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What's my TEA?: Season 2 Episode 2 #HoxýLove #HoxyLove #Androgynous #Hoxy #Hoxý #Assertivenesscoach #Assertivenessskills #AssertiveLanguage #Skills #PracticalTools #MagicWord #Rainbow #Nonbinary #GenderNonconforming (at Pretoria, South Africa) https://www.instagram.com/p/CPCw0aThqo-/?utm_medium=tumblr
#hoxýlove#hoxylove#androgynous#hoxy#hoxý#assertivenesscoach#assertivenessskills#assertivelanguage#skills#practicaltools#magicword#rainbow#nonbinary#gendernonconforming
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• LEGendary: What's my TEA? Season 2 Episode 1 #HoxyLove #HoxýLove #Hoxy #Hoxý #Androgynous #Assertiveness #AssertiveLanguage #MagicWord #Rainbow (at Pretoria, South Africa) https://www.instagram.com/p/CPCwHIaBOn2/?utm_medium=tumblr
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Mega-post para usar linguagem neutra e inclusiva
Cuidados de linguagem
Aqui estão alguns cuidados genéricos, a maioria dos quais remete para o link de uma coluna deste projeto, "Cuidado com a língua!"
Não desmereçam labels - vejam a sua importância [aqui].
Só aplique "queer" [nestes casos] e "homossexual/gay" [nestes].
Tenham cuidado com pronomes - [aqui] está uma introdução genérica, e mais em baixo especifico como conjugá-los
Não digam que passabilidade cis/hétero são privilégios [www]
Se uma pessoa diz que não é cis/hétero, não assuma que é trans/homossexual: [www]
Evite denominações como "casal hétero" ou "casal gay/lésbico", preferindo "casal de géneros diferentes" e "casal de géneros iguais/similares": [www]
Não é "casamento gay" e sim "casamento do mesmo-sexo/mesmo-género" ou "igualdade de casamento": [www]
O único problema da nossa sociedade não é ser heteronormativa: veja [mais formas de discriminação], a primeira metade relacionada com lgbt+, e a segunda com uma abordagem mais interseccional.
Não há só homofobia e transfobia, parem de agir como se esses formas de discriminação fossem mais importantes: [www]
Linguagem neutra em género
Há uma série de expressões que podem ser substituídas por outras mais inclusivas de todas as sexualidades e géneros. É mais fácil fazer isso em inglês, mas em português também não é impossível. Vou dividir isto em 2 secções:
Expressões relacionadas com feminismo: Substitua...
Aborto é uma questão feminina POR Aborto é uma questão de quem pode engravidar
Este espaço é para mulheres grávidas POR Este espaço é para pessoas grávidas/gestantes
Tornar-se mulher (porque menstrua) POR Começar a puberdade/menstruar
Produtos de higiene feminina POR Produtos menstruais
Saúde feminina POR Saúde reprodutiva
Para quem não está muito a par das questões de identidade de género, diga-se que há pessoas trans (binárias ou não-binárias) que não se identificam com o género que lhes foi atribuído à nascença - veja mais [aqui]. Há também pessoas intersexo que se podem identificar como mulheres mas não terem como exercer o que está implícito nas frases acima (na versão da esquerda). Mas é importantíssimo que se comece a ter isso em consideração na prática, principalmente quanto se está a falar de questões típicas do feminismo, que deveria preocupar-se com a igualdade de géneros mas frequentemente só se preocupa com mulheres-cis. Então, porquê que é transfóbico e discrimina pessoas intersexo usar as frases da esquerda?
Porque homens trans, pessoas não-binárias que tenham vagina/útero/etc e algumas pessoas intersexo (independentemente da sua identidade de género, pois depende apenas dos órgãos) podem engravidar e menstruar, e seria importante terem a sua opinião considerada em questão relacionadas com o aborto, assim como terem os seus géneros respeitados quando vão ao médico e se envolvem em assuntos feministas.
Porque há mulheres trans e intersexo cujo sistema reprodutivo não lhes permite engravidar/menstruar, embora às vezes desejem tal e seja oportuno ouvir o que têm a dizer sobre essas questões.
As únicas pessoas que devem ouvir mais do que opinar (sobre aborto e afins) são homens cis e, eventualmente, algumas pessoas não-binárias que não podem engravidar/menstruar.
Expressões genéricas (nota - as que estão assinaladas com asterisco podem implicar que se relacionem com pronominalização neutra em português, explicada no tópico seguinte):
Mães, pais, filhos e filhas - Parentes/educadores e crianças (filhes, se aceitarem dizê-lo)*
Homens/Mulheres - Pessoas
Meninos/Meninas - Crianças
Senhores e senhoras - Honrados convidados (convidades, se possível)*
Namorado/Namorada - Namorade, Parceire*
O teu namorado/namorada - O teu par
Mais alternativas para familiares [aqui]
Pronomes e linguagem não-binária
Importa notar que nem todas as pessoas não-binárias aderem, parcial ou completamente, a este sistema de linguagem, que ainda não é considerado oficial em português. Tal pode dever-se a razões pessoais (como falta de familiaridade com as expressões ou por não se estar publicamente fora do armário) ou simplesmente desconforto. Faça por perguntar (de forma discreta) à pessoa trans ou não-binária como é que se deve referir a ela. Também é comum que em páginas lgbt+ este sistema seja usado para falar no plural, pois isso evita presumir que os géneros de todas as pessoas de um grupo.
OBS: esta linguagem só se aplica a pessoas, não a objetos - que tem género em várias línguas como o português, embora seja algo bastante absurdo e que prova que a atribuição de géneros é frequentemente um processo aleatório.
EM PORTUGÊS: veja as regras completas [aqui]
Pronomes pessoais: alternativas para "ele, eles, dele, deles, nele, neles, aquele, aqueles"
El (deriva do espanhol): el, els, del, dels, nel, nels, aquel e aquels.
Ilu (deriva do pronome neutro em latim Illud): ilu, ilus, dilu, dilus, nilu, nilus, aquel e aquels.
Elu (combinação dos dois anteriores): elu, elus, delu, delus, nelu, nelus, aquelu e aquelus.
Ile (criação original): ile, iles, dile, diles, nile, niles, aquile e aquiles.
Os pronomes pessoais oblíquos "o/a | no/na | lo/la" são trocados por "le | ne | le", ex: esperou-o» esperou-le;
Pronomes possessivos:
Os pronomes "meu/minha | meus/minhas" trocam por "minhe ou mi | minhes ou mis"
Os pronomes "teu(s)/tua(s)" trocam por "tu(s) ou tue(s)"
Os pronomes "seu(s)/sua(s)" trocam por "su(s) ou sue(s)"
Os pronomes "nosso(s)/nossa(s)" trocam por "nosse(s)"
Os pronomes "vosso(s)/vossa(s)" trocam por "vosse(s)"
Pronomes demonstrativos:
Os pronomes "próprio(s)/própria(s)" são trocados por "próprie(s)"
Os pronomes "mesmo(s)/mesma(s)" são trocados por "mesme(s)"
Os pronomes "esse(s)/essa(s)" e "este(s)/esta(s)" são trocados por "est(s)"
Artigos:
Os artigos definidos "o/a" e "os/as" são trocados por "le" e "les".
Os artigos indefinidos "um/uma" e "uns/umas" são trocados por "ume" e "umes".
O numeral "dois" passa a "dues".
Terminação das palavras: Este sistema também está a ser utilizado para falar no plural, para evitar assumir que todas as pessoas de um grupo são do mesmo género ou referir grupos mistos no masculino - consiste em usar a vogal "e" em vez de "o/a" no fim de palavras como adjetivos ou nomes.
Se a terminação é em "o/a", troca-se por "e", ex: lindo» linde, ex2: obrigada» obrigade
Se a terminação não tem vogal no masculino, acrescenta-se, ex: professor» professore
Se a terminação é em "go/ga", troca-se por "gue", ex: amigo» amigue
Se a terminação é em "co/ca", troca-se por "que", ex: técnico» técnique
Se a terminação é em "ão/ã", troca-se por "ane", ex: irmão» irmane
EM INGLÊS: o aplicativo [Xe] ajuda a praticar o uso de pronomes neutros
Pronomes possíveis: Alternativas para "he - him - his - his - himself"
They - them - their - theirs - themself
(Spivak) E/ey - em - eir - eirs - eirself/emself
Per - per - pers - pers - perself
Ve - ver - vis - vers - verself
Hir - hir - hir - hirs - hirself
Xe - hir - hir - hirs - hirself
Xe - xem - xyr - xyrs - xemself
Xe - xim - xis - xis - xirmself
Xe - xir - xir - xirs - xirself
Xie - xem - xyr - xyrs - xemself
Xe - xe - xem - xyr - xyrs - xemself
Sie - sir - hir - hirs - hirself
Ze - hir - hir - hirs - hirself
Ze - zir - zir - zirs - zirself
Ze - zan - zan - zans - zanself
Zed - zed - zed - zeds - zedself
Zed - zed - zeir - zeirs - zeirself
Zhe - zhim - zhir - zhirs/zhirself
Zhe - zhir - zhir - zhirs - zhirself
Zie - zir - zir - zirs - zirself
Ze - zim - zees - zees - zeeself
Ze/Zie - zim/zir - zir - zirs - zirself
Ze/Zie - hir - hir - hirs - hirself
Ze - mer - zer - zers - zemself
Zhe/Zher/Zhim - zhim - zheir - zheirs - zhimself
Zay - zir - zirs - zirself
Ne - nem - nir - nirs - nemself
Hu - hum - hus - hus - humself
Per - per - per - pers - perself
Thon - thon - thons - thons - thonself
Jee/Jeir/Jem - jem - jeir - jeirs - jemself
E - em - e's - e's - emself
En - en - en/ar - ens/es - ens/es - enself/arself
Hi - hem - hes - hes - hemself
Le - lim - lis - lis - limself
Himer - himer - himer's - himers - himerself
Ir - iro - irs - irs - irself
Se - sim - sis - sis - simself
Co - co - cos - co's - coself
Tey - tem - ter(m) - term - termself
Na - nam - nas - nas - naself
Rim - run - ris - ris - rimself
Ae - ae - ae's - ae's - aeself
Et - et - ets - ets - etself
Heshe - hen/hen - hes - hes - henself/hemself
Hann - hann - hanns - hanns - hannself
Herm - herm - herm's - herm's - hermself
Phe - phe - phe's - phe's - phe's self
Fae - faer - faer - faers - faerself
Ufa! Se não estiver na lista, provavelmente não existe (just kidding! - de certeza que me esqueci de vários) ^^
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Para aliados | Masterpost
Ser aliado e ser ativista são conceitos distintos, mas que partilham um grande número de similaridades. Tecnicamente, aliados não precisam de ter um papel tão ativo quanto um ativista, mas para se ser um bom aliado, não basta declarar-se como tal: intenções não são tudo. São precisas atitudes específicas, e é aqui que eu irei mencionar algumas delas. Tentarei deixar o post tão completo quanto possível, e apesar de algumas dicas serem comuns a todos os tipos de ativismo, irei focar em ser-se um bom aliado para a comunidade lgbt+. As dicas valem tanto para quem é apenas aliado (sendo cis heterossexual heterorromântico e perisexo) como para quem pertence à comunidade em questão.
1) Procure informação!» É impossível ser-se um bom aliado enquanto guardarmos preconceitos, e como ninguém - repito, NINGUÉM - nasce desconstruído, a única maneira de combater o preconceito é com informação. Nota: quando me refiro a preconceito, não confundam isso com discriminação [veja a diferença] - preconceitos são noções formadas à priori, antes de nos informarmos, e em nada têm a ver com sentimentos de ódio ou similares. Para se ser um bom aliado, a informação deve passar por definições e estatística, pelo menos. Aqui estão alguns links que podem ser úteis:
Glossário: [de géneros] [de tipos de atração] [de sexualidades]
Mitos lgbt+ sobre...: [identidades trans] [homossexualidade] [bi/multissexualidade] [assexualidade] [arromanticidade] [intersexo] ~área em construção ~
2) Admita/oiça, aceite e tente corrigir os seus erros» Ser uma pessoa consciente implica ter assumir responsabilidade perante as próprias ações. Uma atitude de introspeção é por vezes mais importante do que apontar os erros dos outros. Seja duro consigo mesmo, por muito desconfortável que isso seja: Falhou qualquer um dos parâmetros desta lista? Não sabia da existência de certas identidades? A sua escolha de palavras, por acidente, ofendeu/desvalidou alguém? Achava que pessoas trans/bi/ace/whatever se comportavam de determinada maneira quando isso não passava de um mito? Enganou-se ao aplicar certos pronomes ou definições? Ralhe consigo mesmo. Não sabe alguma coisa ou tem dúvidas quanto a algum assunto/termo relacionado com lgbt+? Esclareça a dúvida na internet (de preferência num site especificamente lgbt+, porque são mais fiáveis) ou pergunte a pessoas lgbt+ que tenham paciência e disponibilidade para responder. Não estou a dizer para se sentir mal ou excessivamente culpado - até porque sentimentos de culpa são um privilégio e, em excesso, errados, pois permitem que você dê mais atenção aos seus próprios sentimentos do que aos sentimentos das pessoas que magoou. Não tenha ódio nem pena de si próprio, que são também sentimentos que não servem para nada - aliás, aprenda a amar-se apesar dos erros cometidos [www]. Apenas tenha CONSCIÊNCIA de que o facto de você ter errado ou desconhecido algo relativo à realidade de outras pessoas se deve ao privilégio de pertencer a uma maioria. Admitir que se tem privilégio é melhor do que negar tal, pois é uma forma de validar as experiências de quem não o tem, e de reconhecer que temos poder para ajudar a tornar a sociedade mais justa e dar voz a quem é frequentemente silenciado.
3) Esteja em contacto com a comunidade» Integração é uma palavra-chave na hora de aceitar as diferenças, e não há nada mais importante do que ser uma pessoa pertence a uma maioria rodeado por uma minoria social - afinal, por muito estranho ou desconfortável que seja durante algum tempo, é assim que as minorias vivem durante grande parte da sua vida. Portanto, estar rodeado por pessoas diferentes de você é uma ótima maneira de captar as experiências, realidades, comportamento, vocabulário [www], felicidades e tristezas dessas pessoas, o que contribui para criar empatia. Também é uma forma eficaz de ter mais amigos lgbt+ (neste caso), e de realmente começar a ver todo o tipo de pessoas como iguais. É uma forma de tornar o contacto entre realidades diferentes mais natural, de se esforçar para que não hajam separações na sociedade e para que toda a gente esteja devidamente integrado, de se lembrar de usar linguagem inclusiva e parar de ver grupos de pessoas como um "nós VS eles". Só esteja preparado para o que pode acontecer no ponto 12.
4) Saiba respeitar identidades» Isso implica uma coisa: linguagem. A coisa mais horrível que se pode fazer a uma minoria é tratar o seu vocabulário específico como algo fútil, desnecessário, complicado ou que você não se vai dar ao trabalho de aprender. Palavras têm um impacto enorme e muitas vezes são responsáveis por salvar/acabar com a vida de uma pessoa, então aqui estão as duas coisas mais importantes sobre a identidade de alguém:
Labels/Rótulos/Identidades [artigo sobre a importância das labels] - Não precisa de saber definições nenhumas para as conseguir respeitar: A pessoa não quer ser chamada de queer? Não chame, considere apenas lgbt+. A pessoa diz que é bi/pan e não pan/bi? Nunca diga que ela é aquilo que diz que não é. A pessoa diz que é/não é trans apesar de se identificar como não-binária? Então não diga que ela não é/ é (respetivamente). A pessoa prefere ser referida como travesti em vez de mulher trans? Trate-a como travesti. A pessoa diz que é ace e gosta do género "oposto"? Não a reduza a hétero. A pessoa está a namorar o próprio género, e identifica-se como homossexual apesar de já ter namorado alguém de género diferente? Não diga que ela é bi. Acima de tudo, nunca diga que certas labels não existem.
Pronomes [veja aqui como respeitar pronomes] - Algumas pessoas tratam a questão dos pronomes como um bicho de 7 cabeças, principalmente se estes forem neutros. Não seja assim, leia o link que mencionei aí e o ponto 9, e tenho a certeza de que os problemas estão resolvidos. Ninguém irá ficar zangado com você cometer algum deslize de vez em quando, mas ficará se você passar o tempo todo a desculpar-se (tempo que poderia ser usado para corrigir o erro) ou a desmerecer o assunto. Nem toda a gente se importa com pronomes, mas são muito significativos para algumas pessoas.
Linguagem inclusiva [masterpost que ensina a usar uma linguagem inclusiva] - Pronomes e labels não são a única coisa a acertar, e ser verdadeiramente inclusivo e respeitador de outras identidades implica reformular quase inteiramente a maneira como estruturamos as nossas expressões e diálogos. Não é algo que se faça de um dia para o outro, mas esse link realmente ensina algo fundamental.
5) Interfira quando testemunhar discriminação e corrija preconceitos» Toda a gente tem aquele amigo que faz "piadas" com a palavra gay ou algum familiar transfóbico. Se houver risco de violência, tome conta de si, mas se as consequências não forem muito graves, defenda as minorias. Não só de ofensas e expressões de ódio como "A homossexualidade é pecado", mas também de generalizações como "Pessoas trans sentem que estão presas no corpo errado" e de noções erradas como "Bissexuais gostam de homens e mulheres". Claro, para fazer o segundo e terceiro caso deve-se estar minimamente informado, daí o ponto 1.
6) Saiba quando é o seu lugar de fala [www]» Pode parecer que este ponto contradiz o (5), mas são coisas realmente distintas. "Local de fala" é uma expressão usada para lembrar que quem não pertence a uma dada minoria social não tem o direito de exigir atenção ou ser ouvido no caso de alguém dessa minoria estar presente, principalmente se a pessoa da maioria estiver desinformada, desatualizada ou nunca tiver tido contacto significativo com a comunidade sobre a qual está a tentar falar. Não quer dizer para não se combater preconceitos, nem que o que a maioria está a dizer não tem valor - quer dizer que, por norma, as maiorias já são ouvidas e recebem atenção MESMO quando aquilo que estão a dizer está errado, enquanto as minorias são silenciadas, mesmo quando são o tema de um debate ou mesmo quando gente de fora está a tentar redefinir, simplificar ou desvalidar a sua identidade e experiências. É uma questão de abrir espaço para quem normalmente é ignorado, e de dizer que a existência de certas pessoas não pode ser ditada por quem é diferente de si. Aqui alguns exemplos para saber quando é que deve falar ou não:
Você pode falar de minorias se tiver privilégios em relação a esta? Sim, se estas não estiverem presentes, mas não como se tivesse total entendimento sobre o assunto. Lembre o público caso não tenha pesquisado sobre o tema ou não tenha fontes, explique que não pertence à minoria em questão e pode estar enganado, e reforce que não fala por experiência própria.
Quer defender minorias mas não se sente seguro/informado que chegue para o fazer? Convide pessoas da comunidade para falarem por si ou, caso seja por escrito, convide-as a escrever ou faça um artigo dedicado a divulgar a perspetiva delas, podendo fazer alguns comentários menores e resumir esses mesmos artigos - assim é uma forma de aprender, absorver melhor as mensagens e ainda chamar a atenção para quem não costuma ser ouvido.
Quer falar sobre uma minoria mas sabe que tem quem pertença a esta presente? Não fale, deixe que a(s) pessoa(s) se pronunciem e expressem. Se ainda tiver algo a acrescentar depois do que for dito, fale, mas deixe claro que não tem a mesma experiência que quem é da minoria.
7) Não trate uma identidade como sendo mais importante que outras» Muita gente advoca pelos "direitos dos gays", mas trata direitos m-spec, trans ou assexuais como uma questão secundária. Isso é o mesmo que feministas brancas de classe média, heterossexuais e minimamente privilegiadas tratarem as vivências e problemas particulares das mulheres negras como algo que deve ficar para segundo plano. Não funciona assim - há contextos que exigem que se dê atenção a um problema ou identidade específicos, e quando se está a aprender, é natural que se tenha de começar por alguma identidade em particular, mas focar apenas nela não só condiz a uma visão bastante limitada (no caso, sobre a comunidade lgbt+), como silencia ainda mais todas as outras. Toda a gente deve ter os mesmos direitos. Toda a gente merece a mesma atenção - e isto é especialmente importante para quem só é ativista pelas "causas mais simples", e usa a desculpa de que ou "a sociedade ainda não está preparada para entender sobre outras identidades" ou de que "a comunidade 'insira aqui uma label' não sofre realmente preconceito".
8) Reconheça que há várias comunidades e que as pessoas tomam posturas diferentes: [www]» Normalmente, "lgbt+" é a sigla mais utilizada para referir pessoas que não sejam pelo menos uma destas coisas, cisgénero perisexo heterossexuais heterorromânticas. Contudo, queer e mogai tem uma significância própria - como dito no links acima, queer não é um insulto mas pode fazer algumas pessoas sentirem-se ameaçadas, e tanto essa palavra como mogai só devem ser aplicadas a quem explicitamente se identifica com elas. Isto porque ser lgbt+ não implica que as pessoas se sintam confortáveis ao serem associadas a essas comunidades (seja porque não se identificam com os ideais das mesmas, seja porque tiveram más experiências com estas), já que ambas assumem posturas diferentes da comunidade lgbt+. A comunidade queer é bastante associada à não-conformação desta aos padrões da sociedade, sendo mais "chocante", recusando papéis sociais e até mesmo sendo associada a bdsm, poliamor, entre outras coisas - é verdade que a comunidade lgbt+ também faz isso de certa forma, mas é mais associada a pessoas que são "praticamente iguais aos héteros", que constituem uma família semelhante às tradicionais (onde apenas os géneros dos membros são distintos), enquanto que a comunidade queer tende a rejeitar estilos de vida considerados aceitáveis. Já a comunidade mogai difere da lgbt+ por, pelo menos em teoria, ser mais inclusiva de determinadas identidades de género (ex: já que nem todas as pessoas não-binárias se identificam como trans, mas não têm nenhuma letra que as represente em LGBTQUIAP), sem ao mesmo tempo permitir que pessoas com fetiches se considerem "minorias sexuais" e exijam a atenção da comunidade, como acontecia com a sigla GS(R)M.
9) Não desça ao nível dos opressores: não desvalide ninguém com base nos seus traços [www]» É comum que, quando as pessoas se irritam em debates, os dois lados comecem de forma implícita ou explícita a tentar desmerecer os opositores com base em defeitos que raramente têm relação com o assunto. Aqui está uma lista de coisas que deve evitar em debates:
Acusar o outro lado de não saber ler/escrever/falar - Ter educação nem sempre é uma questão de inteligência ou de bom aproveitamento das oportunidades - muitas vezes, as oportunidades nunca surgem. Não parta do princípio que toda a gente teve a possibilidade de completar a sua educação, pois esse é um ponto de vista privilegiado, e de qualquer maneira, a educação de alguém não tem de necessariamente afetar os seus argumentos ou visão sobre um tema. Não saber escrever, soletrar ou falar determinada língua não torna ninguém menos propenso a aprender e, muito menos, pensar e respeitar.
Dizer que a pessoa é muito nova/velha para saber do que está a falar - [Adultismo] refere-se à presunção da sociedade de que adultos sabem sempre mais do que crianças (pois, supostamente, às crianças falta experiência, conhecimento, etc...) e eventualmente mais do que idosos (pois, supostamente, idosos são mais mente fechada e não conseguem ser coerentes no que dizem). Isso nunca corresponderá à realidade,
Aproveitar uma escolha de palavras ambígua para distorcer o argumento do outro lado de forma favorável ao seu - Também chamada de "falácia do espantalho", ocorre quando alguém diz A mas a pessoa do lado opositor fala como se ela tivesse dito B, normalmente algo sem sentido e mais fácil de atacar, passando aos público a intenção de que a pessoa que disse A quer perpetuar a noção B. Exemplo: "Assexuais sofrem opressão"; "Não, mas então e a opressão das pessoas trans?" - o argumento A foi transformado no argumento B, que passa a ideia de que mencionar a opressão que assexuais implica que pessoas trans não sofrem opressão, tornando mais fácil atacar a pessoa que diz A como alguém frio, egoísta e que desconsidera a experiência de outros grupos, quando na verdade o argumento A era um adendo: Para além de transfobia, também há afobia.
Insultar a aparência da pessoa - Chamar de gordo ou palito tem origens gordofóbicas; Dizer que "parece um homem" a mulheres trans ou mulheres com uma apresentação mais masculina enquanto insulto é sexista e transfóbico; Chamar de "puta" a alguém por usar pouca roupa ou de "conservadora" a uma pessoa que usa imensa roupa é ridículo; Comentar o tamanho das mãos, associações de géneros, avaliar alguém pela marca das roupas... Tudo isso é um comportamento infantil e denota que a pessoa está mais dedicada a atacar alguém "só por atacar" do que a criticar os seus argumentos e tentar chegar a uma conclusão. Para além disso, vale-se de várias formas de opressão, e em qualquer luta por direitos humanos, desconsiderar interseccionalidades ou tratar a nossa causa como a única que importa só prova que não somos melhores que as pessoas que estamos a atacar.
Usar linguagem capacitista - Chamar alguém de louco, desconsiderar que alguém pode ter dificuldades consequentes de doenças mentais (ex: ansiedade, neurodivergências...), ou usar qualquer expressão que denote que ter deficiência é inferior (isso inclui tratar as pessoas como fardos, apropriar-se da sua linguagem específica ou desumanizá-los ao ponto de dizer que servem para nos inspirar) é bem ofensivo. Capacitismo é o preconceito contra pessoas com deficiências, quer seja intencional ou não. [Aqui] uma lista de expressões que não devem ser usados como insulto ou desprovidos de contexto.
Culpar alguém pela religião que tem/não tem - Ser católico não torna ninguém conservador, ser terrorista não deve ser justificado com base na religião, não ter religião não torna ninguém menos ético, e nenhuma religião deve ser inferiorizada perante outras. Além disso, a bíblia pode não estar a favor de pessoas lgbt+, mas não deixa de valorizar o amor e quem diz que a bíblia condena a homossexualidade de certeza que faz várias coisas que a bíblia não permite [ex: www]. Religião não deve ser associada a estereótipos. O que há é gente que a usa como desculpa para agir de determinada maneira. Há gente boa e má de todas as religiões [www].
10) Esteja preparado para ser desmerecido por pessoas de fora da comunidade» Como mencionado no ponto anterior, o "lado opressor" tem tendência a desmerecer o que as pessoas dizem com base na sua educação, aparência, classe social, identidade ou idade (entre outros traços). Por muito bem que você argumente, haverá gente que simplesmente não presta atenção às suas palavras, que as distorce, e que espalha a ideia de que você não sabe o que está a dizer porque não tem qualificações para tal. Não se deixe desencorajar com uma atitude com egocêntrica.
11) Esteja preparado para ser desmerecido por pessoas da comunidade que quer defender» Uma das coisas que mais deixa aliados indignados é quando eles estão a tentar defender determinada minoria, e a própria é a primeira a tratá-los mal: diz que eles não sabem o que estão a dizer, que são preconceituosos, que detestam gente branca-cis-hétero, e vira costas à ajuda. O primeiro impulso será considerar essas pessoas ingratas (a), dizer que nem todas as pessoas brancas/cis/hétero são assim (b) e parar de ajudar (c), mas essas atitudes são extremamente erradas - aceite que, quem é constantemente atacado, pode desenvolver sentimentos de raiva ou tristeza (sendo isso muitas vezes uma reação defensiva): valide esses sentimentos, perdoe-os, e use-os como motivação para acabar com um sistema que deixou essas pessoas tão rancorosas ou para analisar as suas próprias falhas, como dito no ponto 2. Mais especificamente, porquê que as atitudes a,b e c estão erradas?
a) Não considere as minorias ingratas, pois elas não têm nada a agradecer. Se você está a lutar pelos direitos delas e a tentar que elas sejam vistas/tratadas como igual, não está a fazer mais que a sua obrigação. Queria o quê, receber um troféu por ser uma pessoa decente? Viver numa sociedade que normaliza macro/microagressões faz com que as pessoas que não discriminam se sintam especiais e muitíssimo justas, mas como já dito, não deixam de ter preconceitos que deviam tentar combater. Além disso, ser-se justo devia ser considerado normal, não especial.
b) Frases como #NotAllMen, #NotAllWhitePeople, etc, são uma das piores coisas que se pode dizer a uma minoria. Não se revê nas críticas que as minorias fizeram a uma maioria social, e acha que as generalizações deviam ser travadas? Se calhar sim, mas a verdade é que quase a totalidade das pessoas é preconceituosa sem ter consciência disso, então mesmo que nem toda a gente cometa determinado erro, toda a gente erra de maneira ou outra, e é necessário analisar e assumir responsabilidade pelas nossas ações individuais, em vez de responder de uma forma que nos livra dos sentimentos de culpa (ponto 2). Além disso, já repararam que, quando são as minorias a errar, o grupo todo é manchado (por exemplo, muita gente acha que todos os muçulmanos são terroristas)? Porquê que para as minorias o lema tem de ser "por um pagam todos", mas para as maiorias não?
c) Parar de ajudar uma minoria porque certas pessoas da mesma foram rudes com você só pode ter um nome: hipocrisia. Se você é um aliado ou, pelo menos, uma pessoa consciente, ajuda porque é justo que toda a gente tenha direitos iguais, não apenas enquanto as pessoas forem simpáticas com você.
12) Reconheça a importância da representatividade» Tenho aqui um [texto] relativamente grande que explica o que é a representatividade, quais os danos ou benefícios que pode causar (ou seja, a sua importância) e como é que pode ser melhorada. Resumindo o texto: A representatividade apoia-se muitas vezes em estereótipos que refletem a visão da maioria da sociedade, e que por sua vez moldam a visão da mesma (o processo é cíclico). Ainda que aquilo que os estereótipos representam não seja necessariamente mentira, é mentira que minorias sejam um monólito, então representá-las sempre da mesma maneira reforça a falsa noção de que pertencer a uma dada comunidade implica um determinado comportamento/personalidade. Nesse sentido, é preciso quebrar a corrente ou, pelo menos. ter exemplos de minorias que se contrabalancem, e analisar criticamente aquilo que a mídia nos oferece, sabendo ouvir o que as minorias dizem sobre a maneira como são retratadas.
13) Poupe as suas energias» Ativismo pode ser algo bastante exaustivo, especialmente quando tem um significado pessoal ou estão direitos em jogo, e é comum que quem se dedique a uma causa acabe ou a ser influenciado pela [Burnout culture] - uma cultura que incentiva ao esforço excessivo, não saudável e que compete com o esforço dos outros para provar que temos valor - ou simplesmente a não saber "desligar o botão" - ou seja, quando a pessoa trabalha com ativismo, debate os mesmos temas nas redes sociais no tempo livre e já não consegue ver televisão pois não há nada lá que não seja problemático. É importante que todo o tipo de aliados minimamente ativos tenha um passatempo que não lembre os problemas da sociedade, talvez algo como pintar, meditar ou algum desporto (se desportos coletivos implicarem comunicar com pessoas preconceituosas, individuais serão melhores). Toda a gente tem de descansar. Acima de tudo, é importante compreender que toda a gente fará um percurso diferente e num diferente tempo até ao ponto de chegada [aqui está a metáfora] e que isso não torna ninguém melhor ou pior. Então vá ao seu ritmo, e não se preocupe se parecer que as suas ações ou aprendizagens são menos relevantes que as de outros ativistas. Take care.
#masterpost#activism#4allies#representation#lgbt+#intersectionality#assertivelanguage#vocabulary#tips#genderrelated#orientationsrelated#others#important
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Identidade de género | Mito 10
É mulhertrans/mulher-trans
Esta é apenas uma questão de escrita. Gramaticalmente, o correto é escrever “mulher trans” e “homem trans”, separadamente e sem hífen, da mesma forma que se escreve “mulher cis” e “homem cis”.
Isto explica-se porque ser trans ou ser cis são subcategorias de homem ou mulher, e precisamente por isso se podem usar as palavras separadamente. São conceitos separados.
Há “homens” e “homens trans” / Há “homens normais” e “homens trans”
Hum… Não. Essa forma de dividir as categorias é um pouco ofensiva. O correto seria dizer “homens cis” e “homens trans”, sendo ambos subcategoria de “homem”. A mesma lógica vale para mulheres.
Veja [aqui] o que é ser cis e trans e como é que funciona o conceito de [identidade de género].
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Diferença entre preconceito, discriminação e opressão
De acordo com o site [significados.com.br]:
Preconceito é um juízo pré-concebido, que se manifesta numa atitude discriminatória, perante pessoas, crenças, sentimentos e tendências de comportamento. É uma ideia formada antecipadamente e que não tem fundamento sério.
Discriminação (...) significa distinguir ou diferenciar. (...) A discriminação acontece quando há uma atitude adversa perante uma característica específica e diferente. Uma pessoa pode ser discriminada por causa da sua raça, do seu género, orientação sexual, nacionalidade, religião, situação social, etc.
Opressão é o ato de oprimir, sufocar, seja uma pessoa, uma atitude, uma comunidade. Opressão também pode ser o uso da violência para demonstrar autoridade, atos de tirania, e é um termo bastante associado a países, a governos, a sociedade, e etc.
É muito importante distinguir estes 3 conceitos, pois geralmente são os maiores responsáveis por gerar problemas de comunicação e deixar pessoas na defensiva, uma vez que elas se sentem a) acusadas de algo de que não foram b) desvalidadas quando não o foram. Vou dar um exemplo relativo à comunidade lgbt+ (já que é o tema do projeto -.-) para cada uma dessas situações, de forma a clarificar melhor qual o ponto exato das definições que faz a diferença, e qual o tipo de confusão que isso pode causar.
Para a):
É comum que pessoas lgbt+ de um certo grupo acusem outras de estarem a ser preconceituosas. Quem foi alvo da acusação fica muitas vezes indignado, pois estava até a tentar ser simpático, e nunca tratou ninguém de forma diferenciada, então acha injusto que a estejam a acusar de ter más-intenções. A questão é que NINGUÉM A ESTÁ A ACUSAR DISSO. Quando se chama alguém de preconceituoso, as intenções não são um fator em jogo - a única coisa que se está a dizer é que a pessoa é um pouco ignorante relativamente ao assunto, e portanto presumiu coisas que não são verdade. A maioria das pessoas bem intencionadas são preconceituosas, inclusivamente aquelas que pertencem a minorias, e é uma atitude correta admitir isso. Não admitindo, torna-se impossível poder corrigir o preconceito, pois enquanto uma pessoa não admitir que não sabe algo, nunca procurará informar-se.
Para b):
Frequentemente, as comunidades bi ouvem que não sofrem opressão, e comunidades não-binárias também - pois diz-se que a opressão, para o primeiro grupo, se manifesta enquanto homofobia, e para o segundo, sob a forma de transfobia. Os dois grupos-alvo costumam ficar ofendidos pois acham que isso é sinónimo de dizer que bifobia e nbfobia não existe, mas não é isso que está a acontecer. Uma coisa é negar o preconceito e discriminação bifóbicos/nbfóbicos - isso invalidaria as experiências ESPECÍFICAS dos grupos em questão, assumindo que as experiências das pessoas e que as formas de ataque são idênticas às da homofobia e transfobia, o que, como dito [aqui], é inteiramente mentira. Mas dizer que esses dois conceitos não existem na forma de opressão é completamente distinto, pois opressão refere-se a, por exemplo, leis, e à estrutura do sistema. Não há, de facto muitas leis que protejam as necessidades específicas de pessoas multissexuais e não-binárias, mas mesmo em locais onde há leis que discriminam lgbt+, também não há leis que atacam o facto de alguém gostar de mais do que de um género - havendo apenas leis que podem punir a atração pelo próprio género - nem que alguém não se identifique (inteiramente) como homem nem mulher - pois isso já está incluído nas leis que punem quem não se identifica com o género atribuído à nascença. Caso me tenha explicado mal, este texto fez um trabalho melhor na explicação, fazendo um paralelo com quem é birracial: [www].
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Cuidado com a língua! | 9
Não diga que passabilidade cis/hétero são privilégios.
O que é isso?
Passabilidade cis: quando uma pessoa trans ou genderqueer consegue passar por cis. Por exemplo, quando uma pessoa trans ainda não transitou, quando pessoas não-binárias têm um estilo pessoal que seria o esperado por parte do género que lhes foi atribuído à nascença, ou mesmo quando fazem cis-playing (fazer de conta que são cis) no trabalho. Ou então, se tiver feito transição, é lida como cis simplesmente prque não se enquadra no que as pessoas assumem ser “parecer trans”
Passabilidade hétero: quando uma pessoa não-hétero consegue passar por hétero. Por exemplo, bissexuais em relacionamentos com alguém (percepcionado com sendo) do “género oposto”, assexuais heterorromânticos ou alguém que está a fingir que é hétero.
Mas se conseguem passar por cis/hétero, então não sofrem preconceito. Logo, é um privilégio, certo?
Errado. Conseguir passar por cis-hétero ajuda, de facto, a escapar de macro-agressões - violência física, ser expulso de casa/ser despedido ou outras situações de abuso. Contudo, não poupa as pessoas de micro-agressões, como:
Ouvir comentários discriminatórios - Ainda que não direcionados à própria pessoa, ouvir isso cria uma sensação de desconforto e insegurança, principalmente se não se puder interferir com menos de ser descoberto.
Invisibilidade, apagamento e desvalidação - A pessoa não pode mostrar quem é e perde também as chances de encontrar quem seja parecido, e é sufocante não se poder ser autêntico nem se ver representado.
Sentimento de culpa - Apesar de fazer isso por necessidade/segurança, há quem se sinta culpado por não contar a verdade às pessoas com quem convive, como se estivesse a ser desleal ou pouco confiável.
Ser discriminado pela própria comunidade lgbt+ - Gatekeepers são pessoas que acham que quem não é homossexual e/ou, eventualmente, trans, não sofre preconceito que chegue (apesar de a estatística provar que até sofre mais) e como tal não precisa nem merece fazer parte da comunidade, chamando toda a gente que não se enquadre nos seus padrões de cis-hets ou bihets ou trans-trenders.
E isto é presumindo que a pessoa está a fingir ser cis/hétero. Mais grave ainda é quando a pessoa já saiu do armário, faz questão de dizer que é lgbt+, mas continua a ser desvalidada, silenciada e invisibilizada, não podendo falar da sua identidade porque as pessoas torceriam o nariz ao ver assuntos lgbt+ a serem “esfregados na sua cara”, ficam aborrecidas com problematização, e acham que a pessoa está a exagerar e não é realmente lgbt+ - normalmente por não atender os estereótipos da sociedade.
Ser invisível não é um privilégio, e é importante travar expressões que transmitam essa ideia.
#erasure#assertivelanguage#4allies#cispassability#heteropassability#microagression#gatekeepers#sgadiscourse
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Cuidado com a língua! | 8
Se uma pessoa afirma que não é cis e/ou hétero, não assuma que ela é trans/homossexual. Pergunte como é que ela se identifica, se achar adequado, caso contrário considere a pessoa apenas lgbt+.
Além disso, caso pergunte e obtenha resposta, faça questão de respeitar a dita resposta.
Se a pessoa não for cis - ou seja, trans, genderqueer, não-binária, entre outras identidades mais específicas - siga o que foi indicado no [ponto 7].
Se a pessoa não for heterossexual nem homossexual, e você não souber o significado da palavra, experimente perguntar ou pesquisar na internet (não demora assim tanto). O que você acha da label NÃO.INTERESSA. Limite-se a nunca se referir à pessoa como sendo de uma orientação de que ela não é, e a usar uma linguagem inclusiva - relativamente neutra em género, que não presume que todas as pessoas sentem atração pelo género oposto, por um único género ou atração de todo.
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Cuidado com a língua! | 7
Deve-se perguntar a pessoas trans/genderqueer quais os seus pronomes, e tratá-las conforme a resposta.
Como é que sei sei se alguém é trans/genderqueer?
Não, não é por conta da expressão de género (estilo e aparência). Só se sabe se a pessoa assim o disser.
Que pronomes são esses?
Diferem em português e inglês. Em breve sairá um post sobre o assunto, mas aqui estão alguns links que serão úteis enquanto isso:
Português:
Pronomes binários: Ele ou Ela. Não há nada que saber, basta tratar a pessoa trans no masculino/feminino como se ela fosse cis.
Linguagem neutra e não-binária [www]: Pronomes El, Ilu ou Elu, e palavras maioritariamente terminadas em “e”, ex: amigo/amiga passa a amigue
Usar linguagem o mais neutra possível evitando pronomes [www]: basicamente, há uma grande uso da palavra “pessoa” e frases como “Ele ficou cansado” passam a “Cansou-se”.
Plural neutro: Isso não diz realmente respeito a pessoas não-binárias, mas o plural no masculino vem sendo substituído pelo plural neutro em páginas lgbt+. Segue as regras do primeiro link.
Inglês:
Pronomes binários: He/him ou She/her. Tal como em português, dispensa explicações.
Pronomes não-binários: Os principais estão [nesta imagem]. Vale dizer que há uma aplicação que ajuda a praticar os vários pronomes ingleses, o [Xe].
Linguagem neutra: A maioria das palavras em inglês não possui género, então basta ter cuidado com os pronomes e algumas expressões específicas como “Ladies and gentleman”, que podem ser substituídas por, por exemplo, “Honored guests”.
Quando é que devo usar os pronomes?
Se a pessoa estiver fora do armário, sempre. O mesmo vale para o nome social, se tiver algum. Caso contrário, use apenas quando estiver longe de pessoas que não sabem, ou pergunte à pessoa quando é que deve usar.
E se eu me enganar nos pronomes?
Peça desculpas de forma breve, corrija-se e continue.
A pior coisa que pode fazer é reclamar ou desculpar-se excessivamente. Se as intenções são boas e errou por falta de prática, a pessoa compreende. Mas se começar a dizer que respeitar a identidade da pessoa trans/genderqueer é muito difícil, ou a dizer que não faz sentido, aí começa a irritar.
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Cuidado com a língua! | 6
Não é “casamento gay” e sim “casamento do mesmo-sexo”, “casamento do mesmo género” ou, melhor ainda, “igualdade de casamento”.
Porquê?
Porque nem todos os casais percepcionados como sendo do mesmo género são casais homossexuais, e isso desvalida várias identidades de género e orientações sexuais/românticas.
É até possível duas pessoas serem percepcionadas como sendo do mesmo género e serem hétero, mas não poderem casar enquanto não for atingida igualdade de casamento, porque os géneros de registo são os mesmos.
Como é que tudo isso é possível?
As razões foram devidamente explicadas no ponto 5: www
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Cuidado com a língua! | 5
Casais não têm sexualidade - evite as denominações “casal hétero” e “casal gay/lésbico”
O quê que isso quer dizer?
Precisamente o que está escrito. Pessoas têm sexualidade, mas “casal” é uma coisa, e como tal, não tem.
Mas é uma forma de expressão. Não posso usá-la porquê?
Pode usá-la apenas em dois casos: quando duas pessoas deixam claro - e isso tem mesmo de vir da boca delas - que são de géneros opostos (ou pelo menos diferentes) e ambas se identificam como heterossexuais, ou que são do mesmo género (ou pelo menos semelhantes) e e identificam como homossexuais/gays/lésbicas.
Caso contrário, as expressões devem ser evitada porque as chances de estarem erradas são enormes.
Duas pessoas que são percepcionadas como sendo do mesmo género ou “géneros opostos” podem não o ser: é impossível adivinhar qual a identidade de alguém, a não ser que a pessoa em questão o afirme, e se alguém for trans ou não-binárie e não tiver transitado, os géneros que assumiu provavelmente estão errados.
Mesmo que um casal seja formado por duas pessoas do mesmo género ou géneros diferentes, isso não torna ninguém automaticamente homossexual ou hétero, respetivamente. Há mais sexualidade possíveis que não são determinadas pelo género de parceiros atuais, como a bissexualidade, pansexualidade ou assexualidade, entre muitas outras.
Orientação sexual e romântica nem sempre estão alinhadas - há um post sobre orientações-cruzadas [aqui] e [aqui]. A questão é que, por exemplo, uma pessoa não é hétero se for heterossexual birromântica. Não há como saber até que ponto a orientação sexual ou romântica de uma pessoa é importante para ela, então evite priorizar alguma delas para servir de desculpa para usar as ditas expressões.
Mas como é que devo então mencionar esses casais?
Da pior para a melhor alternativa...
“Casal do mesmo sexo” ou “casal com pessoas do mesmo sexo”» Esta é a opção mais usada para evitar os erros anteriores, mas é um pouco problemática porque presume que o género da pessoa equivale ao que lhe foi atribuído à nascença, e valoriza mais o sexo do que o género/identidade.
“Casal do mesmo género” ou “casal com pessoas do mesmo género”» Sempre mostra que se valoriza um pouco mais o género(identidade de género do que o sexo, mas não deixa claro suficiente se a pessoa escolheu essas palavras intencionalmente e sabe que de facto nem sempre o género é igual ao sexo. Além disso, presume que o género que alguém “aparenta ser” equivale ao seu género real/género com que se identifica.
“Casal de géneros similares/parecidos” ou “casal com pessoas de géneros similares/parecidos”» Bem melhor, pois a palavra “parecido” dá margem para o género que nós presumimos estar errado e valoriza mais o género que o sexo. Além disso, ao trocar a dicotomia de géneros iguais/opostos por similares/diferentes estamos a deixar claro que validamos identidades não-binárias e que reconhecemos que o género é um espectro.
Estas regras também valem para outras línguas.
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Cuidado com a língua! | 3
Queer só se aplica a indivíduos que reclamam a palavra.
O quê que significa? Veja aqui» www
Qual a grande diferença entre lgbt+ e queer? Veja aqui» www
Quando é que se deve usar a palavra?
Para nos referirmos a indivíduos que se identificam como queer.
Para nos referirmos à comunidade queer - ou seja, à comunidade de pessoas que, podendo ser da comunidade lgbt+ ou não, não se conformam às expectativas da sociedade e se identificam como queer.
Para nos referirmos a “literatura queer” ou “história queer”
Para abordar a história da palavra, a maneira como foi usada em cada contexto cultural ou mencionar o seu conotativo negativo.
Quando é que não se deve usar a palavra?
Para insultar alguém -.-
Para nos referirmos a indivíduos que usam outras labels, especialmente se eles mencionarem que não se identificam como queer ou mesmo que se sentem ofendidos com a palavra.
Para nos referirmos à comunidade [lgbt+], [mogai] ou outras, como se fossem a mesma.
Quando está presente uma pessoa que claramente se sente desconfortável com a palavra, pois não custa nada evitar isso.
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Cuidado com a língua! | 1
Homossexual/gay não são sinónimos de LGBT+, nem tão inclusivos quanto.
Quando é que se deve usar a palavra?
Para nos referirmos a pessoas que de facto são homossexuais e gay - ou seja, que sentem atração exclusiva pelo próprio género ou que pelo menos se identificam com essas labels.
Para nos referirmos à comunidade homossexual ou gay em si, e às suas necessidades específicas ou problemas individuais.
Para nos referirmos a um bar que é realmente considerado um bar gay.
Para nos referirmos a símbolos considerados gays, ex: arco-íris, bandeira da homossexualidade.
Quando é que não se deve usar a palavra?
Gay:
Para nos referirmos a pessoas que se identificam como lésbica - há mulheres que sentem atração exclusiva por mulheres e preferem ser chamadas de gays ou homossexuais, sim, mas nesse caso serão elas a pedir que use o termo.
Situações seguintes.
Homossexual:
Para nos referirmos a pessoas que já declararam não ser homossexuais
Para nos referirmos a casais do mesmo sexo antes de os próprios declararem alguma coisa - se alguma das pessoas não se identificar como homossexual, o casal já não é homossexual. Enquanto não se souber nada, considere apenas um casal lgbt+ e tenha em conta que há mais sexualidades e géneros em jogo.
Para nos referirmos a pessoas se identificam com outras identidades/orientações.
Para servir de termo guarda-chuva abrangente de toda a comunidade lgbt+.
Para nos referirmos a bares, eventos ou paradas/desfiles lgbt+
Para nos referirmos a problemas e necessidades comuns às várias minorias da comunidade lgbt+.
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