#Cabra-Cega

[oceanstriology]

Esguio

Todas essas opções

Ai por este mundo fora, aos tropeções

Arrecadando cada vez mais corações

Rainha foram quantas coroações ?

Se mudo o passo me atraso

Se vou ao teu encontro me desgraço

Se fique quieto deixo-nos ao acaso

Qualquer decisão é uma tragédia

O destino destrói a quem se apega

O cabrão e a cabra cega

Perdidos no assalto de uma adega

Zeus desceu para se arrepender perante Hera

Meu anjo esta não é a minha primeira queda

Perdi a vontade

O Apocalipse milenar não vai nem a metade

Tudo que é bom não passa de saudade

Vais guardar essa mágoa até mais tarde

O perdão sempre chegou tarde

Um cigarro e um chá Matte

Só eu te consigo dar aquele Latte.

[autonascimentoinato]

e se permanecer mudando for a única constante em mim 

cambiando tanto as marchas como um carro que se automatiza e passa a voar 

construir asas é dar chance para a gravidade de cair, não pulo pontes contorno as margens uma ave subiu num poste para ver o quão alto estava do chão se aproximou do céu soltou um pio e se atirou. as penas bateram em fios de eletrochoque que impulsionaram ela a dançar o som dos raios, no ritmo da luz

me deslumbro com tão pouco, me recorro pelo tão raro, até agora não aprendi a escrever de mim, mas por mim.

há um fungo que me corrói, e que eu gosto e eu gozo nele e reproduzo com ele e me faz feliz e me faz tão triste e me suga a vida e me dá de viver

será que vou conseguir escrever por personagens ou o fado de mim já está dado, a vírgula não basta, terei que saltar folhas inteiras

nem tudo que reluz é ouro, mas seus olhos já brilharam ao me ver.

você me beijou de olhos fechados, como um eclipse de pálpebras, pálpebras em eclipse que me fazem gozar.

nunca quis perder seu isqueiro favorito, nem fazê-lo acabar o gás, mas quanto mais uso ele e mais fumo meu trago fedido, é a chama que perde fogo mas chamo por ti; sempre vou chamar, fogo a chamar, sempre vou te amar. 

prometo comprar um fluído mais doce, como seu tabaco online.

adoro sua cama e mais ainda seus lençóis em nós. você hiberna e eu escrevo pra ver se me acordo do meu sonambuilsmo insônico.

tenho um pássaro em mim, que engoliu a palha do seu lar, fez ninho em suas entranhas, intestino macio, como travesseiro de plumas, mas de merda digerida.

se perder esse fluxo de escrita, terei que brincar de cabra cega, posso até quebrar um vidro caindo da cama, por uma excitação de domingo. o vidro era a minha cabeça e a janela seria o trauma de pular feliz e cair sangrando. por isso é que digo: se vai pular na cama, use capacete.

comprarei um caderno novo e vazio que contará nele, já, tudo que será feito dele. todas, ou melhor, tantas potências que será esquecido que um já foi só linha.

vou ter que abreviar: o b não tem depois do a, mas é disposto em seu contínuo, e lá está para se rearranjar em ordem decomposta, minha vida é como um alfabeto a ser criado mudo e sem fonética ou gramática que a assole para remetê-la a uma função de corte, prefiro a de cores ou uma paleta viva como costelas saltadas

tremo quando uma sombra cobre uma grana que impede ela de crescer com sol. minha única saúde é correr pro mar ou saltar. respira, respira. o que eu sinto agora? porque tremo ao pensar? todos meus gestos são inúteis e é bom que sejam assim. a pedra disse pro sal que não quer mais ser feita dele, pois derrete muito facilmente com a água do mar. 

não existe antes nem depois. quem inventou essas duas palavras feias e de desgosto com o tempo que retribui com seu feitiço de continuidade e soberania frente aos que o marcam e o fincam e o forçam e o esquecem e o agridem e que tentam mudá-lo sem pesar a mão. nenhum tempo me resta, eu que procuro restar pelo tempo, abraça-lo sem feri-lo, pois é a mim que carrega ele, mesmo que em meu punho ou cabeceira houvesse um objeto que o castra. 

olha! escreveu! tão míseras folhas tamanho post-it, que é pra colar e não desgrudar. que mistério teve nisso? foi tão difícil assim? te doeu me fazer em linguagem, ou era só seu charme inssosso ou o medo de grafias erradas ou o cançaso de uma mão acostumada a movimentos rápidos demais para palavras tão lentas. voltei a escrever com letra cursiva, como fazia quando aprendi que escrever era tarefa. 

[captainfabianobritostuff-blog]

Bicho

Cabra-cega Toca, tateia, apalpa Adivinhas que bicho é? Sente o cheiro Passa a língua Sente o gosto Desce as mãos… Adivinhas que bicho é? Tato, olfato, palato Tantas formas Forma O bicho em tuas mãos.

Fabiano Brito

[leticia-helena]

signo de capricórnio

O Sol entra no signo de Capricórnio às 02h16 do dia 22.12.2011 (Horário de Verão de Brasília).

É o Solstício de Verão – Tempo de Natal – dia mais longo do ano, momento em que a Luz do Sol predomina sobre a noite do Hemisfério Sul e que o Astro Rei coloca-se no ponto mais alto da abóbada celeste, no zênite, sobre o signo de Capricórnio.

Daí o signo de Capricórnio ser representado por uma Cabra e, na Astrologia Inca, pela Tarruca, um tipo de cabra andina que consegue vencer suas limitações e escalar até os picos das cordilheiras.

Capricórnio simbolicamente está associado à subida da vida lenta e infatigável em direção aos picos da realização espiritual. A subida ao topo da montanha. Ele é lento, paciente e prudente nesta subida, expulsando as forças cegas, as forças profundas e prisioneiras da alma que o impedem de atingir a Perfeição, o ápice.

Para o Hemisfério Norte trata-se do Solstício de Inverno, a noite mais longa do ano e o momento de virada da estação. De todos os quatro pontos principais de virada no ano, o solstício de inverno deve ser o mais significativo. Ali, no momento da maior escuridão no hemisfério norte, o sol “aparece” novamente…

No antigo drama mitológico da descida do deus ou deusa ao mundo subterrâneo, o retorno à humanidade iniciou-se. Na jornada da inconsciência individual, o ponto de maior contato com a consciência universal foi atingido, a sabedoria coletiva foi assimilada e o indivíduo inicia um retorno simbólico como um ser transformado: o “eu” tornou-se o “Eu”. É por isso que todos os deuses que representam o “eu” elevado — incluindo Cristo — têm seus aniversários celebrados no solstício de inverno, mesmo sabendo-se que não nasceram efetivamente nesta época.

Mas, como o momento de renascimento espiritual foi associado à Cabra? O signo tem uma história mítica longa e complicada. Originalmente não era a cabra, mas a “Cabra-Peixe”, uma imagem particular que atualmente foi quase esquecida.

Na antiga Babilônia, o deus Ea era representado como um homem encapotado em uma pele de peixe. Ele regia as “águas sob a terra”, o poder vital que mantinha os rios Tigre e Eufrates correndo e assim dava a vida à terra.

A influência mesopotâmica sobre os egípcios resultou na fusão dessa imagem com outra. Quando a lua estava cheia em Capricórnio (junho-julho), as águas do Nilo começavam a subir. A pesca voltava a ser abundante, sendo uma fonte necessária de alimento para os camponeses egípcios. Assim, as águas corriam de “sob a terra” para trazer o alimento vivificante (peixe) sempre que a lua estava cheia no signo da cabra.

Os gregos também conheciam Capricórnio como a cabra e uma fonte de alimentação. Para eles, Capricórnio era freqüentemente associado à Amaltéia, a ninfa-cabra que amamentou o pequeno Zeus (Júpiter) quando sua mãe Réia o escondeu na ilha de Creta para salvá-lo da ira de seu pai Cronos (Saturno). Em gratidão por ter-lhe salvo a vida, Zeus, ao tornar-se rei dos deuses, colocou-a no céu como a constelação de Capricórnio, e transformou um de seus cornos na Cornucópia ou Corno da Abundância.Uma vez que celebramos o aniversário de Cristo, nosso Avatar pescador, no solstício de inverno enquanto o Sol está em Capricórnio, é adequado que o símbolo da cabra esteja fundido ao do peixe, um símbolo que representaria os dois mil anos do cristianismo.

Em diversas culturas este período sempre foi celebrado como um momento de nascimento do Divino entre os humanos. Na Pérsia celebrava-se o nascimento do Deus Mitra, nascido de uma virgem, a Deusa Anahira. Mitra era chamado de Deus Menino ou Sol Vencedor. Entre os povos Incas ainda celebra-se o nascimento do Deus Sol – Inti. Também os Maias, os egípcios e os indianos têm festividades de celebração relativas a esta época do ano.

Portanto, esta época vem, desde tempos imemoriais, relembrar os Seres Humanos de sua origem divina e oferecer-lhes a sempre renovada oportunidade de reconhecer sua própria divindade, pois ano após ano e dia após dia, o Sol nos mostra sua constância, sem tropeço nem falseio, em doar, zelar, manter e sustentar a Vida na Terra, a fim de que possamos viver esta experiência humana e desenvolvermo-nos espiritualmente.

Mas Capricórnio não está somente associado à abundância e reconhecimento espiritual…

Amaltéia era irmã do deus Pã e, portanto parte da família de sátiros, que são meio humanos e meio bodes. Pã e seus colegas sátiros eram devotados à lascívia e à licenciosidade sexual; daí o termo satiríase, imagem esta que não condiz com nossa percepção sobre capricórnio…

Em Roma, no mês de Capricórnio era celebrado a Saturnália, o festival pagão em homenagem a Saturno (regente de capricórnio). Nesse período, todos os costumes sociais e sexuais eram deixados de lado; as posições eram invertidas e o povo podia celebrar livremente, divertindo-se em pé de igualdade com a nobreza.

Os arquétipos míticos de Capricórnio são, portanto, diversos, incluindo Vesta, Pã, Amaltéia e Saturno. Vesta e Saturno representam um tipo rigidamente controlado, cujo comportamento deve ser impecável, enquanto Pã e Amaltéia, as cabras e sátiros, representam a liberdade sexual do signo.

Tal combinação pode ser traduzida pela necessidade de buscarmos o equilíbrio entre o céu e a terra, reverenciando nossas forças instintivas, que nos movem e nos alimentam na terra e sem as quais não conquistaríamos os altos cumes, sem, no entanto, deixarmos de reconhecer o aspecto luminoso da cabra, a disponibilidade de abundância que existe dentro de cada um de nós e que nos torna também divinos.

Que neste período de celebração cósmica e de visita do Sagrado em meio a Humanidade possamos abrir nossos corações para que a Luz divina faça morada em nós e ilumine toda a nossa vida sobre os firmes fundamentos da Alegria, da Paz e do Amor!

Feliz Natal!

Dani Rossi

https://danirossi.wordpress.com/astrologia/solsticio-de-verao-tempo-de-natal/

[mymommyisapsycho]

A culpa foi minha. Tudo começou ao almoço. Quando eu mandei um resto de água de um copo à I. E. Depois. Ao seu melhor amigo e meu sobrinho. Depois o puto L molhou a I. Os restinhos de água transformaram-se rapidamente em copos de água. Em pistolas de água. Em bacias de água. Em baldes de água.

À noite quiseram repetir a brincadeira com a J. Disseram que tinham inventado uma brincadeira nova. Que era uma nova versão da cabra cega. Foi novamente o fartote. Dividido e partilhado por estes quatro.

Apenas lamento os vidros. Tinha estado a limpar os (literalmente) 77 vidos das 27 janelas da casa. Está tudo c@g@d@

#play #kids #kidsplay #mymommyisapsycho

[dissoluver]

O Tempo me contou, que enquanto tudo passa, temos que aproveitar o gosto do que ainda não sabemos. Temos que amar tudo que em nós não está encerrado. Acho que é por isso que eu sinto essa saudade assim do nada, porque entre o fio e o nó tem uma medida de três dedos. São os dedos do mistério. Faíscas de fogo-olhar e segredo amarrado com folha de aroeira. O olhar matador da mazela e das cicatrizes do mundo, com suas marcas de guerra, fazendo seus unguentos com mastruz e barbatimão. Dia e noite dentro de uma brincadeira de cabra cega. Sinto saudade de ser criança e também de ser velha. Peço aos encantos força e amor pra continuar no caminho que me foi confiado trilhar. E finalmente me despeço do olhar das lentes que foram colocadas em mim. Tenho um ardor de futuro que me aquece como o teto do livro que ninguém leu. A cura dentro dos sumos das células da terra. A cura nas seivas das plantas. Apreciar o barulho da ruína e também da restauração. Meu coração vai sobreviver ao desabamento, eu confio.

[silvamanecas]

UM VELHO SÁBIO ME DISSE. 1. "Cuidado com a pessoa nua que te oferece roupas! " 2. "Quando uma cabra some, o aroma da sopa do vizinho torna-se suspeito. " 3. "O futuro pertence aos que correm riscos, não aos que procuram conforto! " 4. "Um marido surdo e uma mulher cega são sempre um casal feliz! "" 5. "A primeira pessoa em que pensas de manhã ou a última pessoa em que pensas à noite é a causa da tua felicidade ou a causa da tua dor! "" 6. "Cuidado em quem você confia! "Açúcar e sal são ambos brancos! " 7. "As paredes não têm apenas ouvidos, elas vêem agora! "" 8. "Às vezes você tem que fazer papel de tolo para enganar os tolos que pensam que estão te enganando! "" 9. "O homem duro diz à mulher para parar de falar, mas o homem sábio diz-lhe que a sua boca é bonita se os seus lábios estiverem fechados. "" 10. "O melhor perfume de uma mulher é o perfume do sucesso do marido. " 11. "Um homem sábio sabe que há algo a aprender com todos. "" 12. "É preciso sabedoria para entender a sabedoria. " 13. "A música não é nada se o público for surdo" 14. "Nenhum de nós é tão inteligente como todos nós juntos. "Trabalhem juntos para terem sucesso! " 15. "Se não consegues ser uma ponte para ligar as pessoas, não sejas uma parede para as separar! "" 16. "Se não consegues ser luz para iluminar as boas ações das pessoas, não sejas a escuridão a cobrir os seus esforços! ". 17. "Se não podes ser água para fazer as colheitas crescerem, não sejas um vento que as destrói! "" https://www.instagram.com/p/CpCJvIHIyuw/?igshid=NGJjMDIxMWI=

[demoura]

DIA 20 DE JANEIRO IDA A ALMADA PARA ASSISTIR À REPOSIÇÃO DE “REINAR DEPOIS DE MORRER » PRIMEIRO ESPECTÁCULO DA TEMPORADA 2023 DA CTA . DEPOIS O CONVÍVIO DO CLUBE DE AMIGOS NO BEBERETE COM OS ACTORES : “Reinar Depois de Morrer” e um projecto ibérico uma co- produção da Companhia de Teatro de Almada com o a Companhia Nacional de Teatro Clássico de Madrid estreada em 2019. Conta os amores trágicos de D.Pedro e Inês de Castro , a partir de um texto escrito em 1635 por Luis Vélez de Guevara dramaturgo espanhol do “siglo de oro” , O texto original foi adaptado por José Gabriel Antuñano numa fragmentação inteligente e também traduzido de forma superior por Nuno Júdice na versão portuguesa . A direcção é de Ignacio Garcia e vibra num cenário “neue regie “ de José Manuel Castanheira evocando uma pista de skate coberta a azulejo ( detalhe demasiado kitsch ) com quatro janelas para a liberdade. Esta estrutura inovadora ,exigente fisicamente para os actores ,em contrapartida permite uma dinâmica fascinante da narrativa teatral .Uma trouvaille as flores-dardo.! Começamos com o cortejo fúnebre de D. Inês de Castro, num ambiente tenebroso e a partir daí toda a estrutura da peça é uma espécie de jogo da cabra cega numa fronteira entre o real e o sonho . Bom o desenho de luzes de Guilherme Frazão na construção dos espaços “para o amor é para a morte” e na luz sanguínea do assassínio de Inês .Também os figurinos de Ana Paula Rocha são elegantes mas sóbrios e merece destaque o vestido branco de Inês .em contraponto com o tenebrismo ibérico dominante . Num auditório esgotado foi com

gosto que revisitamos este belo espectáculo ! Devo no entanto dizer que Erica Rodrigues não ultrapassou o encanto de Margarida Vila Nova ….Depois sucedeu o agradável momento de convívio dos Amigos do Teatro num excelente beberete com a presença dos actores. Carpe Diem.

Texto de Luis Vélez de Guevara

Adaptação José Gabriel Antuñano

Tradução Nuno Júdice

Encenação de Ignacio García

Cenografia José Manuel Castanheira

Figurinos Ana Paula Rocha

Desenho de luz Guilherme Frazão

Intérpretes : Ana Cris , Erica Rodrigues, David Pereira Bastos, João Cabral , Leonor Alecrim , João Farraia , Maria Frade e Pedro Walter

[portfoliolucia]

Jogos Pedagógicos.

Segue em anexo a minha atividade sobre o jogo pedagógico que desenvolvi. Sabiam que os jogos pedagógicos também podem ser ótimos aliados no processo de ensino-aprendizagem?

Os jogos pedagógicos e as atividades lúdicas estão ganhando cada vez mais espaço na inovação das metodologias de ensino e aperfeiçoamento dos processos de aprendizado, principalmente, quando o objetivo é o desenvolvimento global do aluno.

Além do aspecto cognitivo, as brincadeiras proporcionam oportunidades adequadas para o desenvolvimento humano na interação social, na expressão afetiva, na evolução da linguagem, na experimentação de possibilidades motoras, apropriação de regras sociais e imersão no universo cultural.

Os jogos pedagógicos tornam a aprendizagem significativa e dinâmica. Neste aspecto, entra a importância do mediador preparado para contemplar o estágio de desenvolvimento, do interesse e do prazer do aluno em realizar determinadas atividades e encarar desafios, os jogos geram conflitos que desenvolvem o raciocínio para a busca de soluções criativas e inovadoras.

Hoje sabemos que as brincadeiras, para as crianças, não são só momentos de lazer, e sim, de aprendizado e desenvolvimento. Essa descoberta faz com que a Educação Infantil seja uma etapa cada vez mais inclusiva, empática e marcante para a vida da criança. É muito bom para mim, enquanto educadora, propiciar tantas experiências transformadoras para os meus alunos. A escola passou a ser uma segunda casa e as interações passaram a ser uma parte fundamental para a vida das crianças.

[parisjohanna]

Alberto Lacerda

Cabra-Cega, pintura, óleo sobre tela, 1914. Alberto Lacerda - Museu José Malhoa

[omomentarium]

Cabra-Cega

ninguém me viu chegando mas aqui estou eu meu olhar dizem ser claro embora só o enxerguem no breu

as sombras se fazem de edredom brinco de herói na ponta do penhasco às estrelas conto tudo o que há de bom todo o ruim asseguro numa caixa de aço

de pé fico torto deitado eu ascendo sou dono de nada pois tudo eu vendo

ao redor as máscaras são muros de fortalezas em que portas são veneno dele pessoas se embebedam no escuro gargalhando enquanto estão morrendo.

Por: Arovohk (O MOMENTARIUM)

[migalhas-literarias]

não descanso. não relaxo os músculos. sou oca e tensa. estou agora ouvindo minha playlist as mais tristes do brasil não tô bem. hoje minha mãe me disse que sou amarga, ela não está errada. sou além de amarga vazia e ao mesmo tempo fútil. de uma futilidade intensa que às vezes engana com profundidade. movimento dos barcos é a música mais triste que eu conheço. não vou voltar nunca mais me desculpe a paz que lhe roubei. adoraria morrer e por fim a essa vida vã como a sombra que passa. não existe futuro para mim. todo o meu desespero é inútil porque não existem mais caminhos, e toda a travessia tem sido morte lenta. ficarei no porto chorando lamentando. estou tão cansada desse acúmulo de nadas. e de ter que lutar por um futuro que está perdido. sempre esteve. mas não relaxo os músculos porque disso vem a depressão pesada. estar deitada no quarto escuro não comer e nenhum sinal de luz. minha vida é uma noite escura, fria gelada em que corro de um lado para o outro porque jamais soube o que deveria ser feito. não relaxo os músculos vivo. tensa feroz. estou pesada e ao mesmo tempo vazia. penso em assuntos de morte e me desespero pela possibilidade de próximas existências. não aguento mais existir. quero o sol ardente na minha vida. quero viver como se estivesse num campo florido com sol e vento em que existam pássaros e borboletas. quero ser feliz. quero tapar o fundo do poço que vivo. esquecê-lo. nunca mais habitar esse espaço. thiago fiquei enlevada com você. mas não posso suportar sua distância. emocional física. quero correr perigo e viver feroz. quero viver no limite ser feliz não vazia oca aguda. thiago é verdade que te espero com os olhos lacrimejando de um medo alegre. uma timidez feliz. estou sempre a sua espera e isso me torna sempre presa a ti como s estivesse acorrentada presa cabra cega tateando o ar. quero viver. deus que sou eu? creio que jamais serei feliz. thiago estou cansada mas a culpa não é sua. a única culpada sou eu - triste e acumuladora de nadas.

[kaimaciel]

Headcanon Portugal e Brasil

Jogos que o Afonso costumava brincar com o Luciano:

Cabra-cega

Apanhada (pega-pega)

Esconde-esconde

Jogar à corda

Jogo da macaca (amarelinha)

Jogo do lencinho

[regeneracao]

Onde vai com essa mordaça?

É mais fácil calar as bocas do que abrir a sua, né?

Pior ainda é destruir as outras, sem espaço para retratação, com palavras melodiosas que até fazem algum sentido.

O sequestrador nunca é o culpado.

O assassino tinha motivos para se vingar.

Sempre haverão "cabras cegas" para seguir o anticristo, acredite.

Não importa que alguns fatos não façam sentido se a história for dramática o suficiente para convencer.

"A verdade sempre aparece!"

Que apareça, transpareça, enalteça e reafirme todo o conto do vigário.

Onde está sua coragem?

Dói em algum lugar? Tanto assim?

Será mesmo?

Já parou para pensar no outro lado?

Ah, quase me esqueço... O assassino tinha motivos...

[momo-de-avis]

This is incredibly random but what is other countries' (particularly English-speaking ones) equivalent of Cabra Cega (the kids' game)? Does anyone know??

oh shit I used to know this, I remember learning about it at some point, but I completely forgot

for english speakers, Cabra Cega means blind goat and it’s a game where someone is blindfolded and has to walk around trying to grab random people like in a game of fetch, and will inevitably end with a broken nose (they literally banned it in my school when I was a kid and I distinctively remember one girl breaking her nose TWICE from being the cabra cega)

though we do a little chanting, the people around the cabra cega say “cabra cega de onde vens?” (blind goat, where do you come from?) and then the cabra cega answers something I honestly forgot. It’s like that game of Marco! POLO! people play? Like the Cabra Cega is supposed to follow the voices and grab someone

But yeah it breaks noses or someone just straight up dies, or maybe it was the fact that when I was kid we played this in a fucking forest which I would advise against (then again where do you play this shit that is safe)

[statusdocoracao]

Jogar doces pras crianças em cortejo, cabra cega para estourar balão de surpresa e aparar debaixo com um monte de gente pisando em cima e brigando por isso...eu ainda não curto essas coisas como algo correto. Acho meio humilhante porém, já fui "me humilhar" também.