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Pra hoje? Tem luta.

Ontem foi o dia internacional da luta contra a discriminação racial. 21 de Março. E hoje? O que tem? Tem resistência e tem mais luta, porque a batalha não acabou. A realidade nos livra de esquecer que o racismo ainda existe e que infelizmente, todos os dias ainda afeta a vida de todos nós. Uns mais, outros menos. Alguns são diretamente impactados, outros indiretamente. Mas todos.

Quanto mais negamos a existência do racismo, mais difícil se torna combatê-lo. Quem age, pensa, escreve, determina racismo, fere e desumaniza. As vítimas carregam as cicatrizes da dor na forma como se enxergam, como enxergam ao mundo, na forma como enxergam aos outros.

 O racismo não é problema isolado, não é uma questão separada, que diz respeito tão somente a um determinado grupo social. Se estivessemos todos conscientes disso... Ah! Se estivessemos atentos ao racismo que se mascara de "brincadeira", de "democracia racial"!  Se aguçássemos nossos sentidos para perceber todas as formas sofisticadas que a discriminação econômica, cultural e política contra segmentos étnico-raciais ganhou com o tempo, com a globalização e com a tecnologia, veríamos que (ainda) não estamos tão distantes de 1888. A senzala ganha novas formas, mas infelizmente continua aqui. Ainda há quem subestime a persistência e o impacto dessas formas encobertas e dissimuladas de discriminação e na condição subalterna da MAIORIA das pessoas negras de nossa população.

 Discutir sobre a condição atual e a participação histórica dos brasileiros e brasileiras de cor negra e ascendência africana na construção desse País, é essencial numa narrativa que incorpora a importância de TODOS. Reconhecer e estudar o legado histórico do nosso povo é uma premissa básica na luta contra o apagamento da memória negra. Entretanto, não é isso que temos visto. Nos limitamos à "lembrar" ocasionalmente de uma data comemorativa (isso quando nos lembramos) e a nos esquecer intencionalmente todos os demais outros dias do quão grave é que o racismo ainda exista.

 Precisamos aprofundar nossas pesquisas sobre o tema, ler ainda mais sobre esta realidade. Nos munir de informação e difundí-la afim de que tantos quanto for possível, se conscientizem e se juntem á luta diária dos que procuram erradicar todas as formas de discriminação racial no Brasil e no mundo. Você não precisa de nada além de sua própria vontade pra isso. Você não precisa ser de um segmento social específico, de um coletivo. Você só precisa ser gente. Você só precisa sair de dentro de si mesmo por alguns instantes e se colocar no lugar do outro.

 - 70% das pessoas que vivem em situação de extrema pobreza  no Brasil são negras.

- Pessoas com a pele mais clara, representam 80% dos brasileiros mais ricos.

- De 12 mil presos no sistema prisional do Distrito Federal, 80% são negros. Dos 400 juízes do Tribunal de Justiça de meu estado apenas 7 são negros. Não há registro de nenhuma juíza negra no Distrito Federal atualmente.

- Mais da metade dos negros no Brasil não possuem nenhum tipo de acesso à internet.

- Do total de 30 mil assassinatos em 2012 no Brasil 77% eram jovens negros.

- Mulheres negras jovens têm três vezes mais chances de serem estupradas em meu país.

- A cada 12 minutos uma pessoa negra é assassinada no Brasil.

O que temos feito quanto à isso? Quantas vezes nos posicionamos quanto à esta realidade em nossos contextos, seja na universidade, na escola, na igreja, dentro de casa, na rodinha dos amigos? Quantas vezes ficamos calados quanto à ausência de representatividade, quanto à insensibilidade alheia? Onde há racismo, não há amor, não há justiça. O racismo nega toda ideia de igualdade, de aceitação, e nos cega. Nos impede de exergar que pessoas, por mais diferentes que sejam, continuam sendo pessoas, tão dignas de respeito, de afeição, de liberdade e de oportunidades quanto nós.

Toda forma de indiferença à realidade étnico-racial do Brasil, alimenta o sistema de privilégios restritos à um só grupo social. Toda vez que nos calamos ante às injustiças, toda vez que nos conformamos em estarmos onde estamos e como estamos enquanto outros perecem a margem do nosso esquecimento contribuimos para a existência de tais injustiças. Você luta contra o racismo? Você exerce o papel que só VOCÊ pode exercer no SEU contexto para que as pessoas saibam que você não concorda, nem compactua com esse tipo de injustiça? Se sua resposta foi SIM para essas perguntas, me alegro em saber que não estou sozinha nisso. Continuemos a lutar todos os dias.  Não nos cansemos. Afim de que todos possam viver! Se sua resposta foi NÃO ou NÃO SEI, só posso lhe dizer que seu silêncio e neutralidade em meio ás injustiças, as alimenta. Decida lutar. Não só hoje. Saia da sua zona de conforto, do seu comodismo. Saia do seu emaranhado de privilégios e recuse aceitar um contexto de discriminação racial. Descubra sobre as demais implicações do racismo, aprofunde-se nas leituras e no resgate das condições específicas de classe e gênero que o envolvem.  Estude o passado, estude o presente. Vá além!

 Isso serve pra mim. Enquanto escrevo esse texto, só consigo pensar no tanto que preciso me aprofundar. Cada vez mais tenho sido levada a refletir sobre o papel que posso exercer para mudar essas estruturas. Meu referencial é Jesus e quanto mais olho pra Ele, mais descubro sobre mim mesma e sobre o mundo que me cerca. Fomos todos feitos à imagem e semelhança de Deus (Gn 1:26-27), somos todos destinatários de seu incondicional amor (Jo 3:16) e liberdade (I Jo 2:2). Jesus não apresenta parcialidade, favoritismo (Dt 10:17, At 10:34, Rm 2:11, Ef 6:9) e nem nós, deveríamos. Todas as formas de racismo, preconceito e discriminação são afrontas à obra de Cristo na cruz. Não há inferioridade ou superioridade racial quando nos deparamos com o olhar e com as atitudes de Jesus. Ele destruiu a parede divisória da hostilidade e da indiferença (Ef 2:14) e nos chama amar uns aos outros como Ele nos ama (Jo 13:34). Quanto mais conheço a Jesus, mais descubro quão revolucionário Ele é e o quanto somente Ele pode nos oferecer verdadeira liberdade: dos preconceitos, da insensibilidade, dos traumas, da negligência alheia. Ele pode nos oferecer perdão e nos ensinar a perdoar os que nos ferem. Ele pode nos ensinar a compartilhar dos sofrimentos e sermos como Ele é. Através de um relacionamento com Ele, podemos ser agentes de cura num mundo adoecido pela discriminação étnico-racial. Esse tem sido o meu aprendizado.

 Que possamos caminhar juntos nessa jornada e que possamos nos ajudar mutuamente a crescer, a conhecer, a nos aprofundarmos. Essa luta é nossa.

Pra já começar hoje:

 Artigos

 -          “Inoportuno, sempre ele” por Edson Lopes (em português)

http://www.geledes.org.br/o-inoportuno-sempre-ele/#gs.JnDm93s

-          Racismo estrutural: o filho do orgulho estrutural” por John Piper (em inglês) http://www.desiringgod.org/articles/structural-racism

-          “A teologia a favor do racismo” por Daniel Santos (em português)

http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/321/a-teologia-a-favor-do-racismo

-          “Ame o racista, confronte o pecado” por Philip Holmes (em inglês) http://www.desiringgod.org/articles/love-the-racist-confront-the-sin

-          “Cinco fontes da nossa vergonha racial” por Kristin Tabb (em inglês)

http://www.desiringgod.org/articles/five-sources-of-our-racial-shame

  Livros

-          “Eu sou atlântica: a vida e trajetória de Beatriz Nascimento” livro em pdf por Alex Ratts (em português)

https://www.imprensaoficial.com.br/downloads/pdf/projetossociais/eusouatlantica.pdf

-          “Bloodlines: raça, cruz e o cristianismo”, livro em pdf por John Piper (em inglês)

http://www.desiringgod.org/books/bloodlines

-          “O genocídio do negro brasileiro”, livro por Abdias do Nascimento

https://drive.google.com/file/d/0B9bCapPj5QMEUE5ZVDAzbjB0XzA/view?usp=sharing

-          “Sociologia do negro brasileiro”, livro por Clóvis Moura

https://drive.google.com/file/d/0B9bCapPj5QMEOHlGcGNmODhKalE/view?usp=sharing

 Filmes

 -          Histórias cruzadas, 2011

-          A cor púrpura, 1985

-          Selma: uma luta pela igualdade, 2014

-          Mississipi em chamas, 1988

-          12 anos de escravidão, 2013

  Vídeos (Youtube)

-          “A mulata que não chegou” , por Nataly Neri

https://www.youtube.com/watch?v=02TBfKeBbRw

-          “Eu empregada doméstica” por Preta Rara

https://www.youtube.com/watch?v=_d_n-z3s8Lo

-          “Colorismo, ser negra e os mitos da mulher negra” por Nataly Neri

https://www.youtube.com/watch?v=DGGaLz_NYDo

-          “O racismo está em nosso dia a dia” por Emicida

https://www.youtube.com/watch?v=6bwajCsUjUc

-          “O racismo, a cruz e o cristão” por John Piper

https://www.youtube.com/watch?v=3MJ6yMfnf7k

With love,

Jade Christinne 

Garota sem fronteiras

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ELAS

Criadas. Como obra-prima, desenhada, planejada, em todas suas cores e formas ao olhar atento de seu Autor. 

Dos pequenos detalhes, aqueles menos visíveis, como o universo que existe em sua íris dos olhos, a cor do seu cabelo que muda quando bate a luz do sol... 

Até aqueles em que é impossível não perceber, como o jeito com que sorri, a forma como enfrenta seus medos e defende o que acredita.

Somos muito diferentes e ao mesmo tempo podemos dizer que temos muito em comum. Filhas, netas, mães, avós. 

Somos todas o resultado dos traços, dos ensinamentos, das histórias e da força (porquê não?) de outras mulheres. E é incrível pensar que nós também ajudaremos a construir a vida, a história de tantas outras. E quando formos as avós, as tias, as mães de alguém de um dia?  No Dia Internacional da Mulher, podemos refletir sobre que marca deixaremos para as futuras gerações...

Fomos feitas à imagem e semelhança do Amor. Fomos designadas para sermos confiantes, seguras, corajosas Naquele que nos assegura proteção, liberdade e propósito. Quando descobrimos quem somos e o significado pelo qual existimos, temos uma mudança em nossa perspectiva. Na forma como nos enxergamos, enxergamos o mundo e quem nos cerca. Quando nos descobrimos mulheres amadas e resgatamos nosso valor Naquele que disse que valeria a pena morrer por nós: aí sim, tudo começa a fazer sentido.

E porque estou falando disso? Porque não faz sentido pensar na minha identidade ou numa forma de feminilidade que exclui ou ignora a existência de Deus. Ele me criou e tenho plena convicção disso. Ele sabia exatamente o que estava fazendo quando me fez e é por ter encontrado meu valor Nele que compartilho meus pensamentos com vocês. Não depender da cultura ou daquilo que as pessoas pensam a meu respeito bem como não me definir a partir dos padrões impostos é tão somente um reflexo do que encontrei em Jesus. Ele é e sempre será minha definição de liberdade.

A realidade na qual estamos imersos sujeita mulheres e meninas à um desequilíbrio injusto de oportunidades, de relevância, de reconhecimento, de valor, de respeito. Somos constantemente objetificadas, silenciadas em nossas dores, ignoradas em nossas demandas. E é por isso que ser mulher nunca foi fácil, nunca foi um mar de rosas num mundo cor de rosa. Nunca foi e não será. Por muitas vezes, ser mulher significa algo triste para muitas. Vivemos numa sociedade que pressiona, que violenta, que aprisiona mulheres e meninas das formas mais brutais e que nos impede de... ser.

Jesus reconheceu tudo isso há muito tempo e encarou essa realidade por amor a nós todas. Ele acolheu as que foram rejeitadas, ouviu as que foram ignoradas. Deu-lhes voz. As encorajou a serem transformadoras em seus contextos e a serem como Ele mesmo o é.

Jesus não se conformou com as injustiças. Jesus não tratou ninguém com desigualdade. Porque o faríamos? Somos imagem e semelhança do Amor: que se deu, que abriu mão de si, que revolucionou a história, que impactou vidas e que nos disse: “vá e faça o mesmo”. (Lc 10:37).

Estamos prontas? Precisamos ser mulheres que lutam pela Verdade. De quem são, do que acreditam. Mulheres convictas sempre fazem a diferença, onde quer que estejam. E nossa convicção não será abalada nem pelo tempo, nem por outras pessoas. “Reveste-se de força e dignidade, sorri diante do futuro.” Provérbios 31:25

 Que sejamos essas mulheres.

Feliz dia internacional da mulher!

 With love,

Jade Christinne

Garota Sem Fronteiras

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Das estações da vida

Descobri que a vida é feita de estações e com o tempo, aprendemos a reconhecer o que existe de melhor em cada uma delas. Cada fase é acompanhada por um traço de mudança e precisamos começar a perceber a beleza que existe em cada uma delas. 

O ano de 2017 começou repleto de expectativas do que poderia vir a ser... Muitas interrogações e apenas uma palavra me vinha à mente: CORAGEM. Mas coragem... para o quê? Me perguntava o porquê de estar sendo levada a pensar tanto nessa palavra. Em pouco tempo, numa das minhas conversas com Deus, Ele me fez entender um pouquinho mais do que estava em seus planos. "Eu te desafio. Seja ousada o bastante para me dar seu coração neste ano. Tenha coragem suficiente para me conhecer." 

Me assustei um pouco ao ouví-lo e de início, pensei que sabia do que Ele estava falando naquele momento. Na verdade, hoje depois de quase 3 meses descobri que a coragem da qual Ele me fala é um processo. Não é algo que possa ser facilmente compreendido em sua totalidade, de primeira. É um caminho. Tenho descoberto que ter coragem é saber passar por cada uma das etapas e permanecer, perseverar em cada uma delas.

Janeiro foi um mês em que precisei mais do que nunca procurar descobrir o significado de ter coragem. Com a aprovação para um intercâmbio, sem nenhuma condição financeira de arcar financeiramente com essa oportunidade e com um desejo enorme de viver essa experiência, só conseguia dizer: "Jesus? O que eu faço com tudo isso"? Precisei mergulhar no coração Dele, para deixar as minhas inseguranças de lado. Quando entendi que Ele estava escrevendo essa história e que tudo que eu precisava fazer era acreditar nisso, mergulhei de cabeça. E fui envolvida por uma força tão grande para lutar por isso, que não poderia ter vindo de mim mesma, apenas Dele. Todo dia, um desafio, um obstáculo novo... Mas também força suficiente pra enfrentar cada um deles e pra não desistir com um "NÃO".  Continua. Segue em frente. Respira. 

Fevereiro chegou e vi um sonho se realizar. Me mudei para NY e me deparei com a realidade de que estava vivendo algo que não achei que seria possível à pouquíssimo tempo atrás. Quando paro para pensar no lugar em que meus pés pisam agora, quando olho pro alto e penso, "foi Você"... Sou apenas gratidão. E a cada dia, Ele não deixa de me surpreender. Os pequenos detalhes, até mesmo aqueles dos quais ninguém se lembraria... Ele se lembra! Faz questão de me relembrar do seu amor para que eu não tenha dúvida.  Esse amor leva embora os meus medos todos num piscar de olhos e me ensina a confiar. Porque essa foi uma das minhas descobertas recentes: ter coragem é também aprender a confiar. Não em nós mesmos ou em nossas próprias capacidades de "ser, fazer ou acontecer", até porque falhamos (e muito) nisso. Mas confiar em Deus, naquele que é maior do que a gente e que conhece os nossos sonhos melhor do que nós mesmos. Ele, que sabe exatamente do que eu preciso, mesmo quando não reconheço as minhas maiores necessidades. Ele, que me vê como ninguém vê, que sabe de todas as verdades sobre o que penso, o que sinto e que ainda assim me ama. Descobri que para confiar Nele precisamos ter coragem de nos lançarmos nesse Amor, assim mesmo como estamos agora. 

“Mas eu, quando estiver com medo, confiarei em ti. Em Deus cuja palavra eu louvo, em Deus eu confio e não temerei.” Sl 56:3-4

Não importa quantas vezes deu errado, quantas vezes falhamos nisso... Ele nos quer agora e se ainda existe 1% de chance de tudo ser diferente, precisamos nos apegar corajosamente à essa chance. Porque será ela que nos manterá lutando, será essa pequena porcentagem de certeza que nos levará além da nossa superficialidade humana.  E além do mais, Deus não se limita às nossas probabilidades. Tive a oportunidade de ver com meus próprios olhos Ele pegar a desesperança, o medo, toda fragilidade e aquele 1% de chance de tudo se reverter e transformar em algo real e completamente novo. Reescrever impossibilidades tornando-as possíveis. Ele é bom nisso, garanto. Como estações... Ele faz galhos secos florescerem, colore os dias nublados, aquece nossos antigos sonhos frios. Essa é a minha história. 

E agora, Março. Mal posso esperar por aquilo que Ele irá me ensinar. Ainda estou aprendendo o que coragem significa e nunca imaginei que ficaria feliz em não saber de algo. É o que me dá a oportunidade de descobrir, de reaprender o que achei que já soubesse. Viva as estações!

With love,

Jade Christinne Garota sem Fronteiras

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DIA MUNDIAL DA JUSTIÇA SOCIAL  - Precisamos falar sobre justiça

Justiça. O que é justiça pra ti?

Descobri que ontem foi comemorado o Dia Mundial da Justiça Social. No intuito de se promover uma conscientização coletiva quanto a questões como a pobreza, a exclusão e o desemprego, a Assembleia Geral das Nações Unidas oficializou o dia 20 de Fevereiro – desde 2009-  como sendo o Dia Mundial da Justiça Social. Dá pra acessar a resolução na íntegra por aqui: http://undocs.org/A/Res/62/10

Ao designar essa data, a Assembleia “reconhece a necessidade de consolidar os esforços da comunidade internacional no domínio da erradicação da pobreza e no que se refere a promover o pleno emprego e o trabalho digno, a igualdade de gênero e o acesso ao bem-estar social e à justiça para todos”.

Isso tudo me faz pensar em muitas coisas. Em meu papel para a efetividade deste objetivo, por exemplo. Como posso contribuir para uma realidade de justiça social num contexto de injustiça generalizada?

 Como combater a corrupção que se arraíga nos costumes, nos hábitos? 

Como lutar por direitos dos que perecem à margem de atenção do sistema (e de todos nós, muitas vezes), à sombra da vulnerabilidade e do esquecimento? Como não invisibilizar a dor dos que são constantemente ignorados? Porque tudo isso diz respeito à justiça.

JUSTIÇA:

s. f: “Tem a sua origem no termo latino iustitĭa e refere-se a uma das quatro virtudes cardinais (ou cardeais), aquela que é uma constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido. A justiça é aquilo que deve fazer de acordo com o direito, a razão e a equidade”.

O termo justiça pode ter muitas aplicações. Das mais diversas que envolvem a filosofia, a religião, a ética, a moral, o direito. E envolvem a mim, a você.  

A justiça social é portanto uma reformulação moderna de ideias já preconizadas no século XIX pelos “tomistas”, ou seguidores das ideias de São Tomás de Aquino, padre e filósofo nascido no século XIII. São Tomás de Aquino pregava que a fé e a razão não podiam ser pólos opostos, contraditórios, e de acordo com este pensamento, o conceito de “justiça social” foi desenvolvido. Ele previa que em uma sociedade democrática TODOS os seres humanos são dignos e possuem a mesma importância.  Por isso, possuem direitos e deveres iguais não apenas em aspectos econômicos , mas também relativos à saúde, educação , trabalho, direito à justiça e manifestação cultural. Segundo o conceito de justiça social, desenvolvimento não pode se resumir ao crescimento econômico, já que envolve também a justiça distributiva (que diz que cada cidadão deve receber o que lhe é devido), as liberdades políticas e os direitos civis, as oportunidades sociais, a transparência na esfera pública e privada e a proteção social. Não faz sentido falar de desenvolvimento sem incluir o acesso irrestrito à educação, à saúde, ao crédito, aos bens públicos, à posse da terra, à titularidade de imóveis e a tudo o que é indispensável a uma vida de boa qualidade em uma sociedade democrática moderna.

É interessante pensar nas origens dessa definição de justiça e no alcance que ela obteve até hoje. Refletir sobre justiça social ainda tem tudo a ver com os nossos dias. E nessas horas,  gostamos de pensar que estamos do “lado certo da história”. Daqueles que não se conformam com as injustiças, que lutam por direitos, que bradam por igualdade, que são conscientes, sensíveis, críticos. Mas... será que o somos de fato?  Somos os heróis desse sistema falido?

Nossa cultura e nossa história nos dão os inúmeros motivos: discriminação racial, corrupção, aborto, imigração, política internacional, crises econômicas, guerras, vítimas... A ideia de “justiça social” parece surgir como uma perfeita solução para todos esses problemas.  Mas, para todas as etnias, segmentos sociais, afiliações políticas, tanto para mulheres quanto para homens, a pergunta que surge é: qual é a justiça correta?

 1.       Tenho sido levada a perceber cada vez mais o papel que fui criada para exercer . Meu coração pulsa por uma realidade em que todos e todas tenham direito à dignidade e à proteção.Cada vez mais tenho tido a chance de me encontrar na luta pelo outro e, sabe? Isso não é por acaso. E isso não vem de mim, essencialmente.  Até porque humanamente falando, nosso impulso é agir e pensar egoisticamente (“primeiro, quando não apenas, em nós mesmos”) . Meu referencial é Jesus e a partir de quem Ele é, compreendo o que é justiça. A partir de quem Ele pode ser em nós, é que buscamos a justiça correta.

 “Os homens maus não entendem a justiça, mas os que buscam o Senhor a entendem plenamente.”  Provérbios 28:5

 Jesus é um exemplo concreto do que significa se esvaziar de si pelo outro.  Pois “Deus fez daquele que não tinha pecado algum a oferta por todos os nossos pecados, a fim de que nele nos tornássemos justiça de Deus” (2 Co 2:21). Ele, “a si próprio se tornou maldição em nosso lugar” (Gl 3:13), “o Justo, pelos injustos” (I Pe 3:18).

Um compreensão sobre justiça centrada em Cristo, nos retira de dentro de nós mesmos e nos leva a considerar o próximo, porque ELE ME CONSIDEROU.

2.       A perspectiva de justiça social que estamos abordando , não somente considera a existência de pessoas em situação de vulnerabilidade e esquecimento como opera meios de AGIR em prol dessas pessoas. E é aqui, que surge um questionamento comum: “Mas como Deus pode continuar a ser um referencial de justiça, se não vemos o que Ele tem feito pelas pessoas vulneráveis? Se Ele é um referencial de justiça, porque deixa que pessoas morram de fome, de frio? Se Deus é justo, porque os abandonou”?  São muitas as perguntas que surgem. A realidade é que não foi Ele quem as esqueceu, mas nós. Não foi Deus quem as abandonou. Fomos nós.

Se Jesus é o nosso referencial, devemos agir por intermédio Dele e por amor a essas pessoas. Se existem pessoas que morrem de fome e de frio, somos nós que devemos nos responsabilizar. Deus nos dá recursos, ideias, estratégias para que possamos  fazer pelas outras pessoas aquilo que gostaríamos que fizéssemos por nós mesmos: isso é amor (Mt 22:39). Mas por vezes estamos mais ocupados procurando por culpados do que efetivamente engajados em AGIR para mudar a realidade de injustiças em que nos inserimos.

Jesus refletiu o senso de justiça de Deus ao ir de encontro aos que a sociedade repudiava, ao considerar suas necessidades e ao AGIR por amor aos vulneráveis. E que nós temos feito?

 3.       Jesus se recusou a submeter-se à ordem estabelecida.  E nos convidou a fazer o mesmo através de Paulo, dizendo: “ não se amoldem ao sistema deste mundo, mas sejam transformados pela renovação das suas mentes...” (Rm 12:2).  Pensar em justiça social a partir desse referencial é “não se conformar” e portanto, se conecta diretamente ao propósito de Deus para a humanidade.  As palavras “comodismo”, “inércia”, “insensibilidade” não são compatíveis  com o evangelho. 

Se desejamos viver de modo digno desse evangelho precisamos considerar aquilo que é relevante para Deus e para Ele, garanto, a liberdade, a igualdade, a dignidade, o respeito e o amor fazem parte da mesma história, ainda que não sejamos os heróis dela (como pensávamos ser).  Aqueles que entendem quem Deus é, buscam a justiça porque ELE É a própria justiça. 

 Aqueles que olham pra Cristo não podem aceitar a desigualdade racial, a violência de gênero, o casamento infantil, o abuso doméstico... Aqueles que possuem Jesus como referencial não podem aceitar a corrupção, seja dentro ou fora de si.

 Enquanto  apoiarmos nossa definição de justiça social em Cristo, teremos alicerce bem firmado diante das turbulências desta era e do porvir.  Não importam quão graves sejam as injustiças, não serão suficientes para nos impedir de lutar.

Fica o convite. Podemos começar hoje.

“Aprendam a fazer o bem! Busquem a justiça, acabem com a opressão.” (Is 1:17)

With love,

Jade Christinne

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Conferência “Gênero, Ciência e Desenvolvimento Sustentável” Nações Unidas

Hello, adventurers!

No dia 11 de Fevereiro, comemorou-se internacionalmente o “Dia das mulheres e meninas na ciência”e eu não poderia deixar de atualizá-los sobre o assunto! A ideia de se criar uma data como essa surgiu no primeiro Fórum Mundial de Alto Nível sobre a Saúde das Mulheres e Desenvolvimento organizado pelo Royal Academy of Science International Trust (RASIT) e o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas realizado em 2015.

Na 70ª Assembleia Geral das Nações Unidas realizada ao final deste mesmo ano, uma resolução foi adotada (70/212) que proclamava o dia  11 de Fevereiro  como a data anual em que se celebraria o “Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência”. O apoio de mais de 68 países e a aprovação de todos os Estados Membros à resolução sinalizou o interesse da comunidade global em transformar nosso mundo através do alcance da paridade de gênero em oportunidade educacional e participação científica.

Tive a oportunidade de poder participar no âmbito das Nações Unidas de uma importante conferência. Se chama “Gender, Science and Sustainable Development: The Impact of Media”. Na Missão Permanente do Brasil, somos credenciados como delegates e por isso temos acesso à grande maioria das reuniões que acontecem dentro da ONU (exceto as reuniões “fechadas” ou restritas à membros específicos como embaixadores e ministros e às do Conselho de Segurança, por exemplo. Mas todas as outras, em geral, são liberadas). Estou preparando um post especial aqui no blog contando mais detalhes sobre como funciona o Programa de Capacitação Acadêmica da Missão, preparem-se e acompanhem as minhas redes sociais!

Mas voltando à Conferência, tive interesse em participar e pedi aos meus supervisores. Eles me autorizaram e pude preparar um relato sobre tudo que aconteceu para enviarmos ao Brasil.

Não poderia deixá-los de fora dessa experiência! Discutir e aprender sobre gênero, ciência e desenvolvimento sustentável é essencial. O entendimento de que mulheres e meninas DEVEM e PODEM contribuir e impactar a sociedade é uma premissa básica neste blog. Somos capazes de fazer história e de mudar estruturas. A coragem e a força fazem parte do nosso manifesto.  Fomos criadas para sermos revolucionárias em nossos contextos, em nossas relações e atitudes. Assim sendo... hahaha deixem-me contar como foi:

A conferência foi organizada pelo Governo de Malta em parceria à Academia Internacional de Ciência Royal (RASIT), que têm trabalhado para assegurar a adoção da Resolução (70/212: Link A/70/474/Add.2 ) bem como a inclusão deste dia no calendário oficial das Nações Unidas. A temática escolhida para 2017, possui como foco principal o impacto da mídia no empoderamento de mulheres e meninas na ciência e sua contribuição para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Fez uso da palavra, o Presidente da 71ª AGNU e RP da República de Fiji, Peter Thomson e recordou que a história global é repleta de exemplos de mulheres que produziram impacto social através da ciência e ressaltou que a importância de suas contribuições nos campos  da matemática, da física e da biologia precisam ser resgatadas. Qualificou “alcançar a paridade de gênero”,  um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável preconizados pela Agenda 2030, como uma  grande conquista desta geração. Ressaltou ainda, que as mulheres possuem habilidade para atuar com diversas áreas do conhecimento e que estas habilidades devem ser valorizadas e reconhecidas.  Salientou a necessidade de se incentivar meninas a investirem em carreiras na ciência e de aperfeiçoarem seus talentos nesses campos.

Em seguida, a Princesa Dr. Nisreen El-Hashemite, fundadora e presidente da Liga Internacional de Mulheres na Ciência, realizou intervenção na qual questionou quais são os sonhos atuais para mulheres e meninas no contexto científico. Ressaltou a importância do trabalho conjunto das Nações Unidas para a realização destes sonhos.

Merece destaque, a posição defendida pela Ministra de Diálogo Social, Relações de Consumo e Liberdades Civis de Malta, Dr. Helena Dalli que afirmou que “ a exclusão de mulheres dos campos de atuação profissional científica , limita o desenvolvimento”.  Ao citar o longa-metragem americano  “Hidden Figures” (2017)  que protagoniza o papel de cientistas negras na corrida espacial norte americana, recém lançado no Brasil, Dalli salientou que as mulheres devem ser relembradas em seu papel imprescindível para a ciência. 

*Assista o trailer do filme aqui: https://www.youtube.com/watch?v=wx3PVtrU-Os

Para isso, enfatiza a centralidade da mídia que num contexto histórico, sempre exerceu impacto na construção de papéis estereotipados de mulheres em seus comportamentos e ideias.  A ministra reconheceu que a criação destes estereótipos afeta diretamente a perspectiva de jovens meninas sobre suas capacidades na ciência como engenheiras, professoras e líderes. Diante das estatísticas que evidenciam mulheres como a minoria histórica da ciência  e que retratam ainda nos tempos atuais a desigualdade de salários e no exercício de suas funções se comparadas aos homens neste contexto, a ministra destacou a necessidade de se romper com estes rótulos e de se remodelar o papel feminino na ciência.

A primeira sessão da Conferência contou com outros discursos que acentuaram a importância de se ressaltar e difundir a capacidade intelectual de mulheres e meninas, a habilidade e a adequação feminina aos campos profissionais que envolvem a ciência. A mídia foi realçada como um instrumento central para a difusão de informações sobre o assunto bem como para a promoção de campanhas que sejam aliadas no processo de conscientização e de representatividade social. “O mundo precisa da ciência e a ciência precisa de mulheres”, conforme dito por Marie Paul Roudil, representante da UNESCO em discurso.  

Em segunda sessão da Conferência, o RP da República da Bulgária, Georgi Velikov Panayotov fez especial menção ao fato de que mulheres ainda têm sido alocadas para cargos hieraquicamente inferiores aos dos homens no campo científico e tecnológico sob o pretexto machista de “incapacidade” mesmo quando possuem formação que comprove sua capacidade intelectual. Em concordância, o RP do Canadá, Marc- André Blanchard acentuou que devemos fazer mais e melhor do que já tem sido feito com relação às mulheres e meninas na ciência. Acrescentou que a mídia deve  enfatizar a ciência como um campo para muheres . O RP de Palau, Dr. Caleb Otto reiterou que atualmente já obtivemos progresso e avanço na criação de oportunidades e na difusão de informações  às meninas e mulheres quanto à ciência, entretanto a desigualdade de gênero ainda se apresenta como um obstáculo que precisa ser vencido para que haja desenvolvimento.

Ao final da conferência, o painel “Perspectiva de Cooperação para o Desenvolvimento: Sobre o Papel da Mulher na Ciência e da Mídia na Implementação dos ODSs” trouxe intervenções e questionamentos  de mulheres da República de Malta ligadas ao campo acadêmico, professoras e cientistas que via transmissão pela internet,descreveram a função da mídia de comunicar o papel  feminino históricamente  e que neste sentido, deve integrar as mulheres e meninas ao avanço e ao desenvolvimento científico.  O acesso destas mulheres e meninas  à tecnologia , é portanto nesta pespectiva um aspecto imprescindível do desenvolvimento sustentável.  Em discurso, a Diretora Adjunta do Escritório das Nações Unidas para a Cooperação Sul-Sul, Dra. Inyang Ebong – Harstrup ressaltou  que o Brasil tem feito um grande trabalho nos esforços de se integrar mulheres aos campos da ciência e da tecnologia principalmente em carreiras do setor energético. Ainda há muito o que ser feito. Precisamos lutar pela valorização das mulheres nesse campo, incentivar, estimular as meninas que desejam se inserir como pesquisadoras, professoras, líderes, estudantes na ciência. 

A Conferência “Gênero, Ciência e Desenvolvimento Sustentável: o Impacto da Mídia” reafirma a importância de uma participação equitativa das mulheres e meninas na ciência  no intuito de se implementar de modo eficaz a Agenda 2030 e reitera o compromisso e o engajamento global  de todos os países em “não deixar ninguém para trás” ao compasso das transformações desta era. Reconhecer a igualdade de gênero como um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável é também compreender o papel centralizador que mulheres e meninas podem exercer em seus contextos quando inseridas nos múltiplos processos de construção da liberdade e da autonomia. 

Existe uma tendência generalizada de se invisibilizar o trabalho científico realizado por mulheres ao longo da história. À margem de grandes nomes (sempre masculinos) que permeiam descobertas e estudos científicos, mulheres brilhantes são esquecidas e desvalorizadas. Seus estudos e contribuições são por (MUITAS) vezes atribuídos primordialmente à homens ao invés de suas próprias criadoras. Quantos homens importantes na ciência você conhece? Certamente já ouviu vários nomes: Einstein, Isaac Newton, Darwin, Galileu... E quantas mulheres? Fomos ensinados a nos esquecer de algumas das contribuições mais importantes da ciência realizadas por mulheres. Simplesmente não as conhecemos. Não ouvimos falar sobre elas nas escolas, nem mesmo na mídia, nos livros. E porquê? Porque sob o pretexto machista e excludente de que mulheres são “INCAPAZES”,  durante muitos anos mulheres foram desvalorizadas, consideradas inferiores e não só na ciência, como em todos os demais aspectos da sua existência. Não podíamos estudar, não podíamos votar, não podíamos participar dos espaços de tomada de decisão e de influência. A história nos comprova isso. O que vivemos hoje é um resquício machista e limitador de um passado no qual as mulheres vivíam em sociedade mas completamente à parte dela, excluídas de exercerem seus direitos como cidadãs, como trabalhadoras... Humanas. Dotadas de ideias, opiniões. Isso precisa mudar! Vejam só quantas descobertas foram realizadas por mulheres cientistas ao longo da história:

Existem tantas outras para se adicionar à esta lista. Um dos discursos na segunda sessão, foi de uma representante da GE Global Research, chefe de “Mulheres na Tecnologia” a Dr. Janeel Uzzell, que nos incentivou a imaginar como seria um mundo em que grandes cientistas fossem reconhecidas por seu trabalho e fossem famosas, grandes celebridades. Ela trouxe um vídeo fantástico de uma das campanhas da empresa sobre essa perspectiva falando sobre a cientista Millie Dresshaul, a primeira mulher a  ganhar uma medalha nacional em Engenharia. ASSISTAM NOW: https://www.youtube.com/watch?v=sQ6_fOX7ITQ

Esse vídeo me emocionou. Me fez pensar no quanto o esforço, a dedicação dessas mulheres e meninas brilhantes deve ser lembrado. O meu desejo é de poder incentivar você que está lendo, a também fazer parte desse movimento. #WomenInScience #MakeItHappen é um desafio para o Brasil e para todos os outros países. É uma campanha que todos nós podemos participar. Podemos levar informação, difundir conhecimento, podemos incentivar meninas à estudarem, a lerem, a serem as melhores estudantes e futuras profissionais que puderem ser. Podemos desconstruir todos os dias esse sistema desigual em que nos inserimos e lutar por mais oportunidades, por acesso. Podemos questionar, provocar reflexões onde estivermos e contribuir de pouquinho em pouquinho para que outros e outras possam viver melhor. Estamos lutando por hoje e por um amanhã de dignidade e justiça para nossas filhas, netas e bisnetas. Não fique de fora. 

With love,

Jade Christinne 

Garota sem Fronteiras 

LINKS MEGA IMPORTANTES PARA QUEM QUER COMEÇAR AGORA:

- “Passo a passo (de A a Z) de como ter atitudes práticas que colaborem com essa causa” (em inglês): http://womeninscienceday.org/TakeAction-AZ.html

- “Por quê existem tão poucas mulheres na ciência?” (em inglês): http://www.nytimes.com/2013/10/06/magazine/why-are-there-still-so-few-women-in-science.html

- “Conheça a história de mulheres na ciência: ontem e hoje” (em português): http://mulheresnaciencia-mc.blogspot.com/

- “Estudo sobre mulheres brasileiras na ciência” (em português): http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142003000300016

- “Artigo sobre a trajetória de mulheres na ciência” (em português): http://files.dirppg.ct.utfpr.edu.br/ppgte/eventos/cictg/conteudo_cd/E5_Mulheres_na_Ci%C3%AAncia.pdf

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“And the adventure begins...” (PART II)

Hello travelers!

Hoje vamos continuar conversando sobre esta aventura em Nova Iorque. O episódio de hoje será sobre o ECOSOC - Youth Forum 2017,  o qual tive a honra de poder participar representando o programa "Embaixadores da Juventude" nesses últimos dias! 

Este Fórum da Juventude já estava previsto para acontecer desde o ano passado no início do programa embaixadores e havíamos sido avisados que três de nós seriam selecionados para realizar esta viagem. Passei por um processo seletivo e tive a alegria de receber essa novidade. Fui selecionada juntamente ao Alexandre e à Fátima, outros dois jovens embaixadores incríveis que pude conhecer ao longo do programa. 

Como já sabem, recebi a notícia de que também havia sido aprovada para o Programa de Capacitação Acadêmica da Missão Permanente do Brasil em NY logo após e então tudo ficou uma grande loucura. hahahaha Optei por aproveitar as passagens de ida para o evento no dia 28 de Janeiro (que terminaria no dia 31) e já ficar direto para o programa da Missão que só teria início em Fevereiro, alterando apenas minha passagem de volta para Maio. E agora aqui estou. A experiência no Youth Forum foi um marco na minha trajetória e nunca me esquecerei do que foi estar naquele lugar.  Mas primeiramente vamos às informações principais:

- O QUE É O ECOSOC YOUTH FORUM? É "Fórum da Juventude" do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas. Este Fórum acontece anualmente desde 2012 e insere a juventude nos debates sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável* (ODS) e sobre a Agenda 2030. Este ano aconteceu nos dias 30 e 31 de Janeiro, no Trusteeship Council, UN Headquarters.

- PORQUE UM ESPAÇO COMO O YOUTH FORUM É TÃO IMPORTANTE? Acho que vocês já até sabem a resposta para esta pergunta. Um evento como esse oferece à juventude global um espaço e uma oportunidade única de verbalizar suas opiniões, compartilhar suas ideias e pensar coletivamente em formas estratégicas de se promover o desenvolvimento sustentável.

- MAS COMO FOI EXATAMENTE ESTA EXPERIÊNCIA? Okay, vamos aos detalhes. Este blog é sua fonte mais completa de informações sobre como funciona esse espaço por dentro. Participam dos debates autoridades dos estados membros ECOSOC, representantes governamentais (em primeira instância), representantes de órgãos voltados para a juventude e representantes propriamente ditos da juventude (os Youth Representatives ou Youth Delegates) e é aqui que nós entramos. 

Fui escolhida pela UNODC, agência das nações unidas criadora do Programa Embaixadores da Juventude, para juntamente com meus outros dois colegas brasileiros exercer esse papel de Youth Representatives of Brazil. Além disso, existem observadores, funcionários da ONU e participantes da sociedade civil que também estiveram no Fórum. Foram dois dias intensos de discussão em torno do tema principal deste ano que foi: "O papel da Juventude na erradicação da pobreza e na promoção da prosperidade num mundo em transformação". Este tema é INCRÍVEL e engloba muitas questões concernentes à juventude brasileira. Temos muito o que dizer e o que aprender com outros países no que diz respeito à esta temática. Dentro deste campo temático, tivemos duas fases: no primeiro dia com as "Breakout Sessions on SDGs" que nos inseriram dentro de uma perspectiva temática mais específica, de acordo com a nossa área de atuação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.  Foram seis grupos principais: 

1. "Erradicar a pobreza em todas as suas formas e criar empregos decentes para a juventude". https://www.un.org/ecosoc/sites/www.un.org.ecosoc/files/files/en/2017doc/Ending-poverty-and-creating-decent-jobs-for-youth.pdf 2. "Erradicar a fome, alcançar a segurança alimentar e nutrição aperfeiçoada e promover a agricultura sustentável." https://www.un.org/ecosoc/sites/www.un.org.ecosoc/files/files/en/2017doc/End-hunger-achieve-food-security-and-improved-nutrition-and-promote-sustainable-agriculture.pdf 3. "Garantir a vida saudável e promover a qualidade de vida para todos em todas as idades." https://www.un.org/ecosoc/sites/www.un.org.ecosoc/files/files/en/2017doc/Ensure-healthy-lives-and-promote-well-being-for-all-at-all-ages.pdf 4. "Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas." https://www.un.org/ecosoc/sites/www.un.org.ecosoc/files/files/en/2017doc/Gender.pdf 5. "Construir uma infraestrutura resiliente, promover industrialização sustentável e inclusiva e fomentar inovação". https://www.un.org/ecosoc/sites/www.un.org.ecosoc/files/files/en/2017doc/Build-resilient-infrastructure-promote-inclusive-and-sustainable-industrialization-and-foster-innovation.pdf 6. "Conservar e utilizar de modo sustentável os oceanos, os mares e recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável". https://www.un.org/ecosoc/sites/www.un.org.ecosoc/files/files/en/2017doc/Conserve%20and%20sustainably%20use%20the%20oceans%2C%20seas%20and%20marine%20resources%20for%20sustainable%20development.pdf

Me senti muito preparada pelo programa "Embaixadores da Juventude" para participar de todos esses painéis, sério. As discussões estavam alinhadíssimas a cada um dos módulos que tivemos em Brasília e além disso, fomos orientados a produzir um "Position Paper" sobre cada um desses subtemas. Vou compartilhar o link do meu com vocês para que vocês possam ler tudinho e se apaixonar por esses temas como eu também pude. (https://drive.google.com/file/d/0B0--23t8omnAd2ZBN1NrbURpTzQ/view?usp=sharing)

Cada um escolhia o seu grupo e participava conjuntamente aos demais. As "Breakout Sessions" eram definitivamente os melhores e mais produtivos momentos pois tínhamos  a oportunidade de falar e de ouvir nossos colegas. Eram espaços mais interativos e que cumpriam mais a proposta inicial de se protagonizar a juventude. Não que os outros espaços de discussão tenham sido ruins. Muito pelo contrário. Mas realmente acredito que alguns aspectos poderiam ser aperfeiçoados para que a juventude possa de fato se sentir reconhecida no Fórum, a partir de como por exemplo se davam a dinamicidade e a interatividade dos painéis. Ainda faltam mais espaços fluidos de fala para os jovens, apesar de os termos representados ali. Tornar a atmosfera e a identidade do Youth Forum verdadeiramente JOVEM implica em remoldar e remoldar alguns detalhes importantes. Acho que a formalidade e a necessidade de atender um modelo, padrão rígido de um evento dentro da Sede das Nações Unidas acaba por engessar um pouco aquilo que poderia ser um espaço ainda mais dinâmico, mais interativo para os jovens como um todo.

O ECOSOC também contava no segundo dia com um outro tipo de Breakout Session, desta vez com um enfoque regional. Nos dividimos em grupos de acordo com cada região: África, Europa e América do Norte, América Latina, Caribe, Ásia e Pacífico e região Árabe. Este foi um momento importantíssimo dos debates. Tivemos a oportunidade de desenvolvermos um olhar mais sensível para a realidade específica (e muitas vezes similar) na qual os países de uma mesma região se inserem. Encontramos alguns dilemas comuns, compartilhamos experiências, ideias e foi bastante enriquecedor participar deste espaço de diálogo, de construção coletiva.

Além disso, houveram também palestras mais gerais das quais todos participamos, como por exemplo a que discutiu o papel da tecnologia na implementação dos ODS e a mesa redonda de discussão entre Ministros e outros panelistas de Alto Nível sobre a temática principal. Algumas frases que anotei para compartilhar com vocês e que foram ditas por lá:

“Quando virem injustiças, FALEM. Onde faltar esperança, SEJA A ESPERANÇA.” Ahmad Alhendawi, United Nations Secretary-General Envoy on Youth.

“Oportunidades poderão ser meios de dar suporte à individualidade da juventude. Jovens podem assumir um papel ativo na construção de direitos políticos,econômicos e sociais para todos. O endosso do potencial juvenil não pode ser deixado de lado.” Representative of the Kingdom of Bahrein

“Ninguém deveria ditar quem é mais merecedor de justiça, de acesso ou de oportunidades do que os outros. Surviving and making a sense of justice visible and heard is already an act of rebellion”. Mrs Thisha Shetty, CEO SheSays India and Young Leader for the SDGs.

“A maioria dos jovens à sua volta estão conscientes sobre o que está acontecendo no mundo? Sabem o que de fato significa o "desenvolvimento sustentável”. BOAS INTENÇÕES não serão suficientes para trazer um fundamento sólido em que se assente à difusão de conhecimento sobre os ODS.”  Mr. Niels Caszo, President of AIESEC.

Resumidamente, foi isso <3 Participar do ECOSOC Youth Forum me encheu de alegria. Estar num espaço de transformação global, com pessoas que enxergam na juventude essa força que eu também enxergo para mudar a realidade em todos os seus segmentos, sejam sociais, políticos ou culturais, foi um presente de Deus. Aprendi bastante. Descobri coisas em mim que preciso melhorar. Entendo ainda melhor hoje a importância e a responsabilidade que significar verbalizar-me como jovem brasileira em espaços como este. Me sinto inspirada, encorajada por tudo o que vi e ouvi e desejo fazer parte dessa geração de jovens que não se silenciarão ante às injustiças, não se calarão diante diante da desigualdade e da escassez mas se farão audíveis para contar aos quatro ventos as respostas e traduzir a esperança universalmente. 

Só tenho a agradecer ao Programa "Embaixadores da Juventude" da UNODC em parceria à Caixa Seguradora por me proporcionarem mais essa aventura, por acreditarem em mim e comigo naquilo que o Brasil ainda pode se tornar através de jovens sonhadores. Este é apenas começo e ainda há muito mais por vir.

With love,

Jade Christinne

* Objetivos do Desenvolvimento Sustentável: NÃO SABE O QUE É ISSO? Descubra aqui: https://nacoesunidas.org/pos2015/  e faça parte deste movimento global!

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And the adventure begins (PART I)

Hello everyoneeeee!

São tantas novidades pra compartilhar com vocês. Desde nosso último post, nossa realidade mudou 360 graus! Escrevo aqui, diretamente de NYC de meu quarto no Webster Apartaments às 00:03. Fazem seis graus lá fora e confesso, que toda vez que penso nisso tudo fico muito grata. Nunca pensei que 2017 começaria de um jeito tão diferente e isso é incrível. Deus é extraordinário e não me canso de dizer isso nunca! Mas vamos às novidades: meu vôo para NYC teve uma conexão no Panamá de doze (SIM, DOZE) horas. Mas aproveitamos esta oportunidade para conhecer a Cidade do Panamá. Alugamos o serviço de uma pequena van para nos levar (eu, os outros dois embaixadores que foram selecionados comigo para participar do ECOSOC, Alexandre e Fátima além da equipe do UNODC) ao Canal do Panamá. Foi um passeio maravilhoso!

As ruas são uma graça! Num estilo bem clássico, com pracinhas bem arborizadas, pequenos prédios coloridos ao lado de ruínas de igrejas antigas. 

Descobrimos o Canal do Panamá e o local além de histórico também conta um pouco da história da cidade e da cultura panamense.

Pra fechar nossa aventura no Panamá com chave de ouro, fomos a um restaurante de culinária peruana maravilhoso chamado “Nazca 21 Restaurant”. Pensem num lugar incrível. Só de pensar nos pratos aqui já me deu água na boca! <3

Conhecer o Panamá ainda que por poucas horas foi uma experiência muito boa e quero guardar todas essas memórias com carinho. Quero voltar lá algum dia e conhecer mais ainda (deixo aqui registrado hahaha).

Mas não acabou por aí! CHEGAMOS EM NYC e este é apenas o começo da história.

(to be continued)

...

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MISSÃO NEW YORK: Nações Unidas

Hello eveyone!

Essa é a campanha de crowdfunding que eu criei! Optei pelo Catarse e organizei tudinho por lá...Participem e compartilhem com todos que puderem. <3 Vamos construir essa história juntos.

https://www.catarse.me/missaoNY?ref=project_link

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E quando você menos espera...

REAÇÃO 01:

REAÇÃO 2:

LIKE... This is the real world ? A sensação é aquela que a gente tenta guardar na mente para nunca se esquecer. Uma mistura de frio na barriga, com um calor que percorre todo o corpo. Uma vontade de dançar e de pular... YES! Fui selecionada para participar do Programa de Capacitação Acadêmica da Missão do Brasil Junto às Nações Unidas, em N E W  Y O R K!!!!!!!! Can you believe it? Jesus really knows how to turn life upside down!!! O início do programa é dia 06 de Fevereiro de 2017 e vai até Maio. Serão três meses de aventura e de muito aprendizado trabalhando em DELBRASONU. Não achei que isso pudesse acontecer e ainda mais agora que já estaria embarcando pra lá. A ideia é de poder aproveitar a ida e apenas reagendar a volta. São tantas coisas para pensar que não sei nem por onde começar... Mas vamos lá. O programa de capacitação acadêmica não remunera seus estudantes (apesar de exigir dedicação exclusiva) e o participante precisa arcar INTEGRALMENTE com os gastos para seu deslocamento e permanência nos Estados Unidos. Apesar do programa ser incrível, este é um ponto que precisa ser problematizado. Porque não se oferece um tipo de auxílio aos estudantes? Ainda que não seja possível oferecer a todos, a iniciativa seria bem mais inclusiva se oferecesse bolsas de auxílio financeiro aos que comprovem não ter condições, como é o meu caso. É excludente na medida em que não expressa (nem o sistema Nações Unidas, nem o governo brasileiro) intenção de estimular o jovem brasileiro ou de apoiar sua candidatura se não atender a um padrão financeiro x. Um padrão no qual a grande maioria de nós, jovens, não se enquadra. Mas isso não é um motivo para desistirmos não é? Uma oportunidade dessas não bate à porta todos os dias... E ainda que eu esteja tremendo nas bases, sem sequer saber com que dinheiro irei garantir minha moradia, minha alimentação irei fazer a minha parte. Levantar recursos, fazer campanhas que engagem a minha comunidade neste sonho. É isso. O PLANO É: 1) Agendar reuniões com possíveis investidores e instituições às quais estou vinculada. 2) Enviar e-mails à entidades governamentais, órgãos, pessoas que possam apoiar financeiramente esse objetivo. 3) Investir numa campanha de crowdfunding (financiamento coletivo) para mobilizar a internet. 4) Realizar eventos micro e macro que proporcionem esta causa se tornar conhecida e sensibilizar tantos quanto possível. 5) Nunca parar de acreditar: É POSSÍVEL. Então vamos fazer a nossa parte para que isso aconteça. Precisamos entregar esse sonho nas mãos de Deus mas também fazer aquilo que estiver ao nosso alcance, não é ?

Here we go!

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News News News

Hello everyone! 

2017 já se inicia com muitas aventuras. O blog "Garota Sem Fronteiras" deseja um Feliz Ano Novo a todos e todas! Estou muito animada e desejo que este ano seja incrível para vocês, queridos leitores. <3 Postei um textinho lá no instagram (dá uma olhadinha por lá: @jadechristinne) falando sobre a palavra do meu ano: CORAGEM. Foi a palavra que Deus fez ressoar em meu coração para o próximo ano. Temos um código secreto entre nós para cada passagem hahaha e em 2017 estaremos ressignificando juntos o que esta palavra pode dizer. 

É engraçado, porque só de ouví-la já consigo me sentir mais perto Dele. É uma sensação que me faz tremer nas bases e que também me envolve com uma força tão grande, que não poderia vir de mim mesma, só do meu Abba. Não há nada de diferente em dormir e acordar num novo dia e para muitos a virada de ano pode ser "só isso". Mas quando conhecemos Jesus, quando descobrimos o coração Dele, tudo se faz novo. Isso não tem muito a ver com uma data específica ou com fogos de artifício mas com uma disposição de se recomeçar e de se assumir os riscos desse recomeço. Ele pode te dar um novo início assim, num piscar de olhos e fazer os fogos de artifício acontecerem dentro da gente. Ele pode nos fazer alegres nos dias chuvosos, nos tirar pra dançar de madrugada, contar segredos no nosso ouvido e nos abraçar quando ninguém mais se importa. E é por isso que O amo. "Courage, dear heart" é o que Ele me diz. Em 2017, ouse, descubra, assuma os riscos dos meu Amor. Viva cada instante que eu te dou com intensidade pois cada momento é único. Sinta, transborde-se sem medo. Saia da sua zona de conforto, faça o que nunca fez e tenha o que nunca teve. E se falhar? Comece de novo, há um novo início te esperando em mim... Sempre.Que neste ano, todos possamos ir além do que sonhamos em Jesus e que Nele tenhamos coragem de redescobrir o universo inteiro. 

Minha primeira aventura este ano, será participar do Youth Forum do ECOSOC 2017 em Nova York, como Embaixadora da Juventude. Dá pra acreditar? Tive a honra de ter sido selecionada pelo UNODC para ir, com todas as despesas pagas à New York! That dreamy city. 

O mais louco disso tudo é que sempre assisti filmes, séries que se passaram em Nova York. Acompanhei vlogs de viagem de várias youtubers e blogueiras e sempre me senti inspirada por essas histórias. Mas nunca pensei que eu realmente teria a oportunidade de conhecer esse lugar incrível! 

E agora estarei lá de 28 de Janeiro a 02 de Fevereiro!!! Estaremos lá. Pois levarei vocês comigo. 

O tema do ECOSOC Youth Forum desse ano é: "The role of youth in poverty eradication and promoting prosperity in a changing world - #YOUTH2030" ("O papel da juventude na erradicação da pobreza e na promoção da prosperidade num mundo em transformação - #JUVENTUDE2030"). Será maravilhoso participar de tantos debates e discussões nesta temática. Se trata de uma proposta abrangente, ampla e que engloba muitos aspectos da juventude brasileira. Você pode visitar o site do ECOSOC e saber tudo sobre o que estará rolando por lá: https://www.un.org/ecosoc/en/node/902004. Se você tiver dúvidas ou sugestões sobre as pautas do Youth Forum você pode encaminhar diretamente ao e-mail do blog: garotasemfronteiras@gmail.com

Vamos lá!

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Encontro Internacional: “Políticas de Juventude e Desigualdades na América Latina” - DIA 04 -

Cidade do México, 01 de Dezembro de 2016, quinta-feira

Hoje foi um dia incrível. 

Saímos cedo para conhecer o Museu da Frida Kahlo, que ficava do outro lado da cidade. Para isso, foi necessário sair da estação Chapultepec pegar o sentido Pantitlan, descer na estação Balderas, pegar direção Universidad e descer na estação Coyoacán.

Cidades que possuem linhas variadas e articuladas de metrô facilitam (E MUITO) o trajeto de turistas e visitantes.  Indico a todos que conheçam a Cidade do México e que utilizem as linhas do metrô para isso. É bem mais barato do que táxis, rápido e se conseguir fugir da hora do rush saindo mais cedo de casa, melhor ainda! As linhas do metrô nos levaram para uma outra parte da capital. Radicalmente diferente da parte em que estávamos hospedados. Possivelmente por ser um local mais turístico (em virtude do Museu da Frida), era uma parte da cidade mais limpa, organizada. Até mesmo, a estação de Coyoacán era completamente diferente da estação inicial em que estávamos. Impressionante.

O Museu da Frida Kahlo é um lugar muito bonito. A entrada é um pouco cara (cerca de 120 pesos) mas vale a pena para todos os que desejam conhecer mais a fundo a história desta artista incrível. O ambiente carrega o visitante à uma atmosfera nostálgica e remonta os tempos de Frida e Diego. Objetos pessoais, os cômodos, os vestidos dela... Nos levam de volta a seu tempo. Frases impactantes dela estão por todo o lugar. Valeu MUITO a pena.

Depois de lá, eu e Alexandre decidimos ir conhecer outra parte da Cidade. Queríamos almoçar no Johnny Rockets (eu tenho um amor especial por este lugar desde Washington, como podem se lembrar! hahaha). Demos muitas voltas, pedimos informações a muita gente mas finalmente conseguimos chegar! Foi M A R A V I L H O S O.

Voltamos para o Hotel, participamos de um evento em comemoração ao DIA MUNDIAL de responsabilidade com o HIV AIDS. Tivemos a participação de especialistas que estudam o vírus HIV e a juventude. Tivemos a oportunidade de discutir políticas públicas que possam tornar essa uma questão discutida socialmente. Após as discussões, tivemos o encerramento do Encontro com discursos dos principais líderes e dos organizadores. Tiramos fotos oficiais...  

Depois disso fomos ao último jantar temático (jantar mexicano) com todos os participantes do encontro no Museu da Cidade do México. Pensem num lugar lindo? Foi ótimo! Me senti muito grata pela oportunidade de ter vivido esses dias e ter participado desse Encontro Internacional. Aprendi muito e descobri coisas que ainda não havia descoberto. Tive a chance de viver uma aventura incrível, de conhecer pessoas diferentes. Todas essas experiências que tenho vivido só me levam a ser mais e mais grata a Deus. Ele tem me dado oportunidades maravilhosas de crescer, de amadurecer e de adquirir conhecimento... Para que de algum modo possa torná-lo conhecido através das minhas vivências e para que eu possa compartilhar esse conhecimento adquirido com outros. 

É por isso que este blog existe. Ser "garota sem fronteiras" é saber-se parte de um todo muito maior e procurar formas de integrar-se a esse todo. É descobrir-se completa fora de si e ultrapassar todas as fronteiras para tornar-se quem fomos criadas para ser: LIVRES.

Essa é mais uma de nossas aventuras. Já espero pelas próximas. Here we go!

With love,

Jade Christinne

Garota Sem Fronteiras

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Encontro Internacional: “Políticas de Juventude e Desigualdades na América Latina” - DIA 03 -

Cidade do México, 30 de novembro de 2016, quarta-feira

Oii genteee! Mais um dia de aventuras aqui no México para compartilhar com vocês. 

Começamos com o café da manhã. Tínhamos frutas diversas, sucos, pães e (pasmem) um prato enorme de carne apimentada com tutu de feijão preto,um tipo de doritos e um molho com cebola. No início pensei: “ahhh tranquilo, um café da manhã normal de hotel” e depois fiquei tipo: “PERA, isso é almoço”?

Em seguida, tivemos o Painel II sobre “As políticas e a transversalização da perspectiva de juventude como ferramenta para combater as desigualdades sociais na região” que foi conduzido pelo Organismo Internacional da Juventude para a Iberoamérica (OIJ). Tivemos a oportunidade de enxergar cada jovem como sujeito de direitos e as nações ali representadas como aliadas estratégicas na implantação desta perspectiva mundialmente. A transversalização das pautas da juventude podem impactar diversos espaços de discussão e neste âmbito podem se enquadrar todos os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Precisamos estar todos comprometidos coletivamente com a justiça social e nesse sentido, é possível dar impulso à projetos e iniciativas que reduzam desigualdade. A desigualdade se enfrenta com políticas que reconhecem o exercício da diversidade pela juventude como um todo.

Existem pessoas são diversas, são diferentes em seus contextos, suas histórias e devem todas ser incluídas nessas políticas. Políticas que as permitam ser inseridas em sua particularidade sendo todas elas destinatárias de uma vida digna e de qualidade. A política é uma forma de exercício coletivo, de integração geral.

Trazendo para um contexto ainda mais nosso, precisamos entender a América Latina como nosso espaço. Não podemos aceitar que sejamos a região mais desigual do mundo. Nós, jovens, não podemos permitir que sejamos, que continuemos a ser o grupo mais afetado pela desigualdade no mundo.  A América Latina pode e DEVE ser um epicentro para a igualdade e para a justiça social. 

SÍ.

Depois do painel tivemos o Taller II em que se trabalharam em pequenos grupos os diversos eixos que incorporam as “Boas práticas sobre ações e políticas públicas de juventude e transversalização da juventude”.  Fomos divididos em diversos grupos de trabalho que iam desde “pobreza, territórios” até “paz e justiça”. Participei do grupo sobre “saúde e bem-estar”, onde a Alice, da Caixa Seguradora trouxe uma introdução sobre a questão da sexualidade e da juventude.

Esta é uma temática que preciso muito me aprofundar e conhecer mais antes de trazer alguma contribuição mais concreta sobre o assunto e por isso decidi, ouvir e aprender mais neste Taller.

Depois disso fomos ao Museu de Antropologia da Cidade do México. Pegamos metrô, caminhamos pela cidade e tivemos a oportunidade de nos aventurarmos mais. 

Depois dessa experiência no incrível Museu de Antropologia da CDMX, decidimos encontrar alguma feirinha de artesanato. Foi uma longa procura, diversas informações confusas, muitos mexicanos e mexicanas que nos ajudaram e muitas estações de metrô, mas encontramos. Nesse dia aprendi a andar de metrô. Descobri que existem “estações seguras” em que mulheres e crianças possuem vagões separados e locais de espera na plataforma que também são separados.

Como estas acima. Mas existem outras estações bem mais perigosas, onde não há proteção nenhuma à mulheres ou crianças e que a entrada em qualquer vagão é bem mais violenta. Do tipo, “sobrevivência do mais forte”. Fomos em uma dessas estações e realmente tive medo de não conseguir entrar/sair do vagão. Estava muito cheio. Pessoas violentamente se empurravam pra sair e entrar, alguns ficavam presos na porta... Recomendo prestarem bastante atenção nesses detalhes ao andarem de metrô na Cidade do México. A depender do local a experiência pode ser boa ou ruim. Neste passeio percebemos a disparidade na Cidade do México de uma forma ainda mais gritante. Duas estações e já estamos numa outra cidade. Mais limpa, menos desigual. 

Conseguimos ter um dia bem produtivo. É tão bom estar num lugar desconhecido e se permitir explorar, aventurar-se no novo. Hoje foi exatamente assim. Ao final do dia, voltamos para jantar com nosso colegas do evento no “El fogoncito” com direito a tacos e mariachis cantantes.

Pra fechar com chave de ouro, fomos à famosa Zona Rosa após o jantar, conhecemos a parte noturna da Cidade do México. Nos divertimos, dançamos bastante e aproveitamos para conhecer melhor nossos colegas de outros países. Foi uma noite maravilhosa. Aliás, todo o dia... Não poderia ter sido melhor.

Buenas noches!

Jade Christinne

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Encontro Internacional “Políticas de Juventude e Desigualdades na América Latina” - DIA 02 -

Cidade do México, dia 29 de novembro de 2016, terça-feira

Hola!

Hoje foi um dia IN CRÍ VEL. Começamos com o registro no lobby às 09:00 e em seguida partimos para o salão Del Sol para a inauguração. Pensem num lugar lindo! As mesas foram separadas por países.

Tivemos o discurso de abertura de vários representantes do Instituto Mexicano da Juventude (IMJUVE), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no México, do Departamento de Assuntos Sociais e Econômicos das Nações Unidas (UNDESA), do Organismo Internacional da Juventude para a Íberoamérica (OIJ) dentre outros órgãos, inclusive os governamentais do México.

Depois aconteceram dois painéis. O primeiro, sobre os “Objetivos e metodologia do encontro, marco internacional e regional” e o segundo sobre o “Desafio das desigualdades intra e intergeracionais para o desenvolvimento dos e das jovens na região”, em que vários panelistas contribuíram com suas perspectivas e análises da juventude num contexto mais amplo.

Tivemos a oportunidade de conhecer pessoalmente alguns dos panelistas:

Com a Secretária de Desenvolvimento Agrário, Territorial e Urbano do Governo dos Estados Unidos Mexicanos (SEDATU), Sra. Rosario Robles Berlanga.

Com a organizadora e (maravilhosa) mente por trás de todo o encontro, Sra. Berenice Alcalde Castro, Diretora Geral Adjunta do Instituto Mexicano da Juventude (IMJUVE).

Com o Secretário Geral do Organismo Internacional de Juventude para a Iberoamérica (OIJ), Sr. Max Trejo.

Esta manhã foi bastante produtiva. Tivemos a oportunidade de ouvir a perspectiva de pessoas que trabalham com a pauta de juventude junto ao governo mexicano e às Nações Unidas. Aprendi sobre a importância de se incorporar TODAS AS VOZES à luta, ao combate das desigualdades em quaisquer de suas nuances. Para isso, será preciso distinguir as AÇÕES das INTENÇÕES da juventude global como um todo. Espaços como o promovido por este encontro internacional servem para gerar conhecimento e trocar estratégias e soluções. Necessitamos saber como aproveitar o potencial da juventude gerando uma conexão eficaz entre governos e sociedade civil.

Os jovens são atores estratégicos para o desenvolvimento e assim sendo, não podem ser invisibilizados ou silenciados. É necessário expressar preocupações relativas à juventude e buscar meios de inserí-la nos esforços de implementação de políticas públicas.

Estas foram algumas das minhas reflexões diante do que foi dito esta manhã. Fico mais do que grata por ter a oportunidade de aprender e de ouvir com pessoas que também desejam a juventude protagonizar sua própria história.

Time do Brasiiiiil!

Depois do almoço (que estava muito bom!) tivemos o Taller I, uma espécie de divisão de todos os participantes em pequenos grupos, de mais ou menos umas 20, 30 pessoas para que discutíssemos juntos sobre as diferentes formas de desigualdades e exclusão social, a partir de um olhar das políticas públicas.  Haviam muitos grupos (desigualdades por razão gênero, identidade e orientação sexual, por razão de lugar de residência, por razão de descapacidade, por razão de emprego e condições econômicas, por razões de conflito e violência...), o meu era por razão de identidades culturais, ligadas à questão étnico-racial. Fui convidada para este evento para participar deste Taller falando especialmente sobre a situação da juventude negra em meu País, o que foi uma grande honra, principalmente por ser a ÚNICA representante afrodescendente no grupo e sendo a única, juntamente com minhas colegas brasileiras a incluir a situação da juventude negra periférica no relatório do grupo. Tínhamos uma realidade ali em que a maioria das pessoas eram indígenas e além de nós, não havia mais ninguém a incorporar a realidade negra na discussão, o que só evidencia ainda mais a situação de invisibilidade em que nós negros, nos inserimos. Mas vai ter negro ocupando espaço de fala sim. Vai ter negro expondo a dor do racismo e da opressão. Vai ter gente preta denunciando a desumanidade. Não iremos nos calar!

“No hay nada que hablar de justicia si su definición no incluye las cuestiones relacionadas con la igualdad, la libertad y la identidad racial. Hablar de la desigualdad, especialmente en relación con los jóvenes negros de Brasil, implica el reconocimiento del hecho de que hoy en día, aún son tasados por el color de la piel. Nacer blanco o negro en un país como el mío es, y lo digo con pesar, la determinación de la ecuación de los que viven y cómo viven.”

Trecho de meu discurso no Taller I.

Após esta etapa, tivemos um espaço de dinâmica por países para que identificássemos juntos as principais desigualdades que afetam a juventude em nosso contexto, bem como quais são as políticas públicas já existentes e o que ainda nos falta.Finalizamos o primeiro dia, com um jantar de gala que aconteceu no lindíssimo Museu José Luis Cuevas.

Foi tudo tão perfeito. E estamos apenas no começo. Mal posso esperar pelas próximas aventuras e descobertas.

Buenas noches!

Jade Christinne

[girlwithoutborders]

Where to next?

[girlwithoutborders]

Encontro Internacional: “Políticas de Juventude e Desigualdades na América Latina” - DIA 01 -

Cidade do México, 28 de novembro de 2016, segunda-feira

Chegamos ao Méxicoooooooooo! Depois de uma madrugada e uma manhã inteira passando por aeroportos e aviões diferentes, translado e tudo mais, chegamos ao Hotel Camino Real Polanco. E gente: que lugar maravilhoso! Não tenho palavras para expressar o quanto é incrível. 

Eu definitivamente nunca estive num lugar tão chique em minha vida.  hahaha.

Fomos almoçar num restaurante bem pertinho do hotel. Chama-se "El Fogoncito". Um lugar bem  típico com os famosos tacos mexicanos. Dos mais diversos tipos... 

Confesso que não estava com muita fome, porque já havia comido bastante nos dois vôos (SIM!). Então decidi pedir um taco pequeno com sprite. Estava muito bom!! O local era pequeno, as mesas eram decoradas por dentro com garrafas antigas de tequila e pimentas hahaha Também nos confundimos pela primeira vez com los pesos mexicanos nesse local.. hahahahahaha É diferente porque temos uma moeda que parece demais com a moeda brasileira de um real, porém a mexicana tem o valor de DEZ pesos. Foi hilário. Bom, depois voltamos para o hotel, fizemos nosso check-in e fui conhecer meu quarto. Primeiramente, QUE H O T E L é esse? É gigante, milhões de corredores, salões, ambientes diferentes para conhecer. Meu quarto é quase um apartamento. Tem uma cama king plus mega blaster power size enorme (na qual me joguei obviamente ao entrar no quarto), um banheiro lindo, uma varanda com vista para o bosque e a piscina do hotel, uma televisão bem grande, enfim... INCRÍVEL. 

Compartilho esses detalhes com vocês porque GENTE sério, só Deus poderia fazer algo assim por mim. Eu não teria condições de pagar por algo assim, por tanto conforto nem nada. Jamais imaginei que estaria no final deste ano vivendo algo tão extraordinário assim. Isso só demonstra o quanto somos limitados e nossa visão é fragmentada. Nunca sabemos o alcance que podemos ter, até onde podemos chegar e por isso, não devemos deixar de aproveitar cada oportunidade de vida que temos. Por menor que seja (aos nossos olhos), pode nos levar além do que podemos imaginar. Então, se você tiver a oportunidade de aprender um idioma, descobrir uma cultura, dizer o que pensa em público, ensinar alguém, aprender com alguém, FAÇA. Pode valer mais a pena do que você pensa.

Bom, depois de tudo, decidimos ir conhecer a cidade até porque o evento em si só começaria no dia seguinte. Andamos MUUUUITO. Fomos eu, Alê (um amigo maravilhoso que fiz e que participaria do evento representando o Corpolítica, lá de Brasília), Juliana (uma amiga que fiz também, lá de Minas Gerais que participa do Observatório da Juventude da UFMG), Alice (a minha "chefa" incrível que veio comigo representando a Caixa Seguradora em parceria ao programa Embaixadores da Juventude) e também Ana Laura (uma amiga venezuelana que fizemos ao longo da participação aqui no evento e que foi nossa guia e tradutora no  tour pela cidade). Nosso passeio foi bem divertido. Conhecemos o Palácio das Bellas Artes, fomos ao centro, fizemos amigos mexicanos (muito gentis!) ao longo do caminho que foram conosco ao metrô e não só nos ensinaram o caminho como também foram conosco até lá. Tipo, isso é um pouco raro de acontecer. Esse tipo de gentileza não é comum a todas as pessoas e poxa, o quanto isso faz diferença. 

Andamos muito, tiramos fotos, nos perdemos (claro, a la turistas style como siempre jajajajaja), paramos num bairro mega esquisito à noite, mas encontramos uma saída e depois de andar até nossas pernas pedirem socorro, chegamos ao hotel. Detalhe: precisávamos chegar lá às 19:30, porque a organização promoveria um jantar e não podíamos nos atrasar. Chegamos às 19:27. Só deu tempo de subir no quarto, lavar o rosto e trocar a sandália por uma sapatilha pra ficar mais apresentável no jantar. O jantar foi chiquérrimo. Isso porque não foi o de gala que será amanhã. Vários tipos de facas, garfos, pratos, taças. Entrada, sopas, garçons (que estavam super atentos ao fato de se estávamos ao não comendo. Se parássemos por 5 segundos eles vinham e levavam o nosso prato HAHAHAH). Não estou tão acostumada a esse luxo todo. Mas amei. Foi tudo bem phyno! O dia terminou com um banho bem quentinho e todos os cobertores existentes no quarto. Estava bastante frio e foi a ocasião perfeita para satisfazer um dos meus maiores desejos: dormir numa cama enorme com vários travesseiros fofinhos e dois edredons. hahaha Foi uma ótima forma de encerrar o dia e de me preparar para amanhã que vai começar com tudo. Registro às 09:00, atividades diversas, painel sobre "desigualdades intra e intergeneracionais para o desenvolvimento dos jovens e das jovens em sua região", taller I sobre "desigualdades e exclusão social: um olhar sobre as políticas públicas", em que farei uma participação falando sobre a realidade da desigualdade racial no Brasil.  Mal posso esperar para conhecer todas as outras pessoas e participar de tudo isso amanhã! Vocês ficarão por dentro de todos os detalhes.

Buenas noches!

Jade Christinne

[girlwithoutborders]

Adiós Brasil!

Faltam poucas horas para o check-in. Ainda estou com aquela sensação engraçada de que estou vivendo um sonho muito bom e de que esta não é a realidade. Sabe quando a gente está tão feliz que sente aquele friozinho na barriga e uma vontade muito louca de dançar? Estou exatamente assim. 

Eu sempre quis viajar e conhecer o mundo inteiro. Mas confesso que não imaginava que isso tudo começaria a acontecer tão rápido... hahaha Deus sabe exatamente como me surpreender e Ele (sempre!) encontra novas aventuras para vivermos juntos. O que mais gosto de saber é que Ele está sempre comigo. Seja aqui, seja do outro lado do mundo. Não há um momento sequer em que eu esteja sozinha. 

Meu próximo destino é o MÉXICO e mal posso esperar para contar para vocês todos os detalhes dessa aventura! Farei um diário de viagem pelos próximos dias e vocês estarão por dentro de tudo!

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