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Grimório
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Ideologia Cega
Por Adams Damas
Vejo tudo ruim agora. Minha visão embaçou em meio a poluição e gases com lágrimas. Via tudo claro mesmo no escuro. Agora tateio entre sombras  sob o Sol alpino. No entanto eu vejo: Vejo corações se desencontrando tal qual o meu, Laços sendo cortados sem querer se remendar, Fogo-amigo atingindo o inimigo que foi amigo, A alma, um lago de esperança e amor, Secando frente a uma aridez de ódio e rancor. Vejo mentes sapientes levantando muros Depois de serem surrupiadas de seus sonhos Por mentes vazias de inspiração. Sobraram os muros... Vejo tudo ruim agora isso que está aí. Mas isso que está aí sempre esteve e não quer ir. Tem quem não via... Se via, via o que queria. A cegueira seletiva é tão ruim quanto a fé cega. Um alento triste ver que todos veem mal, Veem mal uns aos outros... Vou ver tudo ruim pelo resto dos meus dias. Outros querem ver tudo ruim pelo resto dos dias. A ideologia cega que escolheram para viver.
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Luz Quem Vê
Por Adams Damas
Aquela Estrela que Vês fulgurante no Céu, Como se só ela pudesse brilhar no Anil;
O Som vivo do Rio correndo ao Léu, Caminho errante que a Materna Natureza sempre abriu;
O Perfume colorido das Rosas no verde Véu, Só para deixar o Ar mais doce e febril;
Aquele Calor que Sentes dos seres, como o mel, Ao primeiro toque gruda, aquecendo o Amor de Agosto a Abril;
Pensa que é para ti. Como um regalo de Natalícios passados e futuros; Como a primeira Luz que te viu chegar Deste tu – luz quem vê – para nós.
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Miséria
Por Adams Damas
A verdadeira miséria não é aquela que epidemia as ruas, Que deixa nossos filhos abandonados ao seu próprio azar, Que expõe o animal interior de cada um de nós. Não. A verdadeira miséria está na alma, Que nos cega para não fitar o espelho quebrado, Que aleija nossas pernas nos afastando do absurdo contágio, Que atrofia nossos braços do gesto solícito para o repúdio, Que nos surda das nossas próprias vozes de súplica e culpa. A verdadeira miséria está nos olhos de quem vê E nos olhos de quem se deixa ver. Não há amor e compaixão nas esmolas Porque ainda não tiveram seus valores Convertidos em papel e metal.
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O Futuro Que Está Por Vir
Por Adams Damas
Tenho pensado no futuro E em tudo que está por vir. No medo que está nos corações dos homens E nos nossos amores que estão por aí. Será que tudo que eles querem é dor e confusão, Fazendo da nossa desesperança seu bastão? Não quero viver com tacanha visão E nem que ninguém seja privado de sua missão. Se as escolhas que fazemos define quem somos, Escolhendo errado, errados somos? Não estamos presos dentro de muros e grades, Mas sim em um passado de mitos e alardes, Sem perceber que o futuro não avança atolado em estrume De mentes vazias viciadas em um entorpecente embuste. O futuro que está por vir nunca foi e nunca será Enquanto tivermos medo de aprender quem somos, Para onde vamos, o que seremos... Repetentes das nossas histórias de vida ficaremos, Eternas crianças de pais sem mães. E sem mães.
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Espada e Escudo
Por Adams Damas
Sim e de fato é. Pois, nosso animal interior nos cobre exteriormente Do carbono que é metal precioso interiormente. Tempero carbonífero que dá sentido a vida. Sim e de fato todos temos. Pois, assim como é rubro a cor da paixão, Que acalenta nossos sentidos de Sol a Sol, Inverno ou Verão, Assim é do líquido ferroso que nos movimenta com amor e ardor. Correndo pelas veias terrenas construindo e destruindo. O que difere um do outro, O meu do seu, o nosso do deles, É o quanto é usado e abusado. Será polido e reluzente como uma armadura Se dragões matar e amores conquistar; Será duro e enferrujado como prego Se na madeira carcomida e podre insistir em pregar. Será espada para matar o que te mata e o que te faz viver. Será escudo quando precisar defender teu ouro mais precioso. Pois de fato é e todos temos. O ferro fere ferozmente e é ferido amargamente. O seu, o deles, o meu também...
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Este Dia
Por Adams Damas
E se todos nós só vivêssemos, Ao invés de apenas sobreviver...
E se todos nós fossemos um, Ao invés de sermos iguais, mas diferentes...
E se todos nós amássemos incondicionalmente, Ao invés de julgar inconsequentemente...
Quando girarmos com o Mundo e não contra ele, Quando acreditarmos em nós mesmos e não apenas Nele, Quando pararmos de brincar de adultos e sermos eles,
Então sim... Talvez sim... Quem sabe este dia Poderá ser todos os dias.
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Odisseia Infinita
De Adams Damas
Devido ao terrível desastre ocorrido em Ofaneus durante a Grande Guerra Galáctica (entre o Império Haru V e o Sistema Numade), a Confederação de Planetas Unidos proibiu, após o fim das batalhas, qualquer tipo de teletransporte interplanetário. A medida possibilitou que não apenas grandes cargueiros, como também médias e pequenas naves, realizassem o transporte de cargas e passageiros entre planetas e galáxias. A Ulysses é uma delas.
QUEM É VOCÊ?
PARTE SETE
To'omar chegara ao elevador onde os três o aguardavam. Depositara a enorme mochila preta e pesada no chão e a abriu para que todos pudessem se armar. Havia cinco pistolas e três rifles. Cada um deles pegara uma; To'omar, além da pistola, também  pegara um dos rifles. Quando fechou a mochila e a deixou num canto, percebera três corpos ali ao lado. Eles estavam com os braços cruzados sobre o peito com as palmas da mão bem abertas. Soube na hora que fora Mirra que os deixara assim. Seu povo acreditava que dessa forma nenhuma outra alma tomaria um corpo alheio. - Vamos pegar nossa nave de volta! - declarou William e todos entraram no elevador. - Vocês vão até a ponte, Mirra e eu vamos para os alojamentos. - Posso matar o desgraçado que fez aquilo? - perguntara Mirra se referindo aos três cientistas. - Pode, respondeu William e desceram no andar dos dormitórios. Assim que o elevador se foi, os dois viram uma estranha movimentação exatamente no quarto de William. Ele dera um sinal para que ele e Mirra se aproximassem devagar e em silêncio. Porém, ao ouvirem um disparo, ambos se apressaram e Mirra tomou a frente. Ao chegar na porta, ela viu um truculento homem que reconheceu como um nativo armore. Estava pronto para atirar no professor Arthur, mas foi ela quem disparou primeiro. Ele caiu bem ao lado dele. Temendo que Mirra fizesse algo pior, foi a vez de William tomar a frente dela. - Professor Arthur Nolan, você está preso! - anunciou William diante do olhar incrédulo do professor. - Mas como chegaram aqui? Vocês me... - Nem começa! - disse Mirra. Ela e William agarraram um braço do professor Nolan cada e o levantaram. - Espere, espere, vocês não entendem... eles estão aqui! Vieram buscá-lo! Eu temia isso... Temos todos que fugir agora! - os dois percebiam o desespero de Nolan, mas sua face já machucada pelos socos que levara, deixara a certeza do fim da sua sanidade. - Leve-o para baixo, pediu William a Mirra; vou até a ponte com os outros... - Isso, isso! Se não acredita em mim, verá com seus próprios olhos! - exaltara-se, mas foi logo empurrado por Mirra. - Vamos logo! - ordenou. Enquanto isso, Melissa perscrutava toda a doca tentando achá-lo. Não estava mais conseguindo um sinal telepático, sequer um sussurro, porém, vira uma enorme caixa que lembrava um caixão. Tinha quase quatro metros de comprimento e resolveu chegar perto para verificar, contudo, um breu repentino a impediu. Um blecaute deixara a Ulysses toda no escuro. Suno e To'omar se viram sozinhos na ponte com Eluke e Lira; William ficara preso em um dos elevadores; Liz e Otulo começaram a rezar com Taliseu; e o professor Nolan aproveitou a distração do blecaute para golpear Mirra e escapar dela. Mas sem saber para onde ir. Melissa também não sabia para onde ir. Sequer as luzes de emergência foram acesas. Ela então começara a tatear na mesma direção que viera, no entanto, um balançar da nave a fez ficar de joelhos. Houve um estrondo forte vindo diretamente à sua frente e ela sabia exatamente o que era, mas não acreditava. A comporta estava se abrindo; ela levantara-se para correr, contudo, em vão. Havia na doca várias caixas com os equipamentos que os cientistas trouxeram e foi tudo jogado para fora da Ulysses, inclusive ela. Melissa estava só com parte do traje; tinha tirado o capacete que continha, ao menos, três horas de oxigênio. O suficiente para ser resgatada. Mas só via se afastando mais e mais da nave e era questão de segundos para sentir os efeitos do vácuo em seu corpo. Fechou os olhos. Pensou que era a única coisa que poderia fazer. Então, nada. Deveria ter passado minutos desde que ficou à deriva no espaço, mas não estava sentindo nada. Nem mesmo frio ou calor. Resolveu abrir os olhos e ficou estupefata. Tudo havia sumido. A Ulysses, estrelas, planetas, era um imenso vazio branco. Percebera, de repente, que respirava de alguma forma, portanto, estava viva. E sentira uma presença. Não sabia quem ou o que era. Quando virou-se para trás o viu. Pela primeira vez, o viu. Era alto; Melissa calculara uns três metros, ao menos. Usava uma espécie de túnica, longa, cobrindo do pescoço aos pés, que dividia perfeitamente um vermelho escarlate e um cinza fosco. Seus olhos eram grandes e brilhavam um azul tão claro que Melissa quase não acreditava que fossem de verdade; notou que não tinha cabelos ou qualquer outro tipo de pelo em sua pele rosada. Ele falou então: - Olá, Melissa, dissera. Ela achou estranho ouvir aquela voz tão suave e calma da própria boca dele. - Onde estamos? - Você está bem, não se preocupe. Só quis lhe agradecer mais uma vez. - Agradecer? Mas não fizemos nada! Não conseguimos fazer nada para ajudá-lo. - Pelo contrário, se não fosse pela intervenção de vocês, nunca teriam me achado. - Mas afinal quem são vocês? De onde vieram? O professor Arthur estava certo sobre vocês? - O que você acha, Melissa? - Eu não sei exatamente o que achar... - Nós somos o que no seu planeta são chamados de engenheiros, arquitetos, biólogos, químicos e físicos. Em uma das nossas incursões, encontramos um universo prestes a nascer. Incutimos vida em algumas daquelas estrelas e esperamos para ver quais floresceriam e se desenvolveriam. - Está me dizendo que vocês... vocês, seja lá quem forem, são nossos deuses! - Melissa, se para vocês Deus é um ser onipresente que tudo pode com um estalar de dedos, então não, não somos deuses. Criadores ou até fundadores, como o professor Arthur nos chamou, é a melhor definição. - Quer dizer que nós, tudo isso, foi obra de vocês? - E você ainda não acredita. Mas essa não é a sua real dúvida, é Melissa? Ela se esquecera, com toda aquela conversa, que ambos eram telepatas. Então o questionou. - Se vocês nos criaram... quem criou vocês? Ele tomou alguns segundos antes de responder. - Deus. - Como é que é? - O que foi, Melissa, não podemos acreditar na existência de um deus, um criador ou um fundador? - Hã, sim... talvez, eu acho... Mas depois de tudo que você me contou eu... - Até algumas horas atrás vocês sequer sabiam da nossa existêincia e chamavam seus criadores de Deus. Não sabemos ainda quem nos criou. Denominei de deus para o seu entendimento. - Eu não sei se entendo nem se acredito em tudo isso. - Não há porque se preocupar com isso agora, Melissa. Vocês ainda são crianças. Estavam engatinhando e a recém começaram a andar. Ainda há um longo caminho para percorrerem; a porta para o próximo estágio está longe, mas a chave já está com vocês. Nunca se esqueça disso. Ele então começara a se afastar, lentamente dela, até quase desaparecer. Por um momento, Melissa não soube o que mais dizer. Foi ele que falou, como se respondesse a uma pergunta dela. - E não se preocupe com o professor Arthur, ele encontrou o que procurava. - Espere! gritou ela. - Eu tenho mais perguntas! Não vá! - mas foi em vão. Havia sumido por completo deixando-a naquele branco sem fim.   De repente, tudo que era branco ficou negro em um segundo. Ainda assim, ela não parava de dizer:"Não vá, eu tenho mais perguntas!", até ser despertada por William. - Mel, Mel, acorde, sou eu, disse e ela abriu os olhos. Demorou um pouco para se orientar. Não sabia exatamente onde estava, e nem quanto tempo tinha se passado, mas se acalmara quando viu todos ali em sua volta. - Onde estou? - perguntou. - No seu escritório, respondeu William. Ela então percebeu que estava deitada em uma das macas do ambulatório sem entender como chegara ali. William ajustou a cama para que ela pudesse ficar sentada e Liz, outra vez, foi a primeira a abraçá-la. - Ficamos preocupados quando encontramos você desmaiada, disse ela quase chorando. - Desmaiada... Onde? - Você estava na doca um, respondeu Mirra. - Na doca! - surpreendeu-se. - Mas eu fui jogada para fora quando a comporta se abriu, disse ela e fora a vez deles se surpreenderem. William lhe deu uma explicação. - A comporta se abriu mesmo. Mas assim que se fechou e a energia voltou, descemos e vimos você deitada lá. Ela não sabia como voltara para a nave, no entanto, ainda se lembrava de tudo que acontecera. - O que houve, Mel? Parecia que você chamava alguém, quis William saber. - Eu o vi! Falei com ele antes que fosse embora, dissera e todos ficaram curiosos. - O que ele disse? - perguntou Suno, Mirra e Liz ao mesmo tempo. Melissa não sabia se devia contar tudo ou não. Nem ela entendia o significado daquilo tudo. Ao menos, ainda não. Resolveu naquele momento dizer apenas o necessário. E mais tarde, quem sabe, revelaria o resto. - Ele apenas nos agradeceu pela ajuda e por tentar  protegê-lo. - Acho que somos nós que temos que agradecê-lo, disse William. Então Melissa lembrou-se de outra coisa que o alienígena havia dito. Ficou receosa com a possível resposta, contudo, teve que ter certeza. - Will, onde está o professor Arthur? - Sumiu, evaporou-se! Me derrubou assim que a energia acabou. E quando voltou, não o encontramos mais, respondeu Mirra. Começara um princípio de debate ali. Melissa se sentira um pouco culpada e pensara em dizer tudo logo. Porém, William se pronunciou. - Pessoal, Melissa já está bem. Vamos voltar todos aos nossos afazeres e qualquer novidade... Cada um então foi deixando o ambulatório com ora um abraço, ora um beijo em Melissa. O último foi William, mas ela o deteve um pouco mais. - O que vai fazer, Will? - Marcamos curso para a próxima estação avançada. Infelizmente temos três detidos e quatro corpos para relatar... - Não sei se entendi tudo que houve... - Acho que nunca entenderemos... pelo menos, não por agora, dissera William. Melissa tencionou dizer algo, mas foi o próprio que interrompeu seu possível intento. - Liz, pode ficar com a Melissa um pouco? - pedira. - Claro que sim! - respondeu prontamente e ainda abraçada a ela. - Serei paparicada até quando? - perguntou Melissa. - Até segunda ordem, brincou ele e saiu. Cerca de dois meses depois, William estava em seu alojamento digitando seu diário. "Diário do capitão, data da Terra: dezessete de Junho de 4.985. Depois do incidente ocorrido na estação científica, prestamos um longo e cansativo depoimento na Estação Orbital Andrômeda Dois sobre tudo o que aconteceu. A Astronáutica ficou bastante curiosa a respeito do alienígena, mas somente os dois cientistas restantes vão poder lhes dar maiores informações. Devemos tomar mais precaução depois disso tudo, contudo, esse é um risco inerente neste trabalho e todos aqui estão cientes disso. Chegaremos na Terra em aproximadamente sessenta dias. Depois de tudo, uma semana de folga não fará mal a ninguém." Nisso, uma campahia tocou e William autorizou a entrada da sua convidada. - Mandou me chamar, Will? - perguntou Liz ainda na porta. - Sim, Liz, sente-se aqui, apontara uma cadeira bem ao seu lado e ela obedeceu. - Muito bem, parece que a sua situação será regularizada. As autoridades em Marte serão notificadas e a sua... transação cancelada, ou seja, você está livre. Ela nem fez questão de se conter. Mal as lágrimas chegaram aos seus olhos, ela já estava abraçando William. Ele retribuiu e pediu-lhe para se acalmar. Então continuou. - Que bom que ficou feliz, mas tem mais duas coisas que eu quero lhe falar... Uma é que seu pai será processado e possivelmente preso pelo que fez, William parou por alguns segundos pensando na reação que Liz teria. No entanto, ela apenas disse um "hum, hum" enquanto secava seu rosto. William resolveu respeitá-la e continuou. - Certo... Veja, não estamos nadando em dinheiro, mas todos gostaram  de você aqui e apreciaram sua ajuda. Se você quiser ficar, mesmo com um salário baixo, podemos... - e ela o abraçou de novo. Porém, desta vez, não parecia que ia largá-lo logo. - Oh, ok, você gosta mesmo de abraçar, não é? Vou considerar como um sim! - Sim, claro! Eu gostei de todos vocês também! Nossa, eu nem acredito! - disse ela enquanto se recompunha. - Muito bem, assistente Lizenna, assuma seu posto! - ordenou ele. - É pra já, capitão! - respondeu ela prestando uma espécie de continência. Ia saindo, mas deteve-se. - Nossa, você digita seu diário? - Sim. Sei que é um modo antigo, mas eu gosto. Você sabia que séculos atrás usavam papel e tinta para escrever? - Papel e tinta, o que é isso? - perguntou e William apenas fez um 'não se incomode' com a cabeça e ela foi-se.
*
Semanas depois, Melissa e Mirra andavam apressadamente no meio de uma multidão bem no centro da cidade. Faziam compras durante suas pausas e procuravam algo. Tinham despistado Suno e William e não podiam demorar muito. - Tem certeza que é por aqui, Mel? - Mirra já estava impaciente. - Claro que sim, não se preocupe, dissera Melissa sem ter realmente certeza. - Mel, vamos voltar! - ordenou Mirra repentinamente e puxando Melissa pelo braço. - Calma, Mirra, eu sei onde é! - tentou deter a amiga um pouco mais e então, por pura sorte: - Olha! É ali! - apontou para uma pequena loja de roupas com uma faxada discreta que apenas dizia: Vestuário Fino - Roupas e Acessórios. - Certeza, né! - falou Mirra, ainda segurando Melissa pelo braço. - Absoluta, afirmou. Então ela puxou Mirra para a vitrine da loja. - Ah, é esse mesmo! - indicara um vestido longo e vermelho que ora brilhava um dourado, ora um prateado. - Eu não vou usar isso! - sentenciou Mirra apesar dos olhos arregalados. - Claro que você vai! - foi a vez de Melissa dar a ordem. - O aniversário dele é mês que vem e você não vai de qualquer jeito! - Mas, Mel, eu... - Sem mas, entra logo! - e empurrou Mirra loja adentro. Porém, ela mesma fora empurra por alguém, que empurrou alguém, que empurrou alguém. Ela cambaleou, mas o homem que trombou com ela a segurou. - Me desculpe, disse ele. - Não foi... nada... - respondeu a  gentileza e subitamente ficou intrigada com sua aparência. Era alto, caucasiano, mas com a pele ligeiramente rosada; e reparou em seus olhos: um azul tão vivo que não pareciam de verdade. Por reflexo prestou atenção em sua cabeça e admirou-se com sua vasta e grossa cabeleira negra. - Você está bem? - perguntou ele. - Sim, estou sim. Obrigada, respondeu. Ele assentiu com a cabeça e foi embora. - Você o conhece? - quis saber Mirra. - Não, acho que não, disse ela vendo aquele estranho se afastar mais e mais. - Então vamos logo ou eu desisto! - Não mesmo! - e empurrou Mirra de volta a loja. Contudo, não deixou de pensar: "e se". Resolveu deixar aquilo de lado. Quem sabe um dia teria todas as suas respostas.
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Odisseia Infinita
De Adams Damas
Devido ao terrível desastre ocorrido em Ofaneus durante a Grande Guerra Galáctica (entre o Império Haru V e o Sistema Numade), a Confederação de Planetas Unidos proibiu, após o fim das batalhas, qualquer tipo de teletransporte interplanetário. A medida possibilitou que não apenas grandes cargueiros, como também médias e pequenas naves, realizassem o transporte de cargas e passageiros entre planetas e galáxias. A Ulysses é uma delas.
QUEM É VOCÊ?
PARTE SEIS
Cerca de duas horas atrás, William acordava. Sentiu dor e imediatamente levou a mão ao braço esquerdo. Estava dormente, como também, sua perna esquerda. Quando focou melhor sua visão, viu Melissa sentada em um canto com as pernas cruzadas. Mirra então se aproximou dele. - Eles usam um modelo antigo do MR-08, dizia ela ajudando-o a se sentar;  já se passou uma hora e minha perna ainda está formigando. - Uma hora! - espantou-se. - Pelos meus cálculos sim. Tiraram nossos comunicadores. - O que ela está tentando fazer? - quis ele saber. - Entrar em contato com quem quer que tenham prendido. Ouvi barulhos logo quando acordei... Acho que o mudaram de lugar. - Se não estivessem usando bloqueadores, não estaríamos aqui, lamentou ele enquanto movimentava seu braço. - Acho que só percebi quando estava no chão! - disse Mirra. - Aquelas coisas são caras, como as conseguiram? - questionou, mas William não soube responder. - O que eu quero saber é como saímos daqui! Ela não descobriu nada ainda? - Nada! E se todos estiverem com bloqueadores! - E os rapazes! - lembrou William. - Será que não notaram nada de estranho na nossa demora? - Vai saber o que disseram a eles... - Ainda assim... Suno vai perceber que há algo errado... E enquanto os dois conversavam e pensavam em uma maneira de sair da sua prisão, Melissa tentava se concentrar o melhor que podia. Então, de repente: "Melissa, você pode me ajudar?", perguntara aquela mesma voz. Ela temeu perder o contato. Apesar da suavidade, a voz dele estava tão alta que parecia que ele estava bem ao lado dela, usando um microfone. "Ainda bem que está vivo. Onde você está?" "Em alguma nave." "Nave, mas que nave? Para onde o estão levando?" " Para algum lugar. Você pode me ajudar?" "Ainda estamos presos... Acho que somos nós que precisamos de ajuda! Mas quem é você afinal?" "Eu sou você, Melissa. E você sou eu." "Não sei se entendi... De onde você veio?" "Venho do mesmo lugar que todos nós viemos. Ah, mas não se preocupe mais Melissa, eles chegaram. Pensei que não conseguiriam me encontrar." "Eles quem? Não estou entendendo nada do que você está dizendo! Talvez se..." "Vocês entenderão no momento certo. Obrigado, Melissa." - Mas eu não fiz nada! Quem são essas pessoas que você mencionou? E onde... - Mel! - gritou William e ela abriu os olhos. Não havia percebido, mas falava em voz alta e todos eles estavam ouvindo. Não apenas William e Mirra, mas também Suno, To'omar, Otulo e Taliseu. - Por Deus, ainda bem que nos encontraram, disse Melissa se levantando. - Onde estão o professor e os outros? Acho que conseguiram fugir e levaram o... eu não sei o nome dele ou de onde veio... - Já sabemos disso, falou Suno e, só então, Melissa percebera um estranho silêncio em todos ali. - O que foi, pessoal? O que está acontecendo? - Eles estão com a Ulysses, respondeu Mirra prontamente. - O que.. Não! Como? - Eu explico no caminho, disse Suno; mas temos que ir agora! - Mas para onde vamos se não temos mais nave? - quis Melissa saber ainda. - Nós não perdemos a Ulysses... Pelo menos ainda não, dissera William. - Não estou entendendo mais nada, resignou-se Melissa. - É o plano maluco do Suno, declarou Taliseu. - Mas que plano? - Apenas me leia, Melissa, sugeriu Suno e ela o fez. Então: - Oh, meu Deus! - exclamou ela. Suno e William foram os únicos que soltaram um leve sorriso. - Viu, ela também acha que o plano é maluco! - Eu não disse isso, Tali! Isso vai dar certo? - perguntou ela para Suno e William. E foi ele que respondeu. - Não vou perder a Ulysses para aqueles loucos! - Tudo bem, vamos, concordara Melissa e todos seguiram em frente. Mas com alguns resmungos de Taliseu e Otulo. Chegaram a um dos portões de atracamento e precisavam agir rapidamente. - Coloquem os trajes, o barco está logo abaixo da plataforma, e todos obedeceram Suno. - Será como um passeio no parque, pessoal! - Só se for pra você! - retrucou Taliseu. Ninguém disse mais nada quando a comporta de entrada fechou-se atrás deles. Tiveram que esperar que todo o oxigênio fosse retirado do corredor para só então abrir a primeira comporta. Então, um de cada vez, sairam flutuando para o espaço; os trajes eram equipados com conduítes de manobra. Ficavam acoplados nos cotovelos, nos joelhos, nos calcanhares, na cintura e nos ombros. O ar comprimido que saia por eles, os ajudavam a se locomover no vácuo. Guiados por Suno, chegaram logo ao barco, que estava a pouco mais de cinco metros da estação. To'omar foi o último. E devido ao aperto e a pressurização, não puderam tirar os trajes, mas podiam se comunicar. - Todo mundo bem? - perguntou Suno sentado na frente. - Melhor impossível!- ironizou Otulo. Tentava ficar confortável entre To'omar e Melissa. - Certo, vou mandar o sinal para a Liz agora, disse Suno. - Que Lorde Makki, Senhor Todo-Poderoso do Sétimo Mundo, guie nossas almas eternas para o Grande Vale Dourado, proferiu Taliseu com as palmas das mãos voltadas para cima. Mirra ficara intrigada e resolveu questioná-lo. - Taliseu, você não disse uma vez que esse Lorde Makki é como um deus dos mortos do seu povo? - Sim, é isso mesmo, confirmou. Mirra preferiu ficar em silêncio. E todos permaneceram assim pelos dois minutos seguintes. Foi William que resolveu quebrá-lo. - Tem certeza que o sinal chegou, Suno? - Chegou sim, confirmou ele. - Talvez se... Um breu repentino o interrompeu. Foi como se não houvesse mais nada durante um segundo. Então um clarão de luzes e cores explodiu como se o universo tivesse acabado de nascer. Aos poucos, a visão foi focando e todos reconheceram as paredes cinzentas, os diversos tubos de encrgia e água, e as duas plataformas da doca um da Ulysses. Taliseu foi o primeiro que quis sair. Porém, William o lembrou que eles teriam que esperar mais cinco minutos para que o sistema fizesse o diagnóstico em seus organismos. Quando enfim foram liberados, Taliseu praticamente pulou do barco, tirou o capacete e deitou-se naquele piso gelado, agradecendo seus deuses por tudo que conseguia se lembrar. Liz apareceu logo depois enquanto os outros tiravam os trajes. Melissa foi a primeira que ela abraçou. - Graças a Ares! Pensei que ele ia me achar e me matar antes que vocês chegassem aqui! -  O professor Arthur tentou matar você? - perguntou Melissa espantada. Ela negou e contou rapidamente o que tinha se passado. Do intruso que havia se teleportado para a nave e matado a sangue frio três dos cientistas. - Mas quem é esse cara? - perguntou William. - Não sei ao certo, ia dizendo Liz; mas acho que ele trabalha para o senhor Divos... Para quem meu pai me vendeu. Todos se olharam e William resolveu assumir sua posição. - Melissa, pode ficar com eles? - ele se referia a Otulo, Taliseu e Liz. Ela assentiu. - Muito bem, o resto comigo... To'omar... - Eu pego, disse ele já sabendo o que William queria. Fora para os fundos da doca enquanto os outros três foram em direção ao elevador. To'omar voltara quase em seguida carregando uma grande mochila. Deixara um ar apreensivo nos demais. - É melhor nos protegermos ali no depósito, sugeriu Melissa e todos atenderam. - Qualquer dano mais sério nessa nave e estaremos falidos, reclamou Otulo. - Só espero que William e Suno não... - Otulo, eles sabem! - interrompeu-o Melissa. E quando estava prestes a entrar com eles e fechar a porta, algo a impediu. Algo que só ela pode sentir, que só ela pode ver. E pensou que seria algo que só ela poderia fazer. - Eu tenho que ir, disse apenas e já ia deixá-los. - Ir pra onde, Mel? - perguntou Liz. - Você parece estranha... O que vai fazer? - Não se preocupe... - Como não vou me preocupar! Esse cara é como  um mercenário! É perigoso, Mel! - E é por isso que vocês devem ficar aqui, e a porta fechou-se à sua frente. Liz teve que se lamentar com Otulo. - Mas o que ela vai fazer? - perguntara. E antes que Otulo lhe respondesse, Liz apontou para onde estava Taliseu. - O que ele está fazendo? - De novo não, Taliseu! - dissera ele quando o viu em um canto, sentado com as palmas da mão para cima, orando para O Grande Lorde Makki.
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Cinco Filhos
Por Adams Damas
A Mãe olhava com a vista cansada e pesarosa Seus cinco filhos sofrerem de fome e de sede. Seus seios já não eram mais montanhosos e úmidos Para poder lhes nutrir como se nutriam as árvores da seiva viva; Seus dentes já não brilhavam mais como a grande constelação Que os guiava de Leste a Oeste, de Sul à Sorte; Sua pele já não refletia mais o firmamento como em outro tempo; Seus longos fios que cobriam o horizonte Não eram mais negrejantes como na época de amante; Seus músculos já não eram tão vigorosos Que lhe permitia plantar o alimento da alma E nem a caçar, de forma brava e gentil, A caça que não neste dia, talvez noutro, Será o gentil e bravo caçador; E a casa que construíram, que caberia uma nação, Hoje mal cabem ela, seus cinco filhos e um fogão. “Cadê Pai?”, perguntou o quinto. “Onde está Pai?”, também perguntou o quarto. “Eu tenho Pai?”, indagou-se o terceiro. “Acho que não tenho Pai...”, lamentou-se o segundo. “Não tenho Pai!”, afirmou o primeiro. “Tu tem Pai!”, disse a Mãe, “O Pai foi há muito tempo fazer a vida. E depois da vida feita disse que voltaria”. Pois, vida foi feita e o Pai não voltou... Vida esta não tava certa; saiu e foi fazer outra. E a cada vida que fazia, e não gostava, saia de novo. Uma Mãe com seus cinco filhos chora e espera A cada vida que o Pai resolve fazer...
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Chico Pai
Por Adams Damas
para Francisco Heraldo
Lá, Sentado no alto de seu trono altivo, O Mestre Que Tudo Sabe E Que Tudo Vê viu aquele Chico Menino, Que brincava de letrar e jogava com o falar, e proclamou: “Tu, Chico Menino, vais enfim descender tua carne!” Então, Chico Menino perguntou: “Mas por que eu, Mestre Que Tudo Sabe E Que Tudo Vê, Se sou apenas um chico-menino e nada mais?” Eis que O Mestre Que Tudo Sabe E Que Tudo Vê respondeu: “Ora, e todos os chicos-meninos não devem vir de algum lugar!” E ele lhe explicou que assim como as plantas crescem e os insetos morrem, O vento que sopra do Norte é sempre mais frio que o vento que sopra do Sul, E que o beija-flor beija as flores porque a Primavera é sempre doce, E que os pássaros cantam em seu ninho fazendo ouro e vinho, E que o Sol amarelo pinta o Dia azul assim como a Lua branca pinta a Noite preta, E que mais do que tudo, tudo será mais. “Faça, Chico Menino!” , determinou O Mestre Que Tudo Sabe E Que Tudo Vê, “Assim como mesmo eu fiz em tempos idos, Soprando o primordial fôlego no penúltimo dia, faça! Perpetua-te tua alma como fizeram a Luís e Fernando, Eterniza-te teu coração igual estão José e Carlos, e faça!” Então, degustando do fruto caído Da primeira árvore que o primeiro jardineiro plantou E depositando do próprio sangue no precioso Cálice seu, Objeto único que do seu altar devota, Chico Menino criou a unha da sua carne, O primogênito que chega em casa depois da longa viagem. Intitulou-o de igual maneira Rei Jessé intitulou seu novo Rei E, deste dia em diante, Aquele que plantava pedras e colhia flores como um Chico Menino, Foi à luta e voltou da guerra como um Chico Homem, Brandi agora o cajado e cuida do rebanho como um Chico Pai.
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Odisseia Infinita
De Adams Damas
Devido ao terrível desastre ocorrido em Ofaneus durante a Grande Guerra Galáctica (entre o Império Haru V e o Sistema Numade), a Confederação de Planetas Unidos proibiu, após o fim das batalhas, qualquer tipo de teletransporte interplanetário. A medida possibilitou que não apenas grandes cargueiros, como também médias e pequenas naves, realizassem o transporte de cargas e passageiros entre planetas e galáxias. A Ulysses é uma delas.
QUEM É VOCÊ?
PARTE CINCO - Você não está autorizado a operar este sistema, disse Max pela terceira vez; por favor, diga o código correto ou chame alguém autorizado. Apesar da voz calma e do rosto holográfico quase sem expressão, Lira, que estava no banco do piloto, e Eluke, sentado no do co-piloto, já estavam perdendo a paciência. - Pode reprogramá-lo? - perguntara Nolan que também estava ali. - Sim, posso, respondeu ela; os Maximum 5000 não são tão complicados... Mas vai demorar um pouco... Coube apenas ao professor Nolan resignar-se e esperar que tudo corresse como tinha planejado. Ordenou então para sua assistente: - Quando tiver terminado, trace um curso para Semorô. - e tanto ela quanto o engenheiro ficaram surpresos. - Arthur, achei que íamos para Totti, disse ela. - E Semorô ainda faz parte do Império, completou Eluke como se Nolan não soubesse. - Semorô é praticamente uma fronteira entre Haru e Numade, explicou ele num tom didático. - Tenho amigos em Kroto. Qualquer problema, estaremos protegidos. - Programarei o curso assim que o Maximum estiver pronto, Arthur, disse Lira e ele agradeceu. - Me chamem quando estivermos perto, vou trabalhar em alguns dados... Estarei no alojamento do capitão Rocha, os dois assentiram e ele saiu. Na doca um, Alana e Torri ajudavam Merroni no carregamento e na checagem dos equipamentos. Foi quando um deles estava chegando ao elevador que as coisas começaram a se complicar. - Você, onde está a menina? - gritou uma voz forte e rouca. Quando Torri se virou, deparou-se com um enorme armore com uma pistola de energia.                       - Eu... não sei quem... - seu pavor era visível, mas Nox sequer se importou. - A menina! Me leve até a menina agora! Alana e Merroni ouviram o que pensaram ser uma discussão e, ao ver o que estava acontecendo, pouco souberam o que fazer. - Quem é você? - perguntou Merroni. Ele recebeu o disparo da pistola em resposta. Alana só se mexeu quando recebeu o segundo disparo e caiu. Torri então correu. Foi a única coisa que pensou em fazer naquele momento. No entanto, ele não sabia para onde ir, não conhecia a Ulysses, e acabou encurralado entre a entrada no que Suno apelidou de Casa das Máquinas e o depósito de peças e acessórios. O terceiro disparo da pistola de Nox decidiu por ele. Ele não demonstrou qualquer emoção. Guardou sua arma e entrou no elevador. Liz viu tudo. Estava escondida dentro de um falso painel, que To'omar havia feito, e rezou como pôde para que Ares a protegesse. Alguns minutos depois, o professor Nolan ainda estava no quarto trabalhando em sua pesquisa, quando soou um assovio do painel da mesa. - Pode entrar, disse apenas e ao se virar surpreendeu-se, porém, tentou ficar calmo. Ele não reconheceu o homem que prendia Zota com uma chave de braço e apontando a pistola para a cabeça dele. - Quem é você e o que quer? - perguntou ele tentando ganhar tempo. - A menina! - gritou Nox. - Me entregue a menina e vocês viverão! - De que menina você está falando... - Não me engane! - ele grudou as duas hastes da pistola na cabeça do astrônomo. Arthur Stanley Nolan não sabia de que garota aquele grandalhão falava, mas imaginava que ele se referia a Mirra ou Melissa. - Muito bem, vamos ter calma... Ela não está aqui, disse Nolan e o armore e seu refém se aproximaram dele; ela está na estação. O professor temeu por sua vida ao revelar a localização do alvo daquele caçador. Porém, foi a vida de Zota que se esvaiu diante dos seus olhos. O som de uma pistola fásica KL cinquenta é tão seco e baixo que Nolan só percebera o que tinha acontecido quando seu colega caíra como um boneco no chão. Nox então apontou-a para Nolan. - Por favor, não... - começou a implorar. Queria ainda ganhar tempo, olhava para o seu colega que o olhava de volta. Um olhar sem alma, entretanto. Então veio um outro assobio do painel que pareceu surpreender tanto Nolan quanto o armore. - Arthur, você ainda está aí? - Lira aparecera na tela, mas ele estava com toda sua atenção voltada para aquela pistola. Mesmo sem resposta ela continuou. - Arthur, onde estiver, venha rápido para a ponte! Há uma... nave vindo em nossa direção! Nunca vi uma assim antes... Venha rápido! Eu acho que... A transmissão foi cortada, de repente. E quando o professor Nolan tencionou fazer algo, Nox encostou a pistola na cabeça dele e disse "não". Arthur S. Nolan resolveu tomar coragem: - Não há tempo para isso! - exasperou-se. - São eles, eu sei! Vieram buscá-lo... Eu sabia que isso iria acontecer cedo ou tarde... - parava alguns segundos, mas o armore ainda apontava a pistola para ele. - Esqueça a menina! Não sei que negócios inacabados você tem com eles, mas se ficarmos aqui, vamos todos morrer! - Você é o único que vai morrer aqui! - sentenciou Nox antes de disparar sua KL. O feixe atingiu o monitor do console, enquanto ele e Nolan estavam se agarrando no chão. - Vocês não entendem! Ninguém entende! - vociferava o professor tentando pegar a arma, contudo, Nox fez jus ao seu tamanho e força e empurrou Nolan. Ele bateu forte com a cabeça no painel. Grogue, mal conseguia focar sua visão e apenas viu a enorme silhueta de Nox vindo em sua direção. Não achou que morreria daquele jeito; havia tanto para fazer ainda, chegou a pensar. E contraditoriamente, sentira uma certa paz, um peso sendo tirado das suas costas. Ouviu o disparo. Esperou a dor, o corpo tremer, o sangue arder como se pegasse fogo. Ao invés, ouviu uma voz familiar: - Professor Arthur Nolan, você está preso! - anunciou William, apontando-lhe uma arma.                                      
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Odisseia Infinita
De Adams Damas
Devido ao terrível desastre ocorrido em Ofaneus durante a Grande Guerra Galáctica (entre o Império Haru V e o Sistema Numade), a Confederação de Planetas Unidos proibiu, após o fim das batalhas, qualquer tipo de teletransporte interplanetário. A medida possibilitou que não apenas grandes cargueiros, como também médias e pequenas naves, realizassem o transporte de cargas e passageiros entre planetas e galáxias. A Ulysses é uma delas.
QUEM É VOCÊ?
PARTE QUATRO
- Há algo errado, disse Suno. - O que é? - perguntou exasperado Taliseu. Segurava uma tigela com um tipo de pasta laranja. - Você só faz essa cara! Me diga o que está errado! - Não sei bem, talvez esteja doce demais, Suno dissera a primeira coisa que veio a mente. - Doce demais! É só isso? E o que eu faço: jogo tudo fora e começo de novo? É isso que está dizendo? - e Taliseu estava sério. - Taliseu, eu só disse que estava muito doce, mas se você quer jogar fora eu... - um bipe soou no console da cozinha e Suno se sentiu salvo. To'omar apareceu na tela. - Suno, William, Melissa e Mirra ainda não voltaram. - Ainda não? Isso sim é estranho... Não conseguiu nada com os comunicadores? - Não. Parece que estão desligados. Isso preocupou Suno. Nenhum dos três tinham o hábito de deixar os comunicadores desligados, salvo em algumas situações. - To'omar, chame Otulo e venham até a ponte. Não estou gostando disso! Ele assentiu e a tela se apagou. Taliseu então perguntou sem cerimonia: - Quer que eu leve um pouco da sopa para ver o que eles acham?             Suno não pensou duas vezes. - Chame a Liz! - e saiu rapidamente. Minutos depois estavam os três na ponte.               - To'omar, você voltou antes deles, notou algo de estranho? - perguntou Suno. - Nada! Instalei o suporte de vida com o engenheiro deles, configuramos os dados e fui embora. Para mim estavam todos aqui, respondeu. - Otulo? - Os créditos já estão na nossa conta, se é isso que quer saber... - disse ele e completou: - Talvez estejam papeando. Mirra e William adoram papear. - Podia ser, mas quase uma hora de demora e sem sinal dos comunicadores é muito... Dois bipes vindos do console ao lado de Suno o interrompeu deixando ele e os dois ressabiados. Esperando que fosse William ou Mirra que iriam ver na tela, quando a imagem do professor Nolan surgiu, os três se surpreenderam. - Boa tarde, senhor Suno, cumprimentou com absoluta calma. - Hã, boa tarde, professor... Sabe se posso falar com... - Seu capitão, sua segurança e sua médica? - completou ele. Isso deixou todos os três mais nervosos. - Sim, professor... - Eles estão bem, respondeu Nolan apenas. - Onde? - interpôs -se To'omar. O professor Nolan não respondeu de imediato. Ao invés, a tela mudou de imagem e mostrou Melissa, Mirra e William dentro do que parecia um depósito.                                         Suno só teve tempo de por as mãos na cabeça antes do professor Nolan voltar a falar. - Como podem ver, eles estão sendo bem tratados e alimentados... - Por que está fazendo isso? - questionou Suno. To'omar  e Otulo estavam incrédulos. - Quero que entendam que não era nossa intenção, algumas coisas saíram do controle e fomos forçados a... - Liberte-os agora mesmo antes que chamemos a Astronáutica! - ordenou Otulo. - Se fizerem isso, disse o professor; toda essa estação, incluindo seus amigos, virará poeira espacial. Suno sentiu sua espinha gelar. Olhou para os dois sem saber o que fazer e To'omar se pronunciou. - Está mentindo. - Não, não estou! - afirmou Nolan. - Há um explosivo posicionado dentro da unidade de energia da estação. Assim que fizermos a troca, vocês têm a minha palavra que desativarei o detonador. Mas só quando estivermos na nave. - Espere, como é que é? - Suno ainda não acreditara no que estava acontecendo. - Desculpe-me sr. Suno, eu me adiantei... Eu quero trocar seus companheiros pela sua nave. - Quem você pensa que é? - Otulo apontou o dedo para a imagem do professor na tela. - O que fizemos a vocês? - Como disse antes, as coisas saíram do controle... Mas se fizerem como pedi, ninguém sai ferido. - Que garantias nós temos que você não vai explodir a estação quando estivermos aí, quis saber Suno. - Minha palavra, sr. Suno... e fé. Afinal, é o que nos trouxe até aqui, não é mesmo? - concluiu Nolan. Suno tomou fôlego para não falar ou agir de forma intempestiva e colocar em perigo os outros. - Precisamos de tempo para pensar, disse ele quase rangendo os dentes. - Eu percebo que o sr. é um homem razoável... Vocês têm trinta minutos. Me desculpem, mas o tempo urge. E, por favor, não tentem nada! Temos como monitorar vocês quatro. Espero sua resposta, e a imagem do professor Nolan sumiu da tela. - Eu vou arrancar o coração dele e cada membro do seu corpo! Depois, vou expô-los em praça pública como os soldados de Opalake faziam antigamente! - sentenciou To'omar. - Se ele explodir aquela estação, você não vai nem precisar se dar ao trabalho, rebateu Otulo. - Se invadirmos de surpresa, eles não terão nem chance de... - Não o ouviu? - Otulo interrompeu To'omar. - Tem tanto pelo assim nesses ouvidos? Eles estão nos monitorando! Qualquer coisa que a gente faça... - Espere! - foi a vez de Suno interromper Otulo. - A gente! - O que Suno? - Quis saber To'omar. - O que ele disse: "temos como monitorar vocês quatro", e encarou os dois esperando que entendessem. - Ele não sabe da menina! - disse To'omar. - Ele não sabe da menina, reiterou Suno. - Eu também não queria saber da menina, disse Otulo, mas os dois deram de ombros. Minutos mais tarde, estavam todos na cozinha; Suno já tinha relatado toda a situação a Taliseu e Liz, e aguardava uma resposta dela. - Oh, por Ares, eles não vão morrer, vão? - Não, Liz... Você não entendeu? - Entendi a parte que eu fico escondida... Mas como vocês vão voltar? - Usando o nosso TTP, respondeu To'omar. - Um teletransporte! - espantou-se Liz. - Vocês tem um aparelho de teletransporte aqui? Mas não é ilegal? - Compramos a Ulysses já com o TTP, explicou Suno; Mas nós nunca o usamos... Bom, a não ser para uma coisa ou outra. - E se eles descobrirem? - ainda quis ela saber. - To'omar analisou o sistema deles, Suno respondia; o máximo que eles podem interpretar é algum pico de energia vindo da Ulysses e só. Diga que você entendeu, Liz?               - Tá, você vai mandar o barco perto da estação pelo TTP e quando o pessoal estiver livre... - Eu te dou um sinal pelo unifone, você aciona o TTP que já estará programado e chegamos aqui são e salvos, terminou Suno de explicar. - É muito perigoso, disse Liz. - É o único plano que temos, enfatizou To'omar. - E com uma falha, seus estúpidos! - falou Taliseu. - Eles vão se mandar daqui assim que pisarem na nave! - O Max só está programado para responder a um de nós, incluindo a Liz, disse Suno. - E mesmo que consigam desprogramá-lo, é o tempo da gente voltar, tudo certo? - e olhou para Liz. - Tudo, Suno, eu posso fazer isso! - afirmou. - Muito bem, To'omar vai com você ensiná-la a operar o TTP e nós o esperamos na doca. - Vamos logo, apressou-lhes Otulo. - Liz, vai dar tudo certo! - enfatizou Suno e ela assentiu. Enquanto isso, a alguns quilômetros de distância da Ulysses e da estação, um mini-cruzador turino, classe beta, se aproximava cada vez mais. Seus dois ocupantes ponderavam qual a próxima ação a tomar. - Bom, é o próprio, um cargueiro Zomyl, disse Nox. - Certo, quer ir ou vou eu? - perguntou Titus. - Eu vou! - respondeu o armore. - Assim que chegarmos, dispare na estação também. É melhor não termos nenhuma testemunha. - Muito bem, respondeu Titus enquanto seu parceiro caminhava em direção ao TTP da nave.                                  
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Dinâmica
Por Adams Damas
Disse que minha lamentação é um muro duro e frio, E que admiro os movimentos suaves e assustadores do ébano felino – verdade. Vi que a estrada da vida está de fato na palma da mão, Que o tanto que se peca está no caminhar da minhoca, Que andei durante duzentos e setenta dias em uma caverna úmida e escura. Enxerguei um céu estrelado, Um urso em uma caixa abandonado; Borrões escrevem o que devo falar, Mas provavelmente não será o que querem ouvir. A vida é dinâmica. Nunca estou preparado.
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Aroma de Eva
Por Adams Damas
Maria Clara é cheia de graça. Graça e no compasso vai a passos de Deusa. Deusa de lata fazendo barulho na massa.
Maria Clara tem a cor da desgraça. Desgraça na pélvis, pele, pelos, traz outra beleza. Beleza que faz José pregar a mão e o pé na praça.
Maria Clara usa véu e grinalda de subúrbio E vem cheirando a aroma de Eva, tentando nosso Adão...
Maria Clara não quer saber de baixo murmúrio E, com luz divinal Que lhe deu, ruborizou o fruto da paixão.
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