Tumgik
#A rua dela é a sua passarela !
zanynha · 11 months
Text
Tumblr media
0 notes
Text
inseguranças....
Eu queria olhar para mim e sentir amor. Queria me enxergar no espelho e ver mais do que apenas um reflexo marcado pela insegurança. As manchas na minha pele, que para muitos poderiam ser apenas detalhes, para mim são faróis que iluminam minhas dúvidas e medos. Cada uma delas parece sussurrar lembranças das vezes em que me senti menos, em que me escondi do mundo, com medo dos olhares e julgamentos.
Meu corpo carrega o peso não só da carne, mas também das críticas que já ouvi, dos olhares que já senti atravessarem minha pele. É um fardo que vai além dos números na balança; é o peso das expectativas não cumpridas, das comparações injustas, das palavras não ditas, mas claramente entendidas.
Sair de casa se torna um desafio. As ruas parecem se transformar em passarelas de julgamento, onde cada pessoa é um crítico em potencial, pronto para pesar cada aspecto do meu ser. A vontade de me esconder, de evitar esses olhares, é enorme. E isso me isola, me prende em um ciclo de autocrítica e solidão.
Mas no fundo, existe uma vontade desesperada de quebrar essas correntes. Queria poder olhar para mim com os olhos de quem ama, de quem vê além das manchas e do peso, de quem entende a história por trás de cada marca, de cada insegurança. Queria ver a beleza que reside na minha força, na minha resiliência, na capacidade de enfrentar um mundo que nem sempre é gentil.
Eu anseio por um amor próprio que me permita caminhar com confiança, que me faça sentir digno de ocupar espaço, de ser visto, de ser amado. Quero olhar para mim e sentir orgulho, sentir que sou mais do que minhas inseguranças, que sou um ser humano completo, merecedor de carinho e respeito.
Queria poder me abraçar e sentir que, independentemente de como me vejo ou de como os outros me veem, eu sou suficiente. Que minhas manchas, minhas curvas, meu peso, são apenas partes de um todo que é belo em sua singularidade. Quero aprender a me amar, um passo de cada vez, até que olhar para mim no espelho seja um ato de celebração e não de crítica.
14 notes · View notes
cidade-amarel4 · 2 years
Text
Somos pessoas frágeis, vivendo em cidades frágeis. Como uma garota feita de papel para uma cidade de papel, a cada frase e regras, a cada cotidiano e trabalho, a cada mês e estação uma nova concepção ou analogia. Mas, ainda estou aqui esperando por você. Eu te daria inúmeras pistas para me encontrar se não souber meu endereço, me localizo no ponto mais movimentado da cidade ou no lugar mais alto ou nos lugares mais vazios e baratos. E isso diz muito sobre minha fobia social.
Sentir sua falta torna todas as coisas supérfluas por aqui, e as vezes me deparo com a realidade batendo na porta me dizendo que mais um mês se passou. O destino vem me esmagando dia após dia, e conto as vezes que essa fase vai passar, e quantos segundos estive bem.
Por mim eu tento, por um futuro nosso eu tento todos os dias, acordo e me arrumo, vou ao trabalho e preparo as tarefas, quando sinto que preenchi tudo, me sinto mais perto de sua direção. A esperança é algo que torna nossas vidas menos deprimente.
Amar alguém como você me ensinou a ter paciência, a nunca querer as coisas do meu jeito só porque não consigo esperar. E principalmente, amar você me ensinou que estar do lado de alguém não trás ansiedade, não causa desconforto no estômago e muito menos barulhos na cabeça.
A menina de papel que mora em mim só consegue escrever coisas boas sobre si, quando percebe que você nunca a enxergou como simples e normal, mas além do que me mostro, você foi a única que parou pra me analisar com calma e me causou sensações boas sem esperar nada em troca, tudo que faço te surpreende, e tudo que você me faz me anima e alegra. Estou em um ponto que podem existir mulheres por todo esse mundo a fora, mas nenhuma delas me olharia com a calma e precisão de seus olhos. Sempre me vesti para mim mesma, mas quando uso acessórios e roupas novas imagino o seu olhar em mim, com esse aspecto de admiração e respeito, como se por um instante eu fosse a coisa mais bonita do mundo ou é isso que seu corpo me diz quando contempla até meus gestos mais simples de balançar pro lado e para o outro com esse vestido de R$29,99.
Eu não entendia o que era ser amada até te encontrar, o universo me parecia vasto e misterioso, e você era clara e sistemática de um jeito que tornou todos os meus pensamentos e risos sinceros. Eu não esperei algo como você, porque minhas imaginações nunca chegaram tão perto desse amor genuíno que saí por nossos sentidos mais íntimos.
Quando vejo uma loja, não procuro algo apenas confortável, mas também algo que você goste, na minha compatibilidade mais linda e no seu gesto mais singelo, eu não quero ir para nenhum lugar que seja fora de sua vista ou que seja longe do seu coração e menos ainda que seja tão vazio como essa cidade de papel sem o seu amor.
Vejo do alto todas as ruas se iluminar quando você passa... Colorindo as ruas, dando luz aos postes, fazendo florescer os campos e ligando o ponto mais baixo das vielas... Na passarela do meu coração o mundo se ilumina com seu andar em minha direção, e com seu olhar calmo transforma meus dias em livros cheios de coisas gostosas pra ler.
Tumblr media
15 notes · View notes
final148 · 2 months
Text
Tumblr media
CONHEÇA: ALEX "TRÈS COOL"
Fotógrafo Ebúrneo-Francês com olhar único para a moda.
Escrito por Fernanda
Há anos o street style das semanas de moda têm chamado tanta atenção quanto os próprios desfiles. Com celebridades renomadas e influencers desfilando pelas ruas ao redor com seus estilos únicos ou exibindo um preview das coleções que serão apresentadas. Certamente você já deve ter se deparado com diversos cliques de fotógrafos pelas ruas das cidades que sediam grandes Fashion Weeks, mas garanto que raramente se deparou com fotos como as de Alex “Trés Cool” Dobé.
instagram
Capturando a essência frenética e agitada das ruas durante esses grandes eventos, o trabalho de Alex se destaca pelas suas fotografias em movimento e close-ups de detalhes e rostos. Com sua estética distinta e cativante, a abordagem de Alex gera narrativas próprias para cada um dos looks, interpretando cada objeto que fotografa como um pintor interpreta sua musa. 
instagram
instagram
instagram
instagram
É com esse mesmo dinamismo e espontaneidade que Alex também aborda desfiles de moda e backstages de grandes marcas como Saint Laurent, Valentino, Chanel, Ganni, Comme des Garçons, entre outras. Capturando a fluidez das peças e a essência das coleções apresentadas à medida que os modelos movem-se pela passarela.
instagram
instagram
instagram
Convidado por grandes marcas, Alex também fotografa campanhas como, por exemplo, a coleção de colaboração entre Nike e Parris Goebel.
instagram
Por ter sempre um ponto focal bem definido e brincar com o contraste entre luz e sombra, Alex faz com que nós espectadores criemos um grande interesse por qualquer coisa que ele esteja fotografando, seja uma modelo na passarela da Saint Laurent, um sapato da Magliano ou uma vaca andando pelas ruas da Costa do Marfim.
instagram
Certamente, de todas as expressões que eu poderia usar para descrever o trabalho de Alex, Trés Cool com certeza está no topo delas.
________________________________________________________
Confira mais do trabalho de Alex através de seu Instagram, site ou pela agência de qual faz parte, Saint Germain.
0 notes
falangesdovento · 7 months
Text
Tumblr media
Saúde Mental
“Faço uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras foram alimento para a minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E assusto-me.
Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida.
Van Gogh matou-se. Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia.
Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica.
Maiakoviski suicidou-se. Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos. Mas será que tinham saúde mental? Saúde mental, essa condição em que as idéias comportam-se bem, sempre iguais, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, bastar fazer o que fez a Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou. Pensar é uma coisa muito perigosa… Não, saúde mental elas não tinham… Eram lúcidas demais para isso. Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata. Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental. Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. Por outro lado, nunca ouvi falar de político que tivesse depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas. Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de loucos e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos. Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores, como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente “equipamento duro”, e a outra se denomina software,“equipamento macio”.
O hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito. O software é constituído por entidades “espirituais” – símbolos que formam os programas e são gravados.
Nós também temos um hardware e um software. O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória. Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo “espirituais”, sendo que o programa mais importante é a linguagem. Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeitos no software. Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há de se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que se estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam. Não se conserta um programa com chave de fenda. Porque o software é feito de símbolos; somente símbolos podem entrar dentro dele. Assim, para se lidar com o software há que se fazer uso dos símbolos. Eles podem vir de poetas, humoristas, palhaços, escritores, gurus, amigos e até mesmo psicanalistas… Acontece, entretanto, que esse computador que é o corpo humano tem uma peculiaridade que o diferencia dos outros: o seu hardware, o corpo, é sensível às coisas que o seu software produz. Pois não é isso que acontece conosco? Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos de Drummond e o corpo fica excitado. Imagine um aparelho de som; imagine que o CD e os acessórios, o hardware, tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e se comover. Imagine mais; imagine que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção! Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio:
A música que saia de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou… Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, a “saúde mental” até o fim dos seus dias:
Opte por um software modesto. Evite as coisas belas e comoventes. A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música… Brahms, Mahler, Wagner, Bach são especialmente contra-indicados.
Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Tranquilize-se; há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento.
Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago? Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos Domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato. Seguindo essa receita você terá uma vida tranquila, embora banal. Mas como você cultivou a insensibilidade, não perceberá o quão banal ela é. E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram…”
Rubem Alves
1 note · View note
haemoraerp · 7 months
Text
Tumblr media
THE ICONIC ARRIVAL
Todos já estavam no aguardo da chegada do colossal Icon of the Seas, no porto de Phillipsburg, capital de São Martinho. Ainda que fosse pela manhã, nada impediu os locais e curiosos de apreciarem o atracar do navio, com a ancora descendo e as passarelas de desembarque sendo montadas. Era como ver um formigueiro deixando seu esconderijo enquanto todos desciam para as areias claras e fofas da praia de Great Bay Beach.
Tumblr media
Os tripulantes seguiam seu caminho para o Hilton Vacation Club Royal Palm, para desfrutarem de sua estadia na cidade litorânea.
Tumblr media
THE HARBOR
A capital da parte sul da ilha de São Martinho é uma área marcada por belas construções baixas e ruelas apertadas que nos lembram animações da Disney. Movimentada durante o dia todo, a cidade é ótima para fazer compras e também para aproveitar a praia que fica logo em frente.
Devido à grande variedade de comércios, Phillipsburg consegue agradar todos os gostos - e bolsos. Não deixe de passear pela Frontstreet e pela Board Walk - duas das principais ruas do centro.
Tumblr media Tumblr media
Em uma ilha caribenha, o mar não poderia deixar de ser o atrativo principal, é claro. A ilha tem praias para todos os tipos e gostos, e certamente alguma delas irá ganhar seu coração. Durante o dia, curtir o sol e o calorão com um mergulho estratégico no mar verdinho é o principal programa dos turistas. Se a ideia é conhecer uma praia superbadalada, não deixe de ir à Orient Beach; se quiser um clima mais "relax", aposte em Long Bay ou Mullet Bay, que parece uma piscina natural enorme, tamanha a sua calmaria.
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Ledo engano pensar que à noite o ânimo da pequena ilha esmorece. Para fazer uma programação light, comer em um restaurante de qualidade e ver o movimento nas ruas, conheça Grand Case. Se mudar de ideia e ainda tiver pique para dançar, tire os sapatos e vá se divertir no Calmos Cafe. Agora, se sua praia é estar onde a noite acontece, curta os bares como Red Piano, ou dance em alguma das boates, como a Bliss.
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Acomodação: Hilton Vacation Club Royal Palm
Partida: Segunda-Feira, 26/02
Horário: 19hs
NOTA DA OOC
Durante a parada, todos os personagens estarão de folga.
Todos os personagens ficarão no mesmo hotel com 1 quarto individual para cada.
Não é permitido retornar ao navio antes da saída oficial, então os tripulantes precisam fazer malas para os dias na cidade.
Há troca de tripulantes entre as paradas, então personagens podem utilizar disso para seus pilotes.
Terá evento voltado aos tripulantes no sábado a noite, organizado pela equipe administrativa responsável pelo Icon of the Seas, então todo mundo já tem essa informação em seus Yulam app.
Se divirtam e aproveitem a folga, marujos!
0 notes
Text
Férias nos Estados Unidos
O que fazer nas férias de julho nos EUA?
Férias nos Estados Unidos – As férias de Julho é um momento muito esperado para os Estados Unidos, é um mês em que os americanos têm mais dias para descansar e para se divertir. Sendo assim, neste artigo iremos falar sobre os melhores pontos turísticos para conhecer durante o mês de Julho nos Estados Unidos. Esse mês é marcado pela alta temporada no país, então, existem diversos pontos turísticos bem lotados, festivais locais e muito mais.
As preferidas dos brasileiros são: Nova York, Miami, Chicago e Orlando. Sendo assim, vamos falar um pouco sobre cada uma delas. 
  Cidades dos Estados Unidos
Nova York – Esse mês se esperar muitos turistas pelas ruas de Nova York. A cidade fica bem lotada, mas é um mês excelente para compras com promoções e ofertas. Além disso, nesse mês é possível participar de diversos eventos e festivais importantes para os Estados Unidos, como, por exemplo, a Independência dos Estados Unidos, o famoso 4 de Julho. Os pontos que mais recebem visitantes são: a incrível Times Square e a Brooklyn Bridge (um local excelente para apreciar o nascer e o pôr do sol). 
Miami – Os visitantes podem encontrar Miami bem lotada durante essa época do ano, pois é o ápice do verão americano, as temperaturas ficam entre 26 e 36 graus. Sendo assim, Miami se torna uma excelente opção para passar as férias, com suas praias incríveis, com o mar cristalino e areia branquinha. Um dos eventos importantes que ocorrem nessa época em Miami é o Mercedes-Benz Fashion Week Swim, semana de moda. Algumas passarelas são montadas até mesmo na areia das praias. O evento conta com desfiles, festas e cursos. 
Chicago – Esse momento é super importante para o turismo no país. O local atrai muitos turistas por seu período intenso de festivais ao ar livre, atrações gratuitas e mais. Os visitantes podem conhecer museus, parques, praias, atrações de verão, festivais à beira do Lago Michigan e entre outros eventos.
Orlando – A incrível Orlando, é possível encontrar uma grande variedade de turistas nesta localidade durante todo o ano, mas em Julho é um dos meses mais buscados pelos brasileiros. Em Orlando é possível conhecer os seus famosos parques temáticos. Sendo assim, os parques SeaWorld e o Epcot têm o costume de ficarem abertos até mais tarde com shows e atrações durante o verão nos EUA. Um dos pontos que mais recebe visitantes durante essa época do ano são os parques aquáticos, como, por exemplo, o Typhoon Lagoon e o Discovery Cove.
  Como é o clima nos Estados Unidos em Julho?
Como dito anteriormente, neste mês está verão nos Estados Unidos. O verão nos EUA inicia em Junho e encerra em Agosto. As temperaturas podem chegar até 32°C. 
  Precisa de Visto para conhecer os EUA?
Todos os brasileiros precisam de um Visto para conhecer os Estados Unidos, esse visto vai mudar de acordo com o intuito da viagem do solicitante. Portanto, recomendamos que entre em contato com um Consultor Especializado em Visto Americano para lhe auxiliar em seu visto de turismo. O mesmo irá te ajudar em todo o passo a passo desse procedimento.
    Por Visto Online Express 
Esse artigo Férias nos Estados Unidos apareceu primeiro em Como Tirar o Visto Americano.
0 notes
iceebelly · 3 years
Text
DRAMAS DUBLADOS - na Netflix
Lista Part. 1
Apostando Alto
Empenhados em transformar sonhos virtuais em realidade, jovens empreendedores competem por sucesso e amor no implacável mundo da alta tecnologia coreana.
Hospital Playlist
Cinco médicos amigos desde a faculdade compartilham os desafios do dia a dia em um hospital e também o amor pela música.
Olá? Sou eu!
Fracassada e infeliz, uma mulher sente que perdeu a vontade de viver. Até que um dia, uma versão mais jovem dela mesma aparece exigindo mudanças.
Hometown Cha Cha Cha
Tumblr media
Uma dentista da cidade grande abre um consultório em um vilarejo litorâneo e conhece um faz-tudo que é o extremo oposto dela.
Pousando no Amor
Um acidente de parapente leva uma herdeira sul-coreana à Coreia do Norte. Lá, ela acaba conhecendo um oficial do exército, que vai ajudá-la a se esconder.
Apaixonados na Cidade
Depois de viver um romance na praia, um arquiteto tenta encontrar a mulher que fisgou seu coração nas ruas de Seul.
Me Tira Daqui
Novas amizades, amores e experiências se misturam em um dormitório de uma universidade coreana que recebe alunos de todo o mundo.
Apesar de Tudo, Amor
Ela não acredita no amor, mas ainda o deseja. Ele não gosta de relacionamentos, mas decide arriscar.
Love Alarm
Em um mundo em que um aplicativo avisa seus usuários se alguém por perto gosta deles, Kim Jojo descobre o amor e encara as adversidades da vida.
O Rei de Porcelana
Com o assassinato do príncipe herdeiro, sua irmã gêmea assume o trono. Só que ela deve esconder sua identidade e seu amor por um jovem se quiser sobreviver.
A Love So Beautiful
Tumblr media
Uma adolescente conhece as dores e as delícias do amor à medida que seu relacionamento com o vizinho se transforma, o tempo passa e os dois amadurecem.
Loucos Um Pelo Outro
Incomodados por descobrirem que são vizinhos e têm a mesma psiquiatra, um homem e uma mulher não conseguem se afastar um do outro.
Na Direção do Amor
Um famoso atleta dá uma guinada na vida e decide correr atrás de seus sonhos e seguir seu coração após conhecer uma tradutora.
Passarela de Sonhos
Dois atores e uma maquiadora lutam para conquistar espaço em um mundo que valoriza mais a classe social do que os sonhos das pessoas.
A Caminho do Céu
Um jovem detalhista seu tio trabalham como limpadores de eventos traumáticos. Eles organizam os pertences de pessoas falecidas e descobrem as histórias que elas deixaram para trás.
Navillera
Tumblr media
O balé une dois homens de realidades diferentes, mas igualmente difíceis. Por esse sonho, vale tudo.
Você é Minha Primavera
Com infâncias traumáticas, a recepcionista de um hotel e um psiquiatra formam um vínculo profundo depois de se envolverem em um complexo caso de assassinato.
É Tudo Meu
Duas mulheres presas em uma vida de luxo e mentiras decidem ser felizes custe o que custar.
Amor, Casamento e Divórcio
A vida de três mulheres bem-sucedidas que trabalham em um programa de rádio vira de cabeça para baixo quando seus casamentos são ameaçados por segredos e reviravoltas.
Nosso Eterno Verão
Anos após filmarem um documentário viral na escola, dois ex-namorados voltam para a frente das câmeras e para a vida um do outro.
Primeira Vez Amor
Por diversos motivos pessoais, os amigos de Yun Tae-o se mudam para a casa dele, onde descobrem o amor, a amizade e outros sentimentos.
© iceebelly
3 notes · View notes
midiscencia · 3 years
Photo
Tumblr media Tumblr media
Antes da leitura desta postagem, corre lá no Spotify e dá play na playlist especial preparada com a temática de POSE! Ela pode ser encontrada aqui.
VIVA, TRABALHE, POSE!
Hoje falaremos de uma série que ganha destaque a cada nova temporada por retratar assuntos delicados que dizem respeito à comunidade LGBTQIA+ desde o século passado. Muito representativa e necessária, traz à tona questões como homofobia, racismo, xenofobia, preconceito e desinformação em relação a AIDS/HIV em meio ao reduto de manifestação cultural e social que eram os chamados ballrooms, ou bailes, em Nova Iorque, onde a comunidade majoritariamente negra, homo e transexual encontrava-se para celebrar a onda de opulência, luxo e moda que permeou a década de 80, aspectos indispensáveis na hora de se contextualizar essa série incrível e que serão mencionados ao decorrer deste texto.
SINOPSE
Criada por Ryan Murphy, Brad Falchuk e Steven Canals, que se passa na NY dos anos 80 e 90 e acompanha a vida de um grupo de pessoas, dentre elas gays e trans que participam de competições conhecidas por bailes, uma maneira em que a comunidade LGBTQIA+ encontrou para viver seus sonhos numa época marcada por lutas pela sobrevivência e contra a AIDS.
MAPEAMENTO DOS GRUPOS SOCIAIS REPRESENTADOS EM POSE
Negros. Sejam eles retintos ou pardos, são perseguidos socialmente até os dias de hoje devido ao histórico de escravidão a que foram submetidos nos séculos passados. Após a abolição da escravatura ao redor do globo, tornaram-se socialmente indesejáveis pela população branca que outrora os vira como objetos e propriedades e, que, a partir da garantia de seus direitos humanos básicos, tinha de enxergá-los como cidadãos. Assim sendo, os ideais permeados pela ideia de uma supremacia racial a favor da branquitude ocasionou episódios terríveis na História, como foi o caso do Apartheid (África do Sul, 1948-1994) e da Luta Pelos Direitos Civis (EUA, 1952-1983), de modo que as pessoas negras infelizmente viviam sob opressão e coerção de uma outra parte da sociedade que opunha-se a sua existência e seus direitos.
O racismo existe em vários outros cantos do mundo, isto é inegável, mas no caso da década de 70/80, olhando da perspectiva do “expoente de Democracia e Liberdade que eram os Estados Unidos da América”, é ainda mais preocupante a permanência de práticas tão preconceituosas e segregacionistas, onde, visivelmente, ainda persiste uma diferença social e sobretudo econômica entre brancos e afrodescendentes. 
Latinos. Outra comunidade marginalizada em solo estadunidense, vindos, em sua maioria, de países como Porto Rico, República Dominicana, México, Panamá e Cuba, ou qualquer outra nação de língua espanhola mais próxima ou de forte peso no meio norte-americano. São cidadãos que saíram de suas cidades natais para tentar a vida na “Terra da Liberdade”, encontrando, normalmente, subempregos e dificuldades como o idioma e a desigualdade social que acomete a todos, mas principalmente àqueles que não são vistos como “cidadãos americanos”, já que ser um imigrante é motivo o suficiente para ser malvisto pelos mais conservadores e nacionalistas deles – que, por sua vez, também acreditam que estes são responsáveis por “roubarem empregos e aumentar a criminalidade” no país para onde se mudaram.
LGBTQ+. Lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e, a definição mais discutida atualmente, os chamados queer. Pessoas que não se encaixam no padrão de heteronormatividade e cisnormatividade estabelecido pela sociedade, então tendem a ser excluídas pela parte conservadora e preconceituosa dela. A este grupo também foi associada, por muito tempo, a disseminação do vírus da AIDS, o HIV, sobretudo na década de 80, quando a doença era considerada uma novidade, sabendo-se apenas que era transmitida através do sexo. Por isso, dentre os mais conservadores e contra as práticas homossexuais, começou-se a especulação de que a doença estava presente nos casais gays, nos trans ou qualquer um que não fosse estritamente hétero. Como apontam Maurício de Souza Campos e Maria Thereza Ávila Dantas Coelho, faziam isso pois associavam estes a promiscuidade e pecado, a aberrações (2010):
“Os textos (dos jornais) falavam de jovens homossexuais masculinos que, vivendo em áreas urbanas e levando uma vida sexual “promíscua”, estavam inexplicavelmente contraindo doenças raras para pessoas de sua faixa etária. Além disso, os jovens morriam em decorrência de algumas dessas doenças, as quais normalmente não levariam pessoas saudáveis à morte. Como uma das doenças mais comuns entre esses pacientes era uma forma bastante rara de câncer de pele, não demorou para que o novo mal fosse apelidado de “câncer gay” (HADDAD, 1993). Antes da sigla AIDS (Acquired  Immune Deficiency Syndrome) ser adotada, em 1982, como nome oficial, usava-se extra-oficialmente a sigla GRID (Gay-Related Immune Deficiency). Nos corredores de alguns hospitais, porém, muitos médicos e profissionais da área de saúde chamavam-na de WOG, as iniciais, em inglês, para a expressão “ira de Deus” (wrath of God). Como se vê, o aspecto moralizante de punição para um comportamento tido como errado esteve associado à AIDS desde os seus primórdios” (CAMPOS; COELHO, 2010, p. 02)
Diante de tanto preconceito e marginalização, estes grupos passaram a se organizar em famílias (Haus ou House, do inglês, que quer dizer “casa”), apoiando-se e abrigando-se conforme novos jovens eram expulsos pela própria família de sangue, normalmente por sua condição homossexual. Havia uma “Mãe” ou “Pai” responsável pelos outros membros, que, por dedução, identificavam-se como irmãos. Posteriormente, estas famílias encontraram um novo espaço na noite: os clubes noturnos.
Lá, surgiram os chamados ballrooms (bailes). Falaremos deles a seguir.
OS BALLROOMS
A cultura de opulência, luxo e moda estava em alta nas décadas de 70/80. Muito glamour nos passos de Diana Ross, nas performances de Donna Summer, e Madonna, nas roupas de Elton John, tudo cada vez mais estimulado com o destaque das marcas de grife, caríssimas, como Givenchy, Dolce & Gabanna e afins. Figuras como Prince, Boy George e Michael Jackson também promoveram todo esse brilho e fashionismo, suscitando nas pessoas a consciência de que isto não era exclusivo do mundo feminino. Assim, surgiram também alguns dos principais ícones a favor da causa e da conscientização sobre o movimento gay (como fez Madonna, engajada com a luta e promovendo Vogue, uma música que falava sobre o cenário da comunidade LGBTQ).
Por isso os bailes eram tão atraentes: além de reunir a parcela mais marginalizada da sociedade, como negros, latinos e homo e transexuais, promoviam uma noite de diversão regada a disputas que envolviam muitas habilidades, promovidas pela busca da Haus mais aclamada, invencível, renomada.
A CATEGORIA É…
Assim, as famílias (Haus/House) se organizavam para as competições. Segundo Cintra (2018),  mencionando Lawrence:
“As “drag  queens negras,  gays  e  da classe  trabalhadora  se  viram  alienadas  de  suas famílias  biológicas,  que  eram  usualmente intolerantes às suas escolhas” e também atacadas de diversas formas por esse discurso machista e, obviamente, homofóbico e intolerante que reinava pelas ruas. Sendo assim, “com nenhum outro  lugar  para  que  pudessem ir,  elas  formaram  suas  próprias  gangues  de  suporte,  as  quais preferiram chamar de Houses” (LAWRENCE, 2011, tradução própria).
Neste contexto, é comum falar-se muito do voguin’ também. Que, parafraseando Lawrence, Cintra também mencionou em sua dissertação, explicando como e onde surgiu o icônico estilo de dança:
“Tudo começou em um clube chamado Footsteps(…) Paris Dupree estava lá e um monte dessas queens negras  estavam  jogando shade (provocação) umas  nas  outras.  Paris  tinha  uma revista Vogue em  sua  bolsa  e  enquanto  estava  dançando,  ela  tirou  da  bolsa,  abriu  em  uma página  onde  tinha  uma  modelo  posando  e  parou  naquela  pose  junto  com  a  batida  da música.  Então  ela  virou  para  a  próxima  página  e  parou  em  uma  nova  pose,  novamente junto com a batida. (…) outra queen veio e fez uma outra pose na frente de Paris, e então Paris foi na frente dela e fez outra pose. (…). Isso tudo era shade (…) e logo começou a ser  feito  nos balls. Primeiro  eles  chamaram  de posing e  depois,  por  ter  começado  por conta   da   revista Vogue,   chamaram   de voguing” (LAWRENCE, 2011)
Era comum haver um membro específico para cada categoria, por exemplo: o tido como o mais bonito, entrava na categoria face (rosto, em inglês). O mais musculoso, esbelto ou esguio, desfilava na categoria body (corpo); o melhor modelo, com o melhor catwalking (desfile), mostrava sua postura e seus passos na passarela improvisada e sob os olhares minuciosos dos juízes; dançarinos e contorcionistas destacavam-se quando os desafios da noite pediam dança e criação de coreografias (um dos berços do voguin’); Posteriormente, foi implementada a categoria chamada lip sync (sincronização de lábios/dublagem), onde os principais ícones da música dos anos 70 e 80, como as já mencionadas Dianna Ross e Madonna, eram homenageados em performances espetaculares e animadas.
Em relação aos desfiles, haviam as categorias temáticas ou de habilidades específicas. Abaixo, está um vídeo onde a Casa Abundance aceita um desafio proposto pela Casa Evangelista, em POSE:
youtube
É em meio a todo este cenário que a série Pose se desenvolve quando, nos anos 80, Blanca, uma mulher transexual, acolhe jovens desabrigados (expulsos de casa) por sua condição LGBT. Como já dito anteriormente, a série contempla aspectos essenciais da época, permeada pela ascensão da cultura de luxo e opulência, bem como o surgimento dos balls, os bailes onde a comunidade comumente excluída (negros e latinos transexuais e homossexuais em sua maioria) se reúne para noites de festas intensas. 
Nesta trama, existem alguns personagens centrais, cujas histórias, individual ou coletivamente, geram uma identificação e representatividade muito importante para os telespectadores de hoje em dia. Também despertam em quem quer que seja (um homem ou mulher cis, hétero ou não, jovem ou adulto) comoção e empatia para com as condições de vida e luta dessas figuras marginalizadas pela sociedade, o que, infelizmente, se repete até os dias de hoje.
OS PERSONAGENS (atenção: há uma pequena chance de haver alguns spoilers)
Blanca: No início de POSE, Blanca é diagnosticada com HIV. Imediatamente depois de ouvir a notícia, toma uma decisão ousada. [SPOILER] Blanca vai deixar a Casa Abundance e começar a Casa Evangelista. A série se concentra nela reunindo “crianças” que irão competir nos bailes com ela. [/FIM DO SPOILER]
Elektra: Elektra Abundance, a rainha da cena dos bailes, é a mãe da House of Abundance. [SPOILER] Desde que Blanca desertou da Casa Abundance para formar sua própria casa, Elektra travou uma rivalidade com sua antiga filha.
Angel: Uma mulher trans que trabalha como prostituta e dançarina, com um dos melhores arcos de desenvolvimento da série. Futuramente, passa por muitas dificuldades para se tornar uma modelo.
Damon: Depois que Damon é expulso de sua casa em Allentown, ele se muda para Nova York, sendo o primeiro convocado por Blanca para a Casa Evangelista. Posteriormente, com a ajuda de sua nova família, conseguiu alcançar seu sonho de se tornar um dançarino profissional.
Ricky: Ricky vive na rua até que ele conhece Damon Richards, que o leva para a Casa Evangelista.
Papi: Lil Papi, um órfão latino e membro da Casa Evangelista, com algumas questões pessoais como envolvimento com drogas e o mundo do crime.
Pray Tell: Pray Tell, o Mestre de Cerimônia da cena dos bailes, mas também um estilista prestigiado e aclamado em seu meio. Um dos personagens mais bem evoluídos da trama, junto de Blanca, sempre conscientizando os mais novos sobre a causa da AIDS/HIV e buscando aconselhá-los para não optarem por caminhos ruins como vícios ou relacionamentos abusivos.
VALE A PENA PESQUISAR SOBRE…
Rupaul’s Drag Race: Reality show onde drag queens competem em várias categorias como humor, interpretação, maquiagem, canto e, sobretudo, passarela e desfiles. É a maior referência da atualidade sobre o cenário de ballrooms, pois Rupaul, o apresentador, uma drag queen, viveu o ápice do movimento nos anos 70/80 e 90, fazendo várias referências à época. Com o passar dos anos, possuindo mais de dez temporadas, o programa alcançou até mesmo pessoas heterossexuais graças ao seu gigantesco repertório envolvendo moda e um show de talentos à parte. Abaixo, está um trailer de uma temporada ALL STARS, onde os principais nomes das temporadas regulares retornam para a competição:
youtube
Paris is Burning: Paris Is Burning é um filme-documentário estadunidense de 1990 dirigido e escrito por Jennie Livingston e gravado em diferentes fases da década de 1980, que segue a comunidade LGBT na cidade de Nova Iorque. Muito atemporal, sendo relevante até os dias de hoje.
youtube
LEGENDARY: Legendary é um reality show de competição de voguing lançado em 27 de maio de 2020 pela HBO Max, trazendo inúmeras referências sobre a cultura de ballroom, focando no desfile e na dança em uma disputa entre várias Houses.
youtube
DRAGULA: Quase nos mesmos moldes de Rupaul’s Drag Race, mas ao invés de queens, temos monsters. Ao invés de um “Lip Sync for Your Live”, temos um “Extermination”, com desafios que incluem coisas como ser enterrado vivo, ter sua pele perfurada por várias agulhas, comer carne crua, a fim de garantir sua presença na competição se você está entre os piores de algum desafio. Enfim, recomendado apenas para maiores de dezoito anos e desaconselhável para o público sensível. O mais puro e essencial glam horror:
youtube
I DON’T PLAY, I SLAY - NOMES IMPORTANTES E RELEVANTES NA CULTURA DE BAILE/COMUNIDADE LGBTQ+
Grace Jones James St James Michael Alig (Club Kids) Crystal Labeija Amanda Lepore Rupaul
Referências:
CAMPOS, Maurício de Souza; COELHO, Maria Thereza Ávila Dantas. A AIDS e o discurso homofóbico da indústria cinematográfica hollywoodiana. Disponível em: http://www.fg2010.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/1278272053_ARQUIVO_AAids.pdf. Acesso em: 14 mar. 2021.
MONTEIRO, Gabriel Holanda; SILVA, Naiana Rodrigues. “Come on, Vogue!”: Madonna e a construção da identidade LGBT através da representação simbólica na música pop. Temática, Paraíba, v. 14, n. 01, pp. 128-145, 2018. Mensal. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/tematica/article/view/37974/19315. Acesso em: 16 mar. 2021.
SANTOS, Henrique Cintra. Capítulo I - Os ballrooms. In: A transnacionalização da cultura de Ballrooms. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) - Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2018. pp. 13-60. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/331699/1/Santos_HenriqueCintra_M.pdf. Acesso em: 17 mar. 2021.
11 notes · View notes
azczels · 3 years
Photo
Tumblr media
SPOTTED! AZAZEL ‘ A Z A ’ CHA-CLEMONT foi visto pelas ruas de nova york, você sabe, o sósia do HWANG IN-YEOP. 
STATS  —
NOME COMPLETO azazel cha-clemont | APELIDO aza, zaz | IDADE 24 ( 15 de abril, 1997 ) | LABEL the addictive | CIDADE NATAL nice, fr | ETNIA coreano | NACIONALIDADE franco-americano  | ORIENTAÇÃO bisexual  | OCUPAÇÃO estudante de relações internacionais and your local drugdealer | TRAÇOS DE PERSONALIDADE ( positivo ) sincero, dinâmico & despreocupado  ( negativo ) inconveniente, narcisista & temperamental
INSPO  —
THE MINYARD TWINS, aftg | JOSEPH KAVINSKY, trc | REIGEN ARATAKA, mob psycho 100
PLAYLIST  —
PRESCRIPTION KID, kid brunswick | NUMB TO THE FEELING chase atlantic | DOPAMINE, børns | PRETTY BOY, joji | PARANOIA, kang daniel | SKELETONS, keshi | WHITE LIES, tokio hotel x vize | SKINNY, kid brunswick | I WAS KING, one ok rock
FAMILY — 
olivier clemont, biomédico e empresário — herdeiro do império farmacêutico multimilionário e multinacional. os clemont são pioneiros do ramo na frança e concorrentes de peso nas américas após a expansão feita por olivier. é um homem muito calmo e coletado, carrega nas costas toda a pacificidade da família, além de ser muito benevolente e completamente devoto ao filho, o qual nunca deixou que nada acontecesse, indo tão longe quanto driblar a lei para salvar a pele de azazel. 
eunji cha, ex-modelo e socialite, falecida — quando jovem estava na lista de modelos mais bem pagas do mundo e em suas horas vagas se dedicava a sanar a sua curiosidade infinita, arranjando tempo em meio as suas agendas caóticas, conseguiu se formar em história e ainda pós-graduar em teologia – daí vem o nome de azazel. depois do nascimento do filho ela se aposentou das passarelas, mas também se viu cada vez mais imersa em projetos filantrópicos além de, claro, a vida de socialite que ela simplesmente não conseguiu fugir.
ABOUT — TW menção de morte e drogas
azazel nasceu na frança, mas forças maiores fizeram com que os cha-clemont se mudassem para nova iorque logo após o nascimento de seu pequeno herdeiro para expandir a companhia que olivier belmont havia herdado de seus pais, no horizonte enxergavam mais uma montanha de riquezas para adicionarem à longa linhagem de dinheiro antigo que corria entre as famílias. o clichê de um lar opulento ser um lar frio nunca se fez tão falso, pois mesmo com seu pai ocupado com a companhia e a sua mãe levando uma vida de socialite, carinho e atenção nunca lhe faltaram e sacrifícios eram sempre feitos para que pudessem passar o máximo de tempo possível com o filho...
no entanto, a tão antiga história de que dinheiro não pode comprar felicidade nunca soou tão verdadeira. aos olhos do público a família herdeira da bilionária companhia biofarmacêutica clemont era o próprio retrato de um comercial de margarina, tão convincentes que por anos até mesmo aza caiu no teatrinho dos pais. mas se aprendeu uma coisa enquanto crescia é que certos segredos devem ser levados ao túmulo. eunji cha levou consigo o fato do primogênito e único herdeiro do império dos cha-clemont ser um filho ilegítimo, fruto de um caso passageiro da mulher com um atleta sul-coreano. 
carregar esse segredo sozinha fez a mulher definhar aos poucos até encontrar seu fim quando azazel tinha quinze anos — para todos a causa da morte da mulher foi um ataque cardíaco, mas por anos o garoto assistiu a mãe se matar aos poucos com remédios e mais remédios, era como se ela só funcionasse daquela forma, dopada o suficiente para se esquecer do próprio nome. bem, a maçã nunca cai longe da árvore, não é mesmo? pois foi com a morte da mãe que o estoque de pílulas dela desapareceu da maior suíte da mansão dos cha-clemont e foi parar direto nos bolsos de azazel. o apelo de se ver tão entorpecido começava a fazer sentido para o jovem que lutou contra o luto com a força das drogas em seu sistema.
teve a sorte de ser um ator bom o suficiente para convencer seu pai preocupado por anos de que estava tudo bem, afinal, sempre se mostrou tão aplicado, disciplinado e esforçado na frente do progenitor que seria até difícil de acreditar que ele estava usando do acesso à companhia (com a desculpa de aprender a lidar com aquilo que um dia seria seu) para de fato conseguir roubar pílulas para si e, posteriormente, para suprir com os vícios de seus colegas mais próximos. agora se você se pergunta como ele conseguiu se tornar um imenso fornecedor de drogas do upper east side, acredite que nem ele sabe como isso foi acontecer e o que o surpreende ainda mais é ter conseguido manter a sua identidade relativamente em segredo — o que prevalece é o uso do apelido que tomou para si; scapegoat. 
SECRET —
para os mais íntimos não é segredo que, se você estiver atrás de qualquer droga, é aza que você deve procurar. seu acesso à farmacêutica dos pais é o seu passe livre para conseguir muito do que vende, as drogas de prescrição são sua especialidade, psicotrópicos, calmantes, estimulantes, é só dizer o que precisa que ele consegue, mas também não se limita a isso. o que não admite é que ele usa do privilégio para alimentar o próprio vício por opioides, mas essa não é a pior parte, foi sob a influência que causou um acidente de trânsito dois anos atrás – no dia do aniversário da morte da sua mãe – que acabou com a morte de duas pessoas. foi uma colisão violenta que resultou em um incêndio sem qualquer chance de salvação dos carros. azazel conseguiu se rastejar para longe antes da explosão, mas o mesmo não pôde ser dito para o casal do outro carro. dinheiro fez a sua parte na hora de comprar a investigação policial e a manipulação de provas. para todos os efeitos, quem causou o acidente foi o motorista da família, que foi julgado e condenado a uma sentença de 15 anos de reclusão por duplo homicídio culposo. 
EXTRABITS — 
a imagem do herdeiro perfeito só existe para agradar seu pai, pois longe dos olhos do homem azazel é uma figurinha rara — busca não discriminar, gosta de ser inconveniente com absolutamente todo mundo, chegando como se já possuísse tamanha intimidade sem nem saber o nome da pessoa direito. o que pode fazer, sua vida é tão pacata que ele gosta de se meter na dos outros.
se acha que já o viu sóbrio, pense novamente, pois tenho certeza que conseguirá se lembrar de detalhes que o entregariam — aquele sorriso brincalhão e as falas desbocadas? traços tão intrínsecos de azazel, mas que só se fazem presentes de verdade no semblante do rapaz quando ele está longe de estar sóbrio. não é à toa que gosta de se intitular como a vida da festa.
sofre de vários distúrbios do sono que se manifestam com força total quando ele está sóbrio, além da ansiedade severa. quando não sofre de insônia, é praguejado por noites conturbadas por terrores noturnos. 
compromisso não é uma palavra que ele tem familiaridade, sempre foge de envolvimentos sérios como o diabo foge da cruz, mas ainda assim acumula uma lista considerável de rolos. 
ao contrário da irresponsabilidade emocional quando se trata de casos românticos, se existe algo que aza leva muito a sério são suas amizades, é leal e companheiro até o fim.
está no último semestre de relações internacionais por pura e espontânea pressão de seu pai que insiste em bater na tecla de querer que azazel assuma os negócios da família o mais rápido possível. algo que ele claramente não tem maturidade para fazer!
apesar de sua relutância natural em estudar, tem muita facilidade com linguagens, além da fluência no inglês, francês e coreano, se garante no espanhol, japonês e italiano. sua maior aventura e por pura influência de sua mãe foi aprender latim. 
CONNECTIONS — 
TWO HALVES OF A WHOLE IDIOT ( @rxmeoyoung ) — o que era para ser só mais uma das festas que azazel costumava frequentar acabou se tornando uma noite onde por muito pouco ele não foi preso. e é aqui que entra romeo, ele e aza juntaram forças para se livrarem de toda e qualquer consequência daquela noite, uma aliança foi formada desde então que com toda certeza criou a dupla dinâmica mais caótica do upper east side.
FOUR LETTERS ARE NEVER THE QUESTION ( @heavcnlyy ) — a palavra ‘namoro’ é capaz de deixar um gosto amargo na boca de azazel e acionar todos seus instintos de fuga – não importava o quão bem as coisas corriam entre ele e heaven. 
COMPANY — é incrível a facilidade que aza tem de se encontrar na cama de muse. foram um item no passado, mas com a alergia à compromissos dele, acabaram não durando — o que claramente não os impede de reviverem os bons tempos de vez em quando.
EMERGENCY CONTACT  — muse é talvez a única pessoa que conhece azazel por completo. o bom, o sujo e o podre, mas ainda assim continua ali lado do rapaz. estava lá quando ele perdeu a mãe e desde então é o ombro que ele procura sempre que se encontra sóbrio o suficiente para se machucar com seus próprios cacos.
OUTRAS SUGESTÕES — clientes, alguém para aza influenciar negativamente, alguém para tentar influencia-lo positivamente, casos do passado que tenham acabado em maus termos!!!, inimizades.
@xoxolikes
4 notes · View notes
Text
Take A Break - w/ Niall Horan
Tumblr media
Mais uma vez o humor turbulento de S/N, após chegar exausta em casa, foi suficiente para fazer seu namorado ir embora do apartamento no centro da cidade batendo a porta com força. O stress diário sentido pelos dois jovens sedentos por oportunidades e vontade de viver acabava interferindo fortemente no relacionamento, e no final tudo se resumia a discussão e dias separados por conta do orgulho e muitas vezes da paz que almejavam diante da correria do dia a dia.
Nesta noite, a garota não queria, de jeito nenhum, ter gritado com Niall como fizera minutos depois que chegou do trabalho, mas ela odiava quando o namorado insistia tanto em fazer amor quando ela definitivamente não estava nem um pouco disposta ou afim de usar a cama se não fosse para dormir. Especialmente depois de um dia exaustivo, como tinha sido o de hoje. O rapaz, por sua vez, não conseguiu controlar sua indignação ao ouvir o tom de voz de S/N elevando-se quando ele insistiu uma terceira vez para que rolasse algo quente naquele noite. Horan apenas queria um pouco de carinho e atenção dela, e ser recebido com cinco pedras nas mãos pela namorada por um simples pedido, nada muito fora do comum, foi realmente difícil de engolir.
Se essa situação fosse inédita parao casal seria muito mais fácil resolvê-la, sem perda tempo. Mas infelizmente o cenário caótico repetia-se com frequência depois que resolveram engatar de vez nos projetos pessoais de vida.
S/N sempre quis se tornar uma estilista de grande sucesso, e a oportunidade estava batendo em sua porta, já que desfiles importantes se aproximavam e ela conseguiu ser encarregada de ser a anfitriã de três eventos conhecidos mundo a fora, deixando-a maluca já que precisava deixar tudo perfeito e dar tudo de si para conquistar devidamente seu espaço no mundo da moda. E isso acarretava em sua falta de paciência com o namorado.
Com Niall a história não era muito diferente, visto que o moreno iniciara sua carreira musical há pouco tempo, mas ainda sim já era reconhecido pelas pessoas na rua por conta das participações nas mídias, crédito da ótima produtora que o contratou, enxergando grande potencial no rapaz talentoso que viralizou na internet meses atrás cantando a capela em sua conta do Instagram. Cantar sempre foi sua paixão efervescente, e fazer isso sem ser um hobby deixava o garoto contente demais, estando cada vez mais perto de alcançar o sonho de ser um super star, mesmo que lhe causasse dores de cabeça ao final do mês, uma vez que seu cachê não era tão alto. Por isso, era necessário batalhar muito para que um dia conseguisse ser o artista que tanto desejava. E para isso acontecer, o rapaz ausentava-se de alguns compromissos criados por S/N, deixando-a chateada milhares de vezes.
Não havia dúvidas de que o amor que sentiamum pelo outro era enorme, mas as responsabilidades de cada um impedia-os de viver em completa harmonia, fator que contribuiu muito para o resfriamento da relação de pouquinho em pouquinho.
Ligação
- Oi, Claire - a voz triste de S/N do outro lado da linha logo fez a amiga entender, em questão de segundos, o que havia acontecido. De novo.
- Ele foi embora? - perguntou mesmo já sabendo a resposta, e o silêncio da menina apenas confirmou sua teoria. - S/A, vocês estão sofrendo há bastante tempo. Conversa logo com o Niall e acaba esse namoro de uma vez.
- Nunca! Eu o amo muito! Não consigo fazer isso.
- Mas brigar com ele todos os dias você consegue? - S/N não tinha ideia do que dizer. A amiga tinha lhe dado um argumento sem qualquer tipo de refutação. Por mais que ela odiasse admitir que o relacionamento dela com seu primeiro e único amor estava desgastado, a garota sabia que era preciso dar o passo inicial para um novo começo.
- Por que você sempre está certa? - soltou uma risada fraca assim que concluiu sua frase, seguida de Claire. - Acha que eu devo falar com ele ainda hoje?
- Se eu fosse você, esperava um pouco. Assim vocês esfriam a cabeça e conversam tranquilamente, sem discussão e gritaria.
- Tudo bem. - o suspiro feito por ela fez a amiga ficar com o coração na mão. Claire e S/N eram como irmãs. A ligação entre elas era muito intensa e o que afetava uma, acabava afetando a outra inconscientemente.
- S/A, pensa no seu bem estar antes de qualquer decisão, OK? Faça apenas o que seu coração mandar. - as palavras ditas pela moça deixavam o espírito de S/N mais calmo e relaxado e dessa forma conseguia distinguir com facilidade o que faria em determinada situação. Mas hoje, essa sensação não apareceu de imediato. A dúvida e preocupação ainda a preenchia por dentro.
- Obrigada pela ajuda, amiga. Verei o que faço por aqui. E desculpa te atrapalhar esse horário..
- Imagina, minha querida. Estarei sempre aqui para você. E se quiser vir para casa, a porta está aberta.
- Pode deixar. Obrigada mais uma vez , Claire. Por tudo.
- Vai dar tudo certo, S/A. Fique tranquila. - S/N sorriu fraco antes de encerrar a chamada e logo pegou no sono, já na cama vazia.
Dias depois..
A frase “A gente precisa conversar” nunca foi tão temida para Niall quanto estava sendo agora. Sua mãos chegavam a suar só de pensar no que incomodava tanto S/N naquele momento para necessitar de uma conversa pessoalmente. E assim que chegou na casa dela, percebeu que todo o nervosismo era cem por cento válido.
- Você quer terminar?!
- Não foi isso que eu disse. - tentou amenizar a situação.
- Mas queria. - rebateu, levemente indignado e o silêncio se sobressaiu. - Você não me ama mais, S/A?
- É claro que eu amo! - respondeu sem pensar duas vezes. - Mas você e eu sabemos que não estamos conseguindo reconciliar a vida amorosa com o trabalho.
- E por isso você vai desistir de nós? - perguntou incrédulo. - Ótima saída para resolver o problema!
- Niall, eu não quero brigar. - S/N pediu com calma e viu o rapaz respirar fundo com os olhos fechados. Para ele, o motivo dito pela garota não passava de uma desculpa esfarrapada, tendo algo por trás que ela não queria confessar. Horan não compreendia a mudança brusca que estava prestes a acontecer, fato que fez sua cabeça imaginar diversas suposições que explicassem, sem questionamentos, o porquê disso tudo.
- Você me traiu? - questionou baixinho e então olhou para a namorada com os olhos cheios d’água. Em seus pensamentos, essa possibilidade era a que mais doía em seu coração.
- O quê? Não! Eu nunca faria isso. Você me conhece.
- Então me diz, porque você quer acabar com tudo! - ele praticamente gritou desesperado, com um nó gigante na garganta.
- Exatamente por isso! - exclamou ela. - Pelos gritos que saem de nossas bocas todas as vezes que nos encontramos! Você se sente bem quando ficamos separados por tantos dias por causa de uma discussão boba? Porque eu me sinto horrível. E não é assim que eu imaginei o nosso namoro.
- São brigas de casal, S/N. Não é para tanto.
- Niall, não se engane. Você sabe que não são. Essa semana nós praticamente não nos falamos, e o motivo foi porque eu não quis transar com você na sexta. Acha que casais ficam dias sem contato por causa disso? Por conta de um motivo ridículo desses? - o moreno ficou em total silêncio e seu olhar foi direcionado para baixo, demonstrando vergonha, talvez. - Não ache que eu estou bem em relação a essa conversa. - admitiu. - Minha vontade era chorar a cada frase que eu digo, mas estou me segurando ao máximo porque sei que não gosta quando choro na sua frente. - dessa vez a voz de S/N saiu falha, seus olhos estavam marejados e ele finalmente entendeu a dor sentida por ela.
- Você sabe que essa história de ‘dar um tempo’ é puro eufemismo, não sabe? - perguntou após alguns segundos quieto.
- Pode ser que para quem não ame mais seja sim. Mas no nosso caso, não é. - respondeu diretamente. - Meu amor por você não acabou. E só estou fazendo isso para mantê-lo guardado dentro de mim. Tenho certeza de que, quando estivermos prontos, esse sentimento profundo vai florecer mais forte em nossos corações. - o rapaz sorriu fraco ao escutar a confiança de S/N em suas palavras. Contudo ele sabia que a vida à dois que levavam se encerrou assim que saiu da casa da mulher. E os anos seguintes apenas comprovaram o que Horan pensara naquele dia.
Finalmente S/N era considerada uma estilista renomada, de grande sucesso em toda a escala internacional. Seus looks eram tendência mundial e sua marca estava estampada em todos os lugares, sem exceção.
Niall, por sua vez, tornou-se o cantor mais aclamado e desejado de todos os tempos, já que seu talento sempre fora algo invejável, assim como a beleza do rapaz. E agora ele encantava milhões de pessoas com a sua música maravilhosa e voz esplêndida ao redor do mundo, exercendo a profissão sonhada e amada durante anos.
O casal seguiu a vida separados e nunca mais entraram em contato desde aquela noite. Mas em hipótese alguma esqueceram-se um do outro.
...
- Com licença, S/A.. - Jordan bateu de leva na porta do escritório de S/N e entrou assim que ela o encarou despreocupada. - Está ocupada?
- Não. Estava apenas conferindo se a coleção já está no lugar certo. - respondeu com um sorriso simples.
- De novo? - a pergunta veio junto de uma risada fraca, fazendo a mulher sorrir envergonhada.
- É a New York Fashion Week, honey! Meu desespero é totalmente compreensível.
- Nós todos estamos orgulhosos de você!
- Eu não teria conseguido sem essa equipe fantástica. - comentou de forma gentil e sincera. - Tem noção do que alcançamos? Meu sonho era estar nesse desfile, Jordan! E saber que semana que vem meus looks estarão na passarela mais famosa do mundo me deixa tão, mais tão feliz que eu podia pular a cada segundo. - o sorriso aberto no rosto da estilista expressava toda a euforia e felicidade que sentia após anos de esforço e dedicação. Os olhos brilhavam toda vez que a garota se dava conta de sua conquista, e Jordan, seu braço direito desde o início da caminhada, percebera que nunca viu a chefe tão animada e alegre em anos de serviço. Nem quando fundou a empresa há seis anos e meio, local em que trabalhavam hoje. - Mas e aí? O que te traz à minha sala?
- Bom, o pessoal que está comandando o desfile decidiu quem cantará enquanto os modelos estarão na passarela.
- Ótimo! E quem vai ser? - ela sorriu contente, esperando a resposta.
- Niall Horan.. - disse sem jeito e com uma leve careta.
Jordan, além de assistente de S/N, era seu melhor amigo desde a faculdade. O rapaz sempre acompanhou o dilema amoroso da amiga e sabia que Niall ainda era seu ponto fraco. Mesmo após um longo período sem vê-lo pessoalmente ou ao menos trocar algum tipo de diálogo.
- Oh.. Niall? - perguntou atônita. - Não o vejo desde aquela noite.
- Vai conversar com ele no evento?
- Sei lá. - deu de ombros. - Ele provavelmente deve estar namorando, já que todas as mulheres do mundo são apaixonadas nele.
- Inclusive você. - o moreno sorriu convencido pelo o que havia dito e sua chefe colocou as mãos no rosto, sem saber o que fazer.
S/N lembrava claramente quando disse para Horan que o amor dela estaria guardado em seu coração, independente da época. E isso era verdade. Ela ainda o amava muito e queria reencontrá-lo para iniciarem uma nova fase de amor, que seria possível agora que tudo encaminhava-se como um dia havia planejado.
- O que acha que devo fazer?
- Ir atrás dele, obviamente!
- Ele nem deve me amar mais, Jordan..
- Como você sabe? - a pergunta soou retórica. - Nunca mais se viram depois daquilo.
- Por isso mesmo que ele não deve sentir mais nada por mim. Isso foi há quase sete anos. Niall é um dos cantores mais famosos do mundo inteiro, pode ter a mulher que quiser. Acha que ele vai lembrar de mim?
- Acho não. Tenho certeza! - respondeu com convicção. - Eu sentia que o amor de vocês era maior que qualquer coisa, S/A. Não é possível que algo tão grande tenha se perdido depois de alguns anos.
- Pois eu acho que se perdeu há muito tempo.
- Veremos sexta que vem então.
Uma semana depois..
A correria e as várias vozes rolando no interior do backstage do desfile era assustador visto de longe. Araras de roupas estavam por todos os lugares. Pó de maquiagem era espalhado pelo ar de cinco em cinco segundos. E milhares de pessoas indo de um lado para outro em um espaço apertado só aumentava a confusão instaurada naquele lugar.
S/N não parou um minuto sequer desde que havia chegado ao desfile, cerca de uma hora atrás. Seu nervosismo poderia ser sentido a quilômetros de distância, e o sentimento dobrou quando viu Niall Horan chegar pela porta dos fundos do backstage.
Os olhos da moça simplesmente chocaram-se com aquele homem diferente daquele que um dia foi seu namorado. Ele estava completamente lindo com um conjunto azul claro e uma camiseta branca básica por baixo do blazer. Seu cabelo mudara desde a última vez que o vira pessoalmente, deixando mais bonito sem dúvida. Além da aparência, S/N conseguia perceber nitidamente a maturidade no olhar do rapaz mesmo de longe, observando apenas seu comportamento diante das pessoas que ali estavam. A moça estava hipnotizada no novo homem em que ele havia se tornado.
- S/A, cinco minutos! - Jordan a avisou quando passou rapidamente pela mulher, que voltou a atenção ao que realmente importava naquele momento.
A estilista deu uma última olhada em cada modelo que estava prestes à entrar na passarela e por fim pediu que todos a ouvissem por alguns segundos.
- Pessoal! Queria compartilhar com vocês a minha felicidade por estarmos todos aqui, realizando um sonho enorme, que sei que não é só meu. Hoje é um dia inesquecível para todos nós, e seria impossível demonstrar o meu agradecimento a cada um de vocês. Demos o nosso melhor e agora é o último passo para entrarmos para a história da moda. Por isso, façam valer a pena cada instante aqui dentro. Garantam que tudo seja perfeito e por fim, se orgulhem desse trabalho lindo que fizemos juntos e unidos como nunca! Vamos com tudo!- todos os funcionários a aplaudiram calorosamente e soltavam alguns gritinhos após o discurso, imensamente felizes. Cada um ali presente era uma peça fundamental para que o evento acontecesse e S/N não poderia iniciar algo tão importante para sua carreira sem dizer algumas palavras motivacionais para seus colaboradores.
Na área interna, a banda do cantor já estava posicionada no palco e em poucos segundos começou a tocar as notad iniciais ds música, determinando a deixa para a primeira modelo entrar na passarela.
S/N assistia tudo pela televisão encontrada no backstage, roendo as pontas das unhas a cada movimento feito pelos modelos. Sua ansiedade era nítida, mas a alegria ganhou um lugar maior em seus sentimentos quando ouviu os aplausos da plateia.
Niall entrou assim que a primeira top model saiu e o show se iniciou. A medida que ele cantava, os modelos entravam e saiam da passarela, de modo super natural, já que todos estavam curtindo o momento, deixando o desfile extremamente único.
Pela tela, a garota observava cada detalhe de seu ex namorado captado pelas câmeras. Existindo certos momentos em que ela até parava de prestar atenção nos looks, dando prioridade ao lindo moreno que um dia foi seu amor.
Por mais que eles não tivessem se encontrado após a última conversa, era visível o orgulho de S/N ao vê-lo realizando seu sonho de ser um artista de grande sucesso, que tanto ouvira quando ainda estavam juntos. E com Niall não era diferente. Mesmo dedicando-se ao máximo para não errar a letra da canção, conseguia apreciar as roupas criadas pela sua ex, deixando-o contente em saber que ela havia conseguido conquistar o espaço que tanto desejava.
Ao final do desfile, S/N apareceu na passarela, sendo recebida de pé pela plateia, ao som de gritos e aplausos devido ao grande trabalho que apresentou naquela noite.
Assim que Niall a viu sua respiração acelerou e sentiu um frio na barriga como se estivesse voltado ao ensino médio. De fato ela ainda mexia muito com o rapaz e os companheiros de palco perceberam o olhar apaixonado do cantor quando a estrela da noite desfilou a poucos metros deles.
- Muito obrigada por estarem aqui nesta noite tão especial para a Fanciest, em um dos maiores eventos da moda mundial, a New York Fashion Week! - gritos e aplausos aumentaram quando S/N deu uma breve pausa com um sorriso alegre no rosto. - Além disso, quero agradecer mais uma vez aos meus colegas de trabalho incríveis, que foram essenciais para estarmos aqui hoje! Meu sonho era um dia pisar nesta passarela e dividir com vocês todo o esforço e dedicação do meu trabalho. E isso só foi possível graças ao meus companheiros. Quero também agradecer ao Niall pela performance sensacional, que deu um brilho a mais em nossa apresentação. - o sorriso lançado pela mulher ao cantor o deixou completamente maluco. Ela havia mencionado-o, e isso já era motivo suficiente para que o homem voltasse feliz para casa. - Obrigada novamente por terem vindo prestigiar a nossa mais nova coletânea. Espero que tenham gostado do que foi apresentado e que os looks tenham despertado a “Criatividade” dentro de cada umnde vocês, fazendo jus ao nome da nossa coleção! Muito obrigada! - o discurso da renomada estilista fez todos comemorem ainda mais o avanço da moda moderna e com certeza o desfile havia causado uma boa impressão aos presentes no evento, além da mídia que acompanhava tudo, sem deixar um único detalhe escapar.
Sem pressa, S/N caminhou de volta até o backstage ao som das batidas finais da música de Niall e ali, ao vê-la sair, o moreno decidiu dar os parabéns pessoalmente para a “amiga” assim que ficasse sozinha no local.
...
- Ei, S/N. - Horan a chamou rapidamente, antes que a moça deixasse o lugar. - Meus parabéns pelo desfile. Foi lindo! - o sorriso dele a desmontou por inteiro e sentiu seu coração acelerar quando o homem a abraçou apertado. - Você conseguiu ser a estilista que tanto queria! Isso é demais!
- Obrigada, Niall! Fico feliz que tenha gostado. E repito o que falei no palco, sua música é incrível e te ver cantando daquela forma me deixou arrepiada. Você vai longe!
- Que isso, a estrela de hoje é você! - S/N sorriu sem graça e olhou para baixo rapidamente. - Você não mudou nada. - soltou um riso fraco, trazendo o olhar dela novamente para seu rosto. - Toda vez que fica envergonhada, você olha para baixo.
- Ah sim.. Algumas coisas nunca mudam, não é?
- Igual o meu amor por você .- a mulher não acreditou que ele havia dito aquilo sem filtro algum, razão pela qual seu coração, que já estava batendo rápido, quase saiu pela boca. - Eu nunca te esqueci, sabia? - Niall aproximou-se dela lentamente, deixando-a nervosa, mas de um jeito bom.
- Jordan disse isso para mim quando soube que você tocaria hoje.
- Ele me falou que você ficou surpresa ao saber que estaria aqui.
- Sim. Afinal, nós não nos vemos há..
- Seis anos e oito meses. - ele a interrompeu e S/N sorriu fraco, perplexa por ele ter a data exata na cabeça. “Ele ainda lembra do que vivemos” pensou ela. - Agora você acredita que ‘dar um tempo’ é sim uma forma de terminar? - questionou, deixando uma risada leve escapar. - Te disse isso aquela noite.
- Mas eu te falei que meu amor estaria guardado quando estivéssemos prontos. - rebate tímida. - E ele ainda está aqui. - suas mãos foram em direção ao coração, provocando um sorriso enorme no rosto do moreno.
- Bom, nós dois conseguimos alcançar nossos objetivos e acho que agora estamos mais do que prontos para recomeçarmos. Você não acha?
- Não tenho dúvida! - e depois de anos, os lábios dos jovens adultos encontraram-se, iniciando um beijo calmo, repleto de saudade e principalmente amor, sendo um sentimento que nunca desapareceu, mesmo com o passar do tempo.
__________________________________________
xoxo
Ju
45 notes · View notes
via-palermo · 3 years
Text
Moda e identidade de gênero: nem deles, nem delas
Tumblr media
Autora: Elizabet Letielas Ano da publicação: 2016
Assim como na literatura, no cinema e outras artes, a moda segue os contextos sociais de cada tempo. Na década de 1930, após a crise de 29, a moda para as mulheres era luxuosa devido ao fim da tal crise. A simplicidade veio à tona na segunda guerra mundial com a ida das mulheres ao mercado de trabalho.
Mais para frente, nos anos 60, as brigas entre EUA e URSS separaram jovens e adultos e os adolescentes, que se inspiravam no lema paz e amor para fazer revolução. Os então hippies, como eram chamados, eram donos de um estilo com peças livres e cheias de cores que dominaram passarelas de grifes como Yves Saint Laurent, na época. E por assim seguimos ao longo de toda história até hoje.
Tumblr media
Os movimentos sociais são o que conduzem a atualidade. Seja pelo impeachment ou permanência de Dilma, a população sai às ruas. Pedindo por condições de trabalho melhores e para que suas escolas não sejam fechadas, alunos e professores se manifestam.
Seja para pedir a legalização da maconha, para pedir respeito por sua sexualidade, para pedir que parem com a tortura de animais e até mesmo por Jesus, as pessoas saem às ruas. Mas talvez nenhum destes movimentos englobe tantas lutas e protestos dentro de si como o feminismo.
Só em 2015, no Brasil, feministas protestaram contra abuso sexual em transportes públicos, contra a propaganda de uma cerveja que incentivava o abuso às mulheres no carnaval, contra o PL 5069/13 que determinava que mulheres vítimas de estupro passassem por corpo de delito e proibiria a pílula do dia seguinte.
Tumblr media
Há ainda a Marcha das Vadias que luta pela legalização do aborto, pelo fim de qualquer tipo de violência contra a mulher, para mulher ter direito de seu próprio corpo, pela igualdade de gênero. E é aí que quero chegar.
Igualdade de gênero, em seu sentido sólido significa homens e mulheres com os mesmos direitos, ou seja, a base do feminismo. A luta pela igualdade de gênero proporcionou o direito ao voto das mulheres, o acesso à educação que logo nos leva ao acesso ao mercado de trabalho (que ainda paga 70% a mais aos homens pelo mesmo trabalho feito por mulheres).
Existem ainda alguns pontos bem básicos pelos quais a igualdade de gênero luta contra, como azul não é cor de menino, rosa não é cor de menina. Carro não é brinquedo de homem, boneca não é brinquedo de mulher e, por fim, roupa também não é nem dele, nem dela.
1 note · View note
keliv1 · 4 years
Text
Crônica “Não emporcalhem a minha Paulista” completa 10 anos
Tumblr media
O mês de setembro está terminando e com ele a certeza que foi mais nostálgico e leve. Digo isso porque foi mais um período de finalizações, de repensar coisas, arrumar outras, planejar – mesmo com esses tempos tão doidos e incertos.
Semana passada mesmo, vi um post da Anna Schermak, youtuber de Literatura, que o site idealizado por ela, o Pausa para um Café (PR), está completando uma década. Em 2014, logo que lançou “São Miguel em (uns) 20 contos contados”, coletânea de crônicas que escrevi para o saudoso Jornalirismo.
Tumblr media
Enviei um exemplar e Anna, carinhosamente, postou no Instagram que recebeu o mimo. 
Daí, percebi que essa passagem não estava neste blog, pois comecei por aqui em fevereiro de 2015.
Depois, no último domingo, li uma crônica da jornalista mineira Cristina Castro e também lembrei que enviei para ela um livro, que foi o primeiro que leu em suas férias de 2015. Também não estava aqui.
Tumblr media
Ela destacou uma das crônicas que mais tiveram repercussão no Jornalirismo, à época. E, para o meu espanto, em agosto completou 10 anos de sua primeira publicação (30.08.2010).
Relendo “Não emporcalhem a minha Paulista”, me lembrou que cada dia que passa, parece que a gente não quer evoluir. Ainda nesses tempos de pandemia e pandemônio, nos deparamos com gente que quer se sentir superior e esquece de nossa humanidade.
Confira a crônica e tem mais outras neste link.
“Não emporcalhem a minha Paulista”  
Dia desses, precisei dar uma passada na avenida Paulista. Já fazia tempo que não ia para lá. De salto, o desfile pela passarela de pedra é meio sinuoso – e perigoso. Não sou muito expert em usá-lo e, não raro, me escorava em algum muro, poste ou escadaria do metrô, sem exagero.
Interessante “revisitar” as pilastras do Masp, a imponência do prédio da Fiesp, a variedade de formas do Conjunto Nacional e o ponto verde do parque Trianon em meio à selva de concreto. Contrastes entre homens “de terno e termo” e seres “obscuros e calados”, chamados moradores de rua.
Mesmo na anestesia dos prédios que parecem nos engolir, não há como fechar os olhos para essas pessoas que vagam errantes, desesperadamente, por muros, alamedas e ruas que entornam esse sulco da cidade.
Lembro de uma senhora, que ficava envolvida na caixa de papelão ondulado – parecida com aquelas de máquina de lavar – com um guarda-chuva desbotado pelo sol por cima. Falava coisas desconexas (ou melhor, sem sentido para nós que não sabíamos da história), dos tempos quando trabalhava em casa de gente chique, enquanto imitava os movimentos com as mãos, como se lavasse as pratarias em pia de inox.
Era comovente, naquelas madrugadas de chuva fina, vê-la falando sozinha, encolhida. Um moço, certa vez, entregou o hot-dog a ela e, por incrível que pareça, aquela senhora quis apenas os sachês de mostarda e ketchup, desprezando o pão envolto em plástico, batalha palha, salsicha e outros condimentos coloridos.
Pois bem, voltando ao desafio de salto alto… Fui atravessar a rua para comer alguma coisa. Afinal, no império do fast-food, o que não faltam são opções para se esbaldar. A pé, já com os pés calejados e uma estranha dor na panturrilha, fiquei esperando os dois faróis para pedestres ficarem verdes.
Nisso apareceu um homem com cabelos na altura dos ombros, jaqueta azul-marinho, aparentava ter mais de 50 anos:
— Moça, você tem um trocado? É que estou com fome e queria ajuntar umas moedas para comprar uma coxinha…
Naquele momento de impotência, não sabemos o que fazer. Entrega as moedas? Ignora a situação? Finge que não é com você? E se, ao pegar bolsa, neste afã, é assaltada? Pede a Deus para que o farol fique verde logo e sai correndo? Não deu tempo de pensar. Um outro senhor, de camisa polo vermelha, bermuda bege e sandálias marrons, começou a gritar incessantemente, para alvo de olhares de executivos, secretárias, office-boys…
— Não se aproxime dela! Não ouse chegar perto desta menina! — Mas eu só estou pendido um trocado… — Não se aproxime dela! Estou avisando, saia logo daqui! — Mas, senhor, eu s… — Não aguento mais vocês emporcalhando este bairro. Não emporcalhem a minha Paulista!
E os faróis se acenderam. Fiquei do modo que estava outrora: inerte. O senhor saiu esbravejando palavrões e maledicências contra o pobre homem, que apenas se defendia com um abafado “que cara louco”.
Saí assim errante, naquela avenida que “começa no Paraíso e termina na Consolação”, com a sensação de que muitos são os que estão emporcalhando a Paulista.
(Esse texto faz parte da coletânea “São Miguel em (uns) 20 contos contados” (Ed. In House - Jornalirismo, 2014) e também está registrado no Escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional, ou seja, protegido. Então, caso queira divulgar, por favor, cite a fonte, não plagie. Tenho certeza que sua criatividade será mais valorizada fazendo seu texto com o seu melhor!)
3 notes · View notes
falangesdovento · 1 year
Text
Tumblr media
Saúde Mental
“Faço uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras foram alimento para a minha alma.
Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E assusto-me. Nietzsche ficou louco.
Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh matou-se. Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica.
Maiakoviski suicidou-se. Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos. Mas será que tinham saúde mental? Saúde mental, essa condição em que as ideias comportam-se bem, sempre iguais, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, bastar fazer o que fez a Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou. Pensar é uma coisa muito perigosa… Não, saúde mental elas não tinham… Eram lúcidas demais para isso.
Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata. Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental. Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. Por outro lado, nunca ouvi falar de político que tivesse depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas.
Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de loucos e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos.
Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores, como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente “equipamento duro”, e a outra se denomina software,“equipamento macio”.
O hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito. O software é constituído por entidades “espirituais” – símbolos que formam os programas e são gravados.
Nós também temos um hardware e um software. O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória. Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo “espirituais”, sendo que o programa mais importante é a linguagem. Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeitos no software. Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há de se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que se estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam. Não se conserta um programa com chave de fenda. Porque o software é feito de símbolos; somente símbolos podem entrar dentro dele. Assim, para se lidar com o software há que se fazer uso dos símbolos. Eles podem vir de poetas, humoristas, palhaços, escritores, gurus, amigos e até mesmo psicanalistas…
Acontece, entretanto, que esse computador que é o corpo humano tem uma peculiaridade que o diferencia dos outros: o seu hardware, o corpo, é sensível às coisas que o seu software produz. Pois não é isso que acontece conosco?
Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos de Drummond e o corpo fica excitado. Imagine um aparelho de som; imagine que o CD e os acessórios, o hardware, tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e se comover.
Imagine mais; imagine que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção! Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio:
A música que saia de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou… Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, a “saúde mental” até o fim dos seus dias:
Opte por um software modesto. Evite as coisas belas e comoventes. A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música… Brahms, Mahler, Wagner, Bach são especialmente contra-indicados.
Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Tranquilize-se; há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento.
Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago? Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos Domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato. Seguindo essa receita você terá uma vida tranquila, embora banal. Mas como você cultivou a insensibilidade, não perceberá o quão banal ela é. E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos.
Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram…”
Rubem Alves
1 note · View note
claudiosuenaga · 4 years
Text
A pobreza no Japão
Tumblr media
O problema excruciante da pobreza no Japão, escamoteada pela mídia, que prefere mostrar só o seu lado high-tech e fofo, é bem menos grave do que em outros países, cabe assinalar, mas o fato é que por aqui existem pelo menos 25 mil homeless (só em Tóquio passam dos cinco mil, e Osaka, onde resido, é o estado que possui a maior população de sem tetos), sem contar os milhões que vivem na linha ou abaixo da linha de pobreza. E esses números devem ter aumentado consideravelmente desde o início da pandemia de Covid-19, já que muitos perderam os seus empregos e ficaram sem nenhuma fonte de renda.
Na foto acima, que tirei na cidade de Amagasaki, província de Hyogo, vê-se um dos tantos por aqui que vivem discretamente sob viadutos e passarelas.
Os desabrigados no Japão, como no Brasil e na maioria dos países, são pessoas que perderam a família e o emprego, possuem alguma doença mental, problemas de saúde ou é alcoólatra. O diferencial dos moradores de rua japoneses é que são educados, tranquilos, muitos possuem boa formação e não roubam ou ficam pedindo dinheiro (catam latinhas para sobreviver).
Há os que optaram por essa vida por protesto contra o governo, o sistema opressivo ou alguma perda, desilusão ou injustiça que sofreram, ou ainda simplesmente por espírito hippie, ou seja, de viverem livremente como outsiders, sem as pressões impostas pela sociedade.
Tirei essas fotos de precárias cabanas ou tendas improvisadas de moradores de rua em um parque às margens de uma avenida e de um rio em Hyogo, província na região de Kansai, na ilha de Honshu.
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Morar na rua, quer seja por opção ou por falta de opção, não é um fenômeno dos tempos modernos. Desde a Antiguidade, pessoas vivem nas ruas. O morador de rua adquiriu várias conotações, mas sempre manteve uma característica fundamental: é observável unicamente em aglomerações humanas permanentes, o que significa ser ele um fato tipicamente urbano.
Na Roma antiga, o fenômeno reveste-se de características semelhantes: despejos rurais, vítimas de guerras, exércitos dissolvidos, enfim, todo um contingente de população sem terra e sem ofício, de mutilados, de doentes, que se deslocam às cidades sem alternativa a não ser a mendicância, a vadiagem ou à prática de atividades consideradas marginais.
Com a desintegração do mundo antigo e a ascensão do feudalismo, criam-se condições para o crescimento das atividades de mendicância e suas formas mais evoluídas de organização. A mais conhecida delas, a dos “gueux” na França, institucionaliza uma espécie de confederação de mendigos profissionais urbanos.
No Brasil, diversos termos foram cunhados para designar essas pessoas que moram na rua, tais como “povo de rua”, “população de rua”, “moradores de rua”, etc. Todos esses termos se referem àquela população de baixíssima renda que habita logradouros públicos da cidade, áreas degradadas ou ainda, eventualmente, pernoitam em albergues públicos ou em “camas quentes” alugadas. Esse grupo de morador de rua é formado de diversos segmentos de características bem heterogêneas em função principalmente do tempo de permanência na rua.
Além dos habitantes convencionais (o mendigo profissional, o andarilho, o drogado, o alcoólatra, o deficiente físico ou mental), juntam-se outros grupos há menos tempo nessa situação, formados por vítimas do desemprego e da recessão. E agora, da depressão causada pelas medidas restritivas para conter a contaminação pela Covid-19...
2 notes · View notes
linguagem-bangtan · 4 years
Text
24 de Julho, ANO 22 (Taehyung) – [花樣年華 THE NOTES 1; Capítulo ‘After Returning From The Sea’]
HYYH The Notes (화양연화 The Notes) são notas, como um diário, de cada membro, narrando eventos do Universo Alternativo do Bangtan. Elas foram lançadas pela primeira vez contidas nos álbuns da série Love Yourself, e em março de 2019 o livro 花樣年華 THE NOTES 1 foi lançado; mais notas são encontradas nos álbuns da série Map Of The Soul. Elas narram e conectam alguns eventos que vimos anteriormente nos MV’s, nos short films de WINGS, no Highlight Reels de Love Yourself, e nos VCR’s das turnês. Veja aqui mais informações e todas as notas listadas cronologicamente.
Esta nota está presente no livro 花樣年華 THE NOTES 1, no capítulo After Returning From The Sea
Taehyung 24 de Julho, ANO 22
Eu disparei pela escada, subindo três e quatro degraus por vez. Garrafas de licor estavam rolando ao redor aqui e ali, e copos e pratos estavam espalhados pelo chão. Meu pai estava caído no chão em um canto com sua cabeça curvada. Minha irmã disse que não era o que eu estava pensando antes mesmo de eu abrir a boca. “A voz do pai estava um pouco alta, e alguém deve ter chamado a policia, pensando que ele estava batendo na gente.”
Então os policiais surgiram à vista. As mulheres da vizinhança que estavam reunidas na frente da nossa porta estalaram suas línguas e se afastaram. Minha irmã continuou se desculpando e se curvando para os policiais. “Nada foi quebrado e ninguém se machucou.” Eu não precisava ter vergonha desta situação. O hábito de beber do meu pai tem sido fofoca da vizinhança há tempos, mas eu desviava o olhar. Parecia que o pai tinha dormido. Seu rosto estava queimado pelo sol e coberto com uma barba espessa porque ele trabalhava como operário diurno em um canteiro de obras. Ele tinha mais cabelo grisalho do que antes. Eu podia ver o interior aquoso de sua boca e língua.
Eu costumava matar meu pai nos meus sonhos. Uma vez eu quase o apunhalei na realidade. Talvez tenha começado a partir daquele momento. Eu comecei a simpatizar com ele. Eu me odiava por simpatizar com ele. Essa pessoa podia ser chamada de pai? Ele não estava qualificado para ser um.
Alguém cutucou o meu ombro, eu olhei para trás e vi um rosto familiar. Ele era um policial que tinha sido despachado para minha casa algumas vezes. Eu também tinha o visto na delegacia de policia várias vezes quando eu era acionado por grafitar. Eu curvei minha cabeça para baixo. Era um gesto para dizer ‘Me desculpem por fazê-los se apressarem até aqui por nada’, mas eu também estava incerto de qual olhar colocar em meu rosto. “Seus vizinhos devem estar bastante preocupados com vocês. A mulher que reportou esse incidente não soou nem um pouco irritada e pediu repetidamente para nós virmos rapidamente antes que alguém se machucasse. Tenha certeza de procurar ela e a agradecer mais tarde.” Eu perguntei a ele se a voz dessa mulher era grave e rouca. Ele não conseguiu se lembrar mas podia ser. Minha irmã, que estava falando com outro policial, virou sua cabeça para mim.
“Você mantém contato com a mãe?” Eu perguntei a ela depois que todos saíram. Ela estava limpando as garrafas e pratos espalhados pelo chão, e eu estava sentando contra a parede. O pai ainda estava dormindo naquela posição desconfortável. O sol já tinha se posto, e a janela longa acima da cabeça do pai estava totalmente escura.
Minha irmã se levantou e sentou na mesa de jantar. Ela não disse uma palavra, mas seu silêncio mais do que respondeu minha pergunta. Eu pedi a ela pelo endereço e telefone da mãe. “Eu não sei o número dela. Eu só sei que ela vive em um apartamento alugado em Buk-gu, Munhyeon. Taehyung, por que você quer contatar ela?” Ela perguntou. “Para perguntar a ela. O que ela estava pensando. Porque ela partiu. Porque ela apareceu de novo.” Minha irmã sentou ao meu lado. “Taehyung, a mãe sente sua falta.”
Eu bufei e levantei. Ela claramente não percebeu o quão furioso eu estava. Eu disse a ela que eu estava indo fazer essas perguntas para a mãe, mas eu não estava particularmente curioso pelas respostas. Como isso me ajudaria mesmo se eu soubesse o porque ela partiu? Eu só queria liberar o meu ressentimento. “Por que ela veio aqui? Foi ela quem abandonou a gente. E agora ela quer bancar a figura materna?”
Eu comecei a andar para o norte, na direção de Munhyeon. Eu queria andar mais rápido do que o meu coração latejante. Esse era o único modo de eu ser capaz de continuar respirando. Já passava da meia noite. Os ônibus tinham parado de circular e eu não tinha dinheiro para um táxi. Andar era a minha única opção. Para chegar lá, eu tinha que atravessar a ferrovia, uma ponte e passar pelo centro. Eu devo ser capaz de chegar lá antes do sol nascer. Eu senti os passos de alguém atrás de mim quando eu estava atravessando a ferrovia. Jungkook estava me seguindo. Eu tinha me esquecido completamente que o Jungkook estava comigo quando eu corri para minha casa quando vi o carro da policia na frente.
“Vá embora!” Eu gritei para o Jungkook e continuei andando sem olhar para trás. Ele deve ter visto tudo. A policia, os vizinhos estalando suas línguas, garrafas de licor rolando, meu pai roncando, e minha irmã com sua cabeça curvada. Jungkook deve ter visto tudo. Eu nunca disse a ninguém sobre a violência do meu pai. Nunca. Eu nunca disse aos outros que minha mãe fugiu. Não era por causa do meu orgulho. Talvez era. É só que não parecia justo que eu deveria ter que explicar minha situação e vida miserável sozinho.
Acelerei o meu ritmo. Eu finalmente tinha saído da área residencial e subido as escadas de uma passarela de pedestres acima da ferrovia quando eu ouvi passos atrás de mim. Eu dei uma olhada rápida e vi o Jungkook. Eu ia gritar porque ele ainda estava me seguindo mas mudei de ideia. Não era da minha conta. Eu pisei na ponte depois de descer da ferrovia. Jungkook ainda estava me seguindo de longe. Eu parei no meio da ponte e olhei para o rio.
Na calada da noite, estradas e prédios estavam vagamente iluminados pelos postes de luz, mas o rio não. O rio preto azeviche corria ferozmente sob meus pés em um rugido. Soava mais ameaçador porque não era discernível no escuro. Jungkook também parou atrás de mim e olhou para o rio. Havia só nós dois na ponte. Sem pedestres e sem carros. Nossas camisetas estavam molhadas com suor e ondulavam ao vento.
“Você sabe que estamos andando há uma hora?” Eu acenei para o Jungkook, e ele se aproximou. Começamos a caminhar lado a lado. “Posso perguntar para onde estamos indo?” Eu disse a ele que eu estava indo na minha mãe. Eu tinha algo para dizer a ela. Jungkook assentiu com a cabeça. Meu ritmo estava ficando mais lento. De repente me perguntei se eu estava realmente indo na minha mãe. Eu não sabia exatamente onde ela estava morando. Eu não sabia o seu número ou endereço. Eu não tinha nenhum plano para depois de chegar no apartamento. Minha raiva tinha diminuído em apenas uma hora e foi substituída por fome e dor.
Eu imaginei como o nosso encontro seria. Na verdade, eu já tinha o imaginado inúmeras vezes. Era o próximo passo que não estava claro. Depois de perguntar a minha mãe as minhas perguntas, o que ela diria? Ela responderia todas? Se sim, ou se não, como eu deveria reagir? Talvez fosse melhor para todos nós se eu não a encontrasse. Essa sempre foi a minha conclusão. Mas eu continuava imaginando o momento e agora estava caminhando pela rua à noite desse jeito, sem nenhum plano, para ver a minha mãe.
“Sua perna está bem?” Pensando bem, Jungkook acabou de receber alta. E eu o fiz andar por horas. “O médico disse que eu deveria caminhar bastante como reabilitação.” Jungkook me mostrou um sorriso e me ultrapassou como se ele estivesse tentando provar isso. Eu não consegui falar que deveríamos parar aqui. Eu decidi caminhar lentamente. “Você não está com fome?” Conforme eu relaxava, todos os meus sentidos voltaram clamando. “Eu me arrependo de não ter terminado o bolo e o hambúrguer.” Eu ri com as palavras do Jungkook. Seres humanos são tão absurdamente fortes, ou tão absurdamente fracos, e nós éramos a prova – se sentindo famintos, reclamando que nossas pernas doíam, e rindo juntos mesmo nessa situação.
As luzes ficaram mais brilhantes e exuberantes, e uma rua agitada logo apareceu diante de nós. Era tarde da noite, mas a rua iluminada vivamente estava lotada de pessoas e carros passando. Era três e meia da madrugada. Sentamos em uma mesa ao livre de uma loja de conveniência.
Jungkook disse que ele estava com sede quando estávamos na metade do nosso macarrão instantâneo. Eu entrei na loja para comprar bebidas. Quando voltei, alguém estava de pé na frente do Jungkook. Ele tinha suas costas virada para mim, então eu não podia dizer quem ele era ou o que ele estava fazendo. Jungkook estava olhando para ele com um rosto apreensivo. Eu corri para o lado do Jungkook e olhei para o homem.
O homem estava usando um sobretudo cáqui escuro no meio do verão. Ele tinha cabelo grisalho espesso e sujo, e sua barba desgrenhada estava manchada com caldo de lámen. Ele fedia a álcool. Ele estava devorando o meu macarrão instantâneo gulosamente. Não faria diferença perguntar para ele quem ele era ou porque ele estava comendo meu macarrão. Eu estava surpreso, mas não com raiva. Na verdade, eu estava com medo.
Naquele momento, alguém de um grupo de encrenqueiros saindo da loja de conveniência empurrou o ombro do homem, e outro deu uma rasteira nele. O homem de sobretudo perdeu seu equilíbrio e empurrou a mesa enquanto caia. O macarrão instantâneo do Jungkook tombou e o caldo espirrou tudo em suas pernas. Jungkook deu um pulo e esfregou o caldo apressadamente de suas calças. Ele disse que estava bem e que não se queimou já que o caldo já tinha esfriado.
O grupo de encrenqueiros estava se afastando, rindo. O homem de sobretudo sujo estava olhando para o copo derrubado. Seus dedos estavam na mesa e cobertos de macarrão. Eu não consegui me fazer perguntar se ele estava bem. “Vocês não deveriam se desculpar? Vocês acabaram de fazer essa bagunça.” Eu gritei para os homens. Eles olharam para trás. “Não, não fizemos. Ele fez. E ninguém disse para você se sentar ai. Vagabundos estão por ai a essa hora.” Os homens xingaram inarticuladamente.
O homem de sobretudo sujo olhou para mim. Nosso olhos se encontraram. Ele tinha olhos amarelados e um rosto coberto de marcas de idade. Ele me lembrava alguém. Alguém que estava sempre bêbado, balançando seus punhos para tudo, e vivendo como um ditador e um perdedor.
O que eu esperava acontecer aconteceu. Eu me arremessei nos homens, e dois do grupo me deram socos. Eu desviei do primeiro soco, mas o segundo passou de raspão no meu queixo. Jungkook se meteu no meio para me parar mas foi pego na briga também. As mesas e cadeiras de plástico foram viradas, e a placa ‘Estacionamento Proibido’ foi chutada. O funcionário da loja de conveniência já tinha chamado a policia, como se já fosse acostumado com essas brigas. Pudemos ouvir a sirene um minuto depois. Nós todos demos um pulo e corremos em direções opostas, gritando uns para os outros que eram sortudos de terem escapado dessa vez.
Eu era particularmente bom em fugir. Às vezes eu era pego de propósito, mas agora não era uma dessas vezes. Eu continuei a liderar o caminho, checando se o Jungkook estava acompanhando. Um carro prateado passou por nós a toda velocidade. O espelho lateral passou de raspão no Jungkook. Atordoado, ele caiu. Ele tinha acabado de receber alta do hospital depois de dois meses por causa de um acidente de carro. Era natural ele estar atordoado. O carro parou bruscamente, e um dos homens que bateu na gente mais cedo colocou sua cabeça para fora da janela de passageiro. “Se liga. Estamos deixando vocês irem só dessa vez. Não vai ter misericórdia da próxima.” E o carro desapareceu com o rugir do motor.
Jungkook se levantou lentamente, segurando em meu braço. Ele parecia desconfortável. Ele deve ter machucado sua perna quando caiu. O interior da minha boca latejava. Sangue manchou as costas da minha mão quando eu limpei minha boca com ela. “Onde devemos ir?” Jungkook perguntou. “Com essa perna? Estamos voltando.” Jungkook começou a andar, dizendo que ele estava bem. “Olha! Eu estou bem.” Eu fiquei parado e observei o Jungkook arrastar uma perna.
“Vamos voltar!” Eu gritei para o Jungkook. Olhei o meu celular. Era quatro e cinquenta da madrugada. Ainda tínhamos algum tempo para matar até o primeiro ônibus vir. Eu olhei ao redor e encontrei uma colina baixa atrás do distrito do entretenimento. “Você já viu o nascer do sol?”
Eu apoiei o Jungkook enquanto subíamos pela colina. Sentei nas escadas no final da encosta suave. Dizem que o céu é mais escuro logo antes do sol nascer, e era verdade. Nenhuma estrela era visível no céu escuro como breu. Mas letreiros de neon de diferentes formatos e cores estavam radiando luzes brilhantes na cidade abaixo. Eu virei meus olhos para o norte. Eu adivinhei mais ou menos a vizinhança que a minha mãe deve estar morando. Lá, deve ser lá. Ela deve estar comendo, dormindo, e limpando aquele apartamento.
“Jungkook, eu segui a minha mãe na época.” Jungkook olhou para mim. Eu fixei os meus olhos nas luzes fluindo das janelas do condomínio. Na época. Aquela noite. Aquela noite dez anos atrás quando minha mãe foi embora de casa. Aquela noite quando minha mãe, minha irmã e eu fomos espancados pelo meu pai e choramos até dormir. Eu não conseguia me lembrar porque ele bateu tanto na gente. Mas eu me lembro nitidamente de pensar ‘eu devo ir nadar com meu amigos amanhã, e eu acho que a mamãe não vai poder fazer meu lanche. Meus lábios machucados vão sarar até amanhã? Se não, eles vão tirar sarro de mim. Meus ombros doem. Eu não deveria ter tentado virar para desviar dos socos dele. Minha irmã está chorando silenciosamente. Foi ainda mais angustiante ouvir isso hoje.’
Meio adormecido, eu tive um vislumbre da minha mãe parada em nossos pés e olhando para nós. Ela estava indo embora. Ela estava nos abandonando. Eu sabia instantaneamente. Eu fingi estar dormindo, levantei, e a segui. Eu não tinha nenhum plano. Eu não estava pensando em ir embora com ela. Eu não senti amargor ou medo. Como seria não ter mãe, como seria viver sem uma – não era algo que você podia simplesmente entender.
Eu a segui por algum tempo. Na minha memória, eu andei a noite toda. Mas minha memória deve ter exagerado já que eu era uma criancinha na época. Ela não olhou para trás. Nem uma vez. Ela realmente não sabia que eu estava seguindo ela? Talvez ela estava lutando para olhar para frente com medo de ter que me levar com ela se ela olhasse para trás. “Claro, esse pensamento me veio depois. Quando eu lutava para entender ela. Agora? Eu não sei porque vim tão longe.”
“Ei.” Eu olhei para cima ao ouvir a voz do Jungkook. “Me desculpe.” Eu olhei para ele. “Pelo que você está se desculpando? Por quê você está se desculpando?” “Você não pode ir ver a tua mãe por minha causa.” Jungkook respondeu. “Você é idiota?” Eu me exaltei. Eu não pretendia perder a cabeça. Mas minha voz ficou mais alta por conta própria. Minha língua continuava a tropeçar já que eu não era bom em falar e não sabia como expressar os meus sentimentos. “Por que você está se desculpando? As pessoas deveriam se desculpar para você. O que você fez de errado? Eu deveria me desculpar por trazer você aqui. Meus pais, que me fizeram trazer você aqui, deveriam se desculpar. Aqueles caras que começaram a briga deveriam se desculpar.” Eu continuei a levantar a minha voz. “Você é uma boa pessoa. Você é tão bom quanto pode ser. Não é tua culpa. Não é tua culpa!”
O céu, que parecia ter ficado escuro para sempre, começou a ficar azulado em um instante. A luz que permeava o céu da extremidade mais distante sugou o vislumbre dos letreiros de neon. Nós assistimos o sol nascer sem dizer nada. O grande e quente sol vermelho surgiu acima do condomínio. A mãe está assistindo o nascer do sol também?
Nós dois sentamos atrás do ônibus ao lado um do outro no caminho para casa. Foi antes do alvorecer romper acima de nós. A estrada estava vazia, e o ônibus continuava a andar. Eu virei a minha cabeça e olhei em direção ao norte novamente. Aquela noite. A mãe parou de andar. Ela ficou imóvel por algum tempo. Ela não olhou para trás também. Se eu tivesse continuado adiante naquele momento, eu teria alcançado ela. Eu poderia ter segurado em sua mão e perguntado onde ela estava indo, onde ela estava se dirigindo apesar de estar nos deixando para trás, e quando ela estava voltando. Eu poderia ter chorado, feito birra, e talvez arrastado ela de volta para casa. Mas eu só me virei e voltei para casa sozinho. Meu corpo inteiro doía e eu não podia ir nadar com os outros. Eu me deitei no chão, suando e tentei dormir. Eu não sabia porque.
“É aquele homem de novo.” Ao ouvir a voz do Jungkook, eu olhei para fora da janela. Um homem curvado em um sobretudo cáqui estava andando sozinho.
Lista com todas as Notas
© Me dê os devidos créditos se utilizar minha tradução!
2 notes · View notes