Tumgik
#meu querido donovan
crishel2 · 10 months
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Luke Voyage SLYTH THE HUNT SAGA estréia 05/12/23
Luke Voyage Slyth
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Instagram @lukevoyage @narinnarinrak SLYTH THE HUNT SAGA estreou 05 de dezembro 2023 #slyth Por favor, veja este filme. Muito obrigado pela dedicação a essa história até agora. ❤️❤️ Espero muita audiência, fãs vejam. É uma história divertida. Muito emocionante. Te vejo no cinema 🎉🎉 @versace @fivestarmovies
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sonhosdeescritor · 2 years
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No norte, Cordélia é chamada e se vê diante ao corredor para a cozinha, ali 8 servas e servos em trajes de inferior somente a cobrir as partes íntimas.
Rainha.
Cordélia, te chamei e quero seu testemunho nisto.
Por que eles estão assim minha senhora?
O destino deles cabe a sua sorte.
Como assim?
Tenho dois papéis e você escolhera somente um.
Por que eu, rainha?
Só escolha, não te cabe perguntas.
Eu escolho este.
A governanta pega o papel e entrega ao pajem ao lado da rainha, Salynir lê e olha para todos.
A forca.
O quê?
Agora. Pouco tempo ali ao fundo do jardim são feitos os laços de cordas, cada um preso ao pescoço em galhos de uma jaqueira.
Por favor rainha.
Que sirva de exemplo, não quero ladrões e permisiosos por aqui. Ao terceiro apito são empurrados e se vê o desespero ao bater de pernas e pés. Corpos retirados e jogados a uma vala comum no campo dos traidores. Quem for enterrado ali não tem direito sequer da benção dos familiares. Cordélia mantém o espirito forte diante a tal atrocidade e um questionar mais vai ao encontro de suas funções delegando, fiscalizando e orientando aos servos inferiores. O dia demora passar e ela tem na mente os corpos balançando ao vento impiedoso do leste.
Meu Deus, por que aquela mulher tomou tal atitude? Ali diante ao trabalho ela segue, a noite após o guardar do último objeto na cozinha ela segue para seu quarto e ali desaba num choro, mais tarde já de inicio a madruga sai escondida com maços de velas que queima nos limites do muro traseiro do palácio, profere antigos ritos e se deita no chão de pedras, ali chora e depois levanta retornando ao seu quarto.
Onde estava?
O que é isso? O guarda real olha para a mulher ali com o rosto marcado pelo choro.
Por que foi fazer aquilo?
O que diz garoto?
Tia, sabe que pode ter o mesmo fim deles.
O que quer, vai entregar teu sangue por fazer o certo e pedir a paz aos que foram?
Tia só não quero que tenha problemas.
Sou Cordélia, fiz muitas coisas das quais algumas não me orgulho, mais isso foi demais, eu vi eles serem mortos por não dizer o que não sabiam.
A rainha quer respostas, só isso.
Não Jericoh, ela quer mostrar o seu poderio.
Para quê isso agora, não se esqueça, também manchou suas mãos em sangue deles.
Eu sei, por isso eu sei, não vou aguentar.
O que pretende tia?
Vai embora, saia daqui.
Tia.
Por favor querido, não quero que tenha problemas por estar aqui.
Vou fazer minha ronda e retornarei.
Que seja, só vá. O rapaz sai deixando Cordélia cabisbaixa, ela fecha a porta e se joga na cama. Salynir termina o higiene do corpo e vai para a cama, Donovan a olha com curiosidade.
Soube que resolvera promover umespetáculo de horrores?
Somente fiz o seu papel, enquanto estava a dar teus pulos, eu resolvi algo que já deveria te-lo feito.
O quê, matar servos?
Os meios são sempre os mesmos, te garanto que logo teremos respostas.
Nunca mais faça isso, mesmo sabendo que nossos dias estão contados, isso não te dá o direito.
Vá dormir, afinal você só serve para isso e galanteios impróprios.
Vaca. Donovan se vira na cama e logo adormece, Salynir vai para a frente do espelho e nisto vê outra pessoa no quarto.
O que veio fazer aqui, quem te deixou entrar? A mulher ali na sua frente aponta para a janela e depois ao espelho, neste Salynir vê o vulto entrando na sala e tirando fotos e alguns documentos.
Quem é esta pessoa?
Isso cabe a você descobrir, só se pergunte, fez o que realmente deveria ter sido feito?
Vá embora. A mulher desaparece e a rainha desmaia ao lado da cama. Amanhece e os primeiros guardas de escolta do casal real chega ao reino do norte, a rainha fora avisada e já esta com Donovan a espera destes no portão principal do palácio.
Estou bem, quero estar bem apresentável.
Para quê, entregar tudo isso ao novo inquilino.
Onde aprendeste este tipo de fala?
Lendo meu ex amor, fazendo tudo que um rei macho deveria estar a fazer.
Vá para o inferno. Damek entra nos dominíos do palácio com sua comitiva de seis carroças, trazendo grande variedades de artistas, jóias, doces e bebidas exóticas produzidas pelos bárbaros e nativos do leste/oeste.
A pulga não se deteve ao cão governo.
Olhe, minha querida irmã ainda usa a coroa.
Por pouco tempo, vouter com os meus para as bandas do leste.
O quê, pretende fazer o caminho de volta?
Damek, como sempre a frente das curiosidades e relatos públicos.
Se diz sobre fofocas, sim, soube que estão de dias contados.
Pois é, achou a farsa real. Três dias depois e Cordélia ainda auxília no limpo das marcas daqueles que foi e já esta sendo como o conhecido "massacre das notas", ainda rola um certo medo e um tempero de raiva e inconformismo.
Quando irão chegar?
Ouvi dizer que nesta tarde.
A mulher dos sauês disse que a vila de Delf esta com vários cavaleiros da escolta.
Então acredite, logo teremos os novos patrões.
Tomara.
Por que diz isso, saiba que quando eles chegarem não irá mudar e se for será para o pior. A governanta vai até as duas servas e termina com o falatório, no quarto Donovan se desfaz da roupa cerimonial.
Por que fez isso?
Cansei de vestir isso.
Para mim, tanto faz, mandarei uma serva levar para o sauês.
Faça isso.
e daí, já fez tua parte?
Esta tudo pronto, quer ler?
Olhe rei, sabe que meus dias estão contados, logo serei uma simples dama.
Te agradeço por ter ficado a meu lado por este tempo.
Acha que eu iria perder a oportunidade de ter a boa vida, fora o nosso acordo de ouro e jóias.
Que pelo jeito já decidira o destino dessas.
Fiz o que tinha de ser feito.
Parte quando?
Assim que terminar o banquete.
Serão 3 luas.
Vou na primeira, por força do protocolo tenho que participar da primeira, depois é opcional.
Já escreveu tua desistência?
Bem antes de saber do recente assumo ao trono.
Como será daqui pra frente?
Pare de pensar bobagens, fizemos nosso papel, nos unimos de forma contratual sem direito ao coito e fomos bons administradores deste reino.
Será que realmente fomos?
Olhe, não vou ficar aqui lamentando isso ou aquilo, chega, fiz minha parte na novela de neriquecer cofres e calar o bom povo.
Olhe só você, parece um glutão, um homem sem suas honras.
e que honra há em liderar um povo que luta para se manter em pé em meio a falta total de meios de existir.
Demos coisas, esperança.
Pare Donovan, na verdade retiramos tudo deles quando optamos por ainda seguir esta velha cartilha de leis que mantém o desiquilibrio de nobres e feudos.
Você é uma politica nata.
E sou, só que vou escrever outra nova história com direito ao meu luxo e pão na mesa dos meus. Donovan já livre de roupas somente tendo um tecido enrolado ao corpo bate palmas daquilo dito por Salynir.
Nem mesmo você acredita nisso tudo.
Veremos, meu ex love.
O que é isso?
Leia os antigos escritos do povo que já não vive.
Tomara que os reis de agora proiba de uma vez o acesso a estes escritos.
e ai sim, estaremos numa total nuvem negra de desinformação e coação intelectual. O rei olha para ela e segue para o reservado a trocar de roupa, Salynir sai dali e logo 4 pajens entram e levam a vestimenta de Donovan. Mia olha Serage limpar 3 coelhos que serão usados no juizado, logo recebe de um garoto um rolinho com selo de Kazeb.
Deixe-me le-lo. Terminado a leitura ela exige a presença de parte dos seus, logo 60 homens ali.
desarmem tudo, vamos para Kazeb.
Sim mestra.
ficaremos a certa distãncia, estejam prontos para o ataque. 220922……………….
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NOTÍCIAS - 25/04
UMA MORTE NATURAL OU UMA MORTE PLANEJADA? 
Parece que a morte de Anthony Artkins, é um assunto que ainda será recorrente. Apesar dos relatórios médicos afirmarem que se tratou de um ataque cardíaco, agora a polícia dos Hamptons teve a informação, através de uma fonte próxima segura, que o relatório médico redigido pelos médicos legistas foi negligenciado. Também, o médico responsável pelo preenchimento do mesmo, saiu do País há um mês atrás, por uma suposta opção de trabalho mais favorável. O que nos leva a querer que a morte do Artkins não foi de todo uma coincidência, ou algo planejado pela vida do mesmo, mas sim por alguém que queria o patriarca da família morto. Tentámos obter mais informações perante a família, só que todos se recusam a prestar declarações e pedem privacidade num momento tão difícil para todos. 
O PRÓXIMO PASSO PARA A PRESIDÊNCIA?
Vários foram os boatos que correram nos últimos meses acerca da vontade de Joseph Beaumont, atual prefeito de Suffolk, a se candidatar há presidência dos Estados Unidos da América, o que foi afirmado pelo partido Democrático o total apoio há sua candidatura. Ainda não foram prestadas declarações, quer através do partido, quer da Família Beaumont, para que nos pudessem confirmar se tais boatos estão corretos ou não. Agora só nos resta aguardar para saber se o nosso Prefeito Joseph Beaumont, está a um próximo passo de se tornar Presidente dos Estados Unidos da América. 
CORRUPÇÃO OU GOLPE?
Após várias evidências de corrupção cometidas por Christian Cavanaugh, foi agora estabelecido um processo criminal contra o proprietário de uma das maiores Instituições Bancárias do País. Todavia, O Dr. Cavanaugh continua a insistir que não tem nada haver com as acusações difamatórias proclamadas contra ele. Na verdade, ele afirma com determinação que todas as evidências apresentadas há polícia são um golpe para o retirarem da Presidência da sua Empresa, assim como, mancharem o nome da família Cavanaugh. Só nos resta esperar para saber o que realmente tem vindo a acontecer na Empresa do Dr. Cavanaugh, que será julgado em tribunal, dentro de algum tempo, em que o juiz que ficou a cargo do caso, trata-se do seu vizinho dos Hamptons, o Dr. Patrick Donovan. 
QUANDO É QUE A MÁ IMAGEM PARARÁ?
Enquanto vários assuntos novos envolvem os Hamptons, outros assuntos já conhecidos entre todos, voltam a ser capa da nossa revista. Uma fonte próxima nos informou que no dia da festa de celebração do aniversário do Hamptons Tennis Club, após o término da mesma, Stefan Van Houten se dirigiu até ao Casino, onde perdeu cerca de 10 mil dólares em jogo, assim como foi expulso do local, por não se apresentar em condições para se manter lá. Vários são os boatos que correm, que a sua esposa, Amanda Van Houten, foi de madrugada buscá-lo há porta do Casino e que ambos tiveram uma discussão muito complicada no caminho até ao carro. Até várias são as pessoas próximas da família, que afirmam que o casamento está por um fio. Será que o Empréstimo que os Van Houten esperam receber por parte da Empresa dos Cavanaugh, lhes será concebida, após tais acontecimentos? Com certeza o Resort tem sentido o impacto das consequências causadas por Stefan, já que o Hotel se encontra com uma imagem não muito aconselhada para um destino luxuoso de turismo.
VIAGENS SUSPEITAS OU OMISSÕES PERFEITAS?
Já na família Donovan, tem surgido uma certa preocupação por nossa parte, visto que Marina Donovan, tem feito mais viagens do que o habitual. Segundo fontes de investigação que obtivemos, tais viagens estão a ser recorrentes até Washington e a Suiça. Todavia, não conseguimos saber do que exatamente se tratam tão constantes viagens. Também, um habitante dos Hamptons afirmou ter visto a Matriarca da família Donovan, no Hospital dos Artkins e não parecia estar de todo bem. Porém, não se encontrava acompanhada por algum familiar, o que nos faz ter algumas suspeitas acerca de um problema de saúde que a nossa adorada Arquiteta possa estar a omitir. 
UM POUCO DE ÓDIO E UM POUCO DE AMOR. 
Vários foram os atritos já conhecidos pelos moradores dos Hamptons, entre a família Di Fiore e a família Artkins. Sendo que a polícia pretende interrogar cada um dos membros da família Italiana, para averiguar se a família se tornará ou não suspeita do caso da morte de Anthony Artkins. Alonso Di Fiore, patriarca da família, fez questão de prestar uma declaração para a nossa revista, segundo poderão observar no parágrafo abaixo.
“Acho um ultraje estarem a apontar o dedo há minha família e a nos difamarem de uma forma tão desonesta, tendo em conta, que nenhum de nós sabe o que aconteceu ao Anthony. Na verdade, eu contactei a família Artkins após ter sabido da triste notícia do falecimento do Anthony e fiz questão de prestar as minhas condolências. Apesar de sim existirem atritos, jamais seria capaz de matar alguém. Como não tenho nada a esconder, toda a minha família irá voluntariamente prestar as devidas declarações para as investigações e ajudar no que for necessário. Sendo que vejo tais acusações como uma revolta da família Artkins, tendo em conta a dor que estão a passar, e não estão a pensar coerentemente, o que entendo perfeitamente já que não consigo imaginar a dor pelo qual passam e por essa razão têm o meu perdão.”
Achamos bastante coerente tal justificação, só resta sabermos se a polícia achará o mesmo. Também queremos parabenizar Alonso Di Fiore e Lucia Di Fiore, pelo aniversário do casamento de ambos que irá acontecer esta semana, cuja celebração irá acontecer em Itália, entre o casal, uma surpresa já revelada por Alonso há sua esposa, e o quão romântico foi o nosso Patriarca Italiano? 
UM EXEMPLO DE FAMÍLIA E DE CASAL 
O casal homossexual muito conhecido nos Hamptons está de parabéns, o nosso querido David Sawyer irá receber um prêmio de profissão na próxima gala da televisão Americana. Assim como, o casal, foi reconhecido entre várias instituições como grandes apoiantes da adoção entre casais do mesmo sexo, assim como são um exemplo pela comunidade LGBT. 
Todavia, nem tudo está um mar de rosas para a família Sawyer, visto que a Estação Televisiva onde David trabalha, não apoia de todo a suposta candidatura de Joseph Beaumont há Presidência dos Estados Unidos, o que está a causar alguma controvérsia entre ambas as famílias. Joseph já se mostrou um apoiante do casamento LGBT e adoção, e já mostrou o seu desagrado tendo em conta algumas declarações prestadas por David durante a apresentação do seu programa televisivo. 
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Oi oi gente! Capítulo dois postadíssimo, como prometido. Vocês podem ler o primeiro aqui ou no próprio tumblr da história. Espero que gostem! 
CAPÍTULO 2
E nós saímos a pé, sem avisar o meu pai, sem dizer que estávamos vivos, sem verificar se ele estava bem.
Da última vez que eu apareci na casa de Done, foi uma catástrofe. Mas não estávamos mais namorando e eu não estava indo sozinha. O que poderia dar errado?
Eu carregava o único par de sandálias que minha mãe havia esquecido para trás. Não havia carta para mim. Mas a verdade é que sim, eu encontrara algo entre os meus sapatos. Vesti um vestido repleto de lantejoulas pretas na altura da coxa e por uma noite, apenas naquela noite, eu tiraria os saltos finos da bolsa e veria como era ser como ela.
A Casa Número 1 do Done ficava perto da minha e, por isso, fomos andando. Era uma construção branca de dois andares em frente a um gramado adorável. Simples, se comparada à Casa Número 2.
A Número 2 era enorme, próxima aos limites da cidade e era para onde ele ia com a família nos feriados e fins de semana. As festas na Casa Número 2 eram incríveis porque ela ficava às margens do Oceano Atlântico. Done decorava o píer com luzes pisca-pisca e todos se jogavam na água ou simplesmente não faziam nada, recostados nas lanchas dos vizinhos, ancoradas por ali. A festa só terminava quando um deles percebia a confusão e resolvia ligar para a polícia.
Toquei a campainha da Casa Número 1, tentando identificar a música que vinha de dentro. Porém, dezenas de vozes se amontoavam sobre o som, tornando isso impossível. Done abriu a porta, rindo para alguém dentro da casa, com uma lata de cerveja aberta em uma mão e uma bacia cheia de Doritos na outra. Seu sorriso se desmanchou ao me ver diante de si.
“Oi.” Eu disse a ele.
“Oi.” Ele disse a mim. Suguei o canto do lábio.
“Eu não queria deixá-lo esperando hoje, no colégio. Houve um imprevisto.” Apertei a mão de meu irmão ao pronunciar a última palavra. O anfitrião olhou torto para nossas mãos e me apressei em completar: “Este é Caribe, meu irmão. Você já o viu, acho. Lá em casa? Nós, hum, podemos entrar?”
O garoto permaneceu petrificado por alguns segundos, a aparência meio chocada, as sobrancelhas unidas e um pouco de cerveja pingando da mão esquerda. Ele olhou para o rosto de Caribe como se percebesse pela primeira vez que ele era uma pessoa, e não um chaveiro gigante pendurado na minha bolsa ou um gnomo de jardim que havia sido arrastado até a entrada. Então, como se finalmente assimilasse minhas palavras, sorriu o sorriso que sorria para as garotas.
“Ah, claro! Caribe. Entrem, por favor!” Cérebro pequeno, me lembrei, enquanto ele largava os Doritos no colo de um garoto sentado no fatídico “sofá da Jennifer”, apertava a mão de Caribe e, com o braço em torno de meu pescoço, me conduzia casa adentro.
Cerca de uma dúzia de adolescentes se empoleirava na bancada da cozinha, o que era genuinamente perigoso. Eu podia prever o final trágico do calouro sentado na ponta da mesa de pedra.
Havia dezenas balões vermelhos de gás hélio flutuando na sala de estar e o objetivo de metade das pessoas que estavam lá era estourar cada um deles, jogando para cima talheres prateados de todas as formas e tamanhos.
Novamente, isso não me parecia nada seguro. Eu não me importava com essas coisas quando eu estava sozinha. Mas Caribe estava bem ali comigo, e eu não conseguia evitar o enorme desejo de protegê-lo.
“Tem cerveja na geladeira e um barril no segundo andar. Uns caras estão jogando pôquer no banheiro de baixo e, até agora, só um quarto foi ocupado. A casa tem sete; estão à sua disposição.” Ele piscou para o meu irmão, que sorriu por educação, meio contrariado. “Um pessoal está fumando no porão. Caribe, você fuma?”
"Hum, não.” Respondeu.
"Ei, Noah!” Done gritou para um de nossos amigos, que estava escorado contra a geladeira. Quando Noah olhou para nós, Done lançou sua lata aberta para ele, que se assustou e a pegou no ar desajeitadamente, deixando sua camiseta encharcada.
“Porra, Done!” Ele reclamou, mas acabou rindo e virando o resto na boca.
Nós três fomos até ele e o resto dos nossos amigos, ao redor da mesa da cozinha. No fim dessas festas, quando a maior parte das pessoas já tinha ido embora, nós costumávamos jogar Twister de Roupa Íntima sobre esses mesmos azulejos alaranjados. Eu não curtia muito o jogo, mas brincava de vez em quando, quando namorava Done. Eu ficava de sutiã e deixava ele se divertir um pouco antes de perder de propósito quando Noah chegava perto demais do meu corpo.
Apresentei Caribe, que apenas acenou com a cabeça.
“Ele é do nosso ano?” Perguntou Noah, cujo cabelo loiro raspado há algumas semanas começava a crescer. Shelby, com quem namorava desde que eu podia me lembrar, vestia uma camiseta justa que terminava acima do umbigo e insistia em se agarrar no seu ombro como um chimpanzé.
Estreitei os olhos e percebi que ela usava a blusa horrível que minha mãe me deu uma semana após o meu aniversário, na tentativa de se desculpar por ter esquecido. Eu não tinha interesse em ficar com ela, então a levei até a casa de Shelby, que usou a tesoura da cozinha para cortar a estampa feia da bainha e transformá-la em um cropped. Era exatamente na área cortada, que expunha a pele clara de Shelby, que Noah posicionava os dedos.
Noah não era uma pessoa muito legal. A única coisa sobre a qual ele falava era esportes, assunto no qual eu sempre fui leiga. Shelby e eu éramos amigas há muito tempo, e uma das razões pelas quais comecei a namorar Done é porque ela ficou radiante quando comecei a ficar com o melhor amigo do seu namorado.
“Nós somos gêmeos.” Gritei de volta para Noah, afastando os meus pensamentos. Noah ergueu as sobrancelhas para Avedis, um garoto cuja pele escura da testa se deformava em rugas, em resposta.
“Eu nunca o vi.” Ele falou em sua voz ainda mais grave que a de Done. Dei de ombros. Shelby soltou Noah e me puxou para o canto da cozinha.
"Pensei que estivesse evitando Donovan.”
Olhei para ele, de relance. Done abria mais uma lata de cerveja, já que derramou a sua no amigo.
“Eu estou.”
"Então por que veio até a casa dele?”
Soltei um suspiro.
"Problemas com a minha mãe. Preciso ficar bêbada.”
Por um minuto, seus olhos assumiram um brilho preocupado, mas então ergueu uma das sobrancelhas bem feitas e me entregou sua própria bebida.
"Veio ao lugar certo.”
"Vocês são gêmeos idênticos?” Noah continuou, depois que Shelby voltou a se pendurar em seu pescoço.
"Querido, é impossível ser idêntico a uma pessoa do sexo oposto ao seu.” Shelby disse, a voz melosa.
Os outros caíram em gargalhadas e forcei uma risadinha, olhando para os lados com atenção. Queria sair dali, mas nenhum outro grupo me chamava a atenção. Talvez algo interessante estivesse acontecendo do lado de fora.
“Tome cuidado.” Sussurrei para Caribe, quando Done colocou o primeiro copo plástico em suas mãos.
“Com o álcool?” Não gostei de seu tom satírico, mas resolvi ignorar.
“Com tudo. É uma festa do Ensino Médio. Há garotos que podem quebrar os seus dentes e garotas que podem quebrar seu coração.”
Comecei a me afastar, mas Caribe me segurou pelo pulso.
"Allie.” Ele chamou e, por um momento, vi em seus olhos um monte de dor. “Como você pode não estar completamente devastada?”
A pergunta me deixou meio atordoada. Por que ele pensaria isso?
“Eu estou.” Murmurei, mas a afirmação soou mais como uma pergunta.
"Não, não está. Você está chateada. Só isso. Como?”
Respirei fundo.
"Caribe, você vem alimentando uma imagem da mamãe como um ser humano perfeito. Quando ela foi embora, provou a você o contrário. E eu sempre a vi como uma pessoa que ia me decepcionar então acho que, quando isso aconteceu, ela estava simplesmente comprovando uma teoria já existente na minha cabeça, entende?”
Ele demorou a responder, como se tudo fosse muito complicado.
"Você faz isso com todo mundo? Olha para as pessoas e vê o pior?”
"Quase todo mundo.” Abri um sorriso amarelo. “Em você, eu nunca vejo coisas ruins.”
Apertei sua mão antes de soltá-la.
Havia pessoas na piscina. Como pareciam menos barulhentas do que as do lado de dentro, caminhei até o lado de fora. E então, a música ficou alta demais. Eu estava ao ar livre, pois sentia a chuva, havia perdido Caribe de vista e bebido o bastante para ficar zonza ao olhar na multidão a sua procura.
A próxima coisa da qual me lembro é do beijo.
Seus lábios eram frios como se o garoto fosse desoxigenado, um espécime de hipóxia humana cujas mãos feitas de água me seguravam com uma firmeza encantadora; a correnteza forte saturada em oxigênio dissolvido.
Qual era mesmo seu nome? Leonard, Liam, Landon? O nome garoto de gelo certamente começava com “L”. É claro que o toque gélido poderia também ser um mero resultado da chuva grossa que encharcava meus cabelos, mas eu gostava de acreditar que era algo maior. Talvez fosse. Eu sempre subestimei todas as coisas.
Sorri sob o rosto de “L”, o garoto de gelo. Quando eu era criança, costumava amar o fato de que, quando molhados, meus fios loiros atingiam um ruivo semelhante ao da Pequena Sereia. Era como se, por aquele momento em que meus olhos estavam fechados e o frio me abraçava acolhedoramente, eu tivesse todo um oceano só para mim.
O garoto de gelo passou a mão pelas minhas costas e me puxou para mais perto. Não sei se ele havia percebido que estávamos embaixo de uma tempestade, enquanto o beijo álgido se tornava cada vez mais feroz.
A minha vida parecia se personificar em uma balança, equilibrando o ‘certo’ e o ‘errado’. Ou os desequilibrando. A questão é que, por alguma razão, o lado ‘errado’ sempre pesava mais. Eu tomava as escolhas erradas, beijava os garotos errados, seguia os caminhos errados e, por causa ou consequência, todas as coisas sempre davam errado.
Mas quando as coisas davam certo, eu acabava com o cabelo ruivo debaixo das gotas de uma chuva extraordinária, afinal, após meses de sol ardente. Com certa frequência, quando as coisas davam certo para mim, talvez eu terminasse me agarrando com um desconhecido de quem nem o nome eu conseguia me lembrar além da primeira letra. Mas lá estava eu. Lá estava a chuva. Lá estava “L”. E eu devia saber que havia algo errado porque, bem, as coisas não estavam dando certo para mim.
“Não me deixe enlouquecer.” Supliquei a “L” em segredo, e foram as últimas palavras que proferi antes do meu mundo desabar.
Foi Avedis quem me trouxe de volta. Ele tocou o meu ombro gentil e timidamente, desconfortável pela missão à qual foi incumbido.
“Allie.” Ele chamou. Meus lábios pararam de se mover. Eu mal podia respirar tão perto da face de “L”. Ou enxergar. Ou qualquer coisa. “Australia, houve um acidente.”
Olhei para ele, não me preocupando em reparar no rosto do garoto de gelo. O que poderia ter acontecido? Alguém teve uma overdose? Encontraram um corpo na piscina? A chuva inundou a casa por um buraco no teto?
Mas um toque de particularidade em seu olhar descartou todas as outras opções. Done havia se machucado? O que isso tinha a ver comigo? Ele estava bebendo pra caramba, mas havia colocado um fim na época em que eu me importava com a sua saúde quando me traiu nessa mesma casa, e eu acho que Avedis sabia disso. Então, que diabos estava acontecendo?
De repente, me lembrei de que não havia ido sozinha. “Eu vim com Caribe”. Caribe.
O simples pensamento de que algo ruim pudesse ter acontecido com meu irmão me deixou tonta. Não podia ser. Ele não sofria acidentes. Até mesmo seus erros pareciam propositais.
E, bem, era Caribe. Ele ficava em casa e trocava mensagens de texto com Samantha ou assistia a filmes de terror de péssima qualidade com o meu pai.
Mas, ainda que eu tivesse uma enciclopédia de motivos para Caribe não estar presente no acidente, Avedis me puxou por entre o formigueiro humano com pressa. Queria perguntar o que estava havendo, mas não tinha força, não tinha voz, não tinha coragem.
Aparentemente, ele e o meu irmão conversavam com uns caras do time de futebol quando “Caribe enlouqueceu”. Ele disse que ia ao banheiro, mas seguiu em direção ao barril de cerveja. Avedis achou esquisito.
Ele havia bebido de um barril.
Deus, o que foi que eu fiz?
Alcancei a ambulância estacionada diante do jardim apenas a tempo de ver seus tênis novos desamarrados desaparecendo dentro do veículo.
Era a primeira vez que ele os usava, ainda que houvesse ganhado de presente da vovó no nosso aniversário.
Eram tênis incríveis, azuis e de cadarços de poliéster firmes e impecáveis. Eram tênis incríveis que Caribe nunca usou, temendo sujá-los de terra. Eram como o maior adesivo daquelas cartelas que vêm no caderno de espiral da Barbie, no Jardim de Infância. Você espera uma ocasião especial para usá-lo mas, como essa ocasião nunca chega, você cresce, perde o interesse e o joga fora.
Mas os tênis estavam bem ali. Frouxos em seus pés; talvez dois tamanhos a mais do que ele usava e quase caindo para fora do carro.
Um homem negro usando óculos retangulares bateu a porta da traseira do veículo e se virou para mim. Encarei, horrorizada, sua expressão tranquila, notando o guarda pó branco sobre a camisa social, o aparelho de pressão na mão direita e o crachá em algum ponto da roupa. Tentei ler seu nome, mas minha visão estava embaçada. A letra não contribuía. Parecia escrito à mão, em letras cursivas traçadas por canetinha amarela.
“É ela.” Avedis falou. Suas palavras soavam secas, vazias; como se ele me entregasse para a polícia por assassinato à sangue frio.
“O que está acontecendo?”
Foi tudo o que minha voz estrangulada de quem já sabe a resposta conseguiu balbuciar. O homem apenas me olhou de cima a baixo e, por um momento terrível, pensei que não diria nada, confirmando as minhas suspeitas: ele estava morto. Havia tido um ataque, uma aneurisma, um curto circuito, qualquer coisa. Minha mãe o matou.
Não, não, não. Eu o matei. O meu irmão. Meu irmãozinho, ainda que fosse mais velho. Cinquenta minutos mais velho. Os médicos chegaram a imaginar que eu não iria nascer. Bem, eu nasci. Para a desgraça da vida de todos.
“Australia.” Disse, por fim. “Seu irmão tentou se matar.”
Todo o meu corpo parou de funcionar. Na minha cabeça, tudo ficou silencioso, como nas cenas pós-apocalípticas de filmes de ficção científica, nas quais não há ninguém vivo para produzir um ruído sequer.
Eu não podia respirar, eu não podia me mover, eu sequer podia chorar. Até mesmo as minhas glândulas lacrimais pareciam ter se autodestruído ou pegado fogo ou explodido como fogos de artifício. Pane no sistema, erro 404.
Tudo o que eu fiz foi piscar, completamente incapaz de pronunciar uma palavra.
Eu deveria ter percebido, não deveria? Ele é o meu irmão e eu deveria ter percebido que algo estava muito errado. Eu deveria ter evitado tudo isso, cuidado dele. Deveria ter percebido o quão ferido Caribe estava para tentar se matar.
Voltei a realidade quando o homem estendeu um telefone celular em frente dos meus olhos paralisados. O brilho súbito fez com que pontos pretos dançassem em meu campo de visão.
Estava em choque. O aparelho era de Caribe. Eu sabia pela foto de fundo que reluziu na tela. Eu estava lendo no sofá da sala, naquele dia, e ele assistia à televisão com a Samantha. Quando Caribe bateu a foto dos dois, eu apareci no fundo, confusa e incomodada pelo flash.
O desconhecido sacudiu a cabeça e, mexendo na lista de contatos do meu irmão, encontrou o número da minha mãe. Tomei o telefone de suas mãos.
“Ela não.” Balbuciei, digitando o telefone do meu pai com dificuldade.
Ele atendeu no quarto toque e, diante de sua voz exausta, concluí que eu o havia acordado. Não tenho certeza, mas acho que foi aí que eu comecei a chorar.
“Papai.” Proferi, entre os soluços que estavam por vir. “Eu sinto muito. Eu não queria que isso acontecesse.”
“Allie?” Perguntou, repentinamente desperto. “É você?”
“Desculpe, desculpe, desculpe. Eu não queria que ninguém se machucasse. Que ninguém se machucasse ainda mais… Eu não queria. Desculpa.”
O médico, vendo que o diálogo não daria em nada, tomou o aparelho dos meus dedos trêmulos, e deixei que fizesse isso. Eu ouvia tudo o que ele dizia, imaginando a expressão de meu pai ao ouvir, nas palavras do médico, como Caribe havia tirado um canivete do bolso e o apontado contra o próprio umbigo. Como ele ficou tão frustrado quando alguém tentou impedi-lo que acabou ferindo outra pessoa. Como o médico sugeria que ele fosse internado em um hospital psiquiátrico por pensamentos suicidas e ameaça a vida e bem-estar das pessoas ao seu redor.
“Ele está a caminho.”
Declarou o homem de guarda-pó, desligando o celular e o devolvendo a mim.
Então, fugi. Fugi como uma criança assustada. A verdade é que eu sempre fui excelente em fugir. Aquela não era a primeira vez, e não seria a última.
Praticamente atravessei o ombro de Done ao me esbarrar com o garoto no meio do corredor e disparei para fora da propriedade. Filtrei as palavras do homem e me dirigi ao Hospital Psiquiátrico St. Lawrence. Se eu corresse, poderia chegar lá antes da ambulância.
Corri como a personificação do monstro que eu era: infinita, infinitamente destruidora; infinitamente destruída.
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Eternamente
Cap. 176-Agindo  como irmão e chefe
 Edward Anthony Cullen
   Algumas semanas depois…
   Eu estava terminando de me arrumar, para ir trabalhar, Bella estava cuidando das crianças, por que hoje, depois de muito tempo, iriamos trabalhar juntos.
 Foram semanas difíceis pra nós. Bella se dedicou muito ao seu pai, ele foi seu único paciente e eu tive que lidar com os meus pacientes e os pacientes dela. Também tem as crianças, a gravidez, e não era só a gravidez da Bella que eu tinha que lidar, Alice estava tento problemas, em menos de uma semana, ela teve dois sangramentos, tínhamos muitas preocupações na cabeça.
 Terminei de me arrumar, e fui atrás da Bella, pra saber se ela e as crianças estavam prontas.
 Desci e fui pra sala de estar, onde Bella estava.
 -Precisa de ajuda? –Perguntei.
 -Não, só falta a fralda da Meg. –Ela disse e terminou de trocar a fralda da nossa pequena. –Prontinho. Estamos prontos.
 Olhei pra ela.
 -Tá tudo bem? –Perguntei.
 Ela assentiu.
 -Tá. –Ela respondeu.
 -E por que parece enjoada? –Perguntei.
 Ela respirou fundo.
 -Como sabe? –Ela perguntou.
 -Tá mais pálida que o normal.  E você não engana um médico como eu, Isabella. Eu também te conheço muito bem. –Disse.
 Ela revirou os olhos.
 -Estou um pouco enjoada sim, mas não passa de um enjoo matinal. –Ela disse.
 -E acha que vai conseguir trabalhar? –Perguntei.
 Ela assentiu.
 -Sim, por que logo esse enjoo vai passar. –Ela disse.
 -Olha lá em Bella, se você vomitar no meu carro, eu te deixo no meio da rua. –Disse.
 Ela gargalhou, se levantando e vindo até mim, com a Megan no colo.
 -Ah, eu aposto que você não teria coragem de fazer esse tipo de coisa. –Ela disse e me deu um selinho.
 Sorri.
 -Pior que você tem razão. –Disse, e ri junto com ela. –Vamos logo, por que eu não quero chegar atrasado.
 -Ok. Vamos.
 Peguei as bolsas, e empurrei o carrinho que estava somente o Ethan. Fomos pra garagem, abri a porta e peguei o Ethan, colocando-o em sua cadeirinha, depois peguei a Megan do colo da Bella e coloquei-a em sua cadeirinha. Bella entrou no carro e eu guardei o resto das coisas das crianças e entrei no carro.
 -Edward.
 -Que foi? O enjoo tá piorando? –Perguntei, a olhando.
 -Não, relaxa. –Ela me olhou. –Antes de irmos, quero falar com você sobre outra coisa.
 Assenti.
 -Pode falar, mas não pode ser no caminho?
 -Não, é melhor conversarmos com o carro parado. –Ela disse.
 -Por quê? É tão grave assim? –Perguntei.
 -Bom… olha, eu sei que temos passado por umas coisas recentemente, e você esteve o tempo todo preocupado comigo e você sabe que eu estou ótima, e que não tem que se preocupar comigo. –Ela disse.
 Assenti.
 -Sim, e daí?
 -Sua irmã precisa de mais cuidados do que eu. –Ela disse.
 -Eu sei, Bella. E acredite, estou muito preocupado com a Alice, mas, você sabe como ela é, ela não quer escutar ninguém, e sinceramente eu não quero ficar me estressando com o gênio dela. Vou deixar isso para o marido dela. –Disse.
 -Alice é difícil mesmo, mas, eu não quero que fique sobrecarregado, se preocupando com todo mundo, Edward. Você não é nenhum super herói. –Ela acariciou meu rosto. –Você é um ser humano como outro qualquer, um dos maiores médicos e o meu mentor, meu marido e pai dos meus filhos.
 -E eu jamais deixarei de ser tudo isso. –Sorri. –Bom, só poderei deixar de ser seu mentor, vai que você encontra um médico melhor que eu.
 Ela sorriu.
 -Eu não vou encontrar, por que você é o melhor. Se sou a médica que sou, foi graças a você, e cada passo na minha área profissional que eu der, será por sua causa. –Ela disse.
 Sorri.
 -E eu sou orgulhoso por ter se tornado essa médica maravilhosa. –Disse.
 -Mas, o assunto não é sobre a minha carreira, e sim sobre você. –Ela disse.
 Sorri.
 -Gatinha, relaxa que eu estou bem. Darei um jeito na Alice. Eu ainda sou o patrão dela e posso afastá-la. –Disse.
 -Tá, mas vai com calma, ok? –Ela pediu.
 Assenti.
 -Pode deixar, eu não vou fazer nada antes de conversar com ela. –Disse.
 -E quanto ao Donovan? –Ela perguntou.
 Respirei fundo.
 -Sem notícias. –Respondi.
 Bella acariciou meus cabelos.
 -Nós vamos encontra-lo. –Ela disse.
 Sorri.
 -Eu espero. –Disse.
 -Agora, é melhor irmos. –Bella disse.
 Assenti.
 -Tem razão, vamos logo. –Disse, abrindo o portão da garagem e saindo com o carro.
 Dirigi pra casa dos meus pais, parei o carro atrás do jipe do Emmett.
 -Olha só, pelo visto chegamos praticamente juntos. –Bella disse.
 -É, isso mostra o quanto estamos atrasados. –Disse.
 Bella riu.
 -Ai Edward, não seja dramático, estamos no horário. –Ela disse.
 Comecei a rir.
 -Vamos.
 Saímos do carro e fui até o porta malas, peguei o carrinho e o abri, Bella pegou a Megan e colocou no carrinho, logo em seguida, ela colocou o Ethan, peguei as bolsas e entramos na casa dos meus pais.
 -Olá. –Disse.
 -Oi. –Eles responderam da sala de estar.
 Fomos até a sala de estar e encontramos meus pais, Emmett e Rosalie, que estavam com a Tinie.
 -Bom dia. –Dissemos.
 -Bom dia, meninos. –Minha mãe se aproximou de mim e me deu um beijo na bochecha. –Tudo bem, querido?
 Assenti.
 -Tudo sim, e por aqui?
 -Tudo ótimo. –Ela disse e se virou pra Bella. –Oi, Bella. Como está? –Ela passou a mão na barriga dela.
 -Oi Esme, to sim. Só um pouco enjoada. –Ela respondeu.
 Esme assentiu.
 -Ah querida, espero que melhore. –Ela disse e se virou para o carrinho. –E como estão meus lindos?
 Os dois sorriram pra ela.
 -É, hoje teremos companhia para o trabalho. –Emmett disse.
 -Isso não significa que estão livres para chegarem atrasados. –Disse.
 -Caramba, Edward. Você não abaixa a guarda mesmo. –Rosie disse.
 Sorri.
 -Eu concordo com a sua irmã, abaixa a guarda, filho. –Meu pai disse, se aproximando. –Eu preciso conversar com você.
 Olhei pra Bella.
 Ela assentiu.
 -Vai lá,
 -Ok. –Dei um beijo na bochecha da Bella e fui com o meu pai para o seu escritório.
 -Seja lá o que vai me falar da Alice, eu não posso fazer nada. –Disse, ao passar pela porta.
 -Como sabe que eu vou falar dela? –Ele perguntou, fechando a porta.
 -Eu imaginei. Sei que estão preocupados com ela, mas sabe como ela é. Ela não escuta ninguém, nem o marido dela ela está escutando. –Disse.
 -Você é o chefe dela, Edward. Pode afastá-la. –Meu pai disse.
 -Pai, quando estamos dentro do hospital, esquecemos do parentesco. Lá eu não sou irmão da Alice e da Rosalie e nem marido da Bella, eu sou o chefe, mas, se eu a afastar dela, por que estou preocupado com o bem estar dela como irmão, ela jamais vai me perdoar. –Disse.
 -E nós jamais te perdoaremos se alguma coisa acontecer com ela. –Ele disse.
 Respirei fundo e esfreguei meus dedos na testa.
 -Olha pai, não fale com se não fosse difícil pra mim.
 -Eu sei que não é…  
 -Sabe? Então sabe que eu não tenho só as minhas irmãs, eu tenho uma equipe. Além delas, tenho mais três médicos pra cuidar. Meu sogro está internado no hospital sem memória e é o único paciente da Bella, e eu tive que cuidar dos pacientes dela e dos meus também, juntando os meus pacientes e os pacientes dela, são mais de 50 pacientes. Ainda tem o Donovan andando por ai e podendo machucar alguém, minha família, e agora minha irmã está tendo uma gravidez de risco, então não, você não sabe como está sendo.
 Ele me olhou e assentiu.
 -Ótimo, com quantos filhos eu tenho que me preocupar? –Ele perguntou.
 -Eu vou tentar lidar com a Allie, mas a Rosie está bem.
 -Eu não estou falando da Rosie. Estou falando de você.
 -Eu estou bem. –Disse.
 -Está se sobrecarregando. Já conversou com a Bella sobre isso?
 Assenti.
 -Já, mas eu tranquilizei a Bella, não quero que ela se preocupe com nada. –Disse.
 -Ok. Eu quero que cuide da Alice, mas como irmão, e como chefe, sei que você tem uma equipe inteira para se preocupar, mas, você não pode se prejudicar assim, você é o chefe, e não o super herói. Por que não divide os pacientes com os outros?
 Respirei fundo.
 -Não dá. Especialidades diferentes. Jasper é cirurgião, Emmett pediatra, Rosalie ginecologista, e Alice, eu não vou cansá-la tanto, somente eu tenho a mesma especialidade da Bella, sobrou pra mim. –Disse.
 -E você também se cansa, filho. Entregue alguns pacientes pra outros médicos com a mesma especialidade então.
 -Eu vou ver. –Disse.
 -Quanto a sua saúde, pense então na sua mulher e nos seus filhos, por que vai acabar se matando desse jeito.
 Assenti.
 -Eu vou dar um jeito. –O olhei. –E darei um jeito na Alice também.
 -Irei agradecer. –Ele disse. –Sua mãe e eu só queremos o bem de vocês, dos três. E quanto a Donovan, estou a par de tudo. Ele ainda está foragido, mas, ele vai ser pego.
 Assenti.
 -Ok. Desculpe, pai. Eu vou arrumar tudo isso. –Disse.
 Ele se aproximou de mim.
 -Diga a Bella que está sobrecarregado, não se faça de machão. Ela pode não ter insistido, mas ela sabe como se sente. –Ele disse. –Casamento é assim.
 Sorri.
 -Obrigado pelo conselho. –Disse. –Eu vou conversar com a Alice e tentar convencê-la a ir com calma.
 Assenti.
 -Ok, eu confio em você. –Ele colocou a mão no meu ombro. –Você é o meu garoto, e meu braço direito dessa família.
 Respirei fundo.
 -Bom, é melhor eu ir, temos que trabalhar. –Disse.
 Meu pai assentiu.
 -Ok, vamos lá.
 Saímos do escritório e voltamos pra sala de estar.
 -Cadê a Berta? –Perguntei.
 -Dei o dia de folga pra ela. Ela está com uns parentes da cidade, então, hoje eu cuidarei dos meus netos. –Minha mãe disse.
 -E dará conta? –Perguntei.  
 Ela me olhou.
 -Acha que eu sou o que? Uma velha que não dá conta dos meus três netos?
 Sorri.
 -Não, minha linda. Eu sei que dá conta, Ethan e Tinie são uns amores, mas a Megan está um pouco impossível. –Disse.
 Minha mãe assentiu.
 -Devo te informar que ela não puxou pra Bella. –Minha mãe disse.
 -O que quer dizer com isso? –Perguntei.
 -Sabe muito bem que era terrível, pergunte às suas irmãs, você fez da vida delas um inferno. –Minha mãe disse.
 -Eu não era tão ruim assim. –Disse.
 -Eu acho que a Berta já contou o que andava aprontando. Subindo no telhado. –Meu pai disse.
 -Destruindo as bonecas das suas irmãs, jogou a casa da Barbie da Rosie na piscina. –Minha mãe disse.
 -E ela tentou me afogar na piscina. –Disse.
 -Você mereceu. –Rosie disse.
 -Você quase me matou! –Disse.
 -E você destruiu a minha casa. –Ela disse.
 Comecei a rir.
 -Olha só, lembre-se que a Tinie é filha do Emmett, ela pode ser pior que a Meg. –Disse.
 -Hei, não envolva eu e minha filha nesse lance de irmãos. –Emmett disse.
 -Olha, é só uma fase da Meg, do mesmo jeito que foi uma fase do Edward. –Bella disse.
 -Sim, querida. Claro que é só uma fase, mas, essa fase só vai demorar. Mas, tudo isso é tão saudável. E depois é tão gostoso de lembrar dessa fase. –Minha mãe disse.
 -Bom, é tudo muito bom, mas, temos que ir trabalhar. –Disse.
 -Estava demorando. –Emmett disse.
 -Vamos logo. –Disse e fui até a Megan e o Ethan e dei-lhes um beijo na bochecha. –Tchau, meus amores.
 Bella também se despediu deles.
 -Se comportem os dois. –Bella disse.
 Rosie e Emmett se despediram da Tinie e depois vieram se despedir dos gêmeos, Bella e eu nos despedimos da Tinie.
 -Vamos? –Bella me perguntou.
 -Sim. –Fui até minha mãe e lhe dei um beijo na bochecha. –Tchau, mãe.
 -Tchau, querido.
 Olhei para o meu pai, e dei um olhar dizendo: “Darei um jeito em tudo”, e ele assentiu.
 -Tchau, filho.
 Bella também veio se despedir dos meus pais.
 -Até mais tarde Esme, Carlisle.
 -Até, querida. Se cuide e cuide desse bebê. –Minha mãe disse e passou a mão na barriga dela.
 Bella assentiu.
 -Pode deixar. –Bella disse.
 -Dê lembranças ao seu pai. –Meu pai disse. –E como ele está?
 -Mando as lembranças. Ele está se recuperando aos poucos. –Bella respondeu.
 Meu pai assentiu.
 Emmett e Rosie também se despediram dos meus pais.
 -Vamos lá? –Rosie perguntou.
 -Vamos. Até mais tarde. –Disse.
 -Tenham um bom trabalho.
 Saímos da casa dos meus pais.
 -E ai? Prontos pra mais um dia?  -Emmett perguntou.
 -Sim, e sem desviarem o caminho. –Disse.
 -Pode deixar, Edward. Chegaremos todos juntos. –Rosie disse.
 -Ótimo, então vamos lá. –Disse.
 Emmett e Rosalie entraram no jipe e Bella e eu entramos no meu carro.
 Olhei pra Bella.
 -O enjoo melhorou? –Perguntei.
 Ela assentiu.
 -Sim, estou melhor.
 Sorri.
 -Ótimo.
 Liguei o carro e fomos para o hospital.
 -Como foi a conversa com o seu pai? –Bella perguntou.
 Respirei fundo.
 -Tivemos uma breve discussão. –Disse.
 -Por causa da Alice, não é?
 Assenti.
 -Sim, disse a ele que eu tinha um monte de coisa nas minhas costas. Então, nós conversamos e até que conseguimos nos entender, mas, eu tenho que conversar com a Alice. –Disse.
 Bella assentiu.
 -Se precisar de ajuda, pode contar comigo. –Bella disse.
 Sorri.
 -Eu sei, gatinha. –Disse.
 Ela me deu um beijo na bochecha.
 Chegamos ao hospital e Emmett estacionou na sua vaga e eu na minha, saímos do carro e fomos pra entrada do hospital.
 -Rosalie, sabe se sua irmã já chegou? –Perguntei.
 Rosalie parou e me olhou.
 -Ela também é sua irmã, Edward. –Ela disse. –Eu sei exatamente o que quer falar com ela, e até aprovo. Se quiser, posso ir até te dar uma mãozinha. Ela é nossa irmã mais nova, e temos que fazer isso juntos. E sei que o papai pegou no seu pé, então eu irei te ajudar.
 Sorri.
 -O que eu seria sem a minha irmã que ainda é meu braço direito?
 Ela sorriu.
 -Eu sei que sou ótima. Fui eu quem contratei a sua esposa, se lembra?
 Sorri.
 -Como eu poderia esquecer? Foi a melhor coisa que fez. –Disse e olhei pra Bella.
 Ela revirou os olhos.
 -Vão logo falar com a Alice. Eu vou ver o meu pai. –Bella disse e me deu um selinho. –Tenha um bom dia.
 -Você também. –Disse e a Bella foi na direção do quarto do seu pai.
 -Bom, eu vou acompanhar vocês, por que vou pra minha sala. –Emmett disse.
 -Ok.
 Fomos direto pra sala da Alice,  no meio do caminho, nos despedimos do Emmett e ele entrou na sua sala. Fomos pra sala da Alice e o Jasper estava saindo dela.
 -Jasper. –Rosie o chamou.
 Ele nos olhou.
 -Oi, gente. Bom dia. –Ele disse.
 -Bom dia. –Dissemos.
 -Alice está ocupada? –Perguntei.
 Ele me olhou.
 -Não, podem entrar. –Ele respondeu. –Edward. –O olhei. –Boa sorte.
 Jasper sabia exatamente o que eu queria falar com a minha irmã. Acho que todo mundo sabia o que eu tinha pra falar com a Alice.
 -Valeu.
 Jasper foi pra sua sala e eu entrei na sala da Alice, com a Rosalie logo atrás de mim.
 -Bom dia. Dra. Hale. –Disse.
 Rose fechou a porta atrás dela e Alice nos olhou.
 -Bom dia. É educado bater antes de entrar. –Alice disse.
 -O seu chefe não precisa bater. –Disse.
 Ela riu.
 -Tá lega, Dr. Cullen. –Ela olhou para a Rosalie. –Acho que não estão aqui profissionalmente e sim como meus irmãos.
 -Por que acha isso? –Rosie perguntou.
 -Conheço muito bem vocês dois. –Ela respondeu. –O que foi? Eu não fiz nada.
 Rosie e eu nos sentamos a sua frente.
 -Você fez, Alice. Está se recusando a nos escutar. –Disse.
 Ela respirou fundo.
 -Não acredito que estão me dando um sermão.
 -Você sabe que sua gravidez está em risco, Mary Alice. –Rosie disse.
 -Gente, eu vou ficar bem e meu bebê também.
 -Você é muito cabeça dura, Alice. Até os nossos pais estão preocupados com você, e o papai deixou bem claro, que se acontecer alguma coisa com você e com o bebê, ele não vai me perdoar, Alice.
 -Ai, Edward. Relaxa. O papai só está agindo como o pai preocupado com sua filha mais nova. –Alice disse.
 -Olha, não é coisa de uma pessoa só. Todos estamos preocupados, até o seu marido. –Disse.
 -Acho que estão exagerando. –Ela disse.
 -Qual é o problema de você tirar uma licença, Alice? –Rosie perguntou.
 -Eu não quero ficar em casa a gravidez inteira. Quero trabalhar, e sair da minha sala, direto pra sala de parto. –Ela disse.
 -É o que toda médica quer. A Bella, sentiu as dores no conforto da casa dela, e eu, no casamento do nosso irmãozinho.  –Rosalie disse. –Então, as chances de você levantar dessa cadeira, com líquido amniótico escorrendo pelas suas pernas e ir direto pra sala de parto, são mínimas. –Rosie disse.
 -Valeu, Rosalie. –Alice disse.
 -Por favor, não queremos que você perca o bebê. Queremos que você tem essa experiência maravilhosa, que é ter um filho. Quero que você e a Bella façam o chá de bebê, tirem várias fotos da barriga de vocês, mas, eu preciso que colabore. –Disse.
 -Eu sei que querem o meu bem, mas eu quero estar aqui. –Alice disse.
 -Allie, eu estou aqui, conversando com você como seu irmão. –Disse.
 -E eu agradeço, mas não irei ouvir, nenhum de vocês dois. –Ela disse.
 Respirei fundo.
 -Desculpe, Allie. Mas, como chefe ele pode falar. –Alice me olhou. –Vai, Edward.
 Olhei pra Alice.
 -Se falar com você não adianta, então falarei como chefe. Se eu quiser, faço você tirar sua licença e como seu superior, terá que me obedecer. –Disse.
 Ela me olhou, boquiaberta.
 -Eu não acredito que está fazendo isso comigo, Edward. –Ela disse.
 -Agora sabe como eu me sinto, quando vocês ficam se agarrando pelo hospital, e isso já me causou punições. –Disse.
 Ela assentiu.
 -E vai jogar isso contra mim? –Ela perguntou.
 -Sabe muito bem que eu poderia ter perdido o meu emprego, por que encobri vocês, casais. Sei que se desculparam e eu aceitei as desculpas, mas, agora é a única coisa que eu tenho,  pra usar contra você. –Disse.
 Ela assentiu e abaixou a cabeça.
 -Pense no assunto, Allie. Estamos pensando no seu bem. –Rosie disse.
 Levantei-me e fui até ela. Dei-lhe um beijo no topo da cabeça.
 -Eu sempre farei qualquer coisa para proteger as minhas irmãzinhas. Eu não quero que nada de ruim aconteça com você e meu sobrinho ou sobrinha. –Disse.
 Alice não disse nada.
 Olhei pra Rosalie e fiz sinal para sairmos. Ela se levantou e saímos da sala da Alice.
 Já do lado de fora, respirei fundo.
 -Relaxa, ela vai cair na real. –Rosie disse.
 -Ela vai me odiar. –Disse.
 -Edward, você conhece a Alice. Ela é teimosa. E ela vai cair n real. Espera ela conversar com o Jasper. Jazz tem a mesma opinião que a gente.
 Assenti.
 -Tá legal. Desculpe ter te atrasado. Pode ir agora. –Disse.
 Ela sorriu.
 -Tudo bem, ela é nossa irmã. Eu também quero o bem dela. Também tive uma gravidez difícil, passei muito mal, e os padrinhos da Tinie não estavam aqui quando ela nasceu. –Rosie disse.
 Sorri.
 -Tem um lado bom. Não é toda afilhada que nasce no dia do casamento dos padrinhos. –Disse.
 Ela riu.
 -Tem razão. –Ela disse. –Mas, eu sei como é ficar grávida, as dificuldades e do trabalho que podem nos prejudicar. Na época eu estava tratando a mãe da Bella, foi um momento difícil pra mim, e pra Bella, bom, a mãe dela estava doente, então foi difícil pra ela também. Agora tem a Alice, e não conseguimos convencê-la de largar o trabalho.
 -Só espero que não seja tarde demais, senão os nossos pais jamais nos perdoariam. –Disse.
 -Não vai acontecer nada com ela. Vamos esperar um pouco. –Ela disse e me deu um beijo na bochecha. –Agora vai trabalhar um pouco, pra esquecer tudo isso.
 -Ok.
 -Nos vemos no almoço. –Ela disse.
 -Tchau. –Disse e Rose foi pra sala dela, eu fui em direção da minha sala.
 Cheguei à minha sala e foquei no meu trabalho. Tinha que esquecer esse assunto um pouco.
   Algumas horas depois…
   Eu realmente foquei no meu trabalho, nem havia saído pra almoçar. Pra falar a verdade, o motivo era por que eu estava fugindo da Alice. Não queria enfrentar ela de novo e muito menos ser o chefe dela.
 A porta da minha sala se abriu, me assustando e Bella passou por ela, com algumas sacolas.
 -Oi. –Ela disse, fechando e trancando a porta.
 -Oi. –Disse. –O que faz aqui?
 -Vim almoçar com você. –Ela respondeu.
 -Eu te avisei que não iria almoçar. –Disse.
 -Eu sei é que não queria sair daqui e ir almoçar no refeitório pra não encontrar a Alice, por que a conversa de vocês não foi nada legal. –Bella disse.
 Respirei fundo.
 -Esqueci que garotas conversam. –Disse.
 -Rosie me contou para o seu bem. –Ela disse. –Enfim, já que você não queria pisar no refeitório, eu saí e comprei o nosso almoço. Melhor que a comida do refeitório. –Ela colocou as sacolas em cima da mesa.
 Sorri.
 -É, dá pra sentir pelo cheiro. –Disse.
 -Vamos comer? Estou morrendo de fome e preciso alimentar nosso bebezinho. –Ela disse.
 Assenti.
 -Vamos, também estou com fome. –Disse.
 Arrumamos a minha mesa e nos servimos. Começamos a comer, enquanto conversávamos.
 -Como está o seu pai? –Perguntei.
 -Bem, ainda se recuperando devagar. –Ela respondeu.
 Assenti.
 -Está com muitos pacientes hoje? –Bella perguntou.
 -É, mas não agora, mais tarde. –Respondi.
 Ela assentiu.
 -Quer conversar sobre a Alice?
 Respirei fundo.
 -Olhe, eu juro que eu tentei.
 -Rosie me disse que você a ameaçou.
 -Sim, disse que se ela não aceitar tirar uma licença, eu poderia afastá-la, como o chefe dela. –Disse.
 -Ela provavelmente não gostou. –Bella disse.
 -Bom, eu também joguei na cara dela, o fato de quase terem me feito perder o emprego, por que ficam se agarrando pelo hospital. –Disse.
 -É, foi um bom argumento.  –Bella disse.
 -Prometi ao meu pai que iria tentar convencê-la, mas ela é impossível. –Disse. –Eu não sei mais o que fazer.
 -Deixa o Jasper conversar com ela. Ela provavelmente vai desabafar com ele, sobre a conversa de vocês e Jasper está do seu lado. –Bella disse.
 -Foi o que a Rosie me disse. –A olhei. –Sei que ela vai ficar com raiva de mim por muito tempo ainda.
-Dá um tempo pra ela, Ed. Ela sabe que está fazendo tudo para o bem dela. –Bella disse. –Sei como gravidez é difícil.
 -Sua gravidez foi normal. –Disse.
 -Foi, mas acha que é fácil carregar dois bebês? O cansaço que eu fiquei no final da gravidez, mal conseguia dar dois passos. –Ela disse.
 Sorri.
 -É, eu me lembro. –Disse, rindo.
 -Edward, tá rindo de mim? –Ela perguntou.
 -Não, gatinha. Só estamos recordando os bons tempos. –Disse.
 Ela jogou o guardanapo em mim eu ri.
  -Pelo menos vai ser mais fácil agora. Até onde sabemos, você está esperando um bebê só. –Disse.
 Ela assentiu.
 -É, mas ainda não tem muita diferença, a reta final da gravidez ainda vai ser exaustiva. –Bella disse.
 -Tadinha da minha gatinha. –Disse.
 Ela riu.
 Terminamos de comer e jogamos as embalagens fora.
 Aproximei-me da Bella.
 -Tem mais algum tempo do seu almoço? –Perguntei.
 Ela se virou pra mim.
 -Sim, se o meu chefe permitir. –Ela respondeu.
 Sorri.
 -Eu permito. –Disse.
 Ela riu e passou os braços envolta do meu pescoço e me beijou.
 A olhei.
 -Vamos passar um tempinho aqui. –Disse.
 -Ok. –Bella disse, sorrindo.
 Peguei-a pelas coxas e a deitei no sofá, ficando por cima dela.
 Ela me olhou e sorriu.
 -Eu te amo. –Ela disse.
 Sorri.
 -Eu também te amo, gatinha.  –Disse e voltei a beijá-la.
 Fizemos amor ali mesmo, no sofá. E com ela, eu consegui esquecer tudo de ruim.
   Isabella Marie Swan Cullen
   Uma hora depois…
   Vesti as minhas roupas e olhei para o Edward, que estava sentado no sofá, apenas de calça.
 -Não tem paciente daqui à pouco? –Perguntei.
 Ele assentiu.
 -Sim, eu já estou indo.
 Terminei de me vestir e fui até ele.
 -Está melhor? –Perguntei, sentando-me em seu colo.
 Ele sorriu e passou a mão na minha barriga.
 -Sim, um pouco. Mas, ainda estou preocupado com tudo isso. –Ele disse.
 -Eu sei que está. Olha, chega um período da gravidez, em que a mulher muda, seus pensamentos mudam, é quando ela se torna mãe. E Alice vai passar por isso e mudar de ideia. –Disse.
 Ele assentiu.
 -É o que eu espero, que ela mude de ideia. –Ele respirou fundo. –Estou me sentindo tão cansado, são muitas coisas nas minhas costas.
 -Você tem a mim.  Eu sou sua companheira, Edward. Eu posso te ajudar. –Disse.
 -Eu sei. –Ele sorriu. –Você é uma parceira incrível.
 -Ok, então, você pode dividir seus problemas comigo. Eu sei tudo sobre o Donovan, sei o que está passando com a Alice, então, por que não tira uma folga? Eu ou a Rosie, podemos ficar no seu lugar.
 -Não sei, e o seu pai? –Ele perguntou.
 -Apesar de amar o meu pai, eu não sou a única médica aqui, que pode cuidar dele. Eu posso deixar outro médico cuidando dele para trabalhar um pouco e você descansar.
 -Mas… e sua gravidez? –Ele perguntou.
 -Eu estou ótima, nosso bebê está bem e se eu me sentir mal, irei descansar. –Disse.
 Ele assentiu.
 -Se eu aceitar tirar uma folga, quero que você assuma o comando, com a ajuda da Rosie. –Ele disse.
 Assentiu.
 -Sim, chefe. –Disse.
 -Ok, eu vou ver quando posso tirar uma folga. Pelo menos posso dar uma folga pra Berta também e cuidar das crianças. –Ele disse.
 -De jeito nenhum, Edward. Quando sugeri que tire uma folga, é para ficar sozinho e relaxar, isso não inclui as crianças. –Disse.
 -Bella…
 -Você vai ter um dia calmo, e não com duas crianças, cujo uma delas herdou as suas traquinagens. –Disse.
 -Hei! –Ele se fez de ofendido e depois começou a rir.
 Sorri.
 -É sério. Quero que fique um pouco sozinho e relaxe. Meg e Ethan continuarão bem na casa dos seus pais. –Disse.
 Ele assentiu.
 -Tudo bem. Eu vou pensar no assunto e te aviso. –Ele disse.
 Assenti.
 -Ok.
 -Agora, eu tenho que me vestir e voltar ao trabalho.
 Levantei-me do seu colo e ele se vestiu.
 -Bom, agora eu vou voltar pra minha sala. –Aproximei-me dele e levantei a cabeça para olhá-lo. –Foi um ótimo almoço.
 Ele sorriu.
 -Devíamos fazer isso mais vezes.
 Comecei a rir.
 -Tchau, amor. –Dei-lhe um selinho.
 -Tchau, linda.
 Vesti meu jaleco e fui até a porta, a destranquei e o olhei. Soprei um beijo pra ele e ele sorriu. Abri a porta e saí da sua sala. Fui direto pra minha sala e no meio do caminho, esbarrei na Alice.
 -Oi, Bella. –Ela sorriu.
 Sorri de volta.
 -Oi, Allie. Tudo bem? Te machuquei? –Perguntei.
 Ela negou.
 -Não. E você?
 -Estou bem. –Respondi.
 -Não te vi no almoço.
 -Eu fui almoçar com o Edward. –Disse.
 -Vocês sempre almoçam juntos e eu não vi nenhum dos dois. –Ela me olhou. –Bella, o Edward está fugindo de mim?
 Neguei.
 -Não, Alice. Que ideia. –Disse. –Edward está atendendo meus pacientes e está bem atarefado. Eu tive que chama-lo pra almoçar, e como estava com desejo de comer em um restaurante com comida de verdade, e arrastei pra fora daqui. Por que acha que ele está te evitando? Aconteceu alguma coisa?
 -Você não soube?
 A olhei, fazendo-me de confusa.
 -Soube do que? –Perguntei.
 Ela assentiu.
 -Nada. –Ela sorriu. –Coisa de irmãos.
 -Devo me preocupar?
 Ela negou com a cabeça.
 -Melhor não. –Ela disse.
 -Tá legal. Eu vou dar uma olhada no meu pai. –Sorri pra ela. –Tchau.
 -Tchau, Bella.
 Fui em direção ao quarto do meu pai.
 Foi melhor assim, fingir que eu não sabia de nada, pra Alice não tentar arrancar informações de mim. Assim, as coisas seriam bem melhores.
 Balancei a cabeça, deixando tudo pra trás e fui ver o meu pai, era a melhor coisa que eu fazia por ora.
   No final do dia…
   Eu já estava pronta para ir embora, e só passei no quarto do meu pai para se despedir, ele já estava dormindo, na companhia do Seth.
 -Ele está ótimo. –Disse.
 -Sim, e se recuperando muito bem. -Seth disse. –Graças aos seus cuidados.
 Sorri.
 -Eu jamais deixaria meu pai na mão. –Disse.
 -Você não ajudou-o só como filha, e sim como médica. Você faria isso por qualquer paciente.
 -É, faria mesmo. –Disse. –E como estão as coisas na casa do Swan?
 -Bom, minha mãe divide o tempo dela em deixar a casa em ordem e vir pra cá ficar com o Charlie. Leah continua na casa da família do Jake com ele e o bebê, Nessie está um pouco ocupada com a faculdade, e… ah, Tanya ligou, ela e James querem marcar um jantar com você e o Edward.
 -Ah, eu resolvo isso depois, não estou com tempo. –Disse. –Se conseguir falar com a Leah, diz que eu mandei um beijo e que estou com saudade.
 Ele assentiu.
 -Pode deixar.
 -Eu tenho que ir, qualquer coisa, me liga.
 -Ok.
 Dei um beijo na bochecha do Seth, fui até o meu pai e lhe dei um beijo na testa, saí do quarto e fui até a sala do Edward.
 Bati na porta.
 -Quem é? –Ele perguntou.
 -Sou eu, amor. –Respondi.
 A porta abriu e ele me puxou pra dentro.
 -Que isso, Edward?
 -Está pronta pra ir? –Ele perguntou.
 -Estou. Vim ver se você estava. –Respondi.
 -Estou.
 Edward tirou seu jaleco, guardou, pegou sua maleta e se aproximou de mim.
 -Vamos. –Ele disse e saiu me puxando.
 -Calma, Edward. –Disse.
 Fomos em direção ao estacionamento, paramos em frente ao seu carro, ele o destravou.
 -Entra.
 Entrei no carro, ele entrou logo em seguida.
 -Edward, olhei pra mim. –Ele me olhou. –Parece que está fugindo da policia. É só uma garota de meio metro, Edward.
 -E quem disse que eu estou fugindo da Alice? –Ele perguntou.
 -É de outra pessoa por acaso? Primeiro, você não quis ir almoçar no refeitório, por causa da Alice. Agora, você me arrastou correndo para o seu carro, esquecendo que eu estou grávida.
 Ele respirou fundo.
 -Desculpe, machuquei você? –Ele perguntou.
 Neguei.
 -Não, Ed. Não me machucou. Mas, você não pode viver assim, se não quer enfrenta-la com irmão, então aja como chefe. –Disse.
 -Tá bem, eu vou tentar. –Ele disse.
 -Ok. –Aproximei dele e lhe dei um beijo na bochecha. –Agora vamos, eu quero pegar as crianças logo e descansar. Estou me sentindo cansada hoje.
 -Tudo bem. –Ele pegou minha mão e depositou um beijo. –Já que está cansada, eu faço o jantar.
 Neguei.
 -Não, queria você comigo. Não pode pedir alguma coisa?
 Ele sorriu.
 -Claro, se prefere assim. –Ele ligou o carro. –Vamos pegar as crianças e vamos pra casa descansar.
 Sorri e Edward dirigiu direto pra casa dos seus pais. Eu realmente estava me sentindo cansada e só queria descansar um pouco, pra depois aguentar essas intrigas de irmãos.
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Faltam quatro dias e o personagem de hoje é Donovan Sharkaris, o ex-namorado pé no saco mais querido desse mundo <3
Juro que vocês ainda vão sentir muita vontade de matar esse cara. Done deu em cima da Australia desde que a conheceu e os dois namoraram até ela o pegar com outra, bem no flagra. Admito que ele só está nessa história pra fazer raiva em todo mundo rsrs
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“Mas eu me havia me acostumado com o penteado exagerado do cabelo, com o gosto musical horrível e o literário inexistente, com o cérebro pequeno, com o corpo ridiculamente atraente, com a forma patética com que ignorava meu irmão quando ia em minha casa, com o modo como olhava para os lábios de outras garotas. E, ainda que sua quantidade de qualidades fosse menor que a possibilidade de o garoto se formar este ano, eu acabara gostando dele.”
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Eternamente
Cap. 175-Trabalhando sozinha/ Tentando trazer memória do Charlie de volta
Edward Anthony Cullen
  Eu estava dirigindo em direção a casa dos meus pais, aproveitei o farol vermelho, pra olhar pra Bella, que olhava pela janela, e ela parecia estar em outro mundo.
Estávamos com muitos problemas, o Donovan rodeando e tentando machucar a nossa família, e agora tem toda essa crise na família Swan, e minha querida esposa estava arrasada, pelo que estava acontecendo com o seu pai, mas, como médico, eu sabia que ele ficaria bem.
-Hei. –Acariciei seus cabelos e ela me olhou. –Tudo bem?
Ela assentiu.
-Tudo. –Ela respondeu.
-Gatinha, você é médica. Sabe que vai ficar tudo bem com o seu pai, não precisa ter medo. –Disse.
-Eu não estou pensando como médica, estou pensando como filha. Ai as coisas são diferentes. –Ela disse.
-Então confia na minha palavra de médico. Ele vai se recuperar, vai recuperar a memória e lembrar que tem uma filha maravilhosa. –Disse.
-Ele tem três filhas.
Sorri.
-E pra mim, você é a melhor de todas. –Disse.
 Ela riu.
-Seu bobo. –Ela disse.
Sorri e soprei um beijo pra ela.
-Você tem que se animar. Pelo bem dessa pessoinha. –Disse, acariciando sua barriga.
-Eu sei, e estou me esforçando pra não afetá-lo. –Ela disse.
-Eu vou ficar de olho em você. –Disse.
Ela sorriu e olhou pra frente.
-Sinal verde. –Ela disse.
Olhei para o sinal e vi que ele tinha ficado verde e voltei a dirigir o carro.
Parei o carro em frente a casa dos meus pais, e saímos do carro. Entramos na casa e encontramos a Berta.
-Oi, Berta. –Dissemos.
-Olá, que surpresa, vocês aqui, uma hora dessas. –Berta disse.
-Pois é, longa história. O pai da Bella sofreu um acidente no banheiro, bateu a cabeça e sofreu uma perda de memória.
-Ah, eu sinto muito, Bella. –Berta disse.
Bella sorriu.
-Obrigada, Berta.
-Nós viemos buscar os meninos, pra ver se ele se recorda de alguma coisa. –Disse.
Ela assentiu.
-Ok, tudo bem. Acho que fará muito bem pra ele. –Ela sorriu. –Os meninos são adoráveis.
-Minha mãe está em casa? –Perguntei.
Berta negou.
-Não, ela foi fazer alguns trabalhos. –Ela respondeu.
-Ok, então, se ela chegar, pode contar a ela o que aconteceu?
-Claro, não se preocupe. –Disse.
-Ok, então, levaremos Megan e Ethan, e você ficará somente com a Tinie. –Bella disse.
-Ok, não se preocupem. Espero que dê tudo certo para o seu pai, Bella. –Berta disse.
Bella sorriu.
-Obrigada, Berta. –Bella disse e se aproximou dos meninos, que sorriram ao olharem pra ela. –Oi, meus amores.
-Onde está a Tinie, Berta? –Perguntei.
-Está dormindo lá em cima. –Berta respondeu.
Assenti.
Aproximei-me da Bella e dos nossos filhos.
-Oi, amores. –Disse. –Querem ir ver o vovô?
Eles sorriram.
Olhei pra Bella.
-Vamos? –Perguntei.
Ela assentiu.
-Vamos. –Ela disse e pegou o Ethan.
Peguei a Megan e as bolsas deles.
-Tchau, Berta. –Disse.
-Tchau, Berta. –Edward disse.
-Tchau, meninos. Tchau, crianças.
-Até amanhã, Berta. –Bella disse.
-Até.
Bella e eu saímos da casa dos meus pais e colocamos as crianças no carro, voltamos para o hospital com eles.
-Espero que a presença dos netos, ajude meu pai. –Bella disse.
-Vai ajudar sim. As crianças sempre ajudam. Tenho certeza que ele vai se recordar de tudo, logo. –Disse.
Levamos as crianças direto para o quarto do Charlie, entramos no quarto e o encontramos com a Sue.
-Olá. –Bella disse.
Eles nos olharam.
-Oi.
-Nós trouxemos visitas. –Bella disse e nos aproximamos. –Olhe, papai. Esses são Ethan e Megan, seus netos, meus filhos e do Edward.
Charlie sorriu.
-Eles são lindos, e se parecem tanto com vocês. –Ele disse.
Sorri.
-É, são nossas preciosidades. –Disse. –Duas delas, já que um ainda está crescendo aqui. –Passei a mão na barriga da Bella.
-Isso mesmo. –Bella disse.
-Por que não os pega no colo, Charlie? Você sempre adorou seus netos. –Sue disse.
Ele assentiu.
-É, tudo bem.
Entreguei Megan pra ele e ele sorriu todo bobo pra ela.
-Oi, querida. Você é linda. –Ele disse.
Megan sorriu pra ele.
-Pegue o Ethan também. –Bella disse e arrumou os dois no colo dele.
Charlie estava sem lembrança, mas, o olhar dele, quando estava com as crianças, ainda era o mesmo.
-E ai, querido. O que sente em relação a eles? –Sue perguntou.
Ele sorriu.
-Bom, eu sinto algo muito especial por eles, disso eu tenho certeza. –Ele disse.  
Bella sorriu.
-Isso é bom. –Ela me olhou. –Não é?
Assenti.
-Sim, é. Apesar dele não se lembrar, os sentimentos dele, continuam os mesmos. –Disse.
Bella respirou, aliviada.
-Quantos anos eles têm? –Charlie perguntou.
-Um ano. –Bella respondeu.
Ele sorriu.
-É, eles já tem tempo suficiente, pra você ter engravidado de novo. –Ele disse.
Bella sorriu.
-É, já estava na hora. –Ela disse.
Ele sorriu e olhou pra Bella.
-Me desculpe não me lembrar de nada, eu estou tentando. –Ele disse.
Bella sorriu.
-Tá tudo bem, papai. Não force a barra, temos todo o tempo do mundo pra você se lembrar de nós. Iremos esperar a hora certa. –Bella disse.
-Mesmo? Não está brava comigo?
Bella negou.
-Claro que não, está tudo bem. –Bella disse.
Ele sorriu.
-Obrigado. Você é adorável.
Bella sorriu.
-Você também é muito adorável. –Bella disse.
-Vamos ficar por aqui um pouco. Fazer um pouco de companhia. –Disse.
Bella concordou.
Ficamos ali sentados, conversando com o Charlie e falando mais sobre a Megan e o Ethan, e também sobre a gravidez da Bella.
***
 Já estava ficando tarde, passamos muito tempo com o Charlie, estávamos todos cansados. Estávamos voltando pra casa, as crianças estavam dormindo no banco de trás, Bella também dormia ao meu lado.
O dia tinha sido longo, Charlie ainda não demonstrou se lembrar de nada, mas, pelo menos ficar com os netos, fez um bem danado pra ela. Agora, todos iriamos descansar, e amanhã veremos como ele está.
Chegamos em casa e abri o portão da garagem, entrei com o carro, fechei o portão e saí do carro, abri a porta traseira e peguei o Ethan, entrei em casa com ele e subi para o quarto, entrei no quarto dele e da Megan e o coloquei no berço, dei-lhe um beijo na testa e saí do quarto, desci e voltei pra garagem, peguei a Megan e subi com ela para o quarto, coloquei-a no berço e lhe dei um beijo na testa.
-Durmam bem, meus amores. –Disse, liguei a babá eletrônica e saí do quarto.
Desci e voltei pra garagem, para buscar a Bella. Ela ainda dormia, peguei-a no colo e a levei para o nosso quarto, deitei-a em nossa cama, tirei seus sapatos e a cobri com o cobertor, dei-lhe um beijo na testa e fui até o banheiro. Tirei minha roupa e tomei um banho rápido. Depois do banho, vesti apenas uma samba canção e fui pra cama, deitei-me ao lado da Bella e a abracei, logo, adormeci ao seu lado.
  Isabella Marie Swan Cullen
   No dia seguinte…
  Acordei e espreguicei-me. Olhei no relógio e já era tarde, eu havia dormido demais. Sentei-me na cama e reparei que estava com a mesma roupa de ontem. Lembrei-me de sair do hospital, mas não lembre de ter vindo pra cama, Edward com certeza me trouxe para o quarto.
Olhei para o lado e Edward estava dormindo, como um anjinho.
Dei-lhe um beijo na bochecha e me levantei. Fui para o banheiro, tirei minha roupa e tomei um banho, arrumei-me e saí do quarto, desci e rfui preparar o café. Simba estava dormindo no tapete da sala e tentei não fazer barulho, para não acordá-lo. Fui até a cozinha e preparei o café da manhã.
Depois de preparar o café, sentei-me a mesa e comecei a tomar café, quando terminei, subi para avisar o Edward, que estava indo trabalhar.
Entrei no quarto e ele ainda estava dormindo, quando eu ia chama-lo, a babá eletrônica começou a tocar, dei meia volta, deixando o Edward dormindo e fui acudir meus pequenos.
Entrei no quarto e apenas Megan estava acordada, Ethan ainda estava em sono profundo, igual ao pai.
Peguei Megan no colo.
-Bom dia, minha princesa. –Disse.
Ela sorriu pra mim.
-Vamos mamar, depois você vai ficar com o papai, para o seu irmão dormir e a mamãe ir trabalhar. –Disse.
Sentei-me na poltrona com ela no colo e dei mamar pra ela. Depois de Megan mamar, saí de seu quarto com ela e voltei para o meu, onde Edward estava dormindo.
Coloquei Megan na cama, ao lado do Edward e coloquei uns travesseiros envolta dela, pra ela não cair, peguei o celular do Edward e coloquei os desenhos dela, pra ela assistir.
Saí do quarto e desci, fui até a cozinha e tirei leite para encher algumas mamadeiras, deixei na geladeira e voltei para o segundo andar, entrei no quarto e Megan estava concentrada em seu desenho, fui até o Edward e sentei-me na beirada da cama, acariciei seus cabelos.
-Amor, acorde, querido.
-Hum. –Ele abriu os olhos e me olhou. –Bom dia, amor.
-Bom dia. –Disse. –Eu estou indo trabalhar, você vai ficar em casa?
-Vou, estou cansado. –Ele disse.
-Tudo bem, Megan está ai ao seu lado, assistindo um desenho no seu celular.
Ele olhou para o lado e acariciou as costas da Megan.
-Bom dia, filha.
Megan não deu atenção, ela continuou assistindo seu desenho.
-Eu já dei mamar pra ela. Ethan ainda está dormindo, mas, deixei a mamadeira dele, dentro da geladeira. –Disse.
Ele assentiu.
-Está bem. –Ele disse.
-Eu tenho que ir. Aparece por lá depois? –Perguntei.
-Claro, mais tarde irei pra lá. –Ele disse.
-Tá bom. –Disse e lhe dei um selinho. –Tchau, te amo.
-Tchau, também te amo. –Ele disse.
Fui até a Megan e lhe dei um beijo na bochecha.
-Tchau, minha linda. –Disse e saí do quarto.
Fui até o quarto dos gêmeos e Ethan ainda dormia. Com certeza tinha puxado isso do pai. Dei-lhe um beijo na testa.
-Tchau, meu amor.
Saí do quarto dos gêmeos e desci, fui para a garagem e entrei no carro. Abri o portão da garagem, liguei o carro e saí da garagem, fechei o portão e dirigi direto para o hospital.
 Cheguei ao hospital e fui direto para o quarto do meu pai, entrei no quarto e encontrei a Nessie com ele.
-Bom dia, Nessie. –Disse.
-Bom dia, Bella. –Ela disse.
-Onde está a Sue? –Perguntei.
-Foi pra casa descansar, ela estava exausta. Eu acabei de chegar. –Ela respondeu.
Assenti.
-Sabe se ele dormiu bem? –Perguntei, aproximando-me dele e acariciando seus cabelos.
-Eu perguntei pra Sue, ela disse que sim, ele dormiu a noite inteira. –Ela respondeu.
-Ótimo, isso é muito bom. –Disse. –Quando ele acordar, eu o examino melhor. Você ficará aqui o dia inteiro?
-Não, trocaremos de tudo na parte da tarde, Leah virá assumir, depois o Seth, a Vic e depois Sue volta.
Assenti.
-É, pessoa que não falta. Se precisarem de mim…
-De jeito nenhum. Você precisa se cuidar, deixa o papai com a gente, ele não gostaria de te estressar, estando na situação que você está. –Ela disse.
-Eu estou bem, tive uma ótima noite de sono. –Disse.
-Mesmo assim, acho que é bom evitar ao máximo. –Nessie disse.
-Eu estou bem. –Disse.
-Bella. –Nessie chamou minha atenção.
Lembro-me desse tom de voz da minha mãe, nas poucas vezes em que ela era autoritária comigo.
Respirei fundo.
-Tudo bem, Renesmee. Já que ele está dormindo, eu vou trabalhar. Tenho pacientes pra ver. –Disse. –E não precisa me dizer como eu devo me cuidar, eu sou a médica aqui.
Nessie riu.
-Está bem, Dra. Swan…
-Dra. Cullen, se esqueceu? Eu sou casada. –Disse, mostrando minha aliança.
Nessie gargalhou.
-Tudo bem, erro meu, Dra. Cullen, perdoe-me. –Ela disse.
Sorri.
-Está perdoada. –Disse e lhe dei um beijo na bochecha. –Volto mais tarde.
-Esta bem. Até mais tarde. –Nessie disse.
Fui até me pai, dei-lhe um beijo na testa e saí do quarto.
Encontrei Jasper, Alice, Rosalie e Emmett nos corredores.
Aproximei-me e eles estavam conversando.
-Posso saber o motivo da reunião? –Perguntei.
Eles me olharam.
-Bom dia, Bella. –Jasper disse.
-Bom dia.
-Você está ficando cada vez mais parecida com o Edward, é a convivência? –Emmett disse.
Sorri pra ele.
-Como está o seu pai? –Alice perguntou.
Respirei fundo.
-Ainda não se lembra de nada, mas, a visita dos gêmeos fez muito bem pra eles. Ele ainda está dormindo, está com a Nessie. Sue foi pra casa descansar um pouco. –Respondi.
-Eu tenho certeza de que ele vai se recuperar logo. -Rosie disse.
Assenti.
-Tomara. –Disse.
-E como você está, Bella? Está se cuidando? –Alice perguntou.
Assenti.
-Sim, eu estou. –Respondi. –E você?
Ela sorriu.
-Estou muito bem, tirando os enjoos matinais. –Alice disse.
-Eu não ando tendo muitos. Mas, relaxa que isso vai passar. –Disse.
Alice sorriu.
-É, eu sei. –Alice disse.
-Bom, que tal deixarmos de papo e vamos trabalhar? Todos aqui temos família pra sustentar e pacientes pra atender. –Disse.
-Sim, senhora. –Emmett disse.
-Nos vemos no almoço? –Rosie perguntou.
-Sim. –Respondi.
Cada um foi pra sua sala. Eu fui direto pra sala do Edward, sentei-me em sua cadeira e respirei fundo.
-Tudo bem, vamos começar.
Comecei a trabalhar, tentando ocupar minha cabeça, para não me preocupar tanto com o meu pai, eu tinha que pensar no bebê que eu estava carregando, não era justo ele ter que pagar, por eu ser uma mãe descuidada.
  Horas depois…
  Eu já estava faminta e louca por um bife bem passado do refeitório, por isso eu tinha que ir logo almoçar.
Levantei-me da cadeira e saí da sala.
-Jane, estou indo almoçar. –Disse.
-Ok, doutora. Bom almoço. –Ela disse.
-Obrigada.
Fui direto para o refeitório, escolhi meu almoço e com certeza o bife que eu estava desejando e fui me sentar para comer.
-Bella. –Escutei Alice me chamando.
Estava todo o grupo estavam sentados a mesa de sempre, aproximei-me e sentei-me com eles.
-Nossa. É muita comida pra uma pessoa tão pequena feito você. –Emmett disse.
-Se esqueceu que eu estou comendo por dois? Estou faminta. –Disse, começando a comer.
-Emm, pare de implicar. –Allie me defendeu.
-Diz isso por que também está comendo feito um dragão. –Emmett disse.
Alice mostrou o dedo do meio pra ele.
-Olha a educação. É assim que vai educar seu filho? –Emmett perguntou.
-Emmett, pare de perturbar. Como as suas pacientes e a sua filha te aguenta? –Alice perguntou.
-Eu sou fofo como um urso. –Emmett disse.
-Hum, meu ursão. –Rose disse e deu um selinho no marido.
-Ai, eu mereço. –Alice disse, revirando os olhos.
-Será que a gente pode ter um almoço tranquilo? Vocês parecem crianças. –Jasper disse.
-Crianças se comportam melhor. –Disse.
-Diz isso pela sua filha? Megan não está terrível? –Emmett perguntou.
-Está, mas eu a amo do mesmo jeito. Assim como você ama a Valentina. –Disse.
-Claro, ela é minha ursinha fofinha. –Emmett disse.
Começamos a rir.
-E o Edward? Está em casa?
Assenti.
-Sim, disse que viria mais tarde. –Respondi.
-E o seu pai? –Rosie perguntou.
-Eu só passei de manhã pelo quarto dele. Ele estava dormindo, voltarei lá depois do almoço, pra ver como ele está. –Respondi.
-Eu tenho certeza que ele irá se recuperar rápido. –Jasper disse.
-É, vendo que você é forte, você tem a quem puxar. –Emmett disse.
-Não fica preocupada, Bella. Vai dar tudo certo. –Rosie disse.
Assenti.
-É, eu sei. –Disse. –Também não posso baixar a guarda. O que aconteceu com o meu pai foi muito grave, mas, eu tenho que ter esperanças.
-E saiba que mandaremos nosso apoio total. –Jasper disse.
Sorri.
-Obrigada, gente. Eu não tenho o meu marido aqui para me dar apoio, mas, pelo menos eu tenho vocês. –Disse.
-Claro que tem, jamais te deixaríamos sozinha. –Rosie disse.
-Ainda mais por que isso pode contar o nosso emprego. –Emmett sorriu. –Mas, também fazemos isso, por que te amamos, Bella.
Sorri.
-Adoro a sua sinceridade, Emm. –Disse.
Ele riu.
-Obrigado. –Emmett agradeceu.
Nós continuamos comendo e conversando. Ao terminarmos o almoço. Rosie insistiu para examinar Alice e eu. Nos despedimos dos meninos e fomos pra sala da Rosie.
-Eu só quero checar se os meus sobrinhos estão bem. –Rosie disse, ao entrarmos na sala dela.
-Eu não estou reclamando. –Disse.
-Eu também não. Adoro as consultas para saber do meu bebê. –Alice disse.
-Tá legal, quem vai primeiro? –Rosie perguntou.
-Pode ir, Alice. Eu vou tentar falar com o Edward e saber se as crianças estão bem. –Disse.
 -Ok. –Alice disse e foi se trocar para ser examinada.
  Sentei-me na cadeira em frente a mesa da Rosie, e mandei uma mensagem para o Edward.
De: Bella
Para: Edward
Oi, amor. Tudo bem?
Como você e as crianças estão?
Eles estão com você ou os deixou na casa dos seus pais?
                           B.C
Enviei a mensagem e esperei pela resposta, enquanto Rosalie, estava examinando a Alice.
Meu celular apitou, era a resposta do Edward.
De: Edward
Para: Bella
Oi, amor. Estou bem.
Os meninos estão bem.
Estou levando eles pra casa dos meus pais, pra poder ir para ai.
Você está se cuidando? Já almoçou?
                                E.C
Respondi.
De: Bella
Para: Edward
Acabei de almoçar e estou me cuidando muito bem.
Estou em uma consulta junto com a Alice, com a Rosie.
Allie está sendo examinada agora.
                            B.C
Edward respondeu.
De: Edward
Para: Bella
Que bom que a Rosie está cuidando de você, de vocês duas.
                                        E.C
Respondi.
De: Bella
Para: Edward
É, você a treinou muito bem.
              B.C
Edward respondeu.
De: Edward
Para: Bella
É, eu sei.
Bom, eu preciso dirigir.
Te vejo daqui à pouco.
Beijos, te amo.
         E.C
Respondi.
De: Bella
Para: Edward
Tá bom.
Beijos, também te amo.
               B.C
Guardei meu celular e prestei atenção no exame da Alice.
-Você está ótima, Alice. Tudo ok com você. –Rosie disse.
-Tem certeza? –Alice perguntou.
-Sim, Alice. Eu tenho. Também sou médica. –Rosie disse.
-Eu sou obstetra, eu conheço o assunto. –Alice disse.
-Eu sou ginecologista, também entendo do assunto e fiz a mesma faculdade que você. Eu sei o que estou dizendo, você está bem. –Rosalie disse.
Revirei os olhos.
Essas duas.
-Quer ouvir o coração? –Rosie perguntou.
-Claro que eu quero. –Allie respondeu.
-Bella, venha ouvir também. –Rosie me chamou.
Levantei e me aproximei.
Rosie colocou a máquina e escutamos o coraçãozinho dele.
-Hum, coração forte. –Disse.
-Concordo. –Rosie disse.
-Ai, meu Deus. –Alice estava emocionada, como sempre.
-Por que está chorando, Allie? Não é a primeira vez que escuta um coração de bebê. Esse é o seu trabalho. –Rosie caçoou da irmã.
-Eu faço isso todo dia, mas, esse é o meu bebê, o coração do meu bebê. Fui eu que fiz. –Alice disse.
Rosie riu.
-Deixe-a, Rosie. É mãe de primeira viagem, já passamos por isso. –Disse.
Rosie assentiu.
-É, tem razão.
-Garanto que escutar dois coraçãozinhos batendo juntos, é uma explosão de emoções. –Disse.
-Eu prefiro ter um por vez. –Rosie disse.
-Eu também. –Alice disse.
-Olha, eu não pedi pra ter gêmeos, aconteceu. E sou muito feliz com o meu casalzinho lindo. –Disse.
Elas riram.
-Como está o coração dele, Rosie? –Alice perguntou.
-Ótimo. Muito saudável. E você também está, meus parabéns, Dra. Hale. –Rosie disse.
-Obrigada, Dra. McCarty. –Alice agradeceu.
-Agora, vá se vestir, pra eu examinar a Dra. Cullen. –Rosalie disse.
Alice riu.
-Ok.
Alice se levantou da maca e foi se vestir. Rosie me olhou.
-Sente-se bem? –Ela perguntou.
Assenti.
-Sim, estava falando com o Edward. Queria saber como estão meus garotos. –Disse.
-E eles estão bem? –Rose perguntou.
-Sim, ele está os levando para a casa dos seus pais e depois ele virá pra cá. –Respondi.
Rosie assentiu.
-Fico feliz. Acho que com ele aqui, você fica mais tranquila, você está muito tensa. –Rosie disse.
-Eu estou bem. –Disse.
-Ficarei mais tranquila, quando eu ver como está o meu sobrinho ou sobrinha. –Rosie disse.
Sorri.
Alice voltou, já vestida.
-Ok, Bella. Pode se trocar. –Rosie disse.
Fui me trocar, colocando a camisola de hospital, depois, deitei na maca e Rosalie passou o gel na minha barriga.
-Como anda se sentindo? –Allie perguntou.
-Apesar de tudo isso ter acontecido, eu me sinto bem. –Disse.
-Eu vou medir a sua pressão. –Allie disse.
-Ok.
Alice mediu minha pressão, enquanto a Rosalie fazia meu ultrassom.
-Sua pressão está muito boa. –Alice disse.
-Que ótimo. –Disse. –E o meu bebê?
-Rosie?
-Ele está ótimo. –Rosalie disse.
-Deixa eu ver. –Alice quase empurrou a irmã para ver.
Rosalie a olhou.
-Mary Alice.
-O que? –Alice perguntou, fazendo-se de inocente.
-Eu que sou a médica aqui, e a Bella é a minha paciente. –Rosalie disse.
-Eu não estou vendo como médica, e sim como tia do bebê. –Alice disse.
-Sei. –Rosalie disse, desconfiando da própria irmã.
Ai, essas duas.
-Tá legal, dá para as duas pararem e me dizerem como está o meu bebê? –Disse.
Rosalie continuou o ultrassom.
-Está tudo ótimo, Bella. Vamos ouvir o coração?
Assenti.
Rosie colocou o coração do meu bebê pra eu escutar.
Era maravilhoso, parecia música para os meus ouvidos.
-Perfeito. –Disse.
-Concordo. –Rosie disse. –Ele está bem saudável, assim como você, os dois estão ótimos.
-Sabemos que você está passando por muita coisa, Bella. Mas, faça um esforço para se cuidar. –Allie pediu.
-Claro que eu farei, não prejudicarei a vida do meu bebê. –Disse.
-Ótimo. –Alice disse.
-E então, Doutoras? Estou liberada? –Perguntei.
-Claro, Dra. Cullen. As duas estão. –Rosie respondeu.
-Ótimo. –Disse e me levantei da maca.
Fui me trocar, e ao voltar, Rosie entregou uma receita pra mim e outra pra Allie.
-Não se esqueçam das vitaminas. –Rosie disse.
-Pode deixar. –Dissemos.
O bipe da Alice começou a apitar.
-Eu tenho que ir trabalhar. Nos vemos mais tarde? –Alice disse.
-Sim. –Concordamos.
-Tchau. –Alice saiu da sala da Rosie.
-Bom, é melhor voltarmos ao trabalho. Edward daqui à pouco estará ai e ele vai querer ver se as coisas estão em ordem. –Disse.
-Vou só falar com o Emm e já volto para o trabalho. –Rosalie disse.
Assenti.
-Tudo bem, até mais. –Disse.
-Tchau.
Saí da sala da Rosalie e fui direto para o quarto do meu pai.
Entrei no quarto e encontrei a Nessie, junto com o Seth.
-Oi, meninos. –Disse.
-Oi, Bella. –Eles disseram.
Meu pai estava folheando um álbum.
Aproximei-me dele e lhe dei um beijo na bochecha.
-Oi, papai. –Disse.
Ele me deu um olhar rápido e sorriu.
-Oi. –Ele disse e voltou sua atenção para o álbum.
-O que está vendo? –Perguntei.
-Seu álbum de recém nascida. –Seth respondeu. –Era da sua mãe, ela entregou para seu pai, antes de morrer.
Sorri.
-Espero que esteja gostando do álbum. Se bem que eu prefiro como estou hoje. –Disse.
Ele me olhou.
-Eu não acho. Você era bonita e continua assim. –Ele disse.
Sorri.
-Obrigada pelo elogio. –Agradeci. –Consegue ter alguma recordação?
Ele negou.
-Não, infelizmente não. –Ele respondeu. –Espera…
-Lembrou-se de algo, papai? –Nessie perguntou.
-Essa mulher. –Ele apontou para a foto. –Ela não me é estranha.
Nessie e eu nos entreolhamos e depois olhamos pra ele.
-É a nossa mãe. –Respondi.
Ele nos olhou.
-Sério? –Ele perguntou.
-Sim, papai. Essa é a Renée, sua ex esposa e nossa mãe. –Nessie respondeu.
-Por que nos separamos? –Ele perguntou.
-Ela te trocou pelo pai da minha melhor amiga. –Respondi.
-A enfermeira ruiva?
-Isso mesmo, o pai da enfermeira ruiva, que se tornou sua filha adotiva. –Disse.
-E… o que aconteceu depois do divorcio? –Meu pai perguntou.
-Minha mãe e seu atual marido, Phil, foram embora para Miami, junto comigo e com a Victória. Você acabou refazendo sua vida com a Sue, e você a ama muito. –Disse.
-E o que aconteceu com a sua mãe?
-Bom. A convivência não foi fácil, Victória nunca aceitou seu pai ter deixado sua mãe, e apesar de morarmos na mesma casa, nós não éramos mais amigas. E crescemos assim. Eu tive um namorado, o nome dele era James, ele me traiu, de depois do término, eu acabei vindo terminar minha faculdade aqui, deixando minha mãe e todos em Miami.
-Então, você veio morar comigo? –Ele perguntou.
Assenti.
-Sim, eu fui morar com você. Morei um tempo com você, mas a conivência com a Leah não era nada boa, tudo por que seu atual marido, o Jacob, tinha namorado comigo e ele me largou para ficar com ela. Nós acabamos brigando e fui morar com o Edward. –Sorri. –Eu fui muito feliz morando com ele, até que engravidei e nos casamos, depois, tivemos Megan e Ethan. –Expliquei.
-Mas… você se entendeu com a Leah? –Meu pai perguntou.
Assenti.
-Sim, nós acabamos nos entendendo e hoje nos damos muito bem. –Respondi.
-E como você conheceu o seu marido? –Meu pai perguntou.
Sorri.
-Aqui mesmo no hospital. –Respondi. –Eu estava fazendo faculdade e consegui um estágio aqui, Edward era o meu chefe, quer dizer, ele ainda é, isso não mudou, só que hoje em dia, eu sou seu braço direito. –Disse. –Edward foi muito importante na minha vida, ele me ajudou a ser uma médica, até eu concluir minha faculdade e hoje sou o que sou. Não tenho nenhum privilégio por ser sua esposa, ele me dá o mérito próprio e me deixa crescer com as próprias pernas.
Meu pai sorriu.
-Isso é muito bom. –Ele disse. –Há quanto tempo estão juntos?
-Casados, quase um ano, juntos mesmo, um ano e meio. –Disse.
-É, vocês se casaram bem rápido. –Ele disse.
-Isso por que ele me engravidou. –Eles riram. –Estou brincando. Quando o amor é verdadeiro, não precisa de tempo para se unir.
Ele sorriu.
-É, eu vi vocês juntos. Vocês parecem uma pessoa só, se dão muito bem. –Ele disse.
Sorri.
-Não é a toa que temo um casamento maravilhoso. –Disse.
-E quanto a Victória? Como fizeram as pazes? –Meu pai perguntou.
-Vic estava namorando meu ex namorado, o James. Ele o traiu com a minha mãe, ela descobriu e fugiu de casa, ela pegou o primeiro voo e veio me procurar, ela queria um lugar pra ficar, uma nova vida. Então, você a deixou morar com a gente. Nós duas voltamos a nos falar e ela refez a vida dela todinha, virou uma ótima enfermeira, conheceu o Dean, que é seu motorista, foi assim que eles se conheceram. Você acabou adotando-a, estava movimentando os papéis, para inserir nosso sobrenome no nome dela.
Meu pai sorriu.
-Eu devia realmente gostar dela. –Ele disse.
Sorri.
-Sim, você gostava muito dela. –Disse.
-E quanto ao pai dela e sua mãe? –Ele perguntou.
Respirei fundo.
-Minha mãe e Phil vieram pra cá, por que minha mãe queria uma consulta, ela não estava se sentindo muito bem e eu e minha cunhada, Rosalie, a atendemos, descobrimos que ela estava com câncer de mama e já estava em estado avançado. Com o passar do tempo, Phil não quis cuidar e nem ficar ao seu lado, então ele a deixou.
-Mais que canalha! Como ele pôde deixar uma pessoa que estava doente e que precisava dele? –Ele perguntou.
-Concordo. Phil foi um verdadeiro monstro. –Disse.
-O que aconteceu com a sua mãe?
-Eu cuidei dela. Todos os dias da sua doença. Ela pediu perdão pra Victória, que a perdoou e também ajudou a cuidar dela. Nessa época, eu fiquei grávida, foi uma fase difícil da minha vida, e minha mãe só esperou eles nascerem, para partir. –Disse, tentando me controlar para não chorar.
-Eu sinto muito. –Meu pai disse.
Sorri.
-Tudo bem, papai. –Disse e o olhei. –Um pouco antes de partir, ela revelou sobre a Nessie.
Meu pai olhou pra ela, depois pra mim.
-Como assim? Não a criamos? –Ele perguntou.
Neguei.
-Não. –Respondi. –Quando minha mãe foi embora com o Phil, ela descobriu que estava grávida. Phil alegou que não era dele, por que ele dizia que tinha feito vasectomia, mas, depois descobrimos que era mentira, mas, isso não impediu nada, por sorte, ele não havia engravidado a minha mãe, e sim você. Phil obrigou minha mãe a se livrar da Nessie, ela a teve e entregou pra adoção. Eu nunca soube dessa gravidez, ela escondeu muito bem, por que nem eu e nem Victória desconfiamos.
-Então, conheço minha filha há pouco tempo?
Assenti.
-É, sim. Minha mãe queria conhece-la antes de partir e você também queria conhece-la, então Edward e eu fomos atrás, a encontramos, em uma ótima família, e ela aceitou vir com a gente e conhecer sua família biológica. –Disse.
-E jamais me arrependi. –Nessie disse. –É uma família de ouro.
Sorri.
-E somos muito felizes.  –Disse.
-Eu consigo ver isso. Sinto-me em casa perto de vocês. –Ele disse. –Ela sofreu? Quando morreu?
Nessie e eu nos entreolhamos.
-Ela foi em paz. Ela cometeu muitos erros e se arrependeu de todos eles. Ela afastou as duas filhas, não foi uma madrasta boa, e olha só quem ficou com ela até o fim? As duas filhas e a enteada que ela tratou mal. –Disse. –Eu tive muitos motivos para odiá-la, mas como filha e como médica, eu estive ao lado dela até o fim. Mas, ainda não consegui superar. –Disse, com lágrimas nos olhos.
-Hei. –Nessie se aproximou de mim e me abraçou de lado. –Não precisa ficar assim, seja lá onde ela esteja, ela está feliz por todos nós e por esse bebê que está por vir. –Ela passou a mão na minha barriga. –Então, não fique assim, pelo bem dele.
Sorri e respirei fundo.
-Eu vou ficar. –Disse.
-Bom, eu não quero ver ninguém triste. –Meu pai disse.
-Ninguém aqui está triste. –Disse.
Nessie e eu o abraçamos.
-Queremos que fique bem. –Nessie disse.
-Eu vou ficar, eu prometo. –Ele disse.
-Tá legal, gente. Vamos cortar esse clima triste? Bella, acho que você tem que voltar ao trabalho. –Seth disse.
Assenti.
-Tem razão. E Edward daqui à pouco estará ai, e se ele não me vir trabalhando, vai surtar. Ele ainda é meu chefe. –Fui até o meu pai e lhe dei um beijo na bochecha. –Volto mais tarde.
Ele assentiu.
-Bom trabalho. –Ele disse.
-Obrigada. –Agradeci. –Tchau Nessie, Seth.
-Tchau. –Eles disseram.
-Se cuide. –Nessie disse.
-Pode deixar. –Disse e saí do quarto do meu pai.
Fui direto pra minha sala, eu tinha que voltar ao trabalho logo. Entrei na minha sala e assim que fechei a porta, fui agarrada, fazendo-me dar um pulo de susto.
Senti os braços do Edward.
-Edward!
Ele me soltou.
-Calminha, gatinha. –Ele disse.
Virei-me pra ele.
-Não faz isso. Quer matar eu e nosso bebê? –Perguntei.
-Claro que não, querida. –Ele disse, se ajoelhando e beijando minha barriga, depois ele se levantou e me olhou. –Você demorou.
-Desculpe. Eu estava com o meu pai. –Disse.
-E como ele está? –Edward perguntou.
-Está bem. Não teve nenhuma recordação, mas, Seth trouxe um álbum de fotos.
-Isso é bom.
Sorri.
-É, o álbum com fotos minhas. Minha mãe deixou com meu pai, antes de morrer. Tem muitas fotos minhas ali. –Disse.
-Fotos podem despertar a memória dele. -Edward disse.
-É, ele fez muitas perguntas. Sobre minha mãe, Phil, por que eles se separaram, como ela morreu. –Disse.
-Falar bastante sobre tudo o que aconteceu e todos os momentos que ele viveu, também pode ajudar e muito. –Edward disse.
-Eu sei, espero que tudo isso ajude. –Disse.
-Olha, eu sei que é errado também, por que ele é seu pai, mas, isso pode te ajudar e muito na sua tese, você pode ajuda-lo bastante. –Edward disse.
-Eu não quero usar o meu pai de cobaia. –Disse.
-Eu sei, mas, acho que um pode ajudar o outro. Você mais do que ninguém sabe que pode ser a única a ajuda-lo e trata-lo. –Ele disse.
O olhei e sorri.
-Que foi? –Ele perguntou.
-Me surpreende a confiança que tem em mim e toda a aposta que coloca em mim. –Disse.
Ele sorriu.
-Você começou sua carreira comigo. Claro que eu vou confiar em você. –Ele disse.
Sorri.
-E eu te amo por isso. Por confiar na minha capacidade. –Disse.
-Você tem uma capacidade incrível. –Ele disse.
-Eu sei. E agradeço por isso. Você é incrível. –Disse.
-Você que é incrível. –Ele disse.
Aproximei-me dele, passei os braços envolta do seu pescoço e o beijei.
Edward me segurou pela cintura, me apertando, até que ele me sentou na minha mesa.
-Edward…
Ele parou o beijo e me olhou.
-Você me deixou na mão ontem. Dormiu no carro e eu te levei para o quarto, depois levei Ethan e Megan. –Ele disse.
Sorri.
-Ah, então eu fui uma esposa ruim por ter ficado cansada? –Perguntei.
Ele riu.
-Um pouco. –Ele disse.
Comecei a rir.
-Ah chefinho, você não tinha uma regra sobre transar em local de trabalho? –Perguntei.
Ele sorriu.
-Bom, se toda a minha equipe quebra as regras, por que eu não posso quebrar?
Comecei a rir.
-Sendo assim. –Dei-lhe um selinho. –Tranque a porta pra mim.
Edward se afastou de mim e foi até a porta, ele a trancou e voltou pra mim.
-Pronto. –Ele disse, pousando as mãos nas minhas pernas.
Sorri.
-Agora vem cá. –Disse e o puxei pela camisa, beijando-o.
Edward veio pra cima de mim, e acabei tirando o meu atraso com ele, fazendo-me esquecer de todos os problemas que eu tinha.
***
Edward e eu estávamos deitados no meio da minha sala, encima do meu tapete.
-Deveria dar o exemplo. –Disse.
Ele riu.
-Mas eu dou o exemplo. Sou o chefe aqui. –Ele disse.
-E que chefe é esse que impõe uma regra e não a segue? –Perguntei.
-Ah, não vem com essa, você está aqui comigo, eu não a descumpri sozinho. –Ele disse.
Comecei a rir.
-Ai, meu bem, queria tanto umas férias em algum lugar deserto com você. –Disse.
-Quando toda essa loucura acabar, podemos fazer uma viagem, deixar as crianças com os meus pais. –Ele disse.
Sorri.
-Não seria uma má ideia. –Disse. –Mas, eu não posso me afastar do meu pai agora.
-Está certa, agora não é uma boa hora. Eu jamais te afastaria do seu pai, com ele em um momento desses, ficaremos todos juntos. –Ele disse.
Levantei a minha cabeça para olhá-lo.
-Você é o melhor marido do mundo. –Disse.
Ele sorriu.
-Contanto que você esteja feliz, eu me contento. –Ele disse.
Sorri.
-Eu te amo. –Disse.
-Eu também te amo. –Ele disse e me beijou. –Acho que já está na hora de encerrar seu dia.
-O que? Eu mal comecei o meu dia, Edward.
-Bella, você não pode ficar se esforçando. Pense no nosso bebê, eu não quero que fique se sentindo mal. Além disso, acho melhor tirar uma licença, enquanto seu pai está assim, pra você não ficar sobrecarregada. –Ele disse.
-Se eu estiver trabalhando, eu posso ficar com ele. –Disse.
-Você continuará vendo, Bella. Não precisa vir trabalhar pra isso. Eu não quero que se canse tanto. Tire uma licença. –Edward disse.
-Eu não preciso…
-Precisa sim. –Ele me interrompeu. –Tire a licença, e poderá vir somente para fazer companhia para o seu pai, depois, você poderá ir embora e passar o resto do seu dia com as crianças. Depois que toda essa loucura acabar, poderá voltar ao trabalho.
-Você não vai desistir, não é?
Ele sorriu.
-Claro que não.
Assenti.
-Tudo bem, Edward. Talvez eu concorde com a licença. –Disse.
-Ótimo. Prepararei a papelada. –Ele disse.
Comecei a rir.
-Vai, vem pra casa comigo? –Ele pediu.
-Edward, sabe que se eu tirar uma licença, você não vai poder ficar dando esses perdidos no trabalho, não é?
-E se esqueceu que eu ainda tenho a Rosie para me substituir? Foi praticamente ela quem te contratou. –Ele disse.
Sorri.
-Isso é verdade. Você estava dando seus perdidos como sempre. –Disse.
Ele começou a rir.
-Eu mereço folgas. –Ele disse.
Comecei a rir.
-Ai, meu Deus. –Disse.
-Isso não vem ao caso, pense bem na licença. Pode vir e ficar cuidando somente do seu pai. –Ele disse.
Assenti.
-Tudo bem, eu vou pensar. –Disse.
Ele assentiu.
-Ótimo. Agora, por favor. Por que não vem pra casa, para descansar? –Ele perguntou.
-Eu tenho que trabalhar, Edward. –Disse.
-Você pode ir pra casa pra descansar. –Ele disse.
-Eu estou bem. –Disse. –Meu dia mal começou.
-Deixe a Rosie como responsável. –Ele disse.
-Meu amor, eu fico por mais algumas horas e depois eu vou embora, ok?
-Promete que vai se cuidar? –Ele pediu.
Sorri.
-Eu prometo, meu amor. –Disse.
-Ok. Já que eu não te convenci a vir comigo, eu vou pra casa, ficar sozinho e abandonado. –Ele disse.
Comecei a rir.
-Não faça drama, Edward. –Disse.
Ele sorriu e me olhou.
-Pedirei pra minha mãe cuidar dos gêmeos essa noite. –Edward disse
Sorri.
-E o que faremos essa noite? –Perguntei.
-Escolhe o restaurante. –Ele disse.
-O meu predileto então. –Disse.
Ele sorriu.
-Beleza. Eu vou reservar uma mesa. –Ele disse.
O olhei.
-Você é maravilhoso e eu te amo. –Disse.
Ele riu.
-Eu também te amo, gatinha. –Ele disse e respirou fundo. –Bom, acho melhor eu ir e te deixar trabalhar um pouco.
Assenti.
-É, eu também acho melhor você ir, senão eu não irei conseguir me concentrar.
Edward riu.
-Tudo bem.
Nós nos levantamos e nos vestimos, quando ficamos apresentáveis, Edward se aproximou de mim e segurou meu rosto com as mãos.
-Promete que não vai demorar muito? –Ele perguntou.
Assenti.
-Prometo. Logo estarei em casa. –Disse.
-Se cuida. –Ele disse e abaixou para dar um beijo na minha barriga. –E cuida no nosso bebê.
Sorri.
-Pode deixar, irei me cuidar e cuidar do nosso bebê. –Disse.
Ele se levantou, me puxou pela nuca e me beijou. Um beijo longo e muito gostoso.
Ele se afastou de mim e me olhou.
-Te vejo mais tarde? –Ele perguntou.
Assenti.
-Claro, só não esqueça de fazer a nossa reserva. –Disse.
-Eu não esquecerei. Pode deixar comigo. –Ele disse e me deu um selinho. –Eu te amo.
Sorri.
-Eu também te amo. –Disse e lhe dei mais um selinho.
-Tchau. –Ele disse.
-Tchau. –Disse.
Edward foi embora, deixando-me sozinha.
Eu sabia que ele tinha razão, eu tinha que me cuidar, tinha que pensar mais na minha gravidez também, e faria isso, terminaria de atender meus pacientes e iria embora mais cedo, para descansar antes do jantar. Meu pai estaria em boas mãos aqui, estaria mais ainda, quando eu deixasse de ser a médica e fosse a visita dele. Estava considerando tirar uma licença mais cedo, para cuidar da minha gravidez e do meu pai.
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Eternamente
Cap. 158-Resgate/ Tiro/ Socorrendo/ Cirurgia/ Tudo bem
Edward Anthony Cullen
  Eu dirigia feito um louco em direção ao parque.
-Edward, vai com calma, você vai acabar matando a gente. –Rosalie disse.
-Não dá, a mamãe está correndo perigo. –Disse.
-Ele ameaçou chegar perto dela?
Neguei.
-Não, só mandou um vídeo dela na praça, eu não posso ignorar. Se ele a machucar, eu jamais irei me perdoar. –Disse.
Ela assentiu.
-Estamos quase chegando. –Ela disse.
Algum tempo depois, parei o carro em frente ao parque e saímos do carro, Rose e eu atravessamos a rua e entramos no parque, começamos a procurar pela nossa mãe.
-Ela não está em lugar nenhum. –Rose disse.
-Ela tem que estar aqui em algum lugar, ela tem. –Disse.
-Eu vou ligar pra ela. –Rosalie disse, pegando seu celular.
Nós continuamos andando pelo parque, procurando pela nossa mãe e nada.
-Mãe, onde você está? –Rose perguntou. –Em que lugar do parque? –Rose perguntou. –Mãe, não se mexe.
Olhei e a vi, sentada, falando no celular e com o livro na mão.
-Rose, ali. –Apontei pra onde ela estava.
-Já estamos indo, mãe. –Ela disse e desligou. –Vamos!
Corremos em sua direção.
-MÃE! –Gritamos.
Ela nos olhou e se levantou.
-Edward, Rosalie, o que fazem aqui?
Fomos até ela e a abraçamos.
-O que está acontecendo? –Ela perguntou.
-É o Dr. Donovan. Ele mandou um vídeo para o Edward, um vídeo de você aqui, ele estava te seguindo. –Rose disse.
-O que? E onde ele está? –Ela perguntou, olhando ao redor do parque.
-Eu não sei, mas quando eu achar esse filho da puta, eu vou acabar com a raça dele! –Disse.
-Edward, se acalme, querido. Não vá fazer nenhuma besteira. –Minha mãe disse.
A olhei.
-Você está bem? Tem certeza? –Perguntei.
Ela assentiu.
-Tenho. Eu estou bem. Estava aqui lendo, tranquilamente. Vocês sabem que eu gosto de vir ao parque para ler. –Ela disse.
-Sim, nos sabemos, mas agora tem um maníaco te perseguindo. –Rosalie disse.
-Eu estou bem. –Ela disse. –Vou ligar pra polícia.
Minha mãe pegou seu celular.
Rosalie olhou para o outro lado.
-Edward…
-Que foi? –Olhei para o lado.
-Ele tá ali.
Ele estava escondido atrás de uma árvore, ele saiu e apontou algo pra gente.
-Ele tá armado! –Rosalie gritou.
Puxei minha mãe e minha irmã e escutei o disparo, elas caíram no chão e eu caí em cima delas.
Todo mundo começou a correr e gritar que havia um atirador no parte.
-Vocês estão bem? –Pergunte, me levantando e ajudando elas a se levantarem.
-Sim, está.
Comecei a sentir uma ardência no meu ombro.
-Edward. –Rosalie olhou para o meu ombro. –Ele te acertou.
-Meu Deus.
-Eu to bem. –Disse.
-Fica quieto e me deixa ver isso. –Rosalie disse, examinando o meu ombro.
Ela apertou.
-Aí! Rosalie!
-A bala está alojada no seu ombro. –Ela disse e tirou seu suéter, ela o colocou em cima da minha ferida. –Temos que ir para o hospital.
Olhei na direção em que Donovan estava e ele não se encontrava mais lá.
-Ele fugiu. –Disse.
-Vão, eu ficou para dar meu depoimento pra polícia. –Minha mãe disse.
A olhei.
-Não, eu não vou te deixar aqui sozinha. –Disse.
-Ele já foi embora, não vai mais atacar. A polícia já deve ter sido chamada, eu ficarei aqui e darei meu depoimento, quero que vá para o hospital e cuide desse ferimento. Eu vou ligar para o seu pai.
-Vamos Edward, a mamãe vai ficar bem. Donovan já se foi, ele não vai tentar de novo tão cedo. Nós precisamos cuidar de você. –Rose disse.
Olhei pra minha mãe.
-Me ligue depois que terminar aqui. –Disse.
-Eu vou direto para o hospital, não se preocupe. –Ela disse e me deu um beijo na bochecha. –Agora vai. Rosalie, cuide do seu irmão.
-Pode deixar, vamos.
Rosalie me arrastou pra fora do parque e fomos para o meu carro, entramos no carro e Rosie dirigiu para o hospital.
-Acha que a mamãe vai ficar bem? –Perguntei.
-Sim, Donovan já se foi, ele não vai tentar de novo tão cedo. –Ela disse.
-Quem você acha que ele tentou matar? –Perguntei.
-A mamãe foi uma isca. Eu acho que você era o alvo, mas além de você, toda a sua equipe também está na sua lista de vingança. Eu também poderia ser o alvo dele, sou sua irmã e me perder, poderia te destruir. –Ela disse.
-E eu acabaria com a raça dele. –Disse.
-Ele não vai nos atingir, vamos cuidar de você. –Rose disse.
 Respirei fundo.
Pelo menos eu consegui ajudar a minha mãe, mas Donovan estava demonstrando que ele não estava de brincadeira, ele ficou maluco, e estava disposto a matar, matar minha família, mas eu não iria permitir isso.
  Isabella Marie Swan Cullen
  Eu estava aflita, Edward não me atendia e eu tinha que cuidar desse hospital sozinha, eu queria pelo menos notícias dele.
Eu estava resolvendo algumas coisas pelo hospital e andava pra lá e pra cá.
-Bella. –Virei-me e vi Emmett vindo atrás de mim.
 -Oi, Emm. –Disse.
-Oi, alguma novidade? –Ele perguntou.
Neguei.
-Não, nada. Tentou ligar pra Rosalie? Eu tentei ligar para o Edward, mas ele não me atende.
-Eu já tentei, mas ela também não me atende. –Ele respondeu.
Respirei fundo.
-Espero que esteja tudo bem. –Disse.
-É, eu também espero. –Ele disse. –E a Alice? Ela já sabe?
Neguei.
-Não, ela está há 2 horas com uma grávida que está em trabalho de parto, e está previsto pra ela ficar mais 5 horas. –Respondi.
-Nossa, eu não imaginava que mulher sofria tanto. –Ele disse.
-Nem me fale. –Sorri. –E eu sou louca o bastante para querer passar por isso de novo.
Emmett sorriu.
-É, na hora deve ser ruim, mas depois aquele pequeno serzinho estará ali, trazendo alegria. –Emmett disse.
Sorri.
-É, essa é a alegria de sermos pais. –Disse.
Ele assentiu.
-Concordo.
-Dra. Cullen. –Heidi apareceu na minha frente.
-Ih, lá vem. –Emmett disse.
-O que você quer? –Perguntei.
-O seu marido saiu e te deixou responsável, certo? –Ela perguntou.
Assenti.
-Sim, o que você quer? –Perguntei.
-Tem algumas coisas que eu queria discutir com ele, mas como ele não está aqui, poderia ser com você? –Ela perguntou.
Assenti.
-Claro, Dra. Volturi. Espere-me na minha sala, eu já estou indo. –Disse.
-Ok. –Ela disse e foi em direção da minha sala.
-Ela parece estar mais ranzinza hoje. –Emmett disse.
-Quando ela não está ranzinza? –Perguntei.
Ele riu.
-É, tem razão. –Ele disse.
Comecei a rir.
-Eu vou trabalhar. Até mais tarde. –Disse.
-Até. –Ele disse e também voltou para o seu trabalho.
Fui em direção da minha sala para ter uma reunião com a Heidi, e que Deus tenha piedade da minha alma.
***
Eu já havia trabalho em várias coisas aqui no hospital, inclusive passei um bom tempo com a Heidi, discutindo algumas mudanças, eu odiava estar na presença daquela mulher.
Agora eu dei um tempo aqui na minha sala, eu precisava relaxar um pouco.
Meu celular começou a tocar, era a Berta. Ai, mais essa.
-Alô?
-Oi, Bella. Tudo bem? –Ela perguntou.
-Oi Berta, tudo sim e por ai? –Perguntei.
-Tudo indo, não é nada demais, mas eu acho que você merecia saber. –Ela disse.
-O que aconteceu? –Perguntei.
-Os meninos, Megan e Ethan, eles não param de chorar, acho que eles estão com alguma gripe, por que não é normal os dois chorarem ao mesmo tempo, e estão até assustando a Valentina. –Berta disse.
-É, eles podem estar pegando uma gripe e estão um pouco enjoados. –Disse. –Dê um remédio pra gripe pra eles, amasse e coloquei na mamadeira, junto com o leite, depois que eles tomarem, eles vão parar de chorar e dormir. Edward não está no hospital, mas assim que ele chegar, vou pedir pra ele deixar eu sair mais cedo pra cuidar deles.
-Ok, desculpe incomodar. –Berta disse.
-Não foi nenhum incomodo, Berta. Você fez o certo, me ligou para avisar sobre os meus filhos, eu tenho que te agradecer. –Disse.
-Bom, estou fazendo o meu trabalho. –Ela disse.
-E um ótimo trabalho. –Disse. –Se eles piorarem, me avisa.
-Ok, tchau Bella. –Ela disse.
-Tchau. –Disse e desliguei.
Coloquei meu celular em cima da mesa e respirei fundo.
Pronto. Agora eu não conseguiria trabalhar em paz.
Meu bipe começou a apitar, o peguei e vi que era a Rosalie.
-Rosalie me bipando. –Disse, achando estranho. –Meu Deus.
Levantei-me e saí da minha sala, fui direto pra emergência.
Na emergência, vi Rosalie de longe, junto com alguns enfermeiros e reconheci Edward na maca.
Corri em direção deles, e Rosalie me olhou.
-Calma, calma. Não corre e mantenha a calma. –Ela disse.
Olhei pra maca e Edward me olhou.
-Bella. –Ele disse.
-O que houve, cadê a sua mãe? –Perguntei.
-Ela ficou no parque para dar o depoimento dela. –Rosalie disse.
-Depoimento? O que aconteceu? –Perguntei.
-A encontramos no mesmo lugar do vídeo, nos aproximamos dela, ela ficou assustada quando contamos, Edward e eu vimos Donovan de longe e ele estava armado, ele disparou a arma, Edward jogou eu e a minha mãe no chão, nos protegendo, mas ele foi ferido.
Examinei o ferimento.
-Aí, Bella! –Edward reclamou.
-A bala está alojada no ombro. –Olhei para os enfermeiros. –Levem-no para o centro cirúrgico e avise o Dr. Hale.
Eles assentiram e levaram o Edward, olhei pra Rosalie.
-Ele foi pego? –Perguntei.
Ela negou.
-Não, ele fugiu. –Ela respondeu.
Respirei fundo.
-Esse cara ficou maluco. –Disse.
Rose assentiu.
-Eu concordo, ele tem que ser preso. –Ela disse.
-Agora ele tentou matar alguém. As buscas por ele, vão aumentar. –Disse.
-Tomara. –Ela disse.
-Eu vou entrar na cirurgia, fique esperando a sua irmã e conte a ela o que aconteceu. Ela está acompanhando uma grávida em trabalho de parto. –Disse.
Ela assentiu.
-Tá, você também mantenha a calma. –Ela disse.
Assenti.
-Ok. –Disse e fui em direção ao centro cirúrgico.
Encontrei Victória no corredor.
-Bella, eu soube o que houve com o Edward, foi mesmo o Donovan? –Ela perguntou.
Respirei fundo.
-Foi. Ele mandou um vídeo pra ele, mostrando a Esme sentada em um parque, lendo. Edward e Rosalie foram correndo se encontrar com ela, Donovan estava escondido, armado e atirou, Edward conseguiu tirar Rose e Esme do caminho, mas acabou levando um tiro. –Disse.
Ela assentiu.
-Olha, ele já foi pra sala de cirurgia, Jasper logo vai começar, você vai acompanhar? –Ela perguntou.
Assenti.
-Vou.
-Ok, vamos nos trocar e ir pra sala. –Ela disse.
-Ok.
Fui com a Victória e nos trocamos, depois, ela me levou até a sala onde Edward estava.
Entramos na sala e Jasper estava estancando o sangue.
-Oi, eu estava esperando pra ver se iria acompanhar. –Ele disse.
Assenti.
-Pode começar. –Jasper disse, para o anestesista.
-Deu anestesia geral? –Victória perguntou.
-Não, ele desmaiou por causa da perda de sangue. –Jasper respondeu. –Vic, peça para chamarem a Rosalie, precisaremos que ela faça uma transfusão pra ele.
-Ok. –Victória foi até o telefone, chamar pela Rosalie.
O anestesista aplicou a anestesia no Edward. Esperamos algum tempo, até começar a fazer efeito.
-Pode começar, Dr. Hale. –O anestesista disse.
-Ok. –Jasper disse, pegando o bisturi e cortando o ombro do Edward. –Então, Donovan tentou atacar?
-Sim, ele mandou um vídeo da Esme e Edward foi até lá com a Rosie.
-É, Emm me contou. Ainda bem que todo esse tempo, Alice passou com uma paciente em trabalho de parto. Ela não pode passar por estresse, e nem você. Tudo bem ficar aqui?
Assenti.
-Tudo, eu estou bem. –O olhei e sorri. –Eu confio no cirurgião.
Ele sorriu.
-Ok. –Ele disse. –Ele vai sobreviver.
-Graças a Deus, ele ainda tem três filhos pra criar.
-E você não vive sem ele. –Jasper disse.
-É.
-Não se preocupe, eu nunca cometi um erro e não vou deixar isso acontecer com o meu chefe e que ainda por cima é irmão da minha esposa. –Ele disse.
-Eu sei disso. –Disse.
Victória se aproximou e pegou na minha mão.
-Chamou a Rosalie? –Jasper perguntou.
-Sim, ela já está indo tirar o sangue. –Victória respondeu.
-Ótimo. Como estão os batimentos dele?
-Até agora, normais. –Victória respondeu.
-Ok. –Jasper tirou a bala. –A polícia vai precisar disso.
-Embalem. –Victória disse, para os outros enfermeiros, que a obedeceram.
O ferimento do Edward, começou a jorrar sangue, ele estava tendo uma hemorragia.
-Dr. Hale, ele está tendo uma hemorragia. –Uma das enfermeiras disse.
-Eu sei, estou vendo. –Jasper respondeu, contendo a hemorragia.
 Alguns minutos depois, ele conseguiu conter a hemorragia.
-Os batimentos dele estão ficando baixos. –Victória disse.
-Nós já vamos fechar e esperar pelo sangue. –Jasper disse e olhou dentro do ferimento. –Bella, venha dar uma olhada.
Aproximei-me e olhei dentro do ferimento.
-Tá vendo? A bala pegou no osso, ele vai ter que ficar de licença por algumas semanas. –Jasper disse.
Assenti.
-E com o ombro totalmente paralisado. –Disse. –Ele vai ficar com alguma sequela?
Jasper negou.
-Não, o osso, é como se ele tivesse quebrado, vai se curar, ele só precisará ficar com ele imobilizado. –Jasper disse.
-E depois, fazer fisioterapia, devido a imobilização. –Disse.
Jasper assentiu.
-É isso ai, Dra. Cullen. –Ele disse. –Eu vou fechar.
Jasper começou a costura-lo, e demorou algum tempo.
Bateram na porta e Victória foi abrir. Entregaram-lhe duas bolsas de sangue.
-Obrigada. –Victória disse e fechou a porta. –Dr. Hale, o sangue chegou.
-Ótimo. Vic, coloque a primeira bolsa nele.
-Ok. –Victória disse.
Vic colocou o acesso no Edward e colocou a bolsa de sangue nele, que começou a receber o sangue.
Jasper terminou de costurar o Edward e fez o curativo, depois ele imobilizou o ombro dele, colocando uma tipóia.
-Pronto. –Ele me olhou. –Ele vai ficar novo em folha.
Assenti.
-Obrigada, Jazz. –Agradeci.
-Não precisa agradecer, eu fiz o meu trabalho. E somos uma família. –Disse.
Assenti.
-Bom, vão leva-lo para o quarto, você pode acompanha-lo, ele acordará em uma hora. Eu vou procurar Alice, ela já deve estar sabendo, então eu vou acalmá-la.
-Ok. –Disse.
Jasper saiu da sala, eu saí logo depois, e enquanto os enfermeiros trocavam a camisola de hospital do Edward, eu trocava de roupa, voltei, e eles estavam terminando de arrumá-lo.
-Bella, já o levaremos para o quarto. –Victória disse.
Assenti.
-Ok.
Eu os acompanhei até o quarto, eles colocaram Edward na cama.
-Obrigada. –Agradeci.
-De nada, Dra. Cullen. –Eles disseram e saíram do quarto, mas Victória ficou.
-Posso te perguntar uma coisa?  
Assenti.
-Claro. –Respondi.
Ela tirou o medidor de pressão do bolso.
-Posso dar uma olhada na sua pressão?
A olhei.
-Sério, Victória? –Perguntei.
-Bella, você está grávida, passou um grande estresse, eu só quero conferir. –Ela disse.
-Não devia cuidar da sua gravidez? –Perguntei.
-Sou enfermeira, também fiz um juramento, assim como você. –Ela disse, puxando meu pulso e prendendo o medidor nele. –Fica quietinha, tá.
Respirei fundo.
-Tá bom, fazer o que.
Ela mediu minha pressão.
-É, está normal. –Ela disse, soltando o medidor do meu braço e o guardou. –Agora, tente ficar tranquila, Edward está bem. Ele não vai ser louco de te deixar, são três crianças.
Comecei a rir.
-É, eu sei. –Disse.
Ela foi até ele e o examinou.
-Tudo certo com ele, com o sangue, o soro, o curativo. –Ela disse. –Agora, é só esperar ele acordar. –Ela disse e se virou. –Eu vou cuidar de outros pacientes, qualquer coisa, você é médica e vai saber se virar.
Assenti.
-Claro, pode ir, obrigada pela ajuda, Vic. –Disse.
Ela sorriu.
-De nada, eu só fiz o meu trabalho. E eu não podia deixar o meu bebê sem padrinho. –Ela disse.
Sorri.
Ela me soprou um beijo.
-Tchauzinho. –Ela disse.
-Tchau. –Disse e Victória saiu do quarto.
Sentei-me ao lado da cama e peguei a mão do Edward.
-Você vai ficar bem, gatinho. –Disse e beijei sua mão.
Fiquei ali segurando a sua mão, esperando ele acordar.
Uma hora e meia depois…
  Edward ainda estava dormindo, mas logo ele iria acordar, então eu aproveitei que ele ainda não estava acordado, eu liguei pra Berta, para saber dos meninos.
-Tudo bem, Berta. Qualquer coisa me liga, eu vou demorar um pouco pra ir embora, mas te pagarei um extra. –Disse.
-Ok, Bella. Não se preocupe, eles já se acalmaram e não parecem mais que estão ficando doentes. –Ela disse.
-Que bom. Eu ligo mais tarde pra saber deles, tchau. –Disse e desliguei.
Era bom saber que eles estão bem, aconteceu tudo de repente, eles pareciam estar tão maus, mas agora, estava tudo bem.
Olhei para o Edward.
-Ai, meu Deus, eles pressentiram. –Disse.
Bateram na porta. Olhei em direção da porta e Rose e Alice entraram.
-Oi. –Elas disseram.
Sorri.
-Oi. –Disse.
Elas fecharam a porta e se aproximaram.
-Como ele está? –Rose perguntou.
-Bem, ele vai acordar daqui a pouco, a anestesia já está saindo. –Disse.
-Que bom, ficamos tão preocupadas com ele. –Alice disse.
-Eu acompanhei toda a cirurgia, ocorreu tudo bem. –Disse.
-Claro que ocorreu. O melhor cirurgião do mundo fez a cirurgia. –Alice disse e Rose e eu rimos.
-E a mãe de vocês? Como ela está? –Perguntei.
-Ela teve que ir pra delegacia para dar o depoimento, colocaram tudo no caso do Donovan, agora as buscas por ele vão aumentar. Aquele filho da puta tem que ser pego agora. –Rose disse.  
-Ele vai ser pego. Lembre-se que ele tentou matar, a esposa, e dois dos filhos de um Juiz. –Disse.
-Tem razão. O papai não vai permitir que isso fique assim. –Allie disse.
Rosie sorriu.
-Então, Donovan errou feio dessa vez. –Ela disse.
-É, agora ele vai ser pego. –Disse.
-E o seu pai e a sua irmã, como promotor e advogada, podem ajudar. –Alice disse.
-Meu pai sim, Leah não. Ela já está passando muito mal com todo e estresse do trabalho, eu tenho que conversar com ela sobre uma licença. –Disse. –Bom, mas depois eu resolvo isso, quero ter a certeza se Edward está bem.
-Minha mãe vai esperar me pai na delegacia, pra ele terminar de resolver tudo, e depois eles vem pra cá, pra ver o Edward. –Rosie disse.
Assenti.
-Ok. Onde estão os meninos? –Perguntei.
-Trabalhando. –Allie respondeu.
Assenti.
Escutamos um gemido.
Fui até o Edward.
-Ele está acordando. –Disse.
-Graças à Deus. –Rosie e Allie disseram.
Acariciei meu rosto.
-Ed, amor está me ouvindo? –Perguntei.
Ele abriu devagar os olhos, mostrando seus lindos olhos verdes.
Sorri.
-Oi, gatinho. –Disse.
Ele sorriu.
-Oi. –Ele disse. –Aí, meu ombro.
-Se lembra do que aconteceu? –Perguntei.
-Sim, Donovan me deu um tiro, a última coisa que me lembro, foi ver o Jasper na sala de cirurgia, depois eu apaguei. –Ele disse.
Assenti.
-Sim, você estava perdendo muito sangue e desmaiou, ainda teve uma hemorragia durante a cirurgia, e Rosie teve que te doar sangue. –Disse.
Rose se aproximou.
-De nada. –Disse.
Edward sorriu.
-Obrigado, irmã. –Ele agradeceu. –Retiraram a bala?
-Claro que retiraram. –Alice respondeu, se aproximando. –Você contratou um ótimo cirurgião.
Edward sorriu.
-É, e que tirou a minha irmã de mim. –Ele disse.
Alice riu.
-Ficamos tão preocupadas. –Alice disse.
Edward sorriu.
-Foi só um tiro no ombro, não atingiu nenhum órgão. –Ele me olhou. –Atingiu?
Neguei.
-Não, pode ficar tranquilo. Mas você vai ter que tirar uns dias de licença, para se recuperar totalmente. A bala pegou no osso, você está com uma pequena fratura, então, nada de trabalho. –Disse.
Ele respirou fundo.
-É, fazer o que. Mas eu sei que o hospital estará em boas mãos. –Ele disse.
Sorri.
-Olha só, o papai deve estar furioso e vai exigir que Donovan seja o primeiro procurado da lista. –Alice disse.
-É, acho que não vai demorar pra ele ser capturado. –Disse.
-Assim espero, ele passou de todos os limites. –Edward disse.
-Ele já saiu perdendo. Se ele estava com a intenção de matar, ele errou feio. –Edward disse.
-É, mas foi por pouco. –Rose disse.
Edward revirou os olhou.
-Você foi um herói, Ed. Salvou a mamãe e a nossa irmã. –Alice disse.
Sorri.
-Valeu, Allie. Faria a mesma coisa por você, pela Bella e pelas crianças. –Ele disse. –Mas eu não quero ver nem você e nem a Bella se preocupando a toa, vocês não podem ficar nervosas.
-Pode deixar. –Alice disse.
-Tem uma enfermeira ruiva andando por ai e de olho na gente. –Disse.
Edward riu.
-Você escolheu uma ótima enfermeira chefe. –Ele disse.
Sorri.
-É, lá no fundo eu sei. –Disse.
Ele sorriu.
-E onde está a mamãe? Eu quero vê-la, depois de tudo que aconteceu. –Edward perguntou.
-Ela está na delegacia dando o depoimento dela e iria esperar o papai, pra ele resolver tudo, depois eles virão direto pra cá, para te verem. –Rosie disse.
Ele assentiu.
-Então eu vou espera-los. –Edward disse.
-Claro que vai, até por que você não está em condições de ir pra lugar nenhum. –Disse.
-Eu não, mas você sim. Não quero que passe a noite aqui, vá pra casa e fique com os nossos filhos. –Edward disse.
Assenti.
-Claro, eu vou daqui a pouco. –Disse.
-Enquanto isso, pode pegar um remédio pra dor? Eu não imaginava que um tiro doía tanto. –Ele pediu.
Sorri.
-Claro, eu vou pegar. –Disse e lhe dei um selinho. –Cuidem dele.
-Pode deixar. –Rosie e Allie responderam.
Fui buscar um remédio para o Edward. Ele parecia bem, graças à Deus. Agora, mais que tudo, eu queria que Donovan fosse preso, eu não queria que ele machucasse mais ninguém da minha família, ele não iria machucar mais ninguém, nossa família era forte, e nada que ele fizesse, irá nos atingir.
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