Tumgik
#pierrotruivo
inutilidadeaflorada · 6 months
Text
A Cada Segundo Ocupam com mais Vontade a Ferrugem da Foice de Cardeias, Originando um Novo Evangelho
A ferrugem amanhece em figa Fisgando o fígado por fora da pele Tal ideia é milimetricamente organizada Por enxertos de garrafas açucaradas
O único anjo que me circula é o flúor inventar circunstâncias, aguar circos circuncidados A gratidão é uma emoção invertebrada Expondo as vozes desprezadas de minha memória muscular
Adqua-me entre graves vozes E a pulsão nas arcadas-encantadas Que botos barganham por amor A cada meia hora, a bandeira troca de valor
Cabem quantos vieses em comentários especializados? Cabem quantas cobras de vidro em fonemas do horário nobre? Cabem quantas hipóteses dentro do teu céu cor de carne? Cabe quanto pedantismo em soluções tão frágeis ?
Ouço vozes aveludadas Cantando canções dessincronizadas Sobre praticar esportes de luxo Com sobras da chacina de quarta
E outra vez a mesma farda E outra vez um acidente Que duques empunham Para alegrar sua virtude
Cumprimentar suas extensões apêndices Celebrar cada uma das crenças Que perduram como um fragmento De uma história desdobrável
Cada gota do teu despreparo Atraí tubarões e postulantes a tubarões Envaidecidos pela compostagem de aspirinas Arrotam com arrogância seus mitos e compulsões
8 notes · View notes
conjugames · 4 years
Note
Boa noite, filme o sacrifício do cervo sagrado, #PierrotRuivo
Boa noite, prontinho ✨
Enviem uma sugestão de filme ou livro + tag para os Tumblr’s abaixo para ter suas autorias reblogadas:
@verbetaveis ​ @convalescida ​ @reptilha ​ @borboletasnegras ​ @recitos ​ @provacoes ​ @poetificamos ​ @adesejei ​ @nevalisca ​ @conjugames ​
0 notes
Text
Fôlego
A falta suspira transtornos tragicômicos Aquilo que petrifica os sentidos Menos meus olhos amargos Exuma-se licores de dúzias de dias atrás Eu nego com força Qualquer arbitrariedade Qualquer nome que me tenha Como o apego escolhido ao cadafalso Perdão a tudo o que testemunhei As pequenas façanhas químicas Tratadas pelo pronome do milagre Toda a exposição de feridas reinauguradas Os comícios desenham o sexo de relógios E os tampam com sua degustação Ao inventar lobby e desgosto Instigam uma nova tendência entre os corpos Eu nunca mais amaria outro toque Se moiras me tecessem espadas fragmentadas Supostamente, louvaria acima do céu de gesso A tempestade se desprende no céu da boca-apocalipse O corpo trepida, o corpo se distancia Ossos bordam novos territórios Os olhos pendem aos borrões de liquidificações Em que líquidos espessos se expressam densos Ao atraso dos teus vis coelhos Me tenha envolvido na paixão temida São apenas sorrisos-anzóis Fisgando pela noite carícias enferrujadas Tudo isso que eu falo É sobre um impulso que não existe Marcados a sentença de tal possibilidade Um balé encenado de frente para o espelho
19 notes · View notes
Text
Queratina
Eu traí suas mãos de lábios Aos teus lábios em formatos de mãos Dilatei cores incomuns em teus dentes Casei, me arrependi e divorciei-me do teu tato És tu um anjo sujo Velando a memória além dos mitos Imitando a força irascível além do flerte Sugando imagens para a vã depuração Me assombram viúvas do futuro Onde se repete a mesma façanha Eu atrelado a você, como uma doença Ou vislumbres apáticos sem você Me escondi ao alcance dos seus olhos Como se atravessasse evitando conflitos A linha profana entre atração e distância Era a dinâmica que nossos olhos se perseguiam pela noite Em minha boca foram colhidos frutos enferrujados, Lençóis sujos e buquês mortos de amores esquecidos A contragosto minha boca escondeu a idade Existe um motivo e uma fome inacabada Há um rio doce e disforme Criado da canção dos teus cílios Discursos são propagados ao êxtase Para bustos de mármore Carrossel, outra vez que dorme e morre Como uma roleta russa escolhe a maldição Pois sua imprevisibilidade era uma dádiva A dúvida encrava-se em seus pares mundanos Eu mecho os lábios sem proferir sons Como se ensaiasse um discurso ou feitiço De pés descalços na terra, eu cavo túmulos Atrás da herança hesitante da minha origem
16 notes · View notes
inutilidadeaflorada · 2 years
Text
Substâncias
A última estrofe de nossas vidas, um troféu O último encontro de nossas vidas, um simpósio O último tato desajeitado, a manutenção da tentação O ato se encerra com ressentimentos e reticências... E tu, se parece comigo Reflete-se em meu sangue E no mesmo instante, não é mais O que era, foi-se indesejado Fogo e dor corroboram o fim Amônia sob os vestígios de corpos Há a química acima das nuvens Acima dos conceitos de catedrais Cantei tanto sobre você entre pernas Que soprei o humo da tua vinda Em beijos que me desacreditavam Possuir as pulsões que sorriam Escalei mantras, mastiguei tabus Vomitei amarras, me arrastei para fora de pesos Insuficientes aos meus pecados, preciso de outros Hei de construir aos teus valores novos crimes Sou efeito de somas e divisões Corações do mundo pútrido Enxertado de recordações desagradáveis E imagens bélicas de beleza ímpar É impossível me diferenciar, após a síntese Meu cheiro em teus dedos, já é uma morte revivida A força não me renovará, nem a promessa ou a barganha Tal aliança deverá ser viver plenamente em tua memória Por fim, eu venci minha alquimia Por sorte, eu sofri menos do que imaginava Por azar, você não estaria mais aqui E eu tinha uma certeza, deveria continuar...
29 notes · View notes
inutilidadeaflorada · 2 years
Text
Meus Hábitos à Tuas Ordens
E tudo que eu escrevo é fruto do vício Em encenar melodramas envelhecidos Riscar rostos com a ponta dos dentes Usar teu púbis ao meu luto, transtorna-lo em véu Me tens atado em teus discursos Demônios bifurcam caminhos em tuas feridas Começam pela espinha, tomam agora o torso Apossam-se de braços e pernas, esquecem da anca Os ombros são uma travessa Onde ossos de anjos feios são servidos Deleite-se com hipóteses e decepções Envelhecem a pele e dão um ar low profile Referencie minha imagem aos lábios de valsa Eu sei que eles perfumam-se ao meu descaso Uma vitória assoprada por gênios inúteis Teu vigor é uma insistência assimétrica A ficção vira hábito, a ficção é um frenesi Tal força dita a farmácia aquém da química Onde corpo-templo alcança, o homem o veda Eu tardo minhas expressões à ponta da língua Todo inferno é púrpura Rogado de boas intenções Suas paredes de falos dissecados Dizem-nos o ódio secular que habita Assombrado pelo meu próprio rosto Adormeço na catedral do meu prazer Rezo impurezas em minha saúde pública Aterrem-me de uma vez em outro desastre A sala que me espera, dita-se orfanato Uma após a outra, fugas desistem Como minha própria testemunha, advirto: A minha vontade de possuir álibis, será minha ruína
12 notes · View notes
inutilidadeaflorada · 2 years
Text
Suspiro/Intuito
Ao teu desprazer teocrático, ainda pulso Mesmo que tenha gritado preces ao meu declínio Conforme-se com teus horizontes de cortinas e véus Há olhos e sorrisos tão afiados quanto máscaras E quem dorme contigo, te detesta Desgastada sentença, ordinária presença Açoite e propostas, promessas e vaidades Aqui se encolhe em traumas alheios Soluço entre teus beijos e cigarros Um romance nocivo, em véspera do final A boca que cala, me curva à um cova de dentes Desgarrado céu da boca matutino A essência que nos apavora O rancor que devora anos A dúvida que se preste Aos olhos esculpidos de culpa Choro enquanto gozo rancores de plástico Alagando teu deleite com minha penitência O despreparo é um imã, atraindo outras anfitriãs Meu serpenteio é um cadáver enxertado de soluções salinas Me amparo aos muros, vomito teu nome Enquanto me fareja por saias rodadas Me escondo no escombro de madrugadas Inférteis ao que tu pensas, recluso permaneço Atente-se enquanto me falsifico viúvo Arrastando teus ossos como joias Medito dentro de espelhos incompletos Desenho tua silhueta em tijolos embriagados Desprendido de ti, aprendi a ser solidão Para prolongar serpentinas de fevereiro Já que meu estômago requenta lembranças De carnavais fora de época e faíscas extra conjugais
12 notes · View notes
inutilidadeaflorada · 2 years
Text
Intitulado
Eu dançaria entre tuas presas Eu engoliria o fogo da tua voz Eu me marcaria em tua tormenta Se fosse para lhe trazer alívio Eu respiro dentro da tua beleza Diluindo-a sem tal intenção Eis a selva de mãos atrevidas Se desenhando em valsas vulgares O Horizonte dessas pulsões Enxergam-se nos ramos dos cilhos Em revolta, permissão e caricatura Devota entrega para fora do baile das máscaras Perfumes adocicados e cinzas de cigarro Em desleixo se arrastam em teus pulsos A calma em que corantes derretem de tuas gengivas Eu sangro igual as poções soltas dos teus beijos frouxos Meus ossos cantam como sinos Tragédias anunciadas e açucaradas Para entreter visitas em poltronas Contando clavículas e costelas de elefantes brancos A flor de zinco se dissolve Em um formigueiro Onde formigas devoram ratos E fazem de bordel seus restos mortais E tudo que eu ainda sei Era o arrepio da tua pele Ao ser beijada lentamente Os arrepios que emergem como furacões No alto de meu cinismo, eu afirmo Nos tratamos como um romance Mesmo que empunhávamos as piores intenções Ainda erámos morada de um zelo, mesmo que mentiroso...
46 notes · View notes
inutilidadeaflorada · 2 years
Text
Mar do Mediterrâneo
Teus olhos de cigarras me tecem vigilas A espreita, me olha entre véus soturnos Todo ato, atordoa a construção do bolero Minha nudez é um país embargado por ordem de feridas Pendo para teus braços Peço pela tua recepção Ignoro meu juízo Me desfaço de minhas vaidades O sal do teu mar de lágrimas Ainda era substancia empobrecida Incapaz de mudar o sabor da cicuta Presente em cada palavra minha Atordoante, eu decoro seu nome De trás para frente, enquanto transgrede Aos espelhos de petróleo que me encantam Eu sou a força de qualquer máquina Meus dedos já foram o paraíso Abrigando um mistério de névoas Tremores vastos, vagueado guerras Vadiando pulsões expectoráveis Deite-se em meus lábios ensanguentados Recrimine as bocas que surgem em meus estômagos Doe teu sangue-pólvora dentro da minha retina precipício Assim, hei de incriminar-me na imagem bestial que me enxergas Tu que muda de etnias Calça simbolismos e sotaques Inveja ouro e outras especialidades Em nome do vento carregado de areia Eu me ofereci a vastidão Eu me defendi de teu rancor Eu me fiz em tua turva pele Esconda-me da gula Gaia de ferro que proclama minha morte
16 notes · View notes
inutilidadeaflorada · 3 years
Text
Que Empilhem os Corpos
Internaliza-se, trancafie-se Guarde-se para si No silêncio de uma noite chuvosa Não me importa tuas dezenas de mortes Meu peito aberto, sangrava e expurgava: Outros corpos e animais de pequeno porte Objetos de luxo exclusivos e carabinas Crimes e testemunhas, amantes e álibis Todos valsando com a vassoura Uma valsa torta entre tapetes e ameaças Empilhando línguas de sogras E dissolvendo comprimidos Amanhã talvez, eu convulsione Feche as portas e as janelas Não me questione, esconda-se Ordena-me o coronel Aceite-me como parte infindável tua O poeta mentiu com todas as forças Após o estrondo, o silêncio preenche Não em tons vespertinos de luto Não confie no Genghis Khan Eu aprendi a amar com os dedos Enquanto teu pai aprendera com os bichos Me perdoe, pois somos o império das serpentinas Os versos são belos Aqui se ama, aqui se amaldiçoa Em berço esplêndido, a morte avalia Outra criança escorada em ceifadores A ideia de paraíso lhe corrói O corpo, a intenção e a memória Tens em teu peito o teatro de argila Favor, inventar novos deuses deliberados
35 notes · View notes
inutilidadeaflorada · 4 years
Text
É Melhor Estar Morto, Do Que Passar de mão em mão em teus demônios
Meu peito é um porto Onde despedidas são a certeza Chegadas um turbulenta dúvida Esta década está fechada para chegadas
Minha alma fora enxertada com sonhos que nunca quis Minha carne fora enxertada com a beleza exigida De meus estômagos são arrancados toda a fome Mais ainda sobram-se peles e descompasso do tempo
Vejo teus filhos fedidos a cândida Banharem-se no óleo de coco Vestirem um denso véu de fuligem E vagarem por esquinas, pregando sofrimento
A chuva que caí lentamente Procura os lábios dos errantes Que a aceitam de bom grado Como se fora leite materno
Eu sou deposto do meu próprio sentido Nu e exuberante, caçado por viúvas Sufocado ao ideal do barro Reconstrua-se querido, ao rigor deste mercado
O sangue estranho em minhas veias me faz demônio O sotaque estranho em minha língua me faz estrangeiro Meus olhos incêndio, fez-me artista, e sua reza um pagão Que seja um daqueles obedientes, sem lábia subversiva
Domo a imagem do corpo que se distorce Frente ao espelho d'água parada Sou o cravo desossado, o perfume do passado Eu encarno a morte cítrica que chega com chaga a todos
Eu sou a bruxa e seu feitiço Eu sou a uva e seu licor Eu sou a maldição e o seu deus Eu sou o castigo e sua retalhação
2 notes · View notes
inutilidadeaflorada · 5 years
Quote
Os zumbidos no estômago A cera na garganta Um adjetivo para fantasiar-se Como mal do século Bebo da medalha Como um placebo Invejo a sua arcada De caninos adagas Gengiva de gengibre Ácida a todas as aftas Queima todo unto Por receitas desnecessárias Destile o detox para dentro olhos Em primeiro lugar Em segundo, um bom banho Vermelho chá de carquejo Desiste da ideia do veneno Próprio filo mexeriqueiro Põe-te em pé de igualdade Com qualquer gole de cicuta A espera do leite e outras colheitas Sente-se aqui, mantenha o bronzeado Saudável de origami, que se desdobra No fervor do céu nublado-mornaço Anêmica verdade, entre dentes amarelados Café e cigarros, são os amantes dessa boca Que tão viúva não esconde os traumas Nas dobras e voltas que suas rugas dão Atraso, atraso, metabolismo fraco Franco rosto de algas vermelhas e raízes enferrujadas Pilulas embaixo da língua para conservar a alvorada E tudo que pode-se sonhar  com eufemismos diurnos...
As Carícias Fitoterápicas, Pierrot Ruivo 
9 notes · View notes
inutilidadeaflorada · 5 years
Quote
Limpe seu beijo de meu rosto Os gracejos de romance confissão Lhe desbotam o homem Saído fugido dos braços do moinho Se teus cuidados de navalha Submergem-me em mágoas doces Lhe quero por mais doze doses Para enfeitar meus árduos trabalhos Me enterre com tuas trouxas de roupas Esquecidas embaixo da cama Juntando-me a o bolor de pares de anos Transformando-me a pele Aos poucos vertemo-nos em cupins Entalharemos dentes ao pé de tua cama Escreveremos manifestos e escárnios Até ceifamos tua língua Maquiável na dentição No rosto, na fala Na postura cínica E na póstuma intenção Verdade passeio de pavão Vaidade negada de pés juntos Os mesmo pés juntos Que hão de prescindir o enterro O paraíso dionísico Para uns e outros Sem fim e um eterno meio Sangue requentado e disperso Desperdiça o inferno dos sonhos Rogado à muito feitio idílico Rezado com tamanho afinco Protagonizado pela oferenda densa
A Inscrição de Minha Lápide: Eu e Fausto, Um Divino e o Outro Maravilhoso. Nenhum deles Será Narciso, Pierrot Ruivo 
7 notes · View notes