Tumgik
#vou responder os outros com a Nath!
whitoutwings · 4 years
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· 、◝ ⟢  Com os olhos castanhos semicerrados, Milo observou a bolinha alaranjada contornar a boca do copo uma vez, ameaçando cair para fora antes de, finalmente, espirrar poucas gotas de cerveja ao cair para dentro do recipiente. O simples movimento, fizera com que o caído vibrasse na sua ponta da mesa, jogando os fios de cabelos que insistiam em cair sobre os olhos para trás, antes de erguer o olhar para a pessoa na outra ponta. ❝—— O que você dizia mesmo? Que desejava beber mais um copo? Vamos lá, eu fiz as honras... ❞ Instruiu ele, de maneira debochada, gesticulando na direção dos copos vermelhos. Chamá-lo de competitivo era um verdadeiro eufemismo, e ações como aquela denunciavam isso perfeitamente.
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mundodafantasia1d · 3 years
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10/01/2020
Quando se tem tudo, mais se tem a perder. E aos poucos, eu fui perdendo tudo, inclusive o controle. Eu estava no meu limite, me sentia tão perdida e procurava uma maneira de fazer aquilo parar.
Naquela noite haveria uma festa da gravadora, todos estariam lá, era uma noite especial. Eu me arrumei o máximo que pude, pensei que se estivesse bonita por fora, as coisas por dentro pareceriam menos piores. Liam me buscou em casa, ele estava estranho, calado, perguntei se tudo estava bem e ele respondeu que sim.
A festa estava linda. Fiquei com Liam a maior parte, mas depois de um tempo ele foi conversar com algumas pessoas e me deixou sozinha. Foi nesse momento que tudo começou a desandar. Por todo lado que eu olhava via todos felizes e era pra eu estar sentindo o mesmo, eu queria estar feliz, queria me divertir como eles estavam. Então comecei a beber.
Eu não estava bêbada apesar de já ter bebido mais do que deveria. Não posso por a culpa total na bebida, parte dela veio de mim. O que aconteceu? Eu surtei.
Sabia que já tinha bebido o suficiente e se continuasse não teria mais volta, pensei em Liam, estavamos um pouco afastados ultimamente e eu sentia falta dele, como sentia. Confesso que os pensamentos que vieram eram bem sujos, percebi que eu precisava dele, tava na hora de deixar aquela festa e partir para uma particular, só nós dois. 
Eu o procurei na multidão e o encontrei conversando com a Natasha, parecia algo importante, ela tocou o braço dele e sussurrou algo em seu ouvido, Liam suspirou, ela tocou seu rosto e seus olhos se encontraram, eles sorriram um para o outro. Algo surgiu dentro de mim, um sentimento ruim e eu perdi o controle na hora que eles foram para a pista de dança e começaram a dançar juntos.
Não sei o que me deu, tudo ao redor se escureceu e eu fui em direção a eles, puxei os cabelos dela, me descontrolei, comecei a gritar e fazer uma cena de ciúmes que não condizia comigo, com meus ideais. Liam tentava me segurar, me tirar de cima dela, tentava me acalmar, mas era impossível, eu parecia uma fera. Toda a festa parou para ver e depois de muito custo, Liam conseguiu me carregar para fora dali.
Durante todo o caminho até sua casa ele não disse nada e nem olhou para mim. A furia foi se acabando e a vergonha foi surgindo. O fato de Liam estar me ignorando tornava tudo mais difícil.
- Liam, me desculpa - falei baixo, já sentindo o choro vir.
- Desculpa? Você tem alguma ideia do que foi que você fez? - ele estava com raiva e tinha razão.
- Eu sinto muito - me sentei no sofá, encarava o chão pois não tinha coragem de encará-lo.
- Chorar e dizer que sente muito não vai resolver a merda que você fez. - ele andava de um lado para o outro, claramente nervoso - Tinha muita gente importante naquela festa, você estragou tudo pra mim, pros seus pais, para a gravadora, amanhã vai estar em todos os lugares, você criou mais uma polêmica, muito obrigado (s/n) - dava para sentir sua raiva nas palavras e eu não conseguia fazer nada além de chorar pois sabia que ele estava certo - Uma polêmica dessas quando estou tentando coisas novas na minha carreira, que merda.
- Eu não queria te prejudicar - minha voz era baixa.
- Foi exatamente isso que você fez - ele gritou - E por qual motivo? - não consegui dizer nada, senti vergonha - Responde.
- Eu senti ciúmes - confessei.
- Sentiu ciúmes? Da Natasha? - a voz dele mudou, não consegui entender o que tinha por trás dessa mudança - Você sabe que somos amigos.
- Eu sei, mas...
- Você foi longe demais (s/n), ultrapassou todos os limites - me encolhi no sofá, a vergonha e o arrependimento me consumiam - Sabe o trabalho que vamos ter agora para limpar essa bagunça que você fez? Isso é uma mancha na imagem de todos nós. Tudo isso por ciúmes.
- Eu não tenho orgulho do que fiz, já pedi desculpas, por favor, não fica bravo comigo, eu te amo Liam - eu chorava descontroladamente.
- Vou pegar uma água pra você, nós dois não estamos bem para continuar essa conversa.
A verdade é que nenhum deles me perdoou. Meus pais ficaram furiosos, gritaram comigo e sairam sem me desculpar. Meus irmãos, meus amigos nenhum deles me ouviu, todos me olhavam estranho agora. E ainda tinha a mídia me detonando, os paparazzi estavam loucos para capturar o próximo surto. 
Então eu decidi ficar em casa, me concentar em outras coisas. O problema é que a internet é muito cruel, os haters me atacavam em todas as redes sociais e eu praticamente não tinha mais fãs, a maioria decepcionada com o que me tornei. Além disso, agora os fãs de outros também me odiavam, os da Nath e das outras meninas me viam como um monstro e os do Liam me odiavam tanto que até ameaças recebi. Eles me queriam longe dele e até shippavam o Liam e a Natasha juntos, criaram teorias sobre isso, o que me deixava com muito medo de perder minha última esperança, de perder o Liam, eu não suportaria isso.
Me concentrei nos preparativos para o nosso casamento que se aproximava cada vez mais, precisava focar na única coisa boa que me sobrou.
Du 💛
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bhotlove · 5 years
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Agosto/19
Adicionei um perfil no insta que era um amigo da Nath e do Gui, que ajudou eles também nesse fim de semana difícil que passaram.. ele logo me seguiu de volta.. respondi um story com uma brincadeira de quando iríamos nos casar e ele logo deu ousadia e continuou a conversa.. já tinha tido 30 minutos de conversa com aquele menino chamado Diego, cheio de tatuagem e com um sorriso todo lindo.. parecia pouco tempo mas a minha cabeça já estava pensando em ir pra casa dele..
tocamos nesse assunto, e o que foi falado em tom de brincadeira logo foi aceito pela outra parte..
em mais ou menos uma hora, estava eu na padaria pedindo pro uber aguardar e mandando foto pra Diego de qual cigarro ele ia querer, já que ele havia comentado que estava sem..
Eu não conhecia aquele cara, eu não sabia quase nada sobre ele e nem sabia o que ele sabia a meu respeito..
foi tudo muito rápido, sem pensar muito e na o caminho pra casa dele, ele me disse “ vou te te beijar assim que chegar pois sou tímido e depois fica mais dificil” e eu logo retruquei com “eu já disse pro uber que estou indo pra casa do meu marido” aquela frase dele já fez com a tensão de sair do carro fosse maior.. e na hora de sair derrubei as coisas da minha bolsa toda no banco do carro..
respirei, organizei e sai plena.. espero que ele não tenha percebido que talvez eu estivesse até ofegante de nervosa..
ele estava abrindo o portão e parecia tenso também, quando o vi, relaxei, fui em sua direção e dei um selinho, correspondendo ao que ele propôs inicialmente..eu o abracei um pouco mais forte do que eu podia,ele ficou meio travado com o abraço.. mas retribuiu levemente..
nos soltamos e fomos em direção a escada que havia para a sala..
entrei e logo vi um cachorro, fui em direção à porta que ele ficava, pra ver de perto, e pedi pra passar a mão, Diego já começou arrumar a região do sofá pra ficarmos, sentei ao lado dele e continuei brincando com o cachorro.. ainda estava nervosa em ver ele pessoalmente e preocupada com o que ele ia achar da louca que ele conhecerá a menos de 2 horas e já estava em seu sofá...
A conversa logo começou a fluir, ele colocou a jurupinga no copo pra gente -esqueceu o brinde- e logo começou a bolar nosso beck..
conforme ele ia falando sobre maconha, sobre a casa dele e sobre ele, o canto da boca dele mexia suavemente, e tudo que ele falava combinava com as expressões que ele fazia.. o canto da boca formava uma covinha maravilhosa que já me deixou doida..eu fiquei encantada olhando pra ele e talvez até tenha esquecido de responder algo que foi dito, pois estava bem concentrada..
os dedos mexendo suavemente a seda, enrolando nosso beck, pareciam concentrados e ao mesmo tempo com uma leveza gigante, que em poucos segundos transformou aquela maconha quê levei em embalagem de festa infantil, em um lindo cigarro de maconha, perfeitamente bolado
após bolar o beck ele me entregou com um sorriso de orgulho pelo beck que ele havia feito..
na hora que ele sorriu eu já queria beija lo e talvez nem tenha dado atenção ao beck perfeitinho que ele tenha feito pra nós..
o sorriso me tirou do eixo, foi mal
logo nas primeiras tragadas percebi que a noite seria diferente, a fumaça que passava em frente ao meu rosto quando eu soltava, bagunçava a minha visão com o Diego falando sobre algum assunto que nunca ficava desinteressante.. a maneira com que os assuntos se encaixavam, com que as mãos passavam o beck, e as perguntas sobre a vida e plano um do outro acontecia, parecia que ia criando um laço, cada vez mais forte e sedutor..
eu já estava louca pra beijar ele ali mesmo, pois o modo com que ele falava me hipnotizava.. todo assunto envolvia os dois de forma leve e muito sincronizadas.. seja por um ponto ou pela opinião inteira, tudo estava se encaixando de alguma maneira..
era assustador estar com alguém a poucos minutos e se sentir tão a vontade, sentir ideias e objetivos se encontrarem, e ver as leves brincadeiras no ar serem facilmente respondidas..
Ficamos nesse clima brisados, conversando e rindo durante algumas horas, não havíamos nos beijado ainda porém hora ou outra vinha um carinho em minha perna ou em minha mão, correspondi a tudo que estava acontecendo ali, afinal estava tudo perfeito..
Após beber um pouco, brisar muito e conversar pra caramba, resolvemos ir “dormir”, levantamos e fomos em direção ao quarto..
Diego arrumou o quarto e começou a se trocar, tirei só a calça jeans e deixei a calça do pijama de unicórnio que estava por baixo.. eu ainda estava com duas blusas de frio no momento em que Diego já estava se deitando sem camisa e com uma calça..
assim que ele deitou, já ergueu o braço pra que eu deitasse junto à ele.. e eu mais uma vez, obedeci a tudo que estava rolando e o abracei no momento que deitei ali..
Logo o carinho começou e o primeiro beijo saiu, foi rápido, de leve e bem gostoso, já dava pra saber que todo o resto seria maravilhoso.. parei o beijo com um pouco de vergonha e não sabia exatamente o que fazer.. aquele famoso dilema que nos faz pensar se iremos transar ou não no primeiro encontro estava em minha cabeça..
antes que eu pudesse terminar de pensar ele pegou meu rosto e me beijou novamente, dessa vez um beijo bem longo e com pegadas muito mais quentes.. foi um beijo demorado, e no meio daquele beijo eu já sabia que não teria jeito, eu ia deixar ele me comer sim!
as minhas mãos logo começaram a passar pelo corpo dele, até chegar no pau, onde eu podia provocar e ver se ele estava realmente interessado..
assim que encostei nele ja estava duro, e só me provou que a minha decisão em transar a noite inteira iria ser correspondida.. comecei a passar a mão por cima da calca levemente, pra testar as reações dele.. ele parecia estar gostando e quando a excitação dele estava bem aparente eu alternava passando a mão por cima da cueca dele também, um tecido a menos que fazia diferença nas reações que ele tinha com as carícias..
ele me pegou daquele jeito que eu estava, virada pra ele em seu lado, e colocou a mão dentro da minha calcinha, logo que percebeu o quanto eu estava molhada, começou me masturbar levemente e em 1 minuto eu já estava implorando pra que ele me chupasse..
ele muito obediente logo foi tirando minha roupa e ficando por cima de mim.e quando a língua dele tocou na minha bucetinha e se misturou com o tanto que eu já estava molhada meu corpo arrepiou inteiro e logo em seguida ele começou a me devorar e dar varias lambidas na parte de fora da minha buceta, o que me fazia enlouquecer querendo que ele continuasse com a boca explorando cada pedacinho de mim...
não demorou muito pra eu pedir que ele me comesse, cada sensação com Diego era intensa demais e exigia o próximo passo, e foi assim acontecendo à noite inteira,varias posições, muita safadeza e o encaixe era perfeito quando o pau dele entrava fazendo com que ele soltasse algum suspiro depois, demonstrando que estava muito bom!
Cada posição era acompanhada de um beijo diferentes, um toque diferente e um carinho diferente, o que foi tornando a noite cada vez melhor..
a mão tatuada passando por cada partinha do meu corpo, se misturava com as minhas tatuagens e tudo parecia uma coisa só, o jeito que apertava minha bunda camuflava a vontade que ele estava de morder e me apertar inteira..
a brisa da maconha havia batido de um jeito muito bom e ajudou a criar todo um clima sensual pra tudo aquilo..
A transa foi completa, foi intensa, foi gostosa e sensual e também com um pouquinho de agressividade.. em certo momento eu pedi pra ele me enforcar, e ele logo percebeu que aquele gesto era um ponto fraco meu e utilizou ele de todas maneiras mais safadas e deliciosas possíveis!! foram varios detalhes que tornaram tudo mais especial e envolvente, e o tesao poderia ser sentido até 10 metros longe daquela cama que só faltava pegar fogo..
Apesar de toda euforia, Diego tomou um super cuidado com meus peitos, afinal a poucos dias que coloquei silicone, a vontade que ele sentia em aperta- lós era explícita em sua cara, mas a todo momento ele foi cuidadoso e apertava a minha bunda pra disfarçar..
no final, depois de ambos satisfeitos, com o orgasmo em dia..deitei ao lado dele ofegante e com as pernas bambas.. o suor no corpo mostrava o quanto tinha sido agitado e não tinha como não pedir água após toda aquela performance..
quando pedi pra ele.. logo veio uma piadinha que ele dizia que para a transa ser considerada boa a mina devia pedir água no final..
logo concordei, pois sem duvidas aquela transa não foi algo normal que acontece sempre..
ficamos mais alguns minutos ali deitados e discutindo como o universo tinha nos dado aquele momento de presente, e chegamos à conclusão que era recompensa por termos ajudado nossos amigos lá atrás, quando ainda nem sabíamos da existência um do outro..
algum tempo depois fomos beber água e ele aproveitou pra ir fumar um cigarro, coloquei minha roupa e o acompanhei até a sala, ele sentou no sofá e eu logo sentei atrás pra ficar bem pertinho dele.. ele acendeu um cigarro, e então seu irmão Bruno que mora lá e estava na casa, levantou do seu quarto e foi até a sala nos contar do sonho doido que ele havia tido com umas garotas, entrosei um pouco na conversa enquanto continuava atrás de Diego lhe fazendo carinho..
Bruno ficou um tempo ali, falamos sobre o local de trabalho em comum, sobre maconha, e até sobre o cachorro ter gostado da minha perna..
o ambiente estava agradável mas precisávamos dormir..
voltamos pro quarto e Diego deu seu ombro pra eu deitar novamente, deitei e logo comecei a passar mão em sua barba, seu pescoço e fui descendo pelos ombros, peitoral e barriga, a mão estava sedenta pra acariciar novamente o pau dele, que parecia já estar duro, e conforme eu estava acariciando o restante do corpo ele já falou que estava sensível e sugeriu uma próxima transa em algumas atitudes.. Mais uma transa intensa e muito gostosa, chupar o pau dele era maravilhoso, eu queria ficar ali o tempo todo e tudo que ele fazia me deixava completamente excitada..
gozei muito gostoso duas vezes, e ele me deu de presente também duas gozadas maravilhosas na boca, regado a um orgasmo muito gostoso e intenso..
Após a última transa resolvemos que era hora de dormir, afinal no dia seguinte Diego iria trabalhar..
nos deitamos de conchinha e ele começou a me fazer carinho, ambos dormimos satisfeitos e felizes pela noite que tivemos.. ser louca teve uma vantagem muito grande e um combo de coisas boas muito gostosas..
a próxima transa já está sendo marcada e eu já fico louca só de pensar em como aquele homem me deixou.. aguardo ansiosa pra sentir de novo todas as sensações que Diego me provocou aquela noite..
Isto parece real? conto ou fetiche?
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dream-of-akm · 3 years
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TWO - End
Katherine permanecia presa naquele olhar, não conseguia desviar, era como se aquele momento fosse único, infelizmente não demorou muito tempo.
- Não vou conseguir dormir, faça desse jeito, não precisa contar pra ninguém - Foram as primeiras palavras de Jake pra ela. Kathe não sabia como reagir, esperava que ele falaria algo que ela estava fazendo de errado, não conseguia falar nada apenas assentiu com a cabeça e continuou. Ele seguiu seu olhos fixados nela esperando ela fazer o que tinha que fazer. Kathe não conseguia parar de tremer ao sentir o olhar dele sobre ela, tinha medo mas ainda mais vontade de encarar aqueles lindos olhos redondos e brilhantes.
- Por favor só feche os olhos, possa ser que alguém venha e veja você assim - Ainda um pouco envergonha disse e logo em seguida ele fechou seus olhos. Ela seguia fazendo todo o procedimento, e por alguma razão queria ficar ao lado dele por mais tempo, ela sabia que ele era muito bonito e concordava com as coisas ditas pelas garotas, ela simplesmente, de alguma maneira, queria ficar próxima do garoto dos olhos bonitos e olhar para eles até cansar. Kathe piscou várias vezes se desfazendo de seus pensamentos e colocou a mão dele junto ao corpo dele ainda deitado, se sentou na cadeira próxima a maca improvisada, entrelaçado suas próprias mãos entre si envergonha. - Já acabei, já pode abrir os olhos se quiser - Era tudo que ela queria. Ele abriu seus olhos, se levantou e a encarou, ela retribuiu o olhar dando um sorriso sem graça, Jake retribuiu saindo de lá logo em seguida. “Eu pareço uma idiota, ele nunca vai prestar atenção em mim, ele é bonito demais” os pensamentos dela se voltavam a isso.
Não demorou muito até se levantar e organizar suas coisas pra ir para casa já que o horário da aula já tinha acabado, finalmente o 1° dia havia passado, não sabia o que sentir nem descrever seus sentimentos sobre os momentos ocorridos, como poderia começar a ter certos sentimentos por alguém que aparentemente foi grosso com ela? Nem isso ela saberia responder, mas ela iria encontrar a resposta em breve.
Após chegar a sua casa se debruçou em sua cama e fez uma breve análise de todo o ocorrido, ligou sua TV para ver algo para se distrair e não muito tempo depois escutou seu celular tocando, aproximou-se dele e se deparou com uma mensagem.
Estou com seu relatório da aula de hoje, te entregarei amanhã
- Jake
Ela não conseguia demonstrar nenhuma reação a mensagem recebida, mas seu corpo todo tremia por dentro e sua cabeça só conseguia pensar no encontro deles dois e que eles iriam se falar, e em seus pensamentos ela dizia “o que tá acontecendo comigo? Não acredito que eu estou gostando daquele idiota grosso e ainda mais de seu estilo todo esquisito”, mas no fundo ela sabia, Kathe tinha amado seu estilo e estava apaixonada pelo olhar dele e isso não teria como negar.
No dia seguinte Kathe chega a faculdade e encontra com Maciel antes do começo das aulas.
- Você irá para a festa do Nathe? Acho que ele convidou todo mundo que estudou conosco ano passado - Maciel pergunta.
- Provavelmente não, não sou muito fã dessas festas, nenhum amigo próximo meu vai além de você, então acho meio chato ir - Kathe afirma e em seguida eles se levantam.
- Tudo bem! Eu já imaginei que você não iria mas não custava perguntar - Maciel riu para ela e eles caminharam juntos para sala de aula. O professor começou sua aula tranquilamente, enquanto o professor discutia sobre o assunto com os alunos de forma bem divertida e aberta a discursões, Kathe comentava muito sobre a matéria com Maciel que havia sentado ao seu lado, eles chegaram a lembrar de vários professores da sua antiga escola no meio da explicação, e ambos riam de vez em quando.
Em meio a tudo aquilo, Kathe havia lembrado que teria de se encontrar com Jake e pegar seu relatório, olhou de forma discreta para sala a procura do mesmo, ele estava deslumbrante como da última vez, usava uma t-shirt preta e seu cabelo parecia está alinhado e perfeitamente arrumado, mas estava da forma mais despojada possível. Ele estava com seu olhar fixo ao professor com uma de suas canetas na mão, seu cotovelo posicionado em cima da cadeira e sua mão próxima ao seu rosto ainda com a caneta. Jake abaixou sua mão para anotar algo e Kathe escutou uma voz ao seu lado.
- Vamos na biblioteca depois das aulas? Queria pegar um livro - Maciel disse quebrando os pensamentos dela.
- Claro, eu já iria passar a tarde por lá mesmo - Ela confirma e volta sua atenção a aula. “Acho que isso vai me matar, não consigo me controlar” disse em meio aos seus pensamentos com relação a Jake.
Após ao término de todas as aulas, Kathe deu uma olhada no local, e sentiu a falta dele na sala e ficou confusa pensando se havia ido embora sem lhe entregar o relatório, esperou tanto por esse momento do dia mas parecia que não iria acontecer.
- Podemos ir? - Maciel pergunta ao seu lado, ela ainda se certifica mais uma vez o local à procura daquela pessoa, mas sem sucesso. Termina de colocar suas coisas na bolsa e se direciona a Maciel.
- Sim, vamos! - Ambos saem da sala e vão a caminho da biblioteca. Enquanto eles andavam o silêncio pairou, até Maciel o corta-lo.
- Você parece meio pra baixo hoje, aconteceu algo? - Maciel tenta ser amigável.
- Ah... deve ser impressão sua, talvez seja porque não dormi como deveria ontem à noite, devo estar um pouco cansada - Ela mentiu, não que ela não tenha dormido bem, mas a causa principal não era essa, pensou durante toda a noite sobre a tal mensagem recebida pelo garoto dos olhos brilhantes, não queria que fosse algo perceptível e torcia para aquilo ser uma desculpa boa e ele não insistisse no assunto.
- Eu entendo, ontem eu fiquei acordado a noite toda, fiquei pensando como seria o dia hoje, a ansiedade não colabora - Disse ele colocando suas mãos nos bolsos de sua calça.
- Parece que essa palavra me define muito, sou movida a ela em todos os sentidos, é horrível tudo isso, é horrível pensar demais e imaginar o quanto você pode ter magoado alguém ou decepcionado alguém mesmo sem ter acontecido, mais ainda quando você sofre por antecipação sua cabeça parece um turbilhão - Kathe desabafa implicitamente sobre como está se sentido sem citar nomes, e aparentemente queria demonstrar que se sente da mesma forma que ele.
- É bem complicado, as pessoas não sabem o quanto - Ele complementa e abre a porta a sua frente para entrarem na biblioteca.
- Meu Deus é enorme, não achei que fosse tanto - Katherine fica encantada com o tamanho do lugar.
- Achei que já tinha vindo aqui - Maciel comenta e sorri - Vamos a seção fica do outro lado - Kathe o acompanha.
- Que livro você veio pegar? - Pergunta ela.
- Anatomia, eu simplesmente estou apaixonado pela matéria, com a aula de ontem só fez aumentar - Ele claramente estava muito empolgado enquanto falava tudo aquilo, seus olhos esbanjavam claramente a felicidade ali sentida.
- Definitivamente minha matéria favorita do semestre, não tem pra onde correr - Kathe ri sem graça e continua acompanhando ele. Chegando na seção desejada, Kathe senta em uma das mesas enquanto Maciel se dirige a um dos corredores para pegar seu livro. Ele volta ao encontro dela e coloca um dos livros em cima da mesa.
- Peguei esses pra você, acho que vai precisar - Diz ele com um sorriso envergonhado.
- Obrigada! Irei precisar mesmo, eu vou ficar por aqui então não precisa me esperar - Kathe disse e abriu um sorriso em agradecimento.
- Tudo bem, te vejo amanhã! - Maciel acena e desce as escadas a caminho da saída.
Kathe sozinha no local, abre seu material e coloca sobre a mesa, pega seu celular, coloca uma música qualquer de sua playlist e começa a estudar. Se perde completamente em meio às imagens e ilustrações do livro de anatomia, ela era fascinada por aquilo, amava tudo que via e aprendia, anotava em seu caderno fazendo uma revisão de tudo estudado na aula anterior, adiantando também os próximos assuntos já que passaria praticamente o dia todo por lá. Mas qual será o motivo dela querer ficar o dia todo lá?
Em meio aos seus estudos, não se sabia quanto tempo já tinha passado, mais de 1 hora talvez? Acho que nem ela se tocava de quanto tempo seria. Sentiu a presença de alguém ao seu lado, mas tentou ignorar pensando ser uma pessoa que estava com alguém da mesa vizinha a sua. A pessoa colocou um papel em sua mesa, desviando sua atenção a ele e em seguida a pessoa ao seu lado, era ele, seu coração congelou por um minuto e começou a se formar borboletas em sua barriga, mas qual o motivo dele mexer tanto com ela? Nem ela conseguia compreender. Ele ainda vestia a mesma roupa de mais cedo, impecável de todas as formas, tinha uma expressão neutra e séria que combinava totalmente com seu ar, mas por qual motivo ele não estava no final da aula? Era a dúvida.
- Ah... muito obrigada! - Falou meio sem jeito e sem saber o que dizer em seguida mas não queria que algo acabasse ali - Não te vi no fim da aula por isso não esperei - Completou, mas se tremia por dentro com medo dele corta-la ou apenas ignora-la.
- Tinha algo a resolver por isso não assisti a última aula - Ele foi bem sucinto, suas mãos estavam dentro de seu sobretudo, e permaneceu parado do mesmo jeito que chegou.
- Como você me encon... -
- Não precisa agradecer - Ele falou ao mesmo tempo que ela e ficou meio envergonhado com a situação. Kathe sorriu devido ao acontecimento ficando um pouco vermelha e ele continuou meio sem graça. - Desculpa, é que eu vim buscar um livro por aqui, acabei te encontrando e resolvi te entregar, não queria mandar mensagem pra não parecer inconveniente - Falou arrumando uma das mechas de seu cabelo em frente aos seus olhos. Mal sabia ele o quanto ela ficaria feliz por uma outra mensagem, ou será que ele sabia? Talvez ele imaginasse? Ela não sabia a resposta, mas sempre vinha um grande não em sua cabeça, aquilo nunca iria acontecer de fato.
- Tudo bem, como somos colegas de classe não tem problema me mandar mensagem sobre coisas da faculdade, eu não me importo - Kathe o respondeu olhando naqueles olhos que ela amava tanto ver e se perder dentro deles, não sabia o que sentia ao olhá-los mas era algo que nunca havia acontecido com ela.
- Certo! - Ele fez uma pausa dramática, ambos se encararam e não sabiam o que fazer, por qual motivo ele ainda continuava lá? - Você está estudando? - Ele perguntou e ela assentiu, ela tremia por dentro que não conseguia nem sentir seu corpo.
- Você vai estudar também? Se quiser pode se sentar aqui, já que as outras mesas estão ocupadas - Kathe quase não acreditava nas palavras ditas naquele momento, mas ela queria tentar aproxima-lo dela e saber sobre ele, de onde veio, seus hobbies, como escolheu o curso e várias coisas, tentar saber tudo a respeito do garoto misterioso. Ele olhou em sua volta e parou seu olhar nos olhos dela, parou ali por alguns segundos e finalmente respondeu.
- Pode ser - Disse ele, e mais uma vez o corpo dela estremeceu ao sentir ele puxando uma cadeira ao seu lado para sentar.
Eles conversaram bastante, até demais, a cada palavra que ele soltava ela sentia um frio subindo por sua barriga, não chegaram a tocar sobre assuntos pessoais mas falaram muito de anatomia, afinal, era a paixão dele também assim como a dela. Tudo fluía tão bem, a conexão, as falas, absolutamente tudo, ela já estava acostumada naquele mundo só deles e queria que aquela conversa, que aquilo não acabasse nunca, mas infelizmente não era assim.
- Já está escurecendo, melhor irmos para casa - Disse ele depois de uma tarde de estudo.
- Se quiser pode ir, eu vou ficar por aqui - Kathe diz com um sorriso de canto e ele parecia meio confuso.
- Não está meio tarde pra você ficar por aqui? - Ele demostra preocupação.
- Ah, meus pais ainda não estão em casa, então não tem motivo para ir agora... - Disse ela, era verdade, mas será esse o real motivo?
- Você não tem a chave de casa? - Perguntou ainda confuso.
- Tenho sim, mas acho melhor ficar por aqui - Ela não queria contar o real motivo, não queria se abrir pra ele logo de cara, afinal mal falaram sobre suas vidas pessoais.
- Então vou indo - Disse ele se levantando e ainda meio confuso. - Até amanhã Kathe - Sorriu de lado e ela retribuiu.
- Até amanhã Jake - Ela respondeu, até eles escutarem um barulho, a barriga de Kathe roncou e ela ficou meio constrangida com a situação. Ele ainda está lá, parado olhando fixamente pra ela sem esboçar nenhuma reação, o que havia em seus pensamentos?
- Eu sei que pode ser esquisito mas, não quer ir pra minha casa comer algo? Não me entenda a mal, mas é que... eu não quero te deixar só a essa hora da noite por aqui - Passa a mão em sua nuca meio envergonhado pela pergunta e com um pouco de arrependimento em seu olhar. Ela não sabia o que pensar, ele estava preocupado com ela ou faria algum mal? Ela sentia que ele não era uma pessoa ruim, mas eles mal se conheciam. Pensamentos assim pairavam pela sua mente, mas o que mais permaneceu foi saber que ele estava preocupado com ela, ele simplesmente poderia ter ido embora, mas não o fez, se ele quisesse fazer algo ele já teria feito durante o estudo, Jake era o típico garoto que toda menina se apaixonaria, não pela sua aparência, óbvio que ele era encantador, mas o seu modo de tratar as pessoas com gentileza apesar de não transparecer muito era único, e isso era um choque para pessoas que não o conheciam de fato. Por fim, ela respondeu a sua pergunta.
- Não se importaria se eu fosse? - Dentro ela esperava gentilmente que ele respondesse não, ela tinha seus motivos de permanecer ali e não querer ir para casa, ver que alguém que estava se importando com ela tinha afetado seus sentimentos.
- Não - Ele responde de forma firme porém ainda envergonhado. Ela olha para ele e da o sorriso mais sincero possível.
- Então tudo bem - Diz ela. Ele não fala nada, apenas aguarda ela guardar suas coisas e ambos seguem para fora da biblioteca.
Na saída da biblioteca ela para e ele continua andando pra uma direção não habitual, ele para e olha pra trás se perguntando internamente o motivo dela ter parado de andar.
- O ponto de ônibus é por ali, não é? - Estava bem confusa.
- Ah... eu estou indo para o estacionamento - Ela congelou ainda mais, sem reação, não era pra menos, ele se vestia maravilhosamente bem, por que ficou tão chocada em saber que ele tem um carro? Se desviou de seus pensamentos e apenas concordou e o seguiu.
A caminhada ao carro foi bem silenciosa, eles entraram no carro e saíram da faculdade. Ela abriu a janela do carro a fim de respirar o ar fresco, ele havia colocado uma música sem batida e sem letra, era música clássica com toques suaves de piano mas nada muito pesado, ela amou cada segundo daquele momento e se perguntava o que estava se passando em sua cabeça para ter topado aquilo tudo, ela deveria ter vergonha por ir a casa de um estranho sem conhecê-lo. Ele entrou em um condomínio e parou o carro próximo a um dos prédios, ambos ainda envergonhados saíram do carro e ela apenas o acompanhou. Pegaram um elevador e ali o silêncio foi quebrado.
- A sua casa é um pouco longe achei que você morasse mais perto - Kathe disse após ele apertar em algum botão dentro do elevador.
- Já me acostumei de ser longe da faculdade, na realidade longe de tudo, até gosto dessa forma - Diz ele.
O elevador se abre, se direcionam ao apartamento e entram no mesmo. Katherine se assusta em não haver ninguém na casa dele, e quase deixa isso bem claro na sua expressão.
- Não vou fazer nada com você, eu só moro sozinho - Tentou acalma-la, ela ainda permaneceu seus olhos nele.
- Onde seus pais moram? - Parecia curiosa, tudo que ela queria saber era coisas sobre ele.
- Eles moram em outro estado, me mudei quando passei na faculdade - Ele parecia calmo enquanto colocava sua mochila em uma das cadeiras ali próximas. Ela se sentou no sofá que havia no local e apenas esperou algo vindo dele.
O lugar era bem pequeno, mas não tão pequeno para apenas uma pessoa morar, Kathe pairou seus olhos pela casa e tentou ver os mínimos detalhes, era bem aconchegante, a sala possuía alguns quadros bem diferentes espalhados ao lado da televisão, as cortinas eram escuras típico do Jake, ela mal o conhecia mas já sabia tanto e queria tanto saber mais sobre ele. Enquanto isso ele caminhou até a cozinha para fazer algo, mas ela ainda conseguia vê-lo.
- Você costuma jogar? - Disse Kathe após ver um vídeo game na estante da sala, e sorriu.
- Sim, eu faço isso quando estou entediado - Falou do outro lado da cozinha - Você come macarrão? - Questionou.
- Quem não come macarrão? - Kathe perguntou ironicamente segurando a risada. Mas quando eles tinham se tornado íntimos para ela falar daquele jeito? Nem ela sabia, só sentia que deveria fazê-lo. Ele apenas acompanhou ela e sorriu junto. - Quer que eu te ajude? -
- Não precisa - Ela o encarou e apenas fixou o olhar nele o acompanhando andar pela cozinha enquanto tentava fazer algo pra comer. Jake saiu da cozinha e sentou ao lado de Kathe e apenas olhou em direção a televisão por alguns segundos e em seguida para ela, que o olhava desde quando estava na cozinha. - Que jogar? - Ele perguntou meio inseguro.
- Eu sempre gostei de jogos, mas eu sempre fui ruim então eu nem chegava a jogar, mas posso jogar - Ela realmente não era muito boa em jogos mas achava incrível quem era bom naquilo, ele pegou os controles e entregou um deles a ela enquanto se sentava no mesmo lugar.
Eles começaram a jogar, e riam do quão desastrada ela era jogando, Katherine não queria que aquele momento passasse tão rápido, ela sentia que ele já estava se tornando uma pessoa especial pra ela, ela sentia medo de sentir aquilo tudo e parecer idiota na frente dele, estava realmente interessada nele, no garoto com roupa esquisita do primeiro dia de aula, nunca imaginaria o que poderia acontecer um dia depois.
- MEU DEUS JAKE O MACARRÃO - Kathe fala ao se lembrar que ele havia deixado o macarrão no fogo e ido jogar. Ele imediatamente corre para a cozinha e desliga o fogão.
- Sorte que não queimou - ele sorriu de lado enquanto colocava o macarrão nos pratos.
- Onde fica o banheiro? - Kathe se levanta esperando a resposta.
- Na primeira porta do corredor à esquerda - Diz ele, ela chega a se direcionar ao local, mas por estar olhando para as coisas da casa acaba batendo sua cabeça em uma das paredes.
- Com eu sou idiota - Começa a rir com uma de suas mãos no local machucado. - Tá tudo bem, eu não quebrei nada - Falou para ele escutar. Foi ao banheiro ainda com a mão no machucado apenas fez o que tinha pra fazer e se encarou no espelho antes de sair, arrumou seu cabelo e pensou as mesmas coisas de antes, e apenas saiu de lá.
- Já está pronto - disse ele com dois pratos na mão enquanto ela se sentava no sofá. Entregou um deles para Kathe e se sentou.
- Porque me chamou pra vim aqui? Só por causa da comida? - Perguntou ela, queria mesmo saber o que se passava em seus pensamentos. Permaneceu em silêncio enquanto ainda mastigava a comida.
- Não sei, acho que é por que nunca tive muitos amigos, queria parecer amigável - Disse ainda olhando para TV a sua frente.
- É meio coisa de adolescente falar ‘agora somos amigos’ espero que não queira que fale isso - Falou sorrindo, ele ainda parecia envergonhado - Desculpa e... obrigada por me chamar, você parece ser uma pessoa amigável - Fez uma pausa - Você é... um pouco grosso também - Disse apreensiva. Ele se vira e a encara surpreso.
- O que? - Ele estava confuso. - Meu Deus sua testa está muito vermelha, o que aconteceu? - Questionou.
- Eu bati minha cabeça na parede, eu te falei não escutou? -
- Ah.. Não escutei - Se levantou em direção a cozinha e voltou com algo em suas mãos e se sentou no mesmo lugar.
- Você me encarou de um jeito meio grosso ontem quando respondi algo ao mesmo tempo que você - Disse Kathe meio indignada ao lembrar do momento.
- Eu não me lembro de ter sido grosso, eu só queria saber quem tinha respondido - Se defendeu e ao mesmo tempo colocou gelo na machucado dela, ela franziu a testa ao sentir a temperatura. Olhou para ele, e parecia muito centrado no que estava fazendo, porque ele tinha que ser tão amigável o tempo todo? E tão atraente também? Seu coração disparava e não sabia como reagir, até ele a encarar de volta. O coração dela congelou por um momento e seguiu fixa no olhar que ela tanto admirou desde da primeira vez, e permaneceram assim por alguns segundos - Pode segurar? - Perguntou ele se referindo ao gelo na cabeça dela. Ela apenas o pegou e o deixou no mesmo local.
- Talvez sua cara séria me fez pensar isso, a culpa não é minha - Kathe retirou o gelo de sua testa e colocou na mesa a sua frente. Um silêncio tomou conta do local, e ela pegou seu prato e continuou a comer.
- Por que escolheu farmácia? - Pergunta ele, e ela se surpreende com o questionamento.
- Eu descobri que sou apaixonada por anatomia e farmacologia, não faz muito tempo, mas quando descobri que entrei na faculdade fiquei muito orgulhosa, e você? - Finalmente o momento tinha chegado.
- Só foi algo que me identifiquei, sempre gostei de anatomia mas não queria fazer medicina, não é algo pra mim, assim que descobri que tinha passado na faculdade me mudei pra cá - Relatou ele.
- Eu entendo, nunca fui muito boa no colégio mas passei na faculdade, vai entender, meus pais nunca foram tão rígidos comigo e meio que me sentia deslocada. Nunca tive muitos amigos também, assim como você, me sentia retraída em vários lugares e por diversas pessoas, justamente por achar que meu jeito poderia incomodar as pessoas ao meu redor e elas não aceitassem. Ta vendo? Estou fazendo isso de novo, eu não consigo parar de falar, desculpa por ouvir tudo isso, eu sou muita aberta e acho que pode ter te incomodado de certa forma - Disse meio cabisbaixa e se encostou no sofá.
- Eu não me importo que me fale sobre você, se quisermos ser amigos deveríamos fazê-lo não acha? - Ele diz e a olha. “Ele quer ser meu amigo?” Era o que se passava em sua cabeça.
- Obrigada por isso, e... eu também não me importo se você fala mais sobre você - Insistiu ela.
E foi quando eles falaram sobre tudo, como viveram suas vidas, suas manias, seus lugares favoritos, e foi tão natural que eles nem perceberam o tempo passar. Era algo deles, e era algo que ela mais queria vindo dele, ela se sentia tocada a cada história contada pelo garoto, só comprovava o que ela sempre achava, o tanto que ela sentia e sabia o quão incrível ele era. Eu sei que parece repetitivo falar isso mais uma vez, mas ela ainda tinha medo, de estar se precipitando e sendo intensa demais com tudo aquilo, ele era só um garoto que ela se encantou certo? Errado! Ele era mais do que isso, parecia insano gostar tanto dele assim com apenas um dia? Parecia, mas para ela parecia mais do que certo.
- Já são quase 10 da noite, não acha melhor ir? - Jake parecia feliz por aquela tarde, parecia até decepcionado por ter acabado rápido demais sem ter visto o tempo passar.
- Acho que está na hora né? - Disse Kathe já se levantando e pegando sua bolsa.
- Eu vou pegar minha chaves, já volto - Ele realmente iria deixá-la em casa? Ela não chegou a acreditar que tudo poderia de fato melhorar, ele voltou do quarto e a viu com uma cara de quem não entendeu a situação - Você acha mesmo que vou deixar você ir sozinha pra casa? Você me fez companhia à tarde toda - Ela riu e apenas aceitou.
Eles desceram o prédio pegando elevador e foram em direção ao carro trocando ideias como se fossem realmente próximos, se eu te contasse isso no começo você não iria acreditar não é?
Deu partida no carro e cantaram músicas que ambos gostavam, sim eles haviam músicas em comum, inclusive foi um dos assuntos que conversaram no meio daquela tarde calorosa. Cantavam sem medo de sentir vergonha um do outro e isso era a parte mais boa daqueles momentos. Estava até perto de chegar a casa da Katherine, até ela tocar em um determinado assunto.
- Eu não sei bem como te contar isso, sei que passamos um dia juntos, mas temos tanto em comum e sinto que devo falar isso a você, é muito importante pra mim - Ela realmente sentia isso, e por incrível que pareça era recíproco.
- Você já disse tudo, pode falar a vontade - Ele deu passagem.
- Não te contei o real motivo de querer passar o dia todo sozinha estudando - Fez uma pausa e respirou o ar puro vindo das janelas do carro. - Eu sinto que eu me cobro demais, e isso é ruim de certa forma, não faz muito tempo, e eu te contei que eu tenho crises de ansiedade, faz pouco tempo que elas se tornaram mais recorrentes, tentei ficar na biblioteca pois sei que não iria tê-la se tivesse em um lugar que tem muita gente por perto. - Ele escutava atentamente a cada palavra dita - Meus pais vivem de plantão e... eu queria esperar eles chegarem, não quero estragar minha vida acadêmica com essas crises sabe? - Era doído pra ela e não tinha como conter, algumas lágrimas fugiram sem permissão - Hoje você meio que foi minha salvação, só assim eu não iria ficar pensando coisas indevidas, situações erradas e prejudicar a mim mesma, tentar duvidar da minha pessoa como eu fiz várias vezes, de coração eu te agradeço muito por isso, eu espero que eu possa contar com você em momentos assim, onde consiga achar uma solução para meus problemas, fugir da realidade e tudo de ruim - Ela fez uma pausa já mais calma e ao mesmo tempo Jake parou o carro em frente a sua casa - Eu te disse que nunca teve muitos amigos, e desde que entrei na faculdade senti medo de não achar ninguém ao qual eu me identificasse tanto quanto você, e mais uma vez eu te agradeço por isso, espero que possamos passar mais vários dias como esse juntos - Terminou seu discurso e sorriu, mas sorriu de uma forma que nem conseguia controlar, do quão grata ela se sentia por ele ter feito aquilo por ela mesmo sem conhecê-la ao certo.
Ele pela primeira vez sorriu, mas sorriu de verdade, aquele sorriso que todos os seus dentes estão aparentes, era radiante, único, e fez Katherine se apaixonar por mais uma coisa sua, o seu lindo sorriso.
- Posso ser sincero também? - Ele se virou para ela e ela assentiu da forma mais empolgada possível - Desde que eu te vi eu senti que você era especial, hoje iria ser um dia solitário para mim, eu já te disse que nunca tive muitos amigos também, ficaria só em minha casa sem saber o que fazer, apenas jogando vídeo game, não que isso seja ruim - Ambos riram - Agora algo mais sincero ainda, posso dizer? - Ele pergunta.
Por algum motivo Katherine tremia por dentro, ela sabia que vinha algo muito bom vindo dele e daquelas palavras, borboletas no estômago e um suor frio se apossaram dela, e ela só conseguiu concordar com a cabeça e mais nada.
- Eu sabia que você era uma pessoa incrível, pois seus olhos dizem isso o tempo todo, eles brilham - Ele disse e tudo que ela sentia se multiplicou por mil, ela com os olhos fixos nos dele, tirou coragem que nem ela sabia de onde e apenas falou.
- Você agora pode ver eles mais de perto - Ela se aproximou dele como se estivesse com sede de tudo aquilo, eles por fim ficaram a pouco centímetros um do outro, seus olhares trocados eram como alívio para ambos, um infinito em meio aos olhos. Jake sorriu, sim, aquele mesmo sorriso que ele deu a minutos atrás. Katherine sentia um turbilhão de sentimentos, finamente era isso, o mar nos olhos dele e o brilho fazia ela sorrir de forma envergonhada e sentir mais e mais borboletas em seu estômago. É louco como as coisas acontecem, sentimentos podem sim mudar de forma brusca, pessoas podem mesmo se conectar com as outras sem nem entender o motivo aparente, e isso é mais comum do que pensamos, só não paramos para analisar todas essas situações.
Katherine é a prova viva disso, Jake também, momentos incríveis podem acontecer quando menos esperamos e em horários corretos. Assim como Kathe, Jake sentia o mesmo por ela, um turbilhão de sentimentos. Ela não imaginava que poderia ser desse jeito e dessa forma...
Por que em meio a tudo aquilo, em meio aqueles olhos que ela tanto admirava ela poderia sentir...
That he would be the cause of your
Euphoria ♥
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Capítulo 145
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Sabe, ouvir do Azriel que o Lysandre beijou ele foi um pouco chocante.
Parte de mim esperava, talvez por shippar eles um pouco ou simplesmente por querer a "felicidade" do Azriel . . . Mas a outra parte ficou com um certo problema em associar o Lysandre a imagem ao todo.
Hoje em dia tenho dificuldades de vê-lo carinhoso por conta de saber sua real personalidade e índole completa.
Além de ter ainda mais dificuldade ainda de imagina-lo com homens por conta de toda sua postura agressiva tomada com tudo.
Azriel consegue me fazer falar com grande facilidade com essa "fofocas" dele . . . Acho que faz parte de  mim ser curiosa quanto a vida dos outros, além de me dar um pouco de normalidade e sensação de humanidade em meio a confusão que é minha vida.
"É . . . O que ?" eu falei rapidamente já esquecendo os problemas por alguns minutos.
". . . Ele me beijou . . . Ele literalmente me beijou . . . " Azriel falava isso um pouco vermelho . . .Confesso que foi fofo.
"Ok . . . Explica isso direito" falei apressadamente já me posicionando pra prestar atenção na historia toda.
"Então . .  . Deixa eu respirar . . . Tá . . ."Azriel se movia desconfortavelmente enquanto parecia se preparar pra contar toda a historia.
Ele então respirou fundo e começou a contar: "Depois que vocês foram embora, Nathaniel veio pro quarto e viu a Iris.
Deu uma pequena confusão e ele ligou pro pessoal lá do necrotério e pro pai dele.
Eles deram meio que um jeito de encobrir o que o Lys fez né, levaram o corpo e fingiram que o corpo nunca saiu do necrotério, coisa de gente rica e influente.
Quando os caras chegaram pra buscar o corpo, o Lysandre fez um escândalo ENORME.
Ele gritava coisas que doíam bastante de ouvir dele sabe . . . Além de se movimentar bruscamente. Eu tive que segurar ele pois ele estava descontrolado querendo tomar o corpo da Iris de volta pra ele.
Ele gritava coisas como: "deixem minha irmã em paz." ; "não tirem ela de mim de novo"; "Eu vou matar vocês por tirarem ela de perto de mim" . . .  era horrível.
Eu . . . Não me aguentei em ver ele naquele estado . . . Segura-lo daquele jeito acabou comigo, eu chorei muito . . ." Azriel falava e parecia muito desconfortável com suas lembranças.
"Tiveram que trancar ele no quarto. . . E nessa hora eu decidi que iria pro quarto com ele, mas antes, quis ver como estavam e como ficariam as coisas fora do quarto dele . . .
Castiel tentou acalmar os pais do Lys que estavam bem agitados.
Tentamos não deixar eles verem o corpo da Iris sendo retirado, mas o pai do Lys viu e bem . . . chorou ao ver o que estava acontecendo com seu filho.
Ele passou bastante mal naquele dia e tiveram que levar ele pro hospital as pressas.
Infelizmente o Lysandre ouviu a confusão do lado de fora de seu quarto e ficou ainda mais histérico.
Lysandre ficou bem agoniado e gritava querendo ver o pai, ele parecia preocupado apesar de tudo . . . Acho que a mente dele estava uma zona.
Nós dividimos as tarefas.
Castiel ficou tentando acalmar a mãe do Lys, Nath saiu de lá pra levar o pai dele ao hospital, e eu fiquei encarregado pelo Lys.
Após longos minutos, eu entrei no quarto.
Ele ficava no canto, isolado e triste . . . Era horrível. Nunca vi ele tão abatido.
Eu não tentei me aproximar dele ou toca-lo, mas fiquei sentado ao seu lado o tempo todo.
Lys parecia tão perdido . . .
Ele falava da Iris compulsivamente e se perguntava inúmeros porques . . .
Eu não tinha o que fazer, na verdade, nem sabia o que fazer . . .
Então eu finalmente tomei coragem e toquei no Lysandre, sabe, aquele toque de "tá tudo bem" ou "vai tudo melhorar"
Lysandre se virou pra mim na mesma hora.
Ele não chorava mas dava pra ver frustração e desespero no seu olhar.
Ele perguntava o mesmo porque que ele estava falando baixinho, mas agora pra mim.
Aquilo me partia o coração.
Eu não sabia o que responder sabe . . .
Então eu tentei fazer igual eu fazia contigo.
Puxar um assunto aleatório . . . Sei que não é a melhor das técnicas mas . . . Era tudo que eu tinha.
Por dentro eu estava em pânico mas tentei passar paz pro Lysansdre . . .
Obvio que não funcionou e ele me ignorou." Azriel estava falando tudo fazendo movimentos inquietos.
Ele se abraçava e parecia muito desconfortável enquanto contava, mas ele não queria parar, era claro que ele queria contar tudo, queria desabafar. E bem . . . Ele sempre disse que eu era a melhor amiga dele então acho justo que eu permita esse momento de desabafo dele.
"Então eu voltei a me calar . . .
Demoraram muitos minutos até que ele se calasse também.
Mas eu pude sentir que ele estava mais calmo . . . Porém ele ainda estava desolado . . .
Ele então me chamou de repente enquanto eu ficava pensativo quanto a tudo que havia acontecido . . . " Azriel continuava a falar mas pausava volta e meia. Nessa hora ele deu uma enorme pausa.
Não falou de uma vez como sempre . . . E não parecia feliz como esperado de alguém que beija sua pessoa amada pela primeira vez.
"O Lysandre me puxou pela blusa de uma vez e me beijou . . .
Foi muito rápida sua atitude. Lysandre me beijou e foi uma grande surpresa, eu realmente nunca esperei que ele fosse de fato fazer isso um dia.
Eu já havia me conformado com a ideia de nunca ter chances com ele, e realmente já dava em cima de brincadeira e provocação. Claro que se ele desse espaço eu iria mais fundo mas, eu realmente estava brincando.
E foi uma grande surpresa pra mim, principalmente por ver ele tão fragilizado . . . Eu não consegui tirar proveito da situação como eu faria, pois eu sabia que ele estava passando por uma barra . . . Foi um beijo realmente intenso e forte que ele me deu, me deixou literalmente sem folego . . . Tinha exatamente a violência e pegada que eu fantasiava esse tempo todo que o Lysandre teria ao "agarrar" alguém. Minha imaginação me deixava louco quanto a pensar em como o Lysandre poderia ser indomável e intenso, mas na hora em que ele foi . . .  mesmo sendo algo que eu queria a tanto tempo exatamente como nos meus delírios, algo tão intenso como foi, eu não consegui ter reação ou tratar aquilo como um principio pra dar mais um passo . . .
Não consigo ver as atitudes do Lysandre como algo natural . . . Por mais que eu queira muito, naquele momento, não acho que ele agiu em plena consciência.
Talvez em outra hora eu acredite nos atos dele . . . " Azriel falava com um olhar tão confuso e frustrado que minha única reação foi abraçar ele.
"Azriel . . . Você acha que ele fez isso por carência ?" perguntei.
"Quem sabe . . .
Castiel mesmo falou que eu estava logo abaixo da Iris. Antes era o Castiel, então ele provavelmente se consolaria com o Castiel se eu não tivesse tomado seu lugar, mas não da mesma forma creio eu, afinal, Castiel além de hétero é só amigo dele e nunca demonstrou interesse como eu demonstro.
No meu caso . . . Ele sabe que eu tenho sentimentos por ele, então acredito que ele apela pra esse lado sentimental pra me aproximar dele.
Não acho que ele tenha algum sentimento mesmo por mim . . . Posso estar errado mas duvido muito, sinceramente . . .
Lysandre não parece fazer distinção de sexo ou qualquer característica se for pra se aproximar . . . " quando o Azriel falou isso pensei quando ele me beijou . . .
Naquela época, ele tinha perdido o Castiel . . . Se tudo que ele diz for verdade, o Lysandre fez o mesmo comigo ? Eu estava abaixo do Castiel ? Caso seja . . .  Isso explicaria seu desespero na epoca. . .
Repentinamente Armin então surgiu na porta enquanto pedia licença
"Queria deixar vocês 100% a vontade mas eu tenho que avisar que estou de saída.
Recebi uma ligação do laboratório e pediram pra que eu fosse lá com urgência. " ele dizia se aproximando de nós dois enquanto prendia o cabelo pra trás.
"Ah . . . Tudo bem . . . " respondi desanimada.
"Eu não acho que vou demorar mas . . .  Nunca se sabe. Não vou mais interromper vocês . . . Podem continuar conversando." Sabe, diferente das outras vezes que o Armin falou que ia sair ou nas situações em que eu me encontrava triste e ele dizia pra eu interagir com outra pessoa, ele falava uma coisa mas seu olhar entregava outra coisa.
Por mais que ele falasse "pode fazer isso, tá tudo bem" ele dizia com seus olhos "não quero que faça isso . . . "
Agora eu senti sinceridade.
Ele não parecia triste, irritado ou fingindo que tava tudo bem em me deixar sozinha com o Azriel, pelo contrario, acho que ele realmente está amadurecendo e mudando muito . . . Já vejo cada vez mais traços do Armin do futuro nele. Ele realmente parece não querer mais que ele seja o centro do meu mundo como antes. Aquele medo excessivo de me perder.
Eu estou bastante desanimada, confesso . . . Os acontecimentos eram muito recentes e me reviravam o estomago só de lembrar . . . Porém, tentei acompanhar o Armin e ser maleável após notar essa sua atitude simples, porém, maravilhosa.
Quando ele estava saindo na porta do quarto eu fui correndo até ele e dei um abraço forte em torno de seu pescoço e um beijo.
Acho que ele não esperava essa atitude minha, principalmente se levarmos em conta meu desanimo, mas ele foi bem receptivo e pareceu bastante feliz.
Não falei nada e ele também não falou nada, só me olhou, enquanto eu só tomei essa rápida atitude antes de voltar pro meu lugar. (e ter meu cabelo bagunçado por ele como de costume.)
Quando voltei pra cama, Azriel estava sorrindo pra mim, um sorriso meigo e bobo.
Eu ignorei completamente e retomei o assunto, confesso que estava com mais energia, ignorar tudo por alguns segundos me fez bem.
"Porque não investe em cima dele . . . ?
Não digo agora, mas . . . Isso é um começo.
Talvez isso tudo sirva pra aproximar os dois." falei.
"Então . . . Não sei . . .
Nath me levou pra casa depois que tudo se acalmou, ou melhor, pro meio do caminho.
Eu encontrei a Bia depois no caminho pra casa . . .
Nath perguntou se eu queria ficar lá com ela e que qualquer coisa eu ligava pra me buscarem.
E eu quis ficar com ela.
Ultimamente . . . Nós dois temos ficado cada vez mais próximos . . .
Nossa relação se assemelha muito a de um casal de namorados na verdade . . . E minha irmã . . . Digo, a mãe da Bia, tem nos tratado como um casal também.
Não é como se ficássemos de agarramentos o tempo todo ou algo do gênero. Na verdade mal temos contato físico, mas . . . Dá pra sentir um clima diferente no ambiente quando estamos juntos, diferente de quando estou contigo por exemplo." Azriel falava.
"Vocês dois só transaram aquela vez então . . . ? Tem tentado manter um contato mais amistoso por mais que não consiga ? Porque se conseguem manter essa distancia tá indo bem lento e acho que como você quer né ?" perguntei.
". . . Não . . .
Já aconteceu mais 3 vezes desde aquela primeira vez que te contei . . .
Normalmente é sem ser esperado e durante alguma discussão nossa . . .
A Bia é bem impulsiva quando quer resolver algo, e maio parte das vezes ela apela pra abraços, mil pedidos de desculpas e beijos.
E isso é com qualquer pessoa, você já deve ter notado, ela faz tudo pra ficar bem com as pessoas e as vezes faz coisas que não gosta também.
Ela se culpa muito por tudo mesmo quando ela mostra que tem razão e "vence" uma discussão . . .
E Bem, pra resolver as coisas entre nós ela meio que acaba avançando o sinal.
Não é um simples beijo no rosto que ela dá como faz com outras pessoas, e a partir de um beijo acabamos intensificando as caricias até acontecer algo fora dos planos . . .
Ela realmente não tem a intensão normalmente de partir pra cima, mas . . . Sempre acabamos passando dos limites quando acontece alguma briga e ela tenta resolver. Ela realmente não faz na maldade . . . Mais fácil falar que eu quem começo com toda a maldade a partir dos atos dela." Azriel dizia.
"Ainda assim . . .
Como só aconteceu 3 vezes depois daquela, dá pra ver que apesar de tudo são bem controlados . . . " falei. Pra mim era interessante ver esse auto controle do Azriel  já que ele gostava dos dois.
"Não fale de controle Boreal . . . Se soubesse o quanto eu me seguro pra não agarrar a Bia o tempo todo . . .
Por eu saber que ela quer ficar comigo, isso faz ser bem complicada as coisas . . . Por mais meiga que ela seja e realmente me chame pra ficar com ela só pra fazer atividades inocentes . . . Minha imaginação se tornou uma coisa meio fora de controle, e eu não entendo o porque sinceramente. Não entendo essas cosias que acontecem na minha cabeça e no meu corpo, nunca tive essas sensações e impulsos esquisitos na vida, é novidade pra mim.
Quando eu não sabia o que a Capucine queria era tudo mais fácil e eu não sentia esses impulsos de querer ter algo com ela . . . Mas desde que eu soube dos sentimentos dela por mim e tivemos nossa primeira relação sexual . . . tem sido mais difícil de me segurar . . . Até porque ela literalmente me provoca o tempo todo. Conscientemente ou não." Azriel dizia timidamente mas sem papas na língua pra desabafar comigo, como sempre.
"Eu contei tudo que houve na casa do Lysandre pra Bia . . . Do ritual, do roubo do corpo da Iris . . . E do beijo. . . " Azriel completou. Só tive tempo de falar um "E ela ??" espantado.
". . . Claramente ficou  triste, obvio. Até porque ela ainda tinha certa segurança de que o Lysandre não queria nada comigo, mesmo falando que acreditava no interesse dele quanto a mim.
A partir do momento que ele abre uma brecha, ele se torna um rival.
Mas a Capucine é bem centrada . . . Ela não se deixaria levar por ciumes e coisas do gênero."
"E o que houve ? Ela então não se estressou ?"
"Capucine não briga, ela sabe que a decisão é minha e que não temos nada . . .
Mas esse é o problema . . . Eu me sinto envolvido demais com ela pra investir no Lysandre.
Mas. . . Meus sentimentos pelo Lysandre são fortes, tanto quanto são por ela.
Todo envolvimento que já tive com a Capucine foi sem querer de ambos os lados, impulso puro.
Agora . . . Não sei como reagir.
Ela não vai tomar atitude alguma pra mudar isso ou pra me fazer escolher ela, ela não se mete nas minhas escolhas.
E o Lysandre se ele quiser algo, ele vai correr atrás diferente dela, e pior, de forma discreta e manipuladora provavelmente . . . "
Azriel parecia perdido . . .
A vida dele está de pernas pro ar, e ficando cada vez mais enterrado nesse mar de problemas mas ainda assim ele se concentra no triangulo amoroso que ele vive . . . Saudades que meninos eram o maior dos meus problemas . . .
"Como falei . . . Lysandre deve querer suprir a falta da Iris comigo . . . Mas ele vai se frustar quando notar que eu não sou ela. Eu não faria um terço do que ela fez por ele, admito isso, não faria por ninguém na verdade.." eu fiquei bastante curiosa quanto a frase do Azriel. O que a Iris fazia que ele não faria ? Me apressei em perguntar e matar minha curiosidade sobre o assunto.
". . . Iris, diferente do Castiel, tentava fazer tudo pelo Lys mesmo se fosse errado, assim como o Lys sempre fez por ela. . . Castiel jamais faria algo errado só pra apoiar o Lysandre.
Ele não vai simplesmente passar por cima seus conceitos pessoais pra poder ajudar o Lysandre.
Se ele acha algo errado, ele não vai simplesmente fazer porque o Lysandre quer.
E bem . . . Eu não sou diferente. Eu no lugar do Castiel também não teria deixado o Lysandre apagar a memória da Rosa e do Leigh por exemplo como vocês me contaram que ele pretendia.
A Iris literalmente fazia coisas erradas pela felicidade do Lysandre. . . Por isso ela era o topo da piramide. Ela com certeza seria cúmplice dele nesse troço de apagar memórias.
Os dois tinham um amor incondicional um pelo outro num nível quase doentio . . .
Castiel me contou várias coisas dos dois . . . " sabe . . . eu fiquei bastante espantada.
Eu não sabia que a Iris fazia coisas erradas pelo Lysandre, e aquilo me fez pensar: ela era uma santa como eu via ?
". . . Poderia me dizer que tipo de coisa que ela já fez por ele ? "  questionei.
Azriel deu uma pequena parada antes de continuar a falar.
". . . Iris já roubou chave dos professores, fez uma copia e deu pro Lysandre . . .
Eu não sei bem a situação, mas acho que era pro porão pra levar meninas pra lá, você deve saber melhor da historia, rituais, ajudar Castiel, ele me explicou por alto.Ela é contra roubo, mas ainda assim ela fez pelo Lysandre.
Iris já fez coisas das quais ela é contra tipo fugir de casa pra entregar algo da casa dela pro Lysandre do qual ele precisava.
Iris já colocou sonífero na comida e bebida de inúmeras meninas pro Lysandre levar pro porão.
Iris nunca questionava o Lysandre sobre nada, só fazia o que ele precisava." sabe o choque ?
Eu senti um choque tão grande . . .
Iris ? Ela ajudava o Lysandre com os planos macabros dele ???!
Era inacreditável demais pra mim . . .
A Iris sempre foi tão . . . santa pra mim.
Eu jamais imaginaria ela fazendo esse tipo de coisa !
Mais uma vez . . . as pessoas me surpreendem . . .
Eu não sei mais se consigo confiar em alguém assim . . . Sério.
Sei que eu não era intima da Iris mas . . . Saber que ela estava envolvida naquelas coisas todas ??
Por culpa dela meninas quase poderiam ter morrido ! Eu nunca imaginaria . . .
Ken se mostrou uma pessoa totalmente diferente da que eu conhecia, e agora eu descubro esses podres da Iris . . .
Ela ajudou o Lysandre esse tempo todo . . . E sem saber o porque ou questionar.
"P-Porque ela fez isso . . . ? Porque ela se permitiu fazer isso ??"
"Boreal . . . O Lysandre faz tudo por quem ele se apega, mas ele nunca espera que façam o mesmo por ele, por isso ele descarta as pessoas tão facilmente. Ele faz enquanto precisa das pessoas e enquanto elas estão em uma posição alta na piramide mental dele.
E a Iris é a irmã querida dele que não desprezou ele, e após ela ver como ele era dedicado com ela, ela começou a fazer igual.
Iris é uma pessoa boa que ama o irmão que tem. Basicamente.Digo . . . Amava . . .
Lysandre sempre foi dedicado com ela e era o único que dava liberdade pra ela diferente da mãe. Eles tinham um relacionamento de cumplicidade e amor fraterno incondicional. Ele encobria TUDO que ela quisesse fazer e fazia TUDO por ela. Um confiava no outro de forma cega." ouvir as palavras do Azriel me fazia ver que não é que ela fosse má pessoa, mas ela fazia de bom grado mesmo . . . E isso só aumentava minha pena quanto aos dois . . .
". . . As coisas sobre o Ken, falar mal dele . . . poderiam ser verdade . . . ?" perguntei.
". . . Se o Lysandre tiver mandado ela falar mal do Ken . . . provavelmente.
Mas . . . Eu não acredito que ele fez isso, sendo bem sincero mesmo, acho que os boatos das coisas ditas pela Iris em sua maioria eram fofocas MUITO aumentadas pra gerar polêmica na escola.
A Iris . . . Gostava muito do Ken. Ela tinha um carinho grande por ele.
Não me espantaria de descobrir que ela era apaixonada por ele, sendo bem sincero, principalmente depois que os dois começaram a cuidar da biblioteca juntos.
Ela só tinha medo mesmo da mãe descobrir já que o Ken tinha uma fama péssima e tudo cair sobre ela." Azriel dizia.
Era tudo tão complexo . . .
Assimilar a Iris a esses crimes . . . Meu Deus . . .
Eu . . . Me sinto muito errada por começar a questionar a verdade . . .
Será que ela não provocou o Ken e por isso ele atirou nela ?
Será que ele realmente se defendeu dela como ele diz ?
E se o Lysandre tiver pedido pra ela matar o Ken ? Se o que o Azriel falou for verdade, ela faria sem pensar duas vezes só por serem ordens do irmão mesmo que ela fosse contra.
Ele estaria falando a verdade e teria sido legitima defesa . . .
Mas . . . E a Violette ?
Seria um surto de revolta ?
Meu Deus . . . Quanto mais descubro mais confuso fica . . .
Eu não falei nada pro Azriel, fiquei quieta com meus pensamentos.
". . . E o pai do Lys ?" perguntei em meio ao meu silencio.
". . . Ele tá bem doente . . . Lys ainda não sabe a gravidade da situação . . . Coisa da idade sabe . . .
Estamos poupando ele dessa noticia . . . Ele já está muito abalado.
Nathaniel está querendo marcar terapias pro Lysandre pois ele está chegando em um estado critico, mas não sabemos se ele vai aceitar ir já que é um cabeça dura . . . " Azriel dizia.
Lembro que ele fez o mesmo pra mim . . . Mas no meu caso eu literalmente ignorava tudo. . . Sou cabeça dura.
"Espero que consigam . . . Lysandre precisa muito disso. Acho importante tratar esses problemas psicológicos e traumas, experiencia própria não só minha mas com o Armin também . . ." falei.
"Eu não sei como é sentir essas coisas, mas entendo que deve ser barra, principalmente porque o Dake faz terapia e toma inúmeros remédios pra cabeça por conta de tudo que ele passou com o tio dele . . . E eu realmente espero que ele de o braço a torcer pro Nath . . .
Por isso quem vai pedir tudo sou eu e o Castiel, vamos tentar usar nossa persuasão"
Passamos boa parte do dia conversando sobre as coisas do Lysandre . . . E aquilo só me chocava.
Até que o Azriel atendeu uma ligação assustado.
"Azriel ? Que cara é essa ?" falei baixo sem interromper sua ligação.
Com palavras cortadas não dava pra saber com quem nem do que falavam.
"sim", "como assim ?", "estou indo prai" eram vagos pra entender o que acontecia do outro lado da linha.
Assim que Azriel desligou ele explicou rapidamente: "Preciso ir Boreal.
Nath ligou avisando que o Lysandre foi no hospital e descobriu que o pai dele está lá.
Ele fugiu do quarto literalmente, aparentemente a mãe dele foi alimentar ele e ele aproveitou pra fugir e foi direto pro hospital da família do Nathaniel.
Ninguém ta conseguindo controlar ele. . . . Desculpa sair assim de repente !" Azriel saia apresadamente.
Eu não podia interromper ele, obviamente, era algo sério, então tudo que pedi foi pra que ele me mantivesse informada. Mensagem, ligação, qualquer coisa.
Ficar sozinha na minha situação atual é a pior coisa que tem . . .
Fiquei remoendo as cenas e aquilo foi me deixando mais e mais pra baixo . . .
Desci com meu celular e o pequeno gatinho, inclusive, o Armin batizou o gato de Doctor . . . era de se esperar . . .
Cookie estava no sofá lendo um livro, e Charlie já havia saído pra passear.
Todo dia ele saia a mesma hora pra passear (ou quase todo dia)
Ninguém sabe pra onde ele vai, mas ele sempre volta.
Já era um pouco tarde e Armin ainda não tinha chego.
Eu não senti a hora passar, sinceramente, só estava perdida nos meus pensamentos de morte que aumentavam progressivamente.
De repente, recebi uma mensagem do Armin no celular.
Ele se desculpava e avisava que já estava saindo do laboratório.
Atencioso e gentil como sempre perguntava como eu estava, pedia pra eu fazer coisas, e até perguntou o que eu queria comer.
Confesso que ler aquilo me animou um pouco e me tirou dos pensamentos negativos.
Eu me concentrei em tentar fazer algo como ele pediu.
Ele falou de usar o nintendo que o Armin do futuro deu pra ele pra me distrair, e foi o que fiz.
Queria recepciona-lo bem, sem aquele meu ar de enterro, então tentei tirar meu foco das coisas.
Dei comida pro Doctor e pro Cookie, separei o prato do Charlie (no caso dele era comida humana) e me sentei pra jogar.
Fiquei lá, tentando me distrair, esquecer dos problemas.
Quando ouvi barulho na porta.
Em um pulo eu fui pra lá, pronta pra recepcionar o Armin.
Eu não vou falar que eu estava bem, feliz e animada, mas . . . Eu queria passar um ar mais pra cima comparado ao desses dias .. . Eu queria me sentir bem, e eu estava conseguindo sabe.
Não deve estar sendo fácil pra ele também, então acho justo eu tentar me manter mais forte . . . Por mais difícil que seja ele merece que eu pare de me entregar a tristeza como tenho feito . . .
Eu abri a porta de uma vez e o abracei já recuando ao notar que era o Dajan.
"Dajan ?! O que faz aqui ?!" falei surpresa.
"Eu só sigo ordens do Armin do futuro. Se ele me mandar vir eu venho, se ele me mandar ficar na base dele, eu fico. Ele me devolveu a vida, nada mais justo." e nesse momento o Dajan atirou em mim.
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Dialogo ligado a esse capitulo: http://aminoapps.com/p/gi7e04
( dialogos é diretamente ligado a esse capitulo (literalmente é o dialogo do celular que ocorre entre Boreal e Armin))
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homensdehoje · 4 years
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Masculinidade tóxica: será que tenho? Descubra seu diagnóstico!
Veja o conteúdo no site: Masculinidade tóxica: será que tenho? Descubra seu diagnóstico!
Você já ouviu falar em masculinidade tóxica? Esse é mais um mal enraizado na nossa sociedade e, hoje, quem vai falar sobre o assunto sou eu, Renan, marido da Dona Coelha. Afinal, esse é um assunto que afeta a mim e a todos os outros caras por aí, sem exceção.
Quantas vezes você já ouviu (ou reproduziu) falas como: “homem não chora”, ou que isso é “coisa de menino” ou “coisa de menina”? Eu sei, várias, e do lado de cá não é diferente.
São pensamentos como esses que dão base ao que chamamos masculinidade tóxica e que permitem que comportamentos agressivos e grosseiros sejam constantemente atrelados à imagem masculina.
Por isso, hoje, eu vou te explicar o que é a masculinidade tóxica, como ela afeta a sua vida, como identificar seus comportamentos que a sustentam e o que fazer para combatê-la. Muita coisa, né? Então fique bem confortável e se prepare que o aulão de hoje vai começar!
O que é masculinidade tóxica? Descobrindo ela no seu dia a dia
De forma simples: masculinidade tóxica é um conjunto de comportamentos e estereótipos estabelecidos social e culturalmente como sendo o padrão masculino. Sabe aquelas histórias de “coisa de homem”, “homem é assim” e do famoso “homem de verdade”? Então…
Tudo aquilo que dizem que você deve fazer ou ser simplesmente porque é homem é o que chamamos de masculinidade tóxica. Essas coisas são estabelecidas pela sociedade e estão enraizadas na nossa cultura, como sendo “normais”.
Muitas vezes, não vemos problema em imposições como essas, mas a verdade é que elas vêm limitando os homens de serem o que eles são antes de tudo: humanos. Homem chora, homem é fraco, homem é sensível, sim. Não há nada na nossa genética que acabe com nossos sentimentos e emoções.
Aí já viu, qualquer cara que fuja desse padrão é ridicularizado, humilhado e vira motivo de piada entre os “amigos”. Desde pequenos ouvimos coisas como “fala igual homem”, “isso é brinquedo de menina”, “engole o choro”, simplesmente por expressarmos emoções e gostos.
A masculinidade não precisa ser tóxica, mas ela é. Quando ela exclui, limita e machuca, ela perde tudo que poderia ser de bom e fica presa a uma caixinha limitada de rótulos negativos e que, no geral, não condizem com a verdade.
Como a masculinidade tóxica pode me afetar?
Mais importante do que entender o que é a masculinidade tóxica, é saber como ela pode te afetar. É nesse momento que o calo dói e você percebe, de verdade, que tem alguma coisa muito errada nessa história. Por isso, eu separei algumas coisas para quebrar os seus paradigmas e estereótipos.
Primeiro de tudo, você sabia que homem chora?! Para uns isso pode ser óbvio, mas outros devem estar pensando “Ah, isso é coisa de ‘mulherzinha“. Sim, é. Mas é coisa de homem também.
Outra bomba: homem nem sempre é forte, viril, insensível, ou, como dizem por aí, “machão”. Todos esses títulos não se enquadram a todos os homens e, quando são impostos a nós, acabamos desenvolvendo comportamentos agressivos, supervalorizando a sexualidade e suprimindo emoções.
Lavar, passar, cozinhar é coisa de homem sim! Da mesma forma, brincar de casinha e de boneca é brincadeira de menino também. Afinal, sujamos louça e tudo mais, e os meninos podem sonhar em ser pais um dia também – você não quer chegar nesse momento despreparado, né?!
Ah, não podemos esquecer que homem é delicado, gentil e calmo e isso não tem nada a ver com a orientação sexual dele. Héteros podem falar fino e homossexuais podem ter voz grossa e ser fortes, ou o contrário, e tá tudo bem também – o que não faz sentido é esse preconceito!
Como afeta nossa vida sexual
Esse tipo de comportamento cria uma pressão em nós, homens, concorda? Sempre temos que chegar nas mulheres e demonstrar interesse, ter um histórico de “fodas” incríveis e ainda ter uma boa performance na cama.
Se brochamos, então, nos rotulam de homossexuais. Se gostamos de sexo anal com a parceira, questionam nossa sexualidade. Esse pensamento e muitos outros são o que nos impedem de experimentarmos novos prazeres, sem tabus. 
Mulheres não gostam de homens de mente fechada e masculinidade frágil, e isso posso afirmar com fontes confiáveis – a Nath me disse. 
Sintomas de masculinidade tóxica: qual é o seu diagnóstico?
Agora que você já sabe o que é a masculinidade tóxica e como ela pode afetar vida nos novos e velhos homens, é hora de fazer o check-up geral: você tem sintomas? Qual é o seu diagnóstico? Atualize sua ficha “médica”:
Quando um amigo age de forma afeminada, você fala coisas como:
“Fala igual homem”;
“Que mulherzinha”;
“Cara que gosta de X coisa é gay”;
“Vira homem”.
Quando o assunto é relacionamento, você pensa coisas do tipo:
“Só homem gosta de sexo”;
“Homem não limpa a casa”;
“Homem tem que colocar dinheiro em casa”;
“É o homem que manda”;
“O que não acha em casa, busca na rua”;
Perto de outros homens, você já:
Se sentiu mal porque não quis fazer algo considerado masculino?
Fez algo que não queria por se sentir pressionado?
Teve sua sexualidade questionada por um comportamento que não é considerado masculino?
Virou piada por demonstrar seus sentimentos?
Quando um cara teve comportamentos “não-masculinos”, você já:
Debochou de um homem que não correspondia ao padrão de masculinidade?
Menosprezou um cara que agiu de forma não-masculina?
Questionou a capacidade de um homem que não seguia o estereótipo?
Falou para um cara mudar seu jeito/comportamento porque não seguia o padrão másculo?
Questionou a sexualidade de um homem por causa de comportamentos não-sexuais?
Não tenha medo de responder a essas perguntas, o meu diagnóstico não foi muito positivo e a verdade é que o de ninguém vai ser. O importante é o que fazemos para nos curar desse mal. Se você está aqui, já está um passo mais adiante do que ontem, certo?
Apenas quando mudarmos nossas visões de mundo e nossos comportamentos poderemos ajudar a combater essa opressão que está enraizada na nossa sociedade. Vamos juntos?!
Clube da luta atualizado: um movimento que vale a pena!
Caso você não tenha percebido ainda, quero deixar claro que sim, esse é um papo feminista. Por quê? Já reparou que tudo que é padronizado como feminino é o que nós não podemos ser: emotivos, carinhosos, frágeis, delicados, fracos.
Todas essas coisas tidas como negativas para o homem são estereotipadas como comuns nas mulheres. Então, falar de masculinidade tóxica é lutar contra a opressão estrutural imposta pelo machismo, na nossa sociedade, e erguer a bandeira feminista também.
Essa luta é importante e essencial para que nós não tenhamos que fingir ser o que não somos. Nada mais chato do que forçar comportamentos que não queremos ter ou suprimir sentimentos para agradar os outros. Se quiser saber mais para que serve o feminismo na sua vida, confere o post aqui do blog e fica por dentro!
Mas, antes de querer entrar de cabeça no movimento, entenda como o homem se encaixa no feminismo e como você pode ajudar nessa luta. Até lá, melhore o que está ao seu alcance: você.
Avalie-se, repense, informe-se, desconstrua-se! Sempre que você pensar em criticar ou fazer piada sobre outro cara, por conta de um comportamento que não é masculino, pergunte-se: por que isso não é masculino? Assim, vai ser fácil perceber quando está sendo babaca e evitar esse papel.
Lembre-se: um “homão da porr*” nada mais é do que um homem que entende sua masculinidade de forma saudável e ultrapassou os estereótipos impostos pela sociedade – nada além do mínimo que todos nós devemos ser e fazer.
Agora que você já entende muito sobre masculinidade tóxica, conta pra gente nos comentários: você é tóxico ou não? O que vai fazer para se curar? Vamos juntos construir uma masculinidade saudável!
E aí, gostou do conteúdo de hoje? Então, acompanhe a Dona Coelha nas redes sociais e fique por dentro de mais assuntos como esse, além de sexo, relacionamento e outras coisas que adoramos! Até o próximo post!
> Dona Coelha
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