#teatrogalego
Explore tagged Tumblr posts
Video
instagram
Fascinante teatro en la Playa de San Amaro, A Coruña. La compañia Noite Bohemia nos mantuvo hipnotizados al interpretar "Bacantes", la tragedia clásica de Eurípides. El escenario no podia ser mejor 👏👏👏👏👏 ============= Mesmerizing theater on the beach of San Amaro, A Coruña. The Noite Bohemia company kept us hypnotized when interpreting "The Bacchae", the classic tragedy written by Euripides. The scenario could not be better ============== #noitebohemia #teatro #teatrogallego #teatrogalego #playadesanamaro #bacantes #thebacchae #euripides #kopitravel #coruña #galicia #acoruña #españa #coruñasemueve #spain #gsliciamola #galiciacalidade #lacoruña #europe #travel (at A Coruña, Spain) https://www.instagram.com/p/B0UOd_KHNRE/?igshid=1hvaw6ezov1yv
#noitebohemia#teatro#teatrogallego#teatrogalego#playadesanamaro#bacantes#thebacchae#euripides#kopitravel#coruña#galicia#acoruña#españa#coruñasemueve#spain#gsliciamola#galiciacalidade#lacoruña#europe#travel
2 notes
·
View notes
Text
‘FEMINÍSSIMAS’. O QUE É O FEMINISMO NO SÉCULO XXI. Por Diego QS

O que é o feminismo? Tem sentido usar este conceito hoje em dia, ou quiçá esteja já desfasado e tenhamos que falar dum “pós-feminismo” ou algo polo estilo? Isto é ao que nos remite Feminíssimas, a última produçom de De Ste Xeito na que se pom em questionamento o conceito de “feminismo”.
Esta obra nom poderia fazer-se há 5 anos, nem dentro de 5 anos, porque o debate sobre este conceito está agora mesmo neste ponto a nível social. Poderia dizer-se que esta temática está na moda e que polo qual está obra é oportunista quiçá, mas isso seria nom entender em absoluto o que é a obra e o que é o teatro. O teatro, além de ser o lugar do entretimento, deve ser o lugar da reflexom; os debates sociais devem-se levar ao palco para revolver as mentes des espectadories (algo disto dizia Brecht e umhes quantes mais), e é isto o que fai Carrodeguas ao conceber a dramaturgia desta peça.
De primeiras apresentam-se-nos as duas grandes formas antagónicas de entender o feminismo, personificadas em Bea e Ruka, umha liberal e umha radical. No meio delas coloca-se-nos a umha pessoa nom binária, Gabi. Estas três pessoas atopam-se para participar num Congresso Feminista em Vigo, três amigues da adolescência que levavam mais dumha década sem se ver, só sabiam ês umhes des outres polo que publicavam nas redes sociais. Ês três alugam um piso em Vigo para passar juntes a noite anterior ao Congresso. Nessa noite, através dumha longa ceia e a sua posterior conversa e desfase, ponhem em questionamento a identidade, a amizade e o feminismo.
Cenicamente vemos ao mesmo tempo essa ceia no piso e as suas respetivas conferências do dia seguinte, umha convençom facilmente identificável polo público através da peça polo uso dum micro de pé nos momentos pertencentes ao Congresso. Podemos assim distinguir de primeiras dous níveis na história: o presente do piso e o nível proléptico do Congresso. Ainda que indo mais lá podemos distinguir também um nível extradiegético, quando falam as própias atrizes, bem sobre a obra como narraçom, bem sobre a realidade, ou bem para dar umha explicaçom informativa “de enciclopédia”; e também um nível analéptico, ao que pertenceriam as lembranças que som narradas ou diretamente encenadas.
Ao começo a construçom das personagens, e por conseguinte da história, semelha estereotípica, semelha quase umha paródia desse debate social, mas logo a cousa complica-se. O traspasso do debate dialético entre congressistas a umha conversa de amigues durante umha ceia fai que as discrepâncias entre questons ideológicas se levem ao pessoal, apresentando-se umha nova pergunta que inevitavelmente se acaba por fazer ê espetadore: que prevalece, a amizade ou a ideologia? Nesta obra, a amizade. Sinto-o polo spoiler.
Mas isto há de o explicar um chisco. Ao começo da ceia as discusons som as mínimas e típicas: contraposiçons da vida cotiá entre esquerda e direita em questons como se comer verduras “recicladas” dum contedor ou pedir comida a domicílio. Quando vai passando a noite a dicotomia entre esquerda e direita entre elus vai-se fazendo mais complexa. Bea solta a bomba de que está a esperar umha criança que está a ser gestada por outra mulher, um bebê de miles de euros comprado na Europa do Leste, algo que Ruka nom pode permitir ideologicamente. Gabi solta a bomba de que nom é umha mulher, algo que fai florescer o transfundo transfóbico do radicalismo de Ruka. E mais adiante descobre-se-nos que aquela radical que se colocara no rol de crítica feminista, a única das três que era “feminista de verdade”, resultou ser proprietária dum piso em Portonovo herdado de seu pai que arrendava a turistas.
A contraposiçom entre as três formas de entender o feminismo e a anulaçom das ideias dumhe coas doutre fam que apareça nas mentes do público a pergunta que move este espetáculo, essa pergunta que está na sociedade e ninguém sabe contestar: que é o feminismo? Fazendo-nos ver que a dia de hoje “feminismo” nom é mais que um significante baleiro. Como algo pode ser duas cousas contrárias ao mesmo tempo? E ao final ê que está no meio é ê mais avançade, ê que dá o passo a rejeitar o conceito de “feminismo” porque a dia de hoje está obsoleto.
Esta dicotomia ideológica rompe-se coas desgraças pessoais, as individuais e as partilhadas, e som justo estas desgraças que se contam e lembram as que fam que nom se deixem de falar. Dende as desgraças passadas como o primeiro aborto de Bea, que passárom juntes, ou como Bea tivo de buscar-se a vida no trabalho sexual, ou como a Ruka a violava seu pai dende pequena naquel piso de Portonovo, que ês outres dues nom sabem, ou como estas três pessoas se juntaram no instituto porque eram as marginadas, as marimachos, as feminíssimas; até as duas grandes desgraças atuais: o cancro de Gabi, coa parte positiva de que lhe vam extirpar esses peitos que tanta disforia lhe dam, e a ELA do marido de Bea, com toda a soidade futura que conleva para ela. Ao final som estes problemas mundanos os que fam que se aceitem, e que por fim Ruka se dirija a Gabi co género neutro.
Esta obra removeu-me bastante e reabriu velhos debates internos em mim nos que havia tempo que nom pensava. E isto leva-me ao seguinte: a quem remove isto? Como umha pessoa privilegiada que nunca se questionou a sua identidade, ou melhor dito, nunca tivo a necessidade de fazê-lo, que nunca viviu de forma precária, que nunca a atacárom socialmente, etc. receberá esta peça? Nom o sei, a verdade, nem é que me interesse muito. Nom me interessa a gente privilegiada. Interessam-me Bea, Gabi e Ruka. Interessa-me a nível social que se questionem os significantes baleiros como “feminismo”, e que isto se leve ao palco. Este espetáculo situa-se no momento histórico perfeito, nom por oportunista, senom porque este debate dialético existe na sociedade, e o teatro está para questionar estes debates.

Coordinación do blog O Galiñeiro: Afonso Becerra de Becerreá.
#feminissimas#De Ste Xeito Producions#Esther F. Carrodeguas#Stephy Llaryora#noelia blanco#xavier castiñeira#Diego qs#teatrogalego
0 notes
Photo

Este año estrenamos peli, como protagonista. No puedo decir más por ahora. En breve más información. #actor #producction #prollecto @marcogadei #webmarcogadei #actorlive #cine #teatro #television #talent #manager #representante #film #filmjobs #filmindustry #filmmaking #entertainment #entertainmentindustry #CineEspañol #cinemagalego #teatrogalego #asnosasseries #filmresources #filmmakers #producction
#entertainmentindustry#actor#talent#webmarcogadei#television#cineespañol#filmindustry#film#filmmaking#filmjobs#teatrogalego#filmmakers#representante#cine#cinemagalego#entertainment#asnosasseries#actorlive#teatro#prollecto#producction#manager#filmresources
0 notes
Text
O TEATRO É A ARTE SUBLIME
MANIFESTO DA ESAD DE GALICIA NO DÍA MUNDIAL DO TEATRO. 27 DE MARZO DE 2016
Desde a ESAD DE GALICIA queremos reivindicar un teatro de calidade e con denominación de orixe protexida!
Queremos reivindicar o teatro como servizo público.
Queremos reivindicar o teatro como profesión necesaria nunha sociedade civilizada e xusta.
Por tanto, defendemos a importancia dunha formación regulada, nunha escola pública cos recursos necesarios para desenvolver ao máximo as potencialidades desta arte.
Defendemos os criterios humanísticos e artísticos, por riba dos criterios cuantitativos e mercantís.
A ESAD DE GALICIA quere sumarse ás reivindicacións das asociacións sectoriais do teatro galego para reivindicar a arte das artes, a arte máis sublime de todas as artes: o teatro.
Propoño unha demostración brincadeira de por que o teatro é a arte máis sublime de todas as artes, máis que a literatura, máis que a pintura, máis que a escultura, máis que a música, máis que o cinema… Éo porque o teatro, ademais de empregar a literatura, a pintura, a música…, sitúa como obxecto artístico a persoa, co corpo, o movemento, a voz, as luces e as sombras do humano en movemento, de maneira más literal ou máis metafórica, enriba do palco.
O teatro suscita emocións igual que o deporte rei, o fútbol, pero, ademais, move pensamentos. O teatro pode contar historias e abordar mitos, igual que a novela ou o cinema, pero faino desde a síntese explosiva da vivencia empática en directo. O teatro pode xerar poesía enriba da escena, cunha alta dose de polisemia ou incluso, alén da semántica, poñer diante ou entre nós o inefable, o inenarrable. O teatro pode xerar cadros pictóricos dinámicos e animar volumes escultóricos cun magnetismo sen igual.
É certo que a boa literatura esperta en nós imaxes e prodúcenos unha vivencia enriquecedora, non obstante o teatro é, en si mesmo, experiencia e vivencia sublimadas.
O teatro é danza e música, no teatro aválanse pensamentos e emocións. Pero, ademais, actívase esoutra comunicación alén do racional, esoutra química na que pesan os valores intuitivos da percepción directa e interactiva, esoutra comunicación na que as miradas e os corpos, coas súas texturas enerxéticas, cos seus temperamentos, entran en relación.
Celebramos o teatro, porque o teatro é a celebración do humano, na súa dimensión máis lúdica, política, filosófica e artística.
Afonso Becerra de Becerreá.
0 notes
Photo

Fascinante teatro en la Playa de San Amaro, A Coruña. La compañia Noite Bohemia nos mantuvo hipnotizados al interpretar "Bacantes", la tragedia clásica de Eurípides. El escenario no podia ser mejor 👏👏👏👏👏 ============= Mesmerizing theater on the beach of San Amaro, A Coruña. The Noite Bohemia company kept us hypnotized when interpreting "The Bacchae", the classic tragedy written by Euripides. The scenario could not be better ============== #noitebohemia #teatro #teatrogallego #teatrogalego #playadesanamaro #bacantes #thebacchae #euripides #kopitravel #coruña #galicia #acoruña #españa #coruñasemueve #spain #gsliciamola #galiciacalidade #lacoruña #europe #travel (at A Coruña, Spain) https://www.instagram.com/p/B0UOZfxpPEj/?igshid=7rqkx6qn21ad
#noitebohemia#teatro#teatrogallego#teatrogalego#playadesanamaro#bacantes#thebacchae#euripides#kopitravel#coruña#galicia#acoruña#españa#coruñasemueve#spain#gsliciamola#galiciacalidade#lacoruña#europe#travel
1 note
·
View note
Text
CHÉVERE. AS FILLAS BRAVAS E O MITO DE CASANDRA OU O RETORNO Á COMEDIA. Por Iván Fernández

Como na teoría do eterno retorno, todo é un volver a comezar. Así, atópome unha e outra vez comezando cousas, como volver aos teatros, salas que van (re)abrindo segundo permiten as leis que nos gobernan e as circunstancias.
Comeza tamén o Primeiro Festival Comediártiko na sala Ártika de Vigo, e é aquí que acontece a estrea do novo espectáculo de Chévere, As fillas bravas e o mito de Casandra. A cousa promete.
Quen coñeza as Fillas Bravas saberá que son un grupo de señoras do lugar de Momán, parroquia de Padrenda, que como pandereteiras van de xira por Galicia adiante co seu novo espectáculo, centrado esta vez no cambio climático e, como non, coa pantasma COVID de fondo. Semella un showde andar por casa: tres señoras coas súas pandeiretas e as súas cadeiras (e un groliño de augardente), máis non é tal como parece.
As tres señoras desenvolven o seu show, cantigas escritas por elas onde falan dos temas que lles preocupan, ao tempo que o envolven cun aire de familiaridade, tenro e perfectamente artellado, cheo de xestos casuais e efectos causais nos que todxs poderiamos recoñecer a alguén coñecido: a nosa tía, a nosa avoa, a nosa veciña, marabillosamente representadas polo trío de actrices protagonistas. Mentres tanto, cantan pola sala todos os temas importantes: xénero, medio ambiente, calidade de vida, urbanidade vs. ruralidade, política, relacións familiares, economía, filosofía, sexualidade, saúde…
Tal é a arte de Chévere: a de meterche toda unha crítica a como a humanidade deu no cambio climático, sen te decatar case do que están a falar, de tanto que te estás a rir.
A potencia da comedia (enfrontada aquí maxistralmente á traxedia e nada menos que á traxedia clásica) é a de remover as conciencias sen abrir as tripas. Como contraste, pasan por diante case todas as tráxicas gregas: Antígona, Andrómaca, Casandra. Non estaría de máis lembrar, como fan elas, que Casandra cansou de avisar aos seus veciños do mal que estaba por vir, sen que lle fixeran caso. Tal foi a súa maldición. Mais, as Fillas Bravas teñen remedio para iso con aires de muiñeira.
FICHA ARTÍSTICA:
En escena: Patricia de Lorenzo, Mónica García, Arantza Villar
Dramaturxia e dirección: Xron
Escrita: Manuel Cortés
Asesoramento/adestramento musical: Inés Portela
Gráfica: Yoseba MP
Vestiario: Chévere , Maribel Gómez
Asesoramento lingüístico: Rosa Moledo
Estrea na Sala Ártika de Vigo o 11 de setembro de 2020.

(Coordinación do blog O GALIÑEIRO: Afonso Becerra de Becerreá)
#as fillas bravas e o mito de casandra#asfillasbravaseomitodecasandra#grupochevere#chevereteatro#chevere#teatrogalego#Sala Ártika
0 notes
Text
CONVERSA CON… DAVIDE GONZÁLEZ, a raíz de MICROSPECTIVAS DUN MARICA MILLENNIAL. Por Iván Fernández

A proposta de conversar con Davide González (Mos, 1991) xorde logo de ver as Microspectivas dun marica millennial coa que Incendiaria prendeulle lume a unhas das xornadas de despedida da sala Ingrávida no Porriño. Fascinado pola súa fera honestidade e a luz da purpurina, precisaba saber máis da orixe do primeiro espectáculo galego coa palabra maricano seu título e do home que a (re)presenta.

Como foi o teu primeiro contacto co teatro? Comecei no 2010. Eu estudara música no Conservatorio e, no bacharelato, un profesor de latín díxonos a unha compañeira e a min (que sempre saíamos voluntarios onde había oportunidade de facer algo creativo) que abrira a ESAD e que fixéramos as probas e alí fomos, fixémolas e chuculú! entramos. Así que o meu primeiro contacto con teatro foi na Escola e foi unha marabilla. Eu estaba acostumado a tocar o saxo, nunha orquestra, e estaba acostumado ao espectáculo… pero dependía dun instrumento. Entón, decatarme de que o meu propio instrumento é o meu corpo, foi unha marabilla. E cando descubriches iso? Pois no primeiro ano xa, con movemento expresivo, expresións corporais… despois, con clases de voz, descubrir que hai mogollón de posibilidades que non sabías que estaban aí, e crer no que de repente vas atopando. Vaste dando conta de que tes un instrumento marabilloso, que é o teu propio corpo. É este descubrimento o que máis te levas da túa estadía na Escola, ou hai algo máis? Da Escola lévome… Pois mira, lévome o ter coñecido a Vanesa (Sotelo). Diso temos que falar! Como a coñeciches? Eu chameina para o proxecto final de estudos. Eu traballaba con Bea Campos contando contos, e ela traballara no proxecto final de carreira de Vanesa, que se chamaba Kamouraska, e esa foi a primeira peza que eu vin cando entrei na Escola. Entón, cando chegamos a cuarto curso, buscando textos, apareceu o texto de Vanesa, Memoria do incendio (XIII Premio Josep Robrenyo de textos teatrais) e eu pedinlle a Bea se me podía pasar o teléfono de Vanesa, e chameina. Quedaras impresionado polo traballo. Si, a min o de Kamouraskagustárame mogollón. E fixemos a montaxe de Memoria do incendio, con ela como directora. Pero o máis bonito foi o grupo que se formou aí. Ese grupo era xa Incendiaria? Non, pero de aí nace. Por que, Incendiaria? Que é o que está ardendo? Penso que estamos un pouco buscando incendiar coas propostas, que poidan remover, incendiar ao espectador ou espectadora que as ve e espertar algo neles. Claro, mirando cara ao espectáculo de Microspectivas…, dende logo aí hai lume. Hai algo que arde no escenario, cando menos moitos clixés. De onde parte esta peza para ti?Parten da memoria e da infancia… Non te me poñas serio…Non, non, o certo é que parten de aí. Eu tiven unha relación con dúas persoas, que se chaman Martín e Luís. Un día empezamos a falar da infancia e de como había fotografías nosas con posturas, maneiras de estar e de habitar o mundo, que de repente eramos conscientes de que as reprimiramos ao longo dos anos… por supervivencia. A raíz de aí eu empecei a ter máis contactos coa teoría queer, co movemento LGTBI… con ser consciente de quen son eu, como habito o mundo e a que lugar pertenzo, no sentido de coñecer a historia do meu colectivo. Foi unha procura de referentes, de decatarme de que non se ensina nada disto nas escolas… De decatarme de que a min me faltan referentes do meu propio colectivo. Dende aí, tirar de e asumir a memoria, de cando eu era pequeno, de que pasaba, de cal foi o meu contexto, das situacións que eu tiven que cambiar ou modificar para encaixar ou para evitar ser ridiculizada. O que queriamos era poñelos enriba da mesa e pensar que hai que facer algo con iso. Nesa procura, que referentes atopaches, significativos para ti? Se non me equivoco, un dos primeiros foi Roberta Marrero, co seu libro We Can Be Heroes, no que precisamente ela fala da súa infancia e fai retratos dos seus referentes. Despois, Paco Vidarte, con Ética marica, no que falaba de que quería que ese libro fose coma un interruptor. Logo, Sylvia (Rivera), Marsha (P. Johnson), descubrir quen eran. Todo o mundo do vogueing, a subcultura norteamericana doball roome das familias… Sobre todo porque levaba tempo dándolle voltas ao tema da maternidade. Da maternidade. Si. Despois de facer a Memoria do incendiocon Vanesa no 2014, quixemos seguir mantendo un grupo de traballo. Claro, porque definides a Incendiaria como unha “plataforma artística”, que é isto? Si, unha plataforma na que as persoas que formamos parte daquel primeiro proxecto, puideran ter cabida para presentar proxectos propios. Por iso pensamos en plataforma, aínda que agora non sei se segue sendo plataforma ou máis compañía. Xa, iso tamén evoluciona. Si. Entón, quixemos seguir mantendo o contacto, e facer un laboratorio. Estivemos un ano investigando maneiras de abordar o personaxe dende o corpo, a voz… investigando sobre as accións, a duración das accións, o seu significado en escena… e fixemos unha proposta, que se chamaba Contramateria, centrado no traballo dos tempos e das accións. Que presentamos alí, en petitcomité. Que interesante. Parece que, a parte das escolas, non hai espazos onde poder facer este tipo de investigacións. Si. E nese laboratorio, eu comecei a desenvolver unha fixación coa maternidade. Coincidiu cun momento no que saíra unha nova no que un home transexual quedara embarazado. Despois topei co cabaliño de mar, no que é o macho o que dá a luz. Tamén a figura de Lilith, como a “primeira muller”. Ou as familias dos ball rooms, nas que calquera pode ser “nai”. E esas cousas, aparecen un pouquiño, de novo, nas Microspectivas. E no local? Atopaches referentes máis cercanos? Non, o certo é que non. Si que había xente que eu podía considerar, entón, como referentes. No mundo da verbena? Si. Homes, que subían ao escenario vestidos de mulleres. Pero era para facer rir. Dende o meu punto de vista de agora, non os podo considerar como referentes. Sen embargo, nas Microspectivas… hai moita verbena. Igual non impregna a súa filosofía, pero si outros aspectos. Si, claro. É que eu comecei na verbena aos 14 anos, foi moito tempo. Xusto a deixei cando comecei na Escola. É curioso. Eu saio das Microspectivas… cunha sensación de liberdade. É como volver a saír do armario, dalgunha maneira. Unha sensación de reconciliación con vivencias… obviamente alleas, porque son túas, pero que dalgún xeito as facedes comúns, para todo o público. Eu tamén, cando remato a función, sinto que estou nun lugar que me encanta. Cando comezamos o proceso, Vanesa e máis eu falabamos moito, de moitas cousas, de cómo poder trasladar todo isto que pasaba por aquí (tócase no peito) e que non fose fachenda. Ter esas conversas axudou a que os puntos propios puideran ser tamén comúns. Eu penso, poñendo algo meu, que ten que ver coa dignidade coa que falades das cousas. Ti falas da túa verdade e falo dun xeito digno, respectado polo resto do equipo. E iso é unha liberación para ti, que se comunica como unha liberación para nós (xs espectadorxs). Si que é certo que ao longo deste ano, e ao longo do proceso de creación, ao ser consciente de moitas cousas, de súpeto comecei a estar máis seguro de min mesmo: de como estou, de como habito, de como son, de como fago. Canto tempo foi esa elaboración? Pois mira, comezamos o ano pasado, nas Residencias Paraíso. O que non sei se te decatas é de que agora es ti o referente. Ah, non creo! Historicamente é o primeiro espectáculo galego que pon a palabra “marica” no seu título. É verdade. Como sería levar esta peza polos colexios, insitutos…? Pois, é unha cousa que nos interesa. De feito, para o día da estrea tiñamos pensado convidar a xente que está na rede de ensino LGTBI, para coñecer o seu punto de vista e saber se sería interesante para levar a colexios. E entón, que acontece agora que ti es referente? Pois se a alguén lle axuda e a alguén lle sirve, marabilloso, porque eu non o tiven. Sería sentirme un pouco “mamá”. Sería bonito. Si. É así, un decide poñer un título, e marca historia. Non o pensara. Cando llo presentei a Vanesa, tiña “retropectivas”, e foi Vanesa a que falou de “microspectivas”, por falar do “micro”. E despois o de “marica” porque a palabra estaba aí, collendo sentido. Descubrín que foi un empoderamento, cando fas propio o que ata entón era un insulto. E “millennial” porque o son. Haha. Que che dá o teatro? Co teatro eu descubrín cal é o meu interese, en que me quero centrar. A concepción da arte do teatro tal e como estamos facendo Vanesa e máis eu. Como habitar a escena dende unha mesma, e como falar dende unha mesma. É onde teño o meu punto, agora mesmo. É algo que me levo, tamén da Escola, grazas ás clases de corpo con Alicia Corral, que nos dicía que quería facer actrices e actores creadores. E eu quedei con iso.

O certo é que a conversa deu para moito máis: para falar de música e a súa faceta de compositor, de outros espectáculos, de proxectos futuros, da súa chegada ao eido profesional e os primeiros pasos, da familia e da importancia de mostrarse tal e como un é… Mais se cadra, iso quedará para outra Conversa con…

Fotos de Laura Iturralde.
(Coordinación do blog O GALIÑEIRO: Afonso Becerra de Becerreá)
#davidegonzálezlorenzo#Vanesa Sotelo#ivanfernandez#microspectivasdunmaricamillennial#teatrogalego#teatrocontemporaneo#lgbtq#galizacuir
0 notes
Text
O FULGOR INDELEBLE DE EMMA SANTOS. Por Afonso Becerra de Becerreá

Entre os danos colaterais da pandemia, alén dos xa coñecidos, está deixar arrombados tesouros cuxo brillo non ficaría nun fulgor se non fose por culpa do confinamento e as conseguintes restricións. O tesouro ao que me refiro é o descubrimento dunha actriz creadora galega, dun talento e unha cualidade fóra de serie: Emma Santos.
Nunca ouvira falar dela até que asistín a Gas letal. Unha peza estreada en agosto de 2019 no Festival de Edimburgo, que veu para Galiza e aquí pasou totalmente desapercibida para a crítica e o público por varias razóns, a principal a pandemia e o parón que ésta supuxo. Pero tamén influíu o feito de que Emma Santos é unha galega que fixo toda a súa carreira artística fóra e acababa de chegar sen facer moito ruído. A súa traxectoria teatral desenvolveuse principalmente en Londres, onde se formou na Royal School of Speech and Drama e onde traballou nos principais teatros, desde o sempre vangardista Royal Court até o prestixioso National Theater. De súpeto, esta prodixiosa actriz de orixe galega decide vir á nosa terra e faino cun monólogo posdramático arredor da personaxe de Mari Gaila, de Divinas palabras de Valle-Inclán, titulado Gas letal. Un título impactante para unha proposta perturbadora.
Cando vin o espectáculo de Emma Santos lembrei aquel Hamlet no que Robert Wilson (re)presentaba el só toda a peza de Shakespeare dun xeito fascinante e hipnótico, tanto na dimensión plástica visual, como naquela coreografía de alta precisión na que aparecían motivos relacionados coa fábula shakespeariana. Dun xeito semellante, Emma Santos sublima a historia da traxedia de aldea de Valle-Inclán, a través dun xogo asociativo no que o coreográfico e o traballo cos obxectos configuran un poema no que as divinas non son as palabras, senón as visións alucinatorias que nos porporciona Emma.
A súa presenza estilizada, a elegancia inmensa do seu movemento e a precisión no manexo dos obxectos simbólicos que utiliza na performance, capturan a nosa atención de principio a fin e transpórtannos á mesma cerna da desgraza e da graza que latexan na peza de Valle-Inclán.
Había tempo que non asistía a unha tal epifanía artística, a dunha actriz creadora e non reprodutora, que é capaz de facer, ela soa, unha das pezas máis desafiantes do repertorio universal.
Gas letal supón o debut en Galiza dunha creadora que nos amosa o mellor da escola británica actoral, no seu amplo despregue de sutilezas interpretativas, tanto na dicción como no movemento. Hai nela unha trindade de valor incalculable: bailarina, actriz e dramaturga. Interpretación, danza e creación son unha soa cousa, nun xogo inzado de matices e sorpresas, capaz de xerar no escenario pactos de xogo inéditos que nos involucran case sen querelo.
Malia todos os meses que pasaron desde que asistín a Gas letal de Emma Santos, continúo co impacto indeleble daquela experiencia artística e, por iso, recupero agora estes pensamentos arredor desa peza. Unha peza na que a maxia do teatro máis renovador e fóra de cánones se conecta, por obra e graza desta actriz, coas forzas máis subterráneas galaicas. É difícil ver algo así, onde o contemporáneo ten tanta raíz no noso e, sen recorrer ao de sempre, acaba por revelarnos.
(Fotografía: Marc Brenner)
0 notes
Text
AVELINA PÉREZ. A QUE NON PODES DICIR COCACOLA. II. A PALABRA ASASINA. Por Iván Fernández
Reabre a Sala Ensalle en Vigo. Pouco a pouco o teatro da cidade volve á vida e nós temos a sorte de poder volver á vida no teatro. Curiosamente, Ensalle reabre cunha peza, froito das súas residencias de verán, onde a vida e a reflexión sobre a mesma é tema principal.
A que non podes dicir cocacola? (II) é unha proposta de AveLina Pérez e un sabe, nada máis sentar na butaca, que vai asistir a un espectáculo que non o vai deixar indiferente. De feito, parece ser esta unha particularidade da autora, directora e actriz da peza, AveLina Pérez, a de non deixar indiferente a ninguén. A presenza escénica, o uso da voz e o da palabra, a “empatía”, son recursos que a artista usa de xeito tan persoal que necesariamente provocan algo na audiencia. Algo que, de feito, AveLina Pérez aproveita conscientemente mirando directamente xs espectadorxs, facendo que nos pase algo.
Comeza a función e entramos no universo de AveLina. A que non podes dicir cocacola? (II) xorde como diálogo coa anterior A que non podes dicir cocacola? (2011), onde a autora xiraba arredor da violencia e da adaptación do ser humano á mesma. Persoalmente, non tiven a sorte de ver a primeira, mais non é isto óbice para gustar da segunda. Nesta peza, entendo que a reflexión xira ao redor do absurdo, do esforzo fútil, cunha mirada chea de cinismo (mais non exenta de empatía) que olla cara ao ser humano, impresionada pola súa miseria. O asco, tamén (emoción pouco explorada na escena e na vida en xeral), é un dos vértices sobre os que pivota a peza, tanto dende ese cheiro a esterco sobre o que se nos cuestiona sen parar, como dende as palabras que a actriz cuspe dende a súa cadeira, sobre o micrófono, mirándote aos ollos, mentres afonda na escuridade do ser humano.
E todo isto, cunha prosa que podería ter firmado o mesmo Groucho Marx, quen de súpeto aparece na peza por medio do artefacto co que a creadora manifesta a súa enorme ironía. Unha ironía que camiña polo fío da navalla entre o riso e a estupefacción, a gargallada e o noxo. Dalgún xeito, esta proposta ten moito que ver coa realidade (esa palabra tan banal nestes tempos) que estamos a vivir, adaptados a un estado de violencia e abuso diario tan grande que moitxs prefiren quedar paradxs mirando o televisor, ata que soa o disparo que remata con todo.

FICHA ARTÍSTICA:
Dirección, dramaturxia e actriz: AveLina Pérez Composición musical: Ramón Raíndo Coa voz de Silvia Cerneira Iluminación: Daniel Casquero
*********************************************************
(Coordinación e supervisión de Afonso Becerra de Becerreá)
0 notes
Text
A MIÑA PRIMEIRA MIT. Por Iván Fernández

Confeso, non sen certa vergoña, que, efectivamente, a deste ano foi a miña primeira MIT. Terrible, non si? Como ter agardado tanto para vivir esta experiencia? O certo é que non teño explicación, máis que, na miña vida, todo vén sucedendo tarde. De feito, dun tempo para aquí, atópome vivindo unha especie de segunda adolescencia na que me somerxo con paixón.
Unha destas inmersións é a Mostra Internacional de Teatro de Ribadavia, que vén de acontecer entre os pasados 17 e 27 de xullo, na fermosa vila do Ribeiro. Confeso (tamén) que ao plan teatral se lle uniron as ganas dunhas merecidas vacacións, esta volta á beira do río.
Non houbo mellor plan para estes dez días (case, tiven que volver antes do previsto por causas alleas á miña vontade): a razón dunhas dúas representacións por día (ás veces máis), de noites longas e conversas interesantes, de calor humano e fresco á sombra dos salgueiros, de mañás prácidas e exceso de comida… o balance é: sen dúbida, repetirei.
Ao ser esta, a miña primeira MIT, e ao estar somerxido nesta nova adolescencia, pensei en facer unha reflexión a modo de redacción escolar, collendo a idea da proposta “A miña primeira MIT” para adolescentes, e ao xeito daquelas redaccións coas que relatabamos no colexio as nosas vacacións ou o máis importante das mesmas. Porque, precisamente, isto é o que foi a MIT para min: unha experiencia importante.
De primeiras, polo xeral, excelente calidade dos espectáculos mostrados. A día de hoxe, todos sabemos que o Premio do Público foi compartido entre Hoy puede ser mi gran noche, de Teatro en Vilo e Leira, de Nova Galega de Danza. Pouco máis atrás quedaron Doña Rosita anotada, de Pablo Remón e Cía., ou Rebota Rebota y en tu cara explota, de Agnés Mateus e Quim Tarrida. Todas elas, propostas de altísima calidade artística e absolutamente diferentes entre si. Non importa quen gañase o premio, gañou o público grazas a unha aposta comprometida coa cultura.
Porque o que salienta por riba de todo, é o festival. Un festival que amosa coidado e agarimo polo seu (polo noso), acontecido nunhas circunstancias excepcionais onde, de novo, o coidado tamén estivo posto no público, ata o derradeiro detalle. Non podemos esquecer que a MIT sucede durante un estado de extremo coidado e que, durante a mesma, as condicións sanitarias, impostas pola Xunta de Galicia, cambiaron de improviso. Adaptarse a todo isto e, ao mesmo tempo, apostar pola cultura en Galicia, merece toda admiración.
Para min, ademais, como alumno de Dirección Escénica e Dramaturxia na ESAD de Galicia, asistir á MIT foi como asistir a un maratón práctico de formación teatral. Ter, tivemos de todo: drama, posdrama, teatro de texto e de corpo, danza, circo, contacontos, historias de vellas, teatro documento, ficción e autoficción, mostras de laboratorio artístico, presentacións de libros, cursos e foros, acrobacia, mostras de rúa e de salón, un Lorca anotado dende a autobiografía, a revisión do narcotráfico en Galicia, a traxedia do xenocidio mapuche, miradas femininas e feministas, historias de dor familiar e soños de orquestra, apocalipses apícolas e a suor da terra, o enfren/confron-tamento vital danzado entre pai e fillo, docudramas políticos e ata un Shakespeare reflexionando sobre a traxedia do heteropatriarcado.
Unha mirada de conxunto onde a calidade se confronta coa variedade, o nacional co local e o local co internacional, nun diálogo no que gaña a cultura e todxs xs que bebemos dela.
Por todo isto, quixera dar as grazas ao festival, á organización do mesmo, axs voluntarixs que tiveron mil ollos para que todo fose polo seu rego, ás compañías comprometidas co seu traballo e ao Concello de Ribadavia por participar en que todo isto fose posible.
E así, vémonos na MIT 2021!



Fotos de Rosinha Rojo.
(Coordinación e supervisión de Afonso Becerra de Becerreá)
#mitribadavia#ivanfernandez#teatrogalego#hoypuedesermigrannoche#teatroenvilo#novagalegadedanza#ribadavia#artes escénicas
0 notes
Text
ELOXIO DA SALA INGRÁVIDA NA CULMINACIÓN DA SÚA ANDADURA. ISTO NON É UNHA CARTA DE DESPEDIDA. É UNHA CARTA DE AMOR. Por Samuel Merino
En Marzo do 2014 nacía no Porriño a Sala Ingrávida.
Nunha vila que debe a súa tradición teatral e, máis aínda, grande parte da súa actividade cultural dos últimos 15 anos á Compañía Teatral Xerpo, non pasou inadvertido o anuncio do peche definitivo deste Espazo de Gravitación Artística que nos salvou a tantas de moitas fins de semana baleiras.
Cousa das redes sociais, dos mass media, a nova, por suposto, transcende, e son moitas as mensaxes de ánimo e agradecemento que, me consta, a equipa de Ingrávida, está a recibir con moita emoción e moita gratitude tamén.
Como amigo orgulloso de Irene e Álex e como admirador do traballo, a entrega e a coherencia coas que levaron adiante este proxecto durante todos estes anos, non podía permitir que a despedida fora menos pública que o seu nacemento (non digo “soada”, senón pública), e por iso agradezo a oportunidade de facer este pequeno repaso e de enviar a miña mensaxe.
Que a Ingrávida pecha está en boca de todas, como non podía ser doutro xeito, xa que somos moitas as que debemos moito a este espazo.
Algunhas falan con verdadeira tristura (a inmensa maioría), algunhas outras falan con menos tristura e máis indiferenza (a inmensa e insignificante minoría) e outras, coma min, facémolo cheas de alegría.
Estamos alegres porque Ingrávida pecha no pico máis alto de rendemento da súa historia.
Trala inesgotable adicación da equipa desta sala ata conseguir un público habitual e fiel, unha programación diversa na liña do teatro contemporáneo e, máis aínda, tralo seu labor como Escola de Teatro que foi canteira para tantas futuras alumnas da ESAD de Galiza (alumnas que logo voltaron a presentar os seus proxectos), Irene Moreira e Alex Sobrino deciden que é a hora de voltar a mirada cara a outros horizontes.
E é que hai momentos na vida nos que unha pon na balanza o persoal e o profesional, as necesidades de verdade -as vitais- e as necesidades creadas. Hai momentos nas que unha ten a oportunidade de turrar cara adiante, coma sempre, con ánimo imbatible ou, pola contra (mais tamén con ánimo imbatible) parar un chisco, mirar dentro, mirar arredor, mirar máis aló e ir ao substancial. E decidir.
As que vivimos Ingrávida tan de preto que se converteu na nosa casa, en lugar de encontro, de nacemento de amores, e debates e algunha que outra borracheira de celebración e ledicia, celebramos esta nova etapa que comeza.
Botaremos en falta, o público, poder gravitar cada venres e cada sábado.
As amigas imos aproveitar o feito de ter tempo de gozar da amizade e, sobre todo, de observar que a xente que queremos e admiramos pode seguir fazendo o que máis lle presta.
Hai seis anos, tamén, nacía coa Ingrávida o Grupo de Teatro Comunitario, A COMUNA, que seguirá a recoller historias para poñelas sobre o palco.
Seguirá, tamén, coa súa programación, O Cineclube Rebobina, que mudará de lugar de encontros para seguir sendo o único Cinema do Porriño.
¿Non son, estes, motivos máis que suficientes para estar ledas? Claro que o son.
Mais o que máis me aleda a min é este momento no que podo botar unha ollada a este pasado recente no que o Teatro e a Amizade, collidos da man, foron os piares da miña andaina por un camiño persoal agreste; botar unha ollada chea de agarimos de carne e óso que acompañaron o meu desenvolvemento tamén no profesional.
A vida é un “irevire” e eu, a trompadas coma sempre, rematei, cada vez, dando coas miñas pousadeiras no palco e nas butacas de Ingrávida.
Foi Ingrávida ese lugar no que sempre tiven onde caer morto. O lugar que me viu renacer de cada vez.
E como os lugares son as persoas que os conforman, eu boto unha ollada a Irene, a Álex, a Sonia (e a toda a familia da Ingrávida) e dígome: “Non, Ingrávida non pecha. O que pecha é unha etapa, un xeito de gravitar.
Ingrávida somos todas e, todas, seguimos moi abertas a todo o que veña.
Ingrávida é agora ese espazo que todas temos dentro e ao que poderemos retirarnos libres de gravidade porque, como di un cartaz que estivo moitos anos presente no número tres da rúa Pérez Leirós do Porriño, “aquí está permitido levitar””.
Amigas, sodes Maxia,
Samuel Merino
30 de xuño de 2020.
(Coordinación e supervisión de Afonso Becerra de Becerreá)
0 notes
Text
MICROSPECTIVAS DAS MICROSPECTIVAS DUN MARICA MILLENNIAL. Por Samuel Merino
O pasado dezanove de xuño, a Cía. Incendiaria trouxo á Sala Ingrávida do Porriño as súas Microspectivas dun marica millennial. Un traballo de creación persoal de Davide González onde, co papel esencial da batuta da súa directora Vanesa Sotelo, o actor mosense nos amosa a importancia desas viaxes interiores e continuas que as homosexuais nos vemos obrigadas a emprender nunha sociedade que pretende negar e anular a nosa identidade.
Nos tempos que corren é case imposible non reflexionar paralelamente sobre esta peza e sobre a realidade na que vivimos e na que, con máis pesar que optimismo, non vexo, por ningures, ningún mérito para esa calificación de “nova”.
As Microspectivas de Incendiaria falan do pasado e falan das pegadas que, do pasado, quedan no presente.
Falan da necesidade de se deconstruir para se facer a unha mesma dun xeito novo e, se non novo, alomenos si máis auténtico e verdadeiro; algo que, sen dúbida, poderiamos estar facendo todas agora mesmo tomando o recente confinamento como punto de inflexión - malia que non sexa así-.
Porque todos os cambios, cando van á raíz das cousas, dan medo, moito medo. Un medo que, fóra de toda dúbida, Davide soubo vencer para poder facer o camiño -o seu, o propio e intransferible- para saír dunha realidade monocromática e se mergullar nas augas policromáticas que xorden do prisma da diversidade.
No Elogio de la homosexualidad que lin recentemente, o seu autor, Luis Alegre -facendo gala do seu apelido- di que as homosexuais somos unhas privilexiadas xa que nos vemos obrigadas, como pezas que non encaixan no puzzle, a vernos sempre dende fóra e analizar a nosa situación dende a incomodidade; a racionalizar o xogo, tan irracional, de pezas que encaixan en moldes prestablecidos.
Este privilexio -di o autor- é un privilexio que non posúe o hetersosexual medio que encaixa á perfección no molde que o sistema prepara para el e non sente esa incomodidade que lle fai remexerse.
Seguramente, a primeira parte do traballo de Incendiaria do que estamos a falar non amose, senón, esa deconstrución persoal na que Davide se encarna no seu saxo; ese remexerse de pura incomodidade; ese querer desfazernos dunhas roupas que non van connosco. Que non son da nosa talla. Que non son do noso gusto e non nos permiten movernos coa liberdade que precisamos, as que temos que estar enfrontándonos sempre a danzar unha danza que non é a que queremos danzar.
Falo dunha primeira parte, porque dende a miña “microspectiva” persoal, observo dúas partes claramente diferenciadas atravesadas por unha transición constante e permanente na que o protagonista vai desfazendo a escena na que aparece, para construir a que precisa para facer o que lle peta.
Falo, entón, de dúas partes e dunha transición na que Davide González se move coma un peixe na agua. Con demasiada memoria (demasiada para un ser da súa especie) para facelo sen pesos mortos, mais coa memoria necesaria para poder facelo.
As transicións, compañeiro, ás veces son fodidas.
Microspectivas é unha Paisaxe rural que o escenógrafo Carlos Alonso logra converter nunha Amazonía, coa pericia dun artesán.
(Davide máis eu (e todas as que viven o que vivimos) sabemos que Mos (e tantos pobos e tantas aldeas) pode ser unha selva chea de perigos. Mais tamén é certo que ninguén se move mellor na selva que aquela que tivo de se enfrontar a tan “diversos” perigos ou o que é peor, ao mesmo perigo de sempre baixo diferentes faces).
Microspectivas é unha antiga danza ritual con todo o seu peso e toda a súa intensidade e é unha moderna danza techno e desenfadada que imprime un desafogo máis que necesario neste traballo, non só para o actor senón tamén para o público que tamén se remexe nas súas cadeiras (seguramente porque non saber “en que vai dar todo isto” provoca desacougo).
É unha colaxe de imaxes fermosas que xorden do espectáculo de ver a unha persoa sendo e non estando. (¿Percibides a diferenza?)
Microspectivas é un prisma atravesado con mestría polas luces que Laura Iturralde pon, tamén, a danzar, para rebotar nunha segunda pel de escamas (para nadar no mar da diversidade hai que se vestir ao xeito).
Microspectivas é un recordo das vítimas da homofobia e a transfobia.
Microspectivas comeza no pasado. Comeza coa Guerra do Golfo.
Microspectivas remata no futuro, coa paz de ser un chisco máis “golfas”; marabillosamente golfas.
Microspectivas é unha reconciliación coas que non nos entenderon alguna vez e con todo o que nós mesmas non fomos quen de entender ao mirarnos nun espello.
Con todo, Microspectivas responde a un momento inequívocamente persoal e amosar iso ten valor.
Con todo, tamén, desexo que o compañeiro Davide non deixe de medrar, e alá polo 2040, sexa quen de (ou lle apeteza) nadar “máis fondo”.
E que o faga por el e por todas porque, como dixo un colega meu hai pouco, os peixes pequenos que normalmente acaban no bandullo dos máis grandes son os máis importantes. Son os que limpan o fondo dos acuarios e permiten que vexamos o mundo de fantasía que hai detrás da sucidade.
Eu convido a que non perdades este trabalho “incendiario” porque é unha especie de “parto” para todas: ao comezo é duro pero o resultado ben paga a pena.
A pena e a pluma, como di o meu compañeiro Davide.

(Coordinación e supervisión de Afonso Becerra de Becerreá)
#microspectivasdunmaricamillennial#incendiaria#davidegonzálezlorenzo#Vanesa Sotelo#teatrogalego#LGTBIQ#Samuel Merino
0 notes
Text
A MIRADA DE LUME. Por Iván Fernández
Asistín o 20 de xuño do 2020, na sala Ingrávida do Porriño, a un espectáculo de lume e purpurina. Unha mirada ao baleiro existencial que só se enche cando un se arrisca a mirar cara a dentro, a afondar nas sombras propias e tamén a mostrar as luces ou, se cadra, a alumear eses espazos de escuridade co brillo da purpurina.
Microspectivas dun marica millennial é unha peza da plataforma artística Incendiaria e, certamente, a proposta incendia o escenario e a platea, sen deixar a ninguén indiferente. Non podía ser menos, partindo dunha base tan íntima e persoal como a que propón Davide González, artista multidisciplinar ao redor do que se artella todo un universo de referentes biográficos e xerais, un universo particular que Incendiaria acada converter en algo no que todxs nos podemos sentir identificadxs, referidxs, emocionadxs. O coidado coa que a mirada da directora Vanesa Sotelo, o arroupo lumínico de Laura Iturralde e escénico de Carlos Alonso acompañan o espido dun marica galego é, ao tempo, a disección de toda unha sociedade na que nace, medra, berra e canta o millennial ao que todxs nos teremos que asomar nun ou noutro momento, porque xa, este é o seumomento.
As Microspectivas dun marica millennial é, para min, a peza coa que volver ao teatro, logo dun longo tempo de confinamento. Dá gusto volver cunha peza que se deixa a pel no escenario. Dá gusto atopar un auditorio que enche as butacas. Dá gusto comprobar que os coidados e as prevencións non teñen por que impedir as nosas manifestacións artísticas. Dá gusto, tamén, saber que as institucións (Microspectivas… é unha peza coproducida polo CDG, que se xestou nas Residencias Paraíso) apoian, de cando en vez, a cultura galega: a presente e a futura.
Non podo deixar estas letras sen mencionar a sala Ingrávida, onde foi a estrea das Microspectivas… de Incendiaria, logo de tela que adiar polas causas que todxs coñecemos de sobra. Pecha Ingrávida, unha sala para a que non hai palabras para recoñecer o seu labor de creación, educación, promoción, apoio á cultura e ao teatro, especialmente nos riscos asumidos co novo teatro galego, que perde así un espazo único no que medrar e darse a coñecer.
A vindeira data para poder ver as Microspectivas dun marica millennial será o vindeiro 10 de xullo en Santiago de Compostela, dentro da programación de USCénica.

Microspectivas dun marica millennial– Incendiaria
Ficha Artística
Idea orixinal: Davide González.
Dramaturxia: Davide González e Vanesa Sotelo.
Dirección: Vanesa Sotelo.
Interpretación: Davide González.
Iluminación: Laura Iturralde.
Espazo escénico:Carlos Alonso.
Indumentaria:Carlos Alonso e Davide González.
Sonoplastia:Davide González.
Fotografía:Laura Iturralde e Lucía Estévez.
Vídeo:Lucía Estévez.
Voz en off:Eduardo Cunha “Tatán”.
Agradecementos:Esad de Galicia, Luís Fero, Martín Añel, Antía Veres, Jose Faro “Coti”, Julio González Vaz, Caterina Varela, Félix Fernández, Rut Balbís.
(Coordinación e supervisión de Afonso Becerra de Becerreá)
0 notes
Text
LIBERTO de MARELAS TEATRO. Por Afonso Becerra de Becerreá
LIBERTO liberta o tema da angustia vital, relacionado coa maternidade, tamén a paternidade, e o conflito de dar a luz para dar a morte. LIBERTO liberta o teatro galego dese medo endémico, na maioría dos casos, a facer pezas que se acheguen ao ferinte deslumbre da traxedia, apremadas como están as compañías de que as programadoras e programadores dos concellos de Galiza lles contraten funcións. E xa sabedes que, aínda chegadas ao 2020, segue prevalecendo o criterio cuantitativo, segundo o cal a maioría do público só quere comedias que lle fagan rir. A xente debe de estar tan fodida durante toda a semana, en traballos non desexados, que, claro, cando chega a fin de semana, é necesario desfogarse rindo, ou anestesiarse rindo. Non se dá conta o público desas programadoras e programadores municipais que o pranto sublimado da traxedia e do xénero dramático é liberador e emancipador, que a catarse que produce a identificación coas aflicións dos personaxes actúa en nós, nesa dose controlada pola arte dramática, como unha vacina que nos prepara para a vida. De tal xeito que, se nos cadra en sorte sufrir un conflito semellante ao da peza de ficción, imos estar máis preparadas porque xa experimentamos, de xeito sublimado, ese transo cando asistimos ao teatro.
LIBERTO, a peza de Gemma Brió, que estivo nomeada á autoría revelación dos Premios Max das Artes Escénicas, e que dirixe Tamara Canosa coa cía. Marelas, interpretado por Lucía Aldao, Rocío González e Cris Iglesias, liberta, certamente, o teatro galego dese medo aos temas fodidos, existencialmente comprometidos e, por tanto, tamén, politicamente comprometidos. Velaí o debate da eutanasia, cando é sacado das manipulacións partidistas, relixiosas e mediáticas, e se traslada ao seu lugar primixenio: ás persoas que padecen unha angustia vital insoportable e que, desde o amor á vida, abrazan unha boa morte (eutanasia) para liberar a un recentemente nacido, a un bebé de 15 días, do feito de malvivir conectado a unhas máquinas e sen posibilidades demostradas dunha mellora, despois de ter padecido asfixia no momento do parto.
Marelas Teatro bota man dun texto que sabe expoñer, coa emoción necesaria, o conflito e as personaxes, sen caer no sentimentalismo edulcorado nin no morbo lutuoso. Iso conségueo a base dunha estrutura fragmentaria que, cando a espectadora xa está prendida emocionalmente nunha escena, córtaa e salta a outra escena diferente. Ao romper a continuidade dramática, tamén rompe a continuidade emocional que redundaría, polo propio impacto do tema que se trata, nun exceso emotivo que impediría a sublimación. A emoción pola emoción, se callar, non vai a ningures e aquí, en LIBERTO, a emoción vai a algures, porque as personaxes, pegadas ás actrices, son progresistas, non fican en crenzas atávicas nin relixiosas, e queren mellorar na vida, nesta vida, non na outra. Por iso as personaxes, que interpretan Rocío e Cristina, experimentan unha evolución dramática (grazas á acción) da angustia e a esperanza desesperadas, cara á obxectivación da realidade e a decisión de aceptar os feitos, como camiño de superación e aprendizaxe.
Ademais da estrutura fragmentaria do texto, que nos permite non ficar ancoradas na emoción, a escenificación de Tamara Canosa non xoga tampouco a ilustrar a traxedia de xeito redundante, senón que lle vai á contra, compensándoa cun formato posdramático, no que se afirma a ruptura da cuarta parede, na que se afirma o show (xogo) máis do que o plot (argumento). Para iso conta cunha baza de ouro: Lucía Aldao, unha marabillosa show-woman, que non interpreta personaxe senón que actúa directamente, nunha afirmación posdramática da realidade escénica. Lucía toca a guitarra, canta, fai efectos sonoros en directo, interactúa coas actrices e coas súas personaxes. Porque as actrices, Rocío e Cris, sobre todo Cris, que xoga varios roles, entran e saen, de xeito natural, sen manierismos teatrais, das personaxes. Este recurso anti-ilusionista, anti-dramático, tamén está nesa mesma liña que a fragmentación da estrutura do texto, para non alimentar o sentimentalismo nin o morbo que se lle podería asociar á historia.
Na escenificación, tanto Lucía, como Rocío, como Cris, diríxense directamente ao público, escollen algunhas espectadoras para asignarlles personaxes referidos da historia: as doutoras Gayoso e non sei quen máis, as enfermeiras do hospital, etc. Unha vez seleccionadas as espectadoras ás que se lles asignan esas personaxes de ficción, entón as actrices asumen tamén as súas personaxes e dialogan directamente, desde o palco, coas personaxes que foron asignadas a esta ou aquela espectadora. Unha convención ficcional de xogo moi sinxela e asumible, sen sobreactuación, sen subliñados.
Lucía Aldao está nun rol de escoita incrible respecto ás súas compañeiras de escena e respecto ao público. Desde esa escoita semella que é ela quen vai orquestrando o show, como unha especie de árbitra, ás veces como mediadora entre a ficción e nós.
Rocío ten a difícil tarefa, non só de entrar e saír da súa personaxe, que é a da nai de Liberto, senón de chegar aos clímax emocionais de maneira xusta, próxima e crible, desde o proscenio e mesmo ao pé das butacas da platea. Ela, igual que Cris, xogan desde o estar aquí e agora, máis do que desde o buscar ser o que non son. Prima o estar por riba do ser. O ser é un relato que o propio texto debuxa moi ben, de tal xeito que as actrices, cunha marabillosa habelencia profesional, dedícanse a estar de verdade e cando se está de verdade, se callar, pode emerxer o ser. Pero, ao revés, é difícil e ficaría nas típicas personaxes teatralizantes que están todo o tempo a ser demostrativas, denotativas e explícitas.
Cris fai un traballo maxistral neste senso, porque a ela tócanlle diferentes personaxes da historia, desde a irmá da nai desgraciada, até un garda de seguridade, pasando polo pai de Liberto. Sería moi fácil se se dedicase a facer personaxes tipificadas, pero Cris marca corporalmente algúns trazos mínimos diferenciadores sen irse á caracterización, sen irse ao ser. Ela afiánzase na afirmación posdramática do estar en relación e, desde aí, desde a verdade do estar, consegue que emerxa a verosimilitude dun ser máis evocado do que interpretado, dun ser máis implícito e connotado do que explícito e denotado.
Cómpre reflexionar, tamén, sobre o feito nada gratuíto de tratarse dun traballo realizado só por mulleres. As personaxes de quita e pon que fai Cris poderían ser feitas por un actor, pero a lectura profunda non sería a mesma. O teatro, ao ser unha arte viva, unha experiencia en directo, ten algo que non ten o cinema, nin a literatura, nin a pintura, ten o afecto de vaivén, a vibración das enerxías e das sensacións entre o escenario e a platea. O relato non está feito, desde o propio texto de Gemma Brió, até a dirección de Tamara Canosa, pasando polo xogo das actrices, desde a perspectiva nin a sensibilidade dos homes e iso é outra das circunstancias liberadoras que nos propón este LIBERTO. Unha circunstancia liberadora, por exemplo, no caso do tema da eutanasia ou da maternidade, respecto aos relatos hexemónicos da Igrexa Católica, na que mandan os homes, ou da política, na que seguen a mandar tamén os homes, ou da dramaturxia e o teatro, nos que seguimos, por maioría, a mandar os homes. ¡Por favor, basta xa! Eu estou farto de que os homes expliquemos o mundo e dirixamos o mundo. ¡É un puto empacho! Por iso e por moitas máis razóns, digo que este LIBERTO é liberador tamén por ser un relato feito por mulleres.
Polo visto, despois da estrea, o 3 de marzo de 2019, no Teatro Colón da Coruña, o espectáculo tivo poucos bolos. Comentáronme que na feira galega de teatro, Galicia Escena Pro, non venderan moito, porque a maioría das programadoras e programadores asustáballes o tema e o feito de non ser unha comedia para que o seu público rira a cachón. Agora alégrome moito de que a profesión teatral, a través dos Premios María Casares, arroupe con 7 candidaturas, esta proposta.
Seica desde que LIBERTO está como candidata ao maior número de Premios María Casares, polo impacto mediático dos mesmos, dun día para outro o aforo do Auditorio Municipal de Vigo, onde as puidemos ver o 28 de febreiro, pasou de estar mediado a estar cheo de público. O meu alumnado da ESAD de Galiza mirou para mercar entradas por internet o día antes de que se fixeran públicas as candidaturas dos premios e sobraban sitios, ao día seguinte, unha vez difundidas as candidaturas, volveron entrar en internet para mirar e xa case non quedaban lugares libres. ¡Fantástico! Alégrome de que os Premios María Casares, desta vez, amadriñen unha proposta desas inusuais.
Alégrome de que os Premios María Casares axuden un pouco a espelir o medo que a profesión teatral galega lle ten ao xénero da traxedia. Levo en Galiza desde o 2005 e coido que aínda non puiden ter o pracer de ver unha soa traxedia feita polo teatro galego. Lembrade que unha das características principais da arte é a liberdade. Lembrade que o medo e a comenencia (que no teatro tampouco dá para moito) son inimigas da liberdade e, por tanto, da arte.
Velaí LIBERTO, mulleres libres que se atreven co máis difícil e que nos fan elevarnos da miseria. ¡Canto desfrutei vendo LIBERTO!

0 notes
Text
CURVA ESPAÑA OU DE COMO ESPAÑA MORREU NUNHA CURVA. Por Iván Fernández
A metáfora como forma teatral é o que o a compañía Chévere nos propón no seu espectáculo Curva España, unha case-que-ficción documental onde podemos asistir á morte en directo de España, referida a través da documentación do enigmático caso do enxeñeiro José Fernández-España Vigil, falecido no ano 1927 nun dos que foi os primeiros accidentes de tráfico en España, perto de Verín, e sobre dos que pesa unha importante lenda.

A morte de España? Ben, esta é unha afirmación, canda menos, algo tendenciosa pola miña parte, mais non de todo. Se por unha banda temos a historia da morte do enxeñeiro; pola outra temos a historia da morte do progreso para unha zona esquecida, afastada polo trazo dunha liña de ferrocarril que non había de chegar nunca. Temos tamén a historia da investigación xudicial do caso dunha posible ofensa aos valores institucionais de “España”, e pola outra banda, a historia dun grupo de teatro ameazado e metido nun proceso onde os malentendidos se tornan leis. Máis, aínda. Por unha banda, temos a historia do filósofo, psicólogo, mestre e escritor, Eloy Luis André; pola outra temos a historia do seu esquecemento, ou de como en Galicia temos a teima de esquecer as nosas figuras de meirande talento, afogando as súas voces na ignorancia.

Semella casualidade que sexa precisamente a memoria de Verín e das súas xentes a que nos traia esta “Historia de España”, cando andamos a loitar polo mantemento dos mínimos dereitos en saúde dunha zona baleirada. A historia da España baleira é tamén a historia que conta Curva España: unha historia politizada e criminal, onde o aproveitamento económico dos poderosos repercute no baleiro do pobo, onde a historia de catro marca a historia de centos.
Chévere (Premio Nacional de Teatro 2014) aproveita esta metáfora para falar do propio baleiro, da perda e da insubmisión, mesturando a “Historia de España” coa historia propia, a deles mesmos, a través da narración do seu proceso inquisitorial cando os incidentes que levaron ao peche da Sala Nasa e do “desterro” da compañía fóra de Santiago polo alcalde corrupto do momento, Conde Roa.
E todo, contado co estilo de Chévere. Co seu ton cómico e profundo á vez, cunha escenografía que xoga aos equívocos, mesturando o decorado de televisión co de ficción documental, coa sala de interrogatorio e coa cámara en directo, levando ao espectador ou espectadora a un cuestionamento constante, a nos preguntar se estamos ante unha realidade ficcionada ou ante unha ficción historizada. É real o que os mostran? Non o é? Non importa, xa que o importante queda na memoria do público, que nos erguemos dos nosos asentos remexendo, remoendo, incómodos e incómodas polo trago amargo que nos veñen de propoñer e que, madia leva, sabemos certo.
Esta é, en definitiva, a historia de España, a última, a máis recente, e tamén a máis antiga, a de sempre. Á que estamos acostumados, malia que nos pese.

Autoría: CHÉVERE
Dirección: Xron
Intérpretes: Patricia de Lorenzo, Miguel de Lira, Lucía Estévez y Leti T. Blanco
Escenografía: Chévere
Vestiario: Chévere
Música: Xacobe Martínez Antelo (espacio sonoro)
Iluminación: Fidel Vázquez
Son: Xacobe Martínez Antelo (espacio sonoro)
*Iván Fernández é alumno da especialidade de Dirección escénica e dramaturxia, na Escola Superior de Arte Dramática de Galiza.
(Coordinación e supervisión de Afonso Becerra de Becerreá.)
0 notes
Text
FARTS: NOVIDADE, SÁTIRA E IMPOTENCIA. Por Diana Longa Collazo
Cando merquei as entradas para ver FARTS de Pornós teatro, agardaba unha crítica e reflexión sobre a arte, pedante, presuntuosa e que podería horrorizar á miña nai de cincuenta anos, que tan amablemente me acompañou ver a peza. Con este prexuízo xa de entrada, agardaba saír da sala, non necesariamente indiferente, mais coa mesma sensación coa que saio da ESAD todos os días da semana. Non podía estar máis errada.

A presentación iníciase cunha pregunta aberta para o público, “credes que a arte é subxectiva?”, deixando claro, dende un comezo, o porqué da elaboración deste espectáculo: para facernos dubidar da nosa concepción da arte e reivindicar o espazo da/o artista na sociedade. A partir daí, a peza comenza a mostrarnos diferentes accións relacionadas coa arte e, sobre todo, co teatro, coas condicións do artista e das mulleres na profesión.
Mais FARTS non é só reflexión sobre a arte, FARTS é un manifesto da nova xeración de artistas, consciente do seu futuro máis próximo, para nada prometedor. E como fan isto? Mediante un riso amargo, que remata de maneira algo asfixiante; mediante a sátira. Pornós ri da propia esencia de ser artistas, as de Pornós rin de si mesmas, mais tamén de todas/os nós, da nosa concepción da arte, da tradición e da súa intelectualización. Con isto, o grupo xa non quere só amosar a importancia da arte e da artista, Pornós decide reclamar o espazo da novidade e de todos os elementos que a caracterizan, dentro da escena. En Pornós están fartas (perdón pola expresión) do “pollagris”, e obviamente, mófanse del. Interrompen o discurso tradicional da historia da arte, para dar voz ás mulleres (novas), que satirizan cantando ás Bistecs “penes con pincel, penes con pincel, penes con pincel...”.

Pornós Teatro, con esta peza, móstrase como un grupo comprometido coa novidade, a innovación e a cultura. É unha de tantas probas de que o teatro galego ten potencial, ten creadoras e, sobre todo, ten xuventude disposta a dinamizalo e darlle o espazo que merece na sociedade e dentro da nosa cultura.

Ficha artística:
Título: FARTS
Dirección, dramaturxia e interpretación: Noelia González, Carlota Mosquera, Uxía Algarra, Lydia Prada, Yago Durán, Alba Delgado e Lucas Simón.
Técnico: Alex Sobrinho
*Diana Longa é alumna da especialidade de Dirección escénica e dramaturxia, na Escola Superior de Arte Dramática de Galiza.
(Coordinación e supervisión de Afonso Becerra de Becerreá.)
#teatrogalego#teatrocontemporaneo#teatroposdramatico#farts#pornosteatro#esadgalicia#salaingrávida#dramaturxia#dramaturxiaposdramática
0 notes