#idealização

[p3ns4m3nt0s]

rejeição.

nem te conheço

o suficiente para gostar de você

mas saber que você não me quer

quase me faz querer morrer

a real é que isso é um exagero

pois eu me decepcionei com o que nunca nem existiu

me decepcionei com sua falta de vontade

falta de vontade de me ter

foi tudo uma realidade paralela

realidade que eu criei na minha cabeça

mas saber que isso nunca foi nem perto do que é real

dói como se tivesse pedido algo

[carolaporai]

Paciente

Eu não sou sua paciente.

Eu não sou o lugar da sua identificação e análise.

Eu não sou seu depósito.

Eu não compartilho contigo minha história para que seja campo de suas análises materiais.

Ou que você me faça sugestões e me dê feedbacks.

Fico intrigada sobre minhas idealizações de amizades. Onde foi que decidimos que é plausível fazer comentários baseados em nossa experiência e colocar a história do outro em um pequeno espaço?

[orangerainbow]

they say that dreams are part of our unconscious. and it's really crazy how idealization works...

when we were together, I always dream of someone I idealized you were. that's why I constantly complained to myself about how different you were in reality.

and now that everything is gone, when I have a nightmare of you, I can perfectly see the truly you: a complete monster.

[house-of-tales]

@wildrift

É impressionante como Aya podia ficar tão esquecida quando ficava mal ou pensativa, que sequer sentia mais o peso da chave em seu pescoço. Não, quando saiu às pressas de casa, apenas tinha em mente seu destino: o Rio Arakawa, especificamente os trechos mais turbulentos deste rio.

Toda vez que ia lá, era sempre com um pensamento: se jogar naquelas águas, deixar que o rio que tanto amou ficar com seu corpo e nunca mais devolver. Só assim se livraria de tudo, das víboras que se diziam ser parentes amorosos, daqueles que a fizeram por muito tempo acreditar que ela que era a incapaz, a inútil, a indesejável. Aquela que ninguém gostaria de ter por perto, sempre destinada a ficar sozinha. Seu maior medo.

Era sempre assim. Nunca fora delicada o bastante, falava demais, não cumpria nem a menor das expectativas. Em seus ombros estava o peso de uma parcela do clã, e além de ser pesado era punitivo.

Você não é o bastante assim, eles a disseram desde criança enquanto tentaram a moldar. Seja como a gente diz. Mas aquilo que é como o fogo não se dobra, apenas se alastra e busca cada vez mais alimento para crescer. Mesmo que diminuíssem sua chama, ela não se extinguia por completo.

E, por pessoas como aquele que residia na chave, ela apenas olhava para a correnteza e não ousava dar o passo final. Era a constatação que precisava...não iria fazer aquilo, enquanto tivesse a certeza de que em algum lugar, tinha um lar. Mas talvez ela devesse ter se lembrado do inquilino dentro daquela chave antes de se enfiar tão perto de um lugar perigoso...

[pensando-so]

Pensar em você até a realidade se fundir com a idealização e deixar de ser um sonho a fim de ser a nossa verdade.

Maxwell Santos

[myifeveruniverse]

Hoje senti sua falta….

Hoje senti falta do seu cheiro, queria a sensação de novo de ter seus braços a minha volta, fazendo carinho no meu cabelo enquanto enchia meu rosto de beijinhos.

Hoje senti falta da sua gargalhada alta, da sua empolgação contando cada detalhe de tudo que aconteceu no seu dia.

Hoje senti falta da sua voz e quis te ligar e ficar muda apenas te escutando falar por horas e horas sobre tudo aquilo que ama.

Hoje senti falta do seu colo, da sua proteção, do seu cuidado.

Hoje senti falta dos seus beijos quentes, do seu toque no meu corpo me causando arrepios incessantes.

Hoje senti falta das suas palavras de afirmação, das suas declarações de amor, da sua vontade de me ter e de me amar.

Hoje senti falta dos nossos planos, dos nossos projetos e da nossa idealização de futuro.

Hoje senti falta do seu amor por mim…

Hoje senti falta de você!

-gabbs

[ocaraantipatico]

Em um dia, almejamos que as coisas se desenrolem conforme nossa idealização. No outro, percebemos que as coisas terem "dado errado" foi, na verdade, a melhor coisa que aconteceu. E essa percepção é verdadeiramente libertadora!

— Ruan Guimar

[glauks]

Eu amei um cara que era perfeito para mim, a minha idealização de pessoa, aquele sonho de príncipe encantado, sabe? Mas ele era tão maravilhoso, tão perfeito, que eu fugi. Saí correndo porque tive medo de que ele se envolvesse demais no meio do meu caos e perdesse aquele brilho intenso que só ele tinha. E, logo ele, que me achava a mulher mais inteligente do mundo, não sabe o quanto fui boba por deixá-lo partir.

Aryelli Veiga.

[cherryblogss]

cherryzita, faz um angst com o Simon? 🥺

oi gatinha❤️ hj estou bem melancólica então vem aííí

n revisado

lana how i hate those guys😔

O seu relacionamento não era o mesmo há um bom tempo. Nem sabe quando aconteceu, só que de repente se encontrava entediada e tentava buscar aquela faísca do início do namoro. Iam completar 3 anos juntos e parecia que era 20 anos de casado, mas não em um modo de cumplicidade e intimidade compartilhada, sim de uma maneira que tudo era rotina. Hoje era seu aniversário de namoro e quando você ia lembrá-lo de manhã, ele só dizse que voltaria tarde pois ficaria ocupado com uma prova de figurino.

"Você vai viajar de novo?" Pergunta desinteressada folheando um livro, deitada ao lado do seu namorado.

"Sim, eles querem que eu grave umas cenas na europa." Ele diz bocejando e mexendo no celular. Antes quando Simón dizia que iria viajar, na hora engatavam em um sexo selvagem para não te deixar esquecer a quem você pertencia, agora você só pensava que pelo menos não teria que fingir ou se esforçar para viver ao lado dele, tentando salvar algo que aparentemente ele nem percebia ter caído em desgraça.

"Vou sentir saudades." Diz em um tom que soa falso aos seus ouvidos depois de apagar a luz da cabeceira e guardar o livro, se enfiando em baixo do lençol.

"Hm." Ele responde se virando para o outro lado, pronto para dormir. Ele nunca falava, mas as vezes sua insônia o incomodava.

Você se vira de costas para o argentino, esperando ele dizer algo, qualquer coisa, imaginava ele olhando para o relógio e vendo que passou de meia-noite de um dia que ele nunca havia esquecido. Uma lagrimazinha brota no canto dos seus olhos, pressiona mais seu rosto no travesseiro tentando abafar os sons do choro entalado na sua garganta. Não sabia mesmo o que fazer, parecia que ele não ligava mais e o sentimento de ser só mais uma pessoa invisível na vida dele até achar alguém melhor não saia da sua cabeça. Sabia que não era parecida com as ex-namoradas dele, tanto fisicamente quanto em personalidade e isso te fazia ponderar se ele estava contigo porque era confortável, lembra como no início Simón te elogiava toda hora, reafirmando como você era tão especial e nunca tinha se sentido assim antes com uma mulher.

Ele foi e voltou de viagem, e pelas semanas que se seguiram você assistia a vida continuar a mesma. Simón chegava do trabalho, te dizia como foi, as vezes vocês transavam e depois ele ia dormir como se nada o perturbasse. Todo dia observava como ele nem se esforçava mais para flertar contigo ou continuar te conquistando, era como se tivesse virado uma colega de quarto do argentino, a relutância que ele tinha em se abrir também dificultava a comunicação. Se sentia patética quando ia ao trabalho dele chamá-lo para almoçar, quando vestia uma lingerie e ele te comia rapidinho sem nem ligar para a peça, quando você pedia para ele te encontrar no restaurante favorito e era a mesma conversa de sempre, sempre você buscando ele e o homem nem valorizando seus apelos. Dividiam a casa e o mesmo espaço, mas não os mesmos sentimentos, pareciam estar a galáxias de distância um do outro, não se entendiam mais como antes. Entretanto, você lutava para não acabar, Simón era o seu sonho virando realidade, o primeiro homem que te fez sentir amada e confortável para ser quem era sem medo se perdê-lo. Talvez sonhos deveriam ser só sonhos, deixá-los no mundo da idealização onde não corria o risco de partir seu coração com a dura realidade de viver os maiores desejos.

Até que um dia suas noites tediosas e melancólicas voltaram um pouco ao que era antes, um dia Simón chegou do trabalho com uma alegria fora do comum, dizendo que tinha uma notícia importante, mas primeiro queria te comer lentinho, que estava com saudades e que você amaria a surpresa. Tudo foi tão nostálgico, quase se sentia a garota de anos atrás, porém quando tudo terminou e ele te disse que deveriam mudar de país por causa do novo emprego, na hora você se levantou, indignada com a proposta finalmente explodindo sobre tudo que guardava no seu interior. Simón não era muito de brigas, mas ouvir você falar sobre ele daquela forma doeu, doeu ainda mais ao notar que talvez você estivesse certa, ele nunca foi bom nessas coisas de namoro e preferia deixar rolar naturalmente, mas as vidas distintas de vocês atrapalhavam.

Em um momento de desespero sugeriu que deveriam terminar, porque não era saudável continuar perdendo tempo em algo que só te deixava mal. Surgiu um pontada em seu coração quando viu o alívio passar pelos olhos dele, era uma pena que talvez, mesmo que quisesse, ele nunca teria coragem de terminar contigo. Era óbvio que essa era a única solução plausível e para evitar mais danos. No dia seguinte, arrumou todas as suas coisas e sumiu da vida dele.

Pelos primeiros meses, Simón ficou bem, era duro admitir mas parecia que um peso saiu dos ombros dele. Se comprometer nunca foi o forte do moreno e ter uma pessoa tão centrada como você o enchia de nervosismo, com medo de pisar na bola ainda mais com a carreira decolando, no fim não queria ter que escolher por si mesmo e te deixou decidir por vocês dois que não dava mais. Ele começou a surtar quando chegava as noites e só queria te ver fazer sua rotina, ler um livro ou ficar rindo de videos de gatinhos no celular, mas o vazio o quebrava. Tentou te ligar várias vezes, mas você o bloqueou em tudo e segundo seus amigos havia mudado de país também. Simón nunca realmente te superou, porque ficava assombrado pelas possibilidades do que ele poderia ter feito para te fazer mais feliz. Desde o primeiro momento que se conheceram você sempre o olhava com aqueles olhinhos e sorriso capaz de curar tudo que o amedrontava, pena que não era uma solução a longo prazo.

Anos depois, ele estava promovendo o novo filme dele no Uruguai até que escuta uma risada que ele nunca esqueceria, ao olhar desesperados os arredores, o coração erra batidas quando encontra os seus cabelos em um estilo diferente e mais maduro, o seu rosto mais feliz do que nunca, enquanto segurava um bebê sorridente de olhinhos azuis e cabelo castanho, ele se aproxima automaticamente, querendo comprovar que não estava alucinando. Na hora que ia falar seu nome, um homem alto com os traços semelhantes ao do bebê chega do seu lado, te entregando um suco e pegando o garotinho risonho do seu colo. Sentiu o estômago revirar ao notar que não tinha volta, pensar em você distante era uma coisa, mas ver de perto que você não tinha ficado tão miserável quanto ele era horrorizante. Por mais que nunca quisesse ser pai, só imaginava como seria se fosse ele no lugar daquele cara e o bebê tivesse olhos escuros como os dele.

[darkfofs]

Sublime são os dizeres que

te sussurram sobre o desejo

que arde na pele e inflama

os prazeres da carne.

Dos sentindos, nenhum faz-se

seu enquanto a primal vontade

exala o clamor da pele ao

singelo toque...

Reflexos de uma singela ação

que anseia o sexo.

Nada mais importa a reação ou

ao fulgor do firmamento que

a essência exala em meio

palpável, ainda que intocado.

Mera sublimação do caso, do

ato libidinoso que transpira

a vontade crua.

Goze o pecado da carne, mas

não negue a verdade que o

sentido tanto te implora!

Hei de ser culpado por amar

o feito, mas ainda atenho-me

ao fato... Aquilo que pulsa

ao vício do prazer torna-se

a sensação da arte que em

doce luxúria compartilho

apenas com você.

Dos traços teus não tenho

o infimo detalhe ou idealização,

mas enquanto ressoar a intensa

sexualidade de sua existência

em cada palavra lida, há de

saber do que se trata o

sublime dizer.

[abrancadenevedele]

Em meio ao silêncio da noite, fico olhando para a lua enquanto tento controlar meus pensamentos. Fico tentando imaginar o que de fato as pessoas tem medo, por um instante em fração de segundos um pedaço daquela música me vem a cabeça: _ Não me deixe só, que eu tenho medo do escuro, tenho medo do inseguro, dos fantasmas da minha voz. Fico pensando e no fundo todos nós temos medo de alguma coisa. No meu caso tenho medo do escuro, medo de trovão, mas também tenho alguns medos que me assombram como por exemplo: Tenho medo de ficar sozinha, de me sentir sozinha, medo do abandono, medo de nunca ser o suficiente. Por conta desses medos criei dependências emocionais e acabei criando expectativas pelas quais sei que muitas das vezes nunca vão ser supridas, por conta dessa idealização quase que insana me frustro.

[macsoul]

Só agora compreendi quando a Cássia Eller disse:

" eu sou poeta e não aprendi a amar"

o amor é uma idealização, como uma utopia

amar na prática, indivíduos, é mais difícil

tudo é farpas

sou um doce revestido de amargura

tenho para mim que não sou para ninguém além de mim mesma

e o outro que me desculpe a minha incapacidade de não saber o que é amar.

[geniousbh]

confesso que não sou muito do dark romance mas oq vc escreveu com o pipe... SENTI COISAS e o size kink meu deus do céu

e vou enfiar um bônus goela abaixo de vcs todas. o felipe sociopath não te forçaria ficar com ele, mas vc começaria a se sentir tão pequena e sozinha dps dessa trama e >dessa foda<. todos os homens seriam um perigo eminente e andar nas ruas desacompanhada é puro estresse. ele simplesmente devorou sua cabecinha com as coisas que ele disse. só ele pode te proteger, só ele faria coisas absurdas pra você ficar segura todos os dias, só ele te conheceria como ninguém, só ele te daria o sexo cheio de carinho e ao mesmo tempo intenso.

então você acaba indo na cafeteria de novo, esperando até o expediente acabar no estacionamento dos funcionários. quando o felipe te vê ali, ele já sabe. sua expressão diz tudo, você tá apática e não têm conseguido dormir, indo virada pra faculdade - suas notas tendo caído horrivelmente. e mesmo assim ele vai ficar parado enquanto vc diz "eu entendi agora, pipe... eu preciso de você", pegando no indicador dele - precisa da mão inteira pra isso - e chorando baixinho. ele daria um risinho - que diz internamente "bingo" - e nega te abraçando. "é claro que precisa, minha princesinha, y soy tuyo, solo tuyo".

e sendo franca, sua vida a partir dai ganharia novo sentido, você estuda, mas ele diz que não vai precisar trabalhar, se veste pra agradar ele, dá presentes, aprende os gostos dele pra tudo. e ele em contramão nunca te permitiria conhecer do passado, mesmo que você saiba em parte por conta da cafeteria dos otaño. não posso dizer que seria uma vida feliz, mas você tá apaixonada por ele. e ele te trataria bem, como o bem mais precioso dele. e se um dia ele enjoasse, ou você não atendesse mais a idealização dele ent aí sim teria um problema. e um bem grande (pq ele não é só alto e forte, felipe otaño fica feral quando tem os lapsos de insanidade)

[inutilidadeaflorada]

Há Perigo na Prática

O parafuso que sustentava esse paraíso espana Os segredos caem e pervertem todos os personagens Nesse momento mais abjeto da história humana Jamais algum deus vai se deixar persuadir por um Deus ex machina

O tempo é um objeto sentimental e indeterminado Sua voz capaz de derreter aureolas e conformar Quem merecerá a opção de perecer frutas O sol estancará um encanto prolongado de seus demônios

Segurando seu rosto, eu aponto cômodos Com cortesia, colando amido nas feridas Desobstruir um altar penhorado A quem não pudera comparecer

A fartura ousa um santo Cada copo quebrado em sua homenagem Tardando todas as intrigas pré-ensaiadas Costurará a boca? Gritará seu mal? Jamais saberemos

Há uma espera hibrida, onde ao mesmo tempo é véspera E no segundo seguinte é idealização Primeiro se ama, antes de sonhar

Tais tratos com Fausto arrependido Implorará vantagens a qualquer ouvido Dois dedos de cobre envenenado canários Um corpo de bolor é moldado no túmulo de pássaros

Dissuadir dissonâncias em um jogo linguístico Cada uma dessas palavras que eu menciono São especialmente para evitar que teu nome Seja dito assim de forma tão ordinária

Dançam para fora da realidade Um obituário equivalente as vezes Que os olhos atravessaram por descuido O caminho imperfeito um do outro

[meuemvoce]

Saí da cama em passos largos e rápidos para chegar até o banheiro, fechei a porta silenciosamente, segurei ela com as duas mãos e desabei em um choro sôfrego e mudo. só existia naquele momento a escuridão, frio e um peito apertado por um coração dilacerado. o desespero em meio ao pedido para que toda aquela dor passasse era fora do normal, quase algo sobre humano, uma intensidade tão grande que pensei que iria ficar dentro daquele espaço a madrugada inteira. cada soluço que dava a sua imagem aparecia, cada lágrima que descia lembrava das palavras que você me dizia quando tudo era felicidade entre nós, mas quando limpava elas com os meus dedos já molhados pelo choro lembrava que se tudo fosse verdade você não teria me deixado, não teria me deixado escapar entre os seus dedos tão facilmente.

Os pedidos em meio a uma oração era basicamente pra esse sentimento desaparecer, acordar no outro dia e não sentir absolutamente mais nada. qual o sentido de ficar se questionando por que tudo teve que ser desse jeito? Pra que sentir tanta dor se a situação não irá mudar e que na manhã seguinte o sentimento estará presente para lembrar que aconteceu mais uma madrugada inquieta? O sentimento não irá sumir em poucas horas, não irei apagar a sua imagem da minha mente em questão de segundos quando o choro sessar, porque sei que isso ocorrerá por um tempo e que quando isso acontecer de novo saberei ler os sinais e me prepararei pra mais uma visita ao banheiro em meio a madrugada para chorar silenciosamente.

Sei que a escuridão irá me abraçar assim que atravessar a porta e fecha-la, sei que ao encostar nela irei desligar o meu modo farsa e chorarei igual uma criança pedindo colo. sei que em todas as noites quando a saudade apertar irei te procurar na imensidão da escuridão em que o quarto se encontra. sei que irei olhar através da janela o céu limpo e com estrelas me perguntando do porque tudo teve que ser assim, poderia ter sido diferente para nós dois, poderíamos compartilhar a cama sem se preocupar com a despedida no dia seguinte porque não iria acontecer, finalmente sessaríamos esse ponto final e daríamos continuidade a nossa história, mas também sei que em meio ao nosso silêncio e a nossa distância tudo isso não passa de uma grande idealização que não irá acontecer e o máximo que podemos fazer é acreditar que em outra vida iremos olhar o mesmo céu estrelado com o sorriso no rosto e sentir que finalmente o sofrimento acabou para nós dois.

Elle Alber

[nominzn]

The Story Of Us (Epílogo)

Eu costumava acreditar que o amor era vermelho, mas é dourado. Ato Único: Forever&Ever

notas! agora é o fim mesmo. demorou pra sair, mas tá aqui o epílogo da minha primeira série. confesso que conforme o final se aproximava, escrever ficou mais difícil, só que ter terminado foi uma grande vitória e alegria pra mim. se você achou esse post de paraquedas, ou se começou a me seguir recentemente, eu te convido a ler o projeto que criei com maior carinho do mundo. foi uma delícia fazer suspense pra revelar quem seria o próximo ex, e principalmente pra revelar quem seria o maridão... obrigada por todo apoio e por terem me dado tanta moral hahaha, sem isso eu nem teria começado. enfim, tsou sempre vai ter um espaço no meu coração como o enredo que me devolveu o prazer pela escrita. e espero poder trazer mais estórias tão complexas quanto, enquanto eu conseguir.

masterlist

Estar nervosa assim deveria ser considerado um crime. A porta de madeira parece tão sem graça que dá dó da sua cara de bunda, da qual sua mãe já havia reclamado mais de mil vezes. Tudo que quer é ver Renjun no singelo altar no alto do jardim em que decidiram fazer a cerimônia para aproveitar o fim da Primavera. 

Renjun, por sua vez, está tentando manter a calma com todas as forças que tem, ele quer ser seu porto seguro nessa hora. As mãos suam frio sem parar, e Jaemin, seu padrinho, já gastou uma caixa inteira de lenços de papel para ajudá-lo. 

Quando o trio de cordas começa a melodia suave da marcha nupcial, você e Renjun respiram fundo quase ao mesmo tempo. O pai do noivo se ofereceu para lhe levar ao altar, como um gesto carinhoso de boas vindas oficiais à família. 

Finalmente, nada mais separa você do seu noivo, e todo o resto desaparece das suas vistas. Tanto ele quanto você só têm olhos um para o outro, até mesmo andar parece mais difícil do que antes, tão hipnotizada está pela visão deslumbrada do homem da sua vida à sua espera. 

Renjun não sabia que o próprio pai o entregaria sua noiva, portanto ao vê-los, os lencinhos de Jaemin passaram a ter outro uso, ele não segurou as lágrimas. Desceu os degraus para te buscar, soltando um risinho bobo ao te admirar tão perto. 

— Você é a mulher mais linda do mundo. — ele sussurra após deixar um beijinho nas costas de sua mão, te levando para o altar. 

Não consegue respondê-lo porque a emoção embargou sua garganta e encheu seus olhos d’água, e ainda tem muita cerimônia pela frente. 

— Te amar, Renjun, tem gosto de felicidade. — você começa a ler seus votos tão carinhosamente escritos, olhando nos olhos dele, controlando-se para não arruinar a declaração com o choro que ameaça voltar. — Quando nos encontramos de novo, tudo fez sentido, exatamente quando te beijei na calçada porque fiquei preocupada, exatamente quando não me deixou em paz por isso… — os convidados riem da sua piadinha, o que te dá um momento para respirar. — Te amar, Renjun, é tudo que eu sempre quis. Eu fui feita pra você. 

— A minha cor favorita sempre foi amarelo. — ele inicia, arrancando algumas risadas aqui e ali. — É sério… só que antes de te amar, eu percebi que amava a idealização do amarelo. Os girassóis, o sol, as estrelas, a riqueza, a própria vida que o amarelo dá. Depois de te conhecer, você virou o meu amarelo, nada tem mais graça. Você é mais bonita que os girassóis, o sol, as estrelas, você vale mais do que qualquer dinheiro e me dá mais vida do que qualquer coisa que já experimentei. 

Você o abraça sem nem ligar para maquiagem e cabelo, que fiquem arruinados. O que importa é que ninguém mais põe o dedo entre você e Renjun. Ele é seu, você é dele. E pronto. 

A vida de casados lhes caiu como uma luva, pois tudo que precisavam estava bem ali: viraram um só. A lua de mel, os primeiros meses, o primeiro evento sediado na própria casa — receberam Jaemin, a nova namorada, sua mãe e os pais de Renjun para a noite de Natal, com bastante comida e presentes.

De início, foi complicado organizar a festa sozinhos por causa de tudo que tinham de fazer. Mas depois de verem o resultado e a felicidade nos olhos daquelas pessoas que amavam tanto, tudo valeu a pena.

Já havia passado a festa da Epifania quando você e Renjun voltaram de uma escapada para as montanhas, o inverno nunca fora tão bom. Chegando em casa, você ri da decoração de Natal ainda intacta por toda a sala de estar. 

— Eu esqueci completamente que a gente só voltaria no meio de Janeiro, amor. — você lamenta, já retirando alguns elementos de onde conseguia passar a mão. 

Seu marido, no entanto, te impede de continuar, enroscando sua cintura e fazendo seus tornozelos girarem. 

— Amor, ninguém sabe que ainda tá aqui. É nossa casa, a gente decide. — ele tenta te convencer a descansar um pouco antes de tomar conta da bagunça, usando as artimanhas do próprio carinho. 

Ele beija seu pescoço com habilidade de quem te conhece há várias estações, alcançando os seus lábios com toda doçura que havia guardado só para você. 

— O que você acha da gente jantar fora hoje, hm? — o marido sugere entre beijos molhados, nem dá tempo de raciocinar, você apenas concorda, envolvida demais nos toques. 

— Jun… — você o guia até o quarto, empurrando-o levemente para que se sentasse na beirada da cama. Toma lugar em seu colo, apertando o quadril masculino com as coxas, voltando a beijá-lo logo em seguida. 

— Adiantou o jantar? — ouve o sussurro provocante de Renjun e ri com vontade, sem nenhuma vergonha de estar dedicando toda sua atenção ao pescoço tão bonito do marido. — É o meu prato favorito. 

— Você é tão bobinho, sabia? — diz, retornando aos lábios desenhados dele. — É melhor estar com fome, amor, porque aqui o serviço é completo. — suspira ao sentir os efeitos abaixo do abdômen. — Entrada, principal, sobremesa… 

— Vou querer tudo. 

Apesar de já casados, Renjun nunca parou de te fazer sentir a adrenalina do início do namoro: a aventura, a expectativa, as borboletas. Ninguém haveria de te levar aonde ele te leva, nada o faria sentir o que você faz. 

Naquela noite, depois do amor, ele te segurou nos braços como o bem mais precioso que ele tem, desejando que pudessem ficar assim, juntos e perto, eternamente. Até depois do fim.