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#mulheresindigenas
brasil-e-com-s · 1 year
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Indios brasileiros, porque todo dia é dia de índio! 
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arfran · 4 years
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#Repost @apiboficial • • • • • • Somos CORPOS que carrega cicatrizes na memória, causada pelos COLONIZA_DORES. Acredito que só avançaremos na luta ANTIFACISTA, quando ecoarmos e reunirmos as mesmas vozes na luta ANTIRRACISTA. Quando descolizarmos os pensamentos, os corpos, os olhares o enxergar, o escutar, o falar, quando descolonizarmos o sistema, porque é o sistema que tem essa capacidade violenta de reprodução hegemônica RACISTA Não é vitimismo, o racismo é real, sofremos agressões físicas, psicológicas, emocionais, sem dizer no racismo institucional e dependendo do lugar e de com quem esbarremos, poderemos até ser mortas (os), inscitado pelo RACISMO estrutural mata e são muitos as vítimas fatais deste racismo . Como Galdino Pataxó que foi queimado por jovens de classe media/alta, enquanto dormia em um banco de uma praça em Brasília, outra vitima foi o professor indígena Daniel Kabixana do povo Tapirapé, foi morto apedrejado, quando saia do banco, outro caso que nos chocou muito foi do pequeno Vitor Kaingang apenas de 2 anos de idade, que foi assassinado brutalmente, na rodoviária do Município de Imbituba (SC), enquanto estava mamando no colo de sua mãe que vendia artesanato ao lado do marido e tantos outros em memória. Como Mariele Franco brutalmente assanida crime que chocou o mundo.Em 14 de março, quando vereadora Marielle Franco, do Rio de Janeiro, foi assassinada no centro da cidade, Morte de Marielle desmascarou cultura racista que o Brasil ignorava.Outra vítima da violência criança estava voltando para casa de Kombi com a mãe quando foi baleada na Fazendinha.Ágatha que foi assassinada quando voltava para casa de Kombi com a mãe, quando foi atingida. João Pedro, morto pela polícia: O adolescente estava na casa de um primo, brincando, na noite de segunda-feira, 18, no Complexo do Salgueiro, no Rio de Janeiro. João Pedro levou um tiro de fuzil na barriga, durante operação feita pela Polícia. Arte em luta:@tuiram Ilustração inspirada em @preferreira e Célia Xakriabá #mulheresindigenas #mulheresnegras #mulheresantifascistas #contraracismo #vidasindígenasimportam #vidasnegrasimportam #resistenciaindigena #somo https://www.instagram.com/p/CBBuPvjpX5y/?igshid=18pp09xrel5j2
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p4zeequilibrio · 5 years
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"Quando o primeiro chakra esta desconectado da Terra (feminina), nos sentimos órfãos....sem mãe. O principio masculino predomina, e buscamos segurança em coisas materiais. A individualidade prevalece nas relações, e a busca egoísta triunfa sobre a responsabilidade,familiar, social e global. Quanto mais separados nos encontramos da Mãe Terra, mais hostis somos em relação ao feminino. Nossa paixão, nossa criatividade e nossa sexualidade não nos é própria. Eventualmente a Terra se transforma num lugar estéril. Recordo que uma mulher me disse na Amazonia, "Sabe porque estão destruindo a floresta? Porque é úmido, escuro e feminino..." (Alberto Villoldo) ⠀⠀ 🏹 Arte da Primeira Marcha das Mulheres Indígenas. ⠀⠀ #amazonia #mulheresindigenas #empiezaelmatriarcado #revolucaofeminina #pachamama #madretierra #naoamonocultura #govegan #forabolsonaro #povosoriginarios #boicoteaoagronegocio #florestaamazonica #amoregratidao #pazeequilibrio https://www.instagram.com/p/B1bxK5nldqn/?igshid=15uwnfo2z7qy8
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weenatikuna-blog · 5 years
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Vocês já se inscreveram no meu canal no youtube? É We’e’ena TIKUNA vai lá . Ontem coloquei vídeos novos. Ah, adoro fazer foto rsrs espero que gostem 📸🙊🤗🏹 . #weenatikuna #tikuna #mulheresindigenas #indios https://www.instagram.com/p/B2FPONfHL5_/?igshid=17y320ws4n9ju
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"Hoje, 05 de setembro, é Dia da Amazônia e sobretudo Dia Internacional da Mulher Indígena. A data foi instituída em 1983, durante o II Encontro de Organizações e Movimentos da América, em Tihuanacu (Bolívia). A escolha desse dia foi feita porque em 05 de setembro de 1782 morreu Bartolina Sisa, mulher Quéchua que foi esquartejada durante a rebelião anticolonial de Túpaj Katari, no Alto Peru. A ONU Mulheres marcou a data reafirmando o apoio às mulheres indígenas na busca por justiça e em defesa dos direitos individuais e coletivos." . Ver-se na foto Mulher indígena do Povo Kalin’a / Guiana Francesa, durante os Jogos Mundiais Indígena em Palmas, TO / Brasil. . . . . ><•><•><•><•><•>< . . . #diainternacionaldamulherindigena #diainternacionaldelamujerindigena #bartolinasisa #quechua #povosindigenas #diadaamazônia #amazonia #mulheresindigenas #resistenciaindigena #antropologiavisual #etnofotografia #everydaybrasil #anthropology #ethnology #photography #indigenous #diadaamazonia https://www.instagram.com/p/BnWL455nNAa/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=9kdbzi2ji5zc
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anisianascimento · 3 years
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#mulheresindigenas #ALutadasMulheresIndigenas #indigenas #lutaindígena #direito #diretosindigenas (em Grajaú, Rio de Janeiro) https://www.instagram.com/p/CSVIqEaHewy/?utm_medium=tumblr
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gazetadocerrado · 3 years
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Ãwa ou Avá-Canoeiro, são um povo resiliente. Em 1973 foram expulsos de suas terras o forçados a dividir o espaço nas terras de seus inimigos históricos, os Javaés da Ilha do Bananal. De lá pra cá muitas águas já rolaram até que conseguiram a demarcação de suas terras em 2016. Porém, devido aos ocupantes assentados e outros ocupantes da área, houve um novo pedido de análise antropológica que enfim aconteceu hoje, na Ilha do Bananal, com a presença do Antropólogo André Demarchi, indicado em juízo para novo laudo antropológico para certificar que o povo ainda mantém sua trajetória e quer resgatar seu território de direito. #indigenas #povosindigenas #territoriosindígenas #mulheresindigenas #guerreirosindigenas #awa #avacanoeiros #funai #antropologia #antropólogo @kamutaja_silva_awa @uftoficial #ilhadobananal #karaja #javae (em Ilha Do Bananal-Tocantins) https://www.instagram.com/p/CRXkEAzLTrr/?utm_medium=tumblr
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kaahfabiane · 4 years
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Retomando aos poucos nossas aulas. Novos aprendizados, com novos olhares. Um novo tempo nos espera, precisamos nos preparar. É momento de reflexão, de buscar nossa ancestralidade. Esse tempo de recolhimento me trouxe um leque de novas vivências e ainda virão muitas. #reciprocidade #sororidade #ancestralidade #capoeira #ritmos #musicalidade #vivencias #familia #negritude #mulheresnegras #mulherforte #mulheresindigenas #juntossomosmaisfortes https://www.instagram.com/p/CDE-PrZpB9U/?igshid=1vshwnd9yjbs4
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flordeumbuzeiroblog · 4 years
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Em 2019, a fome atingiu 690 milhões de pessoas, 8,9% da população mundial. Desses 47,7 milhões estão na América Latina e Caribe, isso é o que indica o relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura – FAO. Esse dado que por si já é assustador tende a crescer nos próximos anos, de acordo com O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional do Mundo – SOFI – 2020, a previsão é que em 2030 esse número de pessoas com fome da América Latina e Caribe seja de 67 milhões, isso sem contar com os efeitos da COVID-19.
Tendo como base a renda média da população mundial, 104 milhões de pessoas não podem pagar por uma dieta saudável. A vulnerabilidade alimentar grave atingiu aproximadamente 01 em cada 10 pessoas no mundo em 2019. No mesmo ano, 140 milhões de crianças menores de 05 anos sofriam de retardo no crescimento, 47 milhões padeciam de inanição e 38 milhões tinha sobrepeso. Esses números tendem a serem ampliados em virtude da pandemia do coronavírus que poderá levar até 130 milhões a mais de pessoas a situação de subalimentação em 2020, do que os números atuais.
O mundo tem avançado, em projetos e ações para acabar a fome no mundo, mas, sem possibilidades de cumprir as metas estabelecidas para 2030 em relação ao retardo de crescimento e baixo peso ao nascer, assim como atingir a fome zero em 2030. Infelizmente, os dados mostram que o número de pessoas em situação de fome em 2030, estará em torno de 840 milhões.
A principal dificuldade para os países de baixa renda em fornecer uma alimentação adequada a população ocorre em virtude destes países dependem muito mais de alimentos básicos e menos de frutas e hortaliças e alimentos de origem animal. O que leva a uma dieta baseada quase que exclusivamente em amido, o que tem por sua vez contribuído para o aumento da obesidade em todo o mundo. Na atualidade somente a Ásia tem mantido os ingressos medianos de ingestão de frutas e hortaliças, que de acordo com a recomendação da FAO e da OMS é de 400g por pessoas/dia.
Ter alimentos já é um desafio. Ter alimentos saudáveis, é uma meta distante para muitas regiões no mundo, em virtude principalmente do custo, já que uma dieta saudável custa em média 05 vezes mais que uma dieta básica que sacia apenas as necessidades energéticas e não de diversidade de nutrientes. Na atualidade 38% da população mundial não tem uma dieta saudável. As pessoas em insegurança alimentar média ou grave, consomem menos carne, produtos lácteos, frutas e hortaliças em comparação com as que têm insegurança alimentar leve.
O mundo produz alimentos para 10 bilhões de pessoas, contudo, não consegue alimentar 7,8 bilhões, a população mundial atual. Reverter essa realidade depende da transformação dos sistemas alimentares, onde estes possam criar entornos alimentares propícios, com a disponibilidade de alimentos diversificados, saudáveis e com preços acessíveis, favorecendo desse modo a mudanças de hábitos para alimentos saudáveis.
Os principais gargalos para a produção de alimentos saudáveis e acessíveis são os baixos níveis de produtividade e pouca tecnificação, elevados riscos da produção, diversificação insuficiente, perda de alimentos e falta de políticas públicas que incentivem a produção de frutas e hortaliças e não somente a produção de commodities.
Para alcançarmos um estado de fome zero no mundo é preciso diversificar a produção de hortaliças e legumes, fortalecer a pesca artesanal, a avicultura e produção de ruminantes em pequena escala, revisar a legislação sanitária - que impossibilita as/os agricultoras/es familiares acessarem os mercados - e fortalecer o comércio local.
É preciso investir na agricultura familiar campesina, em especial de base agroecológica e/ou agroflorestal, afim de possibilitar uma maior resiliência as populações vulneráveis e reduzir os preços de uma dieta equilibrada e saudável.
Fonte: FAO, FIDA, OMS, PMA y UNICEF. 2020. El estado de la seguridad alimentaria y la nutrición en el mundo 2020. Transformación de los sistemas alimentarios para que promuevan dietas asequibles y saludables. Roma, FAO. https://doi.org/10.4060/ca9699es
📸 Banquete dos Famintos de Edvard Munch
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umnovolharedu · 5 years
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SESAI ocupada! Mulheres indígenas ocupam as repartições da Sesai - Secretaria de Saúde Indígena para reivindicar a saída imediata de Silvia Nobre, atual coordenadora da secretaria, além de pedirem mais investimento para o órgão que vem sofrendo com desmonte promovido pelo governo federal. 📸 Eduardo Napoli
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edsonjnovaes · 3 years
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midiaguaranimbya Essa era Ogusu Apykay, na Aldeia indígena Guapo’y, cidade Amambai-MS. Construído com ajuda dos companheiros de luta e vítima de várias ameaças, perseguições, de um fanatismo religioso e Intolerância religiosa hoje foi queimada a pouco e se encontra em cinzas. ” Porque queimam nosso espaço de reza, nosso espaço sagrado? Nunca nós os rezadores e rezadores queimamos igrejas e porque…
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ulibeudgen · 4 years
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🇬🇧 [ENG] In another day of # Cop25 the indigenous delegation keeps on an intense schedule. This morning they held a panel on indigenous women in the struggle for climate. In a debate board along with Victoria Lucía Tauli Corpuz, United Nations Special Rapporteur for the Rights of Indigenous Peoples, Domingos Xakriabá spoke about the threats and the confrontations instigated by the current government, Sonia Guajajara spoke on indigenous peoples' solutions to climate change and young indigenous leaders spoke about the importance of the indigenous youth on the preservation of the planet. Photos: @midiaindiaoficial #cop25 #madrid #nenhumagotamais #clima #cumbre #TimeToAct #planeta #povosindigenas #ApibOficial #mulheresindigenas #acaoglobalpeloclima #globalclimateaction
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anapuakatupinamba · 4 years
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#Repost @as_karuana --- 💚AS KARUANA /Musical de mulheres indígenas💙 Missão: "Cantamos em defesa das Águas e das Florestas". Diretamente das profundezas das Águas do rio Tapajós para o mundo. Somos o Clã Matriarcal Karuana, estamos entre as etnias, Borari, Kumaruara, Tapajó e Tupinambá. Evidenciamos nossa Força Ancestral através da musicalidade. Honramos e respeitamos a MEMÓRIA E LUTA DE NOSSOS ANCESTRAIS. Nosso Lema Matriarcal de Atuação: "Dar VISIBILIDADE à quem é invibilizado e VOZ à quem não é ouvido." Vocês podem acompanhar nossas VOZES NO CANTAR, também VIA YOUTUBE: https://m.youtube.com/watch?feature=youtu.be&v=ZM6QHwGvSqQ (Link na bio acima) @livia_kumaruara @raquel_kumaruara @enildaborari @viviilo_ @jessicakumaruara @ozenilma @vandriaborari @tupi.kuyapitinga @nilvaborari @neila.amazonia @samara_geovana @enidaborari @nalvaborari @marluce_jane @ampravat @claudiatupinamba Rio Tapajós, Santarém-PA, 02 Agosto de 2020. #askaruana #mulheresIndigena #mulheresnamusica #mulheresnaarte #musicaindígena #vozesnocantar #DasProfundezasdoTapajós #VozIndígena #VozIndígenaParaoMundo (em Alter Do Chão, Para, Brazil) https://www.instagram.com/p/CDcETtIJO-Y/?igshid=rhp0ikce5r0l
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weenatikuna-blog · 5 years
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A Marcha das Mulheres Indígenas esta sendo um momento de muita União e fortalecimento. Nós, Mulheres Indígenas de todo o Brasil unidas por nossos direitos! @weena_tikuna #juntassomosmaisfortes #marchadasmulheresindigenas #marchadasmargaridas #mulheresindigenas (en Brasília, Brazil) https://www.instagram.com/p/B1Hmc4nH6fX/?igshid=12sgmmxqjul13
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“Eu vou pela elevação da consciência política, para além de uma eleição, para além do voto, estou do lado da luta pela democracia, do combate ao facismo, racismo e conservadorismo. Escolho lado, porque enquanto indígena, sabemos que a primeira didatura foi a mais de 500 anos atrás, quando torturaram nossas mulheres, nossos líderes, nossos ancestrais. (Re)existimos a essa primeira ditadura, e não iremos permitir que um projeto anti- humanitário de negação de direito a diversidade imperem neste país. Não é um mal entendido, quando o outro candidato diz: “se eleito for não vou demarcar mais nenhum milímetro de terras indígenas”. Você sabe o que é viver sem território? Isso representa uma ameaça a identidade e toda uma geração, isso é o projeto de colonização imperando. 1500 ainda é hoje com armas sofisticadas. Escolho lado para votar sem medo. O facismo exclui os nossos corpos e toda diversidade” . ( @celia.xakriaba ) . @fernandohaddadoficial @guilhermeboulos.oficial @guajajarasonia . . ><•><•><•><•><•><•><•>< . . . #mulheresindigenas #xakriaba #guerreiras #elenão #povosindigenas #resistentes #etnofotografia #everydaybrasil #everydaylatinamerica #nativeamerican #fascismonunca #portrait #native #anthropology #antropologiavisual #ethnology #photography #indigenous #composition #retrato #worldethnic (em Terra Indígena Xakriabá) https://www.instagram.com/p/BosHgAJHFHq/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=lrh6i828es3
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flordeumbuzeiroblog · 4 years
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RECONSTRUINDO MEMÓRIAS AGRÍCOLAS
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Ilustração extraída do livro Viagem ao Brasil, Hans Staden, Officina Industrial Graphica, pp. 113, 1930.
Como vimos no artigo anterior, as mulheres através das conexões com o lado feminino do universo - Terra - foram as protagonistas do surgimento da agricultura, e, por conseguinte das primeiras sociedades. A domesticação das plantas tem diversos centros de origem, como por exemplo: Centro Indiano, Centro Asiático Central, Centro Chiloé, Centro Mexicano do Sul, entre outros. Para esse artigo, vamos seguir os passos da nossa ancestral mais antiga já encontrada, Lucy, que viveu onde hoje temos o Centro Abissínio, passando pelo Centro Mediterrâneo, Centro Chinês, Centro Sul Americano e finalizando no Centro Brasileiro Paraguaio.
Antes de mais nada, é preciso ponderar, que não temos nenhuma pretensão de esmiuçar todas as características desses povos, apenas nos atentaremos as informações que revelam a participação das mulheres na agricultura. E o que foi possível observar passando pelas sociedades desses centros de origem é a força, beleza, poder e mistério do Sagrado Feminino, que presenteou a humanidade com amor, perdão e compaixão, todos eles resguardados no coração das mulheres.
E foi no coração das mulheres africanas que originou o despertador natural e provedor do bom humor humano – o café. Além de grãos como cevada, sorgo, mamona e o quiabo que foram domesticados no Centro Abissínio. As mulheres sempre se fizeram presentes nos Impérios parte desse centro de origem, onde é possível listar as Rainhas Yodit, Worquitu, Eleni, a Imperatriz Tait, e as Candace – rainhas mães da realeza africana. Não esquecendo da deusa criadora, Ísis, presente também nos reinos africanos, e que herdou a função de Deusa agrária da fertilidade. De acordo com estudiosos, a organização social e política dessa sociedade tinha como base a matrilinearidade, onde a base organizativa estava centrada na família e com uma mulher à frente. Nessas civilizações as atividades femininas, garantiam o sustento da coletividade, enquanto os homens caçavam, pescavam e/ou estavam em guerra.
Graças à Deusa Ishtar símbolo da natureza e da fertilidade das culturas que compõe o Crescente Fértil, onde está localizado o Centro Mediterrânico de origem, a humanidade foi agraciada com o aroma, sabor e cor do alho, cebola, mostarda, beterraba, alface, aspargo, nabo e lentilha. Os Assírios, Sumérios, Amoritas, Caldeus, Acádios - povos mesopotâmicos – desenvolveram uma agricultura que passou a exigir muita força física o que fez com que as mulheres fossem desvalorizadas enquanto trabalhadoras do campo. Contudo, essas mulheres mantiveram a sua relação de trabalho com a agricultura, exercendo as atividades de colheita, processamento e beneficiamento de produtos agrícolas. Mesmo afastadas do trabalho braçal da agricultura, elas sempre mantiveram uma relação intima com a natureza e a produção agrícola.
Foi na intimidade com a natureza, as margens do Rio Amarelo, aproveitando a poeira fina e amarela que fertilizava as terras durante as secas, que se desenvolveu o Centro Chinês, onde dentre outras espécies foram domesticadas os Citrus, a pera e o arroz. A deusa Nuwa que seria a criadora dos seres humanos e salvadora da terra em momentos de calamidades, o culto da Terra - vista como feminina, e os numerosos contos nos quais as mulheres são heroínas, pouco ou quase nada temos em mão para compreender a história da mulher na agricultura nesse que é considerado o maior e mais antigo centro de origem. Contudo, quando analisamos elementos da cultura chinesa como a relação Yang e Yin, de equilibro entre o masculino e o feminino, ousamos acreditar que nas dinastias iniciais houvera uma harmonia entre o poder masculino e feminino, e com isso a participação das mulheres também nas atividades realizadas no campo.
A dificuldade em descortinar a presença feminina no meio rural chinês não é vista nas sociedades americanas, onde é fácil perceber a influência das mulheres no desenvolvimento da agricultura. Um desses exemplos é o Império Inca, que deu ao mundo um dos seus principais grãos, o milho. Os Incas domesticaram também, feijão, cacau, goiaba e fumo no Centro Sul Americano. Nas terras das quatro regiões ou Tawantinsuyo, as mulheres tinham efetiva participação na sociedade sejam elas deusas (huacas), governadoras (coyas), sacerdotisas e detentoras de terras, gados, sementes e lãs (acllas), sábias (layqas) guerreiras, médicas ou heroínas. As crônicas sobre as mulheres Incas, mesmo sob o olhar reparador dos colonizadores que não se acanhavam em recompor as diferenças, e apagar as “estranhezas” aos olhos do mundo “moderno” as retratavam como mulheres com poder e participação efetiva em todas as esferas da sociedade incaica. Como relatam alguns historiadores, o poder nos Andes resultava do controle e da distribuição da produção agrícola que era realizada tanto por homens como por mulheres. Os povos andinos, descreviam Mama Huaco – Mãe da Dinastia Inca – como uma mulher forte, guerreira e varonil, conquistadora de terras férteis, sendo ela quem primeiro cultivou o milho. Salve!!! Salve!!! Mama Huaco que nos ofertou o cuscuz. Partindo das deusas femininas, como a Pachamama, mãe e protetora dos animais e plantas que nela habitam, e a Mama Cocha – Mãe Mar – protetora dos peixes, as mulheres Incas sempre foram retratadas como as provedoras dos alimentos dessa sociedade.
Cuscuz é bom, mas, beiju é dos deuses. Melhor da Índia Mani – que morreu muito jovem e foi sepultada dentro da própria oca, de onde nasceu uma planta cuja raiz era marrom por fora e por dentro tinha a mesma cor branca de Mani, a Mandioca – Oca de Mani. O Centro Brasileiro Paraguaio domesticou amendoim, castanha do Pará, caju, abacaxi, chá mate, maracujá, jabuticaba, entre outras espécies. Nas culturas indígenas no que se refere a produção agrícola aos homens concernia as tarefas de derrubada, destoca e queima da vegetação para o plantio e às mulheres o cultivo, a colheita e o processamento. Importante destacar que essa distribuição das tarefas não inferiorizava nem aos homens, nem as mulheres. Já que as vozes masculinas e femininas decidiam juntas.
O que podemos perceber nessa caminhada pela história das mulheres na agricultura é que a importância do papel feminino para a produção agrícola foi sendo apagado das narrativas e da memória, ao tempo que expandia as sociedades patriarcais que supervaloriza o trabalho masculino e transforma em simples ajuda a ocupação feminina, desvalorizando o mesmo neste e em outros espaços até os nossos dias. E é com essa inquietação de revelar a força da mulher rural ao longo da história agrária, que nos despedimos, com Iracema a Virgem dos lábios de mel tirando da terra o licor para seu amado, e, seguimos a trilha das agricultoras do período Feudal no próximo artigo. No primeiro dia no último mês do ano nos encontramos. Inté!
15.11.2019
Texto Blog https://www.pachamamaagroecologia.com.br
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