Tumgik
#tirinha amor doce
nominzn · 1 year
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The Story of Us III
— Um amor real, Renjun Huang. Segundo Ato: Out of the Woods.
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we were built to fall apart...
avisos. menções a sangue, acidente e ansiedade. notas: achei que nunca fosse terminar, mas aqui está. não editei porque queria cumprir a promessa, outro dia eu limpo os errinhos e as repetições. desde já, peço que aproveitem, porque foi com tudo de mim. até o próximo ex!
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PRÓLOGO
— Eu nem me lembrava que tinha escrito isso. — Você diz, observando a folha arrancada de um caderno que nem tinha mais. 
— Isso é bom ou ruim? — Seu futuro marido ri de nervoso, ainda futucando as fotos antigas dentro da pasta amarela. 
— Não sei. Eu escrevi, fechei e nunca mais li. — Você declara, levantando o olhar para fitá-lo. 
No momento em que seus olhos se conectam, seu peito é preenchido por um sentimento inexplicável. Sem pensar duas vezes o abraça, sente o coração acelerado dele colado no seu. 
Aproveita cada segundo da presença dele sempre, mas agora é especial. 
— A gente não precisa continuar, se você não quiser… — Ele sussurra jorrando carinho e cuidado na voz. 
— Vamos, eu consigo…
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Assim como o céu, com suas transformações estonteantes; como o arco-íris que pinta a alegria após a chuva; como as árvores e seus frutos; como as flores que rodeiam o caminho dos passantes… Os primeiros meses com Renjun foram preenchidos de cores vivas, intensas, as quais você nunca havia enxergado. As promessas foram cumpridas, as camisas com cheiro dele foram roubadas e o mundo real da vida jovem adulta foi desbravado com coragem e leveza de dois aviões de papel voando juntos. 
Até que…
A PRIMEIRA RACHADURA
Há semanas Renjun não para de falar sobre esse jantar, tão animado que parece elétrico. Finalmente conseguiu convencer os amigos da cidade natal a visitá-lo, mas queria impressionar, fazer bonito, por isso pediu sua ajuda. Você passou no mercado, organizou a decoração, deu ideias de pratos e jogos para eles se divertirem… está investida também, apesar de não ter certeza se deveria participar. 
— Renjun! Psiu. — Você chama atenção do menino da sua mesa. Ele olha para os lados, pega qualquer objeto para fingir estar trabalhando e vai até você. 
Ele se permite sorrir ao ver que você está batendo palminhas silenciosas. 
— O que você tá aprontando? — Renjun indaga brincalhão, plantando um beijo doce na sua bochecha e se posicionando atrás da sua cadeira para ver a tela do computador. 
— Esse jogo é legal também, minha amiga me mostrou. — Você pausa, aguardando qualquer sinal de resposta, porém segue mesmo assim porque sabe que ele vai gostar. — Você pensa numa nota de zero à dez, daí seus amigos tem que te dar situações e tentar descobrir a nota que você pensou. 
— Me dá um exemplo, eu acho que entendi. 
— Tipo… eu pensei na nota dez. Aí você me fala “um jeito de viajar” e aí eu falo “de avião” porque é o melhor jeito. Ou “uma comida” e eu falo “balde de tirinhas do kfc”. 
— Sabia que você ia falar isso. — Renjun morde os lábios, pensando no jogo. — É maneiro mesmo, tomara que eles gostem. 
Você cruza os dedos e sorri, incluindo mais uma opção na lista que tinha feito. 
— Escuta… — O garoto começa, fazendo com que você o olhe novamente. — Você sabe que eu quero que você vá, né? 
Pega no flagra. Não tinham falado sobre, e como eram os amigos dele… 
— Tem certeza, amor? — Quer esconder o sorriso, então apoia a mão no rosto. — Se você quiser ficar com eles…
— Quero que conheçam você, óbvio. Não vai ter graça sem você, sua chata. — Ao ouví-lo você cede, ele acha adorável.
— Renjun, você pode vir aqui um minuto? — Kun o chama, fazendo com que tenham de se recompor. Ele lança uma careta para você e obedece ao chefe. 
No dia do jantar, seu namorado precisou ficar até mais tarde, então você tomou à frente das coisas. Foi buscar a comida, pôs a mesa e fez tudo que estava planejado. Assim que ele chega, o manda tomar um banho. Falta pouco para os convidados chegarem.
Você não é bem uma pessoa extrovertida, por causa de Renjun tenta vestir seu melhor sorriso e fazer com que os oito amigos se sintam acolhidos e confortáveis. O problema começa pequeno e vai num crescendo silencioso, venenoso. 
Quando eles elogiaram tudo que você tinha feito, Renjun apenas agradece e diz tentei meu melhor pra vocês. De primeira, achou que não era nada demais. Não ajudou por crédito, é claro. Então tenta se desvencilhar do incômodo que arde levemente o seu interior, mas o sorriso fica um pouco menor. 
Os minutos vão passando e em nenhum deles seu namorado te apresentou oficialmente, ninguém ali fica sabendo nem do seu nome. Você repara os olhares educados toda vez que tenta participar da conversa, e isso te desencoraja. 
Tá tudo bem, eles só não se veem há muito tempo.
Não precisa nem ser dito que a última coisa que deseja é tornar a noite sobre você, portanto, dá tudo que tem para não parecer boba, mas se sente tão deslocada que sua feição cai, e o seu olhar fica longe sem que fosse percebida. Mal vê quando todos decidem ir para a sala, estava tão distraída que ficou para trás. 
Você os segue mesmo assim, estranhando o comportamento de Renjun. Assiste os jogos que listou se tornando a causa de várias risadas e piadas internas novas. Nem um mísero olhar na sua direção, nem mesmo do seu namorado. Tá tudo bem.
O grupo dá uma pausa depois de três brincadeiras. Sentada no braço do sofá, Renjun por fim se senta perto de você, porém não repousa a mão na sua coxa como faria normalmente. Você oferece um cafuné no ombro, que segue até a nuca, como de costume. Em qualquer outro dia, como um gatinho, ele teria se esparramado nos seus braços como quem quer mais. Agora, ele se afasta brevemente e seus dedos escorregam de volta para o encosto. 
Não tá tudo bem.
As despedidas ressoam abafadas no seu ouvido enquanto você encarava um ponto fixo qualquer na parede à sua frente. Renjun fecha a porta e caminha até você, preocupado, mas ligeiramente impaciente. 
— O que houve? — Seu silêncio diante da pergunta revira o estômago dele. Ele tenta de novo. — Aconteceu alguma coisa? 
Finalmente cria coragem para mirá-lo. Nos seus olhos o misto de confusão, irritação e tristeza quase transbordam. 
— Não aconteceu nada. — Claro que mente, não tem certeza se quer comprar essa briga. 
— Então tá assim por nada? — O garoto ironiza, suspirando frustrado. 
— Tô como, Renjun? 
— Tá toda estranha, calada, com cara triste. Nem interagiu com ninguém… — Resolve jogar limpo, ele percebeu seu comportamento. 
— Eu não interagi? — O tom te trai com facilidade, soa mais ofendida do que tinha calculado. 
— Esses são meus amigos, sabe? Eu achei que você fosse, sei lá, ser mais amigável e… 
— Eu tentei. — Você o interrompe. — Nenhum deles sequer fez questão de conversar comigo, inclusive você, Renjun. Nem olhou pra mim! — A voz falha, uma lágrima discreta molha a bochecha. 
— Eu? Você tá confundindo as coisas. — Ele até tenta acusar, porém os eventos da noite o contrariam dentro da própria mente. 
— Também confundi quando eu tentei te fazer carinho e você desviou? Ou quando eu ouvi você levar o crédito por tudo isso aqui? — Você levanta, apontando para a sala decorada e para a mesinha cheia de rastros de jogos. 
— Então você quer crédito, é isso? — Ele te acompanha, ficando de frente para você. Te ganha na altura, mesmo assim sua cabeça não abaixa. 
A pergunta te machuca demais. Óbvio que não é sobre o reconhecimento deles, é sobre vocês dois. 
— Tem certeza que você quis dizer isso? — As palavras traduzem o aperto no coração. Espera mais que tudo que seja só o estresse momentâneo falando. — É isso que você realmente acha?
O silêncio que segue é tão tenso que nem um, nem outro é capaz de quebrá-lo. Renjun percebe a besteira que fez, por orgulho bobo disse o que não devia. Será que ainda é tempo de voltar atrás? 
Ele se aproxima devagar e, quando repara que você não recua, te enlaça no abraço mais sincero dentre todos. 
— Me perdoa, eu… não quis dizer nada disso. — O menino reconecta os olhares, doces desta vez, sem te soltar. — Me perdoa por não ter cuidado de você hoje, por tudo, tudo mesmo. 
— Me perdoa também? — Ele ri fraco ao ouvir seu pedido, não era necessário, mas ele sempre te perdoaria, assim como você a ele. Porque vocês são assim, mesmo nas brigas, dão um jeito de seguir. 
A NOITE INESQUECÍVEL 
— Eu preparei um final de semana incrível pra nós dois… — Renjun cochicha num final de quinta-feira super caótico na editora. 
O garoto mal vê sua cara de confusa porque segue falando dos seus planos. 
— Aí depois a gente vai pro cinema e… — Ele, finalmente, percebe que você morde o interior da bochecha, sem graça de interrompê-lo. — Que foi? 
— É que nesse final de semana o Yangyang vem me visitar, lembra? — Você responde meio incerta, tinha avisado seu namorado disso um mês antes, quando o amigo confirmou a passagem rápida pela cidade. — Tem tanto tempo desde a última vez que a gente se viu… 
Odeia ter de fazer isso, ainda mais ao ver a expressão de Renjun pesar. 
— Não, é… eu tinha esquecido. Claro. A gente faz no final de semana que vem. 
Ele tenta ao máximo não deixar que a chateação transpareça, mas a leve ardência incomoda a mente. Normalmente ele falaria logo, não deixaria qualquer sentimento crescer. No entanto, é uma visita importante e ele não quer tirar sua animação. 
Primeiro erro.
De um dia para o outro a sensação se alastra, as vozes ficam altas demais e ele é tomado pela raiva. Yangyang não é seu namorado, por que passar a sexta à noite com ele?
Você lembra de Renjun ao passar na livraria que ele ama, por isso o envia uma foto e aproveita para comprar um dos livros que ele tinha mencionado uns dias atrás. Pede uma caneta ao atendente, e seu amigo ri, já conhecendo sua intenção. 
— Esse deve ser especial mesmo. Só vi uma pessoa ganhar dedicatória grande assim. — Yangyang espia as letras bonitas ornando o papel outrora em branco.
— Ele é. Queria que desse tempo de vocês se conhecerem. — Finaliza o pequeno texto e deixa que o embalo para presente seja feito. 
— Da próxima, talvez? Se for sério assim, a gente vai ter tempo. — O amigo declara, arqueando as sobrancelhas sugestivamente. 
O objetivo inicial era fazer surpresa, mas você é ansiosa demais. Logo pega o celular e anuncia que havia comprado um presente que está doida para entregar. 
As horas passam e nada de Renjun, a animação é substituída pela preocupação e pela insegurança pouco a pouco. Mesmo enviando outras mensagens, ele não responde. É então que percebe que ele pode estar te ignorando de propósito. 
Não, é coisa da sua cabeça.
você: renjun, você tá mesmo me ignorando?
Ele vê mais uma das suas notificações iluminar a penumbra da sala de estar. Só percebeu agora? Ele pensa ironicamente. Para que você tenha certeza, ele abre o aplicativo e visualiza tudo. Dane-se. 
Segundo erro.
A atitude dele te choca, te pega desprevenida. Nunca imaginou que ele faria isso. Resolve deixar o celular de lado, acaba desviando das perguntas do amigo até o fim do jantar e chega em casa exausta. Tanto pelo trabalho, tanto por ter passado o dia inteiro fora, mas, principalmente, por ter sido ignorada de bobeira. 
renjun: já chegou do seu encontro?
Terceiro erro.
Ele só pode estar brincando. Aquilo atinge bem onde não devia, e você pega fogo em segundos.
você: se for pra ficar de graça a gente não conversa hoje
renjun: graça? se fosse você no meu lugar… 
você: eu no seu lugar estaria feliz. o yangyang é meu amigo desde a escola, tá de passagem e veio me ver. algum problema? 
Você joga o celular de qualquer jeito na cama ao mesmo tempo que Renjun se lembra do dia do jantar e de como tudo foi tão carinhosamente planejado para os amigos dele, mas também de como aquela noite terminou. Hoje não será assim. 
Ele te liga uma, duas, três vezes… A sensação ainda arde nele, porém não o suficiente para deixar com que vocês fiquem magoados mais. 
Renjun veste um casaco qualquer e sai apressado, não dá nem tempo do motor esquentar direito. Durante o caminho briga consigo mesmo. Um homem feito ignorar a namorada desse jeito, parecendo criança pirracenta, não faz sentido agora.
A sorte é que o porteiro reconhece o carro e o permite estacionar. Antes que ele pudesse te interfonar, Renjun o impede, dando a desculpa de que quer fazer uma surpresa. 
— Ahhh, vai lá, então. Ela vai gostar, chegou tem um tempinho já. Mas a carinha não tava boa. — O homem diz, voltando ao seu posto atrás do balcão. 
A fala é como um soco na cara do garoto, sabe que existe um estrago feito. Precisa melhorar isso.
Assim que você ouve a campainha, sente um nó se formar no estômago. Tem que ser Renjun, maldita intimidade com o condomínio inteiro que ele tem. O olho mágico te confirma a suspeita certeira, e você abre a porta de supetão. 
Quer tanto ser capaz de manter a cara de brava, só que o cabelo desalinhado e o casaco completamente fora de contexto, junto com as pantufas de ficar em casa dificultam seu empenho. 
Você se afasta da porta e anda na direção da sala, Renjun entra e fecha a entrada, inspirando fundo, pensando em como começar.
— Eu fui um idiota. — O cachorro sem dono fala numa voz manhosa atrás de você, que está parada no corredor. — Eu pensei besteira porque me senti sozinho, o que não é culpa sua de forma alguma. 
Sempre o perdoaria.
Suas pernas estão travadas, não se vira para Renjun porque ainda ameaça chorar. Ele suspira, passa uma das mãos no rosto, desesperado. Uma ideia passa pela mente atordoada do garoto. 
A curiosidade vence o seu corpo quando escuta o barulho do sofá sendo arrastado, assim como a mesinha de centro, o tapete… Ele deixa um espaço vazio bem no meio da sala de estar. 
— O que vo… 
— “Perdido seja para nós aquele dia em que não se dançou nem uma vez!” — Renjun tem uma das mãos estendidas, te convidando para uma dança. A frase de Nietzsche que leram numa pichação outro dia preenche seus ouvidos, e você ri, se lembrando de como ele ficou minutos falando sobre como não concordava com o filósofo. — E falsa seja para nós toda a verdade que não tenha sido acompanhada por uma risada!
Cretino.
Mesmo magoada, se derrete nos braços dele. Não tinha nem música, mas o balançar dos corpos envolvidos no abraço que complementa seu lar é tentador demais para não se entregar. Movimentam-se devagar, você deixa algumas lágrimas desaparecem no ombro do seu amor… 
— Me perdoa, vida. — O sussurro não te assusta. — Eu nunca mais vou fazer isso. 
Nunca amou alguém como o ama. Com todos os defeitos, com todas as dificuldades, é ao Renjun que o seu coração pertence. 
O PONTO DE RUPTURA
A vida adulta é surpreendente, porém árdua.
Aproximando-se o merecido período de férias, um pesadelo estourou bem no colo de Kun. A publicação de uma saga estava fechada, no início do processo de produção e… A autora mandou parar tudo, queria fazer tudo diferente. Dinheiro não era problema para ela, mas a editora virou de cabeça para baixo. A multa do contrato não cobriu metade dos prejuízos e muito menos das reuniões pouquíssimo educadas com os representantes dos fornecedores, das gráficas, das livrarias… O editor-chefe está um caco, e você, como braço direito, não fica muito atrás. 
Há semanas não tem tempo para nada, sua vida se resume a ligações e negociações, nenhum dos seus projetos seguintes pôde ser adiado, por isso trabalha até mais tarde. Os prazos estão batendo na porta, o estresse tomando conta do seu corpo e a distância entre você e Renjun se torna inevitável. 
Para remediar, o convida para almoçar todos os dias. Pelo menos teriam um tempinho juntos. Hoje, no entanto, ele está pensativo, quieto, não tira os olhos do celular. De repente, ele suspira aliviado e você fica preocupada.
— Amor, tá tudo bem? — Você alcança os dedos livres que repousam sobre a mesa, e ele parece acordar de um transe. 
— Sim, sim… — O sorriso que pinta o rosto do menino denuncia o plano mirabolante que tinha acabado de concluir. — Quer saber o que você vai fazer nas férias? 
— Renjun… 
— Você vai pra Nova Iorque. Com o melhor namorado do mundo. — Ele continua sorrindo, ainda mais vitorioso depois de confessar a armadilha que vinha aprontando. 
— O QUÊ? — Põe as mãos na boca, com vergonha pela exclamação alta demais. — Como assim? Você… Como? O que foi isso? 
A felicidade é tanta que tudo em volta nem parece mais importar, e as palavras são grandes demais para proferir. 
— Você me disse que queria ir e eu dei meu jeito. Vai ser rápido, mas vai dar pra aproveitar. — Ele te admira com paixão enquanto você agradece milhões e milhões de vezes. 
A espera pela viagem acendeu uma chama nova na rotina, tudo parece ficar mais leve porque ambos estão contando os dias para sumir dali e viverem o sonho nova-iorquino.
E como vivem. Iniciando pela estrada tranquila e cheia de paisagens de tirar o fôlego, passando pelos bares e pubs, pelos pontos turísticos, pelas inúmeras polaroids que guardariam para sempre, pelos beijos e amores que espalham pelo quarto do hotel, pelas luzes que nunca apagavam… É tudo bem mais do que fantasia, é bem real. 
— Não quero ir embora, Jun. — Você declara no penúltimo dia enquanto caminham de mãos dadas pelo Central Park abarrotado de gente. — Imagina se sentir como Monica Geller todos os dias. — Suspira dramática, e ele estala os lábios como se reprovasse sua referência. 
— Por que não Robin Scherbatsky? — Ele para de andar, perguntando quase sério. O selinho que rouba entrega a leveza da brincadeira, e você aproveita os lábios nos seus. 
— Vou ter que achar o meu Chandler, então. — Provoca num segredo, sorrindo entre os beijos que a sombra das árvores testemunham. 
— Não foi isso que eu disse. — Num último selinho, ele mordisca o seu lábio inferior e te puxa pela cintura para um beijo mais profundo. Ele é o seu Chandler, seu Ted, seu Barney, seu Ross, seu qualquer um. Ele é seu. 
Na volta para a casa, pegam a estrada somente após a quinta conferência na lista, visto que retornar para pegar algo esquecido seria trabalhoso demais. 
O período longe de casa havia trazido outra perspectiva para os dois, logo achou que seria uma boa ideia conversar sobre o que tinha mudado recentemente. Antes de Nova Iorque estavam distantes, brigando por coisas pequenas com frequência, simplesmente fora de sintonia. 
— Acho que nada específico aconteceu, a gente só precisava de um tempo pra gente. — Ele tira a mão da sua coxa para passar a marcha, e logo retorna. 
— Sim. A rotina corrida atrapalhou bastante. Se a gente fizesse coisas diferentes juntos de vez em quando, sabe, tempo de qualidade… — Você sugere num devaneio inspirado pela vista. 
— Seria perfeito. — Ele sorri, apertando sua perna de leve. — É um problema também a gente se ver todos os dias no trabalho. 
Seu olhar se desprende do lado de fora e fixa nele, talvez tenha escutado errado. 
— Como assim um problema?
Talvez tenha sido uma fala inocente, mas as feridas anteriores ainda não estavam preparadas para um toque desses. 
— Não é um problema, é um… 
— Você disse problema? — Indaga um pouco aborrecida.
— Não foi o que eu quis dizer, é tipo uma questão. — De novo se vê preso num buraco do qual não consegue sair. — É difícil ver uma pessoa sempre e não enjoar dela. 
Puta que pariu, Renjun. Péssima escolha de palavras. 
— Então você enjoou de mim? — A confusão é ligeiramente maior do que a irritação que começava a aparecer. 
Ele se vira para você, tão confuso quanto. Encontrar a coisa certa a se dizer agora é impossível. Ele desacelera o carro antes da curva, não podem brigar agora. 
— Não é isso que… 
— RENJUN! 
Os próximos segundos são como um filme que assiste e se esquece logo depois. O carro na mão contrária estava tão rápido e sem controle que, mesmo com a tentativa do namorado de desviar, a colisão acontece. Se Renjun não tivesse mais devagar, o impacto seria fatal. Entretanto, foi o suficiente para pararem no canteiro de cimento que separava o asfalto da mata com agressividade, batendo a cabeça no vidro da janela. 
A tontura que confunde seus sentidos não permite que você socorra Renjun, que tem os olhos fechados e a testa pintada de vermelho. Logo suas pálpebras pesam, e o mundo para de girar. 
Quando acorda, tudo que vê é um teto branco. Passeia os olhos pelo recinto, tudo é branco. A cama, os lençóis, o esparadrapo no seu braço que protege o acesso do soro. Suspira assustada ao reconhecer Kun, que se levanta e sorri pesaroso ao seu lado. 
— A enfermeira já tá vindo, fica tranquila. Tá tudo bem. — A voz doce te oferece o conforto que precisava, e você assente. 
— Cadê o Renjun? Como você ficou sabendo? — Apesar da ardência e da dor na garganta, consegue se expressar devagar. 
— Ele teve só um corte, já teve alta. Eu era o contato de emergência dele. — Ele suspira, claramente evitando a resposta que você busca. Mesmo assim, sente um alívio percorrer o seu corpo. Ele está bem. — Mas você ficou desacordada por mais tempo e… 
— Cadê ele? 
— Ele… foi pra casa. — Kun responde, por fim, o que você menos esperava ouvir. 
De repente você se lembra da briga, do acidente, do medo, e chora. As lágrimas traduzem o seu alívio e a sua mágoa. Ele te deixou ali porque estavam brigados? Não dá tempo de questionar mais nada porque a enfermeira chega, trazendo o médico junto consigo. 
Ele explica que os exames de sangue e de imagem não apontaram nada irregular, por sorte todos os ferimentos foram superficiais, e os poucos pontos na sua testa poderiam ser retirados dali a alguns dias. Passou um remédio para dor e recomendou o retorno caso sentisse outra coisa. 
Kun é um verdadeiro príncipe, segura seu braço até o carro, te ajuda a entrar, mesmo sabendo que você está bem. Ele entra pela outra porta e batuca no volante, não sabe se deve fazer a pergunta seguinte. 
— Sua casa ou a do Renjun? — O olhar dele era preocupado porque já sabia a resposta. 
— Renjun, por favor. 
O caminho é silencioso, a chuva não ajuda a ansiedade que consome seu interior. Calcula cada decisão, procura uma explicação que faça sentido, e nada encaixa. É o tipo de coisa que você só pode saber quando encara de frente, só que coragem é uma das qualidades mais inconstantes da sua vida. 
— Vai ficar tudo bem. — Kun tenta te reafirmar, a certeza entre as palavras te dão força naqueles segundos. Nada teria te preparado para isso, todavia.
Cada andar que muda no pequeno visor do elevador é uma dose maior de nervosismo. Cada passo até a porta do apartamento familiar parece tortura, e quando se abre, quase não processa que Renjun está ali. 
Pálido, olhos fundos e avermelhados, a aura triste e confusa. Completamente revestido de culpa e arrependimento. No momento em que te vê, te abraça tão forte que machuca. Você não reclama, os pensamentos dão um nó e as íris assustadas vasculham qualquer canto.
— Por que você não ficou comigo? — A voz sai num sussurro trêmulo, indignado e magoado. 
Como se fosse possível, o aperto fica mais firme ao seu redor e o corpo maior do namorado estremece num choro copioso.
— Eu podia ter te matado. — A fala é desolada e quase inaudível. 
— Não foi sua culpa, amor. — Você se desfaz do enlace para poder mirá-lo nos olhos. — Você foi o mais cuidadoso que conseguiu, salvou a gente de coisa pior. 
Ele balança a cabeça, não acredita em nada do que diz. A verdade é que ele está completamente cego pela culpa. Quase acabou com a sua vida, o amor dele. Isso não tem perdão, mas ele tentaria mesmo assim. 
— Me perdoa ter te ferido assim… — Ele procura por ferimentos no seu corpo, se demorando nos pontos sob o curativo. — Por ter te deixado lá, por todas as coisas… 
— Amor, não… — Você enxuga as lágrimas grossas que escorrem pelo rosto do menino, sequer se importando com as suas. 
— Eu não sou o cara certo pra você, a gente não pode ficar junto. — Renjun diz mais para si do que para você, tentando se convencer de que aquilo era certo. 
— Isso não é verdade, Renjun. Não fala isso. — Você encosta o nariz no dele, mas ele se afasta. 
— Não posso arriscar te perder assim, eu te amo demais pra não te fazer feliz e não te deixar segura. — Ele declara após controlar a respiração, o tom é firme. Ele realmente fala sério. 
— Então é isso? — Você toma uns passos para trás, alcançando o batente da porta de novo. 
— Me perdoa, meu amor. 
Sem saber o que fazer, ou o que dizer, você vai embora. Corre sem ver que a porta não se fecha até que você desapareça do campo de visão do menino em angústia. 
A VIDA CONTINUA
Após uns dias de descanso por causa do fim das férias e também pelo acidente, precisa voltar ao escritório. Ver Renjun seria qualquer coisa menos fácil, ele sumiu apesar das suas investidas, das suas ligações, até das suas visitas. 
Kun decide, apesar de protestos, te dar carona para o trabalho. Ele não liga para suas birras, te trata bem melhor do que você merece, cuidadoso como um cavalheiro. É claro para ele o quão nervosa você está, por isso ele coloca uma música e puxa uns assuntos aleatórios no carro, adiando o assunto que precisa abordar até o último segundo. 
Quando param bem em frente a porta de vidro, ambos inspiram fundo por razões distintas. Você estende a mão para entrar, ele segura seu braço com delicadeza. 
— Eu preciso te falar uma coisa. — Os olhos buscam na sua face algum sinal que o ajude a prosseguir. 
— Tá tudo bem? Eu vou ser demitida? — A sua sinceridade quase o faz rir.
— Não, não é isso… — Ele segura a risada e se recompõe. — É que o… o Renjun. — Você abaixa a cabeça, e ele chega perto de desistir de falar sobre. — Ele pediu transferência pra outra filial. E por coincidência, — Kun deixa um pouco de ar escapar no nariz. — eles precisavam realocar outra pessoa também… — A mão forte conforta o seu ombro. — Me desculpa. 
Talvez não ter visto Renjun tenha sido bom, ainda não dá para dizer. Foi mais fácil, isso sim. O novo colega, Doyoung, foi apresentado aos membros das equipes naquela mesma manhã e tornou-se a nova vista da sua mesa. 
Dentro de você a vontade de vê-lo é maior do que tudo, e não ter mais a figura espevitada te olhando o dia inteiro faz o seu coração doer por dias, semanas… Pouco a pouco foi se acostumando com a ausência dele, sem esquecê-lo, sem ser capaz de se desfazer da polaroid que adorna seu escritório. Foi difícil tirá-lo do seu mundo. 
A realidade é o trono da verdade. Quem permite que isso seja distorcido somos nós, quando os sentimentos confundem aquilo que sabemos. E, infelizmente, o amor mais real que você já teve não escapou das armadilhas dos monstros da noite escura da mente de Renjun. Entretanto, para todo anoitecer, há um amanhecer para dissipar as trevas. Ainda não é o fim. 
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bananda · 1 year
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Tu nem existe, po
fêr.NÃN.da você diz, com um sotaque tão caracteristicamente (porém não caricaturalmente) paulistano, e eu sorrio imediatamente com a doçura do meu nome na sua boca.
eu não gosto dele, principalmente quando dito assim em sua inteireza com todas as sílabas. quem tem um nome com 3 delas sabe que a pronúncia completa indica pouca intimidade ou pior: bronca. “fernanda” só era dito por mamãe quando o caldo tava entornando e gato escaldado tem medo de água fria.
o que eu quero dizer é que você pega traumas que eu nem entendo muito bem e transforma em sorrisos. quem deixou você ressignificar minha vida?
Shakespeare diz que um nome não é nada, se uma rosa tivesse qualquer outro nome seu aroma permaneceria doce, já a Le Guin diz que nomes são soberanos e que descobrir o nome real de alguém te dá poder absoluto sobre a criatura.
será que você descobriu meu nome real? será que leu no meu corpo, em alguma parte que eu nunca consegui alcançar? será que te deixei vislumbrar um pedaço de mim que eu estava escondendo, ou será que, como a uma tirinha da Laerte, você olhou pra essa bagunça que constitui meu eu e interpretou como quis?
ou será que é meu tesão de égua que coloca um emoji de brilhinho em tudo o que você faz?
na minha fanfic favorita atualmente (capítulo 72 e contando), a fazendeira passa um tempo em um triângulo amoroso entre Harvey e Shane. a autora é uma mulher neuroatipica de 30ealguns anos, é por isso que eu gosto tanto da história dela, eu e minha mania de ler o mundo a partir da perspectiva do meu umbigo. é um videogame e eu fico pensando “como eu poderia tornar isso sobre mim?”
não precisei, ela o fez. na história, o Harvey é, supostamente, um partidão. o homem perfeito. ele é bonito, alto, atencioso, inteligente, rico e usa seus conhecimentos em medicina para ser um dom BDSM em cenas responsáveis por gastar muita pilha do meu sugador. ele envolve a fazendeira em cobertas e beijos logo depois de enfiar um plugue anal e enforca-la até quase desmaiar, não sabemos se as estrelas que ela vê são orgasmos cósmicos ou a perda da consciência e eu acho isso lindo.
mas ela escolhe o Shane. imperfeito, falho, cheio de angústias, tão bom de cama quanto um depressivo alcoólatra em recuperação poderia ser (mas é uma fanfic então ele ainda é um dínamo sexual). por ser quebrado, o Shane consegue entender e acolher as partes escuras e feias da fazendeira e amá-la toda, incondicionalmente.
certa feita eu te disse que te faltava letramento midiático de obras feitas por e para mulheres. quando você me diz que existem homens melhores por aí, isso vem à tona. você estudou tanta anatomia, fisiologia, energia, magia, que parece que esqueceu que pessoas não são teorias e mulheres são muito mais simples do que parecem.
quem passou a vida olhando para si de fora tende a se ver diminuto. quanto mais de longe a gente observa, menor fica o objeto observado. e você tem essa lógica exterior, comparativa, autodepreciativa, se olhando à distância com medo das partes escuras que você sabe que estão lá. dá pra vê-las tão claramente, como quem observa a lua de um telescópio escolar. o que tem nas suas crateras, marcio eduardo? será que é algum elemento químico não descoberto que vai curar o câncer ou causar a destruição da raça humana? ou será que é só poeira estelar? a graça está nas possibilidades, não na realidade. e qualquer uma delas é fascinante.
“a gente aceita o amor que acha que merece” - diz a manic pixie dream girl em um livro clichê. se você soubesse o que eu já aceitei antes de você aparecer, se veria majestoso. o suficiente para saciar seu complexo de herói sabe-se lá por quanto tempo. parece que caminhei por anos em um deserto emocional, sorvendo desesperada qualquer gota de água misturada a grãos de areia, furando os dedos em cactos em busca de qualquer umidade. agora cheguei a um oásis.
quando eu era pequena, confundia muito o conceito de oásis com miragem. aquela coisa do imaginário coletivo: a pessoa perdida no deserto encontra sombra e água fresca, frutas dadas na boca por mulheres sexualizadas em signos de orientalismo, apenas para descobrir que se trata de uma ilusão causada pelo calor e desidratação. esses conceitos eram intercambiáveis na minha cabecinha dodói desde a mais tenra idade: todo oásis era uma miragem e toda miragem se pareceria com um oásis.
na teoria, hoje eu sei a diferença conceitual. na prática, continuo achando que a qualquer momento vou descobrir que sigo sedenta, virando um cantil vazio, ou pior: cheio de areia quente e escorpiões.
enquanto isso não acontece, aproveito a doçura do meu nome nos seus lábios, como tâmaras inexistentes servidas em prataria ornamentada, como se você tivesse saído diretamente do meu cérebro desidratado para deixar minha morte iminente menos dolorosa. que triste seria morrer sem vislumbrar possibilidades de vida. que triste seria viver sem vislumbrar possibilidades de amor.
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bruwnah-art · 7 years
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English: I was seeing some MCL episode 39 spoilers and when I saw Rosalia’s dress I had to draw this comic! I was expecting something more complex... hahahah How about you? What’s your opinion about her and the other girl’s dresses? Português: Estava vendo alguns spoilers do ep 39 de amor doce e quando eu vi o vestido da Rosalia eu precisei fazer uma tirinha sobre isso! Eu estava esperando algo mais complexo... hasghhasgh E vocês? Qual sua opinião sobre os vestidos dela e das outras garotas? 
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dinamite-artistica · 7 years
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Vim aqui para destruir corações....
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sweetfujoshisama · 7 years
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Spoiler ep. 38 de Amor doce
MDS MEU SHIPP, NINGUÉM SAI!!!
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mimiayachan · 3 years
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Eu espero que gostem !, estarei mais ativa na minha pagina @mimiayachan no Facebook e Instagram e tambem estarei ativa no grupo tirinhas de amor doce ^^ Part in English soon ~~
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otomelavenderhaze · 4 years
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Spoilers from the minigames, Easter Event 2020:
I found those on the facebook page Tirinhas Amor Doce, this post right here. 
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I’m not sure if they’re real or not, but according with the post it gonna be the mini games for the event. 
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kasdya · 8 years
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Siiiiim muito adorável :3
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Aaawwwnnn que isso <3
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Acho que vou infartar !!
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nanabananafanfics · 5 years
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Bem-vindos!
Sejam muito bem vindos ao BaNANA Fanfics, um tumblr dedicado somente à fanfics interativas de Amor Doce e entre outras coisas. (rs)
Aqui, terão fanfics, fanarts, diálogos e tirinhas (tudo meu e de outras pessoas, claro). Fique a vontade <3
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anguish-neverending · 6 years
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only you know the woman that I am beyond the surface
como bem sabes o meu heteronimo desconhece pontuacoes e acentos usuais de meus dias como se falasse ligeiramente quando se trata de ti -- quando estas cartas nao chegam ao devido destinatario.
e eu queria poder ser audaciosa em o olhar nos olhos e dizer o quanto o amo da cabeça aos pes e te dizer repetir todas as vezes ate o momento que me falte a voz e com toda a riqueza de detalhes de como eu amo quando tu tocas em minhas maos geladas. de como eu amo quando tu soltas um sorriso na ponta da boca depois de um beijo. de como eu amo te ver com um sorriso embriagadamente bobo. de como eu amo o entender dia apos dia enquanto homem. de como eu amo poder depositar essa escassez de amor proprio em algo verdadeiramente sincero e honesto pois isso me mostra que sou capaz de sentir algo tao bom. e o quanto eu amo quando tu me envolves em teu abraço quando tremo de frio.
como eu amo tuas qualidades e aprendi a amar teus defeitos ate porque somos seres humanos e naturalmente falhos. e e isto que torna tudo que sinto por ti tao bonito a mim.
e que eu amo como tu me fizeste e me faz ser diferente comigo mesma em nao desmerecer nem querer mais fugir quando cousas boas me acontecem por acreditar que nao mereço ser feliz e me permitir sentir algo tao puro que e amar genuinamente alguem.
tu revolucionaste a minha vida.
e desde tua vinda...
sinto como se Sofocles realmente estivesse certo ao definir o amor porque nesses quase tres anos sinto tanta leveza aqui dentro que tenho a sensaçao de como se eu fosse voar como se nao houvesse mais [tanta] dor que carrego pois como eu bem o disse uma vez tu me mostraste que sou capaz de enfrentar todos meus demonios e parece que eles sao igualmente apaixonados por ti pois se aquietam para te ouvir e te observar de forma tao serena e entregue.
sinto como se Platao estivesse certo ao definir o amor eros em seu conceito pois desde que tomei conhecimento de que o amava -- quando eu o disse pela primeira vez enquanto tu descansavas em meu ombro naquele posto de gasolina de tua cidade na noite de nove de setembro de dois mil e dezesseis -- eu me tornei poetisa. e sinto como se Aristóteles estivesse certo ao definir o amor filos em seu conceito pela forma como me sinto feliz por ti e por todas tuas conquistas. e como quero sempre estar por perto para o ver atingir todos os objetivos que mais almejas. 
sinto como se Hubbard realmente estivesse certo ao definir o amor pois tenho a sensacao de que quanto mais eu sinto o que sinto por ti mais eu tenho desse sentimento carregado em mim para o dar. 
sinto como se Leopardi realmente estivesse certo ao definir o amor pois realmente os melhores momentos do amor sao aqueles em que a criatura chora ao som d’uma tranquila e doce melancolia que nao sabe o porque que resigna esta pessoa quase na quietude a um infortunio que desconhece e nessa quietude a alma esta quase cumulada e quase sente o gosto da felicidade.
sinto como se Waldo realmente estivesse certo ao definir o amor/a paixao pois segundo ele a paixao desenvolve a sensibilidade; tornando o rustico amavel e da coraçao ao poltrao. em que no ser mais miseravel e mais abjeto instilara a audacia e a força de desafiar o mundo pois se sente encorajado pelo que sente pelo ser amado. dando a este ele o daria mais a ele proprio. pois e um homem novo com percepçoes novas perspectivas novas e mais vivas e uma solenidade religiosa no caracter e objetivos -- pois como bem o disse nao so uma vez como em outras a tua existencia “ao meu lado” e algo que coloca meu ceticismo em jogo como se fosse algo fragil e questionavel.
sinto como se tu foste Emilie du Chatelet em minha vida e eu fosse François Voltaire. pois tal como a Emilie tu mudaste meus conceitos a cerca do amor e refazendo as palavras do mesmo: por quem estou apaixonada; e um grande homem. ele compreende Newton despreza superstiçoes e resumidamente me faz feliz.
sinto como se a complexidade do amor e de sua definicao fosse uma sensaçao estranhamente boa por me proporcionar diversos sentimentos ao mesmo tempo e de forma subita; como tantos filosofos que admiro estavam precisamente certos sobre um so sentimento e como tu me permites sentir isto. sou eternamente grata por me proporcionar estas cousas.
tu bem sabes que me cativaste desde nosso primeiro contato e nada poderia me fazer mais feliz do que ter me apaixonado pelo meu melhor amigo.
eu nao me importaria de beijar cada machucado e cicatriz que tu carregas para que te sintas bem consigo mesmo. para que te sintas amado. para que te sintas importante. para que te sintas querido.
pois eu amo plenamente tudo aquilo que transparece ser e queria poder amar tudo aquilo que escondes por tu acreditar que isto nao mereceria ser amado e transparecido.
eu queria segurar a tua mao mais uma vez poder te olhar nos olhos e te recordar de todas as nossas lembranças que carrego comigo para que pudesse nao so acreditar como sentir a legitimidade de quando digo que o amo de forma plena.
quando o deixo um lembrete em forma de tirinha no meio da madrugada para que acordes com um sorriso torto no rosto para que possa sentir o carinho e o afeto que aqui carrego em tentar demonstrar ate nas pequenas cousas.
eu realmente acredito que existe um mundo benevolente pois tu existes nele.
tu foste e es a incerteza mais certa e precisa que tenho orgulho de ter vivenciado. e me gratifica existirmos sob o mesmo ceu.
espero que sinta dai o beijo que o dou na testa e um carinho na careca.
o amo alem desta vida se existir tantas outras. 
espero que consiga sentir dai o abraço ansioso que aqui guardo que conta os dias regressivamente para o reencontro.
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bruwnah-art · 7 years
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Two months ago I went to Liberdade (a Japanese neighborhood in São Paulo city - Brazil) with my friend @melrynphantomhive While there we meet a Kentin Cosplayer and asked for a photo. The problem is that I got ugly in the picture. One minute silence for my lack of luck in that moment. 
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dudouji · 6 years
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de 2015, feitos pro tirinhas amor doce :’0 
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amordoce-whatahell · 6 years
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I’M BACK BABY!!!!
É quase um desperdício depois daquele textão tão elaborado de despedida eu retornar tempos depois. Mas o que eu posso fazer? Aquela “chama” dentro de mim retornou tal qual uma fênix renasce das chamas, tudo para jogar University Life! E meu deuso que bagunça tá esse UL ein?
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Pra quem não sabe, embora eu tenha falado que ia continuar jogando (só que não ia mais postar nada aqui), um pouco depois eu larguei até de jogar e dei minha conta querida para uma amiga cuidar. Ela adotou minha conta principal e todas as secundárias e a vida se seguiu. Recentemente, com a University Life comecei a ficar intrigada com essa nova fase e, dado o cheiro de novidades e dramas novos, comecei a querer voltar a jogar.
PELO BEM DA MINHA CARTEIRA eu tentei me controlar, mas a dita cuja da minha amiga me insistiu a voltar pra essa bagunça toda. Ela insistiu... Insistiu... Insistiu... Insistiu... E eu voltei, naquele mal grado que diz: “deus me livre, mas quem me dera!” E 20 minutos depois (eu contei) explodiu no fandom a notícia que os paqueras não iam voltar, como era o novo sistema de PA... Seria cômico se não fosse trágico. Foram as horas mais desesperadoras da minha vida. Eu tinha ACABADO de voltar pro jogo e pro fandom e vem essa bomba explodir na minha cara! Mas eu já pulei desse precipício agora é aguentar as pedras no fundo. Até porque minha bb Luvith foi selecionada para testar a beta, não pude perder essa chance hehehe’
Antes que perguntem sobre tudo que eu falei no post de despedida... University Life promete muitas novidades, então isso resolve o “problema” de eu não estar animada para jogar. E sobre o fandom, eu não curto ele 100% mas nesses tempos aprendi a ter cautela (eu ainda estava um pouco envolvida pois precisava saber sobre as novidades de Eldarya pra minha fic, e no geral páginas e grupos de Eldarya envolvem AD. E é basicamente o mesmo fandom então...), embora eu esteja “de volta” no fandom eu não vou mais me envolver como antes.
Tirando todos os problemas e tretas envolvendo o UL (talvez eu venha a falar disso por aqui, mas já discuti muito sobre no facebook e acho que já está até meio saturado os mesmo discursos), este tumblr está de volta e vamos ver quanto tempo eu aguento. Será que eu vou até o final do jogo? Só tem um jeito de saber...
Até lá, espero que os que ainda me seguem curtam minhas postagens e memes. Eu voltei pra cá pro tumblr exatamente porque senti essa ânsia de voltar a fazer essas postagens e mostrar minha reação e minhas opiniões sobre a nova fase do Amor Doce! Então peço que se juntem a mim mais uma vez para essa nova “jornada” cheia de drama, choro, raiva, respostas erradas e muitas tretas... Tudo, menos romance xD
Ooooh! E espero que gostem de OCs... Porque pretendo postar sobre minhas duas novas bbs por aqui: Luvith e Lorialet. Mas ainda estou para fazer uma postagem melhor as apresentando!
Estou realmente animada para voltar com as postagens, com as reações e agora quero criar algumas tirinhas de minha autoria e incluir minhas OCs!  Espero ajudar muitos de vocês com o jogo como antes, mas não posso garantir muito pois se o sistema de PA continuar essa carniça eu vou demorar muuuuito tempo para terminar um novo episódio (porque NEM A PAU dou meu dinheiro pra esse esquema dos infernos!). Mas com certeza nos vemos aqui discutindo novos episódios e teorias loucas! Estou realmente animada para isso!
Estejam prontos para a “nova fase” do Amor Doce, Whatahell?! <3
Nota final: Não vou deletar todas as postagens anteriores porque é parte da história desse tumblr. Todo o caminho até o momento que “acabou”. E como não tem como “arquivar” (até onde eu sei), vou deixar todos os posts ainda onlines.
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freljooj-blog · 6 years
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Apesar de eu ser grossa e estranha e as vezes falar demais e as vezes falar coisas que até magoam vc sem eu perceber
Apesar de ser esquisita e aquele tipo errado de pessoa que vc apresenta a família pq sabe que eu pareço uma ma influência
Apesar de tirar muita onda e q na maioria das vezes vc n entende isso kkkkk
Apesar de todos os meus erros e ações que n deveriam existir e aquelas pequenas coisas q com o tempo se tornam insuportáveis pq eu sei que eu sou ou ao menos consigo ser bem insuportável
Eu sou uma pessoa ruim e cheia de frescura e cheia de problema
Idiota fresca briguenta e lesada
Apesar de tudo isso eu quero muito que vc não me esqueça
Eu quero muito que vc continue sentindo o que sente por mim e que cresça e que dure o pra sempre
E eu tenho tanto medo de tudo isso
E é tão rápido que tem acontecido
E eu sinto meu corpo levitar cada vez mais alto e isso é assustador pq eu tenho medo de cair de vc a qualquer momento
Justamente pq conheço a pessoa que sou e sei que sou intensa demais e sou louca e difícil e grudenta
Eu amo tão fácil e faço qualquer coisa mesmo sendo trouxa
E isso é difícil de dizer pq eu fico vulnerável mas eu quero te mostrar minha vulnerabilidade e quero que vc a abrace e cuide pra que ninguém mais veja
Quero ser a pessoa pra você igual a pessoa que inspira uma música romântica ou uma tirinha de casal pq vc é isso pra mim agora
Meus sentimentos crescem imensurável e cada vez mais delicado como um balão fino
Como se eu estivesse num grande mar doce e vermelho sem afundar sem me afogar e vc é esse mar e eu tbm sou
Pq isso é como eu vejo o meu amor
É idiota e infantil? Talvez kkkkk mas eu sou a garota das metáforas
E eu enrolei tudo isso pra dizer que eu amo você e morro de medo de amar e morro de medo de vc não me amar mais
Não deixe de me amar msm isso não estando no seu controle
Não me deixe onde eu fique sozinha com todo esse sentimento pra me afogar de vdd
Me ame como eu amo vc
Daquele jeito cafona que vê figurinhas fofas e lembra dagnt
Que escuta músicas e já se vê cmg dentro do clichê
Que faz planos e planos e planos msm sem ter a menor ideia de quando irá concretiza-los
Me ame como eu te amo
Mesmo com todo o medo e toda a euforia e todo o desespero e toda agonia
Mas com todo sentimento do mundo todo respeito e carinho e cuidado e atenção como se fosse a primeira vez
Sendo pra sempre a primeira vez
Divertido e emocionante e fundo e confortável e amável e perfeito
Não me deixe sozinha com esse amor todo
Me ame como eu te amo
@umanyanko
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ashleywiilcox · 4 years
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Pão caseiro: ideias de decoração além do pão trançado
Fazer pão em casa, para mim, é sinônimo de tranquilidade e amor. Afinal, o processo exige que você realmente coloque a mão na massa, ajuda a passar o tempo e traz uma sensação de dever cumprido. Existem as formas mais clássicas de apenas enrolar os pães e levar para assar, mas também diversos outros formatos, como o pão trançado. Que tal testar alguns jeitos diferentes de apresentar seus pãezinhos? Não faltam decorações para se inspirar!
Foto: Klara Avsenik em Unsplash
Aqui no site já ensinamos como sovar a massa, como cuidar da temperatura e várias receitas de pão. Agora é a vez de você se jogar nas modelagens diferentes dos pães. Para isso, nada melhor do uma lista com 9 tipos de decoração de pães para você fazer em casa. A maioria das receitas são de pães doces com recheio, mas nada impede que você crie e incremente do jeito que achar melhor
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 Trançado
Vamos começar pelo clássico: o pão trançado. Essa é uma opção perfeita para quem quer ser mais prático, afinal, é só fazer duas tirinhas e enrolar uma na outra, apertando bem as pontas. E você pode rechear as tirinhas ou não – eu aconselho rechear, fica bem mais gostoso. Depois, é só deixar crescer e assar.
Aah, e tem uma receita de pão de leite condensado com coco explicando como fazer, aqui.
Foto: Broma Bakery
Rosca trançada
Seguindo a mesma ideia da anterior, temos a rosca trançada. Para ter esse resultado é só colocar em uma forma em formato circular. E se quiser incrementar ainda mais, pode fazer tranças repetidamente, ou seja, faz a primeira mais fininha e depois junta duas. 
Foto: S- Küche
Bolinhas recheadas
Com a mesma receita você pode fazer as bolinhas recheadas também. Nessa opção o seu pão vai ficar mais fofinho do que no pão trançado. Para fazer é só cortar um quadrado da massa, colocar o recheio e fechar levantando as pontas. Depois enrola bem até formar uma bolinha.
Na receita do pão de leite condensado com coco também tem o passo a passo, aqui.
Fatias intercaladas
Aproveitando a onda dos trançados, aqui um estilo um pouco mais elaborado. O processo inicial é o mesmo: enrole a massa com o recheio e, depois, corte o rolinho em pequenas fatias (de aproximadamente 2 dedos de largura). E o segredo está na hora de montar: o ideal é colocar a forma na vertical (com papel manteiga) e ir colocando uma fatia de cada vez, alternando o lado em que se encaixa.
É isso mesmo: você terá uma pilha desconstruída de rolinhos de pão e, ao virar a forma para a posição original terá um pão super diferente e lindo!
A receita de pão recheado com nutella tem o passo a passo completo explicando como fazer.
Tirinhas enroladas (cinnamon roll)
Dá pra fazer uma versão com mini pãezinhos enrolados também, que podemos chamar de cinnamon rolls, ou rolinhos de canela. É claro que o nome é só figurativo e você pode usar o recheio de sua preferência. O processo é praticamente o mesmo do item anterior, mas ao invés de empilhar um rolinho no outro, coloque para descansar e assar um do lado do outro. Além de crescerem mais, o formato fica uma fofura
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Ah, também tem outra receita desse pãozinho fofinho nesse link.
Floco de neve
E agora, uma opção bem descolada para a galera: o formato floco de neve! É um jeito mais elaborado, mas tenho certeza que vale a pena. Para fazer, abra 4 pedaços da massa como uma pizza, acrescente o recheio e coloque uma por cima da outra. Depois, coloque um copo no centro e corte várias tiras de aproximadamente 3 dedos. Assim, enrole cada uma das tirinhas e leve ao forno.
Foto: Life Made Simple Bakes
Com formatos fofos
O céu é o limite para a sua imaginação. Invista em temáticas de alguma data comemorativa ou do seu animal preferido. Eu escolhi o porquinho, que além de fofo é muito fácil, afinal, é só a bolinha recheada e os detalhes
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Foto: Country Living
Bônus: salgados
Pão de calabresa da Tia Jô
Tudo bem que a gente ama um doce por aqui, mas também separei duas receitas salgadas para fazer de entrada
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A primeira delas foi feita pela Tia Jô e é recheado de calabresa. Mas, claro, o recheio pode ser a sua escolha: frango, brócolis, palmito, cebola… São ótimas opções.
Para saber como fazer, tem a receita e passo a passo completo aqui nesse link.
Vários pãezinhos unidos
Outra ideia maravilhosa é fazer uma guirlanda de mini pãezinhos franceses. Assim, já sai do forno com os pedaços separados para cada um. Para fazer talvez precise de um pouco de habilidade, mas não custa arriscar. Faça uma tira de massa circular e corte os pedaços na diagonal usando uma tesoura – esse é o segredo. Depois modele para deixar no formato certinho e faça o clássico corte em cima de cada pão.
Foto: Natasha’s Kitchen
***
E aí, qual você escolheu para fazer nessa semana? Você pode também pegar mais de um e fazer com a mesma receita
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Pão caseiro: ideias de decoração além do pão trançado é um artigo de Danielle Noce.
from Danielle Noce https://www.daninoce.com.br/sem-categoria/pao-caseiro-ideias-de-decoracao-alem-do-pao-trancado/
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sunflowerow · 7 years
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