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Heaven or Las Vegas?

Heaven or Las Vegas?

A beautiful sunset. Yellow, orange, half pink too. Colors so beautiful and that at that moment were so intense not only in the landscape but in my heart, formed a universe of their own, one that I would like to enter, I would like to belong to. And then I got rid of my usual and inviting daydreams and went on my way to the situations in which I should be present, which I should fulfill, after all, were my obligations. I am not talking here about washing the dishes or walking the dog, but about those most fervent obligations, which are not always clearly stated to you, you only know that they exist, it is implicit in your heart and Society's. And it is also to be expected, in this context, that you carry them out diligently, unless you want to be left out, no longer belonging to everything that has characterized your whole life up to the present moment. And here I go, once again. In the last few months, it's been confusing, you know? But how to explain? How far is this a poetic way of portraying what is subjective in the head? When does it become madness and confusion? Distortion of the most intimate thoughts and feelings? Perhaps it is impossible to say. But anyway, I went doing the already presented “implicit obligations”: one here, the other there, it seems that you were born accustomed to being the way you are, so conniving with them. And so it went on, for a few more days, weeks, months, years ... maybe one or two. Several sunsets, that is a fact. Yellow, orange, half pink too ... colors so beautiful and intense, that reflected directly in my continuous personal unease, in my growing desire to understand how people manage to follow their obligations without feeling that it is not the right way. It seems that there are nine hundred and ninety-nine ways to act wrongly, and only one right. And as much as I try, I don't get it right! My days have turned ... I don't know. I don't know what turned out to be. I only know that if I am here, it is not to improve my being and do something meaningful that can help us as a group that thrives, because at the moment I am too busy living for my obligations, and it seems that my group does not wants to prosper. It wants to serve its obligations, doing what is considered onde hundred percent "right", and in the end, who am I to go against the tide? God and the world wanted it that way and it will be done that way, I will not be frowned upon by this unilateral story told by my group. My heart flutters, and my lungs work with momentum, with the intention of drawing in a greater amount of air. I feel an agonizing itch, but it is an itch that strikes my soul and, as far as is known, there is no ointment for the soul, at least not one that you buy at the nearest pharmacy. Everyone goes on with their lives normally, while my anxiety increases. I walk through the streets in strides that express my agony. Will I take action? Be obedient and sign my invisible contract with my supposed set? Why I feel like I can't do that? But I'll. I will, not because I want to, but because I need to. It's the right thing. And then, already tired, I spot a bench in a small square nearby and sit next to a man who must have been in his eighties, with his long gray hair, and his slightly dirty round-rimmed glasses. I keep quiet, trying to take a breath, when he suddenly says to me, as if we had been known for a long time: “Did you know that the intense colors of the sunset are a reflection of the pollution caused by us humans? In all my years of life, enjoying these beautiful events, I never knew that it was the result of something so dirty. Funny, isn't it? ” I could feel the excruciating burden falling from my shoulders. I smiled at that man, as It seemed like I had never smiled before. I agreed with him and excused myself, and started walking again, this time in a calmer way, in order to enjoy the moment so bittersweet that it was, realizing, really, the imperfection. The possible relativity of everything. I was paying attention to every tiny detail of the new world that surrounded me, including the music that played in a store near me, that said: "Is this Heaven or Las Vegas?" Well, maybe it's none, or maybe it's both. I only know that I felt alive and energetic, ready to face my newest discovered universe.

Text by Maria Alcântara

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Paraíso ou Las Vegas?

Um belo pôr do sol. Amarelo, laranja, meio rosa também. Cores tão belas e que naquele momento se faziam tão intensas não só na paisagem como no meu coração,  formavam um universo próprio, um no qual eu gostaria de entrar, gostaria de pertencer àquilo. E então eu me desfazia dos meus costumeiros e convidativos devaneios e seguia meu caminho até às situações nas quais eu deveria me fazer presente, que eu deveria cumprir, afinal, eram minhas obrigações. Não falo aqui de lavar os pratos ou passear com o cachorro, mas daquelas obrigações mais fervorosas, que nem sempre são ditas claramente a você, você somente sabe que elas existem, está implícito no seu coração e no da Sociedade. E é de se esperar também, nesse contexto, que você as realize com afinco, a menos que queira ficar de fora, não pertencendo mais a tudo aquilo que caracterizou toda a sua vida até o momento presente.

E lá vou eu, mais uma vez. Nos últimos meses, vem sendo confuso, sabe? Mas como explicar? Até onde isso é um jeito poético de retratar aquilo que é subjetivo na cabeça? Quando passa a ser loucura e confusão? Distorção dos pensamentos e sentimentos mais íntimos? Talvez seja impossível dizer. Mas de qualquer maneira, fui de encontro às já apresentadas “obrigações implícitas”: uma aqui, outra acolá, parece que você já nasceu habituado a ser do jeito que é, tão conivente com elas. E assim se seguiu, por mais alguns dias, semanas, meses, anos...um ou dois talvez. Vários pores do sol, isso é fato.

Amarelo, laranja, meio rosa também...cores tão belas e intensas, que refletiam diretamente na minha contínua inquietação pessoal, no meu crescente desejo de entender como as pessoas conseguem seguir suas obrigações sem sentir que não é o caminho certo. Parece que existem novecentas e noventa e nove maneiras de agir erroneamente, e apenas uma correta. E por mais que eu me esforce, não acerto! Meus dias viraram...não sei. Não sei o que viraram. Só sei que se estou aqui, não é para aprimorar meu ser e fazer algo de significativo que possa ajudar-nos como um conjunto que prospera, porque no momento estou ocupada demais vivendo em prol das minhas obrigações, além de que parece que meu conjunto não quer prosperar. Ele quer servir às obrigações, ao que é certo de carteirinha, e no final das contas, quem sou eu para ir contra a maré? Deus e o mundo quiseram assim e assim será feito, não serei a mal vista dessa história unilateral contada pelo meu conjunto.

Meu coração palpita, e meus pulmões trabalham com ímpeto, com a intenção de puxarem uma quantidade maior de ar. Sinto uma coceira agonizante, mas ela  é uma coceira que atinge minha alma e, até onde se é sabido, não existe pomada para a alma, pelo menos não uma que você compre na farmácia mais próxima. Todos seguem normalmente com suas vidas, enquanto minha inquietação aumenta.

Passo pelas ruas andando a passos largos que expressam a minha agonia. Será que vou tomar jeito? Ser obediente e assinar o meu contrato invisível com meu suposto conjunto? Por que eu não consigo? Mas eu vou. Eu vou não porque quero, mas sim porque preciso. É o certo.

E então, já cansada, avisto um banco em uma pracinha próxima e me sento próxima a um senhor que deveria ter uns oitenta anos, com seus cabelos longos e grisalhos, e seu óculos meio sujos de armação arredondada. Fico quieta, tentando tomar ar, quando de repente ele me diz, como se fôssemos conhecidos há muito tempo: “Sabia que as cores intensas do pôr do sol são um reflexo da poluição causada por nós humanos? Em todos os meus anos de vida, apreciando esses eventos belíssimos, nunca soube que era resultado de algo tão sujo. Engraçado, não?”

Pude sentir o fardo excruciante caindo dos meus ombros. Sorri para aquele senhor, como parecia que nunca havia sorrido. Concordei com ele e pedi licença, e voltei a andar, dessa vez de maneira mais calma, a fim de apreciar o momento tão agridoce que era aquele, me dando conta, realmente, da imperfeição. Da possível relatividade de tudo. Fui prestando atenção a cada ínfimo detalhe do novo mundo que me rodeava,  inclusive na música que tocava em uma loja próxima a mim, e dizia: “Isso é o Paraíso ou Las Vegas?” Bem, talvez não seja nem um, nem outro, ou talvez seja os dois. Só sei que me senti viva e enérgica, disposta a encarar o meu mais novo descoberto universo.

Por Maria Alcântara

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Vocês (you)

*translate to English with you want to* - https://translate.google.com.br/

ah por que se rotular por que se permitir entrar em um mundo que irá te caracterizar confesso que não sei mais no que acreditar se eu realmente devo por isso lutar ou se só estou me permitindo em um profundo mar me afundar só queria que não fosse tão difícil acreditar mas não posso tudo isso enterrar o que eu quero realizar? o que eu quero falar? eu não sei mais, eu não sei mais "é um lado ou outro, você tem de escolher" mas as vezes é difícil, isso eles não querem te dizer é em vão? porque já não faz bem ao meu coração não sei mais se é estupidez ou um alto nível de sensatez posso permitir-me crer em intuição? você me ama? você o ama? eu preciso que sim, eu preciso que sim dará uma chance, se existir? por mais que eu saiba que por conta disso sua imagem veio a denegrir não posso acreditar em perdão se eu não sentir que você o realiza com todo o amor que eu creio que exista em seu coração existe chance? existe você? existe algo para o qual viver? me existe o amor o único problema é que ultimamente ele tem me trazido dor e já não sei se amor tem se tornado ilusão se tudo isso é da minha parte uma falsa visão... é difícil amar porque é difícil aceitar tentar não se torturar não se açoitar... só porque você se permitiu amar. minha solução seria sem o amor viver mas eu não consigo agora me parece até que eu gosto de sofrer. eu queria de todos vocês não depender mas infelizmente tomei-os como sendo meus e não consigo me desprender e se for uma alucinação coletiva? e se nada disso for real? está começando a me fazer mal.

Author: Maria Alcântara

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The Life of Fairies

paintings by Hans Zatzka (Austrian, 1859-1945)

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if this isn’t true i dont know what is.

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A Estudante - Anita Mafaltti

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O céu começa a escurecer, as luzes da cidade vão começando a acender; o escuro do quarto, efeito prisma na janela, a luz do computador...Você tentando se perdoar por ser humano e, por consequência, cometer erros; um estado de neutralidade e tristeza, embora com esperança.

Essa música se encaixa. Pelo menos para mim.

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It´s Friday, people