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#só um cara branco loiro com armas
shield-o-futuro · 5 years
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Conto — Hazel & Aaron
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CONTO ESPECIAL  — HAZEL FITZ-SIMMONS & AARON HARDY
A medida em que os minutos foram passando, Hazel começou a ficar cada vez mais apreensiva. O que ela estava fazendo ali, afinal de contas? No meio da noite, no esconderijo abandonado de Walter? Ela poderia se meter em grandes problemas se seus pais percebessem que ela não estava em casa naquele horário, simplesmente porque ela não tinha como explicar onde estava e o que estava fazendo.  Ela não poderia dizer a verdade, que havia concordado em se encontrar com Aaron Hardy, um dos vilões de sua equipe, ali naquele horário. Ninguém a entenderia.
E pensando bem, provavelmente todos tinham razão. Por que diabos ela havia aceitado aquela loucura? Era uma ideia extremamente estúpida e muito, muito arriscada. Aquilo podia muito bem ser uma emboscada para ela e para sua equipe. Ao invés de Aaron, os outros Vingadores Sombrios poderiam aparecer ali, poderiam sequestra-la, ou pior. Poderiam até mata-la. 
E se acontecesse alguma coisa, ninguém nem saberia que ela estava ali.
Ela suspirou, andando de um lado para o outro. Não sabia que conseguia ser tão idiota. Por que estava se arriscando tanto por ele?  Hazel e Aaron não eram amigos, muito longe disso. Eles não gostavam um do outro. Ela só o ajudara há quase um mês atrás porque era seu dever. No entanto, a jovem cientista estava ali.
No fundo, talvez, Hazel achava que ele não era de todo mal. De todos os inimigos de sua equipe, apesar de já ter feito muita coisa ruim para seus amigos, ele lhe parecia ser o… menos pior de todos. Talvez ele até pudesse...
Ela balançou a cabeça, ainda agitada. O que ela estava esperando? Que conseguisse fazer ele mudar de lado de alguma forma? Só por te-lo ajudado uma vez?  E isso a fez pensar novamente, porque estava se arriscando tanto para atender a um pedido dele?
O pensamento finalmente a faz parar bruscamente, e ela tomou uma decisão. Aquilo tudo era ridículo. Ela não deveria estar ali, aquilo tudo fora um erro, assim como dar a ele seu número de telefone para que entrasse em contato com ela. O melhor que ela podia fazer, era voltar para casa, fingir que nada havia acontecido. No entanto, assim que se virou para sair do local, viu uma figura silenciosa como um gato se aproximando dela.
— Você veio.
— Você veio.  — Ela respondeu assim que o loiro finalmente apareceu em seu campo de visão. Ele estava diferente, muito melhor do que a última vez em que se encontraram. Trazia um sorriso ladino no rosto, mas Hazel podia notar que ele parecia ter os mesmos pensamentos que ela em sua mente. 
Ele também não deveria estar ali.
— Sabe. — Ele começou, tirando a mochila preta que trazia nas costa e se agachou. Hazel apenas o seguiu com o olhar, seu coração batendo rapidamente contra o peito. — Nunca lhe tomaria por uma garota rebelde, Hazel.
— Do que você…
— Imagino que ninguém saiba que você está aqui. — Ele não prestava muita atenção nela, apenas mexia em sua mochila, em busca de algo. — Se você está aqui, posso afirmar que nem seus pais e muito menos sua equipe sabem disso, do contrário, não estaríamos tendo essa conversa.
— Como pode ter tanta certeza? — Sua voz vacilou. Ela não era boa com blefes. — Eu posso ter…
— O que? Dito para seus pais que você ia sair para se encontrar comigo? — Ele soltou uma risada recheada de escárnio. — Ou dito para seus amiguinhos que me amam que estaríamos aqui? — Ele se levantou, se aproximando um pouco mais dela. Hazel, por reflexo, deu alguns passos para trás. No que estava se metendo? — Já fui chamado de muitas coisas, mas burro nunca foi uma delas. 
O coração de Hazel disparou quando percebeu que suas costas bateram contra a parede. Ela não tinha como escapar agora. Mas não estava exatamente com medo de Aaron. Ficou em silêncio por alguns poucos segundos, até que estreitou os olhos, e reuniu coragem o suficiente para rebater.
— E se eu estiver armada? Pelo menos considerou isso?
Desta vez, Aaron soltou uma risada de verdade.
— Você? Armada? — Continuou a gargalhar. — Eu já te vi com uma arma, e vai por mim, você é péssima. Eu ficaria preocupado com as paredes desse lugar, apenas. Porque você não acertaria uma bala em mim.
— Eu estou treinando.
— Não parece. E se está mesmo, precisa de professores melhores.
—  Como sabe disso? Por acaso está me seguindo e me observando?
—  E quem disse que eu perderia meu tempo observando alguém como você?
Por um momento, ela se sentiu um pouco ofendida com tudo aquilo, por isso, resolveu ignorar aquelas provocações e mudar de assunto.
— Bom… você tem tanta certeza de que eu vim sozinha, mas posso assumir que você também não contou a ninguém sobre esse pequeno encontro.
O vilão soltou uma curta risada, balançando a cabeça antes de se afastar mais uma vez.
— Não se iluda, isso aqui não é um encontro. Eu não saio com britânicas, muito menos com heroínas. — Ele voltou para perto de sua mochila, pegando algo que Hazel não conseguiu identificar em suas mãos. — Mas você está certa. Meus associados não sabem que estou aqui. Se soubessem, nós dois estaríamos mortos.
Por mais estranho que pudesse parecer, Hazle começou a se sentir cada vez menos apreensiva com a situação. Não sabia se era por causa da curiosidade crescente ou só por estar começando a se acostumar com a presença de Aaron. 
— Você claramente não me chamou aqui para jogar conversa fora. — Ela voltou a se aproximar dele, mas tomou cuidado para manter uma pequena distância. — Da última vez que estivemos aqui, você estava quase morrendo e me lembro muito bem que você me disse que não iria pegar mais leve comigo ou com minha equipe. Também disse que não éramos amigos nem nada então... O que você quer?
Em resposta, Aaron jogou um pequeno pen drive para a britânica, que o pegou de forma desajeitada.
— Não somos amigos, mas digamos que apesar de tudo, eu sou um cara que não esquece quando alguém faz algo por mim. — Ele se sentou no braço do velho sofá que havia no local e cruzou os braços. — E mais importante, eu fico muito, mas muito puto quando tentam ferrar comigo. Olho por olho, e é isso que eu estou fazendo aqui.
Hazel franziu a sobrancelha.
— Não entendi.
— Olha, não é porque eu me juntei a aquele bando de malucos que eu gosto deles. — O Gatuno começou. — Eu prefiro trabalhar sozinho mas depois de tudo o que rolou com Luthor e… bom, o que você precisa saber é que o Wilder ferrou com um dos meus negócios e recentemente descobri que foi ele quem fez os capangas de Hammerhead me darem aquela surra. E deixe-me dizer uma coisa, eu não sou o tipo de cara que deixa essas coisas passarem em branco. Eu quero me vingar dele, e é ai que você entra. — Ele apontou para o pen dirve nas mãos dela. — Eu consegui gravar um dos planos dele. Um assalto que vai acontecer na semana que vem. Ele quer armas do Stark. Faça com que essa informação chegue na sua equipe e deem uma lição a ele. Considere isso um pequeno agradecimento por não me deixar morrer naquele dia. 
Hazel tinha milhares de perguntas em sua mente, mas tinha a forte sensação de que ele não responderia a nenhuma delas. Por isso, resolveu fazer uma simples.
— Não está com medo de isso acabar mal para você?
— Tenho tudo sob controle, não precisa se preocupar comigo.
— E quem disse que eu me preocupo com você?
O loiro sorriu outra vez.
— Você é do tipo que se preocupa com todo mundo, não precisa mentir. Tá estampado na sua cara. — Antes que ela pudesse responder qualquer coisa, ele se levanta, pegando a mochila novamente. — Acho que terminamos por aqui. 
— Não, não terminamos. Eu ainda tenho…
— Muitas perguntas, mas é claro. — Ele jogou a cabeça para trás. — Mas eu não tenho tempo e nem vontade de te responder. Só… faça algo de útil com essa informação que eu te dei, pode ser? — Antes que ele pudesse se deslocar para a saída, porém, ele se aproximou mais uma vez de Hazel. Dessa vez ela não se mexeu, apenas sustentou o olhar dele quando estão próximos. — Uma última coisa…
— O que?
— Você tem o meu número agora. Me avise se algo der errado. — E como se a estivesse provocando, ele piscou uma vez. — E claro, se você precisar de umas aulinhas de tiro… — Hazel estava mais confusa do que nunca, mas por algum motivo, não questionou mais. Ela com certeza nunca ligaria para ele, mas….teve os pensamentos interrompidos quando ele lhe jogou contra a parede mais uma vez, a prendendo lá por um momento. Todo o ar descontraído havia desaparecido quando ele aproximou o rosto dele do dela. — Mas se você tentar alguma gracinha com isso, eu juro que eu te mato.
Pela primeira vez na noite, ela apenas sustentou o olhar dele, sem vacilar. Não se importava que estivessem extremamente próximos um do outro, ou que ela estivesse em uma pequena desvantagem, ela não iria deixar que ele sentisse que havia intimidado ela.
— Não se a minha equipe te pegar antes.
A resposta pareceu pega-lo de surpresa. O sorriso voltou rapidamente em seu rosto antes de ele ficar sério mais uma vez.
— Ora ora ora, quem diria. Rebelde e não tão inofensiva quanto parece. — Ele finalmente se afastou, permitindo que ela se desencostasse da parede.   — Você é como uma maldita caixinha de surpresas. Nos vemos por aí, vingadora.
Ele se virou para deixar o local, mas ela segurou seu pulso. Hazel pode ver que ele não estava esperando pela ação.
— Se tiver mais alguma coisa para mim ou se…. — Ou se o que? Quisesse se encontrar com ela outra vez? Por qual motivo? Tomar um chá ou algo assim? Ela percebeu o quanto aquilo era idiota, mas mesmo assim continuou. — Podemos nos encontrar aqui… se… bom, precisarmos.
— E porque diabos nos encontraríamos outra vez? — Ele puxou o braço com uma certa rispidez. — Eu não sou um agente duplo, britânica.
— Eu também não sou. Mas aqui estamos nós.
Eles se encararam novamente, e Hazel pode notar que por um momento, ele pensou no assunto, mas por fim, se virou bruscamente mais uma vez, e sem dizer mais nada, saiu para a rua, deixando-a sozinha outra vez. A jovem olhou para o pen drive em suas mãos, antes de guardá-lo em sua bolsa. Sem esperar mais, ela também deixou o velho esconderijo abandonado e começou a fazer o trajeto para voltar para sua casa. Não poderia gastar mais tempo ali, do contrário, seus pais saberiam que ela havia saído.
Teria tempo suficiente para pensar em tudo que havia acontecido ali assim que chegasse em casa. Mas não podia negar que por mais que soubesse que estava fazendo algo errado, pela primeira vez na vida, ela não se importava muito com aquilo.
Olha só o presentinho que eu tenho para vocês hoje !! Pois é, eu disse que estava escrevendo uma cena com eles dois e ela ficou pronta bem mais rápido do que eu esperava, então aqui está !! Não é uma cena do futuro como me pediram, é do presente mesmo e meio que dá continuidade ao outro conto dos dois, em que a Hazel salva ele.
Também quero lembrar que o especial do futuro é desconsiderado nos contos, ou seja, a Hazel não sabe que eles vão ficar juntos no futuro, as ações dela não são influenciadas por isso ;)
Mas enfim, espero que gostem e logo logo tem ais !!
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nerdmaster08 · 4 years
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My_Marvel_Academia (fanfic) pt.1
Também disponível;
-Spirit; https://www.spiritfanfiction.com/historia/mymarvelacademia-18992199
-Wattpad; https://my.w.tt/9cZBxIxfG5
Olá Tumblr!!! Eu venho aqui com meu primeiro post da minha fanfic; My_Marvel_Academia. Um crossover entre o universo Marvel e de My Hero Academia, inspirado nas artes desse cara; https://www.deviantart.com/ducklordethan/gallery/66938478/marvel-academia
Eu tentei procurar fanfics desse mesmo tema para ler, mas não me agradei muito por nenhuma. Então decidi escrever uma eu próprio;
Nenhum desses personagens me pertence, eles são posse de seus respectivos criadores, assim como a base da história, isso é só uma obra por puro entreterimento
Palavras; 6.580
My_Marvel_Academia;
Capítulo 1; pt1
"Peter Parker; a Origem"
Era uma tarde ensolarada de primavera na vizinhança da rua Ingram, Queens, NY. Já se passavam das quatro da tarde, mas o dia continuava bastante agradável; o local em si, um parquinho utilizado pelas crianças, estava silencioso, a não ser pelo leve choro e soluçar de um menino;
—Por que você está sendo tão mal? — perguntou o garoto com lágrimas nos olhos e uma voz esganiçada por tentar engolir o choro—...você está fazendo ele chorar Flash!
O menino em si tinha um nome; Peter Parker, 4 anos de idade, morava a poucas quadras do local onde se encontrava. Possuía cabelos castanhos bagunçados, olhos igualmente castanhos e pele clara, usava uma camiseta vermelha juntamente com short preto e seus famosos tênis vermelhos, além de óculos de grau com armação preta que destacavam suas lágrimas. O mesmo se prostrava de forma protetora na frente de outro menino que chorava com a mão no braço. Mesmo tentando ser um protetor, tremia de medo e agarrava a barra de sua camiseta enquanto encarava o outro menino em sua frente.
—S-se v-você continuar ma-machucando ele...— ele diz levantando seus punhos fechados e separando seus pés, como quem espera uma briga— e-eu...eu mesmo vou ter que te parar!
O garoto em sua frente; Eugene Thompson, mais conhecido como ‘Flash’, para por um momento, juntamente com seus dois “capangas” que se encontravam atrás do mesmo, encarando o menino em sua frente, em um ato quase inútil de bravura. Flash também tinha 4 anos e morava um pouco mais longe, mas perto o suficiente para que frequentasse o parquinho. Possuía cabelos loiros arrepiados, olhos cinzentos e pele clara, vestia também uma combinação de camiseta azul escura, short preto e tênis amarelos. Mas rapidamente se recompôs, sorrindo sarcasticamente como se achasse graça na ação do menino em sua frente;
— He... Você quer bancar o herói? — ele pergunta com um sorriso maldoso, ambos seus capangas ativam suas habilidades; um crescendo asas e começando a levantar do chão, enquanto o outro aumentava o tamanho de seus dedos. Flash no caso, bate o punho direito fechado na palma da mão esquerda, e com o contato, o mesmo ativa sua própria individualidade; liberando uma gosma negra, que rapidamente sobe seu braço e forma quase como que uma camada envolta de sua mão e antebraço direitos, deixando-os maiores e com garras nas pontas dos dedos— Você não tem nem chance sem uma Individualidade “Escala-Parede”!
O mesmo diz o apelido maldoso que havia dado ao garoto como se o ameaçasse, fazendo o mesmo dar um passo para trás rapidamente, com medo; enquanto o bullie e seus comparsas iam para cima do mesmo para lhe bater.
Pouco tempo depois, o menino se encontrava deitado no chão, prestes a desmaiar, repleto de arranhões e outros machucados...
 
“Aqui está a triste verdade; todo ser humano não é criado igual. Quando eu tinha quatro anos, eu aprendi que algumas crianças tinham mais poder que outras...”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“..., mas isso não me fez desistir...”
 
O céu se encontrava limpo como naquele fatídico dia no parquinho dez anos atrás; a única diferença é o fato de ser manhã. Um menino então passa correndo pelas calçadas da sétima Avenida, ansioso para chegar em seu destino, uma luta entre heróis e vilão perto de uma ponte de metro; ele vestia o uniforme preto do colégio ao qual terminava a oitava série, mas continuava com seus famosos calçados vermelhos; o garoto? Peter Parker; agora com seus quatorze anos, não havia mudado tanto, continuava com seus cabelos castanhos bagunçados, estava mais alto e mais esguio, apresentava um sorriso de animação no rosto e uma mochila amarela nas costas.
 
“...se fez qualquer coisa, foi me incentivar a melhorar!”
 
O garoto então chega a seu destino; uma passarela do metro que não funcionava naquele momento; o motivo? Um vilão causava discórdia e destruição. O mesmo parecia ter uma individualidade de aumentar de tamanho; pois no momento se encontrava com pelo menos seis metros de altura, e gritava e urrava como um animal em fúria.
—Isso sim que é um vilão enorme! — o garoto fala com animação em sua voz
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O primeiro incidente foi em Washington; uma criança extraordinária que irradiava luz havia nascido. Desde então, relatos de pessoas com poderes começaram a aparecer por todo o globo, ninguém sabia o que estava causando aquelas Individualidades. Pouco tempo depois, o sobrenatural virou o completamente normal, sonhos se tornavam realidade. O mundo virou uma sociedade sobre-humana; com pelo menos 80% da população apresentando algum tipo de habilidade. Nossas ruas pareciam cenas de histórias em quadrinhos, a cidades; de peras pro ar por conta do caos e confusão, foi quando uma nova profissão dominou a consciência coletiva...”
 
O vilão, gritando e urrando, rapidamente se vira, esbarrando em um poste elétrico, fazendo-o quebrar e começar a despencar na direção da rua abaixo...
 
“...era uma Era de Heróis.”
 
Correndo em direção ao poste que caía, um homem com mais de dois metros de altura, com músculos gigantescos e coberto de pedras alaranjadas, como uma pele extra, e vestia um reconhecível calção azul com um “4” na cintura. O mesmo para embaixo do local de colisão do poste com o chão; e, levantando os braços, agarra o gigantesco pedaço de metal e fios elétricos antes que o mesmo tenha contato com o chão, utilizando sua enorme força para sustentar seu peso.
—Oh, legal! Isso aí Coisa! — fala um pedestre surpreso parabenizando o herói
 
—Eu que queria ter uma Individualidade que me desse super força e resistência— fala outro
 
Então, os policiais e pedestres se surpreendem com um braço sendo esticado por vários metros em sua frente, criando uma espécie de corrente de separação da ação e percebem outro integrante do conhecido grupo de heróis; “Quarteto Fantástico”; o mesmo era um homem com cabelos e barba castanho escuros, e apresentava uma reconhecível faixa de cabelos brancos na patê mais lateral da cabeça; vestia um uniforme azul com botas, luvas e sinto pretos e tinha o símbolo “4” no peito do uniforme;
 
—Todos por favor afastem-se, essa área é perigosa demais! — o mesmo diz de costas para as pessoas, se focando na ação em sua frente, se preparando para qualquer coisa
 
—Uou! É o líder do Quarteto Fantástico; o Senhor Fantástico! — diz outro pedestre reconhecendo o herói
 
 
 
—Esse cara deve estar bem desesperado para ir modo monstro no meio da cidade... — comenta um homem perto de Peter, como se fosse só outro acontecimento de uma manhã de terça-feira — você sabe o que aconteceu? — ele pergunta para outro homem perto de si
 
— Só um amador qualquer, roubou uma bolsa qualquer e conseguiu ser encurralado—responde indiferente o homem, enquanto Peter atrás de ambos tentava enxergar melhor a ação, o garoto então desiste e parte pro plano B, começando a se esgueirar pela multidão para chegar até a parte da frente.
Neste momento, outros dois heróis entram em cena; um maior, com uma aparência de uma árvore bípede, era bem alto, seu corpo inteiro parecia ser composto de madeira, o mesmo podia ser visto aumentando suas pernas para saltar e chegar na passarela, o mesmo parecia estar acompanhado; tendo em suas costas outra criatura, dessa vez bem menor, parecia algum animal; provavelmente um guaxinim, mas vestia um colete azul escuro e carregava uma espécie de canhão com quase seu tamanho; os inseparáveis Rocket e Groot.
O garoto Peter então consegue chegara até o limite imposto pelo braço esticado do Sr. Fantástico, e olha para cima vendo os dois heróis integrantes do Guardiões da Galáxia entrarem na ação
—Isso vai ser bom!- diz o moreno animado ajustando seus óculos de grau — São Groot e Rocket, dos Guardiões da Galáxia, voltaram a Terra a poucos meses e estão se mostrando muito eficazes aqui também! — o garoto diz animado mais para si mesmo do que para outros, mesmo falando em voz alta, mas mesmo assim foi escutado
 
—Vendo por esse sorrisinho bobo eu posso afirmar- um homem ao lado de Peter diz se divertindo com a animação do garoto, apontando e falando com ele— você é um fanboy!
 
—É... mais ou menos— diz o garoto um pouco envergonhado
 
 
—Vamos lá Groot! Vamos mostrar pra esse monstrengo com quem ele está mexendo! – o guaxinim diz para seu companheiro enquanto disparava sua arma no gigante e se segurava em seu amigo. O gigante se protegia dos tiros, mas quando percebeu que os aguentaria por enquanto, tentou esmagar Groot, mas o herói foi mais rápido, aumentando o tamanho de suas pernas para saltar melhor e se posicionou em uma posição mais alta, em cima de uma das vigas do metro
 
—Eu sou Groot! — o herói diz rapidamente olhando para trás encarando seu parceiro enquanto se colocava em uma posição de luta
 
—Sério que você acha que agora é um bom momento para falar sobre isso? — o guaxinim pergunta impaciente enquanto descarregava e trocava o pente de sua arma
 
—Eu sou Groot! — ele diz como se ele também estivesse ficando impaciente
 
-Ok, ok! Vamos inscrevê-lo! Ok? Feliz? – Rocket diz tentando encerrar a discussão o mais rápido possível, recebendo um sorriso de seu companheiro que desviava de um ataque do vilão
 
—Ae, Guaxinim, será que não dá para acelerar as coisas? — Coisa perguntou enquanto abaixava lentamente o poste, não querendo causar estragos
 
—JÁ DISSE PARA NÃO ME CHAMAR DE GUAXINIM!!!- Rocket grita nervoso, mas rapidamente se vira para seu parceiro— ok parceiro, tá na hora de mostrarmos aquele movimento que viemos ensaiando
 
—EU SOU GROOT!!! — a árvore humanoide então faz seus braços crescerem rapidamente, e fazendo-o se dividir em ramos e mais ramos, como que se preparasse para prender o enorme vilão de uma só vez
 
—Lá está, o novo movimento especial deles... — Peter diz apontando para a dupla com animação
 
—É isso aí homem árvore, mostra para ele! — o homem ao lado do garoto também pareceu entrar na onda de animação do menino
E é no momento que os ramos do braço de Groot começam a aumentar e ir em direção ao vilão, que institivamente se protege com os braços, que outra voz é ouvida se aproximando
—Tô chegando!!! — quando percebem, um homem com um tamanho similar ao do vilão aparece no meio da cena, chutando o vilão ao derrapar, e quebrando o ataque planejado de Groot e mandando o vilão para trás, fazendo-o cair no chão desmaiado pelo impacto, todos estavam abismados pelo intrometimento do herói
Várias pessoas então começaram a tirar fotos do novo herói; o mesmo parecia familiar, a roupa de couro preta e vermelha, com um capacete prateado com um respirados, pequenas antenas e olhos vermelhos, o mesmo então se vira para os pedestres acenando enquanto retira seu capacete, se mostrando um homem diferente do que todos haviam pensado, não era Hank Pym.
—E aí pessoal, beleza? Eu sou Scott, Scott Lang, o mais novo Homem-Formiga- ele diz abrindo a parte frontal do capacete, mostrando seu rosto bem mais jovial do que o do velho Pym. Enquanto diminuía de tamanho até uma altura normal de ser humano
—Pera aí! Esse paspalho está levando todo o crédito? — Rocket pergunta emburrado e com um ar de irritação
 
—Eu sou o Groot – seu amigo lhe consola, voltando seus braços para o tamanho normal e descendo da passarela
 
“Com a ascensão dos super poderes, veio também um aumento explosivo na criminalidade. E enquanto governos estavam presos tentando reformular leis tendo em mente as Individualidades, pessoas corajosas começaram a fazer atos heroicos para manter nossas cidades seguras, nos protegendo contra vilões que abusavam do seu poder para o mal. Com um esmagador suporte do público, os heróis encontraram seu lugar como mantedores da paz, vigiados pelo governo. Aqueles que atuavam melhor eram melhor pagos e recebiam toda fama e glória, suas carreiras dependiam de sua habilidade de ficarem nos holofotes.”
 
—Hum, ‘Mudança de Tamanho Corporal’ ele realmente parece ter a carisma necessária e a atitude para ser um dos favoritos do público, e sua Individualidade é realmente chamativa, mas vai ser um pouco difícil ele se livrar dos problemas com o tamanho por conta do estrago que ele pode causar, Hank Pym tinha bastante dificuldade com isso nos primeiros meses de atuação, mas mesmo assim... — Peter começa a balbuciar consigo mesmo sobre o novo herói, ao olhar para a cratera causada pela queda do vilão, enquanto fazia anotações em seu caderno sobre o mesmo
 
—O que é isso garotão? – o mesmo homem de antes pergunta para ele — está fazendo anotações sobre isso? Aposto que quer se tornar um herói também, não é?
 
—Sim! Mais do que qualquer coisa! — o garoto vira para o homem sorrindo, feliz pelo seu sonho e com determinação para correr atrás dele
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um pouco longe de toda essa bagunça matinal, em uma escura sala, uma petulante aranha escala as paredes, após ter fugido do último experimento ao se fingir de morta e ser descartada pelo estagiário, a mesma conseguiu sair do lixo e agora vagava pelos corredores daquele enorme lugar; até que a mesma sente uma presença se aproximando, assustada, a mesma escala a primeira coisa que viu, se escondendo em um espaço escuro do que havia escalado, o que no caso era o bolso de um casaco. A presença então entra no aposento;
—Sim, sim, manda para ele sim... não... eu preciso assinar isso né? Ok, olha, eu vou correr agora e depois do almoço a gente conversa, pode ser?...ah, não?... não mesmo? ...OL...O...SI...TA...LHAN... e opa, desliguei... – a presença em si era um homem que parecia falar sozinho, ele então pega o casaco na qual a pequena aranha está escondida, o veste e sai da sala.
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parad1sekiss · 6 years
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ADAM HATTEN ➛ Jonathan; Joshua; Alec; Max; Gwen & Bryce
Quando dou por mim, meus punhos já estão cerrados. Tamanha é a força que coloco, de forma inconsciente, que à essa altura os nós dos dedos estão brancos, e eu tento relaxar um pouco. A declaração de Jonathan obviamente indicava que aquilo não fora obra da casualidade, e sim algo no mínimo planejado.
– Mas o que diabos a polícia queria comigo? Minhas festas meio que sustentam a família deles.  – Estreito os olhos, tentando organizar o pensamento de modo a entender o que se passava. O que diabos o irmão de Bryce queria fazer comigo, entretanto, permanece um mistério que, sinceramente, eu não fazia questão nenhuma de desvendar. Escuto com atenção as informações repassadas por Jonathan, que conseguira coletar um número assustador de detalhes – talvez porque, sei lá, não estivesse tão bêbado como eu.
– Ah, esses filhos da mãe gostam de gastar gasolina. – Dou de ombros, mesmo que o fato de serem duas viaturas despertasse um alerta mínimo. Não era hora para brincadeiras, mas fazer o que? Concordo com a cabeça ao ouvir o pedido para tomar cuidado, mesmo que duvidasse da capacidade de Bryce fazer alguma coisa além de provocar um confronto direto. Para este eu já estava preparado. – Ele não é muito esperto, né? Acho que dou conta.
  Max levanta a possibilidade de um vizinho ter conseguido chamar a polícia, muito embora a discussão ali devesse chegar ao “porquê”, uma vez que o “quem” a gente já tinha. Ela, entretanto, comenta sobre uma arma, e vinculo o pensamento ao velho da casa seis, que volta e meia saía com uma espingarda diferente na temporada de caça e retornava com cadáveres de pobres animais. Eu não era vegano, muito longe disso, entretanto achava uma puta falta do que fazer. Velho desgraçado.
– Hanks? O Sr. Hanks não faz mal nem a uma formiga, Max.  – É um comentário irônico, mas ouço um protesto de Gwen quanto a veracidade da minha informação. Não era temporada de caça, e mesmo assim ele tinha uma arma em mãos. Meus olhos estão arregalados, embora ninguém note porque ainda estou com os óculos escuros. Questiono mentalmente o que eu perdi na noite anterior, visto que depois do desmaio muitas coisas pareceram acontecer. O velho provavelmente atirou na galera, ou pelo menos chegou perto. Overland Park já não era mais a mesma. Que isso me sirva de aviso para a próxima festa, ou eu terei que lidar com cadáveres, com a polícia e com a Sra. Hatten. Não sei o que era pior.
A essa altura retiro os óculos escuros ao encarar Bryce, que gera uma pequena comoção quando se encontra com a outra metade de sua quadrilha. Seus hematomas parecem muito piores que os meus – tenho impressão de seu nariz estar torto – e isso me gera uma satisfação esquisita. Ele interrompe a caminhada no meio do caminho ao ouvir um comentário vazio de Dylan, que aponta para nós com o queixo e solta uma risada sonora, contagiando o pequeno grupo que os rodeava.
– Não, tá tudo muito claro.  – Desabafo. Não haviam dúvidas anteriormente, mas agora qualquer outra hipótese evaporou com facilidade. Jonathan estava certo, e agora acredito não ser o único alvo.
  O cenário mudara muito rápido. O desinteresse contagiante no local agora se tornara um pequeno tumulto em volta da pequena discussão que se desencadeava próximo à mesa que eu estava agora a pouco. As pessoas pararam de falar e seus olhos estavam vidrados nos acontecimentos que se sucediam. A maioria exalava uma expectativa quase palpável, que não se concretizara graças a ação rápida de Alec em intervir. Juro que ouço alguns lamentos, e enquanto se recompõe, Davis volta a andar em nossa direção. Dessa vez, ele alcança o seu objetivo, e para a poucos metros.
– As coisas não saíram como eu planejei na noite passada, Hatten. – O loiro me direciona um sorriso debochado, fingindo estalar os dedos de forma despreocupada. Alguém chama o clube de teatro aqui, por favor?
– Claro que não, Davis. Só um olho seu tá roxo, faltou o outro.  – Gesticulo, apontando para o olho-bom de Bryce, que ainda assim estava com uma olheira significativamente escura. Não sei se eu estava muito melhor – creio que não. – De certo você está querendo que eu resolva esse lance pra você, não é? Já que o Joshua não te ajudou... Com um grande prazer. – Me movimento para a frente, muito próximo de desferir o primeiro golpe.
– Calma, Adam. Esqueceu o que acontece com jogadores que se envolvem em brigas no colégio? – Em um primeiro momento, isso é o suficiente para me conter. Jogadores que se envolvem em brigas no colégio são punidos com expulsão. Simples. – Na verdade eu só vim ver como as coisas estão. E aí, Jonathan. Como vai o braço?
– Ah, seu infeliz!  – Qualquer coisa que me impedira de partir para cima de Bryce anteriormente evaporou. Faça o que quiser comigo, cara, mas não me venha atacar meus amigos. Foda-se o time, foda-se a escola, foda-se esse merda. Meu punho atingiu seu rosto sem qualquer cerimônia, e sinto o impacto negativo nos dedos. Não me incomodo, vez que ele também sentiu, e muito bem, porque está cuspindo sangue. Uma pequena multidão se aglomera em nossa volta, e ouço Alec gritar “dez dólares no Hatten”, enquanto uma garota o responde com “cinco pratas no Davis”. Depois disso o som fica abafado, volto a atenção para meu oponente.
@tsuburbs
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caniccula · 5 years
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he then in dollars makes more dead than alive
 O assassino de aluguel conhecido como Houdini recorda-se da primeira vez que matou alguém.
Escrito para um RPG.
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Se fechasse os olhos por um instante e fitasse insistentemente a vermelhidão das suas pálpebras, Houdini ainda conseguiria se lembrar vividamente da primeira vez que havia assassinado uma pessoa à sangue frio.
Na verdade, é quase como se ele não tivesse memória alguma daquele fatídico dia além daquele momento em específico: 
- Puta que pariu. – Lembrava-se de enunciar com um murmúrio frágil, apenas uma sombra do seu costumeiro tom profundo e grave. Seus olhos estavam fixos no sangue que fluía livremente para fora da garganta do homem à sua frente, escorrendo por entre as juntas dos azulejos e manchando o piso, outrora branco, de um tom vivo de escarlate. 
Após tantos de experiência com o ramo da morte, é uma benção não poder lembrar direito dos erros de iniciante: as manchas de sangue deixadas para trás, as digitais e fios de cabelo que certamente teriam sido encontrados por policiais com um pouco mais de interesse em resolver pequenas brigas de traficantes (isso é, se é que ainda existia algum policial sem qualquer pingo de corrupção no sangue e sem envolvimento algum com tais traficantes). Tinha sido uma experiência terrivelmente desastrosa, sem finesse alguma, mas céus. 
O que ele não daria para vivenciar tudo aquilo de novo? 
- Puta que pariu. – Ele repetiu debilmente, de novo e de novo e de novo sem conseguir se conter. – Puta que pariu. Puta que pariu. 
Deus, como fazia calor naquele dia. Mesmo à noite, com o céu límpido e salpicado por estrelas diminutas, ele podia sentir o tecido da camisa branca grudando nas suas costas. Já estava estacionado naquele beco fazia horas, esperando que o colega designado para aquele trabalho aparecesse logo pra que pudessem dar o fora dali antes que cismassem que haviam fugido com o dinheiro da cocaína. Olhava o relógio de cinco em cinco segundos, apreensivo com a movimentação dos ponteiros e nenhum sinal de Noah. Ele tinha combinado que chegaria mais ou menos à meia noite, mas já eram quase três da manhã e não havia nem sinal dele – o que, sinceramente, deveria ter sido um sinal para ele meter no pé e não se meter, mas decidiu fazer exatamente o contrário disso e ir atrás dele. Noah só tinha que fazer uma coisa, que era vender as drogas ao cara conforme haviam combinado e então voltar para o carro. Algo muito simples e que certamente não demorava tanto tempo assim – alguma coisa tinha acontecido. 
Quando chegou no ponto de encontro do colega, a alguns minutos de onde estava, de fato parecia que o cliente tinha chegado e ido embora com a droga. 
Ele também tinha resolvido atirar em Noah. 
Encontrou o garoto agonizando no meio da rua, com o peito cheio de buracos dos quais escorriam sangue em profusão. Noah era um cara legal. Meio baixo e ranzinza demais pra um adolescente da sua idade, mas tão agressivo e determinado quanto qualquer outro garoto que crescia nos bairros pobres daquela cidade. 
- Louis – O amigo chamou fracamente o seu antigo nome ao vê-lo virar a esquina, o rosto pálido como a morte, gaguejando e tremendo de forma nunca vista antes por Houdini. 
Parou diante do corpo do colega, observando-o em silêncio conforme o arfar do seu peito amenizava pouco a pouco até cessar por completo. O assassino, seja lá quem ele fosse, não parecia saber direito o que estava fazendo – ou não ligava muito para a bagunça feita. Com sangue e balas espalhados por todos os lados, aquela cena tinha saído diretamente dos pesadelos do cidadão ordinário. Qualquer caçador de quinta categoria poderia dizer que aquela morte tinha sido muito mal executada, provavelmente por uma pessoa qualquer que aceitou uma mixaria para fazer aquilo – Houdini não podia julgá-lo. O que ele acabaria por fazer algumas horas depois daquele incidente seria tão mal feito quanto. 
Noah era bem conhecido na comunidade onde morava. Isso tornava as coisas bem mais complicadas. Isso tornava as suas ações seguintes bem óbvias. 
Não foi muito difícil encontrar o aspirante a assassino. Naquele lugar, não haviam muitos buracos nos quais se enfiar que não fossem conhecidos pelos informantes do submundo – e os que não eram, eram facilmente revelados após certa quantia de dinheiro. O homem loiro e roliço, claramente sem muitas alternativas de esconderijo, resolvera passar a tarde num desses bares sujos e sem qualquer característica marcante que o diferenciasse de qualquer outro chiqueiro daquela parte da cidade. Praticamente se afogando em bebida, ele pedia um copo atrás do outro, até que se levantou sobre as pernas bambas e caminhou tortamente até o banheiro. 
Pra falar a verdade, o próprio Houdini desejava se embebedar naquele momento. “Oh, Deus”, ele pensou na hora. “Deus, eu vou matar alguém. Eu realmente vou matar alguém”. 
Como um lobo à espreita da sua presa inconsciente dos perigos que a rodeavam, o jovem seguiu o mais velho até os fundos do bar. Passou distraidamente os dedos pela garrafa vazia deixada sobre o balcão, levando-a consigo ao passar. Apesar de todo o período de caça que o levara até ali, não tinha se preparado muito bem para o grand finale – teria que improvisar. 
O ranger estridente da porta do banheiro sendo aberta foi meio abafado pelo barulho da televisão, que podia ser escutada do outro lado da rua de tão alta. O homem, que batia nos ombros de Houdini, estava de costas para ele, apoiando-se na parede para n��o desabar enquanto usava o mictório. Não encontrou nenhuma tranca na porta, mas resolveu contar com a sorte. O bar estava completamente vazio, nem mesmo a presença do velho bartender que se cansara da falta de movimento e resolvera dormir numa sala ali do lado. Ninguém ouviria nada. Ninguém saberia de nada até muito mais tarde. 
Nem mesmo a sua própria vítima soube direito o que estava acontecendo até receber o primeiro golpe da garrafa na cabeça. 
Crash! O som audível de vidro se quebrando numa superfície dura ecoou por todo o banheiro. Quando viu que metade dela ainda estava intacta, arrebentou a garrafa mais uma vez na cabeça do homem, e mais uma vez até ela quebrar por completo. Desorientado e ensanguentado, o desconhecido se desequilibrou e caiu de quatro no chão cheio de vidro, cortando-se ainda mais nos estilhaços espalhados. 
Era uma imagem patética. Um homem de meia idade caído no chão, sujo de sangue e urina, com o pênis ainda pendendo para fora da calça. Mas ele não estava morto ainda, ah, não. Cortes na cabeça, ainda que superficiais, costumavam sangrar bastante. Ainda havia espaço para mais um golpe. 
Impulsionado pela adrenalina do momento, chutou o homem uma, duas, três vezes até que ele caísse no chão e rolasse de barriga para cima, estendendo inutilmente as mãos para impedi-lo de continuar com aquilo. “Patético”, pensou, lembrando-se de Noah enquanto imobilizava o loiro no chão com o peso do próprio corpo. “Patético”, desdenhou, pegando um enorme pedaço de vidro. 
Rasgar a garganta dele foi bem mais fácil do que esperava. 
Cravou o vidro fundo na sua pele, sem hesitação alguma, e o arrastou até o lado oposto, abrindo um buraco no que costumava ser a sua garganta.
Nenhuma morte acontece sem um pouco de sujeira, é claro. Ele mesmo já era um assassino em miniatura desde que conseguiu segurar uma arma pela primeira vez para caçar pássaros então sabia muito bem disso, mas sempre pensou que seria diferente com humanos. Sempre pensou que sentiria nojo de si mesmo, que seria algo impossível de se fazer por se tratar de alguém tão parecido com ele. A última coisa que esperava era essa miríade de emoções, esse pânico que apenas aumentava a cada segundo que passava. O pior de tudo é que toda essa apreensão, a sensação de que algo estava terrivelmente errado, não era derivada do fato de que tinha acabado de matar outro ser humano que nem ele. 
Não, o pior de tudo é que... no final, não era nada diferente de matar animais. 
Passou os dedos pela testa para retirar o suor acumulado ali, tentando impedi-lo de continuar a escorrer para os seus olhos e para dentro da camisa já úmida, e então sentiu algo diferente misturado ao seu suor. Esforçou-se para afastar o olhar do corpo – era uma visão terrivelmente cativante, estranhamente – e encarar o próprio reflexo no espelho: os olhos pequenos e escuros num rosto que indicava uma idade superior a que realmente tinha, as madeixas negras que havia cortado bem rente ao couro quando fugiu de casa. Era a imagem perfeita de um garoto assustado - tanto por não fazer a mínima ideia do que estava fazendo, quanto pela estranha onda extasiante que percorreu o seu corpo justamente por causa do que havia acabado de fazer. 
Havia algo de diferente nele, pelo menos foi essa a impressão que teve. Além de agora ter uma grande listra avermelhada e visguenta estampada na sua testa de um lado até o outro, sentia-se diferente, mais como um homem. Seus dedos pegajosos que ainda seguravam o pedaço de vidro com força, fincando-o na própria pele fina da mão, não paravam de tatear a arma improvisada nem por um segundo, agitados e excitados demais para ficar parados. Ele se lembrava de sentir algo parecido, quando saía junto do irmão e do pai para caçar animais bem maiores que ele nas florestas próximas da sua antiga morada. Papai normalmente estava bêbado e errava praticamente todos os tiros enquanto James e ele adentravam cada vez mais a mata, suas veias juvenis fervendo de excitação com o que estava por vir. Houdini sabia que nada agora o ajudaria a relaxar ou fazer a ansiedade ir embora – não que ele quisesse isso. Adrenalina era algo surpreendentemente prazeroso mesmo agora e estar alerto nunca era uma má opção. Quando se caça, é melhor que os nervos fiquem mesmo à flor da pele, que você esteja a um ponto de sair correndo mata adentro mas que tenha intrepidez suficiente para continuar firme no lugar a menos que queira que seu alvo escape. 
“Bang!”, ele exclamava para a presa caída aos seus pés, fazendo uma arma com o indicador e o polegar. 
- Bang – Ele murmurou para o seu próprio reflexo, encarando as próprias mãos como se nunca as tivesse visto antes. 
Foi nesse instante que ele chegou a súbita realização de que, de certa forma, o sangue da vítima nunca sai das suas mãos, sabe. 
Ele pensaria nessa questão por muitos anos após essa ocasião, sua opinião se tornando cada vez mais concreta a cada assassinato realizado. Mesmo que todos digam o contrário, a sensação única que apenas tal líquido vermelho e vivaz consegue lhe proporcionar nunca passa – nunca. Não importa quantas vezes você lave as mãos, banhe o seu corpo inteiro em água benta ou use o frasco inteiro de um perfume, o cheiro sempre estará lá, impregnando as suas roupas e a sua pele pra qualquer lugar que você vá; como uma mancha pertinaz cuja presença é sentida a todo instante, apesar de invisível e inodora. É como se todos os dias você tivesse que reviver o momento em que tirou a vida de alguém - nada mais justo, na sua opinião. Houdini sempre acreditou que quando um indivíduo mata outro ser humano, meio que uma parte de dele morre junto da vítima. Quanto mais tempo ele se dedicava a essa carreira fúnebre que poucos se atreveriam a seguir, mais ele sentia que pedaços de si acabam sendo deixados para trás ao longo do caminho. Não era uma sensação exatamente desagradável, na verdade – pelo contrário, adorava a sua profissão. Mas esse era o pequeno preço a se pagar por esse tipo de trabalho, pelo súbito fluxo de sensações calorosas nas suas veias que sentia toda vez que terminava um contrato com sucesso. Como num último tributo à sua vítima, mesmo que o mundo inteiro esqueça essa pessoa e todos os traços da sua existência enfadonha sejam apagados, ele carregaria consigo o seu sangue e o seu rosto até o fim da vida. 
Aos quinze anos, entretanto, quando percebeu tudo isso, ele sentiu como se tivesse recebido um soco no estômago. 
Lentamente, o moreno se abaixou, agachando-se ao lado do estranho cujo pescoço havia acabado de cortar. Sua expressão se contorceu numa careta ao tentar inutilmente não sujar a sola dos sapatos velhos e esburacados de sangue e falhar. Estava bastante hesitante em se aproximar dele – nunca que admitiria estar inseguro e morrendo de medo, não mesmo – e estendeu uma mão trêmula até o seu rosto rechonchudo, amparando-o com os dedos para poder ver melhor as suas feições. 
A primeira coisa que notou era que ele era velho – na verdade nem era tanto assim, agora que parava pra pensar, mas qualquer um acima dos quarenta anos é considerado velho quando se é um adolescente -, com mechas grisalhas que se misturavam aos fios loiros no topo da sua cabeça rala. Com bochechas proeminentes e lábios alongados, o desconhecido que agora estava estatelado no chão até pareceria ter um rosto simpático, se não fosse pela horrível expressão contraída e agoniada que estampava a sua face. Talvez, em outras circunstâncias, Houdini o teria considerado uma boa vítima em potencial para um pequeno furto – o homem passava essa impressão de ser amigável e ingênuo, do tipo que dá moedas para jovens esfomeados como ele ao passar por eles na rua em vez de simplesmente virar a cara para o lado e continuar andando. Ele certamente não fazia o tipo de que roubava os pacotes de drogas de um garoto menor de idade, atirava duas vezes no peito dele e saía correndo em seguida. 
Por que raios ele faria isso, afinal? O que um homem desses tinha a ganhar? Não era como se ele fosse vencer sozinho o tráfico da cidade – não era como se ele tivesse condições. Seu amigo Noah, a pessoa designada para vender naquela noite, era apenas mais uma peça nos jogos de poder e morte de pessoas muito maiores e mais influentes que eles. Eles eram apenas dois garotos tentando ganhar alguma grana – por que esse cara havia decidido comprar briga justamente com eles? Não fazia sentido algum, mas ele não estava sendo pago para fazer perguntas. Não, a única coisa que ele veio fazer foi matar aquele cara, pegar a droga e ir embora. Assassinar alguém é uma tarefa difícil, mas surpreendentemente simples. Você elimina um ser humano da face da Terra sem perguntar o porquê e não fica tempo suficiente para ver as consequências dessa morte - você não é pago para sentir piedade, nem para fazer perguntas. Você é apenas um mensageiro e não é seu trabalho se responsabilizar pelas consequências das suas ações - isso é trabalho de quem te empregou. 
(Aqui é um adendo para certa pessoa que trabalha com a bolsa de valores de Nova York e que se achou sagaz o suficiente para tentar incriminá-lo no seu lugar anos mais tarde: vai se foder.) 
Foi um dos poucos momentos em que se sentiu verdadeiramente vulnerável. 
Vulnerável. Soava tão estranho associar essa palavra a si mesmo, tanto anos depois, ainda que na hora realmente tivesse se sentido assim. Nesse tipo de profissão e com os contatos que se tem, não há o privilégio de se sentir vulnerável. Vulnerável significava morte e possivelmente a ruína de muitas outras pessoas poderosas, como peças de dominó caindo uma atrás da outra. 
Houve uma época em que lhe era permitido se sentir assim, mas isso acabaria se perdendo de qualquer jeito com o estilo de vida que escolheria. Todavia, acabou acontecendo mais cedo do que havia esperado: ao fugir de casa, viu-se sozinho em uma cidade desconhecida. Ser vulnerável não pagaria o seu pão ou faria seu patrão lhe dar uma grana extra. Se soubesse que no futuro acabaria se tornando parte de um grande esquema de corrupção e mentiras e ele próprio se tornaria cliente ao invés de vendedor, talvez pudesse ter relaxado um pouco. Mas não, naquele dia nada mais importava além de obedecer as ordens do seu chefe, pegar o que o ladrão havia roubado e ir embora antes de ser pego. 
Ele poderia ter desistido, é claro. Ter virado as costas e saído correndo, ter feito nevar cocaína por toda a cidade para eliminar qualquer evidência de que fora ele que levara a droga até ali e o abandonado à mercê da polícia, mas ele ficou. Ficou porque nunca foi de quebrar promessas, quanto mais um contrato (o único que acabaria recusando por motivos pessoais viria sete anos depois, encomendado por um empresário londrino, mas essa seria a única e última exceção. Até hoje não sabia dizer se foi a coisa certa a se fazer). 
As mãos dele nunca mais foram limpas. Afinal, manejar uma arma sempre foi o seu único talento, o único que precisava. 
E ele sempre foi bom nisso.
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Os peixes morrem pela boca. E eu também. Mas de um jeito diferente. Nada tão romantizado como um beijo, muito menos simples como a fala. Foi só uma vez, eu juro!- Ele se foi. Ela saiu feito louca do quarto e eu fiquei alguns segundos sem me mexer. Eu poderia ter ido atrás, poderia ter gritado, me afastado da mulher seminua agarrada em mim. Eu poderia ter dito que a amava antes que fosse tarde demais.Mas não.- Você é um idiota.- Eu sei.E eu sabia. Que era um idiota, mas não de onde havia surgido aquela voz.- Você está morto. De novo.- Oi?- Ah, certo você não se lembra. – A voz era de uma mulher. Mas poderia ser de homem. Eu estava deitado, mas se eu estivesse sentado também não faria diferença. Alguma coisa estava muito errada. – Vamos refrescar sua memória.Eu ouvi um estalar de dedos que poderia muito bem ter sido o som de uma bomba e uma luz forte obrigou meus olhos a se fecharem. E eu nem sabia que estava no escuro. Aquele era eu. Usando roupas que não eram minhas, falando numa língua que não era a minha, com uma voz que definitivamente eu não tinha. Mas era eu, certeza.Ainda sem entender o que acontecia, eu vi a mim mesmo brigar com uma moça. Não entendia nada do que era dito, mas arregalei os olhos quando ela segurou um punhal a sua frente e caminhou para o meu lado. Como quem pede desculpas, dei dois passos para trás e fiquei encurralado entre a parede e a mulher.Em algum momento deixei de ser apenas um observador e passei a ser o protagonista da cena. Quando ela falou que ia se vingar de mim por ter me engraçado com outra eu entendi, mesmo sendo um idioma estranho.E quando ela esfaqueou minha barriga, eu senti a dor do sangue saindo do meu corpo como se fosse eu. Mas não era. Ou era? - E essa foi só a primeira vez. – A voz andrógina novamente. Os últimos flashes de dor ainda percorriam meu corpo e eu rezei para mais uma dose. O que não veio.- O que... – Tossi e levei a mão aos meus lábios, achando que saiu sangue como acontece nos filmes em que alguém é esfaqueado. – O que foi isso?- Você. Sendo morto.Eu apenas continuei encarando o que quer que estivesse a minha frente. Quase ouvi o som dos meus cílios batendo uns contra os outros.- É normal não entender no início. – A voz era feminina, eu decidi. – Não pelo timbre em si, mas pela entonação. E pelo ódio que escorria das palavras, também. – Mas eu explico.“Ao longo da sua vida espiritual, você morreu algumas vezes. 99, para ser mais exata. Por cometer o mesmo pecado.”- Pecado?- É. Luxúria, fetiche, adultério, chifre... Escolha o nome que quiser. O nome que você escolhe dar não muda os fatos: você morreu agora, assim como morreu inúmeras vezes antes, pelo mesmo motivo: traição.- Como... – Eu não sabia nem o que eu queria perguntar, então escolhi o silêncio. Deus! Como eu precisava de mais uma dose!- Eu te mostro. As roupas eram ridiculamente feias. Babados e estampas exageradas e uma meia que ia até os meus joelhos. Quando me virei, tentando entender onde eu estava, quase desmaiei.Jesus amado, eu estava usando uma peruca!E o espelho era ovalado, a moldura parecia ouro de verdade, formando desenhos intrincados.Uma mulher entrou no quarto e me deu um beijo longo, profundo, antes de me puxar pela mão até um salão bastante enfeitado.- Um baile!- Claro, gênio! – Ela sorria, mas havia algo de errado com seu sorriso enquanto ela me entregava uma taça de vinho. Eu virei tudo de uma vez só e não demorou muito para sentir que meu estômago pegava fogo.- Veneno.A cena mudou e agora eu encarava uma jovem com cabelos quase brancos que apontava uma arma para mim.- Bala de revólver.Depois eu me vi num leito de hospital com um braço ligado à um tubo intravenoso. Alguém injetou algo no tubo antes de tudo escurecer novamente.- Dose errada de remédio. Ou não... – A voz anônima era pensativa – Não é “errada” se foi de propósito...Eu andava pela rua quando gritos soaram. Quando olhei para o lado, algo imenso me atingiu.- Atropelamento.Enquanto as cenas iam mudando e a pessoa ia citando todas as formas diferentes pelas quais eu morri, eu sentia a dor e o medo de cada uma delas enquanto me lembrava dos detalhes de cada uma das minhas vidas passadas.Os mais variados tipos de assassinatos, em infinitos lugares, pela mão de diferentes pessoas.- Atropelado por um trem, esfaqueado, pauladas, queimado vivo, afogado... Só há uma constante nisso tudo. – Ela disse, enquanto eu sentia duas mãos em volta do meu pescoço. Como se eu me importasse... – Talvez devesse se importar. Pelo menos na sua próxima vida.- Como eu faço para parar?- Não dá.Nesse momento o mundo inteiro se apagou e eu me vi deitado, ainda sem enxergar nada. Quando me dei conta do que estava acontecendo, comecei a esmurrar a tampa do caixão, mas não foi o suficiente.- Por que não?Era como se minha cabeça fosse afundada num balde de água e retirada repetidamente. Tudo o que eu tinha eram flashes de todos os modos que eu morri.- Você precisa revivê-las, cada uma delas.Quando eu pensei que não tinha como piorar, senti infinitas fisgadas arrancando pedaços da minha pele. Se não fosse tão doloroso, eu poderia pensar que um ataque de piranhas era uma morte bem criativa. E assim se passaram horas, que eu tive a impressão de serem séculos. A dor em meu corpo evoluiu, atingiu seu ápice e ficou lá por um longo tempo. Longo o suficiente para me anestesiar. Eu não senti mais as lágrimas rolando pelo meu rosto, mas o gosto salgado delas ainda estava na minha língua.O ser que jogava na minha cara todas as minhas burrices ria, gargalhava, parecia que o próprio diabo zombava de mim enquanto eu caía até chegar ao inferno.- Agora você vai voltar.- Para onde?- Para a terra.- Como assim? Eu não morri? – Por que diabos eu estava naquele lugar, então? Será que era um sonho?- Morreu. Mas não o suficiente.Só pode ser brincadeira! Depois de mais de não sei quantas vidas, depois de sentir todos os tipos de dores possíveis durante um tempo que pareceu infinito, aquela desgraça estava me dizendo que eu não tinha morrido vezes o suficiente?!- É isso mesmo. Você não aprendeu a lição em nenhuma das suas vidas passadas.- Que lição?- Não sou eu quem vai te contar... E então eu morri. E depois nasci de novo. De outra mãe, em outro tempo, outro país. O futuro não é tão bom quanto diziam ser, mas isso não importa agora. Porque alguma coisa deu errada durante a logística da coisa de nascer-morrer-nascer de novo. Agora eu me lembro de tudo.E penso sobre tudo enquanto a minha namorada respira o pó branco e limpa os resíduos que ficaram em seu rosto. Atrás dela, a moça de cabelos loiros parecia vagamente familiar.A partir daí todos os acontecimentos se sucederam como quando avançamos um filme para chegar na nossa parte favorita. Mas não era eu quem segurava o controle remoto.A dor, o vômito, alguém me virando de lado enquanto a moça loira olhava, seus olhos atentos, as luzes piscando, a sirene alta demais em meu ouvido, os cabelos loiros perto demais de mim, a luz branca, o escuro, o bipe contínuo...- Ele se foi...E a moça do cabelo loiro, gargalhando, zombando de mim.- Você morreu.De novo.
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Favela vive 3 ( toma esse tapa na cara país de merda ! )
DK]
Se tu não para de marra, meu bonde vem e te para se tu não abraça o papo, o papo vem e te abraça Mano, os cana peida de subir de madrugada Sempre marca operação com a porta da creche lotada Mais uma mãe revoltada, uma pergunta sem resposta como o policial não viu seu uniforme da escola?
Vinícius é atingido com a mochila nas costas
Como é que eu vou gritar que a Favela Vive agora?
Cocielo fez piada, mas no beco ninguém riu
Tava ensinando racismo pra um público infantil
Troquei o puta que pariu pelo puto que partiu
E vim com o flow caminhoneiro que é pra parar o Brasil Só meus fiel de fechar, entrego na mão de Deus Inimigo eu só lamento, tão tudo na minha mão Não apadrinho mancada, num abraço vacilação eu só corro pelo certo, quem não pode errar sou eu tão pedindo intervenção em pleno ano de eleição , será que tu num entendeu como funciona isso até hoje?
O exército subindo pra matar dentro da favela
Mas a cocaína vem da fazenda dos senadores
[Djonga]
De Pedro Cabral a Sérgio Cabral Gente, vocês deram Red Bull à cobra Construindo mudanças substanciais pedreiro da cena sem te cobrar nem mão de obra, esquerda de lá, direita de cá
E o povo segue firme tomando no centro Onde a tristeza do abuso é pra maioria E o prazer de gozar sobra pra 1%
Um mano meu foi preso roubando manteiga, é Saiu da tranca, quis assaltar um banco Daquele tipo de ladrão, pernas pra quem tem bala alojada no joelho, hoje te chamam manco
Meu pai me disse: Cuidado com essa pochete e esse cabelo loiro , meu filho, cê num é branco
Geral vestido igual, mas os canas te olharam diferente, eu só lamento , o banco de trás cê vai sentir o solavanco Pras patty é só avanço, sola Vans E as minas aqui da área nem sapato tem A maioria de barriga cheia, quem dera fosse de comida e a mãe do filho de um membro do trem Mas nós sorri quando cai grana, fumo verde grama, se a de verde gama
Quando o Galo ganha um quando ela diz que o Djonga tem a manha eu sei, eu sei Parece que nós só apanha , mas no meu lugar se ponha e suponha que No século 21, a cada 23 minutos morre um jovem negro e você é negro que nem eu, pretin, não ficaria preocupado?
Eu sei bem o que cê pensou daí ,Rezando não tava, deve ser desocupado Mas o menó tava voltando do trampo disseram que o tiro só foi precipitado No mais, saudade dos amigo que se foi P.J.L. pros irmão que tá na tranca !
Seu coração bate no ritmo da cidade?.
[Menor do Chapa]
Eu não posso falar tudo que eu sei
Passou da barricada, aqui é nós quem faz as leis , quadrado formado, bico atravessado, já tô pernoitado Eu jogo ronda pra poder passar o tempo Só tem homem-bomba na paranoia Tentou me pegar na tróia Mas não pôde acompanhar meus pensamentos seu tiro foi certeiro, mas pegou no meu colete
Motão BMW no pinote é igual foguete esquece o capacete porque agora é só granada , os pouco aqui são louco e não vão recuar por nada gestão avançada, inteligente, mas é tudo de repente fecha o tempo, que o AK é trovoada
Whisky, balãozada, muda o vento, deu na previsão do tempo Que a Glock vai fazer chover rajada É só ter fé no Pai, que o inimigo cai A tropa tá na pista fardada de Calvin Klein Eu temo pela vida dos menó que me admira
Pensar que na favela só se vence pela ira
E sendo observado pela lente de uma mira
Ser alvo da inveja ou da língua que conspira
Eu tô sempre na infra e ligeiro com os covarde X9 e fofoqueiro tão matando mais que a AIDS
A geração iPhone usa drone e roupa de grife A tecnologia a favor desses patifes
Talvez eles me peguem na escuta, falando com as puta E o crime fica só no BBM O instinto sobrevive às arapuca, eu me camuflo na muvuca
[Menor do Chapa]
Eu não posso falar tudo que eu sei Passou da barricada, aqui é nós quem faz as leis Quadrado formado, bico atravessado, já tô pernoitado eu jogo ronda pra poder passar o tempo Só tem homem-bomba na paranoia Tentou me pegar na tróia Mas não pôde acompanhar meus pensamentos Seu tiro foi certeiro, mas pegou no meu colete Motão BMW no pinote é igual foguete Esquece o capacete porque agora é só granada
[Menor do Chapa]
Eu não posso falar tudo que eu sei Passou da barricada, aqui é nós quem faz as leis Quadrado formado, bico atravessado, já tô pernoitado Eu jogo ronda pra poder passar o tempo Só tem homem-bomba na paranoia tentou me pegar na tróia
Mas não pôde acompanhar meus pensamentos
Seu tiro foi certeiro, mas pegou no meu colete
Motão BMW no pinote é igual foguete
Esquece o capacete porque agora é só granada , os pouco aqui são louco e não vão recuar por nada Gestão avançada, inteligente, mas é tudo de repente Fecha o tempo, que o AK é trovoada Whisky, balãozada, muda o vento, deu na previsão do tempo Que a Glock vai fazer chover rajada
É só ter fé no Pai, que o inimigo cai A tropa tá na pista fardada de Calvin Klein eu temo pela vida dos menó que me admira Pensar que na favela só se vence pela ira E sendo observado pela lente de uma mira Ser alvo da inveja ou da língua que conspira Eu tô sempre na infra e ligeiro com os covarde X9 e fofoqueiro tão matando mais que a AIDS A geração iPhone usa drone e roupa de grife A tecnologia a favor desses patifes Talvez eles me peguem na escuta, falando com as puta E o crime fica só no BBM O instinto sobrevive às arapuca, eu me camuflo na muvuca E sumo à bordo de um Porsche Cayenne
[Lord]
Entre o crime e o rap Click-clack Nasce um som, morre um moleque História triste sem snap Quem é guerra quer paz Vocês querem músicas sobre armas Escrevo sobre traumas Pra ouvidos que têm almas Que é isso?
Foi tiro do blindado que acertou Marcos Vinícius Caído ali, sem árbitro de vídeo
E vocês quer sustentar o hype Comparar o melhor flow Viram três Favela Vive e não viu o quanto ela chorou Parei pra respirar por um instante Mas quando olhei pro céu só vi os tiros de traçante Pensei: Meu Deus, quem dera fossem as estrelas cadentes Que o sangue que escorresse não fosse de um inocente Seria o bastante Evangélicos e bandidos Que têm cara de bandido Alguns de nós pregamos fé, estamos divididos Mesma raça, mesmo sangue, mesma cor Morrendo pelo que não tem valor E eu não saí nesse retrato Escrevo um desacato Responsa é minha, pena sem fiança Os professores do assalto À La Casa do Favelado revistam as mochilas das crianças
O bonde do mal passou e eu disse: Hoje eu não vou Preciso escrever uma matança Avisa a minha mina que hoje eu vou me atrasar e guarda os nossos filhos onde a polícia não alcança
[Choice]
Choice]
(Eu vim do Atalaia)
(Eu vim da favela)
Do Atalaia, inveja e falsidade no mundo do crime Champanhe e brusa de time, assim que começa a marola Quem segura um fuzil quando o menor sonhava em ser jogador Mas, sem dinheiro, não decola Sem dinheiro são poucas escolhas O favelado na favela vive dentro de uma bolha O favelado na favela vive e sobrevive nela Eu sou o favelado que vive pela favela, porra! A escola me reprovou de série, mas a rua me aprovou pra ser representante dela Se a sirene sinaliza a dor, atira o sinalizador pra explanar que hoje é guerra Matei o presidente pra que o povo se rebele
Gritei: Marielle, presente!, essa bala também me fere E esse tiro fere cada morador que já teve um sonho frustrado E só quem é vai sentir na pele E eu prego a fé, independente da crença É a nossa dor que alimenta as reportagens da imprensa Me diz, o que custa pedir licença?Troca de tiro te assusta, mas a troca de olhar comigo é mais tensa Meu mano Play ficou preso dezoito anos Quando eu tinha dezoito, ele me disse: O crime não compensa Eu respondi que sou daqueles que acredita que pensar sobre a vitória vai fazer que você vença Pensa no Baile da Gaiola lotado, as piranha jogando, os mano faturando
Meu show anunciado, um poeta no topo, um favelado rico Os humilhados serão exaltados!
Nos dão armas e drogas, e nos perguntam por que somos bandidos e por que nós atiramos
Fiquem bem longe de nós, deixa que nós nos viramos Temos tudo que precisamos
(Do Atalaia!)
[Negra Li]
Quem foi que não sentiu discriminado por alguém? Há vinte anos atrás, cantava paz Mas, de lá pra cá, só andamos pra trásAliás A nova geração eu respeito Só quem tava lá, naquele tempo, sabe o jeito, o que foi feito O sofrimento que passamos Vário manos, milianos, sem os panos Mas atitude de respeito (daquele jeito)
Hey É grave a greve, sei Que o tempo é breve, dei O melhor de mim até ali Vou continuar a cantar O tempo vai passar Você vai lembrar m da Negra aqui Ideia certa, papo reto, não tem mistério O dinheiro em si não faz o império Seu legado, sua honra, seu méritoEspero País que eu quero, progresso O jovem no Brasil sendo levado a sério Quem corre atrás, labuta, nunca perde luta Eu sei (eu sei) Mantém sua conduta Essa é a lei
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"E aí, já sabe quem vai ser?"
Sam olhou para o lado e balançou a cabeça numa negativa. O cabelo curto ainda desarrumado do cochilo da tarde caiu sobre os olhos amendoados e a fez parecer uma criança. Todos da equipe estavam reunidos na sala de conferência esperando a apresentação formal e designação dos novos afiliados: Um homem loiro de dois metros de altura e cara de artista de cinema, um adolescente de pele escura e olhos verdes bondosos e uma mulher com uma aura desagradável e lábios finos. Sam não gostava de lábios assim, pouco mais que um risco, pois lembravam os de sua mãe. Reuben abriu um sorriso de dentes muito brancos, ajeitando as mangas da camisa e a arma no coldre, como sempre fazia para criar drama antes de soltar alguma fofoca.
"Vai ser a mulher."
"Ah não. Eu não vou com a cara dela." Sam murmurou em resposta. "Vou pedir para o chefe me colocar com o loiro bonitão."
"O bonitão é para o chefe."
"Ele sempre fica com os mais gostosos, injusto isso. Ainda quer exclusividade. Ele não é o único que precisa relaxar."
"Não estamos em um programa de namoro, Sam."
"Diga isso para o chefe." Sam cruzou os braços finos sobre os seios presos em um top esportivo. "Então a esquisita vai ser minha parceira. Como você sabe disso?"
"Reese me contou." Reuben deu de ombros ao ser encarado pela moça com uma expressão de desgosto. "Não me olhe assim. Quem mandou dar um fora no cara na frente da nave inteira? Ele é filho da puta e tá descontando agora. Mas como eu sou seu amigo e você é uma ótima cliente, eu dei uma olhada na ficha dela enquanto ele atendia uma ligação e…"
"E o quê?"
"Ela é..."
"Ela é o que, Reuben?"
"Uma híbrida."
"Cai fora, Reuben." Sam encarou a mulher e então o amigo de novo. "Isso é história pra assustar criança."
"Aparentemente não. O governo desistiu do projeto e ressocializou os que podem viver em sociedade. Mas você sabe muito bem que "podem viver em sociedade" é um conceito muito amplo pro governo."
"Mas que droga." Sam puxou a cigarreira de metal polido do bolso e acendeu um longo rolinho branco com cheiro nauseante de chocolate. "Ela é hibrida do quê?"
"Você andou comprando do Harry? Pensei que você fosse minha cliente."
"Ele vende mais barato, Reuben. No fim do mês quando eu receber volto a comprar de você. Agora me fala, ela é metade o quê?"
"Ela, minha cara amiga, é metade sentinela."
O cigarro escorregou da boca de Sam e ela se queimou tentando pegar ele no ar. Um palavra o cabeludo na língua de seu planeta natal saiu da boca em formato de coração e ela tragou de novo agora com mais força. Todo mundo ficou quieto e o chefe fez o discurso de sempre antes de anunciar para onde iriam os novos "irmãos".
Reuben estava certo nas previsões. Os olhos adornados de rugas finas do chefe mal saíam do bonitão loiro e quando as tags foram dadas Sam não teve tempo sequer de reclamar. O líder daquele bando saiu com o braço em volta dos ombros de Arthur, o único nome que ela tinha conseguido ouvir em meio ao burburinho, rumo às próprias instalações. Ele nem tenta disfarçar, Sam pensou, de cara amarrada. Não ficou para fazer amizade com ninguém, indo para o próprio quarto na nave que até então era somente seu. Seus seis metros quadrados com suas coisas e uma cama extra que desde que Roger tinha se aposentado virara um depósito de tralhas.
"Batedores trabalham melhor sozinhos." Resmungou consigo mesma, tirando suas coisas e jogando embaixo do beliche. "Eu trabalho melhor sozinha."
Havia uma frustração extra ali, que ela admitiu nas entrelinhas para Reuben. Depois de meses visitando planetas desertos atrás de qualquer coisa que valesse dinheiro, uma necessidade essencial acabava negligenciada. Não era como se no meio de Uron 382 ela pudesse entrar em um bar e arranjar uma transa de uma noite só. Era sabido que colegas de quarto cuidavam um do outro, principalmente entre batedores, em todos os aspectos. Roger era medíocre, mas era um pau. A aberração nem isso podia oferecer.
Tirou a calças cheias de bolsos e vestiu o moletom. Liberar os seios foi a melhor parte do dia, já que ela tinha caído no sono à tarde antes mesmo de removê-lo, vestindo uma camisa larga com os dizeres I Trash Earth. A porta pneumática abriu enquanto ela ainda estava com a cabeça presa na gola e os peitos de fora, pegando-a de surpresa. Girou no próprio eixo, ficando de costas para a intrusão enquanto baixava o pano num tranco.
"Mas que merda!" Berrou. "Você não sabe bater não?"
Com os cabelos desgrenhados encarou a enorme mulher que fazia o cômodo parecer ainda menor. Sam notou, só então, que ela deveria ter mais ou menos a mesma altura do loiro bonitão. Engoliu em seco, tomando consciência do próprio porte muito mais mignon, do tipo que apanharia feio. Mesmo assim o queixo delicado se manteve erguido, e a expressão cheia de um leve desprezo.
"A sua cama é a de cima." Avisou, não dando espaço para argumentação. "Onde está a sua mala?"
Sam mastigou a própria língua ao ser ignorada mas não repetiu a pergunta. Esperou sua nova parceira escrutinar o quarto, em silêncio.
"Eu não trouxe nenhuma mala." A voz límpida respondeu.
"E vai vestir o quê?"
"O uniforme."
"Só o uniforme?"
"Sim."
A cada segundo daquela conversa irritava Sam um pouco mais.
"Faça como quiser, eu não sou sua mãe. Seu uniforme deve se entregue só amanhã então você vai ter que dormir com essas roupas. Tem uma célula higienizadora no fim do corredor." De uma prateleira Sam puxou uma toalha azul e jogou na direção da outra que a apanhou facilmente. "Tem essa toalha sobrando. A minha é a amarela. Nunca use a minha toalha. Nem as minhas coisas, entendeu? Qual seu nome?"
"Vecher."
Um nome bem merda, Sam pensou, enquanto observava a expressão digna de uma tela em branco da mulher.
"Eu sou Sam. Eu vou te passar o trabalho amanhã. Eu ouvi boatos de que você saiu de um laboratório, é verdade?"
"Sim."
"Certo."
Sam pigarreou, pensando em algo para dizer enquanto assistia Vecher apoiar a toalha na cama de cima e começar a desabotoar o próprio colete. A mulher tirou toda a roupa, sem pressa, sem demonstrar nenhum tipo de vergonha. A vergonha estava nas bochechas vermelhas de Sam, que apesar de saber que deveria desviar o olhar, continuou encarando. Aos poucos a pele surgiu e a batedora viu as marcas e cicatrizes, os seios empilhados de mamilos levemente acastanhados logo acima de um abdômen com seis montinhos bem marcados. Vecher se endireitou depois de tirar a calça e se aproximou conforme Sam recuava até estar com as costas nas prateleiras no fundo do quartinho, praticamente sem respirar. A mão de dedos longos, uma mão muito bonita, Sam notou sem querer, passou ao lado do rosto assustado e apanhou o punhal que a jovem usava para descascar as frutas que ganhava de Reuben como cortesia nas compras caras. Vecher o ofereceu, segurando pela lâmina e quando Sam apanhou hesitante o cabo de madeira os dedos de Vecher se fecharam com força, cortando a pele profundamente. O sangue pingou e escorreu, sujando a calça de Sam, mas quando Vecher abriu a mão não havia corte nenhum.
"Eu regenero." Vecher lambeu o viscoso líquido vermelho da própria palma enquanto Sam a observava de boca aberta. "E consigo sentir até o mais suave dos cheiros, com um pouco de concentração." Um sorriso curvou os lábios finos enquanto tirava a lâmina da mão de Sam e encostava o corpo no dela para colocar a lâmina numa prateleira mais alta. Baixou o rosto para sussurrar baixinho. "Eu consigo farejar o quão úmida você está entre as pernas agora."
A mão melada de saliva e ainda um pouco de sangue deslizou por dentro do moletom de Sam, tocando o baixo ventre, o monte de Vênus e finalmente se encaixando entre os lábios completamente molhados. Sam apoiou as duas mãos na prateleira atrás de si e ofegou, gemendo baixo quando o dedo médio de Vecher tocou seu clitóris bem devagar, desenhando movimentos circulares.
"O seu cheiro é adocicado." Comentou, os lábios na orelha de Sam. "Eu quero provar."
Sam abriu a boca mais nada saiu e isso foi brecha suficiente para Vecher enfiar a língua em sua boca. O dedo deslizou para dentro e um gemido mais alto morreu naquele contato melado. Sam nunca tinha sido tocada por uma mulher; Sam nunca tinha sido tocada daquele jeito sequer por um homem. O dedo ganhou companhia e enquanto eles iam muito fundo fazendo um barulho melado alto a curva do pulso estimulava o botão sensível e já inchado de desejo.
O orgasmo a fez tremer inteira e ainda bem que se mantivera grudada na prateleira o tempo todo ou teria se agarrado à Vecher. Os joelhos dobraram de leve mas ela não caiu, fechando as pernas para evitar que o contato continuasse. Vecher retirou a mão e chupou os dedos, deixando Sam vermelha como um velho bêbado. Ainda de olhos esbugalhados a garota ajeitou a calça e contornou empurrou a mulher, esbarrando nos seios sem querer.
Tão macios.
"Não faca mais isso. E vista suas roupas, pelo amor de Deus!" Sam mandou, confusa, chocada e toda arrepiada, sentindo a lubrificação natural de seu corpo manchar a calça. Agarrou a própria toalha e a bolsa com as coisas de higiene pessoal. "Eu vou tomar um banho."
Abriu a porta sem se importar com a mulher nua, a respiração pesada e o olhar perdido. O que merda tinha sido aquilo? Quando deu o primeiro passo para fora do cômodo seu pulso foi segurado firmemente a impedindo de prosseguir. Tentou se desvencilhar mas Vecher era mais forte, não precisando de esforço para contrapor seus movimentos. Viu no final do corredor, Reuben aparecer, assobiando e contando notas de dinheiro. Eles fizeram contato visual mas antes que Sam pudesse gritar por ajuda seu pequeno corpo foi puxado para dentro do quarto e a porta fechou em seguida. Reuben, confuso, correu para ajudar mas quando chegou a luz vermelha no batente que indicava a trava mecânica estava acesa. Abriu a boca para gritar mas um gemido alto o interrompeu. Outros seguiram. Não pareciam de dor.
Melhor deixar como estava.
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failsktboarder · 7 years
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 - Raillow Mc Hã, Outra Lei, assim, ó East Side, as ruas daqui tão cheirando muvuca E o que vocês dão valor pra nóis é miséria E é, é só o que nós usa Divide e usa, e as sirenes toca e nós escuta Passaram mais um, subiu foi mais um Comércio engrandece, o tráfico lucra E nas esquinas daqui é sempre a mesma coisa Outra filha da, hã Outra filha da pátria da pólvora O mundo é dela, menos a culpa Então me dá um tempo antes que eu surte E você destrua tudo, e eu pensei em tudo Então cala a boca e me escuta E eu voltei pra rua Pixação, vizinhança, as paranga na blusa Os menor roubando, forjados, uns rodando E eles rondando a madruga E o baile pegando na rua de baixo A justiça solta e o mal aluga E ela veio sem receio, com um cigarro nos dedos E eu selei com um vinho da Rússia E eu não sabia que o topo era assim E de onde eu vim, eram esquinas sem músicas Onde lá só tinha problemas E os poetas vendendo o que te alucina Quanto vale o show e quanto custa a vida? Se não tem palavra, cê não tem saída Ouvindo o caos com o céu na minha cama e o inferno na esquina Autoridades desfilam, mercado negro e o crime domina Quem é esse neguinho marrento? Do sorriso branco, cabelo loiro, da voz linda? Raillow sensação, Raillow é o Mandela O sono é luxo, o resto é lixo, Itaquera é Palestina Pra emocionar as princesa e fazer das coroas rainhas
 - Xamã Mc Aí, olha o que eu sei fazer Hey Jack, conte pra sua mãe que eu fiz um rap Rock, tenho andado tão boombap Dizem que o Xamã canta de Glock Black, lírica hi-tech, toc, toc Nunca jante com um vampiro vindo de Woodstock Robert De Niro é top Marquin, corre que o helicóptero pousou no teu copo Parecia ópio, drogas no cardápio Mas se pancar meu flow, tu vai parar em Tangamandapio Um tanto quanto óbvio e inimaginável Suba até meu nível, eis o meu eu lírico impalpável Dirigindo métricas de forma irresponsável Eu quero um Batmóvel no universo Marvel Gata, eu sou terrível Transe com meu corpo detestável, assassino divo Geral quer ver sangue, eu mato ao vivo Mãe, matei seu filho, foi inevitável, imperceptível Sigo inabalável, como Hulk: incrível Eu vi tudo isso que eu falei num pôr do sol enferrujado na janela de um busão Liga pro MC Xamã Quanto tempo eu não te vejo Meu menor virou teu fã Raillow tá te mandando um beijo, vai Liga pro MC Xamã Quanto tempo eu não te vejo Meu menor virou teu fã E Raillow tá te mandando um beijo, vai Ycaro brotou de asas, ligou W.L, de Civic vaza O ET tá de (hã) volta pra casa Meu flow Deadpool te dá asas 1Kilo, a Pineapple na fé, tu não quer também, vaza Brotei lobisomem da terra dos homem que manda na NASA Samba é a minha reza, preta se enfeza, não me acompanhe Ô filho da puta, arrombado, não encosta sua mão na minha mãe Senão te corto em pedaço, te sirvo em um churrasco igual molho à campanha Não me acompanhe Nada me apaga, liberdade Rafa Braga, liberdade Rafa Braga Nada me apaga, liberdade Rafa Braga, liberdade Rafa Braga
 - LK Mc Se liga agora Pros marionetes são a corda Hey, pros inertes são vambora Antes que se invertam os valores Tô perdido, então não me segue, não compete Eu tô em outra, irmão, fé te corta as cordas O mundo infestado com o mal E eu tô buscando igualdade Mas no Brasil justiça são papéis de confete no carnaval Corpo fechado e a mente aberta, primo Dô mais um trago e nego as dores pra me manter vivo Busco equilíbrio que é pra não perder o foco Os menor dividido na caça do topo e os poetas mortos Nós chegamos pela margem e dominamo os monitores Foda-se, tomamo a mídia, então arranca as parabólicas O choro da coroa, agora o rap deixa minha coroa eufórica Quer melhor vitória, irmão? O rap tá bombando, tá bom, bando de hipócrita Essa porra é Brasil, nossa subversão é expandir a cultura onde o enfoque tá Mano pode pá, nós somos os cara, não porte AK E é melhor mais cem mic pros menor do que cem Glock lá Capta, minha banca é tipo máfia Não, nunca acreditou em autoridade Então não explana onde o entoque tá Cês conhecem o LK E eu nunca me conheci, eu nunca entendi nada disso aqui Andei pensando em ir pro Acre Psicografar 14 livros de rap e depois sumir, fui
 - Choice Mc Hey, topo do topo, do topo, pela minha favela Pela minha favela Caminhando no inferno, eu sou como Orfeu Ando sem olhar pra trás Calculando o caminho que Jesus percorreu Até ver que os humanos não merecem paz O peso da cruz que carrego já não causa dor O desprezo de quem eu amo já não causa dor Eu vivo no Purgatório, entre o caos e a dor Se a vida é filme, fala por que ninguém pausa a dor? A realidade me pede pra ser contada Um sinal no céu convoca o Super Hip Hop Aqui a verdade não vai ser manipulada Com a desculpa de que é só pra gerar Ibope Se coloque no lugar da mulher estuprada Ou do estudante preso, esculachado pela BOPE Baleia azul da rua é barca passando apagada Eu sou o Cavalo de Troia do seu laptop Uma vez um cara me disse uma hipocrisia Ele me disse que ser homem era só ter bigode Acho que é tipo ser pobre e não ter comida em casa Mas dizer que é milionário dirigindo um Ford Quem duvidou eu esmaguei tão facilmente Que liricamente eu ando me sentido um Megazord O povo vive se iludindo com essa Mega Sena Acumulada pra ganhar, só tendo mega sorte Num fode, merecemos mais que Bolsa Família Ou devo me corrigir para Bolsa Migalha Tem político acumulando milhão nas ilha Enquanto uma mãe se humilha e outro pai trabalha Pra comprar o material escolar da filha Que na escola não aprende a matéria necessária A vida é um jogo de cartas, tu não tem escolha Só que após o fim do jogo a morte é que embaralha Quero fazer todos os deuses se amarem Falo, tipo, reuni-los Corações sujos como todos esses mares Falo tipo o Rio Nilo, mano Topo do topo, do topo, e o meu pai se orgulha Não me enxerga, mas eu sei que o olho dele brilha Brilhantes nunca fizeram meu olho brilhar Por isso eu nunca coloquei o dedo no gatilho Eu podia ter botado o dedo no gatilho E com certeza brilhantes iam me rodear Mas aí o olho do meu pai não teria brilho E ele não teria nada pra se orgulhar Topo do topo, do topo, e o meu pai se orgulha Topo do topo, do topo, pela minha família
 - Leal Mc (Poetas no Topo, RJ, SP) Evolução mental, espiritual É o que eu necessito pra me sentir vivo Nunca me disseram que isso ia ser fácil Mas também não me disseram que ia ser difícil Duvidaram do que eu posso, era pouco espaço Eu sempre vivi com pouco, num incomoda isso Poeta num mundo louco, no meio da escuridão Provando pro Brasil todo que isso ainda é compromisso E que isso é sentimento, todo mundo sabe Se não for, se torna inútil Rap de mensagem, sem massagem Liberdade de expressão, veículo útil Eu me sinto fraco, eu me sinto mal Outra noite longe do meu filho Se ele não paga, eu me sinto um otário Atrasa lado, contrata e dá milho Se não tem din, não faz proposta É de graça na quebra, nós tá nessa Poesia, mestre de cerimônia, não animador de festa O presidente trabalha pra CIA Tudo que é nosso, eles tão tomando Rap é ritmo e poesia Eu não sei o que tem a ver com pagar de malandro E eu não me perco entre palavras, não me afirmo em fantasia Sou pior que cês esperava, revolução com raiva, anarquia Eu já sabia que era sem boi, sem dor, sem conquista, nunca foi fácil Morei em casa, morei em apê, mas no comecinho, eu morei no barraco Eu vesti meus trapo, fui pras batalha Beco e Santa era de praxe Bem que minha tia já dizia, desde pequenininho Que eu era muito novo, mas eu só fazia arte Hoje parte da minha vida, pra isso que eu vivo, incentivo pra quebra Primeiro é o respeito aqui soltando o verbo Mas pisando fofo, sem falar merda
 - Síntese Mc Meu som na caixa um soco, um sopro divino pros louco Sem a raiz não existe o topo Perceba que o jogo num é brincadeira se tem vida em jogo Cultura vive, vivo estou, espírito livre, eu sou Da mata sagrada, hey Respeita o sotaque, fei Eu sou daqui, cês que fala engraçado, fei Em tempo de rap torcida Escravo do espírito livre na lida V3: Verso, verdade e vida Não me comove essa honra fingida Ando no vale da sombra da vida E sigo sem máculas Despressurizei com a presença e caíram-se as máscaras Ao invés de topo, cês merece tapa E quando eu abrir esse mar, cês não passa O tempo que passa, então faça Quem te alimenta te pegar pra caça O ego que expele o veneno minh'alma repele Gestério eleito, eu fiz de um jeito que nem repararam na cor da minha pele Célebres malandros fizeram direito E aprendi direito Sua força e poder sempre vão ser Do tamanho do seu respeito E hoje sujeito que sou Essência reggae no soul Já falei uma pá, só que só fingiram escutar, então Espera a bomba ficar pronta pra ter tempo pra pensar Vejo um jogo cênico dos moço cômico Forjando uma brisa, pique esquizofrênico Cada consciência, uma sentença (não esquece) Aham, mas de onde eu vim, a verdade que enlouquece Arma, fé e fome dos moleque de alma enorme Babilônia Brasil não é cenário pra sua peça (jamais) Fecha a cara e vai, carai Robin Hood desse reino, porque humilde o rei num vai virar Pro arrebento pode ligar Se morte é falhar Certeza certeira, faca na caveira Com amor e ódio na guerra do sonho nós tá pra trocar Mente maciça que é vinda do Vale Ponto de vista virando as chave Da lage de cima com a vista pra Serra Fogueira Matrera é visita dos alien (ahow) De São José pra reacender sua fé, irmão O instinto é um só Ê fei, vai pensando que tá bão
 - Ghetto ZN Mc Eu não quero ser cordial Muito menos chegar nessa porra sendo rude Que essa mensagem chegue no teu ouvido agora E que os view dessa porra com grana me ajude Minha família, minha mãe, minha filha Todos meus caras aqui sabem que eu sou rabugento, me ature Não tem frescura, não tem suporte Não que você se importe, Zona Norte te cure O vapor rimou, olha só, a morte pra ele abaixou até a foice Fiz as criança dançar break e fazer grafite, é família Erva Doce Aula eu já dei, na Lapa eu fui rei Posso rimar na tua casa ao vivo Gravo minha parte, tu passa minha parte, tua banca acha foda Isso que me mantém vivo Gravando disco em casa com meus manos, sem condição nenhuma Eu tô aqui, vivão, vivendo Não é de onda, no fim não vou ser espuma Não sou Ryu nem Ken, eu tô mais no macete, eu sou Akuma Rá, filha da puta, assuma Que tu não é rapper só porque tu já bebe e fuma Os cara com a vida tudo ganha trocando soco Aqui, troque soco, espere pipoco Ouça, mano, o que eu tô falando Eu te agrido na rima pra não agredir com o cano Camelô de trem, de seis às seis Atendendo mais de um milhão de freguês E fui me inspirando em cada pensamento Separado que eu fiz o freestyle pra vocês Podre de rima, até os playboy que não entende da vida se anima Favela no topo, ó quem diria O lobisomem, Ghetto trilogia Não sei se eu sou o Venom, Doutor Destino Sou o Coringa ou o Pablo Escobar? Mas no momento já me sinto grato em ser o vilão que cês amam odiar Pineapilei, favela traduziu pra vocês Como é que eu vou falar inglês se eu nem sei francês? Voulez-vous fumê, avec moi ce soir? Jacaré virou Paris, tu canta e nunca foi lá Podre de rico, quero salvar e não pedir socorro Obrigado pelas oportunidade, agora é a comemoração Quando eu voltar, hoje tem churrasco no morro
 - Lord Mc Foi aqui que eu vi vários cair Onde tive a chance de me levantar Foi de baixo, foi eu e o DK, era tudo ou nada Eu querendo me meter, eles querendo me matar Eu chorei, ninguém me viu (ninguém me viu) Gritei, ninguém me ouviu (ninguém me ouviu) Alcancei milhões e milhões de views Fiquei bonito, é óbvio Eu tô no topo da favela, onde o poeta vive Escrevendo histórias sobre homens mortos Quer saber qual foi minha vivência no crime? Não sei quem é pior, os ratos ou os porcos Porque verme é verme (aham) E de vocês não tenho medo, eu tenho nojo Depender de mim, vocês não comem nem miojo Ficou nervoso? Entra um dentro do cu do outro (e vem) Tipo Sant, um sorriso na foto É um grito interno Eu fuzilei uma alcateia de demônios que não morrem Porque tudo é um inferno E eu olho a minha volta E chama, chama, tá tudo em chamas Tu que tacou fogo nessa porra, Lord? Escreve teu lamento e lança Cara feia pra mim é fome Fome que os menor passa sorrindo Jogando bola pra esquecer o ronco da barriga E vocês roncando sem saber o futuro dos seus filhos Não tenho medo de ameaças Já passei por várias, sangrei na guerra Inimigos hoje choram minha vitória no inferno Gritando meu nome abafados pela terra Eu tô voando mais que passarin (hã) Eu quero bem mais do que camarim (e ae) Bem mais que camarão, salmão, Hennessy Todas as minas tipo Cameron, querem-me Um ADL incomoda muita gente Nosso bonde todo incomoda muito mais Dica pra quem tá começando, é bem simples Sigam aqueles que não fala e faz Senta e olha o flow, aulas Eu e suas almas, droga nas veias Água na sede, luz na escuridão Fechando contas, abrindo cadeias Tenta contra nós (é a tropa, é o bicho) Hoje eu te derrubo com voz Me chame de Lord AK, Lord AK (rá) Corra se tu vê o clã Trá
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