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Source: Lacey Road Discord
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seekermgz · 6 months
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"Hasta Que Salga El Sol" nos mostra que Sofia é iluminada, mas não olhe diretamente ou vai acabar se cegando.
~ Uma review por Amelia Rheinter
Hasta Que Salga El Sol nos convida para dançar a cumbia e louvar a vida e sua trajetória em sua enésima potência. É interessante pensar onde Sofia chegou apenas no seu quarto álbum de estúdio, certo? E mais interessante ainda é refletir sobre quais caminhos ela vai que ela ainda não foi e não tomou de assalto absolutamente tudo na primeira tentativa. No seu quarto disco, Sofia segura firme na caneta pela primeira vez ao longo de todas as 12 faixas do projeto, mesmo sendo a primeira, nem de longe é ruim.
Trabalhando em grupos de quatro músicas por vez, Pa’ Mala Yo abre o disco de forma muito interessante, é dançante e sombria e já nos faz sair da cadeira para dançar. Sofia sabe muito bem como escrever um reggaeton e fazer ele ser dançante pois essa fórmula se repete inúmeras vezes, e essa fórmula é a ascensão e a queda do disco, mas vamos dizer mais pra frente.
Mujer Bruja é um hit inegável e seguida de Pa’ Mala Yo fica ainda mais poderosa, representa sem dúvida a melhor música do álbum mas não frustra o ouvinte de maneira nenhuma por não conseguir alcançar a glória da faixa 2 novamente no disco. Adicto cai um pouco o critério na questão de impacto, mas talvez seja a Sofia mais preocupada em mostrar os lugares onde ela pode ir, do que realmente preocupada em fazer uma transição que seja impecável e que mantenha a nota de corte pra quem ouve.
Fechando o quarteto temos La Reina Perdida que traz as raízes reggaetonianas de Sofia mas com uma leve inclinação para um modernismo sutil que quase passa despercebido. Seus vocais estão ótimos como sempre e suas letras estão necessariamente afiadas nessa aqui.
O próximo quarteto me agrada até a primeira metade. Sendo a faixa 5 e 6 muito mais interessantes que a 7 e 8 e vou explicar o porquê. Juicio Final com Awa é um diamante lapidado em forma de canção, tudo nessa música está correto, o instrumental, a harmonia, a letra, os vocais, o dueto… Foi um acerto gigantesco de Sofia em convidar AWA, mas certamente é uma faixa em que ela brilharia igualmente solo. Amor Por La Television é mais interessante sonoramente que liricamente, o oposto da anterior, mas permanece sendo muito bem produzida e idealizada como um todo. A ideia por trás da letra também é muito interessante e original.
Agora, falando de Ana, e La Que Baila são duas músicas que de maneira alguma são ruins, mas ao longo de 6 faixas muito boas, além de não oferecerem descanso para o meu corpo que já está morto de tanto dançar, elas não acrescentam nada que já não tenhamos visto anteriormente em outros álbuns de sofia. Esse álbum poderia ser duas músicas mais curto se Sofia retirasse essas duas faixas que podem servir para outros artistas ou outro álbum, mas aqui elas acabaram sobrando.
As últimas quatro músicas representam uma tentativa de sobrevida após uma queda brusca causada por Ana e La Que Baila mas que ainda faz Sofia sair dessa com alguns arranhões. Sejamos diretos: a faixa título estaria melhor solo, e representa uma passagem ok no disco, esperávamos um destaque maior para a música que leva o nome do álbum, mas ela está toda correta e repousa ali na média. Molotov representa uma queda no tempero do álbum, acho que ela está um pouco deslocada e que não é a melhor posição dela no cd, mas ela ainda é uma okay-song. E depois temos Espada que sobe o nível absolutamente e impõe um novo tom para esse fim de álbum, é um refresco e um alívio depois de quatro músicas (7, 8, 9 e 10) que estão um pouco aquém das demais. Terminando o CD, temos 360 que mostra um pequeno deslize mas não tem nenhum erro grave. o ideal era que o CD terminasse grandioso, mas um final tímido é aceitável e é isso que nos é entregue.
Em resumo esse disco ele tem as 6 primeiras músicas muito boas e estabelece o nível lá em cima, nas duas faixas seguintes Sofia quase deixa a peteca cair e recupera uma vez ou outra, mantendo o equilíbrio nas últimas quatro faixas para deixar o saldo bem positivo. Ainda não tenho certeza se é o seu melhor disco, mas o que todos nós sabemos é que ele é um sucesso e mereceu ver a luz do sol.
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COLO DE MÃE
Quando ficou rosa o teto caiu
Muitos falaram que não era o momento certo
Cansada de ouvir todo o julgamento
Mais um sentimento crescia por dentro
Chutando e fazendo os gestos, movimentos
Era ela aprendendo que ali tá na cena
O exemplo de pai e mãe ao mesmo tempo
Não é só velejar contra o vento
Não é apenas pela vaidade
É acordar cedo e dormir tarde
É só ver o filme pela metade
É ver um sonho da sua faculdade
Se conflitando com a realidade
Ir pro postinho fazer pré-Natal
Fazer a janta enxugando as lágrima
Pegar o salário e fazer mágica
Sem deixar a peteca cair
Ser contra todos, ser contra tudo
Ter que enfrentar de frente o mundo, ó
Ser mãe é viver sem ter o botão de desistir.
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paul1xtana · 11 months
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EXAUSTÃO
E a verdade é que, eu to cansada galera.
Eu estou psicologicamente cansada e emocionalmente quebrada.
Eu sentia uma pressão enorme em cima de mim, mas agora, mais do que qualquer outro momento da minha vida, a pressão depositada em mim é grandiosa. As pessoas têm o seu próprio tempo, o seu itinerário e os seus compromissos, mas, quando se trata de mim, eu preciso me organizar para que o tempo dos outros seja o meu tempo e que as minhas coisas sejam adjacentes e dispensáveis.
E eu não escrevo apenas sobre a corrida do dia a dia para dar conta de tudo que eu preciso fazer, mas, também, de expectativas, as quais eu não busquei, que foram depositadas sem o meu consentimento.
A minha vida se resume em: “Busca pra mim”, “você leva né?”, “eu to trabalhando, vai e busca”, “saindo do trabalho você faz isso” e infinitas coisas que eu preciso me ajustar para que a peteca não caia, para que tudo que precise ser feito seja milimetricamente executado. Ok? Ok! Mas eu te pergunto: e as minhas coisas? Eu não consigo combinar uma janta com as minhas amigas, sem avisar 1 semana antes. Eu preciso acordar todos os dias 05h30 da minha manhã porque, do contrário, eu não consigo ir para a academia.
Fora isso temos a pressão que eu nem sequer pedi. A pressão imposta por amigos, que deveriam me entender e me apoiar. Eu falei desde o começo que eu não querer ser inserida nisso de novo e me inseriram, sem o meu consentimento. E a frase que eu escutei foi: “eu não fiz isso (que foi sem eu saber) para te pressionar, você faz se você quiser. Eu fiz para que, caso você quisesse, você pudesse”.
Sabe o que eu mais escutei nas ultimas semanas? Pressões para que eu fizesse o que eu EXPRESSAMENTE disse que não queria fazer. Me deparo agora com um áudio de 1 minuto de um amigo, me pressionando e dizendo “coloca a mão na consciência” para que eu faça uma coisa que eu disse REITERADAS vezes, que eu não quero. E sabem o pior? (porque sim, piora) Eu estou saindo de errada ainda, porque a pessoa não está satisfeita com o fato de que eu não quero.
Agora a errada sou eu por não querer me machucar de novo? A errada sou eu por entender os meus limites e ver que isso me faria mais mal do que bem? Sim, ajudaria as pessoas, mas e eu? Quantas e quantas vezes eu não fiz algo pensando nos outros. Pensando no bem-estar alheio, mas me fodendo ao final? Eu não quero mais isso parceiro. Eu não apensas sei o meu limite, eu SINTO a minha limitação. Eu sinto dor a cada treino na academia. Eu vejo o meu desempenho menor. Eu vejo o retrocesso quando eu fico 1 semana sem treinar. EU sinto essa dor...
E escutar que eu deveria colocar a mão na consciência? Que eu treino e quase não sinto nada? Como que sabem o que eu sinto? Escutar isso de um time que eu amo e que doei 6 anos da minha vida. Um time que carrego no meu coração e que eu faço de tudo pra ajudar. Agora a consideração por toda história enfia no rabo? As vezes que eu joguei lesionada, chorando de dor, escutando “você não pode sair, joga com dor” e depois eu sei bem o que eu passava. Semanas tomando remédios, usando faixas e compressores, precisando fazer fortalecimento durante meses para tentar recuperar.
Fica aqui o meu desabafo para um cansaço mental absurdo. Eu to exausta.
Paul1xtana.com
07.11.2023
21h01
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E a colaboração?
De todos os eufemismos corporativos politicamente corretos para se referir às pessoas que trabalham nas empresas, o mais infame é “colaboradores”. Por quê? Ora, simplesmente porque não existe algo como COLABORAÇÃO no mundo corporativo. Nas rodinhas internas do capitalismo, só existe competição.
Eu costumava detestar gincanas, campeonatos, olimpíadas e qualquer outra atividade de caráter competitivo na escola. O anúncio de dividir os alunos em equipes que iriam se enfrentar me gerava profunda aversão. Mesmo se tivesse a chance de me recusar a participar, ainda tinha que integrar a torcida, que para mim era tão chato e idiota quanto.
A primeira vez que a escola divulgou um ranking com os melhores alunos de cada sala, onde eu constava no primeiro lugar, não fiquei feliz como as duas colegas que me acompanharam no “pódio”. Achei uma exposição besta da qual eu podia ter sido poupada.
Apesar da alma de artista, que gosta de criar coisas e mostrar as coisas que cria, nunca gostei muito de ser o centro das atenções. Nunca me acostumei com apresentações de trabalhos na frente da sala. A hora do parabéns no meu aniversário, eu sempre quero me esconder. Quando eu passei num concursinho de estagiários no ensino médio, passei meses morrendo de vergonha da faixa que colocaram na frente da escola com o meu nome e de uma aluna que tinha entrado da USP. Não gosto do meu santo nome estampado em vão por aí.
Em suma: eu sou ZERO competitiva e detesto chamar a atenção - e talvez por isso eu fosse tão boa em jogos de queimada, sendo por vezes a última que sobrava no time no final da aula. Sou boa em cuidar da minha vida e passar despercebida. Então imagine o desconforto dessa pessoa quando caiu de paraquedas no mundo de rankings e metas corporativas.
Sobrevivo no emprego, há quase sete anos, porque pagar as contas é um grande motivador para continuar trabalhando. Com muito custo, consegui desvincular o sentido da vida do meu ganha-pão e focar no fato de que ele banca a parte boa da vida. Jamais me acostumei com todas as metas e indicadores e classificações e réguas e toda a urgência de atingir tudo pra ontem, sempre mais rápido, mais longe, sempre nota máxima, sempre destaque. Eu não gosto de apostar corrida e esse imediatismo todo é cansativo demais.
Daí eu dizer que chamar os empregados de colaboradores é ridículo. Não há colaboração em nada: todo o tempo estão nos medindo, nos mensurando, nos avaliando, nos colocando em rankings em praça pública como a tabela do campeonato. Tudo é uma competição. Quem chegou primeiro, quem que abriu o placar, quem vai fazer mais, quem vai ficar em destaque. Não é bonito só fazer o seu serviço e ir embora. Galinha que bota ovo tem que cacarejar (confesso que essa foi proveitosa fora do trabalho). Você tem que correr atrás do prêmio. Tem que querer o prêmio, não pode querer continuar vivendo sem a maravilha de ostentar o prêmio, o que quer que seja.
Você não pode se dar ao luxo de ficar doente, senão fica para trás. Férias de trinta dias é suicídio, vai perder o mês inteiro que podia avançar! Tirar folga para algum programa insólito alheio ao trabalho, nem pensar. Você fica vivendo em função daquele ranking, planejando sua vida em torno daquilo, não pode deixar a peteca cair. Perde o jogo quem deixa a peteca cair. E não queremos perdedores, mesmo os que estiverem em último lugar serão vitoriosos, mesmo que não tenha prêmio pra todo mundo.
E o campeonato não termina nunca, sempre ao terminar uma rodada já começa a outra; mesmo sem apurar os resultados ou definir as novas regras, porque elas sempre mudam. Só não pode deixar a peteca cair, isso jamais.
Não me admira, no fim do dia, estarmos todos cansados, exaustos, estafados, ansiosos, tomando um remédio pra dormir e outro pra passar o dia. A vida vira uma eterna corrida sem direito a parar para descanso. Quer dizer, descansar até pode, deve, mas fique sabendo que vai ficar para trás.
Não tem nada de colaborativo nisso. Só quem ganha o campeonato é quem tá sentado na arquibancada comendo pipoca. Os jogadores ficam com os aplausos e as lesões.
Não sirvo para ganhar esse jogo. Logo, como não há a opção de jogar a toalha, me abstenho de me esfolar. Que nem no jogo de queimada - sou boa porque fico só fugindo da bola.
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tomsobre-tom · 2 years
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atualizando.com
Hoje não vim com o intuito de reclamar, mas vou acabar reclamando, por que a vida é assim, uma eterna reclamação dos problemas kk.
Bora lá
Esse ano comecei querendo realmente ser uma pessoa que bota as metas em práticas, eu cansei de prometer coisas a mim mesma e nunca cumpri-las. Ano passado simplesmente não tive quase nenhuma cumprida. Esse ano o objetivo é não deixar as metas serem esquecidas no churrasco, então escrevi o que queria muito pra esse ano e passei o mês de janeiro inteiro tentando (falhando algumas vezes) não deixar a peteca cair. Me sinto orgulhozinha de mim, mas me conheço o suficiente pra saber que não posso me deixar falhar muito porque eu vou acabar desistindo de uma hora pra outra.
Mas ontem na terapia, conversando com a psicóloga e falando sobre meus problemas, eu consegui me perceber diferente em alguns sentidos. Eu falei pra ela inclusive que me sinto e me vejo muito como uma adulta. Antigamente (até uns meses atrás, na verdade) eu me enxergava como uma jovem adulta e isso pode soar bobo, mas eu sinto que a maturidade atingiu um certo nível aqui.
Consigo me olhar e perceber que sou uma mulher adulta e responsável, que tenho contas a pagar, responsabilidades a seguir e coisas pra cuidar. Não me sinto tão irresponsável, como me sentia antes, e a sementinha da auto confiança finalmente tá brotando em mim, em saber que CONSIGO resolver problemas sozinha, sem ajuda de ninguém. Passinhos pequenos a independência aí vou eu.
No quesito vida saudável eu tenho conseguido mais do que falhado, e tenho que continuar com esse pique por que eu desisto fácil. Todo dia que levanto e faço meus exercícios é uma vitória, espero seguir assim até o fim do ano e em todos os anos da minha vida.
Tenho me incomodado com menos coisas, bolei um diálogo na minha cabeça onde eu me pergunto se aquilo realmente vale a pena se envolver/estressar, na maioria das vezes não me envolvo e não me estresso, mas em algumas vezes acabo não escutando a voz da razão e acabo me estressando à toa.
Das maiores mudanças que tenho percebido em mim, é abraçar a solitude de vez em quando. Eu que nunca me vi sozinha, nunca gostei nem se quer de ficar sozinha em casa, hoje minha companhia é algo necessário na minha semana. Ando me forçando a ser social em finais de semana, mas a coisa que mais quero nos últimos dias é sair pra conhecer algum restaurante e depois aproveitar minha casinha com meu marido e só.
Isso me preocupava por que eu sempre tive medo da solidão, e hoje não me da medo, óbvio que quero pessoas perto sempre, como família e amigos, nunca vou deixar de querer eles perto, mas hoje vejo que posso lidar com algumas coisas all by myself, sem precisar recorrer a ninguém. Meu próximo passo é ir ao shopping sozinha, ao cinema talvez e desfrutar da minha própria companhia mesmo. Não sei se é os trinta chegando de vez, mas eu aceito essas mudanças e respeito esses sentimentos que estão surgindo aos poucos.
No mais, voltei a estudar (por conta própria). A bola da vez é plantas, quero começar a estudar o processo de secagem delas, estou terminando dois cursos que comprei a um tempo e estou gostando de voltar a escrever e ler. Tenho planos de fazer minha loja e isso tem me feito bem, por que além de estudar eu voltei a desenhar.
voltei a fazer lettering, voltei a fotografar, voltei a editar.
minha semana é uma correria sem fim, mas está sendo gostoso.
eu to gostando muito da nova yasmin.
é isso
bye
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caos-reflexao · 2 years
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Você gosta que ela goste de você? Você gosta de carinho? Ser bem tratado? Saber e sentir que ela é apaixonada por você? Você gosta do cuidado e da preocupação que ela tem por você? De como ela se importa com a sua vida. De saber que você está bem. Como ela quer ajudá-lo. E estar ao seu lado. E estar ali, pra dar uma força se, por ventura, você deixar a peteca cair. Se coloque no lugar dela, pelo menos uma vez. Ela está aí porque quer. Porque gosta do jeito que ela é com você. Porque gosta de você. Se não fosse por isso já teria ido embora. Mas não. Ela não quer ir pra outro lugar. Porque ela fica triste longe de você. O mundo fica esquisito e anda de uma forma devagar e lenta sem você. Por isso ela nunca quis que você pensasse em ir. Ela gosta de música, dias bonitos, brisa do mar, sol, frio, sentir o vento dançando nos cabelos, rir até a barriga doer, falar besteira, desenvolver “teorias” malucas, filmes, viajar, chocolate, você. No meio disso tudo você sabe quem ela é e como se sente. Ela gosta do seu jeito manso e doce. Do seu lado carente e delicado. E da sua postura de mulher firme. E tem ciúmes de você. Ela gosta das suas palavras carinhosas e do seu lado divertido. Do seu jeito infantil de não saber lidar com pequenos contratempos. De como você fica cheio de manha quando está doente. Gosta de você como um todo.
-jess.
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loveforgaia · 4 years
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as estratégias no mercado atual da música coreana de dar o remédio para as nossas dores existenciais - isso é inteligência?
ao observar como os grandes grupos de música atualmente funcionam, notei um certo padrão. padrão que foge do olhar crítico das pessoas exatamente por estarmos falando de um 'sistema' que tem funcionado tão bem que as cega e as impede de enxergar as nuances e tudo que há por trás.
para que fique claro, organizei minha ideia em tópicos e sub tópicos, para que todos entendam a situação de forma LÓGICA. e vou desenvolver os tópicos em texto.
noto que a estratégia da música hoje em dia gira em torno de:
1) reconhecer as maiores dores das pessoas, e então com base nisso eles criam um planejamento e um PRODUTO apto a suprir o que falta a tais seres humanos. e desde já adianto: antes fosse a música - a arte - o foco dessa indústria, quem dera, seria menos pior. não, o que viso criticar aqui é o tanto que eles vão além, e como a música é um pequeno aperitivo, quando na realidade o foco deveria estar em torno dela;
2) o produto são os remédios que vão além da música [remédios, não a cura, que são drogas das quais você se tornará dependente], e que são feitos para dar uma sensação momentânea para as tais dores. só que vicia e você não consegue mais sair - e essa é a intenção;
3) formar um grupo quase sempre composto por:  a) duas pessoas [ou mais, a depender do nº de membros no grupo] que sejam as charmosas, maleáveis, que sejam ótimas em se doar e responsáveis por atrair todas as outras pessoas para a tal relação, e que exatamente por serem assim, receberão mais investimento e atenção da empresa; b) outros membros que infelizmente acabam sendo tratados como substituíveis, mesmo que tenham talentos natos, são os menos focados pois o foco dessa indústria não é a arte, mas sim obter lucro com os tais remédios, e para isso é imprescindível que o artista se permita ser muito moldado, seja atraente aos olhos dos outros e que saiba "criar" relações facilmente, caso contrário, não importa se ele é talentoso, ele não estará no centro;
4) quais são as dores? muitas pessoas hoje em dia sofrem por não se aceitarem, naturalmente temos problemas com a nossa identidade, ainda mais na adolescência, sentido na vida, solidão, dentre muitas questões.
5) quais são os remédios? temos como exemplos, dentre outras situações: para um problema de identidade, eles dão um grande 'exemplo' do que ser, se tornando pessoas 'exemplares', ideais, inalcançáveis e que servem como padrões. como resultado, temos pessoas que querem 'ser como eles', como seus idols [em aparência, em comportamento, e que são absurdamente impactadas em sua autoestima]; para um problema de sentido na vida: ora, é fácil! só encher os fãs de conteúdos e dar muito para eles fazerem em suas vidas, a cada dia algo diferente, uma vida cheia de completo êxtase, parece que a vida deles passa a ser tomada de felicidade, sem mais responsabilidades [agora você foge delas para assistir e se dedicar ao stream e a votação, falta nas aulas e vive focado somente nisso]; sem mais dores [agora você nem mesmo sofre tanto por outras coisas, como relacionamentos]; para a solidão: um grande 'relacionamento' com o "seu" idol. a partir daqui, o fã sente que não precisa de mais nada. sente que está num relacionamento tão profundo com quem nem mesmo conhecem. mas que eles, com toda certeza do mundo, vão dizer que conhecem sim, e não adianta ir contra viu?
6) como resultado, dependência das pessoas aos artistas, muitos conteúdos que reforcem relações fortíssimas e consumidores com uma sensação de pertencimento absurda [aqui vemos a dependência]. e, ah: remédios que precisam ser consumidos infinitamente, mas já notou que a cura de fato... essa nunca chega né? 🤔. talvez seja porque eles não estão tão interessados assim em te ver largando tudo tão cedo, e só alimentam mais e mais dependência. falaremos mais disso.
provavelmente algum ou muitos fãs de grupos de música podem chegar a ler esse texto, e reitero o meu pedido de que vocês sejam capazes de lidar com as críticas contra argumentando de forma lógica, e não passional, se valendo por exemplo de palavras "eu conheço eles", ou simplesmente vindo com xingamentos e coisas do tipo. se esforcem mais para ir contra esses argumentos. e pense: você não concorda comigo porque isso vai muito contra os seus ideais e sua zona de conforto, ou por que as coisas que digo não fazem sentido, não possuem nexo? pense.
desenvolvendo os tópicos:
a indústria de música atual é completamente mercantilizada, 
e isso não é novidade para quase ninguém. só que aquilo que poucos querem ouvir é sobre o que há por trás dessa conquista de público. afinal, quais são as estratégias que essa indústria utiliza e que são tão eficazes? e, por sinal, por que são eficazes?
qualquer empresa que seja minimamente inteligente vai analisar as dores de seu cliente - aquilo que ele mais sente falta e que ELA precisa suprir através de seu produto. tendo em vista que a música hoje é mais um produto do que uma manifestação puramente artística, somando esses dois pontos [as dores do cliente + música como produto] temos como resultado uma música que visa preencher vazios e faltas dos tais consumidores.
o que devemos fazer em seguida é buscar enxergar e detalhar quais são essas dores que as empresas de música mais conseguem suprir, por que elas fazem isso, e quais são aquelas que mais se dão bem nesse mercado - o que provará que essa é a estratégia de todas elas. até porque as empresas se diferem pela forma que cada uma visa e inova ao trazer remédios, que acabam por ser os mesmos.
para a análise vou trazer o K-Pop que nos ajuda e muito a enxergar esse padrão de estratégia de mercado muito acentuado. pode ter certeza, anote isso: daqui a alguns anos o que o K-Pop faz [e que vou destrinchar no texto] será utilizado por vários outros gêneros e países, com algumas mudanças, pois eles notarão o quanto é valioso - em termos de mercado e de lucro - saber manejar as dores humanas.
o que o K-Pop mais sabe fazer hoje em dia é dar remédios a diversas dores humanas, dores que assolam pessoas de qualquer idade, viu? além do remédio, dão a elas uma sensação de que não faz mais sentido ficar longe pois ora, você precisa ficar pertinho [lê-se: ativo nas redes sociais, dando engajamento] pois terá muito mais para viver e se animar nos próximos tempos. fique conosco, não saia de perto, pois em breve teremos novidades. no mínimo uns 3 comebacks por ano, e dentro disso todo dia lançamento de um pedaço da novidade para te manter próximo, lançamento de sei lá quantos programas, DVDs, filmes, episódios, documentários, eles são muito bons em sempre estar lançando algo, e isso não tem somente a ver com o hábito, com a cultura de trabalhar muito, algo típico dos coreanos. não, vai além.
é necessário trabalhar muito e PRODUZIR conteúdo por alguns motivos. o primeiro deles é que não podemos deixar a peteca cair: o foco precisa seguir em nós, precisamos lançar mais do que música, precisamos ser aqueles que vão trazer constantemente os remédios para nossos consumidores, precisamos não só ser ótimos em vender e subir em charts, precisamos que as pessoas façam isso de forma apaixonada, completamente identificada com cada membro nosso [ou com alguns em especial, como falei no tópico 2, que temos sempre dois que as empresas dão mais foco e investem mais]. o segundo motivo está intimamente ligado ao primeiro: precisamos que os fãs sintam propósito e motivos para fazer isso - para nos assistir, para nos seguir. portanto, vamos mostrar a eles de forma manipulada e jogando com as emoções o quanto os membros são merecedores de seu amor. e além disso, como os membros estão bem disponíveis para dar amor para eles pois, afinal, “os membros e os fãs são uma coisa só”.
como que ocorre essa manipulação de emoções? ora, você vai querer fazer stream por nós pois vamos fazer sempre, no mínimo 1 vez por ano, um documentário mostrando como estamos morrendo de trabalhar porque não podemos deixar a petequinha cair. fazemos isso pois é intrínseco à nossa estratégia, mas precisamos te mostrar que nãooo, fazemos isso por você! então você, que é o nosso centro, é tudo para nós, precisa nos recompensar. de que forma? todas possíveis. stream, comprar produtos, estar presente, simplesmente engajar, e etc etc. daí porque os fandoms mais apaixonados são exatamente aqueles que possuem uma relação de amor, de paixão entre fã e idol muuuito bem alimentada pela empresa e pelos idols.
acerca da alimentação de uma relação [inexistente, tendo em vista que relacionamentos são coisas profundas e que pressupõem contato verdadeiro, individual], podemos falar de como eles são absurdamente focados em criar uma aliança, uma ligação que jamais poderá ser quebrada entre ídolo e fã. isso é o que alimenta vazio existencial, preenche pessoas que antes sentiam falta de sentir amor, de sentir o mínimo na vida, parece bonito, mas só é mais uma manipulação mesmo. pois ora, você leitor, de fato acredita que um ser humano deve vir ao mundo, se tornar artista para ser devoto de sei lá quantas pessoas, ficar a mercê delas, e vice versa, elas a mercê dele, de dar uma 'recompensa' pelo trabalho que ele tem 'por elas'?? ou melhor: que em toda essa relação existe um amoooor verdadeiro, ou um amor condicionado, que nasceu exatamente pela condição de atração que os fãs tiveram pela figura de idol deles? não sejamos ingênuos. 
não são somente as letras aquelas que vão gerar conexão entre o fã e o artista. na realidade, isso é o que menos gera conexão, infelizmente. ao invés disso, essas empresas investem em massa em comunicação e em APROXIMAR o fã do artista a ponto deste idolatra-lo e crer que, diferentemente dos outros idols que já teve, que eram mais distantes, agora ele tem esses que são eternos amigos, namorados, pessoas íntimas dos tais fãs. os remédios não são a música, tal como se espera, mas sim a relação, o elo criado que só é criado pelo investimento em massa em comunicação via rede social, e por vender o tempo todo uma imagem de pertencimento.
além disso, o consumidor tem mais voz do que todos aqui. o consumidor precisa se sentir pertencido à "família" [outra característica do K-Pop, que tem muito sucesso em criar uma concepção de família entre fã, ídolo e empresa], e ao mesmo tempo tem que se esquecer que é um consumidor. ele, o fã, tem que ser levado a crer que tudo que ele precisa fazer é se manter ali pois a "sua amada empresa", não a empresa do artista, que visa o lucro, mas sim "a sua empresa", está ali para alimenta-lo com muuuuita bondade, está querendo vê-lo 24h por dia ligado na rede social fazendo todo trabalho para ela e para o artista, e faz isso tudo por bondade. é puro amor aos fãs, não conseguem ver?
uma estratégia muito inteligente das empresas de K-Pop é deixar os fãs cientes de quase tudo que irá acontecer durante o ano: eles precisam sentir a ANIMAÇÃO em suas vidas, todo o êxtase que muitos sentem falta será partilhado em conjunto com a 'família' composta por grupo e empresa. que bonitinho, não? flores, luzes reluzindo e unicórnios voando.
a frase que mais ouvia no Twitter era "nunca passo fome, a empresa sempre nos alimenta". hoje paro pra analisar com mais calma essa frase, e ela é extremamente engraçada, pois realmente: você está enchendo a sua 'barriga', ou melhor, o seu senso de valor e de sentido existencial de acordo com o que vem de conteúdo do tal grupo. de forma muito inteligente grupo e empresa mapeiam o que você precisa: se sentir menos vazia/o, se sentir num relacionamento, já que a solidão é uma das coisas que mais assola as pessoas, e te dá isso. e você se sente ótimo, que não precisa de mais nada.
porém, você pode ter lido até aqui e ter parado pra pensar: mas o que há de mal em fazer isso? bem, se a sua cabeça normaliza isso tudo eu já me preocupo, mas mesmo assim te darei mais um motivo para entender a profundidade da coisa, ou seria a superficialidade? ah, whatever.
como eu já disse em outro texto, esse novo modelo de indústria de música [no qual o K-Pop tem sido pioneiro], não traz nada de profundidade e de aprendizado, bem pelo contrário: traz em seu conteúdo de letras de música slogans de quebra de padrões, mas em sua raiz, é o gênero que mais reafirma padrões. quando alguém vem até mim discutir sobre esse assunto, uma das primeiras perguntas que faço é: cite para mim pessoas que assumem suas personalidades, desde sexualidade até corpo físico de forma livre e aberta [tal como são as mensagens das letras de música].
a pessoa não consegue citar alguém que tenha se mantido firme a sua própria personalidade sem ter acabado se rendendo ao padrão, ou sem ter acabado sofrendo demais com a retaliação por ir contra o próprio padrão [o que é muito raro nesse gênero musical]
nesse contexto, somente os ingênuos conseguem afirmar que esse gênero faz jus ao que faz seus artistas cantarem. por sinal, vamos adentrar agora em outro ponto: fazer as pessoas cantarem letras faz parte do jogo de contratar seres ideais num sentido EXTERNO e não interno [externo: aparência física e o quanto serão capazes de atrair as pessoas; interno: talento, habilidades artísticas]. o que fazem é tão somente juntar o útil ao agradável: o sonho dessas pessoas de serem artistas, mas no fundo selecionando peças individualizadas [e ideais] para criar a fórmula perfeita para o sucesso.
dentro da empresa, um cria a coreografia, outro a letra, outro o MV, outro o conceito, outro as teorias e os significados vagos de cada música, e lá vamos nós lançar um SUPER grupo com a fórmula perfeita. tudo que um idol precisa fazer nesse cenário é saber dançar, treinar absurdamente para isso e se mexer tal como uma marionete faria.
é uma indústria com o fim de criar a fórmula perfeita ao lucro. com peças independentes: o figurino, a coreografia, a letra, as vozes, as pessoas, as melodias, concept photo, o videoclipe e etc, tudo isso muitas vezes é feito com muuuuito empenho, cada um desses pontos é rico em detalhes, mas sem participação ativa do artista, sem traços deles presentes ali. já parou para notar como em muitas das músicas do K-Pop existe uma grande lacuna de significado e relação entre tudo que é feito? muitas vezes o MV nem relação com a letra tem (a mínima que seja), as concept photo são apenas para unir fotos, fazer uma compilação para poder vender, a letra pode ser crítica, mas a coreografia, o figurino e o clipe não possuem relação nenhuma com a tal crítica. mas, o que o K-Pop mais sabe fazer, e faz de forma muito inteligente: cativa exatamente ao deixar tantas lacunas em aberto, faz as pessoas acreditarem ingenuamente que "um dia", "quem sabe no próximo álbum", elas vão conseguir entender tudo que acontece desde o início da carreira de grupo x, de grupo y. e os artistas ficam com fama de fodas e inteligentes sendo que, quando perguntados em entrevistas nem mesmo sabem dizer o que significam suas músicas.
o K-Pop é extremamente inteligente, pois sabe investir com tudo que cative os jovens (e adultos) e traga para a realidade a sensação de que você está vivendo um RPG, como se você fosse o personagem principal (um jogo com vários personagens principais), onde você manda, você decide, você escolhe, e você sempre poderá ir pegar uma pipoca para viver uma próxima aventura. porém, nada nessas aventuras tem uma relação, um sentido. pode de fato ser divertido, e é, mas a tal da aventura só traz para aquele que vive o RPG na pele uma vontade de jogar mais e mais, e inserir mais e mais fichas nisso. comprar e assistir tudo que for possível porque em algum lugar deve haver uma pista para o que eles afinal querem dizer desde 2018, 2015, sei lá qual ano.
a mágica do K-Pop está no fato de que, de forma inteligente (mas nada elogiável, ao meu ver), eles sabem juntar superficialidade com profundidade. mas no fim, a tal da "profundidade" também é superficial, rasa: porque ela é aleatória, jogada, sem aplicação e logo sem sentido. pois, do que adianta parecer tão profundo do lado de fora se no fim ninguém entende nada (nem quem "produz" a própria música)?
esse gênero musical é feito de peças que juntas formam a fórmula perfeita. as pessoas podem se digladiar dizendo que os grupos têm originalidade, mas essa "originalidade" dentro do K-Pop possui um limite. as coreografias e tudo mais são sempre recortes, e no fim, acabam por ser genéricas, podendo ser aplicadas em qualquer outra música.
é por isso também que cada dia mais observamos grupos com um grande número de pessoas: é bom ter muitos, para ter muitas opções caso alguma pessoa acabe saindo. e além disso, são muitos tendo em vista a maior possibilidade de atrair pessoas e de mais "remédios" a serem dados por cada um. e isso não se observa somente no K-Pop. as pessoas são muito substituíveis, pois se uma sai parece não fazer diferença, só se ela for uma daquelas poucas que são o centro do grupo, o centro que recebe mais atenção, promoção e investimento da empresa. por que? porque esse centro composto de somente alguns integrantes, que são os mais amados pelas pessoas, é exatamente o que dá cara e forma ao grupo.
todo grupo que tem umas 2 e no máximo 4 pessoas - a depender do tamanho do grupo - que atraem demais todos de fora, são aqueles que chamam mais atenção, que não são substituíveis, que empresa e fãs mais amam. todo grupo tem alguém que notavelmente recebe muito mais atenção do que as outras pessoas. e não raro no K-Pop você verá fãs revoltados fazendo 'campanhas' para que membros w, x, y, z recebam mais atenção. guess what: nunca dá certo, pois a empresa está pouco se lixando para o que essa pequena parcela está achando. ela sabe que a grande maioria, que a maioria esmagadora liga muito mais para os membros que ela promove mais e que deixa no centro, os outros estão ali para ocupar espaço e aparecer de vez em quando, e desde que isso não afete o lucro dela, está ótimo para ela.
logo, podemos concluir que isso não é somente uma coisa de que as pessoas simpatizam mais com as pessoas x e y de cada grupo, notei um certo padrão e como isso tudo tem a ver com a forma que a indústria da música, completamente mercadológica e sem foco na arte, funciona hoje em dia.
e isso não se trata simplesmente de uma escolha que as pessoas fazem do lado de fora de gostar mais de uns, focar os holofotes mais nesses uns. na realidade, tudo isso é bem planejado, tal como explanei acima.
dentre algumas das características que os membros que farão parte do centro do grupo devem ter, estão:
a) ser maleável, ou seja, ter capacidade para mudar demais de acordo com os interesses de seus fãs; b) ser muito carismático; c) ser capaz de criar "relações" com os fãs, se mostrar como tudo para elas; d) estar sempre disponível para essas pessoas; e) saber agradar.
ademais, algo que o K-Pop tem sido cada vez melhor: em criar coisas com significados abertos para que as pessoas sejam atraídas a engajarem, é muito mistério e poucas respostas, tudo é aberto demais e diversas interpretações são cabíveis a uma mesma coisa, carece de objetividade e nem os próprios artistas conseguem afirmar o significado daquilo que eles cantam, nem eles sabem o que querem passar com as músicas. óbvio, isso é intencional. 
dentro desta indústria, existe dependência e um tremendo sucesso em conseguir manter as pessoas presas ao que foi dado a elas desde o início. uma vez que elas conhecem, não saem nunca mais.
o que diferencia o K-Pop de diversos gêneros - até o momento?
a necessidade que a indústria tem de, desde a época de trainee, formar pessoas que são capazes de entreter o público e estarem prontas para servi-lo. a partir do momento que eles são idols e não mais trainees, passam a pertencer a seu público. a individualidade morre, tudo é do público [do consumidor]. eles aparecem para fazer live, logo outro aparece, mas os fãs realmente acreditam que é tudo ‘por vontade própria, porque estavam com saudade dos fãs’. eles lançam estrategicamente programas parecidos uma vez por ano ou mais, com o fim de mostrar cenas dos idols trabalhando demais e chorando [quando na realidade no dia a dia eles não mostram isso com fluidez não], e os fãs não conseguem ligar 1 + 1: nunca demonstram nada de fragilidades, porque nem podem, mas toda vez, uma vez por ano, lançam documentários para nos sensibilizar? ué?! documentários pagos, por sinal. 
esses tempos estava lendo uma pesquisa intitulada de “Quão “inteligentes” são os fãs de K-pop: o estudo da inteligência emocional dos fãs de K-pop pode aumentar o potencial de marketing?” e encontrei trechos um tanto interessantes que só provam e reforçam os meus pontos:
“Outra maneira de uma empresa se destacar da concorrência é criar um nicho de mercado por meio do marketing ‘business to consumer’ (B2C) ou business to business (B2B). B2C é uma estratégia de marketing empresarial na qual uma empresa comercializa produtos e bens para o consumidor, que pode até ser por meio do uso de algumas redes sociais, como Twitter, Tumblr ou Facebook. A venda B2C também é a base para as vendas de álbuns e mercadorias, que a indústria musical coreana capitaliza preenchendo CDs com páginas de fotos do (s) artista (s), cartões de fotos e completando o pacote com um pôster para o consumidor. Incluir esses itens nos álbuns é uma delícia para os fãs e também uma forma da empresa cobrar mais pelo álbum devido às imagens que os fãs desejam para suas próprias coleções. Os tipos de mídia social que estão envolvidos no B2C são frequentemente usados ​​para ganhar webanalytics de mídia social que pode reunir informações para tomar decisões de negócios. A análise da web pode coletar informações como quantas pessoas visitaram o site da sua empresa ou página de mídia social, quantos "curtidas" sua página recebeu e quais são os dados demográficos dessas pessoas para melhor comercializar seus produtos ou serviços”
indo além:
“As empresas produzem muitos tipos de mercadoria para os fãs comprarem, mesmo que os itens não sejam utilizáveis ​​para os fãs que estão comprando; um exemplo é a SM produzindo uma fita cassete do álbum do grupo masculino SHINee, 1of1, e tendo a versão em cassete esgotada na pré-venda. Muitos fãs que compraram o item não eram nascidos quando as fitas cassete estavam em voga, muito menos têm acesso a uma forma de tocar a música contida na fita. Isso mostra a necessidade de comprar qualquer mercadoria em que seus artistas e grupos favoritos apareçam. A adoração de celebridades, ou ter fortes sentimentos por uma celebridade ou grupo musical, é uma relação de consumo que é uma estratégia de negócios altamente lucrativa. Como o exemplo acima da venda de cassetes indica, quando uma pessoa se identifica com uma certa celebridade, é mais provável que compre bens que a celebridade endossou ou que lembra diretamente a ela. Existe uma ligação encontrada entre o culto às celebridades e a formação da identidade durante a juventude”
“Este é um fenômeno que o K-pop capitaliza oferecendo sinais de fãs e encontros de fãs com ídolos regularmente quando grupos de ídolos estão promovendo uma nova música ou álbum. Já na década de 1950, foi levantada a hipótese de que “pessoas socialmente ineptas e solitárias” teriam mais probabilidade de mostrar sinais de adoração a celebridades (McCutcheon e Maltby, 2002). No cinema e na televisão, aqueles que são obcecados por celebridades são mostrados como imaturos, irresponsáveis, solitários, isolados [...] Muitos que adoram celebridades fantasiam seu ídolo a ponto de tentar se assemelhar a ele no penteado, no modo de vestir, no estilo de falar ou mesmo comprando os mesmos produtos que seu objeto de culto possui (Sulianti et al 2018). Uma pesquisa em 2018 mostrou que pessoas que participam da adoração de celebridades têm uma inteligência emocional inferior do que aquelas que não idolatram celebridades (Sulianti et al 2018). A mesma pesquisa descobriu que há uma correlação negativa entre inteligência emocional e comportamento de adoração a celebridades. Existem três estágios na adoração de celebridades, sendo o primeiro estágio o entretenimento de valor social, que ocorre quando uma pessoa pesquisa ativamente todas as informações disponíveis sobre o teu idol (Sultianti et al 2018). Ao fazer isso, a memória no cérebro salva informações com dados audiovisuais repetidos, que estão ligados às emoções. O segundo estágio da adoração à celebridade é quando sentimentos pessoais intensos sobre a celebridade nascem, o que cria a sensação de necessidade de imitar o ídolo em seus hábitos, estética e até mesmo padrões de fala. A inteligência emocional pode ser aplicada neste estágio para que o fã reconheça que o comportamento pode ser destrutivo para sua vida cotidiana e restringir os sentimentos de necessidade de imitar a celebridade antes de atingir o terceiro estágio, que é fanatismo excessivo.”
“Usando Inteligência Emocional no Marketing K-pop. Resultados de estudos futuros relacionando artistas K-pop e fãs à inteligência emocional podem ser usados ​​de várias maneiras diferentes. Uma forma de utilizar os resultados é por meio do marketing. Marketing é a capacidade de vender um bem ou produto que é o que o K-pop faz: as empresas e artistas vendem o pacote do ídolo de várias maneiras, seja por videoclipes, aparições na televisão ou sessões de fotos. A música em si também é um componente-chave do marketing. Quando um ouvinte sente uma conexão com a música, isso cria um sentimento de pertencimento, que é uma ferramenta poderosa para usar as vendas”.
quais são aquelas que mais se dão bem nesse mercado?
óbvio, aquela(s) que sabem dar o melhor remédio às dores existenciais e fome dos consumidores. vivemos numa época de cultura do desapego, mas ao mesmo tempo, de carência e solidão. pessoas que no fundo só desejam mais e mais receber amor, e que esse amor esteja disponível quando elas bem quiserem.
as empresas que mais se dão bem nesse mercado são aquelas que sabem dar:
a) a sensação de pertencimento b) ajudam os fãs-consumidores a sentirem um sentido na vida c) criam um certo ‘lar’, uma casa que é resultado da criação da ficção de que estão numa família com grupo e empresa [quanto amor, quase choro...] d) são amorosos demais, e não estão disponíveis somente nos momentos ‘esperados’ [shows, meetings], mas o tempo todo, parecendo de fato um melhor amigo ou até namorado que é só estalar os dedos ou berrar na rede social pedindo, e ele logo aparece e) são diretas em tratar de questões existenciais, mesmo que no fim nem estejam ligando tanto para isso f) tenham uma estratégia do caramba para engajar as pessoas nas redes sociais de diversas formas, fazendo elas se sentirem menos sozinhas, seja com aparições programadas dos idols ou programas e lançamentos; g) usem e abusem de manipulação emocional para criar uma visão de ‘coitadismo’ dos idols pelo tanto que eles trabalham, já sabendo que como consequência os fãs que acreditam que ‘seus idols trabalham por eles!!!’ vão se esforçar ao máximo para dar o que toda empresa quer: views, números, dinheiro, compra, lucro, charts e afins.
fica a critério de você, leitor, pensar em qual ou quais são essas mais “inteligentes”. as que estão no topo fazem isso? será que é por isso que elas estão no topo?
boa reflexão!
x
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paulomaciel · 4 years
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Futebol de Patrão
Se a danada da bola que tem vida própria, e só os verdadeiros boleiros sabem disso, não quiser entrar ai ferrou-se...
No meu simplório olhar, uma das figuras que fazem uma imensa diferença num clube de futebol, quer seja profissional ou amador, os chamados baluartes, caciques, donos ou administradores de babas, que são conhecidos como abnegados, os carregadores de piano, enxugadores de gelo e trocadores de pneus com o carro em movimento. E que em momentos todos, sejam de extrema crise ou grandes conquistas sempre seguram a peteca e assinam os famosos livros de ouro, fazem rifas e equivalentes com a finalidade de bancar a folha e os bichos dos elencos, e contratações de peso, sempre mantendo as contas pagas. E não me venham dizer que essa figura já faz parte do passado e que não mais cabe nos tempos hodiernos do profissionalismo às vezes exacerbado que limita a individualidade do atleta ao custo de buscar o alto rendimento, da performance coletiva, compactação das equipes e da tecnologia com olhar digital do VAR. Ah! Vá catar coquinhos...
A bola, as regras (mesmos com atualizações), a torcida, os clubes, as federações e confederações, aí estão desde sempre! E daí, penso que a condição ideal para a evolução geral do futebol seja a conjunção de todos os saberes antigos e atuais, desde os testes de Cooper até a periodização tática. Onde, o alinhamento de todas as metodologias sejam parametrizadas pelos regulamentos de competições da FIFA (Federação Internacional de Futebol), respeitando obviamente as características regionais de cada país federado, e assim possa surgir a formatação de um calendário único e as distribuições dos numerários venham ser mais equitativas e que possam diminuir as desigualdades entres os gigantes, grandes e médios em relação aos demais menores clubes do mundo, e por consequência os hiatos salariais de jogadores e equipes técnicas, onde uma minoria recebe milhões e a imensa maioria tão pouco! (Quase utopia diante de ser uma questão social, em que o poder financeiro se impõe aos direitos fundamentais da pessoa humana. Mas tudo é questão de quererem).
Toda essa inicial, vem como um olhar de que nem sempre quando uma seleção ou clube é campeão, tudo está as mil maravilhas (vezes são times sem estádio, cheios de dividas, com rachas entre elenco e direção técnica, e até gestão temerária). E no entanto, a bola decide ir para aquele lado e tudo parece perfeito para a paixão dos torcedores que só querem resultados.
Com isso não estou de forma alguma fechando os olhos e/ou desrespeitando as boas práticas da gestão esportiva como se fossem os clubes empresas e com responsabilização dos dirigentes, bem como para as estratégias de marketing que buscam captação de recursos junto a torcedores com planos eficazes de sócios e fechamento de parcerias com grandes patrocinadores, não fecho os olhos para a instituição de planos táticos e técnicos, também não para a fisiologia e os tantos aparatos que permeiam no meio futebolístico como avanço. Mas sim, busco como torcedor e apenas isso, um olhar de equilíbrio para respeitar e aceitar os resultados dentro de campo que sejam aquém de minhas expectativas. E também buscar respeitar os trabalhadores da bola, que por muitas vezes junto com suas famílias, são atacados moralmente por muitos através das mídias sociais e meios de comunicação correlatos. E também noutras vezes, com tentativas de violências físicas e a bens, (observo que como já foi citado, são trabalhadores como qualquer um de nós! E assim, fico a imaginar se tais atitudes de cobrança fossem exercidas, por exemplo, junto aos nossos políticos? Como a desigualdade absurda entre a população e os tais não seria menor!).
Portanto, concluo que se somente a lógica da organização extra campo valesse, o time mais rico e melhor gerido do mundo ganharia todos os jogos facilmente, e não valeria o imponderável do futebol! A bola é redonda e com suas características gira para todos os lados, permitindo como na vida acontecer fases boas e ruins, o que espero que ainda nesse brasileiro passe para meu clube de coração, e de forma geral para o futebol e para economia.
Sonho que os patrões de quaisquer dos tantos segmentos, percebam que sem oferecer condições com base no mérito e na capacidade de seus colaboradores, só terão como retorno a obrigação do salário (sem o suor da camisa, o comer grama, o colocar o coração na ponta da chuteira). O mercado formal não tem a questão de que os resultados em campo preponderam a uma gestão assertiva, e que não tem as pressões apaixonadas das torcidas. E por isso ocorrem explorações desnecessárias que estão sendo enganosamente desculpadas pela pandemia do Covid-19. Fico imaginar se trabalhadores comuns tivessem as mesmas tratativas e oportunidades como no futebol e por conta de descumprimentos de contratos pudessem pedir rescisão ou mesmo fazer as chamadas panelinhas e parassem de fazer gol.
Viva o futebol jogado com paixão e entrega muitas vezes visto nos campos de babas (peladas) da cidade, sendo bem mais qualificados do que uns jogos da TVs ou dos grandes estádios! Viva os abnegados, que por muitas vezes se permitem colocar suas famílias e afazeres pessoais em segundo ou até terceiro plano, para manter a bola rolando, mesmo que no anonimato. Por isso são merecedores do troféu de Patrões do Futebol.
Paulo Roberto Costa Maciel, um amante e praticante do futebol por amor!
#abnegados #futebolminhapaixaoixao #futebolminhapaixaoixao #futebolbrasileiro #futebolarte #torcedor #fifa #Fifa #mundodofutebol #mundodofutebol #mundodabola #mundodabola #cbf #fbf #PeriodizacaoTatica #periodizacaotatica #premierepro #globoesporte #SPORTV #politicos #politicos #economia
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uiysa · 4 years
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CARALHO!!!
sim hoje um dia de folga do trampo dia para ficar de bobeira em casa, mais não tive um pesadelo tão fudido e nem é o tipo de fodido que eu gosto, imaginei que meu dia seria mo bosta, mais não levantei fiquei com a família ouvi meu dvd do Elvis, e joguei peteca com meu irmão, quando decidir deitar pra ouvir minhas canções favoritas porém fui até minha mãe e alguém liga no celular da amiga da minha mãe me pedindo para ir para o portão pra minha surpresa era a minha preta, eu desci com o coração saindo pela boca,mas mesmo assim corri,nem avisei minha mãe aonde eu ia, eu só fui direto ao encontro dela, e ela me solta um ''To com saudades'' !
Por Deus aonde eu fiz algo errado e deu certo para eu merecer ela, porra ela saiu do trampo na hora do almoço pra vir comer junto comigo, caralho me trouxe coxinha, suco de caixinha e um bombom para dividirmos na real como eu queria empurrar ela no chão e beijar ela até a gente quase ficar sem roupa ali mesmo para que eu a sentisse!
Definitivamente essa mulher é incrível demais nunca vou achar uma cópia de uma arte dessa como a que ela é...
Eu ainda estou surpresa até agora que ela veio me ver ela não esperou amanhã não ela saiu pq precisava de mim! Caralho era apenas eu!
Se estou sonhando por favor Deus não me permita despertar!
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bleuwire · 4 years
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4 DICAS PARA MELHORAR SUA SAÚDE MENTAL SEM PRECISAR IR AO PSICÓLOGO
A primeira dica é que você cuide para valer do seu sono Falamos no vídeo passado sobre como os seres humanos têm negligenciado essa parte tão importante da sua saúde e os terríveis impactos silenciosos que isso pode causar com o passar do tempo Se você tem dormido bem, isso vai ajudar a regular o seu humor, a tornar os seus dias mais produtivos, a aumentar a sua disposição e o seu organismo vai funcionar melhor como um todo Se você não levar a sério essa necessidade do seu corpo, pode ter certeza que a sua saúde pagará um preço por isso A segunda dica é que você faça atividades físicas regulares
MAS ANDRÉ, EU JÁ SABIA DISSO Ah é, e você tem feito atividades adequadas para o seu organismo com regularidade? Ah ta se você ta fazendo, beleza, desculpa ai Já fizemos um vídeo falando dos vários benefícios para sua saúde física e mental de praticar exercícios regulares e os vários malefícios de não praticar Vai nadar, faz uma luta, joga peteca, enfim, sai do sofá e movimente a sua vida Se estiver gostando do vídeo até agora, já clica por favor em gostei aqui embaixo, se inscreve no canal e clica no sininho para receber notificação dos próximos vídeos! A terceira dica é nutrir relações positivas, duradouras e significativas com outras pessoas Um dos maiores preditores de saúde que conhecemos é possuir esse tipo de relacionamento, então não perca mais tempo e faça já mais amigos ou aproveite melhor os seus! Desenvolver relacionamentos pode não ser a coisa mais fácil do mundo, mas também não é a mais difícil
Coisas simples como sair mais de casa, praticar atividades físicas em grupo, se voluntariar e não ser uma pessoa desagradável com os outros já facilita bastante A quarta dica é se alimentar melhor Adivinha se a gente já fez vídeo sobre isso? Claro que sim, olha nos cards ou pesquisa no YouTube "minutos psíquicos alimentação" que você vai achar Sim, a alimentação pode ter diferentes impactos na saúde física e mental A forma mais eficiente de melhorar esse aspecto da vida é procurar um nutricionista para você conversar com ele sobre que alimentação seria ideal para você
Só tentar melhorar sua alimentação com base na sua intuição e de forma não-sistemática pode não ser muito eficiente E olha que legal esse ciclo virtuoso: se você dorme bem, vai ter mais disposição para praticar atividades físicas Se você pratica atividades físicas, vai dormir melhor Se você come bem, isso pode melhorar seu sono e desempenho físico Tudo isso vai melhorar o seu humor e disposição aos poucos
Estando mais de bem com você mesmo pode te ajudar na parte dos relacionamentos e praticar esportes é uma ótima forma de conhecer pessoas novas e fazer amizades, o que por sua vez também vai melhorar o seu humor, o que vai melhorar o seu sono e por ai vai Mas não adianta achar que essas coisas vão melhorar na sua vida com pouco esforço seu ou rápido Se os seus hábitos de vida não andam muito saudáveis há um bom tempo, sair desse ciclo vicioso pode exigir uma grande dose de proatividade, persistência e paciência Estamos falando aqui de uma mudança no estilo de vida e é ai que muitos desistem Especialmente se o seu caso for mais severo ou crônico, pode ser difícil seguir para valer qualquer uma das dicas que eu dei antes
Um psicólogo ou psiquiatra competente pode te ajudar a sair de dentro desse buraco Como uma dica extra, assista os nossos vídeos sobre os impactos do sono, das atividades físicas, da solidão e da alimentação em nós Os links estão nos cards ou na descrição aqui embaixo Gostou do vídeo de hoje? Se sim, clica em gostei aqui embaixo, se inscreve no canal e clica no sininho para escutar outros esporros como o de hoje que, por mais desagradáveis que possam ser, são a nossa tentativa de te motivar a fazer uma mudança positiva na sua vida para que você possa desfrutar melhor dela
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tua-estima · 5 years
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Ainda não narrei o sábado anterior. Apesar de ter tentado, sem sucesso, logo após nos despedirmos. Sete dias se passaram e aqui estou. Diante do apanhado de acontecimentos da semana quase turbulenta que tivemos, me vejo sentada numa poltrona engraçada tentando descansar as costas. Penso em você. Respiro. Lembro você. É interessante flutuar por entre esses dois estados.
A manhã estava quente porque esse é o clima atual que vivemos. Que vivemos. Não é difícil toda essa coisa do auto controle? A vida adulta chega misteriosa, coloca impecilhos. Superamos alguns, outros, nos superam. Seguimos assim.
Quando cheguei você me olhou analítica. Se tinha alguma palavra, guardou. Mas me abraçou e beijou. Eu gosto do jeito que você se encaixa no meu abraço: de frente, de costas, de lado. É bom.
Se foi a blusa que eu vestia, não sei. Mas flagrei teus olhos sobre mim como se eu fosse novidade em um mapa celeste. Te vi elogiar a vista rara que teve: "você ficou linda de alcinhas". Me vi encarar um brilho diferente nos seus olhos. Agredeci e aguardei a manhã se arrastar, pra te encontrar mais tarde e repetir a dose de vontade que flamejava toda vez que...
"Você me deixou com vergonha agora...", falei enquanto você ria e disfarçava, engraçada, o jeito que me olhava. E fingiu que era coisa da minha cabeça. Até acontecer de novo, de novo e...
Eu quase senti o coração parar quando você me olhou daquele jeito. Fixou os olhos por cima da minha blusa e esqueceu que eu podia ver você na minha frente. E me abraçou. E passou a mão por mim, disfarçadamente, enquanto eu quase me deixava esquecer em cima de você. "Ai, Beatriz..."
E a gente caminhava pertinho uma da outra. E a sua mão passava pelas minhas costas, por baixo da blusa e eu pensava em te puxar pra mim. Só pra mim.
Quase na hora de ir embora, você bonita demais, sorrindo, voltou a me olhar de um jeito que quase me fez perder a cabeça. Eu consegui sentir o seu desejo virar meu. E eu, quase entregue, quis te beijar ali mesmo. E dizer que ninguém nunca me olhou assim. Por um dia inteiro, sem deixar a "peteca cair". Sem deixar a chama apagar. Sem deixar a vontade morrer. E eu quis tanto ser sua no sábado passado, de todas as formas possíveis, de todas as formas improváveis. Sua, dos pés a cabeça. Sua, por todos os sábados.
"Eu gosto tanto do jeito que você me olha como se eu pudesse fazer o que quiser com você."
Eu também gosto do jeito que você me olha como se pudesse fazer o que quiser comigo. Como quem sabe que pode. Como quem provoca sutilmente um corpo que encosta no teu e fala baixinho: "Não faz isso, não..."
"Mas eu não tô fazendo nada".
Não está. Com certeza, não está. Você já fez. E fez tão bem feito que estou aqui. É sábado, o dia quase se encerra e eu não tiro da minha cabeça os "olhares de você".
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02d08 · 6 years
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“Você gosta que ela goste de você? Você gosta de carinho? Ser bem tratado? Saber e sentir que ela é apaixonada por você? Você gosta do cuidado e da preocupação que ela tem por você? De como ela se importa com a sua vida. De saber que você está bem. Como ela quer ajudá-lo. E estar ao seu lado. E estar ali, pra dar uma força se, por ventura, você deixar a peteca cair. Se coloque no lugar dela, pelo menos uma vez. Ela está aí porque quer. Porque gosta do jeito que ela é com você. Porque gosta de você. Se não fosse por isso já teria ido embora. Mas não. Ela não quer ir pra outro lugar. Porque ela fica triste longe de você. O mundo fica esquisito e anda de uma forma devagar e lenta sem você. Por isso ela nunca quis que você pensasse em ir. Ela gosta de música, dias bonitos, cachorros, brisa do mar, sol, frio, sentir o vento dançando nos cabelos, rir até a barriga doer, falar besteira, desenvolver “teorias” malucas, filmes, viajar, chocolate, arte, você. No meio disso tudo você sabe quem ela é e como se sente. Ela gosta do seu jeito manso e doce. Do seu lado carente e delicado. E da sua postura de homem firme. E tem ciúmes de você. Ela gosta das suas palavras carinhosas e do seu lado divertido. Do seu jeito infantil de não saber lidar com pequenos contratempos. De como você fica cheio de manha quando está doente. De você como um todo.”
— Clarissa Corrêa.
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Note
Meu ex me faz de peteca. Vem, dai me larga dizendo que vai ficar com outra e etc, depois volta de mansinho e fica. O pior é que eu sempre acabo cedendo, e acho que sempre que ele voltar vai ser assim, e quando ele for embora eu sofro de novo. Pq as pessoas não percebem o mal que fazem as outras sempre que decidem partir do nada e também quando voltam na hora que tudo está ficando bem novamente? Cadê a empatia das pessoas? Parece que só a felicidade deles importam. Vejo humanos, n humanidade
O mundo tá cheio de grandessíssimo filhos da puta meu anjo , e os corações delicados como o seu sofrem. O que eu dou de conselho é que ache alguém pra te confortar e te dar colo. Mas você precisa ir pra dentro de você e ver se seu coração é forte o suficiente pra aguentar tudo isso e se é essa pessoa mesmo que você se imagina no futuro junto . Qualquer coisa, estarei aqui para conversar tá bom? Ninguém precisa sofrer sozinho ❤
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SOU DO TEMPO QUE:
Aniversariantes levavam ovadas. O pão de sal era R$0,15, o famoso Geladinho era R$ 0,10, minha bicicleta da marca Monark era a minha única ostentação. A frase:"peraí mãe" era pra não sair da rua e não do computador. Crianças tinham bichinho virtual e não celular. Kinder Ovo era R$ 1,00. Criança colecionava tazo e não namorado, batia figurinha e não nos colegas e nas professoras. Brincava na enxurrada, de amarelinha, esconde-esconde, elástico, queimada, peteca, jogava betts, ir a festas, tomar sorvete na praça, usava roupas infantis e não se vestia como adulto, soltava bombinha e pipa, andava de carrinho de rolimã... O único pó que éramos viciados era o leite ninho e a única bebida era o Biotônico. Tocava a campainha e corria. Não importava se meu amiguinho era negro branco, pardo, pobre ou rico, menino ou menina todo mundo brincava junto e como era bom...
#melhorinfancia
#Saudade😍😍
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cellardoor-reviews · 6 years
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HALLOWEEN (2018)
Dirigido por David Gordon Green
Finalmente. Um dos mais esperados - por mim - do ano. Já entrei no cinema todo me tremendo de empolgação, e um pouco de medo de quebrar a cara. Isso não aconteceu, ainda bem. Acho que a análise desse filme deve sim ser feita levando muito em consideração que é uma continuação e não um filme isolado. Como filme isolado funciona sem trazer nada novo. Como continuação também não traz nada novo, mas se integra em um projeto que começou 40 anos atrás. Sim, é necessário assistir pelo menos o primeiro filme. Se entendemos isso, já é meio caminho andado.  Esse é um filme basicamente feito para os fãs. Com muito amor, por mais bobo que isso soe. Não que quem não conheça muito bem o filme de 78 não vá gostar. Só que o alvo não é essa galera. Conseguiram entregar um filme que converse diretamente com o público apaixonado pelo primeiro filme (e porque não, pela franquia inteira) e também que dê pitadas de uma roupagem mais moderna. Mas o foco foi manter o clima do final dos anos 70 e não pirar em querer atualizar demais o filme. Convenhamos, a serie Halloween já fez absolutamente tudo. Tentaram inovar a história mil vezes, de tudo que é jeito. NUNCA deu certo. Podemos até gostar de uma ou outra continuação (eu particularmente adoro a parte 6, uma das piores), mas temos de reconhecer que não são bons filmes. Ainda mais se compararmos ao primeiro que é tão simples e direto ao ponto. Vi muita gente reclamando disso nessa continuação direta. Que não ousou, não inovou. Me parece que essas pessoas não sabiam e/ou não entendiam o que estavam pedindo. Já não está mais do que claro que tentar mudar a cara de Halloween não adianta?  Com isso, David Gordon Green (um cara com um dos currículos mais variados de Hollywood) entendeu direitinho o que deveria ser feito e entregou um Halloween digno de continuação. O filme basicamente mostra como Michael Myers vai voltar a atacar (a parte não tão boa do filme), ele atacando, e claro, o confronto final com Laurie Strode (Jamie Lee Curtis). Fim, era isso que a gente precisava e queria. Mais nada. Existem personagens e situações aqui que realmente se perdem. Uma pessoa em especial que simplesmente não deveria existir. Um substituto do médico responsável por Michael Myers, Dr. Loomis, o terceiro personagem mais importante do filme de 1978. Além de uma péssima atuação, a construção desse “novo Loomis” é horrível e tem zero sintonia com o filme em si. O twist que o envolve é vergonhoso. Ainda bem que passa rápido. Serve apenas como um “plot device” para o assassino ir do ponto A ao ponto B. Poderiam ter criado algo mais simples e fácil de ser digerido para o encontro final acontecer. A solução encontrada no começo para “instigarem” o assassino a voltar a matar não convence muito também. Novamente, poderiam ter simplificado. Menos é mais. Aprendi isso na faculdade e aplico a quase tudo na vida.  Mas tirando esses 3 personagens (que por sua vez são “finalizados” de maneiro incrível diga-se de passagem), temos basicamente uma grande homenagem ao clássico filme de John Carpenter. O filme capta perfeitamente o clima pré anos 80 do primeiro, o repete com novos personagens, trazendo o que deu certo e colocando uma nova geração à frente da narrativa e modernizando o que deve ser atualizado. Tenso e criativo, ainda que beba muito da fonte do primeiro. Parece de fato uma continuação direta. O diretor também entrega mil e uma piscadinhas ao original com movimentos de câmera e planos “copiados”, que trocam somente a posição dos personagens. Quem é fã não tem como não surtar quando essas cenas acontecem. O estilo “Carpenteresco” de planos mais completos e abertos e sempre algo importante acontecendo em segundo plano, está presente, muito na primeira parte do filme, quando Michael está na oficina. Genial! Até alguns momentos que remetem ao Halloween (1978) são novamente explorados aqui. Isso tudo mais concentrado no ato final. O confronto final. Cada centímetro do filme tem uma surpresinha para os fãs hardcore. Jamie Lee Curtis destrói tudo com uma atuação incrivelmente complexa e surpreende com a profundidade do personagem. Se no original ela era só uma adolescente bobinha que sofre um trauma, aqui ela é uma mulher extremamente marcada por isso. Palmas. Em contraposição, temos sua neta, que faz exatamente o que ela fez no primeiro filme, mostrando essa troca das gerações. A trilha sonora, novamente feita e modernizada por Carpenter e seu filho, é a outra protagonista do filme. Arrepiei a cada nota que tocava na tela. E em dois momentos entra uma guitarra que eu não sei nem descrever a sensação que causou.  Vemos também um filme muito mais violento do que o primeiro. Há quem possa dizer que não combina com Michael Myers essa violência toda, mas sabemos bem que desde o primeiro filme ele gosta de mostrar suas vítimas e transformar aquilo tudo num “show”. Aqui ele o faz de novo só que dessa vez o público pode ver, passo a passo, dessa chacina. Isso representa um dos elementos de modernização da franquia, já que o que está em alta hoje é essa vibe “torture porn”. A cena em plano sequência em que ele começa o caos é surreal. Nota 1000 para todos os aspectos dessa parte. Enfim, a paixão pela serie Halloween é enorme e, diferente de outros fãs, eu me senti quase completamente satisfeito. Independente de alguns problemas de roteiro, a peteca nunca cai. Chega perto, muito brevemente, mas não cai. Em todos outros aspectos ele acerta. O filme me deixou tenso (durante todo o ato final) e me fez querer aplaudir a cada momento que demostrava toda a devoção e o carinho à um filme e à um diretor que mudou muita coisa no gênero. O trabalho em conjunto com John Carpenter funcionou. Melhor continuação da franquia. Foi lindo. Foi maravilhoso. E quero ver de novo. Muitas vezes! E que venham mais continuações à altura! 
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