em incredulidade conforme Lúcifer pousava em um pilar de pedra. A gritaria não o perturbava. Ele encarava os nove círculos do Inferno em desafio, sua espada quebrada ainda em mãos. Aquela luz dele era uma zombaria com a luz pura do Paraíso, mas em seu lugar, ela brilhava como uma estrela. Uma vez mais tomando a forma de uma serpente, Não-mais-Zaziel deslizou adiante. Lúcifer curvou-se para estudá-lo, e sorriu.
“Muito bem, muito esperto,” ele disse, brandamente. “Rastejando por todo lado. Combina com você.”
Devagar, dolorosamente, as outras criaturas retorcidas na escuridão se arrastavam até eles, clamando por ajuda, estendendo membros cauterizados pedindo, mas Lúcifer não olhou para eles. Em vez disso, ele deu tapinhas na cabeça da serpente.
“Sinto muito, mas estou contente de que esteja conosco, crawly,” ele disse “O estavam desperdiçando lá em cima.”
De pé novamente, Lúcifer se voltou para os gritos, sua voz carregada como um trovão:
“Irmãos, irmãs e outros!” disse o Caído, audaciosamente. “Vocês fazem bem em se livrar dos grilhões de aparência celestial. Farei o mesmo. Mudemos todos!”
E com isso, ele invocou fogo dos poços ao redor deles, se deixando envolver por ele. Quando pisou fora da chama, ele portava uma coroa de chifres como os de um carneiro. Ele estava nu como um bode e sua pele selada de vermelho e grossa como couro. Em lugar de seus pés, haviam cascos e a espada quebrada moldou-se numa tocha convidativa.
“Venham a mim, meus anjos caídos!”
E eles foram. Gritando e gemendo em agonia, ainda assim eles foram. Erguendo a si mesmos do fogo e dos poços de alcatrão. E eles mudaram. Descartando suas asas e seus halos quebrados e tomando as formas do que odiavam: Havia pouca ou quase nenhuma imaginação. Alguns se transformaram no piche, em rochas e no que quer que estivesse ao redor que os tivesse feito sangrar. O resto desenvolveu garras, unhas compridas e dentes de predadores, o sangue frio dos lagartos e os torsos sem coração dos insetos. Foi a segunda feiura do mundo. Apesar de não ser nada comparada à fealdade de anjo lutando contra anjo no Céu, era horrível do mesmo modo.
“Agora nós estamos em guerra com a criação,” o diabo recém-nascido disse a suas legiões. “Nossa missão não mudou. Nós mostraremos ao Céu suas falhas.”
“Como?” berrou uma voz áspera. Ela pertencia aquele que havia sido Hastriel. Ele havia coberto a si mesmo com dejetos e carne podre.
“Vocês, princípes do céu, são agora meus duques. Suas legiões são meus seguidores. E eu sou seu rei, o Senhor das Trevas, Governante do Poço Sem Fundo, a Terra será nossa. A todo momento, nós nos prepararemos para enfrentar aquela infestação com a nossa própria. Senhor das Trevas, Anjo do Abismo Sem Fundo.
Ele olhou para baixo, para aquele que outrora fora Zaziel, que não havia mudado para mais nada, permanecendo uma serpente negra e reluzente. Ele tinha seu orgulho, Não-Mais-Zaziel pensou. Aquilo o havia mantido a salvo. Ele não iria se rebaixar ainda mais.
O ex-arcanjo sorriu. “Muito bem.” Ele riu. “Disfarces irão nos ajudar. Nada temam, eu os renomearei, a vocês todos. São meus filhos agora. Eu não os rejeitarei. Nós somos demônios: ‘habitantes’ desse poço. Vamos tragar toda a humanidade para baixo conosco se preciso, e provar que continuamos sendo melhores!”
De acordo com o poeta John Milton, neste ponto, os anjos caídos formaram um conselho organizado com o objetivo de planejar a destruição da humanidade. Milton estava certo quanto a isto ter acontecido, mas ele não entendia o sofrimento. Conselhos organizados fazem memorandos, realizam seminários de treinamento e pesquisas de marketing. Isso teria de vir depois.
Àquela noite, havia apenas raiva, e dor, e mágoa. As palavras ambiciosas do arcanjo caído acenderam um desejo naqueles poços de alcatrão mais quentes do que as chamas, um desejo de expurgar o paraíso que havia expurgado um terço de seus filhos. Aquela fúria tornou os gritos do Inferno em clamores de vingança.
O anjo outrora chamado Zaziel sentiu o poder daquelas palavras o arrastando para baixo. Uma escuridão opressora tinha substituído a luz plácida de antes. Não podia lutar contra aquilo. Não havia mais amor em seu coração para resistir. Eles eram Caídos. Rejeitados. E tudo pelos humanos. Tudo por fazer perguntas. Ele tomou sua forma corpórea novamente, para ter pulmões e uma voz para vibrar com o resto das legiões, e ele gritou até ficar rouco e cego pelas lágrimas.
“Crawly.”
Era quase alvorada do Sétimo Dia. Não-Mais-Zaziel acordou encolhido numa placa de enxofre. Até que era bem confortável, o calor, uma vez que se acostuma com o cheiro. Quem sabe com algumas plantas. Poderia deixar o ar mais limpo.
“Crawly, uma palavra?”
Por um instante, ele se perguntou com quem aquele diabo estava falando, então percebeu que era com ele. Nenhum novo nome serviria nele tão bem quanto o antigo. O antigo havia sido dado por Ela própria, D…
O agora proclamado Senhor das Trevas, Destruidor de Reis, e Príncipe Deste Mundo agora olhava baixo para Crawly. Ele não parecia ter dormido. Ainda carregava a tocha. Na ilha agora havia construído um trono de obsidiana.
“Nós ainda precisamos fazer algo quanto aqueles humanos.”
Agora Crawly entendia o olhar que havia nos olhos dele. Não era raiva. Tampouco algo do tipo. Era ódio. Ele mataria D... antes de ter de adorá-la novamente. Ele certamente não hesitaria em matar nada menor que Ela.
Então, Crawly foi muito cauteloso em sua resposta.
“Sim, alguém deveria, é claro.”
“Eu gostaria que você fosse lá em cima e criasse alguma confusão.”
Crawly estava ciente de que eles eram observados. Olhos escuros e pálidos pousavam sobre ele de todos os nove círculos do Inferno. Ele não havia percebido que estava no meio de algo tão importante.
“Como?” perguntou.
“Use sua imaginação.”
Por trás do Véu de Luz e de Escuridão, Deus coloca o plano Dela em ação. E dos poços de fogo e sombras, o primeiro anjo nascido planeja desfazer cada parte dele.
Mas este é o Sétimo Dia agora e tudo está bem. Tempo para descansar. Os anjos dormem em suas esferas reparadas. Até Michael guardou sua espada. Do outro lado do novo Véu, a Toda Poderosa descansa fora do Tempo, observando a eternidade da qual Ela não é parte. Ela é algo acima e intermediário. Tentar explicar mais a fundo seria impossível. É inefável.
E solitário.
Mesmo assim, Ela pode ver o fim, e declara a Criação do Mundo completa— por enquanto. E boa—eventualmente. O tempo volta a mover-se de novo. O lago cristalino contorna gentilmente a margem de fora do Véu.
Poderia ter alguns patos ali, Ela pensa e fita um Metatron adormecido.
Pra ser claro, Deus não mente. Mas já que Ela joga um jogo de pôquer muito complicado numa sala escura com cartas em branco, ou algo para esse efeito. Ela deixa os outros presumirem coisas.
Por exemplo, poucos sabem que Deus pode sussurrar.
“Aziraphale?”
O anjo principado olhou por cima de um fascinante livro sobre esquilos. Ele piscou. Seu nariz contraiu-se. Então ele espirrou.
Ele estivera escondido na biblioteca desde a rebelião e qualquer biblioteca digna de seu catálogo é um pouco empoeirada. É desse modo que se sabe que está cumprindo seu papel. Aziraphale estivera se escondendo, não porque ele não pudesse se garantir numa batalha, mas porque ele não queria guardar mágoas. Aquilo parecia terrivelmente desagradável e ele preferia esperar que tudo desse certo sem ele. Afinal, ele nem sequer havia conhecido aquelas duas pessoas bacanas no jardim ainda.
“Hum, sim, Senhora?”
“Vá lá embaixo e guarde o Portão Leste do Éden.”
“Hum, sim, claro. Será um prazer. Er, mas do que devo guardar, minha Senhora?”
“E não se esqueça da espada que eu te dei.”
Aziraphale já estava para sair da biblioteca do Céu. Ele retornou e apanhou a espada e a bainha descansando na cadeira. Ele pensou em empunhá-la e testar sua lâmina, só para ver como era, mas decidiu não fazer. Pergaminhos celestiais e fogo celestial faziam essencialmente o mesmo que pergaminho e fogo fazem em qualquer lugar, e ele era um anjo muito cuidadoso.
“Fico feliz por ser útil. Hum, e o que eu devo fazer se eu, er, se eu vir um demônio?”
Não houve resposta, então Aziraphale atou a espada ao cinto e voou para baixo, para o planeta. O sol acabava de culminar no horizonte e as maçãs da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal nunca haviam estado mais vermelhas. Ou mais maduras. Ou mais tentadoras.
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Capítulos traduzidos:
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo Original (em inglês)
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não é criação, é derivação
você tá correndo de algo ou pra algo?
sinto que quando cheguei eu tava fugindo dos monstros que me atormentavam em petrolina, e fugir sempre funcionou pra mim, sempre funcionou bem até demais. me lembro de estar assustada, de sentir a “adrenalina” da fuga no primeiro mês e do medo de não saber se iria “sobreviver” do mês seguinte e depois, depois eu passei a correr por algo, correr pra conseguir estar de volta na enfermagem e cá estou agora nela.
não tenho mais do que fugir, ainda tenho metas, são pequenas, minusculas na verdade, mas não insignificantes. lembro que quando vim pra cá eu tinha uma dinheiro guardado e que eu achava que construiria uma kitnet com ele (até hoje tenho imagens da planta), não aconteceu, o dinheiro foi gasto na manutenção da minha vida e depois que arrumei emprego com coisas que não conseguiria me lembrar. ai juntei mais dinheiro, mas não o suficiente pra ter esse apartamento que é fruto de privilegio, do privilegio de meu pai se sentir culpado pelo que aconteceu. e grande parte de mim ainda fica maravilhada por estar nele, talvez por isso que eu não tenha “decorado” ainda, isso e a falta de dinheiro, eu posso tentar te enganar dizendo que é falta de tempo, mas não é. são 3 da manhã e eu tô acordada porque passei maior parte do dia dormindo, então tempo eu tenho. 
terceiro paragrafo e eu ainda não sei se esse texto é de gratidão ou de busca. quais são minhas metas agora: reconhecimento acadêmico, remuneração, continuar viva até chegar la... e depois? filhos? nova iorque? autossuficiência? não sei, e por mais que eu diga que essa é a graça, não saber não tem graça. não ser responsável pela minha glória também não, mas a realidade é essa. eu sei o que tô fazendo até um certo ponto: tô sendo medíocre, e essa é outra realidade. porque eu tô desestimulada, e eu não deveria estar, mas estou e eu não tenho uma boa desculpa pra isso. 
a bussola aponta pro norte, e eu estou marchando pra lá só por isso. no intuito de achar lá algo que complete o quebra cabeça que sou. mas eu sou um quebra cabeça esquisito, que muda o cenário cada vez que acha uma peça nova, que fica mais complicado a cada segundo... desses que não faz sentido mesmo. bom, o sentido é o norte e pra lá eu tô indo. talvez nem tenha uma chegada e seja só a caminhada e eu não vou tentar enganar ninguém dizendo que tô aproveitando a vista. eu tô só marchando.
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diary-xx · 6 years
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A BELA FLOR
Há um bom tempo eu recebi uma flor, e de alguém muito especial, confesso que eu já havia visto essa flor em seu jardim, e era uma das mais lindas flores que eu já havia visto, porém ainda sim, apesar da beleza encantadora, ainda sim não era uma das minhas preferidas. Essa flor simplesmente era diferente das outras, sempre foi notável, sempre ouvi alguém falar sobre ela...
Então aconteceu​, recebi esse presente, ela veio em vaso, que digo com sinceridade, era um vaso bem simples, um vaso de barro apenas, com aquela flor, me surpreendi, eu estava sendo presenteado com ela, a flor que nem era uma das minhas preferidas. Eu sei que foi de alguém especial porque juntamente a ela veio um bilhete, e fora um bilhete bem sucinto e pragmático, dizia o seguinte: -Cuide bem dela, cuide da sua flor. Eu não soube o que agir, logo eu. Nunca havia cuidado de flores, nunca havia cuidado de planta alguma!
O tempo foi passando, e de início foi bem complicado, porém bem maravilhoso, eu me encantava ao acordar pela manhã e vê-la na minha varanda. E sim, eu tinha o maior cuidado, eu regava, não somente com água, mas também com amor, expunha ela a luz, para que ela conhece a glória... Houveram momentos que sim, eu quis desistir, mas nunca deixei transparecer. Lembro das nossas conversas noturnas antes de dormir, eu juro, tenho certeza, ela me entendia e ela correspondia, talvez somente eu pudesse entendê-la, pelo menos foi o que eu achava.
Meses se passaram e minha flor foi mudando, eu não sabia o que a modificara, se era uma fase, estação do ano ou o ambiente, estava tentando de tudo, estava tentando fazer com que minha flor que eu acabara aprender a amar permanecesse ali, juntamente comigo, ela havia se tornado a alegria de minha vida. Meu Deus, um pétala havia caído e juntamente a ela lágrimas eu derramei, não podia acreditar que isso estava acontecendo. E descobri, as suas pétalas era também o seu choro...
A tristeza tomou conta de meu coração, aquela noite, quando eu vi a última pétala da minha flor cair, quando eu a vi se despedir, em silêncio. Hoje eu ainda lembro dela, e percebo que não era apenas uma fase, eu havia cometido um erro, eu talvez tivesse me deixado levar e me tornei uma pessoa comum em sua vida, hoje eu percebo que não proporcionei o devido amor que ela merecia, não soube ser um verdadeiro jardineiro, o seu jardineiro, não soube cuidar do meu próprio jardim. E hoje de tudo o que me resta são apenas dois sentimentos, o da saudade e o amor, que nossa, brotou, porém é tarde demais; o que me resta é apenas olhar para aquele vaso, onde ela sempre ficou, e aí está o meu erro. Eu simplesmente não a cultivei no meu singelo vaso, que humildemente chamo de, coração!
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assleitura-blog · 6 years
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Em plena noite, no silêncio que faz lá fora, eu estou aqui no meu quarto, já posso escutar aquela chuva neste dia nublado. Segurando meu travesseiro, sinto que o sono não vem, a angustia transborda a minha alma, é daí penso no "Amor". As pessoas pensam em vários tipos de amor, mas, apenas acabei de ler o livro mais lido da história, chamado  " Bíblia sagrada" ; feita com as palavras do mestre para o seu coração. ❤
Bom, aliás o que é o Amor? 🤔....
Quando penso na palavra amor, penso na língua dos anjos ao soar  os hinos de Vitória 💕, imagino quando um ser humano se sente amado ao olhar para sua querida e amada esposa e saber que está sendo da mesma maneira correspondido 💞 vejo todas as manhãs a beleza do 🌞 ao nascer, e contemplo um sorriso no rosto de agradecimento de cada pessoa que acredita e tem fé que o dia irá ser melhor do que o que se passou. Mas sem falar que ao andar nas ruas vejo aquelas crianças com a sua inocência sendo elas o grande amor 💜. Quando de repente já estou em outro lugar como se fosse um sonho mas olhei profundamente e era um belo jardim onde havia várias plantas e flores e muitos frutos que não se podiam contar, o cheiro do aroma era muito agradável mas ao imaginar beleza e aparência lembrei da frase de Osvaldo chambers.
A fé nunca sabe para onde está sendo levada mas conhece e ama aquele que a estar levando. 💭
Vi ali o grande mistério que a ciência jamais poderia entender. A caminhada foi longa e decidi parar para pensar e encontrei uma pequena árvore ao lado e creio que ela me ajudou a meditar, 💭 aquele belo vento batendo em meu rosto era maravilhoso. Quando olho ao redor vejo vários jovens se abraçando com um sorriso nos lábios percebi que eram grandes amigos por que viviam em União.
Ao deparar já estou totalmente fixadas neles e daí vejo uma luz vindo em minha direção era o Rei da Glória. Quando olhei já estava sentado ao meu lado e começou a me ensinar tudo que eu precisava aprender ele me deu um abraço e se foi com a sua luz reluzente 💖 Ao abrir os olhos sinto que estou em minha cama e vir que tudo se passava de um sonho e comecei a sorrir aprendi que o amor também é sofrimento ele mesmo me mostrou ao abrir as suas mãos. vir o quanto ele sofreu por mim por você e por todos. Ele retrata que o amor não é inveja não busca os interesses ele falou que tudo suporta tudo espera, o amor sempre será verdade ele é a cura da dor é o remédio para uma ferida, todos os dias temos que ser o amor daqueles que nunca teve, ele aproxima, ele enfrenta as barreiras, ele é o amor, então ame e viva o amor seja amor compartilhe amor, nós somos o amor, Jesus é o amor 😍❤
A+lersouza 📙
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aloneinstitute · 2 years
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A minha embaixada do Japão no BRASIL
A ipomea, ou glória-da-manhã, é uma das flores mais comuns nos jardins do Japão.
Seu nome japonês, asagao (朝顔), significa “rosto da manhã". Isso porque ela dá as caras nesse horário mesmo, quando o dia está começando. Conforme a tarde se aproxima, a florzinha se fecha novamente. O espetáculo, que premia aqueles que acordam cedo, ocorre durante o verão do país.
Pelo seu alto valor ornamental, a asagao é muito apreciada no Japão, onde é cultivada em diferentes variedade de cores, tamanhos e formas. A planta é encontrada principalmente nos asagao-ichi, mercados sazonais que abrem durante o mês de julho especialmente para atender aos clientes que buscam a asago para enfeitar suas casas
Um dos mercados de flores mais famosos é o Asagao Matsuri, realizado em Tóquio, que atrai cerca de 400 mil pessoas todos os anos para conferir 60 lojas na área do Templo Iriya Kishimojin.
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gngarchive · 3 years
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𝐄𝐕𝐄𝐍𝐓𝐎 #𝟑 — 𝐒𝐓. 𝐏𝐀𝐓𝐑𝐈𝐂𝐊'𝐒 𝐃𝐀𝐘 𝐇𝐔𝐍𝐓
O dia de St. Patrick não é algo muito forte entre os franceses, mas tendo em vista a cultura internacional na Truffaut, não é do feitio da coordenação deixar algum feriado grande europeu passar em branco. Todo ano é organizada uma “caça ao pote de ouro” nesse dia, dentro da própria escola, que divide os alunos em aliados e inimigos. Esse ano ouvem-se os boatos pelos corredores que o prêmio é o melhor em dez anos. Ainda assim, não é obrigatória a participação... Ou será que é? Uma mensagem misteriosa fez com que muitos desinteressados corresem atrás do prêmio. Escolha o seu lado: glória ou sangue?
INFORMAÇÕES IC
Todo ano tem uma competição na escola no dia de St. Patrick, a anual caça ao pote de ouro. Nesse dia, a Truffaut fecha os alunos dentro do seu campus (bloco do Ensino Médio, apenas) e eles devem então procurar o pote de ouro no qual haverá o prêmio dentro, que varia de ano em ano.
Cada aluno recebe uma fita verde com seu nome escrito que deve ser usada a todo tempo no pulso. Caso perca essa fita, será desclassificado. Os alunos podem retirar fitas um dos outros, sem que recorram a violência. O aluno deve manter as fitas que retira dos demais consigo. Assim, há sempre embate para ver quem tira a fita do outro, ou traição na qual uma pessoa distrai a outra para tirar sua fita.
Os alunos devem começar do portão da Truffaut e escolher lugares para percorrer a escola até encontrar o Pote de Ouro. No meio do caminho podem haver dicas escondidas para ajudá-los a encontrar. O aluno pode esconder essa dica se quiser, fazendo com que ninguém mais a encontre.
É permitido e normal que os alunos se dividam em grupos para se ajudar. Podem ser formadas alianças, porém só um aluno pode ganhar o prêmio, de modo que se mais de uma pessoa chegue ao pote, precisarão ou decidir quem ganha ou então arrancar a fita verde dos demais (traição!!!).
O PRÊMIO DESSE ANO SERÁ: (1) bolsa de estágio de verão nas empresas e doadores parceiros da Truffaut (envolve diversas áreas: engenharia, direito, artísticas, ciências variadas. Resumindo, os investidores da escola, que são VARIADOS TIPOS); (1) entrevista prioritária independentemente da aplicação em uma das faculdades parceiras da Truffaut (Universidade de Bolonha na Itália, Universidade d’Harcout em Paris, Universidade de Stanford na Califórnia - EUA, Universidade de Oxford em Londres, Universidade de Vienna na Austria, Universidade de Tóquio no Japão, Universidade de Toronto no Canadá, Universidade de Sydney na Austrália, Universidade de Amsterdã na Holanda, Universidade de Buenos Aires na Argentina, Universidade de Zurique na Suíça, Universidade de Copenhagem na Dinamarca e Universidade de Lund, na Suécia); e 1 ponto na média de todas as matérias. NOTAS: todos os alunos do EM podem participar, mas como aqui os personagens são todos do último ano, estou listando apenas os prêmios deles. Finjam que tem prêmios dependendo do ano do aluno.
O evento é sempre facultativo aos alunos, é claro! Entretanto, na manhã do dia da competição, enquanto alguns ainda não haviam se decidido se participariam, uma mensagem misteriosa chegou no celular dos personagens:
ATENÇÃO. Aqui não é o -E. Eu posso estar correndo perigo só de enviar essa mensagem, então delete assim que ler. Eu posso te ajudar, mas precisa ser de forma secreta porque eu não sei mais do que essa pessoa é capaz. O pote de ouro hoje vai ter uma pista. Boa sorte, eu realmente espero que você consiga.
Despertos pela curiosidade e pela vontade de descobrir mais, os que ainda não haviam decidido participar, ficaram seriamente balançados.
INFORMAÇÕES OOC
Você deve estar se perguntando: Izzy, como isso vai ser possível? Para a dinâmica, voces vão precisar só de uma coisa-- SORTE!
A moderação (essa linda quem vos fala) fez um mapa de lugares na Truffaut em que seu personagem pode ir e percorrer. Ao mesmo tempo, existe uma lista de pistas e onde estas se encontram, que não será revelada. O que você deve fazer para jogar? Mandar no privado da central 5 lugares da lista em que seu personagem foi e torcer para que haja pistas neles! Ao fim do evento, você deverá dizer para a moderação onde estava o Pote de Ouro. O primeiro que acertar, ganha. CLIQUE AQUI PARA VER AS PLANTAS DA AIFT E OS LUGARES QUE VOCÊ PODE ESCOLHER.
As interações na dash devem ser dos lugares em que seu personagem passou, pode ser aberto ou fechado. Vocês podem combinar com pessoas que passaram pelos mesmos lugares. Vocês também podem se unir como players e trocarem pistas, só não se esqueçam que só uma pessoa pode ganhar o prêmio. Caso um grupo de pessoas consiga descobrir o lugar, será tirado no sorteio quem foi o vencedor. Caso mais de uma pessoa acerte, ganha quem mandou antes.
No meio tempo, os chars podem interagir tranquilamente dentro da competição. Os personagens podem se eliminar da competição se os players entrarem em acordo. Para decidir quem será o eliminado, a moderação jogará o nome dos dois em um sorteador e informará os players. ISSO NÃO É OBRIGATÓRIO, você pode fazer seu char continuar sem perder fita ou roubar se quiser.
Exemplos de inters e plots: 1. MUSE A e MUSE B se encontraram em X lugar, MUSE B ficou preso em certa situação e MUSE A viu ali uma oportunidade de eliminá-lo 2. MUSE C e MUSE D se uniram e estão buscando pistas nos mesmos lugares; 3. MUSE E viu MUSE F e se escondeu, está tentando não ser visto. 4. MUSE G chegou em um lugar sozinho e escondeu a pista que achou ou então a levou consigo (nesse caso, só pode ser feito se o player foi o primeiro a enviar seu roteiro para a central e o primeiro a tirar aquela pista em específico. Limitado a 1 por personagem). 5. MUSE H fingiu ser aliado de MUSE I e está esperando chegar na linha final para traí-lo.
Além disso, aquele que chegar achar o Pote de Ouro nos termos acima, ganhará 400 pontos em OOC.
RESUMO DOS PRÊMIOS: 1 bolsa de estágio, 1 entrevista com uma Universidade, 1 ponto na média em todas as matérias, 400 pontos OOC e a pista misteriosa da pessoa misteriosa.
IZZY NÃO ENTENDI NADA, SOCORRO? Aos nossos perdidos (que a esse ponto deve ser todo mundo), segue aí um roteiro resumido do que você como player precisa fazer para participar.
Ver os lugares listados pela moderação;
Determinar estratégia de jogo: sozinho ou em grupo? Se for a última opção, com quem seu char vai se unir? Se ele se unir, a estratégia precisa ser alinhada com os players, para os chars passarem nos mesmos lugares;
Traçar um mapa de lugares onde seu personagem passou e enviar para a moderação.
Abrir interações e POVs dentro dos lugares que você escolheu, combinar com os outros players inters entre os personagens e o que pode ser feito. Aqui podem determinar se personagem X vai entrar em "confronto" com Y e algum deles vai perder a fita verde; determinar o que o personagem fez no lugar que passou, etc;
Se houver pistas nos lugares escolhidos, fazer mini POV, só mostrando o que achou. Caso queira e estiver dentro das normas, pode fazer o personagem roubar a pista;
No último dia do evento, enviar à moderação onde cada personagem acha que está o Pote de Ouro;
Esperar para ver quem é o vencedor!
EM IC, o evento estará acontecendo no dia 17/03/2021, quarta-feira, a partir das 20h, com início no portão de entrada da Truffaut. Ele termina apenas quando alguém acha o Pote de Ouro.
EM OOC, o evento acontecerá do dia 18/02/2021, quinta-feira, 19h até 28/02/2021, domingo, 23h59. Pode ser finalizado antes ou depois conforme a vontade da maioria dos players.
Não se esqueçam de marcar o @gngstarters para starters abertos e o @gg-pontos para qualquer tipo de pontuação! Se quiserem, também podem postar as coisas (looks, povs, extras) na nossa tag: G&G:STPATTIES.
No mais, qualquer dúvida, qualquer coisa faltando, por favor me comuniquem por qualquer canal (tumblr ou discord) e eu estarei à disposição.
Se divirtam!!!!!
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sophiaasabedoria · 4 years
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Vinde a mim todos os que me desejais com ardor, e enchei-vos de meus frutos; pois meu espírito é mais doce do que o mel, e minha posse mais suave que o favo de mel. A memória de meu nome durará por toda a série dos séculos. Aqueles que me tornam conhecida terão a vida eterna. Livro santo de Eclesiástico 24,26-28.31.
Este versículo confirma que Jesus não é o amor divino, como ficou erroneamente conhecido. Jesus é o pão da vida, porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo. Jesus disse: Eu sou o pão de vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede. Livro santo de João 6,33.35.
Aqueles que me comem terão ainda fome, e aqueles que me bebem terão ainda sede. Aquele que me ouve não será humilhado, e os que agem por mim não pecarão. Livro santo de Eclesiástico 24,29-30.
A Sabedoria (infinita) e a Lei.
Tudo isso é o livro da vida, a aliança do Altíssimo, e o conhecimento da verdade.
Moisés deu-nos a lei com os preceitos da justiça, a herança da casa de Jacó, e as promessas feitas a Israel. (Deus) prometeu a seu servo Davi que faria sair dele um rei muito poderoso, o qual se sentaria eternamente num trono de glória.
(A Lei) faz transbordar a sabedoria como o Fison, e como o Tigre na época dos frutos novos.
Ela espalha a inteligência como o Eufrates, uma inundação como a do Jordão no tempo da colheira. É ela que derrama a ciência como o Nilo, soltando as águas como o Geon no tempo da vindima.
Foi ele quem primeiro a conheceu perfeitamente (Esta sabedoria impenetrável as almas fracas).
O seu pensamento é mais vasto do que o mar, e seu conselho mais profundo do que o grande abismo.
Eu, a sabedoria, fiz correr os rios, Sou como o curso da água imensa de um rio, como o canal duma ribeira, e como um aqueduto saindo do paraíso.
Eu disse: Regarei as plantas do meu jardim, darei de beber aos frutos de meu prado, e eis que o meu curso de água tornou-se abundante, e meu rio tornou-se um mar.
Pois a luz da ciência que eu derramo sobre todos é como a luz da manhã, e de longe eu a torno conhecida.
Penetrarei em todas as profundezas da terra, visitarei todos aqueles que dormem, e alumiarei todos os que confiam no Senhor.
Continuarei a espalhar a minha doutrina como uma profecia, e deixá-la-ei aos que buscam a sabedoria, e não abandonarei seus descendentes até o século santo.
Considerai que não trabalhei só para mim, mas para todos aqueles que buscam a verdade.
Livro santo de Eclesiástico 24,32-47.
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alquimiasleua · 4 years
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Misteriosas, fugazes e bonitas, as glórias da manhã se desenrolam com rodopiantes saias à primeira luz do dia, um dos seus poderes é afastar os impulsos persistentes e destrutivos do vício, essas lindas flores tendem a crescer no espaço entre as hortas cultivadas e o mato selvagem. Metafisicamente, isso faz de sua flor uma excelente opção para "andar na borda" entre os mundos, agindo como um portal. Dizem que colocar algumas sementes no travesseiro traz visões astrais. Cada cor atua em nossos chacras de diferentes formas e essa é uma característica importante de ser observada, já que a glória-da-manhã tem várias espécies de cores diferentes. A natureza invasiva da glória-da-manhã nós mostra sua energia de resistência, com seu forte cipó elas se recusam a sair, abrindo caminho em todas as fendas da luz do sol e em terrenos lotados de outras plantas. Suas raízes são usadadas em feitiços que ajudam a superar as dificuldades para alcançar seus objetivos, atrair boa sorte, prosperidade e tambem em magias sexuais. Na lua minguante a planta concentra sua energia e seiva na raiz e esse é o momento perfeito para extrair as suas propriedades. Vai ter banho de prosperidade e conexão com a morning glory azul do nosso jardim, um azul clarinho que abraça e acalma o coração, trazendo paz e amor. ♡ Me pediram para contar sobre as sementes, muitos ficam curiosos por ela conter a substância LSA (amida de ácido lisérgico) que é um análogo natural do LSD, encontrado também na Argiréia Nervosa, porém menos potentente. Vamos preparar um texto com essa informação e postaremos em breve para vocês. ♡ #morningglory #jardimencantado #enteogeno #lsa #luaminguante #herbs #organic #nature #garden #plants #flowers #gardening #health #natural #love #homeopathy #iherb https://www.instagram.com/p/B_M-bxtFFVy/?igshid=18g0c43pe0t39
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atalaiasdedeus · 7 years
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"Avigoram-se as árvores do Senhor e os cedros do Líbano que ele plantou." Salmos 104:16
Os cedros do Líbano são símbolos do cristão, no sentido de que ELES DEVEM SEU PLANTIO INTEIRAMENTE AO SENHOR. Isto é totalmente verdadeiro para todo filho de Deus. Ele não é plantado pelo homem nem por si mesmo, mas plantado por Deus. A misteriosa mão do Espírito divino coloca a semente viva em um coração que Ele mesmo preparou para recebê-la. Todo verdadeiro herdeiro do céu reconhece o grande Noivo como seu agricultor. Além disso, os cedros do Líbano NÃO DEPENDEM DE HOMENS PARA IRRIGAÇÃO; eles ficam nas rochas elevadas, sem que nenhum homem os irrigue, contudo nosso Pai celestial os abastece. Assim o é com o cristão que aprendeu a viver pela fé. Ele não depende do homem, mesmo nas questões temporais; para seu contínuo sustento ele olha para o Senhor seu Deus, e somente para Ele. O orvalho do céu é sua porção e o Deus do céu é sua fonte. Novamente, os cedros do Líbano NÃO SÃO PROTEGIDOS POR NENHUM PODER MORTAL. Eles não devem nada ao homem por serem preservados em ventos tempestuosos e temporais. São árvores de Deus, mantidas e preservadas por Ele e somente por Ele. Precisamente o mesmo acontece com o cristão. Ele não é uma planta de estufa, abrigada da tentação; ele está na posição mais exposta, não tem abrigo, nem proteção, exceto por isso: as amplas asas do Deus eterno sempre cobrem os cedros que Ele mesmo plantou. Como os cedros, os cristãos são CHEIOS DE SEIVA, têm vitalidade suficiente para permanecer sempre verdes, mesmo em meio às neves do inverno. Por fim, a condição viçosa e grandiosa do cedro DEVE SER MOTIVO DE LOUVOR A DEUS APENAS. O Senhor, e apenas Ele, é tudo para os cedros, e, portanto, Davi muto docemente coloca esse fato em um dos salmos: "Louvem ao Senhor árvores frutíferas e todos os cedros." No cristão não há nada que possa magnificar o homem; ele é plantado, nutrido e protegido pela mão do Senhor e a Ele seja imputada toda a glória.
C. H. Spurgeon, livro Dia a Dia com Spurgeon - Manhã e Noite.
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santaluziagard · 6 years
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5ª Semana do Tempo Comum – Terça-feira
Primeira Leitura: Gn 1,20–2,4a
Leitura do Livro do Gênesis.
Deus disse: “Fervilhem as águas de seres animados de vida e voem pássaros sobre a terra, debaixo do firmamento do céu”. Deus criou os grandes monstros marinhos e todos os seres vivos que nadam, em multidão, nas águas, segundo as suas espécies, e todas as aves, segundo as suas espécies. E Deus viu que era bom. E Deus os abençoou, dizendo: “Sede fecundos e multiplicai-vos e enchei as águas do mar, e que as aves se multipliquem sobre a terra”. Houve uma tarde e uma manhã: quinto dia. Deus disse: “Produza a terra seres vivos segundo as suas espécies, animais domésticos, répteis e animais selvagens, segundo as suas espécies”. E assim se fez. Deus fez os animais selvagens, segundo as suas espécies, os animais domésticos segundo as suas espécies, e todos os répteis do solo segundo as suas espécies. E Deus viu que era bom. Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e segundo a nossa semelhança para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, e sobre todos os répteis que rastejam sobre a terra”. E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou: homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os peixes do mar, sobre os pássaros do céu e sobre todos os animais que se movem sobre a terra”. E Deus disse: “Eis que vos entrego todas as plantas que dão semente sobre a terra, e todas as árvores que produzem fruto com sua semente, para vos servirem de alimento. E a todos os animais da terra, e a todas as aves do céu, e a tudo o que rasteja sobre a terra e que é animado de vida, eu dou todos os vegetais para alimento”. E assim se fez. E Deus viu tudo quanto havia feito, e eis que tudo era muito bom. Houve uma tarde e uma manhã: sexto dia. E assim foram concluídos o céu e a terra com todo o seu exército. No sétimo dia, Deus considerou acabada toda a obra que tinha feito; e no sétimo dia descansou de toda a obra que fizera. Deus abençoou o sétimo dia e o santificou, porque nesse dia descansou de toda a obra da criação. Esta é a história do céu e da terra, quando foram criados. – Palavra do Senhor.
Salmo: 8
— Ó Senhor nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!
— Ó Senhor nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!
— Contemplando estes céus que plasmastes e formastes com dedos de artista; vendo a lua e estrelas brilhantes, perguntamos: “Senhor, que é o homem, para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho?”
— Pouco abaixo de Deus o fizestes, coroando-o de glória e esplendor; vós lhe destes poder sobre tudo, vossas obras aos pés lhe pusestes.
— As ovelhas, os bois, os rebanhos, todo o gado e as feras da mata; passarinhos e peixes dos mares, todo ser que se move nas águas.
Evangelho: Mc 7,1-13
Naquele tempo, os fariseus e alguns mestres da Lei vieram de Jerusalém e se reuniram em torno de Jesus. Eles viam que alguns dos seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, sem as terem lavado. Com efeito, os fariseus e todos os judeus só comem depois de lavar bem as mãos, seguindo a tradição recebida dos antigos. Ao voltar da praça, eles não comem sem tomar banho. E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre. Os fariseus e os mestres da Lei perguntaram então a Jesus: “Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?” Jesus respondeu: “Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos’. Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens”. E dizia-lhes: “Vós sabeis muito bem como anular o mandamento de Deus, a fim de guardar as vossas tradições. Com efeito, Moisés ordenou: ‘Honra teu pai e tua mãe’. E ainda: ‘Quem amaldiçoa o pai ou a mãe deve morrer’. Mas vós ensinais que é lícito alguém dizer a seu pai e à sua mãe: ‘O sustento que vós poderíeis receber de mim é Corban, isto é, Consagrado a Deus’. E essa pessoa fica dispensada de ajudar seu pai ou sua mãe. Assim vós esvaziais a Palavra de Deus com a tradição que vós transmitis. E vós fazeis muitas outras coisas como estas”.
Reflexão:
Encontramos vários “diálogos” de Jesus com o demônio nos evangelhos. Podemos afirmar que uma das ordens mais frequentes que o Salvador dá ao príncipe do mal é: “Sai dessa pessoa”. Jesus veio para nos livrar do mal. Ele sabe que o demônio age de maneira sutil e faz o possível para conquistar nossa alma; contudo, a voz do Senhor é capaz de nos devolver a vida e para experimentarmos a alegria da verdadeira liberdade.
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