Tumgik
#revivendo coisas antigas
o-fan · 17 days
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Olá queridos e queridas heróis e heroínas da vida, meu cantinho aqui tem a proposta de manter viva a memória e lembrança das coisas do passado, sejam elas gibis ou filmes e jogos, não sei o alcance que conseguirei aqui, más estou tendo o apoio do meu amor keke para fazer isso dar certo, e eu pretendo também gerar uns debates sobre algumas coisas, quero que deixem a opinião de vocês, falem, critiquem, más venham interagir com a gente se possível, deixa ai sua dica de filme, jogo ou música, esse cantinho também é para vocês falarem aqui pelos cotovelos, eu percebi que últimamente muita gente esta procurando por coisas antigas, revivendo o passado em suas lives de jogos retrô no yutube e afins, pessoas que ainda não deixaram o passado morrer, e seria um prazer ter vocês aqui interagindo comigo, aqui você esta em casa, então espero que tudo possa dar certo e nós venhamos a manter a memória do passado ainda viva aqui meus queridos heróis, eu sou o Fan e conto com vocês, mandem ask fazendo perguntas, mandem um oi que vou responder vocês, sejam muito bem vindos meus queridos heróis ao meu pequeno cantinho que chamarei de a toca dos gatos, eu sou o Fan e muito prazer!
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planteador · 1 year
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Opa 2011 tamo junto!!
Incrível como quem é das antigas não abandona o Tumblr (de vez), acho que isso aqui é tipo um vício né
Sim, fez parte do que somos hoje, e tava até revivendo algumas coisas que eu postava e sdds daquilo tudo
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emotionalboy2k01 · 2 months
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Um sonho revivendo o passado.
É um pouco indescritível, levando em consideração que são apenas sensações que sentimos de volta.
Mas com total certeza, são distorcidas. A saudade, nostalgia, vontade de viver algumas coisas novamente trazem algumas sensações ou memórias inquietas.
Lembro de ter visto algumas pessoas, certas pessoas, felicidade de sentir alicerces antigos, cheiros, vozes, olhares... Mas são coisas vividas que ficarão eternamente na memória.
Sinto falta de muita coisa? Sim. Algumas pessoas? Sim. Posso me martirizar? Obviamente não.
Posso dizer que pelo sonho, foi bom rever algum ou outro, sentir alguma ou outra coisa, mas se no presente estas pessoas não estão aqui, existem motivos, o que reforça: memórias antigas são distorcidas, também haviam problemas na época.
Uma sensação de dor, saudade e amadurecimento.
Precisei tirar isso da minha cabeça.
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farolmar · 3 months
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Hoje, procurei coisas que me relembrariam um tempo onde meu único problema era "amar" você. Olhei todas as suas redes sociais e procurei nas publicações antigas algo que me fizesse sentir como naquela época. E descobri que nós não somos mais os mesmos. Eu não sou mais a mesma.
Naquela época eu fantasiava a minha vida como se eu fizesse parte de um filme e nós éramos os protagonista.
Nós nunca fomos.
Nós nunca fomos nada.
Desde o início até o fim prematuro, nunca existiu a gente fora da minha cabeça. E por muito tempo isso doeu muito em mim. Até que um dia parou de doer. E você foi saber disso anos depois.
No fundo nunca foi sobre você, sempre foi sobre mim. Sobre o que eu desejava do fundo do meu coração que fossemos (mesmo nunca tendo feito nada para acontecer).
Eu sempre achei que você viria e a parte mais cômica dessa história tosca de amor que me perseguiu por tanto tempo, é que você realmente veio... quando eu já estava apaixonada por outra pessoa.
Sim, eu estava enganada. E não, nós não fomos feitos um para o outro.
A gente não era destino. Nosso destino sempre foi acabar ali. Sem beijo, sem declarações, sem promessas, sem "almas gêmeas"... só acabar.
Se eu soubesse disso naquela época uma parte importante de mim também acabaria junto com a nossa "amizade". Então, eu reconheço que você foi uma parte importante na minha adolescência. Com certeza bem mais do que eu fui na sua.
Uma vez você me disse que não sabia como dizer que eu estava errada naquela época. Você falava das minhas atitudes. Mas, hoje, eu vejo que estava errada de achar que era recíproco meu sentimento por você. E tá tudo bem. No fundo eu sei que você também já gostou de mim, em uma época errada talvez, por uma fração de segundos, enquanto você olhava a minha foto do WhatsApp e pensava o quanto eu era "maluca" por estar revivendo uma história morta a tanto tempo, quando você passava em frente ao meu antigo emprego e me procurava, quando rapidamente o mês dos nossos aniversários chegava e vc lembrava que uma vez eu já havia te dito que também fazia aniversário em setembro, nas vezes em que você me encontrava na rodoviária, no momento que você me olhou bêbado no ônibus e sua única vontade era me beijar, nos momentos que você tentava me convencer que o meu ex não era certo pra mim, nos quizz que você acertava tudo e provava que me conhecia tão bem... Enfim, eu estive lá. Nos seus pensamentos. E as vezes eu gosto de pensar nisso. Sem mágoas e com muito carinho por um dia ter vivido essa história, muito mais minha do que sua, mas única. Uma história em que você foi o protagonista em várias temporadas. Te agradeço por isso.
Um dia, no auge dos meus 15 eu te dediquei todos os textos num tumblr, aos 18 eu apaguei junto com toda a ilusão da nossa história de amor platônica. Mas, eu queria que um dia você soubesse, que mesmo você não tendo lido tudo que eu escrevi sobre você naquela época... no auge dos meus 24 anos, a memória de você, tímido de casaco azul, cabelo jogado e poucas palavras vem me visitar. E espero que isso te conforte quando você se sentir sem importância. Porque você foi, uma parte muito importante na minha vida.
-M
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db-ltda · 3 months
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É incrível como os anos se passaram e sua imagem continua a mesma na minha cabeça. Parei antes de dormir para rever algumas antigas anotações e me debrucei sobre a minha própria história como a muito tempo não fazia.
Lembrei de coisas doces e amargas, imaginei os possíveis futuros de algo que não poderia e não vingou. Senti desejo de vingança frente a vida por seu sinuoso caminhar, que toma nossos sonhos quando não esperamos.
Revirando o antiquário da minha alma e as lembranças de minha história, eu percebi que faço pouco caso de pouca coisa. Notei que anotei não sei onde, um tanto aqui, outro tanto lá, mas era algo sobre como tudo vinha acontecendo.
É claro que remoendo, revivendo e "redizendo" eu não pude deixar de notar…
Você continua lá e permanece no lugar, como memoria marcada, que amarrada e cicatrizada, ainda lampeja paixão.
Queria mesmo era encontrar novamente aquele poema que escrevi, li e rasguei…
Ainda não entendi porque apaguei, mas de certo foi para me proteger.
Tantas luas se passaram e nada se passou, o destino até que sorriu e gritou, mas você ficou
Não sei…
Porque…
Mas lembro-me de te pensar por horas e horas e muitas vezes sorrir, como se o destino não a tivesse deixado partir, como se ainda houvesse algo a cumprir. . .
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search-u · 2 years
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Por favorzinho, poderia encontrar se as pessoas são religiosas na China? tipo taoismo, essas coisas? (tl, rm)
Pesquisado, checado, traduzido e resumido, hon'!
Estatisticamente, em dados adquiridos em 2015 pela Gallup, 90% da população chinesa se considera ateístas ou não religiosos. Contudo, pesquisadores & historiadores modernos trazem outras perspectivas.
Segundo David Palmer, professor no Departamento de Sociologia na Universidade de Hong Kong, e Yang Fenggang, diretor do Center on Religion and Chinese Society na Purdue University, religião está revivendo na China moderna (desde os anos 90, mais ou menos) com as mais populares sendo Budismo, Taoísmo, Islã, Cristianismo, Protestantismo e religiosidade/crença popular. O professor Yang Fenggang também aponta que a juventude moderna, é mais aberta a "questões religiosas e espirituais" e tem se convertido — principalmente Budismo e Cristianismo. Ambos os professores dão ênfase na diversidade religiosa da China e a influência do estrangeiro nas últimas décadas. Fonte, fonte.
É importante, também, lembrar que, tradicionalmente, praticantes de Budismo, Taoísmo e Confucionismo se interligavam e misturavam as práticas. Fonte. Isso se enquadra, até certo ponto, com as religiosidades/crenças populares que são inúmeras. A professora Anna Sun, da Kenyon College, reforça que a maioria das pessoas que se consideram ateístas ou não religiosas ainda praticam alguma forma de religiosidade/crença popular (feng shui, por exemplo). E que muitas pessoas praticam certas religiões mas não são praticantes devotos. Ela também aponta que há uma transformação/reinvenção dessas religiões mais antigas, como mulheres tomando parte e sendo figuras importantes em rituais Confucionistas na modernidade. Fonte.
Resumindo, é uma questão complexa. Porém, entende-se que religião é presente e comum no país (mesmo com suas práticas sendo "reinventadas" ou não "tradicionais"), mesmo tendo a predominância de não-religiosos & ateístas — e que religiosidade/crença popular possui um papel muito importante.
*Há outros detalhes relacionadas a religião na China, mas não mencionei porque não era a questão.  
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good-madnesss · 3 years
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recaídas são um saco, chega uma hora que nada mais faz sentido e tudo por alguém que nem lembra mais o seu nome ou a virada da esquina da sua casa.
é revoltante.
logo pra mim, uma menina de 22 anos com trabalhos e faculdade pra se preocupar ter que se preocupar com coisas do coração.
coisas do coração são, de fato, uma bela bobagem.
eu quero me preocupar comigo mesma, em me sentir bem, em até quando vou deixar o cabelo crescer ou quando vou poder ir fazer minhas unhas novamente.
não quero passar meus dias pensando em casamentos, filhos ou viagens em família que podem nunca acontecer.
quero decidir viajar pro Chile dois dias antes e só avisar mamãe quando já estiver lá e falar "vem pra cá mãe, pago sua passagem pra amanhã"
quero me preocupar com TCC, um sapato que não cabe mais no meu pé ou nos dias que tenho que lavar o cabelo.
não quero passar dias revivendo momentos com quem já seguiu, com quem magoou. não quero lembrar de datas de aniversários ou antigas datas de noivado.
não quero ter que ficar aflita todas as vezes que o sol entrar em Touro.
quero paz e descanso de sentimentos que não deveriam mais fazer morada aqui.
vou tacar sal grosso nas portas e janelas e andar com um colar de prata com um pingente de sal grosso também, que é pra deixar tudo que não deveria estar aqui do lado de fora, dando tchau para a janela lá longe, em cima de uma torre inalcançável.
quero a cada dia me sentir mais sozinha e gostar disso.
é o famoso e clichê "se amar".
e se um dia eu arranjar um amor. aí eu chamo a mim mesma de louca e reescrevo tudo que falei aqui hoje.
até por quê tudo são fases. e essa fase de agora é de uma menina querendo ser feliz e deixar a água desse rio rolar.
sem traumas e sem correria, sem estresses e sem recaídas.
recomeço.
- beatriz
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prosificada · 4 years
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estou olhando algumas fotos antigas e revivendo todos os momentos felizes em minha mente.  eu nunca soube valorizar tudo aquilo que eu tinha, principalmente as coisas boas. eu sei que fotos não passam de lembranças registradas, mas ela remetem algumas pessoas inesquecíveis, como ele; tivemos bons momentos juntos e os ruins não ficaram escondidos. existem fotos que mergulho intensamente nas lembranças e, quando dou conta, estou mergulhando nas minhas próprias lágrimas.
foi doloroso chegar até onde cheguei, foi cruel ter que deixar parte de mim para trás, mas foi necessário.
prosificada.
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nao-fale-sobre-mim · 3 years
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Eu fecho os olhos e vejo momentos marcantes e lembranças queridas com você. Vejo mãos se tocando pela primeira vez, timidez, insegurança, distância, fotos antigas, garrafas de vinho, cigarros, filmes e muito mais. Me lembro das madrugadas, dos encontros, de todas as vezes que os labios se encontraram em sublime momento de satisfação, ignorando o medo, a insegurança, a vergonha, a culpa. Sinto falta da sincronia, da afinidade e da atenção, mas cheguei até aqui tendo muito pouco de ambos e está tudo bem afinal. So poderia estar tudo bem, mas com você ao meu lado. Poderíamos fazer como antes, ignorar tantas coisas pra resolver o que realmente importa. Poderíamos ser sincero um com o outro pra sair da conturbada relação velada. Enquanto isso não acontece eu continuo revivendo a melhor cena de elevador que tenho na minha memória e vislumbro a lua como se estivesse olhando diretamente pra você. Eu te amo... eu demorei pra me dar conta do tanto, mas agora talvez ja seja tarde.
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claquetevirtual · 4 years
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Análise de SW: A Ascensão Skywalker (SPOILERS!)
A saga Skywalker chegou a seu final, ao menos, no momento e o Episódio IX trouxe várias discussões para a roda de debates sobre Star Wars e a Era-Disney iniciada em O Despertar da Força (e que deve continuar de outras formas para além desse A Ascensão Skywalker). O filme dirigido J.J. Abrams (regressando do Episódio VII) herdou uma tarefa muito difícil, tendo que agradar os defensores das decisões tomadas pelo cineasta Rian Johnson em Os Últimos Jedi e trazer de volta ao time quem havia detestado os rumos da série e que preferiria uma volta as origens, além disso, cabia ao longa ser um encerramento não apenas da atual trilogia como também a história central como um todo da franquia começada em 1977. Tendo que cumprir diversas tarefas, fica visível no ritmo incessante e nas descargas de informações a cada minuto de projeção a quantidade gigante de conteúdo que o título precisava percorrer para tentar dar conta de tudo e vamos falar um pouco das surpresas trazidas pela película – ALERTA DE SPOILERS: siga em frente somente se já a assistiu ou não se importa em saber certos detalhes, estejam avisados!!!
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UNIVERSO ESTENDIDO Quando a Disney comprou a Lucasfilm junto de todas as suas propriedades intelectuais das mãos do seu criador, George Lucas, uma das decisões executivas da empresa foi fazer uma limpa no cânone de Guerra nas Estrelas, deixando de fora da cronologia os elementos introduzidos até então em jogos, livros, histórias em quadrinhos, etc. Conhecido como Universo Expandido, esse material que ampliava o cinematográfico havia contribuído muito para sabermos o que aconteceu na galáxia distante pós-Retorno de Jedi e sua perda foi sentida por quem era apegado ao futuro conhecido de Han, Luke e Léia (como estabelecido durante décadas nessas mídias). Mas se sob nova direção esse ‘futuro” pareceu perdido ou bem distante, o Episódio IX é dos capítulos recentes o que mais se esforça para resgatar alguns elementos do antigo EU (abreviação em inglês de "Extended Universe"), como, por exemplos, a própria “ressurreição” do Imperador via clonagem e técnicas secretas Sith, algo tirado diretamente da HQ “Império do Mal” (”Dark Empire” no original e lançado por aqui há tempos pela Editora Abril), fora o treinamento nas artes Jedi da Léia (um retcon claro da figura estabelecida até aqui da General da Resistência), poderes de cura usando a Força (projeções idem, a propósito) e todo o conceito de um mundo onde o Lado Negro é poderoso e existe toda uma raça (sim, Siths eram uma raça antes de virarem uma seita) cultuando os mestres das artes das trevas (aqui simbolizado na forma do planeta Exogol).
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SAGA SKYWALKER EM 9 PARTES Havia em O Despertar da Força uma nítida impressão de que a nova trilogia respeitaria os filmes clássicos, porém não daria devida atenção aos prelúdios, que foram muito criticados pelos fãs das antigas na época de seu lançamento. A ideia de que só contava para a história de agora as partes “melhor quistas” sempre foi incômoda para quem gostaria de algo que honrasse os acontecimentos como um todo e A Ascenção Skywalker faz essa correção de rota com diversas referências, além de seguir tramas introduzidas nos Episódios I, II, III, como a “Ameaça Fantasma” de Darth Sidious, agora em um sentido mais literal, as técnicas de clonagem que conhecemos desde Ataque dos Clones e a busca por evitar a morte – que selou a barganha entre Palpatine e Anakin em A Vingança dos Sith. Darth Vader, aliás, tem seu arco completado pelo neto, Kylo Ren, ecoando sua frase de que o faria (“Eu vou terminar o que você começou”), especialmente quando Ben Solo vai para o Lado Luminoso da Força em meio a limpeza das águas de Endor, numa paralelismo com o avô, tentado e caído em meio ao fogo de Mustafar, e depois quando o moço realiza o desejo de Anakin em salvar quem ele mais amava (Rey vira Padmé nessa hora), não pela forma possessiva dos Sith (“Eu não posso viver sem ela”), mas pelo altruísmo dos Jedi (abrindo mão da vida dele para salvá-la e “justificando” o romance tão especulado entre os dois).
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RETCONS
A coisa mais difícil que The Rise of Skywalker precisou endereçar foram as visões aparentemente distintas do dueto de capítulos que o precederam, tentando da melhor maneira possível diante de uma situação impossível, agradar a gregos e troianos, dando prosseguimento ao conto de forma que fizesse sentido assistindo aos três filmes e conectando pontos aparentemente tão incompatíveis, para tanto, a peça revisita algumas passagens e reposiciona nossa compreensão delas adicionando layers como as origens de Snoke (mero puppet para a consciência do Imperador e criado em laboratório) ou a recém descoberta sensibilidade na Força por parte de Finn (para entendermos melhor como foi possível ao ex-stormtrooper se livrar do condicionamento da Primeira Ordem), nessa reorganização, algumas pontas são seguidas, como Poe Dameron assumindo a liderança do grupo no lugar de sua mentora ou o choque entre Kylo e General Hex, outras deixadas pra trás, vide a paixão de Rose (cuja participação é super reduzida) pelo ex-inimigo e agora “escória rebelde” (e amigo). Alguns acréscimos servem para óbvias compensações pelas faltas anteriores, como o Mestre Skywalker em forma de fantasma catando no ar o importante sabre que ele mesmo havia arremessado com desdém na ilha de Ahch-To ou a reação de Chewie pela morte da amiga e ex-esposa de seu grande parceiro de Millennium Falcon (reclamação que já havia o feito abraçá-la no Episódio VIII por causa da ausência dessa cena no luto dos dois no Episódio VII). A própria mudança “coloca e tira” máscara de Kylo entra na jogada e serve de ilustração do estado emocional do menino estilhaçado internamente e isso é notado por Rey, com essas “visões distintas” para o personagem servindo para alimentar seu conflito interior. Porém, alguns acréscimos surgem sem avisos prévios e até destoam do que fora contado, visto Poe e seu passado como pirata e contrabandista espacial, introduzido para ressaltá-lo como o Han Solo do trio atual e que meio que contradiz seu passado de academia espacial (visto nos livros, desenhos animados e quadrinhos relacionados).
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MITOLOGIA
Pautado em arquétipos mitológicos, Star Wars é tão fantasia quanto ficção científica e esse aspecto de “lenda” parece presente desde o letreiro inicial de “há muito tempo” e reaparece mais destacadamente aqui (fora bem abandonado em The Force Awakens e explorado só um pouquinho em The Last Jedi) seja no fatalismo do destino que alcança os personagens para mostrar para eles como estavam conectados desde o início (Rey Palpatine/Skywalker) até por desígnios da Força (“Nada acontece por acaso”, lembraria Qui-Gon), seja também no singelo momento em que a jovem Jedi cura uma criatura no meio do caminho para ganhar dela a passagem para seguir em sua missão - e assim como na função lúdica dos mitos, ensinando a “criancinha” que assistia, BB-8, a seguir o exemplo e fazer o mesmo, com o astromecânico roliço posteriormente usando de sua própria “força de vida”, sua bateria interna, para trazer à vida o novo amiguinho, D.I.O. Casando com a ideia de Johnson de que cabe aos Jedi, visto a turminha brincando com os bonecos de Luke Skywalker em Os Últimos Jedi, inspirarem as pessoas e que seu poder deve ser usado para defesa e conhecimento, nunca para atacar (frase icônica do Mestre Yoda, por si mesmo, a “raposa” aparentemente inconsequente que se revela poderosa e mística em O Império Contra-Ataca).
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REYLO
Os dois protagonistas da nova trilogia, Rey e Kylo, lutam bastante no Episódio IX, seus embates servem não apenas para dar embalo em várias cenas de ação como servem inclusive para aproximá-los e estabelecer de forma ainda mais clara o quanto ambos são espelhos na Força (“gêmeos”, mas não no sentido literal de Jacen e Jaina do velho EU, mas em “alma”), a conexão deles estabelecida no Episódio VIII ganha ainda mais destaque e é usada para reforçar o quanto um completa o outro no espectro da Força. Ambos tiveram no trio da trilogia original suas figuras paternas e maternas mais positivas, ambos lutavam contra sua natureza (ela, sendo uma Palpatine, ele sendo um Skywalker), ambos tem uma conexão genealógica indireta, trazendo um pouco de "incesto" de volta a parada (fica implícito que foi o Imperador que manipulou os midichlorians para criar Anakin no novo cânone, depois “adotando” o menino como os filhos dele adotam Rey em A Ascensão Skywalker). Forma encontrada para dar a moça o final contos de fadas para ela ter uma origem mais nobre do que descobrir ser uma mera “qualquer” (sem perder o tema de que qualquer um pode fazer o bem, mesmo uma desconhecida ou alguém de raiz tão perversa quanto uma Palpatine) e que propicia ao moço fazer o esforço para abandonar sua persona sinistra de Kylo e renascer como o carismático Ben, graças igualmente ao sacrifício de sua mãe - com Carrie Fisher sendo fundamental para a trama e surpreendentemente uma das melhores coisas da obra, uma vez que os responsáveis estavam limitados pelas cenas já filmadas e deletadas com a falecida atriz do Episódio VII – somado ao perdão do único sujeito que poderia perdoá-lo das atrocidades que ele cometeu como o líder dos Cavaleiros de Ren, seu pai, Han Solo (frutos de sua mente revivendo a sequência em que o filho o matou na passarela da base Starkiller, contudo, agora tomando a decisão correta, finalmente).
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JEDI E SITH
Uma das propostas introduzidas pelo longa é o embate derradeiro entre os Jedi e Sith representado por Rey (& Ben) contra o Imperador, com os Sith vivendo dentro de Sidious e permitindo a ele e ao mal encarnado a sobrevida desejada enquanto a jovem Jedi entra em contato com o outro plano da Força e recebe dos mestres que a sucederam - com vozes/cameos em profusão! – o impulso de que ela precisava para usar os sabres de seus mentores Skywalkers para destruir o regresso do Império, agora apelidado de Ordem Final. Quando ela, posteriormente, volta a fazenda de Tattoine onde essa aventura começou em Uma Nova Esperança, a imagem dela depositando as armas de uma época mais elegante suscitam como se eles estivessem sendo plantados e não enterrados, diferentemente da doutrina de Kylo de deixar tudo para trás, ela adota a de Luke após o sermão de Yoda de que temos que aprender com as falhas, seja as dos magos espaciais, seja de pais e mães com seus filhos e as dos pilotos que tomam decisões erradas no calor da batalha. Lá, com sua herança Skywalker assumida e diante dos imponentes sóis no horizonte do planeta desértico, se fecha essa etapa da jornada com ela construindo seu próprio sabre, simbolizando seu próprio caminho, sem ignorar o passado, mas o aceitando e construindo e modificando em cima dos alicerces deixados – de bom e de ruim – por quem veio anteriormente para os que aparecerão daqui pra frente. Aqui, seu poder de curar parece apropriado a sua função na narrativa, lhe permitindo não matar a ordem de Cavaleiros da qual agora ela é uma integrante, mas restaurá-la de uma forma apropriada, com as virtudes mantidas em seus ensinamentos e os vícios soterrados para o bem de todos em um buraco na areia não muito diferente daquele que ela cresceu para germinar como heroína de uma posteridade inteira.
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POEMA VISUAL
Lucas sempre disse que Star Wars é um filme visual - e voltado para crianças - e assim como um poema, imagens e temas se repetem em estrofes que aparecem aqui e ali enquanto essa composição segue sendo regida, especialmente nesse soft reboot que a companhia realizou para entregar ao público algo que nos remete diretamente aos primeiros longas e os resumem basicamente nessa igualmente continuação, com caras novas se juntando e fazendo as vezes do papel da velha guarda, quando preciso, ou com os rostos conhecidos reaparecendo para dar prosseguimento ao que faziam (Lando e Wedge). A Ascensão Skywalker apresenta comparações diretas com o todo, todavia, segue mais de perto o Episódio VI, trazendo obrigatórias perseguições entre speeders, Imperador como antagonista maior, resgate de herói capturado (Chewbacca, no caso), celebração ao estilo edição especial - revisitando locais importantes que festejam a queda da opressão espacial - e o vilão tendo seu momento de redenção. Criticado pelo uso desse artifício em excesso em O Despertar da Força, J.J. promove a teoria do anel em A Ascensão Skywalker usando o fan service para ressaltar a conexão com o que aconteceu previamente e utilizando a nova trupe para criar dinâmicas que tentam diferenciar as cenas o suficiente para elas serem menos cópias e mais homenagens as contrapartes que conhecemos desde que o a Tantive IV foi perseguida pelo Star Destroyer na abertura de A New Hope - dando o pontapé a uma jornada de décadas que prosseguiu até 2019 e que deve trazer muitas outras novas aventuras de 2022 em diante e manter a Força conosco, por muito tempo ainda. Sobretudo mantendo a média de um bilhão de arrecadação a cada título que desembarca nos cinemas mundiais.
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eliizaa · 5 years
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Eu fui amaldiçoada com o dom da escrita. Amaldiçoada em ver todas as coisas de forma poética. Como se valesse a pena sentir o coração ser destruído nas mãos de alguém. Como se compensasse morrer um pouco mais revivendo o que passou. Meus sentimentos não tem mudado. Logo, os textos também não. Talvez seja esse meu castigo. Viver coisas incríveis. Viver coisas que não podem ser esquecidas, com pessoas que eu decoro o número e ligo quando o álcool faz efeito. É ridículo. É ridícula a sensação. Eu queria ver o mundo de forma rasa como quase todas as pessoas. Mas se simplesmente seguram a caneca de forma diferente, ou se falam sobre o que ninguém nunca está disposto, pronto! Está aí um personagem perfeito para livros que nunca vão ser publicados. Mas vão continuar me matando por escreve-los e os ler como quem vê fotos antigas.
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manu-dantas · 5 years
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This Is Me Swallowing My Pride || @cadu-belt
Havia perdido as contas de quantos minutos passara sentada sobre o piso de cerâmica. A dor em seus glúteos lhe alertou que não devia torturar-se ainda mais, e por isso, quinze minutos depois da partida da Natan, se pusera de pés e forçara sua ida até o banheiro. Nua de corpo e de alma, misturou a água que caía por suas bochechas com a que caía do chuveiro. “Tudo que eu preciso é dormir. Amanhã já vou acordar bem.” Repetia para si mesma, ao passo que lavava os cabelos e o corpo com lentidão. 
Enrolada na toalha, ela se arrastou até o closet. Olhou para os cabides, abriu as gavetas. Tudo ali parecia lhe atormentar. Cada peça guardava uma memória diferente com ele. Pegou uma calcinha e um sutiã qualquer e caminhou até a lavanderia. Vasculhou toda a área em busca de algo que conseguisse por no corpo sem sentir o peso psicológico. Por sorte, enquanto saía, se deparou com uma caixa de papelão com o nome de ‘Alessandra’. Sem pudor, Manu abriu a caixa da sua antiga companheira de apartamento e encontrou algumas roupas antigas que ela nunca passara para buscar após a mudança. Alcançou uma calça de moletom e uma camiseta antiga. Aquelas peças estavam longe de ser algo que a loira um dia sequer cogitaria vestir, mas agora lhe pareciam as melhores roupas do mundo. 
Já com elas sobre o corpo, pegou seu celular no sofá e se deitou embaixo das cobertas no aconchego de seu quarto, louca para fechar os olhos e acabar de vez com aquele dia. Rolou para um lado, para o outro e nada de conseguir acalmar a mente. Bufou e alcançou seu celular para ver as horas. Logo se arrependera daquela escolha. Um casal extremamente feliz, com sorrisos tão grandes que mal cabiam nas bocas, lhe encarava, martirizando-a outra vez. Não sabia que conseguia recarregar suas lágrimas tão rápido, mas ali estava ela, chorando de novo. Pensando em Natan e no que havia acontecido, revivendo o momento num loop eterno. 
Cansada de aturar a si mesma, Manuella finalmente percebeu que a única coisa que faria sua mente voltar à configuração original era conversar com alguém. Ou melhor, conversar com ele. Ligou para Cadu, com a perna tremendo de nervosismo. Não estava pensando direito. ‘O número que você ligou no momento não está disponível, por favor deixe seu recado’ disse a voz desconhecida antes do bipe. Ela tentou outra vez. Nada. Estaria evitando-a de propósito? Provavelmente. A última conversa dos dois não havia sido nem um pouco agradável, e o último encontro então, ainda menos. Não o julgaria caso estivesse recusando suas cinco ligações de propósito. Mas, ainda assim, Manu lembrava do brilho nos olhos dele quando encontraram os seus num lampejo durante o luau. Era impossível apagar a ligação deles tão rápido, e aquele breve encontro de olhares estava ali para provar. 
Não aguentava mais negar a si mesma os problemas, e empurrá-los com a barriga por não querer o confronto. Decidida, ela pegou as chaves do carro e foi até o prédio de Carlos Eduardo. Acostumada a subir sem anúncio, irrompeu pela portaria sem sequer falar com o porteiro, mas ao lembrar que não pisara ali por meses, voltou alguns passos e apoiou o corpo no balcão. “Silvio, você pode interfonar pro Cadu e avisar que eu tô subindo? Obrigada.” Sem esperar resposta, entrou no elevador e apertou o botão da cobertura. O tilintar do metal das chaves revelava o quão tensa ela se sentia, pois tremia da ponta dos pés até o último fio de cabelo. Ao sair dali iria direto para o hospital de psiquiatria tratar a loucura que sabia ter assolado a sua mente. Em qualquer outra ocasião, jamais tocaria a campainha de seu antigo melhor amigo com roupas que não lhe pertenciam, cabelos desgrenhados, um rosto inchado e olheiras quilométricas, como fizera agora. 
Batendo o pé no chão, Manu esperou alguns minutos até ouvir o barulho do fecho se destravando. Assim que a porta abriu, todo o ar escapou de seus pulmões. Pela terceira vez naquela madrugada, ela chorava. Não sabia se era por Natan ou pela alegria de saber que Cadu havia aceitado encontrá-la. Por que quer que fosse, ela não hesitou em se jogar nos braços dele, envolvendo-o num abraço apertado. Molhava todo o ombro da blusa que ele usava e por mais que tentasse, não conseguia falar nada entre os soluços. De qualquer forma, para ela não era preciso. Só de estar ali com seu melhor amigo outra vez, já se sentia minimamente mais forte. 
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babinews-blog · 2 years
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Talvez um dia as coisas mudem aqui dentro de mim, talvez eu aprenda a só viver o que eu tenho hoje. Eu tô tentando, juro que estou. Mas volta e meia eu lembro do nosso passado e ele tá marcado em mim e as vezes eu me pego revivendo e ficando presa nas nossas antigas memórias.
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ajudadoalto · 6 years
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Eu tenho uns amigos que me conheceram antes de me converter , e vamos dizer que nessa época eu não era uma pessoa " decente " , mas eu mudei o problema é que eles sempre me imaginam como sendo a pessoa que eu era antes me sinto muito mal por isso ( eles são cristãos também ) Pode me dá um conselho?
Sua vida antiga passou, assim também os seus modos de viver. Quando eles começarem a dizer de seu passado, como você era, como você agia, diga à eles: “exatamente. fazIA, agIA, vivIA”, está no passado. Foque no seu desenvolvimento espiritual e tente ao máximo ignorar estes tipos de comentários. Ou se quiser, diga à seus amigos o quão mal te faz esses tipos de comentários. Ficar revivendo coisas de seu passado e tudo mais.
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beatricxpr-archive · 6 years
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99,2% damaged. †
trauma
1. desagradável experiência emocional de tal intensidade, que deixa uma marca duradoura na mente do indivíduo.
                    Desde o momento em que se pôs na cama para dormir, pensamentos maus não deixavam sua cabeça. Apesar de estar acostumada com a constante ausência dos pais, a garota odiava passar noites sozinha. Morava num bairro nobre, não havia motivo para ficar tão desconfiada e, diga-se de passagem, com medo. Suspeitava de que seus pais não gostavam tanto assim da filha que tinham para largá-la na própria companhia, e melancólica que era, a imaginação de Tris a levava longe quando estava solitária. Gostaria de poder atirar na própria cabeça quando os pais voltavam de viagens comerciais, recebendo-os com um abraço mais caloroso que o anterior, tentando repor tudo o que nunca falara antes na sua presença, sob a ilusória esperança de que eles pensassem mais de uma vez antes de irem embora novamente, levando em conta de que ela ainda era uma jovem e que não era bom ficar só --- fosse por preocupação ou, pelo menos, medida preventiva de não acontecer algo com a casa enquanto estavam ausentes. Rolou na cama algumas vezes, desejando que pudesse ser tão vazia com seus progenitores quanto era com o pessoal da escola. Assim, seria mais fácil suportar.
                    Foi com um suspiro pesado, e até frustrado, que levantou-se da cama, saindo do quarto sem um pingo de sono. Vestiu as pantufas branquinhas ao lado da porta e cruzou os braços, levemente arrepiada pelo ar gélido da noite, o que a fizera regressar alguns passos para capturar o robe e vesti-lo, agora saindo, por fim, do recinto. Não era necessário ser silenciosa, visto que só estava ela e a governanta dos Prince em casa, que era apenas uma mulher de meia idade que tinha o sono mais pesado que uma rocha. Devagar, deslizava uma das mãos junto com o corrimão da escada, indo até a cozinha, onde era seu destino. Preparava sem floreios um café com leite quente, o tempo todo absorta em pensamentos sobre seus pais. Onde estavam naquele momento, o que faziam, pensaram nela alguma vez no dia? Tinha suas dúvidas. Não deveriam perder seu tempo pensando na filha, nunca o fizeram em muito tempo. Além disso, eram ocupados demais para se dar ao luxo de pensar em besteiras. A garota não se depreciava, pelo contrário, mas sabia do valor que tinha para eles. A atitude fria, calculista e sempre centrada nos negócios dizia por si só a tamanha importância que a unigênita tinha para eles, que era equivalente à proporção de apatia que a menina tinha sobre eles: zero. Não sabia decifrar o mistério que era para ela tratar eles do mesmo jeito que a tratavam, mas a cada nova frase, mais amor e carinho era depositado. Tinha em mente que deveria ter sido um mero e infeliz acidente do casal; sabia que a entupiam de viagens, joias e riquezas apenas para se afastar dela, para não terem de ouvir seus monólogos infinitos de como tinha sido seu dia na escola, quem era o sênior mais lindo que ela já tinha visto e afins. Porque eles nunca, jamais perguntaram como tinha sido seu primeiro dia, ou se importaram para bater a porta do quarto e perguntar como estava.
                    Permitiu que algumas lágrimas estúpidas cruzassem seu rosto; odiava ser tão frágil. Levou o pulso para limpá-las tão rapidamente quanto desceram. Era uma equação tão simples, resolvia dezenas dela todos os dias na escola, diariamente. Tratar com desprezo, não demonstrar fraqueza, revidar aos ataques para que ninguém mexesse consigo novamente. Aprendeu a moldar sua personalidade ao passar dos anos que era renegada por Elena e Michael Prince, e então conquistou, sozinha, o posto de abelha-rainha de Riverside. Era ótimo saber que as demais garotas a temiam durante o mesmo tempo que a admiravam, era maravilhoso ter tudo de mão beijada e as pessoas aos seus pés. Uma sensação que a dava a certeza de que nunca teria força para ser vulnerável novamente. E então começou aos poucos com suas amizades, com esforço próprio e lições de autoestima (que perjuram até hoje), até convencer a si mesma de que não seria mais a menininha delicada. Sua nova eu era composta por tudo o que odiava em si mesma: quebradiça, insegura e sensível. Acreditou tanto que sua nova personalidade era melhor para si, que a poupava drama desnecessário e melancolia, que continuou a construir o caráter sem o menor remorso. Chamava atenção, sabia mentir e, mesmo assim, ninguém apontava dedos. A vida era bela em todos os aspectos, exceto em casa. Na inocência de pensar que desligaria a antiga Beatrice da sua vida, era surpreendida todas as vezes quando pisava para dentro de casa, sendo alertada por empregados simplórios de que seus pais haviam viajado. Nem mesmo a contatavam antes para dar, sequer, uma satisfação ou beijo de despedida.
                   --- Fuck, fuck, fuck. --- xingou, repetidamente, ao notar o leite entornando pelo fogão. Quando foi pegar a alça para colocar o copo sobre a pia, desatenta, queimou dois dedos com o contato quente do leite e soltou a alça sobre a bancada, coletando uma de suas canecas no armário e voltando para despojar o café e o leite nela, pacientemente. Se perguntava o que faria sobre o ataque sem escrúpulos dos marginais, mas sua mente não vagou por muito tempo nas hipóteses, estava mais concentrada em beber seu café e voltar para a cama. Deu dois longos goles enquanto, através da veneziana, conseguia ver o céu noturno extremamente limpo e bonito. Optou por abrir a porta da mansão e aproveitar o ar soturno que o horário trazia consigo. Mais uma vez, não tinha o que temer num bairro como aquele. Se deparando com o jardim recém-cuidado de casa, os olhos atentos da Prince não deixaram uma peculiaridade passar pela vistoria; denotando uma caixinha no chão de mármore no primeiro degrau da mansão. Um mau cheiro de algo podre carregava o ar, também, formando uma careta no rosto da garota.
                 Não conteve a curiosidade em pegar a caixa que, bonita e ornamentada que era, julgava ser do Rothschild que conhecia. A lista de possíveis motivos fugiam da cabeça quando fechou a porta e adentrou a cozinha, ansiosa demais para teorizar qualquer coisa. Posicionou a caneca sobre a pia, acreditando aquele ser um momento de paz para esquecer toda a melancolia que seus pais traziam, junto com a insônia. Fechou os olhos num relapso infantil de pré-surpresa e abriu a caixa, ansiando em visualizar o presente. Só de abrir minimamente o olho esquerdo, pôde vislumbrar penas e manchas escarlate sobre o colar de diamantes. Pendeu a cabeça para o lado, confusa; com certeza aquilo não vinha de Hunter. Constatou, ao aproximar o presente do rosto, que o mau odor vinha daquilo e aquele vermelho não vinha de matéria prima ordinária. Os olhos saltaram só de pensar. Sem precisar de muitos minutos de raciocínio, apenas para perceber que era verdade, Beatrice soltou a caixa em desespero, um grito entalado na garganta. Toda a cena do baile de boas vindas passando numa fração de segundo na sua cabeça, revivendo desde o momento da humilhação, a valsa com Billie e a festa de Rafaello, como um filme. O peito subia e descia em pânico, assustada, chutando posteriormente a caixa quando a mesma pousou no chão. Os dedos seguravam a base da pia com tanta brutalidade que teve dois deles ardendo por conta da queimadura, levando-os até a boca na tentativa de amenizar a dor. A cozinha parecia se fechar e o oxigênio lhe escapar. Sua visão já não era nítida, mas turva; não via mais figuras, algo como flashes, não sabia descrever. Sentia um nó na garganta que a impedia tanto de gritar quanto de respirar, e até levou as mãos na região para conseguir que algo saísse dali; um suspiro. Tinha certeza que teria um ataque cardíaco, nunca havia sentido o coração se apertar tanto e bater freneticamente. Conseguia ouvi-lo, como se estivesse escutando os batimentos de outra pessoa com o ouvido colado em seu peito. Antes de não se lembrar mais de nada, desequilibrou para um dos lados, o corpo chocando-se contra o chão.
                 Como de praxe, Beatrice demorou para acostumar com a claridade batendo no rosto. Sonho estranho, pensou de imediato, tendo calafrios só de lembrar do colar de diamantes banhado em sangue e penas, mas não deu importância por ser algo fora da realidade. Seu quarto, porém, parecia mais iluminado durante todo o momento em que achava que a visão iria se adaptar ao ambiente. Foi pega de surpresa quando o rosto de seu pai invadiu o campo de visão; um sorriso se formando automaticamente nos lábios. Recostou na cama, os olhos mirando apenas ele. --- Não sabia que tinha voltado de viagem, nem me avisou. --- como sempre, completou mentalmente, mas perdoando-o também. Esperando por uma brincadeira de volta, porém, a garota foi recebida com uma seriedade habitual, mas que não gostava nem um pouco. Seu sorriso desconsertado provocou uma careta da menina, sendo algo que ela nunca tinha visto antes, só quando alguém morria na família. --- Tia Magda faleceu, pai? --- questionou, não realmente preocupada, não eram próximas.
                --- Ninguém faleceu, Beatrice. --- ele riu, demonstrando que o que havia perguntado era algo completamente fora de órbita. A garota ficou aliviada, de certo não gostaria de ir até Ohio apenas para um funeral de quem sua família falava, no máximo, duas vezes ao ano. Relaxou os olhos, só então reparando no ambiente em que estava. Não era seu quarto, embora as paredes alvas o lembrassem. O barulho de aparelhos concretizava o que ponderou durante segundos. Ergueu o próprio braço apenas para ter a certeza de que estava alfinetado com uma agulha e medicamentos. Suspirou, não se recordando do momento em que tivera um acidente.                 --- Por que eu estou internada, mesmo? --- franziu a testa, elevando uma sobrancelha.                 --- Josephine me ligou pela manhã, falando que você estava desacordada no chão da cozinha. Peguei o primeiro voo de Washington para cá. Médicos constataram que você teve um ataque de pânico antes de desmaiar. --- conforme as explicações chegavam aos ouvidos da Prince, a garota tremia por dentro, desejando que fosse só mais uma peça que sua mente lhe pregava enquanto dormia. Aquilo era a porra de um filme de terror. --- E ela encontrou uma caixa no chão, também. Um colar de diamantes com... penas de ganso? Creio que é isso. --- novamente, a respiração da garota começava a alarmar e os batimentos, a acelerarem.                 --- Eu achei que fosse sangue no colar, mas não é possível. --- revirou os olhos, deixando o nervosismo preso numa caixinha enquanto se dirigia ao pai. --- Alguém da escola quer curtir com a minha cara, é isso. --- concluiu, mais para si mesma do que para o pai. Então notou que o dedo médio e polegar direito estavam enfaixados, em razão do leite quente antes derramado.                 --- Por que iriam querer curtir com a sua cara? --- a postura do mais velho ajustou-se à uma expressão que pendia da repreendedora e protetora, incerta entre se devia perguntar se ela tinha motivos para que tais coisas acontecessem, ou se ela estava sendo rebaixada na escola. Porém não era para aquilo que teria vindo. --- Pedi para policiais mandarem o colar para análise e... --- seus traços eram indecifráveis, mas Tris sabia o que ele queria dizer. Então, de fato, era sangue. Sua respiração falhou por um momento.                 Temeu por alguns segundos antes de abrir a boca, estava novamente assustada e queria tirar aquela imagem horrível da cabeça. --- Pai? O que vai fazer?
               O resto da tarde seguiu de sem muitos gestos de afeto, porém algumas vezes Michael cedia ao levar a mão até a da Prince, certificando de que tudo ficaria bem. A mãe não podia estar presente, mas que pretendia chegar durante a noite, no mesmo dia. Policiais, amigos próximos do advogado, chegaram no quarto fazendo perguntas comuns --- não era como se dispusessem de muitas pistas no momento. Beatrice sabia que sua segurança seria dobrada, o número de empregados reduzido, o pai se manteria em casa a partir daquele dia e suas saídas não seriam frequentes como antes. Era um pouco exagerado, devia acentuar, mas Michael era um eterno dramático. Recebeu alta algumas horas depois, visto que a garota não aparentava mudança de humor tão rapidamente, e então seguiram para a mansão Prince recebendo instruções do um dos sargentos da polícia local. Ele podia facilmente dizer que era uma brincadeira de mau gosto, mas em se tratando dos elementos contidos no presente, era impensável reduzir a situação àqueles termos.
              O veredito que receberam era que lidavam, possivelmente, com um marginal fora dos limites, uma afronta ou, num pensamento impossível, um psicopata.
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2020/12/06
Bom , não sei direito por que disso aqui , nem por que de ser aqui ... Só sinto que de alguma forma preciso controlar isso .. aqui dentro .
Me expressar para os sentimentos não me consumirem , se fosse em outras épocas isso , seria a base de papel e tinta , com a ponta da caneta arranhando o papel em uma corrente de pensamentos , onde o único som seria a mão arrastando pela folha , mas hoje o _tempo_ não me permite mais a forma antiga .
Ontem tive uma grande recaída .. é pois é , depois de 6 semanas sem uma recaída , lidando com os problemas antes dele virar essa bola enorme de neve que causa a avalanche da recaída , aliás devo citar que meu recorde é 6 semanas (rsrsrs) , na recaída senti tantas coisas juntas , preocupação , medo , ciúmes , irritação , tristeza e tantos outros sentimentos que acho que toda a minha parte racional se retirou do meu ser ..
Sim eu surtei com Ele .. de uma forma que não deveria , confesso , mas eu já estava aguentando desdas 22:50 da noite , nessas alturas já eram 3 da manhã quando ouvi a voz dele pelo celular , bem a única ligação que foi atendida , devo ter ligado umas 20 vezes , eu sei ele não estava sozinho , e sim eu confio nele mais que tudo na verdade , mas nem por isso a ansiedade não .. me fez pirar , depois de surtar com ele , surtei comigo ; claro isso até então era normal , mas além de todos os sentimento a culpa me consumiu , eu tinha a certeza que tinha estragado tudo , eu chorei , gritei e quis me afastar , e algumas palavras não saiam da minha mente .. tóxica , hipócrita , egoísta .. sim ele se sentiu mal depois que "briguei " com Ele , e coloco entre aspas por que não tinha planejado brigar , enfim mais uma vez pensei que deveria sumir da vida dele , afinal não é por que eu estou em uma jaula de vidro que ele precisa estar também certo ?
Pois é , mesmo me sentindo culpada eu conseguia e consigo entender por que fiquei eu tão mal , eu apenas queria que fosse claro para todo mundo assim como é aqui dentro , enfim eu só fui piorando , já tinha vomitado durante a noite inteira ( posteriormente fui descobrir que a causa era aquelas malditas coxinhas , e é claro que o nervosismo tinha um papel no meu enjôo) , meu rosto já doía de chorar e mesmo assim os soluços e tremedeiras não paravam , fiquei numa viagem assim a noite toda , e acho que só não fiquei pior por que o irmão dele foi falando comigo , mesmo que minha preocupação continuasse , ela estava menor do que seria se ele não estivesse lá .
Enfim , Ele chegou em Casa as 6 da manhã , e eu estava exausta de tudo , minha mente não me deu folga . Mil coisas me passavam pela cabeça e quase nenhuma era positiva ... Aliás nenhuma era kk e lá se vai mais 6 semanas reconstruindo meu lado positivo e realista .
Só sabia que eu estava machucada , mais quem mais me machucou foi eu mesma inconsiente mente é claro . Não dormi noite passada , eu tentava e tentava mas não funcionava , e ainda por cima se eu deitasse ficava com mais ânsia , que pelo inferno particular uhm ?! E passei a noite assim revivendo um monte de coisas , e pensamentos , o rosto dele do vídeo.. outras conversas que tivemos sobre outras coisas , aquele maldito dia em 2017 .. tudo .. e eu me perdi em mim , e eu pensava com desespero sobre a tarde de hoje quando ele viesse falar comigo , como eu agiria , o que eu falaria .. juro que se eu pudesse fugia correndo para um lugar bem longe , foi quando descidi que não precisava conversar sobre isso , eu iria resolver o que eu estava sentido sozinha , iria ficar " bem " sozinha e .. foi assim que agi .. ou tentei , e adivinha ?! Isso só piorou tudo.
Ele tentou falar comigo mas eu estava com medo , muito medo , e evitei então ele só desistiu , e eu precisei de um tempo para tentar conseguir falar , e quando reuni coragem ele não queria mais , só queria ficar no canto dele e isso de novo me deixou péssima .
Tentei falar e ele concordou só por que talvez visse o quão mal eu tava e que eu iria surtar de novo já que entrei em um tipo de ataque de Pânico , é pois é , foi difícil e eu tentei explicar mas no fim ele não entendeu direito o motivo do meu surto , mas entendeu e ficamos falando normal por mensagem , ele disse que precisava de um tempo para ele , por que ele estava se sentindo um merda , e isso sempre foi difícil para mim , dar tempo as pessoas minha ansiedade me deixa muito mal com ainda mais quando sei que a pessoa não está bem comigo , isso por que fico pensando um monte de coisas e os minutos parecem horas , e eu vou explodindo e queimando por dentro .
Mas o pior foi mais tarde que isso , por que de noite fomos deitar e pedi para fazer ligação por vídeo , eu queria ver se isso me acalmava um pouco e eu iria conseguir dormir , mas ele recusou a ligação disse que não queria , por que ele estava mal , e ver que eu estava mal só iria deixar ele pior , é isso me machucou muito , lembrei em 2017 quando ele se afastou de mim mesmo que por uns 2 ou 3 dias , sim ele ter falado isso fez doer demais , e ainda tá doendo ..
No fim pedi para fazer ligação por voz , para pelo menos ouvir ele respirar enquanto eu dormia , silenciei meu microfone para ele não poder nem me ouvir , naquele momento se eu pudesse eu teria me apagado da vida dele , e quando ele acordasse iria pensar ser apenas um sonho , e não lembraria direito de mim .. mas seguiria a vida dele e poderia ser feliz .. eu só quero ele feliz .
Eu chorei naquela noite , na ligação silenciada , um choro ardido e da alma , e as lágrimas não paravam , foi uma das piores noites da minha vida eu acho , algo realmente estava doendo em mim , dentro e não parou de doer.
Então a ligação caiu , pela minha internet ruim , então eu fiquei ali no meio do escuro , chorando , e eu não parei nem por um minuto de chorar , e não dormi , e só torcia para quando o dia nascesse eu estivesse em condição de fingir estar bem e fazer tudo que eu precisava .
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