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The Love Song of a Writer
125 posts
Olá! Bem-vindos ao The Love Song of a Writer, um blog alimentado com textos da minha autoria. Uma boa parte deles são poemas, mas há quem diga que eu também poderia ser uma boa cronista (eu acho um grande exagero...). Este blog vai funcionar como um caderno de apontamentos público. Como no poema "The Love Song of J. Alfred Prufrock", de T. S. Eliot, as minhas aventuras como "escritora" não falam de amor (hum, talvez um pouco...). Por isso, também escolhi este nome para o blog com muita ironia. Espero que gostem muito dos textos que aqui vou publicar!  
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thelovesongofawriter · 5 years ago
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Conforto
A felicidade reside
em arriscar em tudo.
No risco encontrei
o nosso conforto.
AM, 17/12/2020
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thelovesongofawriter · 5 years ago
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Verdade
A mais pura das mentiras
é uma verdade com toques de ilusão.  
AM, 16/12/2020
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thelovesongofawriter · 5 years ago
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Repetição
O presente repete o passado.
Temos os mesmos receios,
os mesmos pesadelos,
as mesmas alegrias,
os mesmos sonhos.
Será que a vida
não passa de um tema e variações?
AM, 15/12/2020
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thelovesongofawriter · 5 years ago
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Bracara Augusta
A história de Bracara Augusta,
uma cidade romana que,
sem se dar por isso,
foi despromovida,
é a história daquela rapariga
com quem me cruzei no café.
  Meu doce, podes ter deixado de ser
o centro desta parte do império,
mas conquistaste
o império inconquistável.
Um lugar no meu mundo.
AM, 14/12/2020
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thelovesongofawriter · 5 years ago
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Destino
Chegamos ao destino.
O dia em que contrariamos a matemática
e que transformamos dois em um.
O dia em que sentimos e tocamos
a realidade que parecia longínqua.
Contrariamos os números e os factos
e somos felizes. Só nós.
Temos um novo brilho nos olhos.
Temos um novo sorriso.
Perguntei-te o que isto era.
Respondeste:
- Somos nós…
AM, 13/12/2020
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thelovesongofawriter · 5 years ago
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Recomendações Literárias #14: O Vendedor de Passados
Nesta semana de “Recomendações Literárias” trago um romance de um escritor e jornalista angolano: O Vendedor de Passados de José Eduardo Agualusa.
José Eduardo Agualusa nasceu na cidade do Huambo, em Angola, em 1960. Viveu em Lisboa, Luanda, Rio de Janeiro, Berlim — e, atualmente, divide o seu tempo entre Lisboa e a Ilha de Moçambique. É romancista, contista, cronista e autor de literatura infantil. Os seus romances têm sido distinguidos com os mais prestigiados prémios nacionais e estrangeiros. Toda a sua obra literária está publicada na Quetzal.
Em O Vendedor de Passados, Agualusa conta a história de Félix Ventura, um albino que tem como profissão inventar passados gloriosos. Os seus clientes- prósperos empresários, políticos, generais, enfim, a emergente burguesia angolana- têm um futuro assegurado. Falta-lhes um bom passado. Félix dedica-se ao fabrico de memórias felizes e uma genealogia de luxo, conseguindo-lhes os retratos de ancestrais ilustres. A vida corria-lhe bem até que uma noite lhe entra em casa um misterioso estrangeiro à procura de uma nova identidade. É nesta altura que o passado irrompe pelo presente e o impossível parece acontecer. Num enredo que mistura "antigamente" fictícios com realidades não menos verossímeis, o leitor acompanha também o drama de uma osga, o nosso narrador, que convive dramaticamente com as lembranças da sua encarnação humana. Para além da evidente sátira feroz, mas divertida e bem-humorada, à atual sociedade angolana, o autor também propõe ao leitor uma reflexão sobre a construção da memória e os seus equívocos.
AM, 12/12/2020
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thelovesongofawriter · 5 years ago
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Deusa
Tu segredaste-me ao ouvido
que eu era a tua deusa
mesmo sabendo
que eras tu, meu deus,
me levavas ao paraíso
numa varanda ternurenta.
  Naquela varanda vimos
o nosso infinito.
Era o vazio tão cheio de divindades.
AM, 12/12/2020
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thelovesongofawriter · 5 years ago
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Arquitetura
A arte de moldar
o inanimado
e torná-lo vivo
na sua existência
reside na mente
daqueles que desafiam
o incombatível.
AM, 11/12/2020
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thelovesongofawriter · 5 years ago
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Escuro
O escuro romântico
daquele lugar tão iluminado
levou-me para pensamentos
que tu nunca me tinhas revelado.
Será que aquilo que nos separa
é o que nos une mais?
E aquilo que nos une
vai transformar-nos?
AM, 10/12/2020
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thelovesongofawriter · 5 years ago
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Perda
Perdi aquele amuleto da sorte
que acumulava todos os meus azares.
Depois de soprar aquele dente-de-leão
eles ganharam outra forma.
Agora andam espalhados
por todos os cantos
do meu sótão.
AM, 09/12/2020
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thelovesongofawriter · 5 years ago
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Chorar
Chorei quando as nossas caras
se cruzaram, e tu me levaste
para o teu mundo e tu
vieste para o meu.
Choro quando os nossos olhos
se tocam, cheios de carinho
e ternura.
Chorarei sempre que me visitares,
Realidade.
AM, 08/12/2020
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thelovesongofawriter · 5 years ago
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Por ti
Por ti eu deixei de fingir.
Por ti deixei de passear em sonhos.
Por ti sou eu própria.
Por ti eu ando
de mãos dadas com o mundo.
Neste mundo real.
Por ti ou por tua causa?
Não interessa.
Agora vivo.
AM, 07/12/2020
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thelovesongofawriter · 5 years ago
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Pathétique
Uma morte precedida.
Uma morte pensada.
A beleza que a antecedeu
tocou-me no coração
mesmo antes de saber
o que era.
AM, 06/12/2020
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thelovesongofawriter · 5 years ago
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Recomendações Literárias #13: A Trilogia de Nova Iorque
Sem nos darmos conta chegamos à décima terceira semana de “Recomendações Literárias”. No cardápio de hoje, temos A Trilogia de Nova Iorque de Paul Auster.
Considerado por muitos um dos grandes nomes da literatura norte-americana, é o autor de vários best-sellers como Timbuktu, O Livro das Ilusões, A Noite do Oráculo e A Música do Acaso. Entre as suas influências podemos encontrar Dostoiévski, Ernest Hemingway, F. Scott Fitzgerald, Faulkner, Kafka, Hölderlin, Samuel Beckett e Marcel Proust. Escritor de romances sobre almas solitárias, o seu nome é familiar aos devotos da literatura de ficção. A sua obra caracteriza-se por histórias fortes e prosa limpa. O confronto entre o indivíduo e o vazio, o poder da contingência, a natureza da solidão e memória são alguns dos temas abordados nos seus romances.
A Trilogia de Nova Iorque conta-nos três histórias, intituladas A Cidade de Vidro, Fantasmas e O Quarto Fechado, que aparentemente não estão em nada interligadas a não ser no tom e no facto de todas as personagens serem sobre homens (Daniel Quinn, Blue e um critico literário cujo nome é desconhecido), solitários, perdidos e esquecidos numa cidade gigante, alienados do que os rodeia, ignorados e extremamente infelizes. Nada mais parece ligar estes homens que desistem da vida que levam, para vigiarem a vida de outros homens e serem completamente absorvidos pelas vidas e rotinas da pessoa que vigiam obsessivamente. Todas as histórias são fascinantes e o autor, de forma leve, fala de desilusão, abandono, loucura, alienação, solidão, perda e de tristeza com uma propriedade e conhecimento que assusta. As personagens são complexas e credíveis ao mesmo tempo, com as quais nos conseguimos identificar, de alguma forma. Gostaria de falar um pouco sobre a primeira história. N’A Cidade de Vidro, conhecemos Daniel Quinn, um escritor de policiais bem-sucedido, que deixou de escrever no dia em que perdeu a mulher e o filho pequeno. Quinn vive sozinho, ocupa o seu tempo entre um livro e outro, a vaguear por Nova Iorque, sem destino pré-definido, gosta de andar e deixar de se sentir na sua pele, ser absorvido pela multidão e conseguir não pensar. Uma noite a sua rotina é interrompida por um estranho telefonema de um homem que lhe pede ajuda, julgando que Quinn é Paul Auster, um detective privado. A partir deste telefonema a vida de Quinn muda e nunca mais será como era.
AM, 05/12/2020
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thelovesongofawriter · 5 years ago
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Sorrisos
Naqueles segundos
o tempo parou.
Naqueles segundos
vivemos o infinito.
Trocamos olhares
e sorrisos.
No infinito,
disseste-me que
te tinha conquistado.
Mas antes do infinito
já tu me tinhas na mão…
AM, 05/12/2020
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thelovesongofawriter · 5 years ago
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Requiem
Ouve-se agora o Requiem
em memória daquilo
que nunca aconteceu.
A melodia mais bela
penetra o meu coração.
Uma bala que não consigo remover.
Só me resta carregar o chumbo.
AM, 04/12/2020
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thelovesongofawriter · 5 years ago
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Femme Fatale
A brisa do teu toque
ilude o pobre e bom samaritano
que distribui amor
por quem não precisa.
Como tiveste coragem?
AM, 03/12/2020
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