Tumgik
#ignorem a cor do cabelo e
babydoslilo · 9 months
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Pequeno spoiler da próxima história
(Tudo sem revisão, então ignorem os erros e palavras repetidas)
Sinopse
Em Sob Holofotes, acompanhamos a trajetória de dois jovens extraordinários cujas vidas colidem em uma sessão fotográfica para uma renomada revista. Um é um talentoso cantor que trocou a agitação de Londres por uma busca musical nos Estados Unidos, enquanto o outro, um deslumbrante modelo com raízes americanas, cresceu entre os encantos britânicos devido ao trabalho.
O enredo se desdobra quando a oportunidade de uma colaboração fotográfica surge, levando-os a encenar um namoro falso para ganhar visibilidade na internet. Enquanto ambos enfrentam suas próprias jornadas pessoais, suas vidas se entrelaçam em uma trama de flashes e melodias. 
A fachada de um romance falso se torna o ponto de partida para reflexões mais profundas sobre identidade, amor e a complexidade das relações na era das redes sociais. Uma trama que revela os desafios por trás da imagem pública, enquanto os protagonistas descobrem que, por trás das câmeras e dos holofotes, as verdadeiras melodias da vida continuam a ecoar.
(....)
As câmeras rodavam pelo local capturando as modelos que giravam e se penduravam no pole dance de uma maneira que dava inveja, além dos demais figurantes que bebiam e jogavam dinheiro cenográfico em cima dos corpos quase desnudos. Enquanto Harry passeava elegante pelo local e sentava em outras mesas com vários homens, Louis era gravado andando pela balada, com a feição séria à procura de alguém. No próximo take ele já estava em uma mesa que tinha um sofá vermelho como assento, uma garrafa de wiskey muito caro em sua frente e um certo modelo desfilava em sua direção, os passos confiantes e prontos para seduzir quem quer que assistisse aquilo. 
O diretor da filmagem indicou que Harry sentasse ao seu lado, com as pernas jogadas em seu colo e um cigarro entre os lábios, ao passo que Louis recitava baixinho a letra da própria música que tocava ao fundo. Na luz vermelha os olhos verdes ficavam ainda mais bonitos e Louis podia jurar que os cílios do modelo pareciam pintados e maiores de tão perto. O próximo movimento que deveriam fazer lhe deixou um tanto inseguro, Harry estava sentado em seu colo, com os lábios quase colados aos seus e lhe passando toda a fumaça que tinha prendido nos pulmões. Louis não era um bom ator, mas foi meio que automático entreabrir a boca e se deixar inspirar aquela névoa. 
O máximo de contato que tiveram durante essa primeira etapa das filmagens foi esse, o resto se perdeu em cenas sozinhos e de olhares que diziam muito. Mas ao anoitecer daquele mesmo dia, em um quarto alugado, eles tiveram de terminar o clipe com as últimas cenas que faltavam. Agora era a hora de retratar o casal que o protagonista conhecia, a maneira que eles viviam antes de ter descoberto o outro lado do companheiro. As cenas entre o quarto e a boate seriam intercaladas no final e dariam aquela impressão fascinante de lembrança do passado em choque com os acontecimentos do presente, independentemente da ordem em que foram gravadas.
– As luzes e câmeras estão posicionadas, garotos. Quando vocês estiverem prontos. – o diretor do clipe avisou. Ele era bons anos mais velho e tinha duas assistentes que ficavam sempre passeando pelo quarto para garantir que tudo saísse conforme o planejado.
O quarto era bem básico, tinha uma TV de modelo antigo sobre uma cômoda, uma cama grande com a cabeceira de madeira e lençóis claros, um espelho retangular bem acima e alguns quadros na mesma paleta de cor preenchendo a parede ao lado. Louis vestia uma blusa cinza que facilmente passaria por um pijama e uma calça de tecido leve no mesmo tom. Já Harry vestia uma blusa larga demais para si na cor branca, de maneira que chegava até o topo das coxas e não mostrava a boxer também branca que usava por baixo. Ambos tiveram seus cabelos minuciosamente bagunçados pela equipe de produção e nenhuma maquiagem foi passada, na tentativa de mostrar a comodidade e intimidade de quem dormia e acordava juntos. 
– Tudo bem pra você, Harry? A gente pode falar com ele se for muito desconfortável, sabe.. – Louis falou baixinho para o rapaz ao seu lado na cama, em cima dos tecidos propositalmente bagunçados. Eles tinham lido o roteiro há pouco tempo e sabiam muito bem como teriam que agir agora, o que explicava as faces um tanto coradas. 
– Tá tranquilo, eu acho. Não deve ser mais constrangedor do que se trocar na mesma sala que diversos outros modelos julgando os corpos uns dos outros. – deu um risinho sincero, ele realmente acreditava que nada seria pior que aquilo, mas era compreensível que o outro estivesse tenso. Sendo um homem gay prestes a encenar uma pegação forte com um cara hetero, apesar de não ter certeza sobre esse fato, era até fofo que o outro queira lhe deixar confortável.
– É.. ok, estamos prontos então. – Louis disse ao diretor, que rapidamente soltou mais uma vez a música que, de tanto ouvirem, parecia ter se infiltrado no cérebro de todos ali presentes, e iniciou a gravação. 
O ambiente, por ser mais calmo e íntimo, dava um ar diferente das cenas anteriores. Não tinham luzes piscando, nem máscara ou gente dançando e gritando. Na verdade, as luzes amareladas eram aconchegantes e claras ao ponto de Harry conseguir enxergar cada mínima sarda que apontava nas bochechas de Louis, e que ele não pôde perceber antes. 
O modelo estava mais uma vez no colo do cantor, com menos vergonha do que da última vez, já que não tinham muitas pessoas no ambiente no momento, apenas o pessoal necessário para cuidar das câmeras e luzes, e eles dois. Ainda era estranho ouvir uma voz mais grave e rouca gritando para que Louis passasse as mãos devagar pelas suas pernas nuas, e ele estava um pouco vermelho e arrepiado depois de repetir o mesmo movimento mais duas vezes para que gravassem de ângulos diferentes. 
No próximo momento eles foram direcionados a se deitarem de uma forma que Louis ficasse por cima, tentando a todo custo não depositar todo o peso sobre si, segurando uma das suas pernas para cima e fazendo-a descansar nas costas alheias. A virada, no entanto, teve que ser gravada pelo menos três vezes por que na primeira Harry caiu em cima do próprio braço, na segunda Louis se enroscou um pouco e não conseguiu virá-los no tempo certo, o que ocasionou uma crise de riso nos dois, e na terceira tentativa o joelho do maior acabou acertando sem querer uma área muito sensível do cantor, mas ele pediu desculpas logo após. 
Após esses momentos que ajudaram a dar leveza ao clima, eles finalmente acertaram o movimento e foi lindo como o encaixe pareceu na câmera. O diretor até abaixou o tom de voz quando mandou que Louis raspasse os lábios nos vermelhos de Harry, para não quebrar a atmosfera e química que eles estavam criando juntos. O menor viu o momento exato em que a língua de Harry deixou um rastro molhado pelo próprio lábio inferior, um segundo antes de Louis se inclinar devagar e deslizar a boca entreaberta por ali, decidindo ousar e fazer o que não foi pedido quando agarrou aquela carne macia entre os dentes pontudos e puxou de leve. Ele sentiu a respiração de Harry ser solta de uma só vez pouco antes de uma das assistentes soprar algo como “isso foi muito bom, Louis”. 
Eles não estavam com os corpos colados, ainda tinha um resquício de espaço pessoal resguardado entre eles, mas quando Harry teve que deslizar o tecido cinza pelas costas do mais velho, esse espaço precisou diminuir. Sua coxa direita estava mais uma vez apoiada sobre o quadril do outro, mas agora ele conseguia sentir uma pequena parte da pele quente que lhe pressionava na cama enquanto Louis sussurrava a letra da música próximo ao seu ouvido e pescoço, Harry não lembra em que momento fechou os olhos para apreciar o momento.
(....)
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momo-de-avis · 5 years
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Guerras de Midgard, Cap. 5: Medjay
Antevisão: no qual nada acontece mas conhecemos um novo gajo que recebe alguns 7 epitáfios e aprendemos zero sobre que caralho se está a passar.
Perguntas e questões colocadas no capítulo anterior:
@rhythmlessgay​ disse:  Pera lá, então o pessoal estava na rua a fazer compras e depois foi para casa e vestiu se para a festa em 10 minutos? Mas o pessoal é todo sonic the hedgehog?
Ele esqueceu-se de dizer, mas um dos poderes do Dark Jonatã 2.0 é a capacidade de se vestir de forma super sónica. Aliás, quando era aluno de Eton, o pessoal ficava louco com a velocidade àquele man enfiava uma meia. Nunca sabiam dizer se vinha a meia ou a calça primeiro, mas era um piscar de olhos, e pimba, já não está de pelota
Quero ainda chamar à atenção para esta académica observação da @marmita-tuga​:
O Harry é a bifesona do zuzarte
Defenestrou-me.
Marrocos.
Pronto, mudámos de setting, vamos lá andar com isto.
Nas ruas de Chechaouen, numa aldeia alcantilada nas vertentes do Rif,
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está um man a correr com uma “espada a tiracolo”, tipo malinha de sair à noite, e uma debanda de gajos com “mosquetes e cimitarras” que dão uma de Storm Troopers e disparam mas não acertam em nada.
É também de noite. O que é ambos uma traição e sua “única aliada”.
-- ATRÁS DELE! ELE TEM A ESPADA -- gritou um dos guardas.
Ainda bem que avisas.
Chegando a um beco sem saída, o man fica sem opção. E como toda a gente sabe, quando não há solução na horizontal, aposta-se na vertical, e foda-se a gravidade:
correu pelas paredes até chegar ao topo.
ok.
Os estúpidos berram “JÁ O APANHAMOS” mas só apanham um gato (sim, a sério), e enquanto isso, o man faz parkour através dos telhados até que é “surpreendido por uma mulher com uma cimitarra”.
A mulher usava uma leve túnica vermelha de seda e um véu que lhe ocultava apenas a face.
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Tinha o cabelo ruivo, comprido, atado por várias fitas de cor de ouro. A ponta do cabelo mais parecia um ferrão de um escorpião.
hum... como é que isto funciona, mano
O fugitivo saca de duas cimitarras do cu e a este ponto é óbvio que o Zuzarte aprendeu o nome de uma nova arma entre os 2 ou 4 anos que levou a escrever esta merda
segue-se uma dolorosa descrição destas espadas que na tentativa de serem badass demonstram a clara falta de sentido estético
Estas espadas curvas de lâmina larga, com dois gumes, formavam um alongado “S”.
Já devem ter reparado que eu estou a escrutinar isto um bocado mais do que o livro anterior, e maioritariamente a razão é porque o Zuzas é mais velho aqui e não tem desculpa, por isso:
O que queres dizer é “contracurvado”, e não curvado. Por isso, dizeres que tem a forma de um S é enfiares-me um pleonasmo pela goela abaixo e um gasto de caracteres. 
(Ignorem para já os números, vão ser úteis adiante)
A lâmina era prateada nos rebordos cortantes e o interior era negro e tinha hieróglifos dos Antigos Egípcios. [1] A espada tinha um gatilho numa das partes laterais do cabo que, ao puxá-lo, a lâmina da espada soltava-se e esta ficava presa por um fio. [2]
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Muito parecida com esta espada é a de Iori Strongheart, a esposa de [Jonatã] Strongheart. [3] Nos registos antigos dizem que cada deus supremo de cada civilização possuía um exemplar, especialmente forjado, que daria de presente ao seu campeão. [4]
O Zuzarte tem bué orgulho em ter sacado o nome Strongheart do cu porque está sempre a esfregá-lo na nossa tromba.
Mas ainda não acabou:
Outros documentos dizem que esta arma foi concebida e construída em tempos que se perderam na memória. [5] A lâmina continha vários encaixes cada um ligado pelo tal fio. [6] Esta arma foi desenhada e concebida para ser utilizada como espada e chicote. [7] Os seus golpes eram difíceis de bloquear. [8]
Ambos estes parágrafos estão uma salganhada e eu vou dar aqui uma dica a quem quer que seja escritor que esteja aí a ler esta merda:
parágrafos são ideias aglomeradas em frases. Têm de conter um fio condutor. É por isso que no primeiro draft passamos a vida a alterar palavras, apagar frases e fazer enter: porque percebemos que está uma puta duma sopa de ideias desorganizada---mas é normal num first draft. 
Os números estão ali por cada frase para vos mostrar a eficácia de perdermos tempo a reler as nossas merdas e reorganizarmos as ideias para construir parágrafos mais eficazes. Pegando em cada número, eu vou propor uma nova ordem: 1, 2, 6, 7, 8, 3, 4, 5. Agora, vou colar tudo aqui para verem 1) como a informação se repete, e 2) como ela deveria ficar reorganizada.
A lâmina era prateada nos rebordos cortantes e o interior era negro e tinha hieróglifos dos Antigos Egípcios. [1] A espada tinha um gatilho numa das partes laterais do cabo que, ao puxá-lo, a lâmina da espada soltava-se e esta ficava presa por um fio. [2] A lâmina continha vários encaixes cada um ligado pelo tal fio. [6] Esta arma foi desenhada e concebida para ser utilizada como espada e chicote. [7]  Os seus golpes eram difíceis de bloquear. [8]
Muito parecida com esta espada é a de Iori Strongheart, a esposa de [Jonatã] Strongheart. [3] Nos registos antigos dizem que cada deus supremo de cada civilização possuía um exemplar, especialmente forjado, que daria de presente ao seu campeão. [4]  Outros documentos dizem que esta arma foi concebida e construída em tempos que se perderam na memória. [5]
Estão a ver?
Parágrafo 1: informação sobre o funcionamento da arma.
Parágrafo 2: informação sobre a hitória da arma
(Se isto é um ou dois parágrafos é convosco e depende inteiramente do estilo de cada um, literalmente o que eu acabei de fazer é um exercício que costumávamos fazer na escola PRIMÁRIA e eu juro que não estou a exagerar)
Os dois trocam insultos e 
Mas o homem sempre atento, desviou-a com um pontapé rotativo, acertando no com o calcanhar na parte lateral da cabeça da mulher, deixando-a no chão quase inconsciente.
Jonatã Texas Ranger
Dois parágrafos de introdução à arma da gaja para quê? um pontapé rotativo e este caralho baza a correr em uma frase. Tá.
O man corre para as portas da cidade onde o espera
Um cavalo [...] grande e garboso
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o tradicional cavalo árabe, veloz como o vento e gracioso como uma ave de rapina.
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Os dois partem e “em muito pouco tempo” chegam ao destino.
O destino? Uma fortaleza onde tudo---inclusive a paisagem---é vermelho, vermelhaço, vermelhudo, vermelhantxi, vermelhããããão...
Aí se encontrava o seu alvo: 
Fuad Tahmid Hussain, o líder da organização dos Filhos do Tempo, uma elite de Medjay que se dedicavam ao combate de Demónios e outras sombrias. Mas, por vezes, também pilhavam e matavam apenas para atingirem os seus objectivos. Os Medjay são famosos pela bravura e os seus feitos e habilidades são relatados em inúmeras histórias.
Pá, depois de eu discorrer sobre a importância de manter o consenso em parágrafos, vamos lá estabelecer aqui uma coisa: lá porque eu disse que 1 parágrafo = 1 assunto, não quer dizer que seja regra. O consenso existe NOUTRAS formas. Por exemplo, linguagem.
Não me escrevem um parágrafo inteiro a louvar um grupo de pessoas, com linguagem apropriada para isso, e de repente, no meio, DO NADA, enfiam de rajada “ah e já agora, às vezes pilhavam só porque sim” quando contradiz o resto da informação tipo ???? o resultado é este: eu comecei o parágrafo a pensar: ok, estes gajos até são fixes, fazem qqer coisa boa, o que significa que o homem estranho é o mau da fita. depois entrei na segunda frase e pensei: pera lá, como assim? E na terceira, já não sabia sinceramente dizer qual é a motivação destes palhaços e foi-me completamente impossível fazer uma ilação por mim própria.
foda-se.
Sem dar muito nas vistas, o fugitivo passou pelos guardas como se fosse invisível.
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Quando chegou à sala do trono, Hussain encontrava-se sentado no seu lugar de poder.
?????? 1) isto é um forte, não um castelo. 2) ele não é rei, é, segundo a informação que me deste, uma espécie qualquer indefinida de líder militar/mercenário. Qual é a lógica de sequer existir um trono???
Amigos segue-se um atentado a simultâneas culturas numa só frase:
Usava umas calças vermelhas, uma camisa de seda negra e um Keffieh (uma versão mais pequena do turbante, usada pelos muçulmanos para se protegerem do sol e vento) da mesma cor.
Não, um keffiyeh não é isso.
Primeiro: sim, como origem, tem o propósito de ser utilizado para se protegerem das altas temperaturas do deserto e das tempestades de areia, como aliás, é o fundamento de várias vestimentas do médio oriente, norte de áfrica e não só. Segundo, um keffiyeh é axadrezado. Terceiro, embora hoje se tenha tornado moda (ali nos 2000s principalmente) é um caso de apropriação cultural porque é um símbolo palestiniano de resistência. Não é que não seja usado casualmente por outros muçulmanos---usam-no, sim, para os propósito indicados. Mas da maneira que ele introduz a coisa, banaliza de uma forma que introduz logo o erro sem querer introduzi-lo à partida. E em parte alguma é “uma versão mais pequena do turbante”, um turbante mais pequeno é um turbante, caralho. Isto é um lenço. Alguns usam-no na cabeça (há mulheres que o adoptam por hijab), outros usam-no sim como turbante, outros usam-no à volta do pescoço. É só um lenço.
E um turbante é tanto para se protegerem do sol e do vento quanto um hijab ou um niqab.
O nosso man avança como se isto fosse tudo dele, mas é surpreendido pelo guarda costas “do grande Hussain” e eu estou ainda a ter dificuldades em perceber quem é que está do lado de quem, quem é sacana e quem não é, porque o Zuzarte está a esfregar a piça a este Hussain muito mais do que ao estranho.
O homem que entrara, desembainhou as suas armas e preparou-se para a luta, que terminou em poucos segundos, quando o guarda-costas foi interrompido a meio do seu salto e projectado contra uma parede por um remoinho de areia criado pelo desconhecido.
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O man estranho embainha as duas cimitarras e saca da roubada, Hussain levanta as mãos “ao nível dos ombros”, o homem ergue a espada “ao mesmo nível que a de Hussain, apenas para se ajoelhar e apresentar-se a cimitarra.”
Alguém... percebeu o que é que se passou aqui?
-- Bravo, vives a reputação da nossa causa! Vejo que os teus treinos em El-Amarna fizeram de ti um Medjay dez vezes melhor do que esperávamos Al-Rassid.
Não percebi se Al-Rassid é suposto ser o vocativo ou o complemento directo ou o quê porque o Zuzarte não sabe MESMO pôr vírgulas
segue-se conversa de merda com uma quantidade de Deuses egípcios à mistura e a discreta menção de uma “missão” quando entram uma série de gajos por aí adentro e vêem “o Tuaregue ao pé do Rei Ladrão”, que eu não sei quem é nem um nem outro porque é literalmente a primeira vez que ambas designações me aparecem à frente e o narrador não dá qualquer pista para eu compreender, e perdem a cabeça.
Mas Hussain diz-lhes: fechem lá a braguilha que este homem é maior que todos os vossos tomates juntos.
-- Mas Alteza, ele... roubou a espada de Aton. Podemos ser simples ladrões, mas juramos lealdade a Ré, e...
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estou... tão confusa. “ai que nos até roubamos, mas roubamos BEM” opa injecta-te com a seringa das farturas, mano
Hussain diz que foi ele quem mandou o man fazê-lo e o súbdito que acabou de se referir a ele como “alteza” diz isto
-- Mas porquê, ó Hussain?
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Segue-se verborreia:
-- Os Medjay fazem parte de uma polícia secreta especializada na guarda imperial dos faraós da Antiguidade. Embora sejam muito poucos, ainda mantêm as tradições de treinarem os jovens de forma a tornarem-se hábeis defensores de Hussain. Este, por exemplo, treinou desde os seis anos de idade, e como podem ver é um exemplo de sucesso. A minha dançarina-de-labaredas e o meu espadachim-guarda-costas
Eu sei o que vos passou pela cabeça a ler isto. Primeiro, questionaram-se: mas quem é que está a dizer isto? E a certo ponto, terão pensado que era o próprio Hussain. O que faz sentido, porque a deixa imediatamente anterior é dirigida directamente a Hussain. E faz sentido ainda porque está a providenciar-nos informação MUITO detalhada desta organização---o que, até agora, nada no texto nos deu a entender que este gajo rouba-espadas teria conhecimento.
Contudo, a meio, o interlocutor refere-se a Hussain, e vocês percebem: espera lá, não é ele. Mas então quem é? E porque é que este discurso soa a televendas? Porque é que é tão impessoal como se estivéssemos a ler uma entrada de wikipédia ou uma enciclopédia Larousse? QUEM é que está a falar? O Eládio Clímaco?
Não esperem mais tempo, porque termina deste modo:
-- riu-se o Rei Ladrão.
Agora vocês questionam-se: mas quem caralho é o Rei Ladrão? Claro, o instinto é pensar que é o próprio Hussein porque se referem a ele como “alteza” e o gajo está, afinal de contas, sentado num caralho dum trono---mas o discurso diz-nos que não pode ser, a menos que o Hussein seja daqueles gajos que se refere a si próprio na terceira pessoa, tipo betolas do Tamariz. 
É um cognome que simplesmente aparece aqui cagado sem especificar quem é. Eu acho---ACHO---que é o man cujos passos temos vindo a acompanhar ao longo do capítulo, apenas porque sou levada a crer que só se encontram (até chegarem estes guardas) duas pessoas no setting: o Hussain e o man. Agora, porquê “Rei Ladrão”? Puta que pariu se eu sei. E quem é o “Tuaregue”? Fodam-se, burros da merda, só o Zuzas sabe. E como o Zuzarte tem o hábito de sacar do cu personagens que afinal sempre estiveram ali sem alguma vez o referir, eu genuinamente não sei para o que é que estou a olhar
Portanto, quem é o Rei Ladrão, cujo nome não é explicado?
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Os guardas ficaram de boca aberta
eles e eu
Hussain incumbe uma última missão a este man:
-- Muito bem, Medjay, faço-te uma última proposta: estás disposto a colocar a tua vida em risco, em troca do sucesso desta perigosa missão que Fuad Tahmid Hussain te incumbe de completar?
-- Sim, ó grande Hussain...
Hussain levantou-se e disse:
-- Então, ouve-me com atenção...
Findo o capítulo, tenho a dizer que todo este capítulo teve assim uma leve essência a estereótipo racial que ainda não consigo identificar. Ainda não é um cheiro pestilento, é só um substracto aromático. Cheira-me que teremos de o deixar a fermentar durante uns tempos e esperar que Hussain e o Homem dos Mil Cognomes Mas Sem Nome Próprio volte para vermos como é que o Zuzarte vai estropiar mais culturas.
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Anteriores:
Capítulo 1 - Maré de Trevas
Capítulo 2 - Novo Herói
Capítulo 3 - Memórias
Capítulo 4 - Dahaka
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uhumharrystyles · 8 years
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One Shot - You're my dream, literally
É uma noite comum. As estrelas brilhando, as ruas praticamente desertas e um vento gelado percorrendo por todo lugar. Estou sentado em uma banco no meio de uma praça bem conhecida, mas que agora estava vazia. Estou pensando sobre tudo. Minha carreira, minha família e o porquê de eu estar fora de casa uma horas dessas. Lembrei também do término do meu namoro, que aconteceu há poucos dias. Éramos felizes, até ela me trair. -Está triste? -dei um pulo quando ouvi uma voz feminina do meu lado- Olhei para o lado e uma linda garota estava sentada ao meu lado. Por quanto tempo ela estava lá? -N-não… estou bem! -sorri tentando ser simpático- -Seus olhos dizem o contrário! -ela deu um meio sorriso. A acompanhei- quer desabafar? -Acho que não devia… -Não se preocupe! Estamos sozinhos, e… eu estou estudando pra ser psicóloga! -ela sorriu e eu ri fraco- -Bem, ok… minha banda está em pausa e não sabemos quando iremos voltar… minha mãe anda muito estressada, o que faz ela brigar muito com meu padrasto, que tenta de tudo para agrada-la… e pra melhorar, minha namorada, quer dizer, ex, me traiu com um dos meus melhores amigos de infância! -Nossa… sinto muito! Mas sobre sua carreira: não desista! Sobre sua mãe… bem, mulheres são complicadas -ela riu- e sobre sua ex o melhor que você pode fazer é esquecê-la, mas também, a perdoar. E seu amigo também. -Perdoar? -Claro! -a olhei estranho- não estou dizendo pra você voltar com sua ex ou reatar a amizade, mas se você os perdoar, sua consciência ficará limpa! Apesar da culpa não ser sua… -Posso pensar sobre isso… -Ok, só não pense muito! -rimos- -O que acha de darmos um passeio? Gosta de sorvete? -ri- -Ah claro, existem várias sorveterias vinte quatro horas! -ela disse sarcástica- -Esta certa, MAS, existem mercados! -Está certo! -rimos- Andamos até o mercado e o caminho todo fomos conversando e gargalhando. Era como se nos conhecêssemos há anos. No mercado, compramos um sorvete de pote e depois voltamos até a praça e nos sentamos no mesmo banco. Peguei uma colher (de onde ela surgiu?) e começamos a comer, mas sem parar um minuto de conversar. Comecei a reparar na garota ao meu lado. Ela é tão linda… na verdade, ela é maravilhosa e… -… o que acha? -opa, acho que brisei legal- -Acho que quero te beijar… - o que eu acabei de dizer?- quer dizer… eu… -ela sorriu docemente e se aproximou mais de mim- -Pode beijar…- ela sussurrou e suas bochechas ganharam mais cor- Sorri e coloquei minhas mãos em sua cintura, a aproximando ainda mais. Não demorou muito até nossos lábios se colarem, e um beijo perfeito se iniciar. Parecia que nossas bocas se encaixavam perfeitamente. -Sabe, acabei de perceber que não sei seu nome…- ela comentou- -Harry. E o seu? -SeuNome! -ela sorriu e voltou a me beijar- Mas do nada, o barulho do relógio nos assustou e interrompemos o beijo. E então tudo começou a ficar meio estranho. Parecia que Gabrielle ia sumindo aos poucos e o barulho do relógio ficava cada vez mais alto. Até parecia um alarme. “triiimmmm” “triiimmmm” ~~~~~~~~~~ TRIIIIIMMMMMM ~barulho do despertador~ Despertei. -Não pode ser… -desliguei a droga do despertador e me sentei na cama, encostando minha cabeça na cabeceira- foi tão real… Coloquei meus dedos sobre minha boca, pois senti meus lábios formigarem, como se realmente alguém tivesse me beijado. SeuNome. Esse nome ficava martelando na minha cabeça. Quem era aquela garota? Está tudo tão estranho. Eu nem tô sabendo identificar o que é real ou imaginário. -Eu tenho que achá-la… -disse determinado e corri até o banheiro- Tomei um banho rápido e me vesti. -Oi cara, preciso de uma ajuda sua… -disse ao telefone-
(…)
-Então você quer achar uma garota que você nem sabe se ela existe? -Louis perguntou e logo bebeu o resto do seu café- -Eu tenho quase certeza que ela existe! Foi tão real… -E como você acha que eu posso te ajudar? -Bem… lembra que você queria ser um power ranger? Então… é sua chance de “salvar” alguém.- -No caso, salvar sua dignidade né! -o olhei com uma sobrancelha erguida- você tá louco… por acaso usou drogas? -O QUE? Claro que não… E eu nem sai de casa ontem! -disse como se ele fosse o louco- -Então quer dizer que… tem drogas na sua casa? -Louis sussurrou- Revirei os olhos. -Vai me ajudar ou vou ter que pedir pra outra pessoa? -ele bufou- -Tá, de acordo com seu sonho esquisito, o que sabe sobre ela? Por acaso sabe como ela seria fisicamente? -Bem, ela se chama SeuNome. Parece ser um pouco mais nova que eu, tem olhos e cabelos claros, sua pele é branca e suas bochechas coradas…- disse suspirando, e Louis com uma cara muito estranha. Pigarreei- voltando… ela tem um sorriso lindo, igual seu corpo. -Mais alguma coisa? -Parece que ela está estudando pra ser psicóloga. Ela até me deu uns conselhos… -Que tipo de conselhos? -De vários tipos. -dei de ombros e ficamos em silêncio por um tempo- -Posso dizer que você é louco e muito estranho? -Não. -Ok. -ele deu uma longa pausa- você é louco e muito estranho -disse numa velocidade incrível, mas entendi- então… -tentou disfarçar- por onde começamos? -Boa pergunta… -pensei- podemos começar pela praça e depois o mercado vinte quatro horas -Ok…- ele respondeu simplesmente-
(…)
Já fazia algumas semanas que estava procurando por ela. Fui em várias faculdades, em cafeterias, voltei na praça algumas vezes… mas nada dava certo. Agora estou sozinho no Starbucks, esperando me chamarem pra pegar meu pedido. -SeuNome! -o atendente chamou- NÃO! ESPERA AÍ! Olhei imediatamente para o balcão e vi uma moça se aproximando. Meu coração foi a mil. Mas o único “problema” é que ela totalmente diferente do meu sonho… essa tinha cabelos e pele negra. Também tinha um corpo muito bonito, e seus olhos pareciam ser castanhos claros. Bem, não custa nada tentar… Esperei ela se sentar em uma mesa e fui até ela. -Oi… SeuNome não é? -Olá… -ela me olhou um pouco estranho- como sabe? -Ouvi o atendente te chamar… -dei um sorriso- posso? -apontei pra cadeira ao seu lado e ela concordou, logo, me sentei- então… o que uma moça tão bela faz aqui sozinha? -Olha, você é gatinho mas… não faz meu tipo! -direta ela hein- -E… posso saber o porquê? -Você é homem! -ergui uma sobrancelha, com dúvida- digo, meu interesse é em mulheres -ela deu um sorriso meio sem graça- -Ah… ok… desculpe! -a garota apenas sorriu e eu suspirei fundo. Me levantei e me virei de costas. Acho que não era pra ser mesmo…- Pensei em voltar à minha mesa, mas antes me veio uma pergunta na mente, que talvez me ajudaria a descobrir se era realmente a garota dos meus sonhos ou não. -Posso te fazer uma última pergunta? -me virei novamente à SeuNome- -Claro! -sorriu- -Você… por acaso estuda ou pensa em estudar… psicologia? -O que? -ela começou a gargalhar- de onde tirou isso… -Sei lá só… pensei… -disse um pouco nervoso- -Olha… -Harry.- respondi e ela sorriu- -Olha Harry, eu quero é ser atriz ou cantora, dançarina… nada que precise entrar em uma sala de aula- -Entendi… -suspirei novamente. Talvez não seja mesmo a SeuNome que eu esperava…- bom, boa sorte então! -Obrigada! -sorri- -HARRY! -o atendente me chamou- Fui até o balcão e peguei meu café. Sai do estabelecimento e comecei a andar pelas ruas. Acho que tudo aquilo não passou realmente de um sonho. Acho melhor eu parar de procurar. É praticamente impossível achar uma pessoa que você não sabe onde está (e nem se ela realmente existe). Existem quase 200 países no mundo. Imagina estados, cidades, ruas! Me desviei dos meus pensamentos quando percebi que o vento estava ficando mais forte e um papel grudou na minha cara. -Legal! -resmunguei- Tirei o papel do meu rosto e vi que era um convite para um musical com o tema “Disney”. Até que parecia legal… Bem, já que eu, agora, não preciso pagar nada… por que não? Liguei para o Louis. -Então… você tem alguma coisa amanhã? -Não… por que? -Iremos à um musical… estou com um pressentimento bom… -Um musical? Sério? -ele disse como se não quisesse ir- -Então vou comprar um ingresso pra você e acho que vou comprar um pro Liam, já que o tema é Disney… passo amanhã na sua casa às sete! -Mas…- não deixei ele terminar e desliguei o celular- Louis sabe que não vai me fazer mudar de ideia…
(…)
Não sei por que, mas estava nervoso. Meu coração estava acelerado. Tentei desviar meus pensamentos dando mais uma arrumada no cabelo. Eu estava usando uma camisa social e calça jeans. Peguei meu carro e dirigi até a casa do Louis e depois passei na casa do Liam. Demoramos uns 25 minutos pra chegar no teatro, e quanto mais perto chegava, mais meu coração acelerava. Até achei que teria um infarto ou algo do tipo. Entregamos os ingressos ao segurança e nos sentamos na segunda fileira. Em poucos minutos o teatro encheu e as luzes se apagaram. Havia apenas um holofote no meio do palco. -Meu Deus, eu tô muito animado! -Liam disse com os olhos brilhando e eu e Louis rimos- Um grupo só de homens apareceu no palco e começaram a cantar uma das músicas mais conhecidas da Disney, Circle of Life (O Rei Leão). Era incrível. Eles faziam o som dos instrumentos, com a própria voz!
***Aqui está a música, caso queiram ouvir: https://youtu.be/-xiDpMCmjJ0 (foquem apenas na música e ignorem o “discurso” do cara kkk)***
Assim que eles acabaram, todos aplaudiram e eles agradeceram “se curvando”. Em seguida, uma dupla de garotas entrou, junto com um grupo (o coral) e começaram a cantar Two Worlds (Tarzan).
(…)
O espetáculo já estava nas musicas finais, e eu estava entediado. Claro que eu gosto da Disney, mas… sei lá. Liam quase nem piscava. Estava que nem uma criança na Disney. Louis parecia estar entediado também, mas não tanto quanto eu. -Gente, acho que vou embora… -detesto ser o chato, mas eu não estava em um bom dia- -Espera, só falta duas músicas pra acabar! -Liam reclamou- Suspirei e voltei a olhar para o palco. Um garoto, bem novo, apareceu e começou a cantar You’ve Got a Friend in Me (Toy Story). Achei que o Liam ia ter um ataque. Finalmente a última música. O palco ficou bem escuro, e percebi que o coral estava saindo. Depois uma luz não muito forte se acendeu e todos que cantaram (e mais algumas crianças) entraram no palco, e todos estavam de branco. Atrás deles, no telão, estava escrito “Evolution Of Disney”. Algumas crianças começaram a cantar, e levantaram plaquinhas com o ano da música (cujo nome estava no telão). Em seguida, o piano foi ouvido (foi a primeira música com instrumento de verdade), e percebi que era um remix das músicas da Disney.
***Sério, assistam esse vídeo. É simplesmente incrível: https://youtu.be/-F8Ro18uFJE (imaginem com um pouco mais de pessoas e como o Harry descreve)***
Comecei a prestar atenção em cada pessoa daquele coral. Fui da primeira fileira até a última. Mas espera… eu conheço aquela última garota… AÍ. MEU. DEUS. Ainda bem que tinha encosto na cadeira, senão eu cairia pra trás. -Gente…- sacudi o braço de Liam, que estava do meu lado, fazendo com que ele encostasse no Louis. Os dois me olharam estranho- é ela! -arregalaram os olhos- -Ela? Onde? -Louis disse- -Na última fileira, a última garota!! -eu estava quase gritando- EU NÃO ACREDITO!!!! Eu não tô conseguindo me conter. Mas continuei prestando atenção nas músicas. Parece que tudo ficou tão mais bonito… principalmente depois da música do Hércules, onde a garota dos meus sonhos, fez um solo. Ela cantou Reflection (Mulan) e tenho quase certeza que ela olhou pra mim em uma parte. Meu queixo estava caído… ela canta tão bem e é tão maravilhosa… O espetáculo acabou e todos, inclusive eu, claro, aplaudiram de pé. Eu não conseguia conter meu sorriso. Depois que todos saíram do palco, eu fui tentar falar com ela, mas o segurança me barrou. Bufei e sai frustrado. Levei Louis e Liam até suas respectivas casas e depois fui até a praça. Me sentei no banco e fechei meus olhos, jogando a cabeça pra trás. Droga. Talvez essa fosse minha única chance. Quem sabe quando eu vou vê-la novamente? -Problemas? -ouvi uma voz feminina do meu lado- Olhei para a direção que vinha a voz e eu, novamente, fui salvo pelo encosto do banco. Eu só poderia estar sonhando de novo. MUITO OBRIGADO, SENHOR! -Na verdade estava só pensando na vida…-disse, fingindo que ela era uma “pessoa normal”. Que EU era uma pessoa normal- -Quer desabafar? -Bem… -Antes de você responder -ela me cortou- quero que saiba que eu estou estudando pra ser psicóloga! -provavelmente eu abri o sorriso mais bobo do mundo- -Se é assim… -ela riu fraco e eu disse tudo que já havia dito, no sonho. Ela prestava atenção em cada palavra.- Claro que eu já não estava mais tão incomodado com esses problemas, mas só o fato de conversar sobre alguma coisa com ela me deixava feliz. -… minha ex me traiu, mas sabe… A única coisa que eu posso fazer é esquecer e perdoar, não é? -ela me olhou admirada com a última frase- -Exatamente! É o que eu sempre digo! -sorri- E sobre sua banda, não desista! E sua mãe… Bem, mulheres são complicadas! -rimos- tudo vai se ajeitar com o tempo… -Você tem toda razão… -a garota abriu um sorriso lindo- -Hey, sabe o que eu percebi? -Que não sabemos o nome um do outro? -Você lê mentes? -disse boquiaberta e eu ri- -Harry! -estendi a mão- -SeuNome! -ela sorriu e apertou a mesma- Se esse não é o dia mais feliz na minha vida, eu não sei qual é. -O que acha de dar uma volta? Gosta de sorvete? -ela riu- -Claro que sim! Mas… -É eu sei, não existem sorveterias vinte quatro horas, mas tem o mercado! -SeuNome me olhou com os olhos arregalados e “desconfiada”- -Sério, estou ficando com medo de você! -eu ri e fomos até o mercado- Conversamos e gargalharmos o caminho inteiro. Comprei o sorvete (que já vinha com a colher) e voltamos para a praça. Acho que ficamos lá quase uma hora, só rindo. -Está ficando tarde, acho melhor ir pra casa… -SeuNome disse com um meio sorriso- -Quer uma carona? -Não precisa se incomodar, eu moro aqui perto! -Eu insisto! -ela suspirou derrotada e concordou- Peguei meu carro e fomos até sua casa. Assim que chegamos, sai do meu lugar e abri a porta pra ela. A mesma agradeceu e eu a acompanhei até a porta. -Que estranho não é? -O que? -Parece que já nos conhecíamos há décadas! -Bem, eu fui na sua apresentação! -Acho que é bem mais que isso… -ela deu de ombros, mas sorriu- Eu estava encantado com sua beleza, com seu jeito. Talvez apaixonado. Não sei, é estranho. Não consegui me conter e a beijei. Um beijo calmo e doce. SeuNome não teve reação alguma, o que fez pensar que não devia ter me apressado… -Meu Deus, me desculpe, eu achei que… -dessa vez ela quem me beijou- Coloquei a mão em volta da sua cintura e ela em volta do meu pescoço, aprofundando o beijo. -Boa noite Harry… -ela separou nossos lábios e sussurrou no meu ouvido, logo entrando em sua casa- Eu não conseguia parar de sorrir. Voltei ao meu carro e dirigi até em casa. -AH, quase esqueci! - mudei um pouco a rota, dirigindo até aquela casa, que eu tanto conhecia- Cheguei na mesma e toquei a campainha. -H-Harry? O que faz aqui? -ela parecia surpresa- -Só quero que saiba que eu te perdoo -Alexa, minha ex, me olhou confusa- espero que você seja feliz! -sorri e entrei novamente no carro, agora, dirigindo pra casa com um sorriso enorme no rosto.
———————————————- Mais um one shot (um pouco mais longo) pra vocês! Fiquei bem empolgada escrevendo, mas no final sempre da aquela dúvida se tá mesmo bom ou não… por isso espero que comentem o que acharam, de verdade❤ Beijoooos
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louiseldiablo · 8 years
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João-de-Barro eu te entendo agora, por favor me ensine como guardar meu amor. (Maria Gadú)
Odeio dia dos namorados, sempre odiei, para explicar desde o começo devemos lembrar da minha adolescência, se eu soubesse que os garotos preferiam as oferecidas teria parado de brincar de boneca mais cedo. Claro que a puberdade chegou, e eu fui morar com a minha mãe quando meu pai casou-se com Abby e "adotou" seus lindos filhos ruivos, foi bom, acho que morar com a minha mãe despertou o lado feminino que estava escondido debaixo de camisas grandes de futebol. Adorei Londres de primeira, nela montei o ciclo que foi a minha vida durante o resto da adolescência: escola, livraria, cafeteria, casa, sempre repetindo e repetindo até a faculdade - que ainda estou cursando -, então sai da casa de mamãe, aluguei meu próprio apartamento com o dinheiro reserva e trabalho em uma loja de equipamentos para surf. E foi nessa loja que conheci Niall Horan. Niall e eu não somos namorados, nem brinque com uma coisa dessas! Gosto de pensar que nos ajudamos para as necessidades do corpo humano, mas fica mais fácil definir como uma amizade colorida bem balanceada, o tanto certinho de amizade e carinho pelo outro e a quantidade exata de luxúria para não resistir. Mas voltando ao primeiro parágrafo: odeio o dia dos namorados. Nunca dá para assistir TV porque está passando maratonas de comédias românticas, não podemos ir ao restaurante porque seremos a única pessoa sozinha, o que basta para você passar a ser o centro das atenções, quer dizer, eles vão olhar para você e pensar "ah querida, você ainda é jovem, calma que o príncipe encantado vai vir com A PORRA DE UM CAVALO BRANCO E UM MONTE DE MERDA QUE A DISNEY COLOCOU NA NOSSA CABEÇA", ignorem tudo isso, nesse feriado detestável eu ia fazer diferente, não ia ficar em casa dormindo como todos os outros anos. A manhã começou do mesmo jeito de sempre, meu despertador tocou um pouco de indie folk e já era o suficiente para me acordar. Fui para a cozinha minúscula com passos de tartaruga, devia ter alguma fruta, eu podia fazer algum suco... Ou eu podia pegar as chaves e dirigir até o drive in mais perto para comer alguma porcaria gordurosa. Não, vamos ficar com o suco mesmo. Não é fácil trabalhar em uma loja com artigos de um esporte que eu nunca entendi, primeiramente: surf não é apenas ficar em pé de uma madeira customizada enquanto desvia das ondas? Devia ser, mas não é! Joe tinha me ensinado algumas coisas, outras eu pesquisei, afinal eu tenho que manter o emprego, e o corpo, porque naquela coisa só aparece o mais diverso tipo de caras bronzeados com suas namoradas loiras e legais. E quem é o louco que pratica surf em Londres? Bem, acho que eles compram para praticar em outras cidades... Enfim, só tento me encaixar, não é difícil, o pessoal é legal, mas eu sempre tive essas paranoias de "ai meu Deus, eles não gostam de mim". Beberiquei o suco enquanto mandava uma mensagem para Niall dizendo que estava indo para lá daqui a pouco, dizendo porque não preciso pedir, ele aparece aqui em casa o tempo todo, posso fazer o mesmo. Deixei o celular jogado em cima da cama enquanto tomava um banho, lavei meu cabelo e sequei ele com a toalha para que ficasse ondulado e com um estilo mais natural. Estava parada na frente do meu guarda-roupa, não é como se eu tivesse milhares de roupas super demais entre as quais escolher, e se eu me arrumasse demais eu iria desconfiar, imagine o que Niall iria pensar então. No fim acabei escolhendo uma calça vermelha escura, oxford nude e camisa de manga longa social. Passei um pouco de gloss e estava indo aplicar o rímel quando meu celular tocou no quarto, nem preciso dizer que quase furei meu olho. Corri até o quarto, mas quando cheguei lá a chamada já tinha se perdido, e claro que era o Niall, poderia ser a minha mãe, o Joe me pedindo para trabalhar hoje, meu pai perguntando se eu ia no aniversário dos gêmeos, mas não, tinha que ser o Niall e a idiota tinha que ter perdido a chamada. Ele devia ter apenas ligado para dizer que estava me esperando, nós fazíamos isso as vezes. Coloquei meu celular para carregar, não faz mal, ninguém vai ligar mesmo. Peguei as chaves e a bolsa antes de sair de casa correndo como se estivesse indo para as portas do paraíso. [...] Sai do carro já com um sorriso estampado no rosto, não sei o que Niall tinha, mas é como se todos e não só eu ficassem felizes perto dele, mas como diz Sam Winchester (meu) , o dom de algumas pessoas é cuidar das outras, pode parecer bobagem de menina apaixonada, e eu não sou uma, mas poderia sem dúvidas dizer que apenas ficar perto dele fazia você sentir aquela aura de pessoa feliz e despreocupada. Contagiante. Estacionei na calçada quando vi que tinha outro carro na segunda vaga de Niall. Outro carro Horan? Já estava pensando em várias piadas sobre o seu consumismo desenfreado enquanto andava até a porta. Toquei a campainha duas vezes antes de Niall vir atender. O bebi com os olhos, a bermuda de praia e a camisa branca de algodão fino, sem contar os cabelos daquele loiro cor de areia e os olhos azuis... A perdição das surfistas - e atendentes - lá da loja do Joe. - Hey S/N - ele falou ainda na porta com uma mão apoiada na parede - eu tentei te ligar - ele lambeu os lábios e eu reconheci na hora aquilo como um gesto nervoso. - Hey - falei um pouco desconfiada - meu celular ficou em casa carregando - ele esfregou a testa - sabe Niall eu adoraria continuar a conversa lá dentro com calor, batata frita e vídeo-game - eu suspirei. - É, olha S/N - ele começou a falar quando ouvi uma voz feminina chamá-lo lá dentro - já vou baby - ele gritou para a vadia/mulher/vagabunda/pessoa que estava lá dentro. Eu quase considerei me erguer na ponta dos pés para tentar ver lá dentro, mas descartei a ideia quando Niall olhou para mim de novo, com nenhuma gota de arrependimento nos olhos. - Tem uma garota aí dentro - eu afirmei e ele concordou com a cabeça e eu respirei fundo - ela sabe, bem, você sabe, de nós? - ele balançou a cabeça dizendo que não. - Niall - a vagabunda chamou lá de dentro com uma voz brincalhona, como se estivesse o repreendendo, bem, eu falo assim com ele, não sei quem essa coisinha acha que é, mas é bom ela nunca me conhecer. - Eu acho que - ele apontou para o corredor dizendo com os olhos que ia entrar. - Eu tenho que ir embora - eu falei olhando para a parede azul clara da casa, como se fosse a coisa mais interessante do mundo - falei para o Joe que ia pegar o turno da noite. - O Joe abre de noite? - ele perguntou, mas eu já estava de costas andando para o meu carro. - Não sei Niall - eu gritei antes de entrar no carro e acelerando, bati na caixa de correio do Niall antes de sair cantando pneus. Mas descontar minha dor na caixinha não adiantou nada. [...] Eu estava em casa agora, não dormindo como eu disse que não iria fazer, não costumo quebrar promessas. Logo que cheguei em casa liguei para Kyle, ele trabalha comigo no Joe's e é um estrangeiro adorável, de algum lugar da América Central, estávamos começando a ser amigos quando Niall surgiu e fechou meus olhos para os outros garotos. Mas tudo bem, Niall tem suas mulheres e eu tenho um estrangeiro gatinho, Big Bang Theory e pizzas em tamanho grande. Está tudo bem comigo. Estávamos na quinta temporada de BBT, Kyle estava deitado no sofá e eu estava sentada no chão - em parte porque o sofá é pequeno demais - com a cabeça escorada nele. Os créditos finais apareceram na tela e Kyle desligou a TV. - Você não prestou atenção em nada - ele comentou enquanto acariciava meu cabelo - esquece o Horan S/N, você não é a primeira garota que trabalha no Joe's que ele pega. Virei a cabeça e olhei irritada pra ele, Kyle corou e deu de ombros. - é verdade - ele murmurou - vou ao banheiro antes que você queime um buraco na minha testa - ele levantou e eu sorri fazendo o mesmo e indo buscar meu celular. Liguei o mesmo e dei de cara com o nada, nenhuma mensagem de Niall, nenhuma ligação ou correio de voz pedindo desculpas. Nada. Continuei encarando a tela, como se isso fosse fazer acender uma luzinha na cabeça do Niall e ele então me ligaria. - Ele já mandou a mensagem do arrependimento? - Kyle perguntou saindo do banheiro, fiz que não com a cabeça. - Talvez ele nem mande - eu falei espelhando os pensamentos dele. - Não fala assim S/N. - Você também está pensando nisso - eu resmunguei mal humorada e ele me puxou para um abraço de urso. - Não liga pra ele - ele sentou no braço do sofá e me abraçou mais forte fazendo eu sentir todo músculo dele se contraindo com os movimentos, aninhei o rosto no pescoço dele e respirei. Kyle tem cheiro de chalé, montanhas, chá verde e pinheiros. Niall tem cheiro de praia, milk-shake, sol e música alta em alguma festa de verão. Gosto dos dois tipos. Senti meu celular vibrando e passei o braço por trás de Kyle, deixando meu celular na altura do meu rosto e abrindo a mensagem. Suspirei trêmula quando li: "hey s/a, podemos conversar? xx Niall". - É ele? - Kyle perguntou. - Não - falei firme e deixei meu rosto de frente com o dele - são cobranças - eu resmunguei e ele riu jogando a cabeça para trás. - Então eu acho que posso pagar a próxima rodada - ele falou pegando meu celular e discando o número da pizzaria. Eu sorria enquanto o observava fazendo os pedidos. Tudo em mim gritava para pegar o telefone e ligar para Niall, mas eu não ia idolatrar Niall de novo, o colocando no pedestal e lançando olhares apaixonados - mesmo que eu negasse -, nunca mais ok.
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ESPECIAL MIL LEITURAS NO WATTPAD!
É oficial! "Posso usar uma metáfora?" atingiu 1000 leituras e 100 votos, e ainda por cima, mesmo dia! Cara, vocês são incríveis. Fiquei tão feliz, que não podia deixar isso passar. Vai ter capítulo adiantado SIM! Estou liberando o capítulo seis e, na sexta feira, voltamos à programação normal e eu libero o sete. Eu também tinha pensado em fazer um jogo no qual vocês enviam perguntas para os personagens e eles respondem. O que vocês acham disso? Bem, por enquanto é só. MUITO obrigada pro tudo. Já falei que vocês são incríveis? Você são. Beijinhos e até mais <3
CAPÍTULO 6
Quase me arrependi do que havia feito no momento que entrei no local. O frio conhecido me atingiu e, junto dele, lembranças horríveis. Quando entrei na sala assinalada no folheto, avaliei dar meia volta e sair correndo. Mas não o fiz. Isso era por Caribe.
Ocupei uma das cadeiras de alumínio dobráveis organizadas em meia lua na saleta mal iluminada e observei, calada, o grisalho líder do grupo entrar no compartimento com um grande sorriso nos lábios finos. As cadeiras foram gradualmente ocupadas, até que restassem apenas duas ou três vazias. O homem se apresentou como Fidel Cliaman e fez questão de dizer que poderíamos chama-lo de Fidel. E que a pronúncia era “Fí-del”.
“Por quê?” Perguntou alguém.
“Porque eu sou alemão. Aliás, na Alemanha, o meu nome significa ‘jovial’, e todas as minhas rugas são completamente propositais.”
Algumas pessoas riram com a piada descontraída, mas eu não me mexi. Minhas mãos suavam e eu não sabia bem o porquê. Tudo o que havia no local eram algumas prateleiras vazias, um senhor que se autodenominava Fí-del e mais uma dezena de adolescentes problemáticos. Não me parecia tão assustador.
Todos recebemos papel, canetinhas multicoloridas e fita adesiva como um bando de crianças no jardim de infância. Escrevemos nossos nomes em tons de amarelo, azul, vermelho ou qualquer outra cor do arco-íris e colamos os crachás em nossas camisetas com fita adesiva. Tudo bem até este ponto.
“Isso não é psicologia.” Assegurou Fí-del. “Não serei o cara chato que vai apontar os erros de vocês. Aqui, nós somos amigos. E, como amigos, no fim do ano seremos uma família.”
Ele alargou ainda mais o sorriso gentil. Mas então, cortando sua fala, sem ao menos bater, alguém invadiu o compartimento desajeitadamente, mancando de maneira discreta. Meus olhos saltaram das órbitas.
Não podia ser.
O recém-chegado sussurrou algo no ouvido de Fidel, que assentiu devagar. Em seguida, abriu algumas gavetas no fundo da sala enquanto nosso palestrante falava sobre regras de frequência, respeito, julgamento e todas essas bobagens. Senti vontade de pular da janela próxima ao assento vazio à minha esquerda.
Ele voltou das sombras do outro lado do aposento olhando para o peito. Percebi que fixava à camiseta azul claro um pedaço papel com o nome rabiscado em letras desleixadas. Cada uma de uma cor.
Não havia muitas pessoas na face da Terra com esse nome, mas repeti fielmente para mim mesma que não podia ser.
Mas era.
Quando ele me viu, eu tive certeza. Segurando-se para não sorrir, ao lado de Fidel estava Iraque, o fumante que conhecia provérbios em latim. A ideia de passar pela reunião despercebida morreu ali.
Fidel se recuperou da interrupção rapidamente, perguntando se alguém gostaria de começar nossa temática semanal dizendo como se sente. Uma garota a duas cadeiras de mim, a franja cortada rente aos olhos puxados, ergueu o braço quase automaticamente.
“Quem é ele?”
Foi o que falou, apontando para Iraque. Meu rosto queimou quando notei que, até então, seus olhos pairavam sobre mim. Ele sorriu, desfigurando todo o rosto para uma verdadeira obra prima equilibrada sobre o pescoço.
“Ele é apenas o ajudante.” Disse Fidel, sorrindo com os lábios franzinos, como se lembrasse de algo bom. O homem olhou de esguelha para Iraque, que franziu o cenho e protestou:
“Apenas o ajudante?”
Fidel revirou os olhos. A mesma garota ergueu o braço novamente e, antes que a permissão de falar lhe fosse concedida, ela disse:
“É seu nome de verdade?” Seu dedo desceu do rosto em direção ao peito onde o crachá fora preso.
“Apenas ignorem a presença dele por enquanto.” Respondeu Fidel friamente.
Iraque olhou para Fidel com sua melhor expressão ofendida e, da forma mais imatura possível, enfiou uma espada invisível no coração se curvando sobre uma grande e viscosa poça de sangue inexistente. Algumas pessoas riram baixinho, mas Fidel fingiu não ver e estreitou os olhos para ler o crachá da garota ao meu lado.
“Quando todos houverem falado, eu e o meu ajudante diremos o que sentimos. Brianna, sim? Poderia ter a bondade de começar?”
O rosto de Brianna ficou cor-de-rosa e depois magenta e depois roxo e depois tão vermelho quanto os cabelos da garota sentada ao seu lado, até voltar a cor normal. Fidel era tão gentil que seria impossível dizer não à pergunta. Evitei o olhar de Iraque, implorando mentalmente para que ele encarasse Brianna.
A garota se levantou. Ela batia pouco acima de meu ombro e, de pé, eu podia ver o quão finas eram suas pernas. Ela sugou o piercing que pendia do lábio inferior.
“Eu não me sinto confortável em meu corpo.” Disse, em voz baixa.
Fidel assentiu, sério.
“Obrigado pela colaboração, Brianna.” Meu coração parou de bater por um segundo antes que ele olhasse para o garoto a esquerda de Brianna, diante do medo de ser minha vez. “Chris. O que você está sentindo hoje, rapaz?”
Chris se ergueu bravamente, embora as sardas próximas ao nariz parecessem mais explícitas nessa posição.
“Eu me sinto mal.”
Era totalmente vago. Quase me permiti me sentir decepcionada pelo sentimento de Chris, ainda que ele me desse a possibilidade de dizer algo ainda mais vazio. Entretanto, Fidel assentiu e agradeceu educadamente.
Mais pessoas se levantaram e tentaram, da melhor forma possível, nos mostrar o que se passava em seus corações.
Uma garota alta, os cabelos negros insistindo em tapar metade do rosto, alegou se “sentir como se não sentisse nada”.
Outro participante, um garoto negro sentado do outro lado da meia-lua, apenas balançou a cabeça ao chegar em sua vez.
Um garoto cuja cabeça tocava o lustre desengonçado da sala se sentia preso. O próximo, os óculos sem lentes tortos sobre o nariz, se sentia réu, tétrico, lôbrego, lúgubre, molestado, meândrico, sórdido, vil, insólito, esdrúxulo, diverso, olvidado.
Alguém escondido sob um capuz roxo sentia que não se sentia confortável para dizer o que sentia. Uma outra garota, o cabelo quase branco, falou que “sentir sem ti não tem sentido”.
Em seguida, um menino farto chamado Jasper disse se sentir “como um queijo”. Ainda mantendo a educação, Fidel agradeceu pela metáfora e nem mesmo Iraque riu disso.
Após uma menina baixa sem nenhum fio de cabelo na cabeça dizer com algum esforço que se sentia incompleta, finalmente senti a atenção de todos sobre meu corpo encolhido na cadeira fria.
Os olhos de Fidel pousaram em mim, ligeiramente esperançosos. Mas não era como se eu fosse dizer algo. Quero dizer, eu nem deveria estar ali. Mas Iraque me fitou; a expressão fechada e o queixo erguido levemente.
Não, não era para eu estar ali. Mas estava.
Suspirei, tentando pensar. Todas essas pessoas se abriram diante de Fidel porque foi o que vieram fazer. O mínimo que eu podia fazer era a mesma coisa.
Mas o que eu sentia, afinal? Eu sentia dor, de formas muito diferentes. Me machucava não ter sido suficiente para minha mãe ficar, não ter sido suficiente para Caribe querer viver, não ter sido suficiente para Done me amar. Fechei o rosto, amargurada com as lembranças.
Me sentia culpada por não ter sido uma boa menina, a filha que minha mãe gostaria de ter tido. Me sentia culpada por não ter percebido a dor de Caribe e por tê-lo levado àquela droga de festa. Me sentia culpada por ter deixado Donovan tomar o controle por tempo demais.
E eu sentia raiva. Raiva de tudo. Raiva do meu pai. Raiva de minha mãe. Não apenas por me deixar, mas por deixar Caribe. Raiva de Caribe por me deixar. Raiva de Done por existir.
Sentia raiva de mim mesma por sentir dor, por sentir culpa e por sentir raiva.
Não podia dizer tudo isso a Fidel.
Me levantei com relutância, fitando os pés.
“Ars est celare artem.” (A arte está em esconder a arte.) Eu disse, afinal, voltando a me sentar imediatamente, meu corpo se estatelando contra o metal com tanta força que pensei que a cadeira se quebraria embaixo de mim.
Agora era o momento em que Fidel me olharia com curiosidade, como fizera com Jasper. Ele massagearia as têmporas e, creio eu, pensaria “Temos um novo doido na equipe.” Mas ele não teve tempo.
“Veritas liberate vos.” (A verdade vos liberta.) Iraque retrucou, cruzando os braços; um sorriso sorrateiro surgindo no canto esquerdo do seu lábio.
“Agere non loqui.” (Agir, não falar.) Eu disse, dessa vez sem me levantar.
“Nil est dictum facilius.” (Nada é mais fácil do que falar.) E, naquele momento, ficou claro que o Iraque acabara de declarar guerra contra a Austrália.
“Aliud in ore, aliud in corde.” (O coração sente e a boca mente.) Repliquei.
“Ex abundanctia enim cordis os loquitur.” (A boca fala do que está cheio o coração.)
Sorri divertidamente com o jogo e esqueci que uma dúzia de pessoas observavam com a boca entreaberta nossa loucura compartilhada.
“Ex aspectu nascitur amor.” (O amor entra pelos olhos.) Respondi, tentando desviar meus olhos dos dele. Mas era impossível.
“Oculus animi index.” (Os olhos são a janela da alma.)
Fidel chamou o nome de Iraque por cima de sua voz, mas eu mal o escutei. Estava maravilhada com a habilidade do garoto.
“Oculi sunt in amore duces.” (Olhos que veem, coração que deseja.)
“Procul ex oculis, procul ex mente.” (Longe da vista, longe do coração.)
“Amor caecus.” (O amor é cego.) Insisti, à medida que seu olhar se tornava ainda mais firme.
“Re opitulandum, non verbis.” (Obras são amores e não palavras.)
A facilidade com que ele proferia as palavras quase me assustava. Meu latim não era tão bom assim.
“Verba volant” (Palavras, leva-as o vento.)
Mordi o lábio inferior. Uma grande lacuna começava a preencher minha mente enquanto minhas ideias se esgotavam.
“Dementis convitia nigil facias.” (Palavras loucas, orelhas moucas.)
Soltei uma risada sonora que soou estranha aos meus ouvidos. Eu não ria desse jeito há semanas. Mas não pude evitar. Ele acabara de citar o meu provérbio favorito.
“Iraque!” Gritou Fidel, finalmente.
Franzi os lábios, sentindo o rosto corar. A expressão de Fidel não era muito agradável. Iraque cobria a boca com a mão para esconder que ria como um louco.
Quanto mais ele ria, mais insano parecia e mais sentido fazia ele estar ali, em um hospital psiquiátrico, em um Grupo de Apoio Psiquiátrico para Adolescentes Com Depressão, Afetado Pelo Álcool, Narcolepsia, Drogas, Automutilação ou Outros Conflitos.
“Iraque.”
"Foi mal, Fidel.” Ele falou, recuperando o fôlego.
Escondi o rosto entre os dedos frios. Não tinha mais graça e tudo no que eu podia pensar era que aquilo não estava acontecendo. Aquilo não podia estar acontecendo.
"Vá para fora.” O homem disse, em um sussurro gritante.
"Fidel...” Falou Iraque, a voz em tom de barganha.
“Agora, Iraque.”
Ele pareceu perceber pela primeira vez que Fidel não estava brincando. Sua expressão alegre escorreu pelo rosto. Então ele olhou para mim. E eu desejei usar a espada imaginária para espetar cada centímetro de seu corpo.
"Ela começou.” Ele disse, e os olhares se voltaram para mim. Arregalei os olhos. Quão infantil ele poderia ser? O homem fitou meu crachá, onde eu escrevera “Allie” de verde escuro.
"Allie. Por favor.”
Abri a boca para me defender, mas não saiu nada. Me levantei com cautela, em choque. Passei por Fidel, que nos encarava com decepção. Iraque abriu a porta para que eu passasse, cumprimentando-me cordialmente com a cabeça.
Fuzilei-o com o olhar, mas ele fingiu não perceber. Ele deu alguns passos na direção oposta, mas segurei seu braço fazendo-o parar.
"Por que você fez isso? Você quer destruir a minha única chance de ver o Caribe?”
"Australia, desista. Você não pertence a esse lugar.”
“Como?”
“Eu tenho que tomar seis comprimidos por dia, sabia? Eu coloco tudo na boca, escondo debaixo da língua e cuspo. Sabia disso?”
Perdi o fôlego e custei para conseguir emitir algum som.
“E daí?”
“E daí que você não precisa de remédios para sobreviver. Você não precisa cuspi-los sem que ninguém veja. E daí que agora você está olhando para mim como se eu fosse louco. Você não pertence a esse lugar.”
“Eu não acho que você seja louco.” Minha voz tremeu insegura, porque eu sabia que isso era mentira e porque seu rosto estava cada vez mais próximo.
“Você acha, sim.”
“E você está muito perto.” Disse, quando a proximidade de nossos narizes se tornou desconfortável. “Você está perto demais.” Balbuciei.
“Não realmente. São seis milhas náuticas.”
Ele finalmente se afastou e senti como se pudesse respirar pela primeira vez em anos.
“O que significa?”
“Seis milhas náuticas entre o Iraque e a Austrália. Nós estamos mais longe um do outro do que você pensa.”
Olhei para o relógio na parede atrás dele. Eram quase dez horas. Hora de implorar para que Fidel não me expulsasse do GAP para sempre.
“Dá licença. ” Pedi.
“Onde você vai?”
“Consertar a merda que você fez.”
“Eu não fiz merda nenhuma.”
“Você disse que eu comecei.”
“Porque você começou.”
“Não é verdade. Pare de se meter! Pare de estragar as coisas!”
Iraque olhou para os lados. Nervoso, segurou meus pulsos e me empurrou para trás.
"Não vamos discutir isso aqui, está bem?”
"Se você não me soltar, eu vou gritar.”
"Você já está gritando!”
"Você também!”
"Vamos gritar em outro lugar. Por favor.”
Estreitei os olhos e não me preocupei em falar em voz baixa.
"Por quê?”
A porta branca em frente à porta da sala 212 se abriu, de repente, e um homem alto e de cabelos quase brancos colocou metade do corpo para fora. Aparentava ser um médico respeitável.
“Por causa disso.” Respondeu, por entre os dentes.
“O que está acontecendo aqui?”
“Nada. Nós estamos de saída.” Iraque começou a puxar minha mão discretamente.
“Iraque, não se mexa.” Os olhos do homem escorregaram para o meu crachá. “O seu nome é Australia?”
“Talvez” Disse eu, indecisa. Droga.
“Australia Velibor?”
“Não. Sou outra Australia.”
“É um nome comum.” Iraque se meteu na conversa.
“É. Especialmente nessa área. Mas, bem, nós estamos…”
“De saída.” Iraque completou.
"Isso.” Me virei para sair correndo, mas não deu tempo.
"Australia Velibor.” O médico disse. “Acho que é hora de conversarmos sobre o seu irmão.”
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Médio Cortes de cabelo para Cabelo Fino
Não é um normal concepção de que o cabelo grosso é a melhor coisa para a própria, só porque eles são versáteis para o estilo e a boa aparência. Mas não ignorem o seu cabelo fino. Existem inúmeras maneiras em que você pode estilizar o cabelo fino. Você pode ignorar que existem várias maneiras pelas quais o cabelo fino pode ser estilos e feita para aparecer extremamente impressionante. De comprimento médio é o ideal o comprimento do cabelo que é considerado o mais versátil para ser estilos em qualquer penteado. Primeiro você precisa receber uma multa de meio de cortes de cabelo para cabelo fino e, em seguida, você está pronto para o estilo de seu cabelo para qualquer penteado. Médio cortes de cabelo para cabelo fino tem uma vasta gama de versatilidade. Aqui trouxemos algumas glamourosa e elegante, médio cortes de cabelo para cabelo fino, vamos dar uma olhada.
Médio de Cortes de cabelo para Cabelo Fino
Franjas e Franjas
a Franja é uma das melhores opções em média em cortes de cabelo para cabelos finos, especialmente se sua testa é um pouco de um lado maior. Você tem um monte de opções em termos de uso de franjas e franjas. Você pode também varrer a sua bang em um dos lados ou apenas mantê-lo no centro. Se bangs não são seu estilo, em seguida, ir para franjas também seria boa opção.
Tempo Penteados Bob
Long bob, que está mais para o lado de comprimento médio é uma opção muito boa para cabelos finos. Seu estilo de bob qualquer que seja a forma que você desejar e definir o seu próprio estilo de declaração. Você pode até mesmo simplesmente dobrar seus cabelos atrás de sua orelha, essa seria também uma aparência elegante.
em Camadas de Penteados
Tendo de comprimento médio e cortá-lo em camadas é uma combinação que está fora do mundo. Cortes de cabelo em camadas é suposto para adicionar o recurso de cabelos lisos com uma textura fininha, ao invés de bem. Usar um bom shampoo e um condicionador pode ajudar a fazer seu cabelo olhar volumosos. Se você receber esta corte de cabelo ordenadamente, nada pode corresponder ao seu olhar.
Destaques de Cor
Esta ideia adiciona uma nova dimensão para o seu cabelo fino. Isso depende de que tipo de cor que você experimente em seu cabelo. Você pode conversar com seu cabeleireiro sobre qual a cor que melhor se adequar ao seu cabelo e rosto estrutura. Eles podem orientá-lo e você vai ter um pouco mais de opinião.
Cortar Penteados
Este é um negrito médio cortes de cabelo para cabelos finos. Este é o mais recente hoje em dia. Você pode estar encontrando esse corte de cabelo, na maioria das revistas e desfiles de moda. Este é o mais novo sucesso hoje em dia.
Estas idéias para o médio cortes de cabelo para cabelo fino iria ajudá-lo em renovar seu olhar e definir a sua própria declaração de moda. Basta ser confiante e ser você mesmo!
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