meus olhos cresceram conforme a ficha caía: Jungkook está aqui.
Ele caminha estranhamente em minha direção até posicionar um molho de chaves diante de meus olhos que agora, apesar de não tão arregalados, ainda não deixa minha expressão normal. Eu estou mesmo surpreso.
Ainda sem dizer nada, ele parece perder a paciência diante do meu silêncio e da minha falta de reação, então pega minha mão colocando as chaves na minha palma em seguida.
Intuitivamente, antes que ele feche meus dedos ao redor do objeto, meu olhar desce e eu analiso; assim, reconheço: são as chaves de seu carro.
Minha expressão deve estar terrível já que meus olhos voltaram a se arregalar e estão quase saindo para fora. Então, algo que também me passa despercebido, meus lábios estavam abertos. Só me dei conta disso quando a boca macia de Jungkook se choca deliciosamente contra a minha, fazendo meu corpo todo terminar o processo de entrar em ebulição.
Sério, estou prestes a explodir.
Todavia, isso não parece intimidar o moreno, que deixa um sorriso ladino dar as caras quando sua boca traiçoeira se afasta da minha.
Está brincando comigo?!
— Disse que eu não podia te dar uma guitarra todas as vezes que brigássemos. Você chegou a sugerir que em uma próxima briga eu lhe desse um carro; pois bem. Sinto muito, não tinha dinheiro para comprar um novo, mas fique com o meu.
Ao ouvir suas palavras, finalmente pareço ter acordado, então pronuncio mesmo que minha voz pareça ter perdido o rumo para fora por um tempo:
— Vai me dar seu carro?!
— Vai me perdoar? — ele devolve a pergunta rapidamente.
— Se eu te perdoar ainda vou ficar com seu carro?
Um riso fraco dele se fez presente e ele se aproxima novamente. Seus dedos foram diretamente até minha cintura enquanto a mão livre alcançou minha bochecha, fazendo ali um carinho despretensioso.
— Jimin...
Tive que resistir como o inferno para não permitir que meus olhos se fechassem enquanto isso, mesmo assim, ele continuou:
— Eu posso viver sem um carro, mas não sem você.
E então é isso. Eu explodi.
Explodi em uma risada não tão discreta, que fez jungkook me direcionar um olhar confuso.
— Está brincando — acuso.
— Não estou.
Um suspiro escapa antes que eu me afaste, retirando suas mãos de mim e devolvendo as chaves.
— Não vou ficar com seu carro, Jeon.
— Jimin... — ele me chama e apesar do tom cuidadoso, eu consigo notar o desespero em si.
— Mas... — continuo, então — ainda precisamos conversar.
Eu sinto a falta dele, mas não dá para ser assim. Não dá para deixar tudo passar e me fazer de cego.
Não posso me encher de curativos sempre que algo me machuca; eu preciso cuidar para que o que me machuca, não me machuque mais. Por isso tomo essa decisão.
Jungkook, por sua vez, parece entender e concorda com um aceno fraco.
— Justo — murmura, por fim.
Involuntariamente acabo acenando positivamente também.
— Meu expediente acaba daqui meia hora, você pode...
Outro aceno, antes mesmo que eu termine de dizer.
— Venho te buscar daqui meia hora, então.
— Certo — encerro.
👋 ola (eita como é fanfiqueira)
eu estava assistindo 10 coisas que odeio em você (amo muito) e então tive uma ideia e escrevi. nada muito sério, aleatório mesmo
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