Então, amores, depois de uns 5 meses enrolando, cá estou eu com o tão esperado projetinho em parceria com a minha mana @dearoppa. Demorou, eu sei, mas tenho que dizer que o estilo fofo não me é muito chegado, sabe. Peço mil perdões à ganhadora do sorteio, e de coração, esperamos que goste. Sim, esperamos. A Miss me ajudou com a fase final do imagine. Deu um pequeno trabalho, mas com a dedicação dela a gente conseguiu.
Muito obrigada a Dear pela parceria (ainda virão muitas outras, heheu).
Beijinhos, sorvete e abraço.
~Sweetie♡
Olá pessoinhas, Tia Miss veio aqui apenas para agradecer a oportunidade de estar terminando esse pedido maravilhoso, que apesar da demora, eu tenho certeza de que a ganhadora vai gostar do resultado \0/ ~bem, eu me esforcei ashuashuashua
E como a Sweetie disse, espero que ainda possam existir muito mais parcerias como essa ❤
E é Isso, espero que gostem ^-^
Miss Writer ❌
Era verão. No céu, nenhum vestígio de nuvem. O sol brilhava no seu ponto mais alto, indicando o meio dia daquela segunda feira que, por mais cansativa que fosse, era motivo de grande comemoração dos alunos. A chuva de palmas, gritos e risadas podia ser ouvida do lado de fora após a notícia de Ming Chewon, o diretor.
— Okay, okay! Basta! — A voz estrondosa no microfone, seguida de um pigarro de Sr. Chewon fez o silêncio pairar na quadra. — Os papéis com a autorização para o acampamento terão encerramento sexta-feira, um dia antes de partimos. Como já foi informado, serão duas semanas e nada mais.
— Isso é meio chato. — Você sussurrava para si mesma, mesmo com a atenção de Park Jimin do outro lado da arquibancada a cozinhando.
— O que disse? — Sook sussurrou de volta, cobrindo os lábios na tentativa de não perceberem o início de um diálogo.
— Isso… — Repetiu, um pouco mais alto, mas ainda sim num tom suficientemente baixo.— É meio chato. O que faremos lá afinal?
— Não sei, comer mato, talvez. — A garota de cabelos curtos pairados sobre os ombros fez uma careta enquanto tu, a menina que nada tinha de padrões asiáticos, segurava a risada.
— Eu tô falando sério! — Você segurava a risada, cobrindo seu rosto com as mãos. — Vai ser um saco ficar no meio do mato. Não que eu não goste, mas…ah, essas pessoas são chatas.
Min Sook nada disse. Estava paralisada, com o olhar fixo e risonho para o outro lado da quadra. Você a cutucou, mas sem respostas.
— Você ouviu o que eu disse?! Mas que…
— Ele não para de te olhar, cara. — As palavras fugiram de sua boca, um pouco mais altas do que deveriam, chamando os olhares alheios e uma bronca do diretor.
— Gostariam de terminarem para mim? — O silêncio veio como uma névoa. — Pois então não atrapalhem ou terei de levá-las à secretaria.
— Desculpe. — O peso dos olhares quase a fez sair correndo para o mais longe possível.
— Hm…que velho chato. — Seu cotovelo não demorou para ir em encontro com as costelas de Sook. — Aish…! Não, digo…desculpe.
Envergonhada, você não se atreveu em se comunicar novamente com mais ninguém durante aquela cerimônia altamente entediante.
Mas o tempo não tardou a passar devagar e logo estavam transitando nos corredores tumultuados de alunos. Sook tagarelava mais do que o normal, enquanto você tentava a acompanhar. Mas dentre a multidão, o rosto de Park Jimin, o capitão do time de futebol se destacou em cores vibrantes. Usava uma jaqueta escura, não a do time como deveria, mas ainda sim continuava belo o bastante para lhe roubar atenção.
Sua imagem era paralisante, viciante e sufocante. Como era possível alguém ter todo esse controle?
À algumas filas a frente, Park Jimin estava preso. Preso num olhar inocente, puro, doce, amargo e misterioso. Era ela. Seu coração se espremia em seu peito, implorando para um pouco de seu amor. Era bela. Sentia medo de que aquela garota fora de seu costume o fizesse se apaixonar.
— Eu tava te procurando, sua louca. Achei que tivesse sido sequestrada ou sei lá o que! — Como raio Min Sook de repente apareceu, deixando o rosto de Park cinza novamente como os outros. — Vem, por que está parada?
— Na quadra, você estava falando dele? — Ainda meio anestesiada você deixou as palavras saírem por seus lábios como água.
— Está falando de Park Jimin? Pois sim, ele estava, e nem disfarçou! — Uma onda fria de ansiedade e medo a abraçou por trás.
Tu nada disseste, apenas assentiu, pensativa demais para qualquer fala. Talvez fosse uma coincidência. Talvez estivesse apenas atraído. Talvez…gostasse mesmo de você. Mas não era de se acreditar que um menino como ele, tendo tudo e todos em suas mãos a quisesse de uma hora para outra. Vocês mal se conheciam, se falaram apenas duas vezes durante um trabalho de matemática, em que tiveram de trocar suposições e cálculos e num esbarro no refeitório. Ele, no momento em que sua testa se chocou contra o queixo fino de Park, a dor tomou conta da fome. Mas podia se recordar facilmente do quão gentil foi em lhe pedir desculpas e a ajudar com o pequeno pacote de biscoitos que havia caído.
Mas não era algo grandioso, era? Ele apenas foi gentil o suficiente para que uma suposta mágoa não brotasse em seu peito. E, além do mais, ele era Park Jimin, capitão do time de futebol, adorado, simpático e divertido. Tinha que ter uma boa relação com todos da escola e você era incluída nisso, ou seja, era apenas mais uma dentre as centenas de alunos daquela escola que ele tinha de agradar.
Para Jimin, era tudo ainda mais confuso quando se tratava de (s/n). Não pelas vezes em que tentava um diálogo e perdia a coragem, não pelas vezes em que perguntava a seus amigos sobre a garota e eles alegavam não saber nada sobre ela, mas sim pelo seu olhar enigmático toda vez que se cruzavam. Era frustrante não saber o que se passava em sua mente.
Naqueles dois anos desde que iniciou o ensino médio, não imaginava que sua vida seria tão transtornada com a chegada de (s/n). Mas a vida lhe surpreendeu com aquela fascinante e intrigante garota.
Talvez fosse um tolo por ser o cara que a segue na volta para casa - já que moravam próximos - para garantir que chegaria bem. Talvez fosse um tolo por a encarar no meio de um corredor lotado e ficar parado feito estátua, achando que ela o notaria, como naquele dia. Talvez fosse um tolo por achar que seus sentimentos por ela eram recíprocos.
Ah, (s/n)! Por que tinha de ser assim?
— Cara, você tá bem? — HanJun estalava os dedos, chamando sua atenção. — É aquela garota, não é?
Ele assentiu, sem dizer uma palavra, enquanto fechava o armário num baque que fez alguns alheios os olharem.
— Estou ficando louco! Ela nunca fala comigo e eu…eu sou um idiota! — Jimin apoiou a cabeça contra o metal gélido, fechando os olhos.
— Hey! O que houve com você, Jimin-ah? — Lhe deu dois tapinhas nas costas, tentando o consolar.
— O que houve comigo? Pois bem, eu me apaixonei por uma garota que literalmente ignora minha existência.
— Você está depressivo demais. — Riu anasalado. — Mas não se preocupe, pois essa viagem ao acampamento vai ser a melhor de todas!
— Assim espero, HanJun…
Os dias passaram, as folhas caíram, o vento varreu para longe e pela manhã aquele vicioso ciclo reiniciou.
(S/n) estava quieta no assento desconfortável do ônibus, enquanto Sook tinha mais uma de suas cômicas cenas onde falava enquanto dormia. Estava tão acostumada a ver isso que já não via mais graça, ao contrário do pequeno grupo de veteranos que zoavam a garota de todos os tipos diferente.
A conversa era alta, e a chuva de risadas ainda mais. Kang e mais dois outros rapazes que não fazia questão de saber quem eram batiam contra seus bancos, assustando alguns que estavam perto. Isso não acordou Sook, que continuava feito anjo a dormir.
Mas a gota d'água foi quando acertaram em sua amiga um copo velho de plástico. Brincadeiras tinham limites, e eles haviam chegado nos seus. Não iria aceitar que idiotas fizessem aquilo com sua amiga, jamais.
— Você se acha engraçado, não é, Kang? — Ela se levantava, com um sorriso debochado preso nos lábios.
— Não acho: eu sou. — Gargalhou, dando alguns tapas nos amigos ao lado para que, num teatro da pior qualidade, o acompanhassem nas risadas.
— É mesmo um idiota! — Sussurrou para si mesma, mas foi alto o suficiente para que ele escutasse.
Park Jimin, no fundo do grande ônibus, que até então apenas observava até onde chegaria a discussão ficou em alerta. Sabia bem como o babaca do terceiro ano era e que ele não pensaria duas vezes em bater ou não uma garota.
— O que foi que disse? — O silêncio reinou.
— Jimin… — Kim HanJun sussurrou para o amigo, que entendeu bem o que quis dizer.
— Sim. — Jimin se levantou, meio cambaleante pelo movimento do ônibus, esperando que entrassem numa estrada reta. Assim que o fez, chamou por Kang, que àquela altura já estava de pé também.
— O que você quer?
— Com quem pensa que tá falando, fedelho? — O indicador estava erguido e apontado para o rosto do garoto, alguns centímetros menor que ele. Era mesmo um belo de um babaca.
— Ah, Jimin, qual é… — Passou a mão pelos cabelos, arrancando suspiros de Yuna, uma estranha rebelde da escola. Vai entender… — Está defendendo ela?
— Sim, estou. — Disse seguro de si, despreocupado.
— Não preciso que me defenda. — A garota se pronunciou, quase num sussurro.
— Ótimo. Agora nós deixe terminar nossa conversa. — Kang a segurou pelo colarinho da blusa, na tentativa de assustá-la. Jimin ferveu.
— Eu juro que se você não a soltar, seu fedelho, eu mesmo te coloco pra fora desse ônibus. — Suas mãos suavam e o sangue corria quente em suas veias. Como tinha tamanha audácia?
— Wow…não venhamos a brigar, cara. — (S/n) o olhou firme nos olhos e empurrou o garoto que a prendia. Acertou-lhe um belo tapa na face corajosamente e voltou para seu assento.
— Pelo visto sua garota sabe se defender. — Kang disse risonho, enquanto acariciava a bochecha agredida.
— Isso é pra você saber que eu não sou essas idiotas que caem aos seus pés. — Fitou Yuna, que fingiu não escutar. — E não sou dele nem de ninguém, fique despreocupado, já que ama tanto o queridinho da escola.
Park estava sem palavras. Não esperava que ela fosse se defender, muito menos que fosse lhe dar uma resposta afiada. O que houve com aquela garota doce e misteri…ah, agora está explicado.
Todos voltaram para seus devidos lugares quando a inspetora passou dentre o corredor dos assentos, olhando-os como se soubesse cada segredo seus - talvez até soubesse.
— Me sinto ainda mais inútil. — Sussurrou para Han, que riu baixo do amigo.
— Você ainda terá outras oportunidades, relaxa.
— Uh…minha cabeça dói. Você por acaso me bateu? — Min Sook acordara reclamona, acariciando a testa.
— Prefiro não entrar em detalhes. — (S/n) voltou à sua antiga posição, encostando a cabeça contra a janela, que tremia pela velocidade do ônibus.
Afinal, o que Park Jimin fazia ali a defendendo?
Era uma prova.
Não! Não podia ser. Ele era o capitão do time da…
E o que isso importa?
Ah, chega. Já não aguentava mais pensar nele. Sua cabeça chegava a latejar.
E enfim, depois de muitas horas corridas, ali estavam vocês, no meio de uma mata semi aberta, já sentindo os pernilongos a morderem.
— Porque aceitamos vir mesmo? — Sook a acompanhou observando aquele local altamente desconfortável, é, seria um longo final de semana.
— Alunos, com licença, a atenção de todos, por favor. — Sr. Chewon se pôs sobre um dos degraus do ônibus, ficando mais alto que os alunos.
— Quero avisa-los de que esta é uma mata de longo percurso, e que só podem sair daqui com um adulto responsável. — Revirou os olhos instantaneamente.
— Nada de fugas no meio da noite, e não quero nenhum dos rapazes perto das tendas femininas. — Foi possível se ouvir um “Ahhhhhhh” vindo do grupo masculino ao lado.
— SILÊNCIO! — Berrou — As normas básicas são essas, então espero que as sigam antes de terem sérios problemas, bom acampamento. — Barulhos de conversas e pessoas debatendo era realmente alto, uma multidão parecia estar falando.
— É sério que ele vai transformar isso em algo pior que já é? — Foi a vez de Sook bufar ao meu lado, cruzando os braços.
— Eu não sei, mas com toda certeza já quero ir para casa — Caminhou em passos lentos em direção a “Ala feminina”.
— Se eu fosse você, tiraria um bom proveito desse evento. — Piscou sutilmente em sua direção.
— O que quer dizer com isso, Sook? — Ergueu uma das sobrancelhas, em dúvida.
— Você pode finalmente acertar esses seus problemas com o capitão do time. — Segurou a risada como uma criancinha de 9 anos.
— Você não tem jeito, viu. — Bufou. — Enquanto você tirava o seu cochilo da beleza, eu te defendia de uns babacas que riam de ti. — Encarou Sook de braços cruzados — No final eu dei um tapa bem dado em Kang e Park Jimin surgiu para me defender. — Chutou algumas pedrinhas pelo caminho.
— O QUE?! — Disse alto suficiente para despertar olhares ao seu redor, já estava acostumada a isso.
— Como essas coisas acontecem enquanto eu estou dormindo?! — Dizia chocada.
— É verdade, elas não aconteceriam se você NÃO ESTIVESSE DORMINDO! — Era a sua vez de chamar atenção se exaltando.
— EU NÃO TENHO CULPA, TÁ? De qualquer forma, eu te ajudei a conversar com o Jimin, não foi? — Ela mantinha aquele olhar satisfeito no rosto, como se mesmo nas besteiras, ainda tivesse aquela luz de esperança.
— Ah claro, eu o dei uma bela resposta afiada. — Automaticamente um tapa pode ser sentido em sua cabeça, aquilo doía.
— PORQUE ISSO? — Exclamava.
— VOCÊ É BURRA, AISH! — Sook a ultrapassou seguindo em frente, para completar seu dia, sua melhor amiga estava irritada, excelente.
Do outro lado daquele vasto local, existia um Park Jimin se questionando sobre sua própria atitude mais cedo.
— Eu sou idiota. — Repetia pela milésima vez ao amigo enquanto ambos montavam a barraca.
— Jimin, eu juro que vou te bater com um desses troncos se você não calar a boca. — HanJun grunhiu para o amigo.
— Não está ajudando.
— Porque você não fala com Ela, uh? Só chega e diga “Não consigo parar de pensar em voce”
— O ponto não é esse HanJun, eu só quero…Argh!eu preciso só esfriar a cabeça — O rapaz se retirou do lugar a passos pesados, parecia bem complicado para o próprio admitir que ele não possuía nenhuma coragem para se confessar, ainda mais por acreditar que você o negaria.
Dando voltas em torno do acampamento, foi inevitável não reparar em uma garota sentada a beira de uma pedra, admirando aquela pouca imensidão.
— Hey, você precisa de ajuda? — Questionou se aproximando.
— Eu não preciso de ajuda. — Disse ríspida.
— Acho que já ouvi isso mais cedo. — Por mais que não visse seu rosto, o rapaz já sabia de quem se tratava.
Não demorou muito até que se virasse de frente para ele, sabendo agora com quem conversava.
— Oh, me desculpe. — Se pôs rapidamente de pé. — Pensei que fosse mais um dos fedelhos entrometidos.
Park Jimin riu, não parecia que ele estava irritado a minutos atrás.
— Eu que peço desculpas, já vou indo. — Mais uma vez Jimin saia sem ao menos dar chance para dizer algo, e o mesmo se sentia covarde por isso. Mas mesmo contra sua vontade, o braço do rapaz foi agarrado.
— Me desculpe por hoje mais cedo. — Disse. — Eu não quis ser grossa, Só não estou acostumada a ser protegida.
O menino Park não tinha o que falar, você mais uma vez o surpreendia.
— Pois deveria. — Sussurrou para ti
Um clima sutilmente tenso se instalou no local, ambos não diziam uma palavra sequer.
— Eu acho que precisamos ir, certo? — Disse-lhe soltando o braço.
— Sim.. — Como num sussurro, a voz de Park Jimin saiu, junto a sua presença, ambos iam para lados diferentes agora.
Podia até parecer uma derrota, mas com toda certeza era uma Vitória.
A noite caiu tão rápido quanto o dia, todos separavam seus casacos pois ali era bem frio a essa hora.
Como comemoração do primeiro dia ali, foi organizado uma roda em torno a uma fogueira, depois da janta todos iam para aquele local comer alguns marshmallows e trocar assustos furados.
Era difícil para o mais velho deixar de admira-lá, a todo instante ele a observava, mesmo com uma imensa chama diante dele, nos meros momentos que o vento a balançava, o rapaz via seu rosto, e um sorriso estúpido brotava.
De pouco a pouco, alguns levantavam de volta para suas tendas, se despedindo com um breve aceno.
O mesmo aconteceu com os amigos do “casal”, que se levantaram e foram deitar.
Foi derrepente quando ambos perceberam que estavam ali, sozinhos.
— Você ainda vai ficar? — Questionou a Jimin do outro lado da fogueira.
— Se você ficar..
A jovem se pôs de pé indo em direção a ele, sentando-se ao seu lado.
O silêncio reinava, mais uma vez
Aquilo o corroía, como se o próprio HanJun martelasse em sua cabeça dizendo “Vá falar com ela”
— Porque não gosta de ser defendida? — Ele gostaria de se estapear pela pergunta infeliz.
— Não gosto que os caras pensem que eu sou fraca e indefesa, posso cuidar de mim sozinha. — Brincava com um graveto, riscando coisas aleatórias no chão.
— Por isso fez aquilo comigo? — Riu
— Eu já pedi desculpas, Kang estava me irritando, não queria parecer fraca na frente dele, e com o tamanho ódio que sentia, eu provavelmente não conseguiria ser gentil com ninguém. — Suspirou. — Espero que não se lembre desse comento como “a garota do corte tramontina” — Riram.
— Eu acho que prefiro lembrar de você como a garota do sorriso bonito, bochechas coradas.. — Seus olhos pairaram sobre Park Jimin. — Enfim, eu sempre vou lembrar de você de uma forma Boa, por mais que aquele fora seja difícil de esquecer. — Riu novamente.
Era confuso para ti imaginar que ele a via dessa forma. Pondo se de pé rapidamente, começou a andar em direção as barracas.
— Hey! — Agarrou seu pulso. — Eu disse algo de errado?
— Não vou aceitar que brinque comigo Park Jimin. — Soltou-se. — Não devia ter confiado em você, como eu poderia achar que alguém como tu estaria indo atrás de mim? Já pedi desculpas pelo ocorrido, acho que não temos mais o que conversar. — Mais uma vez seguia seu caminho, porém, empedida pelo rapaz que bloqueava sua passagem.
— Eu nunca brinquei com você, nunca fui gentil por falsidade, e muito menos a elogiei tentando lhe usar — Suspirou. — É verdade quando digo que acho seu sorriso lindo, quando reparo em suas bochechas rosadas, eu gosto de praticamente tudo que você é, por mais que agora me pareça bem mais ríspida do que eu imaginava. — Riu sem emoção. — Não pense em mim como um babaca, mas sim num cara que não consegue parar de pensar em você. — Aquelas palavras enfim saíram de dentro do mais velho, que sentia um alívio imenso por dize-las…
A alguns arbustos de distância, estava Min Sook e HanJun escondidos assistindo toda a cena
— Será que agora vai? — Sook disse animada olhando em direção aos dois.
— Tomara que Jimin não estrague tudo, se não eu mesmo o dou alguns socos. — HanJun se pronunciou, também entretido com o casal.
— Digo o mesmo para ela. — Respirou fundo. — Eles deveriam ter mais iniciativa, pra que perder tempo nisso?
— Tem razão. — Se virou para Sook. — Tá afim de sair qualquer dia? — Perguntou a jovem que praticamente se engasgou ao ouvir tal pedido.
— Wow. — Tossiu mais algumas vezes. — Você parece que entende o sistema. — Aproximou-se lentamente do rapaz. — Seria um prazer. — Sorriu.
Um pouco a frente, você ainda não havia dito nenhuma palavra a Jimin, e por um breve momento entendeu como o garoto se sentia em muitos momentos.
— Você é o cara que eu sempre admirei, o cara que eu sempre observei, confesso que muitas vezes o fato de lhe achar demais para mim me impedia de dizer algo, eu tinha medo de me decepcionar, por mais patético que isso seja.— Olhou sutilmente para baixo — No momento eu não quero me preocupar com isso, eu confio em você. — Tais palavras fizeram um lindo sorriso brotar nos lábios do rapaz, um pouco antes dos mesmos tocarem nos seus, em um beijo necessitado.
Aquele momento com certeza não poderia ser descrito em meras palavras, para ambos, foi intenso, diferente, e principalmente, real.
Depois de alguns toques e sorrisos, um barulho estranho os despertou a atenção
— Será o Sr. Chewon? — Jimin se pronunciou, a segurando pela cintura.
— Se for, estamos ferrados, essa é praticamente na ala feminina.
Estava um silêncio perturbador, porém, alguns arbustos ainda se moviam.
— Quer ir checar? — Virou-Se para o rapaz.
— Vem.. — Segurou-lhe a mão indo em direção ao movimento.
Não demorou muito para que ambos vissem HanJun e Sook aos beijos. Sua vontade era imensa de rir, junto a Jimin.
— Como vai ai? — O jovem Park disse os assustando, sua amiga sorria como se nada estivesse acontecido.
— Vocês se entenderam?! — Questionou animada os abraçando sem ao menos esperar uma resposta. HanJun permanecia parado no mesmo local, encarando um ponto fixo.
— Estávamos tanto tempo esperando algo que acontecer que..acabou acontecendo. — Encarou HanJun que mantinha um sorriso sem graça.
— Sook, você não tem jeito, ESTAVA ME ESPIONANDO?! — A mesma ria como uma criança. — Vamos deitar, foi uma longa noite. — Sorriu para Park, arrastando sua amiga para a ala feminina.
As horas se passavam com uma lentidão fora do comum, deviam ser 3:30 da manhã e seus olhos não se fechavam, era praticamente impossível.
As lembranças simples daquela noite ainda estavam ali, mesmo depois de ficar uma hora ouvindo sua amiga contar de como foi o beijo dela com HanJun. Não importava o que houvesse, Park Jimin ainda estava em sua mente.
Alguns minutos depois, seu telefone vibrou indicando algo, uma mensagem.
“Obrigado por hoje, mas eu simplesmente não consigo parar de pensar‘’
Ler aquilo te fez sorrir como besta, e novamente mais uma:
“Estou aqui fora, te esperando”
Num impulso Se pôs de pé, Indo até o lado de fora. O frio estava mais intenso, então apenas abraçou-Se esfregando as mãos nos braços.
Em questão de segundos foi possível ver o rapaz próximo a uma pedra que dava ampla visão a tudo, até mesmo a cidade.
— Achei que não viesse. — Sorriu. — Acho que conhece esse local, não é mesmo? — Com toda certeza se recordava, quando Sook se chateou com você, foi aqui que ficou, até Park Jimin aparecer.
Ambos se sentaram ali, e rapidamente ele a envolveu em seus braços.
— Está frio..
O silêncio reinou, e apenas o som das respirações pode ser ouvido.
— Eu sou apaixonado por você..— Jimin disse derrepente, observando o horizonte. — Posso ter dito isso mais cedo, mas talvez eu não tenha explicado o quanto. — Passou os dedos por seu rosto. — Estava envergonhado e inseguro, mas eu definitivamente não quero que isso acabe mesmo depois do acampamento, eu quero te ter aqui, por perto…
— Então não me perca, me mantenha aqui, ao seu lado…
33 notes
·
View notes