Tumgik
#Café Blá
dreamwithlost · 1 month
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...KIM MINJI É MEU GRANDE AMOR
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Jiu x Fem!Reader
Gênero: Friends to lovers, sáficozinho lindo, agnst
W.C: 4K (VALE A PENA EU JURO)
ᏪNotas: Ultimamente tá sendo difícil escrever KKKKK (ovo ir de camisa de saudade eterna) masss eu lembrei dessa aqui que escrevi a um tempo atrás para o spirit, e como AMO ela, resolvi que seria uma boa hora para traze-la para cá também!!! Espero muito que gostem, e uma boa leitura meus amores ♡
Ps: Obrigada Evelyn Hugo que me deu inspiração para essa história ♡
Ps²: Escutem dreamcatcher.
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Você sempre hesitava em tomar seu cappuccino toda vez que a garçonete o depositava sobre sua mesa, seus dedos deslizavam pela alça de cerâmica, girando a pequena xícara branca, o barulho do atrito sobre o pires da peça ocultado pelo falatório animado de Nabi a sua frente. Você permaneceu focada na conversa com a amiga, um sorriso sincero estampando seu rosto vez ou outra, por mais que estivesse exausta dos ensaios da coreografia de mais cedo.
— Daí eu reencontrei ele! — Nabi contava animada sobre o garoto qual reencontrou na estação de trem, a jovem fez uma careta após bebericar seu café ainda extremamente quente, o seu oposto.
Talvez você sempre hesitasse demais, e Nabi, de menos.
— Eu não acredito — Você riu levando uma das mãos até a boca, se afastando de seu cappuccino — Parece cena de filme — Apesar da fama de suas músicas, era sempre a vida agitada de sua amiga e empresária que lhe animava, saciando qualquer desejo de histórias românticas que pudesse vir a ter.
Talvez você fosse ótima em ouvir histórias de amor, e Nabi, de vivê-las.
— E você? — Murmurou Nabi, apoiando os cotovelos sobre a mesa, seus cabelos loiros balançando em sentido da brisa fresca que entrava na cafeteria favorita da dupla, singela, discreta, rústica, tudo que precisavam em meio a agitação da rotina — Nada para me contar? Eu sei, eu sei — Interveio antes que pudesse dizer qualquer coisa — Você é uma artista, não pode ter relações amorosas no momento, precisa focar na carreira solo e blá-blá-blá — Ela se afastou novamente — Mas não acha que isso pode ser por conta do Taewoo, hm? Ficou com o coração partido sem o seu grande amor — Nabi sussurrou em lamentos, fantasiando a trágica história de sua amiga e seu primeiro namorado.
Que, na verdade, não havia nada de tão trágico assim.
Que, na verdade, nem ao menos era o seu grande amor.
Finalmente levantou sua xícara, sentindo o gosto forte e adocicado da bebida escura descer por sua garganta, você já havia escutado dizer que as pessoas podiam começar a diminuir os níveis de açúcar no café conforme os anos avançavam, mas igual a ti, qual cada vez mais doce desejava a bebida, era novidade para muitos. Você observou o desenho bagunçado na superfície do cappuccino por algum tempo, raciocinando o discurso proferido pela amiga a sua frente, suas mãos não tremiam e seus lábios ainda estavam úmidos, mas mesmo assim sentiu a necessidade de colocar a xícara novamente sobre um local seguro.
Você não era apenas hesitante quanto acabar ou não com trabalhos feitos em bebidas, mas também sobre seus sentimentos. A "solista" esperava que os ignorando pudesse mantê-los escondidos, intactos, como o desenho florido no café, mas, no fundo sabia que o líquido uma hora esfriaria, mesmo que demorasse, uma hora se tornaria inconsumível, estragado, e alguém precisaria fazer algo.
Uma hora seus sentimentos transbordariam, e você precisaria fazer algo.
Você tinha medo deles já terem transbordado há muito tempo, e não ter sido capaz nem ao menos de reserva-los em outro recipiente.
— Nabi — Chamou delicadamente.
Não era a primeira vez que a amiga de longa data tentava entrar naquele assunto, e também não era a primeira vez que se sentia incomodada com aquilo, na verdade, talvez aquela ferida fosse cutucada tão profundamente que já havia até mesmo deixado de ser um incômodo e tivesse se tornado alguma outra coisa. Toda vez que Nabi tentava adentrar o seu passado, você se sentia mais e mais frustrada pelas escolhas que tomou em sua vida, não arrependida, afinal, foram suas decisões que lhe fizeram ter o grande nome qual tinha hoje em dia, mas de fato, frustrada.
Você podia ter tentado um pouco mais, podia ter procurado outros meios, podia ter falado alguma outra coisa.
Podia ter falado algo.
O café ainda estava mais quente do que deveria quando você deu o segundo gole, uma novidade para acompanhar a nova motivação que a cada dia que passava crescia mais sobre o peito, como o nível de açúcar em suas bebidas amargas. Seu peito subiu e desceu em um suspiro profundo, apesar de não estar de fato nervosa com a situação, e se inclinou para a frente, suas madeixas tentando se soltar de trás de sua orelha, atraída pela mesma brisa qual tocou Nabi minutos atrás.
— Taewoo não é meu grande amor.
Taewoo era sem dúvidas o seu primeiro amor, mas não o maior deles, e diferente do que imaginaria que sentiria ao confessar aquilo para alguém, seu peito foi atingido com uma sensação extremamente leve com o início da revelação.
— Então quem é? — Nabi questionou surpresa, também se inclinando para a frente, como quem estivesse assistindo o maior filme de suspense de todos os tempos — Quem foi seu grande amor?
Talvez o sorriso mais bonito que você já tenha dado, e irá dar em toda sua vida, tivesse surgido naquele momento.
Pela primeira vez gostou do medo que cresceu em sua barriga, e desejou até mesmo gritar aquela informação.
— Kim MinJi — Respondeu sem enrolação, desejando tirar o atraso de anos qual já havia tido — Kim MinJi foi meu grande amor.
Fora impossível que as lembranças, tão bem guardadas no fundo, de seu cérebro, invadissem sua mente naquele momento.
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O chão gélido de metal da escadaria sem dúvidas não era o local mais confortável o qual poderia ter escolhido para se sentar, considerando que o seu dormitório ficava literalmente um lance de escadas acima. Já era tarde, as luzes do prédio haviam sido apagadas como de costume, pela pequena janela atrás de si, na plataforma de curva da escada, apenas um pequeno vislumbre da luz da lua iluminava suas mãos. Você observou o líquido amarelado na garrafa de vidro que carregava, sua cabeça encostada de maneira desconfortável do corrimão metálico ao seu lado, a dança descompassada que a bebida fazia contida em suas amarras transparentes prendendo toda sua atenção. Você sentia que sempre soube o que queria fazer com a sua vida, determinada no sonho de se tornar uma cantora de sucesso, assim como as diversas idols que, por qualquer tela a qual ela tivesse a disponibilidade de utilizar, acabavam com seus dias nublados, dando um rumo para o destino incerto da jovem solitária, sabia que não precisava de mais nada a não ser o conforto que a conquista poderia lhe trazer, apesar de vez ou outra dar espaço para algum outro sentimento lhe dominar. Entretanto, naquele momento, quando a coisa mais bela que conseguiu enxergar foi o reluzir da noite diante o vidro espesso em suas mãos, já não teve mais tanta certeza daquilo.
Sabia mesmo o que queria fazer com a sua vida?
— Ei — Uma voz ecoou pelo vazio da entrada, os passos aproximando-se lentamente, sutis, quase como se tivessem medo de poder ser ouvidos, apesar da dona daquela ação sem dúvidas não possuir tal medo.
— MinJi — Você respondeu brincando com a sonoridade do nome em sua boca.
— O que você está fazendo? — A morena questionou, sentando-se ao seu lado, que permanecia com sua cabeça repousada no corrimão, suas madeixas vez ou outra balançavam pelos leves movimentos feitos.
— Eu estou na fossa — Explicou simplista, finalmente arrumando sua postura, suas pernas levemente separadas, a mão que ainda segurava a cerveja suspensa entre elas — Acho que é isso que se faz quando se termina.
Ela não havia certeza se queria fazer aquilo.
— Você e o Taewoo terminaram? — MinJi questionou, levando uma das mãos até a boca, em uma resposta exagerada.
Você apenas balançou sua cabeça positivamente em resposta.
— Por quê? — A jovem indagou novamente.
Por que você estava confusa.
— Porque não posso namorar agora, se quiser crescer nessa empresa — A resposta pareceu perfeitamente correta ao sair pelos seus lábios dentristecidos, apesar de, no fundo, um aperto no peito continuar lhe incomodando, como se desejasse buscar o real motivo daquilo.
Sua carreira seria o único motivo?
Você sempre soube tudo que queria, mas agora, sentia como se não soubesse mais nada.
Nem sabia se estava realmente triste por terminar.
— Oh — A jovem exclamou, não achando melhores palavras para dizer. Você viu de soslaio quando seus olhos desceram até a garrafa em suas mãos — Olha, eu não acho que encher a cara vai resolver alguma coisa, além de que se te pegarem...
— Eu não bebo — Você retrucou novamente, fazendo com que agora uma feição confusa fosse posta em sua direção.
Ousou, após todo aquele tempo de diálogo, olhar para a amiga de longa data preocupada ao seu lado, apesar de uma ação simplista, sentiu como se tivesse levado anos até o momento que seus olhos cruzaram-se com os dela, sentiu seu coração bater mais forte uma única vez, quase deixando escapar o restante de sua fala para um lugar longe demais para que pudesse alcançar novamente.
— Não tem álcool — Explicou levantando a cerveja em mãos — Eu não bebo nada alcoólico — Aquela expressão de confusão insistiu em permanecer sobre a jovem ao seu lado — É sério! — Confirmou novamente — Experimenta — Pediu estendendo a garrafa de vidro para a amiga, que apenas começou a rir com a ação.
— Eu acredito em você — Confessou em meio a um riso, baixo, delicado, mas, ao mesmo tempo, tão cheio de vida que até mesmo as paredes quiseram se aproximar para desfrutar melhor daquilo — Você sabe que não precisa me provar nada.
Você não sabia fazer aquilo, a vida inteira teve que provar algo para as pessoas.
Mas realmente, nunca precisou provar nada para MinJi.
Logo a mais alta cessou seu riso, olhando gentilmente para a garota apática ao lado, ela inclinou seu corpo levemente para frente, pegando a garrafa de suas mãos. O silêncio adentrou o ambiente lentamente, sendo depositado em um pedido da noite escura e densa que cercava os dormitórios, totalmente acatado apenas no momento em que os dedos de MinJi esbarraram sutilmente nos seus, disparando um arrepio que, apesar de não poder ler mentes, soube que havia afetado ambas. Vocês não sabiam dizer em que ponto aquilo havia começado, talvez sempre houvesse sido difícil dizer o que acontecia entre as duas, entre aquela sensação tão confortável e íntima que lhes carregava, chegando a ser assustadora.
A questão era que tanto você quanto MinJi eram ótimas em ignorar certas coisas.
— Vem, vamos subir — Chamou MinJi, levantando-se em um pulo, seu rosto marcado pelo sorriso amigável que normalmente trazia consigo — Já está tarde — Informou, estendendo sua mão.
Você não aceitou aquele ato gentil, ignorando a mão a sua frente quando se levantou com a ajuda da firmeza do corrimão, seu toque ecoou pelo objeto metálico, e o som do líquido escorrendo pela garrafa de vidro foi audível pela última vez segundos depois, quando a garota ignorada lhe tomou de suas mãos e deu o último gole que restava.
— Não entendo o sentido de tomar cerveja sendo que nem o álcool tem — Comentou, seu pé alcançando o primeiro degrau, acompanhando o seu — Ela só fica amarga.
— É só para ter um foco — Confessou, distraída pelos degraus abaixo de si, você sempre teve medo de tropeçar naquela escadaria.
Você sempre teve medo de cair.
— Então... — MinJi começou, sua voz abaixando uma oitava conforme se aproximavam dos quartos — Como foi, sabe, o papo entre você e o Taewoo?
— Foi tranquilo — Respondeu, sentindo pela primeira vez cem por cento de verdade em sua fala — A gente tá de boa.
Taewoo continuaria ocupando um espaço sobre seu peito, aquilo era verídico, o garoto havia sido seu primeiro amor, e acima disso tudo, um amigo qual pode contar. Talvez por isso não estivesse tão entristecida pelo fato de terem se separado.
— Entendi — Murmurou MinJi.
Seus pés finalmente alcançaram o andar superior, o qual após uma pequena curva, logo revelou um longo corredor branco, suas paredes em um tom gélido, apesar das luzes apagadas. As portas metálicas como o corrimão, pintadas no mesmo tom claro do resto do ambiente, fechadas, silenciadas pelo cansaço das demais trainees do local.
O resto da curta caminhada não lhes causou mais nenhum diálogo, confortadas pelo sossego do momento enquanto se dirigiam em direção a seus aposentos. O seu quarto ficava quase ao final do corredor, sendo ultrapassado apenas por de sua amiga, que se encontrava na última porta.
— Ah! — Um grito imprevisível foi solto por MinJi quando chegaram em seu destino.
O som rápido não parecia ter feito grande efeito no local, apesar da mais baixa ter dado um pulo tão involuntário quanto o ato. Fora o tilintar do vidro se chocando com o chão que pareceu ressoar por mais tempo, adentrando os ouvidos das duas de maneira incômoda.
Você se abaixou agilmente, sentindo sua visão ficar turva por alguns segundos com a ação, coisa a qual ignorou, buscando apenas parar a estridência da garrafa, ato o qual MinJi também teve a ideia, descendo seu corpo sincronizadamente com a amiga, suas mãos tocaram-se sobre o material gélido, o choque de mais cedo multiplicando-se em uma quantidade impossível de se contar.
— O que foi? — Você questionou, preocupada demais com a garota a sua frente para notar qualquer outra coisa.
— Barata — Foi tudo o que ela respondeu.
— Barata? — Perguntou novamente, olhando rapidamente para trás de si, em busca do tal inseto em meio a escuridão.
— Sim! — Choramingou, relembrando a cena de segundos atrás, quase como se pudesse senti-lá — Ela entrou no quarto do lado.
— Eu sabia que esse lugar não era um dos mais luxuosos — Comentou, agora levando seu olhar até a porta mostrada por MinJi — Bem, acho que uma das garotas daqui vai ter uma surpresa quando acordar.
Foi impossível para você evitar que um riso soprado escapasse de seus lábios ao imaginar a cena, coisa a qual desencadeou na amiga ao lado uma nova sequência de risos, contagiando todo o seu corpo que se controlava para segurar a risada também. Você voltou a encarar a jovem a sua frente, seu corpo finalmente recobrando os sentidos, apreciando a macieis de seu toque sobre sua mão, que permanecia imóvel acima do objeto vazio, um toque tão suave que parecia até mesmo estar sendo tocada pelas nuvens, apesar de ser apenas ao observar o rosto de MinJi que realmente se sentisse estar ao alcance de alguma delas, seus olhos levemente fechados devido ao grande sorriso posto em seus lábios, seus cabelos longos balançando vez ou outra pela forma como seu corpo tremia pela risada descontrolada, talvez se você pudesse escolher qualquer lugar existente na fase da terra para morar, escolhesse morar exatamente naquela expressão da jovem, tão alegre quanto se não possuísse nenhum problema em sua vida.
O corpo de MinJi pareceu sofrer do mesmo choque de sentidos que o seu, segundos depois, o sorriso tão hipnotizante lentamente sumindo de seu rosto, seus olhos voltando a se abrir, mostrando suas íris acastanhadas, a imensidão do tom de café forte recebendo um brilho distante, apesar de sua face agora possuir uma feição seria, focada na garota a sua frente.
Ela chamou por você, sua voz doce, arrastada, o nome escapando de seus lábios como uma das melhores melodias que já havia escutado, impossível de se encontrar alguém que pudesse pronuncia-lo tão perfeitamente.
— Sim? — Você murmurou em reflexo, sua voz quase não conseguindo sair de suas cordas vocais.
— Tem outro jeito de achar outra coisa para pensar — MinJi informou em um sussurro, citando a conversa que tiveram minutos atrás.
Fora impossível impedir que seu corpo se inclinasse para frente após aquele comentário, seus olhos tão fixos nos da morena agora intercalando entre ele e seus lábios avermelhados, a sombra da noite não sendo o suficiente para impedir que pudesse decorar cada pequeno detalhe.
Talvez houvesse uma coisa a qual tivesse certeza que queria no momento.
Você queria muito ela.
— Me mostra então — Pediu no mesmo tom anasalado que a garota, sua respiração misturando-se lentamente com a dela, a medida que também inclinou-se para frente.
Não houve muito tempo para se pensar após aquela abertura, MinJi apenas tratou de romper os poucos centímetros que as separavam, nem ao menos questionando o fato de estarem do lado de fora dos dormitórios, aquilo não importava, nada era capaz de ser importante o suficiente para superar o desejo que foi cessado quando seus lábios se tocaram. Você retirou sua mão de cima da garrafa, arrastando-a até o pescoço da garota, ela sentiu o corpo dela se arrepiar quando a deslizou dali até seu rosto, acariciando sua bochecha, garantindo de maneira sutil que não iria se afastar. Uma das mãos de MinJi também quiseram ter aquela certeza, agarrando-se a sua nuca, brincando com seus cabelos levemente emaranhados. Os joelhos de ambas repousavam sobre o chão gélido do corredor, mas quando o seu corpo avançou um pouco mais para frente, o contato foi ainda mais forte, entregando-se ao beijo lento e demorado.
Os lábios de MinJi eram macios, sedosos, como se sua boca estivesse tocando uma pétala de rosa recém colhida, talvez a garota fosse realmente como a flor, qual você tinha medo de se ferir nos espinhos, mas estava hipnotizada demais em sua beleza para negar o encontro.
MinJi era bela por dentro e por fora, enquanto você talvez fosse um mero cravo que crescia escondido no canteiro florido.
Você inclinou sua cabeça, a mão da garota repousando próxima a sua orelha, lhe chamando para mais perto, lhe implorando para se aproximar mais, apesar da física não permitir tal ação. Era difícil desvendar o sabor de seus lábios, uma mistura que brincava como as diversas cores as quais uma flor poderia ter, quando suas bocas se afastaram suavemente, recuperando o ar que nem ao menos parecia importar no momento, você precisou, após alguns segundos lhe provar novamente, suas línguas em uma dança coreografada como as sementes que voavam com o vento, procurando um novo lugar para florescer. Também sentiu algo florescer dentro de si quando encontrou o sabor de morango perdido entre tantos outros, era isso, não eram cerejas, tutti-frutti, hortelã, seus lábios tinham um gosto suave de morango, não daqueles do mercado, mas os colhidos na hora nas plantações, um sabor refrescante, viciante. O perfume adocicado de MinJi entrou por suas narinas quando também elevou seu corpo, o toque da garota agora passando por sua cintura, sua mão apertando levemente a região, lhe prendendo junto a si. Mais uma vez, sentiu medo de se machucar com os espinhos quando seu corpo arrepiou-se com o toque.
Você nunca havia beijado uma garota antes, e não era naquele momento que chegaria naquela conclusão, mas logo teria tempo para descrever tal ato. Era diferente do toque dos homens os quais já se envolveu, apesar de considerar ambos bons, o toque feminino, o toque de MinJi, lhe deixava nas nuvens, suas mãos eram tão macias em seu corpo, seu chamado, apesar de firme, era gentil, frágil, quase como se tivesse medo de machucar alguma de suas pétalas, seu beijo se encaixava perfeitamente no dela.
Apesar da demora daquela ação, daquelas carícias, quando se separaram, você encarou a amiga como se não tivesse tido tempo suficiente, quase como se aqueles minutos tivessem tido a velocidade de apenas alguns segundos, a duração curta demais para percorrer todo aquele novo jardim.
Apesar da rapidez daquela ação, daquelas carícias, em uma velocidade mais lenta o seu cérebro finalmente processou tudo que havia acontecido, o seu olhar sobre a garota a sua frente, de tão entregue perante a rosa se tornou surpreso, assustado, percebendo os espinhos quais havia se enfiado.
Você havia acabado de beijar uma garota, havia acabado de beijar a garota qual estava lhe deixando tão confusa ultimamente, e diferente do que queria que acontecesse, havia gostado.
Estava amarrada pelas voltas que aquele caule dava em torno de si. Estava em um belíssimo apuro, sem precedentes do que viria para o futuro.
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Quando você pareceu recobrar a consciência, com seu corpo voltando a sentir o ambiente a seu redor, seu cérebro retornando lentamente ao presente, como quem acabava de descer de um voo, a expressão cômica de Nabi foi a primeira coisa a lhe trazer verdadeiramente para o presente, seus lábios boquiabertos, as sobrancelhas levemente erguidas, os olhos arregalados, em um grande exagero. Sabia que Nabi não a julgaria, sabia que, apesar da mulher amar qualificar qualquer coisa a sua frente, quando se tratava de seus sentimentos, ela jamais faria aquilo.
Nabi apenas garantia que você jamais guardasse para si coisas que a machucassem, e considerando o brilho nos olhos os quais a morena tinha após se lembrar de seu grande amor, estava óbvio que MinJi não era uma delas.
Na verdade, talvez fosse você que machucasse MinJi.
— Eu não acredito — Nabi exclamou após algum tempo, suas mãos agora sobre a mesa a sua frente, pressionadas sobre o material, como se estivesse prestes a embarcar em uma aventura de uma montanha-russa — E então? O que aconteceu? — Questionou afobada — Pelo que eu saiba, você e a “Jiu”, em uma época, sempre eram vistas juntas, como melhores amigas, mas já faz — A garota ponderou um pouco — Uns quatro anos? Que estão afastadas — As palavras saiam rapidamente de sua boca, repassando em sua mente toda a história da amiga, como se dizer aqueles murmúrios fosse mera penalidade pela agilidade de seus pensamentos — O que aconteceu?
Você não teve coragem de amá-la.
Você apenas tinha coragem para ser egoísta.
— Eu não tive coragem de amar ela — Suas cordas vocais pronunciaram pela primeira vez, talvez em sua vida toda, a verdade oculta em sua mente.
— E agora?
— Agora eu tenho — Informou, seus olhos deslizando lentamente para o celular a sua frente. Ela desbloqueou a tela do dispositivo, buscando sua lista telefônica, a qual rapidamente encontrou o número de MinJi ainda guardado da mesma maneira, o coração flutuando a sua frente, como se nunca tivesse tido forças o suficiente para retira-lo, apesar de não saber nem ao menos se ela ainda utilizava tal contato.
— Então o que vai fazer? — Nabi questionou novamente, sua fala ansiosa, diante, do que considerou, a maior obra literária que já viu em sua vida.
Nabi adorava dramas em um romance, enquanto você detestava o gênero, de qualquer forma.
— Eu não sei — Confessou, uma surpresa para as duas garotas solitárias na grande cafeteria, você sempre sabia o que fazer.
Mas nunca soube o que fazer quando se tratava de MinJi.
— Ter coragem não é o suficiente às vezes — Você prosseguiu — Amar — Uma risada sem humor saiu soprada pelos seus lábios — Amar sem dúvidas não é o suficiente — Seus olhos se estristeceram, ainda fixos nos dígitos do contato em seu celular — Eu apenas baguncei a vida dela Nabi, e depois dei o fora.
Você não havia certeza se conseguiria completar aquela frase.
— Às vezes, o melhor que podemos fazer é ficar longe. MinJi está melhor longe de mim.
MinJi estava melhor sem você.
— M-mas — Nabi gaguejou, preocupada, e talvez até mesmo levemente indignada — Amor e coragem são o primeiro passo de muita coisa, não acha? — Questionou — Quer dizer, eles não são tudo, é verdade, mas te fazem... Tentar — Incentivou a amiga — Então, o que você vai fazer?
Você não conseguiria lhe responder aquilo agora.
— Bem — Murmurou, sorrindo para a loira a sua frente, seus olhos finalmente desprendendo-se da tela do celular, um sorriso gentil surgindo em seus lábios, apesar da tristeza que carregava consigo — Vou terminar de tomar o meu café — Completou, fazendo a amiga jogar seu corpo, antes tão atento, quase deitado sobre a mesa, para trás, repousando novamente para sobre o encosto da cadeira.
Agora o seu cappuccino já estava frio demais.
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31 notes · View notes
ataldaprotagonista · 4 months
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tw: sempre com preguiça, um dia juro que faço você e blás polidori
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Dentro do carro, hoje vai ter putaria...
[mesmo universo de "Teoria da Branca de Neve"]
Era um ótimo dia para ser você.
Tropeçou no tapete e caiu no chão assim que tentou levantar da cama, ralou o joelho. Queimou as torradas no café da manhã, o celular não carregou de madrugada e não levou o carregador na sua bolsa,  não fez o trabalho para a maldita da professora de uma matéria tediosa, esqueceu de ver a temperatura para ir para a faculdade (teve que pegar um casaco emprestado do seu professor, Esteban Kukuriszca) e ESQUECEU DE POR A PORRA DA GASOLINA.
Assim que as aulas acabaram, entrou no seu carrinho e tirou a peça de Kuku arremeçando no banco de trás, olhou no visor que piscava vermelho pela falta de gasolina.
- Ah, daqui até em casa ele aguenta.
E talvez aguentaria mesmo, se não fosse pela porra da chuva descomunal que começou a cair assim que saiu de perto da faculdade e sua maniazinha de querer ouvir música sem parar, gastando mais energia. Estava tocando uns funks bem boladões brasileiros que você amava.
Virou uma rua.
- DENTRO DO CARRO, HOJE VAI TER PUTARIAAA - você cantava junto de Kevin, O Chris. Só foi perceber que era uma rua sem saída quando chegou até a metade dela - Que merda! - bateu as mãos no volante, e mexeu na marcha para dar meia volta, bom tentou... o carro simplesmente PAROU.
Você tentou ligar  pelo menos umas três vezes.
Nada.
A chuva só aumentava.
Seu medo mesmo era pegar uma chuva de granito.
- O que eu faço agora? Que merda.
Pulou de susto quando ouviu batidas fortes na janela do seu carro.
- BLÁS! - você gritou.
Blás Polidori era um garotinho petulante da sua turma... você não sabia se era o fato dele ser uma gracinha ou que ele dava em cima de você o tempo todo, ou que todos os professores sempre elogiavam qualquer merda que ele fazia, mas você tinha um leve pé atrás com ele.
Destrancou o carro e permitiu que ele entrasse dentro do veículo.
Ele estava ensopado.
- Nossa, você tá bem? - perguntaram praticamente ao mesmo tempo, então olharam nos olhos e deram uma risadinha.
- Tô.
- Eu também, só meio molhado - ver os cachinhos dele molhados percorrendo seu rosto quase fez com que você ficasse molhada também. - Por quê tá parada no meio de uma rua sem saída?
- Acabei virando na rua errada e fiquei sem gasolina - apontou para o visor no carro.
- Que merda!
- E você?
- Eu decidi voltar a pé hoje, não sabia que ia chover assim.
Era mentira, ele não tinha decidido voltar a pé. 
Era um péssimo dia para ser Blás Polidori.
De manhã ele tropeçou no tapete e caiu no chão assim que tentou levantar da cama, ralou o joelho. Queimou o ovo no café da manhã, o celular não carregou de madrugada e não levou o carregador na mala, não fez o trabalho para a maldita da professora de uma matéria tediosa (a mesma que você tinha esquecido), esqueceu de ver a temperatura para ir para a faculdade (não tinha um professor gostoso e cheiroso para pegar o casaco emprestado) e ESQUECEU DE POR A PORRA DA GASOLINA.
Só que a diferença é que na saída o carro dele nem chegou a dar partida, teria que ir pra casa, recarregar o celular, para então chamar assistência.
Mas aí a chuva começou e ele teve que apertar o passo... isso, até ver seu carro quando atravessava a rua.
- Nossa, a gente tomou uma super bronca da Srta Hernandéz, né? - ele puxou o assunto.
- Eu fiquei com muita vergonha - você respondeu concordando - Se ela soubesse como meu dia tem sido péssimo...
A chuva estava aumentando cada vez mais, você só tinha visto coisa assim em filme. Estava um pouco assustada, mas era orgulhosa demais para admitir. O medo era que chovesse tanto que o carro saísse passeando feito um barquinho.
Os trovões vieram a tona e você deu um pulo no banco do carro.
- Puta merda, que susto - o moreno disse colocando a mão no peito.
- Vamos ali para trás, Blás? - você disse olhando para todas as janelas do carro, com medo de um raio, ou algo assim.
- Eu esperei muito por esse convite, linda. Mas não nessas condições.
Você riu da piadinha dele e se esgueirou para lá. Ele era pernudo e teve um pouco de dificuldade mas em poucos segundos estava atrás do banco do carona. Você encostou as costas na porta e dobrou as pernas sobre o lugar do meio.
Um silêncio confortável se instalou, os dois olhando para a janela do lado dele, até você falar:
- Você, por acaso, tem carregador?
- Não, pior que estava precisando também.
- Que merda!
E o silêncio voltou.
- Por quê você nunca me deu uma chance?
- Oi? - você saiu do devaneio ao ver ele se virando para você. O rapaz pegou e esticou suas pernas sobre o colo dele, como se tivessem muita intimidade.
- Tipo... você acha que eu passo muito da linha?
- Ah, sei lá! Você se joga em mim e no resto da torcida do Corinthians toda.
- Oi?
- É uma expressão brasi- foda-se, você dá em cima de todo mundo.
- Mas com as outras pessoas é brincadeira - você olhou para ele com a boca aberta, que canalha! - É sério, acha que eu daria em cima da Profe Gertrudes falando sério.
- Coitada, ela super adora você.
- Eu tenho meu charme - se gabou brincando.
E ele tinha, mesmo.
- Ah, sei lá - você refletiu - Acho que nunca tive oportunidade de cair nas suas gracinhas...
- Agora você tem - se aproximou um pouco mais de você, ficando no banco do meio, agora estava praticamente no colo dele. Você observou aquela boquinha tentadora, bom... não tinha nada de melhor pra fazer ali e agora, não é?
- Eu vou te beijar, Blás Polidori... só porquê você tá merecendo muito. Depois de hoje, esquece de mim, combinado? - seus lábios estavam quase se tocando e você passou os braços ao redor do pescoço dele.
- Não - e te beijou. Em poucos segundos você estava no colo do mais velho, com uma perna de cada lado. 
O rapaz parecia afobado e ansioso para encostar em cada parte do seu corpo, era algo que ele vinha querendo fazer desde te conheceu. E óbvio que não era só por você ser essa grande gostosa, mas por todo o resto que envolvia você. Era sempre o primeiro a aplaudir de pé nas suas apresentações de trabalho, ou concordar com suas opiniões nos projetos.
Te achava inteligentíssima.
Quando você afastou a boca dele e desceu beijos pelo rosto e pescoço de Blas, ali foi a perdição.
 Ele se permitiu sentir cada coisa, arremeçou a cabeça para trás e aproveitou cada segundo, dali a pouco já sentiu pressão que o pau duro dele fazia contra a sua calcinha, visto que você estava com uma saia nada adequada para um dia chuvoso.
Começou a se esfregar nele como a safada que era, só fazia com que os gemidos dele aumentassem.
Ele parecia confuso sobre o que fazer com as mãos e então você decidiu ajudar.
- Quero que me toque, Blás.
- Q-que? - ele disse entre gemidos.
- Aqui - encostou em onde queria que ele encostasse.
- Mostra como você gosta, linda. Me ensina a te dar prazer - você encaminhou os dedos dele até sua calcinha. Ele estava praticamente babando ao te ver rebolar e gemer com a mão dele te masturbando.
- Nossa, você tá muito molhada... - constatou realmente impressionado.
- Culpa sua - sorriu safada o que fez com que o pau dele pulsasse.
Você se afastou um pouco, sentando mais nas coxas dele do que sobre o pau, abaixou o zíper e tirou o pau de Polidori para fora da calça. Ele te daria qualquer coisa que você pedisse naquele momento só para ter sua mão envolta do pau.
Ele observou com a boca aberta quando você deixou cuspiu um pouquinho de baba sobre o pau dele e começou a masturbá-lo.
- Tem camisinha? - questionou quando estava excitada o bastante para dar a sentada fatal naquela vara.
- Não - ele resmungou jogando a cabeça para trás e você riu.
- Um péssimo dia para ser a gente então... - saiu do colo dele e pegou Blás de surpresa ao colocar a pica dele na boca. Sentiu as veinhas do pau pulsando de tesão, o gostinho do pré gozo e ouviu os gemidos gostosos que ele soltava.
Depois de um tempinho ele se sentiu confortável para levantar a sua saia e acareciar seu bumbum, você acabou dando um pulinho quando ele desferiu um tapa. Mas voltou a gemer quando Blás levou os dedos cumpridos até a sua entrada enxarcada. Primeiro massageou e brincou até questionar:
- Posso?
Você engasgou surpresa com a pergunta.
- Óbvio!
E então ele começou a te descobrir por dentro, primeiro com um depois dois dedos e aumentava a velocidade a medida que você ia gemendo. Tirou o pau babado da boca e voltou a  masturbá-lo.
- P-posso gozar...? -  ele disse e você levou sua outra mão até o grelinho para gozar ao mesmo tempo.
Blás ainda tinha muito que aprender nesse mundo de sexo, e você estava mais que empolgada para ensinar. Contraiu a boceta ao redor dos dedos dele, que estavam bem fundinho dentro de você,  e gozou. Não demorou muito para ele gozar também.
Você limpou os flúidos com um lenço humidecido que sempre deixava no carro, ajeitaram as roupas. Ele se sentou atrás do banco do motorista e você aproveitou para deitar a cabeça no colo dele, ficava cansadinha pós transa.
Ele fez um carinho no seu cabelo, admirando seu rosto... você admitiu para si mesma que achava ele muito lindo.... e fofo! 
- Sabia que antes disso tudo acontecer eu estava ouvindo uma música que diz bem assim: dentro do carro... hoje vai ter putaria!
Ele gargalhou.
- Acho que você manifestou esse momento então.
- É, acho que sim.
E ficaram juntinhos conversando até a chuva parar.
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jornalmagico · 30 days
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BOLETIM INFORMATIVO COM O GRANDE E PODEROSO MUSHU!
Você escuta um alarme vindo do seu iMirror e a tela começa a piscar. Você já sabe o que está por vir quando, em vez do seu próprio reflexo, você enxerga Mushu em sua forma humana.
"Ah, pera... Já começou? Eita mulher, tira isso daqui!" (Ele se levanta da cama onde está deitado e dois pepinos caem de seus olhos. Uma ajudante do SPA Mystic Mirror aparece para remover a máscara facial de Mushu e ele enfim olha para você através do iMirror) "Como sempre, eu nem queria estar aqui, mas é como dizem por aí: "Mushu, você é o cara mais carismático e incrível do reino! Precisamos que você dê as notícias!" Então vamos lá...
Para começar, vocês já devem ter visto, mas a galera da Academia voltou das férias prolongadas. "Não foram férias, Mushu, nhenhenhe..." claro que foram! Sumiram por semanas para ficar "investigando o Mundo das Histórias" (ele faz aspa com as mãos) ah, conta outra! Eles voltaram e já estão por aí de novo. Eles trouxeram respostas sobre essa confusão toda que eles nos enfiaram? Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe, mas uma coisa é certa, pelo menos o Feiticeiro vai poder tirar uma folga das caras feiosas dos perdidos durante as aulas.
E falando em aulas e perdidos... Vocês pensaram que iam se livrar das aulas sobre o Mundo das Histórias agora que vão trabalhar para gente também? HÁ, sonharam! Vocês vão estudar E trabalhar. É isso mesmo. Acham que a Mulan salvou Grande Xia só estudando ou só trabalhando? NÃO, ela fez os dois! Mas a Academia pediu que eu gentilmente informasse vocês que a partir da semana que vem, as aulas passarão para o turno MATUTINO, das 8h às 11h da manhã. Aí vocês tem tempo de almoçar e depois saírem para os trampos de tarde e de noite. Acho que é isso. Não gostei muito porque eu PRECISO do meu novo assistente, o carinha lá, @copostanley preparando o meu café da manhã para mim, mas vou fazer o quê? Essa galera da Academia não abre margem para reclamação. Vou ter que comer meu café da manhã de tarde.
Agora para terminar logo com isso, esse final de semana nós teremos a inauguração de um tal de cinema que o Feiticeiro inventou de trazer para os perdidos. É sério, essa galera é toda mimada e aposto que ainda vão reclamar de estarem tendo que trabalhar para a gente, como se já não tivéssemos dado TUDO nosso para eles! Olha, é cada uma... Enfim, como eu estava falando: no Sábado acontecerá a inauguração do Grandioso Cinema Mágico na Avenida Principal e o novo restaurante que surgiu DO NADA, aquele tal de Chez Remy, irá oferecer jantar de graça na noite de inauguração do cinema.
Por último, mas não menos importante: a infestação de ratos que vocês devem ter ouvido falar foi contida. Como eu disse antes, foi tudo culpa desse restaurante que surgiu do nada. A Academia não possui respostas sobre a aparição repentina desse tal de Remy e daquele outro tal de Linguini, tudo o que se sabe é que eles dizem terem estado sempre entre a gente e terem trabalhado para Tiana antes de abrirem o seu próprio restaurante no Reino dos Perdidos. Se isso é verdade, eu não sei, mas parece que eles são meio que celebridades para os perdidos já que vocês não param de pedir autógrafos para o Remy... Como se ele não fosse um RATO! Ah, me poupem! Vocês deveriam pedir autógrafos para celebridades de verdade, para DRAGÕES ANCESTRAIS E PODEROSOS COMO EU!
Acho que é isso. Mais uma vez, a Academia irá investigar tudo, blá, blá, blá, não esqueçam de passar no Cinema Mágico no Sábado e garantirem seu jantar grátis feito por um rato, blá, blá, blá... É isso aí. Fui!"
(!!) A inauguração do Cinema Mágico e os jantares no Chez Rémy NÃO será um evento, mas vocês poderão usar como cenário para interações.
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sunny14butterfly · 6 months
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Coisas que eu percebi,que terei que fazer, se quero seguir na Ana
• Comer pelo menos uma refeição (almoço/janta), na frente dos meus pais, para eles não suspeitarem de nada;
• Quando sair para o curso, tirar foto com alguma comida e mandar para eles, falando que já comi (nem que eu pegue a comida de alguém emprestada);
• Ter sempre uma bala que contenha açúcar, para no caso de tontura, subir a glicose rapidinho;
• Fins de semana, acordar tarde, umas 10h ou 11h, após todos terem tomado café, pois aí eu simulo que tomei café tmb e na hora do almoço digo que estou cheia pois acabei de tomar café;
• Não falar nada para minha nova psicóloga, mesmo se isso estiver me incomodando para caramba;
• Fingir estar comendo todas as calorias necessárias para o corpo e fazer comentários que me amo e blá-blá-blá vcs sabem.
Basicamente é isso, no decorrer, se eu lembrar de mais algo, vou editando e colocando.
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drac-again · 21 days
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~☆
Me apresentando ~♡
Sobre mim no geral
Sou uma pessoa não-binária (uso todos os pronomes, mas confesso que prefiro ele/elu)
Sou alternativo(sub.gotica mas flerto com outras), gosto de kpop, rpg, gatos e café.
Sobre meu t.a. !?
Tenho t.a. desde que me conheço por gente. Sempre fui a criança gorda que sofria bullying e blá blá blá. Com uns 10 anos comecei a comer pra suportar minhas emoções, e junto com isso comecei a me cortar (hoje em dia estou em recovery de sh). Tive uma fase de t.a restritivo onde perdi 10kgs em pouco tempo (não sei exatamente quanto tempo) mas ganhei boa parte dnv e agr quero voltar a restringir.
Enfim, é isso, gosto de interagir então sintam-se a vontade pra responder meus posts <3 vou usar aqui como diário às vezes e não apenas como relatos do meu t.a.
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calorietoxic44 · 8 months
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📢 DESABAFO 📢
🚨 25/01/24
Já falei sobre a minha tia, na qual apelidei de SK. Para quem não sabe o que significa skinny legend. Pelo fato dela sempre enfatizar que: não janta, não toma café, não come isso, não come aquilo, não bebe, não blá blá. Alguns de vocês podem dizer que eu sou invejosa. No começo fui sim. Quem não seria? Porém, depois que comecei a observar... Percebi que isso não está sendo de alguém que queria emagrecer, para ficar bonita, ou magra, ou realizar um sonho.
Esse foi o primeiro alerta!
O peso inicial dela era 99, mas já chegou +100. Ano passado ela já magra, ficou 15 dias em casa. Ela perdeu 7kg em casa, e acabou indo parar no hospital. O médico proibiu ela de emagrecer, nessa época, ela tinha 70 kg.
E já estava bem aparente, pois ela perdeu gordura. Agora ela deve estar com 53kg. Só que eu juro, se pelo menos ela tivesse vaidade seria bonita. ( talvez )
Cogitei ser depressão. Mas ela sempre fica na defensiva, existe a depressão oculta. Na qual a pessoa não percebe que ela está. Tentei falar com ela, e acabou que ela nem me ouviu. Talvez deve ter achado que eu estava com inveja. Eu estaria se ela estivesse bonita.
Ela tem 62 anos, mas aparenta ter 75. Eu juro! Não foi somente eu que falei, até mesmo pessoas que a conhecia a anos atrás, quando eu era criança. Ficou chocado quando viu ela.
🚨 Desabafo sincero
Todas nós sabemos qual é o caminho que a Ana* cobra quando chegamos na tal meta final. Vamos supor, você começa com 68. Você cria pequenas metas, 65, 62, 58. E acha que ali tudo bem. De repente sua cabeça muda, e vai para, 55,52, 50. Você jura que está bom. Mas a doença já se instalou. E você entra no modo - perigo -
48/45/43/40 e quando vê já está entrando na casa dos 30.
É óbvio que até chegar aí não é nenhum pouco fácil! Porém tem algumas pessoas que tem foco absurdo, e se adapta muito bem as situações.
E aí vem muita cobrança: órgãos falhando, pulmão indo tirar uma soneca, fralda, sonda, internação, comer forçado.
- sozinha.
Não existe isso de: vai comigo!!
🪞Quer emagrecer ok. Mas tenha muita consciência, de que você atravessa a linha. Você vai encontrar algo, que talvez não seja aquilo que você quer. Então se não quer ou não esta pronta pra conhecer aquilo que te espera. Não quer pagar o preço. Estabeleça um limite, e se force manter ele. Porque muitas não estão aqui devido, ter atravessado esse limite. O próprio limite dela.
Responsabilidade 🧠
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Ela tinha uma voz irritante,me aborrecia qualquer coisa que ela falava, desde o vestido novo que ganhou,o que tomou no café e blá blá blá, tudo que acontecia com ela a chata tinha que contar,eu isso,eu aquilo,eh voz infernal,tinha vontade de furar os ouvidos para não escutar sua tagarelice,e o dia que ela ganhou uma Mobilete vermelha e fez questão de contar até para os professores,que mimimi, blá blá blá e risinhos intermináveis,foi piorando com o tempo,agora não era só a voz que me irritava, também os risos,o andar rodopiando os vestidos,o perfume,o esconder dos cabelos atrás das orelhas,o passar da língua nos lábios,se ele me desse um oi vinha aquela vontade de estrangular aquele pescoço lindo que sempre usava um lacinho de flor, só me restava parar de olhar para ela,mas como um menino conseguiria parar de olhar para alguém por quem sentia tanto amor,ela me irritava tanto, mesmo sem ter me feito nada,se pelo menos aquela voz insuportável dissesse que me amava pra variar.
Micro crônica de Jonas R Cezar
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pandatalks · 2 years
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Resumo da história: todas as cmms, fcs e meios que usamos são tóxicos. Ngm vai parar! Estamos aqui justamente pra isso. Mas tbm é meio pegado perseguir só uma coisa. Vamos pensar se vale mais a pena lutar contra uma cmm 'problemática' na internet (inclusive já já vem BIBLÍA de desabafo sobre uma que to) ou se vale mais a pena usar a voz ativa e participar proativamente do que faz mudança de verdade, oq não é em roleplaying. Relaxem galera, sexta feira chegando
Sextou com S de Sem Dinheiro na conta. O quinto dia útil tá longe... Me parece uma vaga lembrança. Atualização: sextei com dinheiro dos outros e amanhã é o grande dia do pix.
Essa ask engloba muita coisa, mas militância de internet me irrita. Vão em talker querendo pagar de politicamente correto e no fim, tem atitudes muito mais tóxicas nas comunidades que participam.
Muitos plots de comunidade tratam de assuntos sensíveis e foram concebidos para ser assim. O jogar ou não ali é uma decisão que player toma com base nos seus princípios e vontades, e ele tem de estar ciente dos gatilhos e do conteúdo que pode encontrar. Por isso adotamos aquelas boas práticas de sinalizar gatilhos, mutar tags e evitar acessar conteúdo que pode nos fazer mal.
Realmente, não tem como impedir algumas comunidades de existirem, pode ser senso comum que não é uma boa ideia, mas sempre vai ter um ou outro que vai querer jogar. A pessoa pode simplesmente criar um outro player name, personagens distintos dos que sempre joga e aí? Vai apontar o dedo como? Mandar hate para a central não vai adiantar às vezes e eu até penso que quando criam plots assim, a moderação sabe que vai dar o que falar.
Ultimamente eu tenho pensado que antes de mais nada, deveríamos focar em transformar esse lugar em um ambiente saudável. Já joguei em comunidade nas tags estrangeiras com temática super pesada e em OOC acabamos nos tornando uma família. O pau quebrava em IC e nós em OOC trocando receita de café da manhã... Porque sabíamos que o que acontecia na timeline, ficava na timeline. Desavenças aconteciam, o que é normal, mas tudo se resolvia rápido.
Para terem uma ideia, eu recebi várias asks enviadas por VPN, todas de gente me xingando out of nowhere (e eu sei quem é, já deixo claro). Essas mesmas pessoas devem ficar falando por aí que temos de cuidar da saúde mental dos outros, que temos de ser pessoas melhores e blá blá blá. Para inglês ver.
Eu não me afeto com ask de hate, podem mandar mesmo que eu só vou bloquear. Ando com três celulares falsos na bolsa, faço um trajeto a pé sozinha do ponto até minha casa à noite, fugi de arrastão no carnaval e vou ter medo de babaquinha de internet? Aqui não, violão. Antes fiquei pensando: vou responder... Mas não vou bater palma pra maluco dançar, não.
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4hri-u-mine · 2 months
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Eu não estou perguntando se você quer que eu fique. Estou dizendo que vou ficar e pronto. Certo, não precisa. Eu sei, você não precisa de nada e de ninguém, além de ficar sozinha. Vamos então encarar a coisa desta forma: a casa precisa de mim. Logo o chão estará coberto de lenços de papel, haverá sobras de chá de cidreira espalhadas por todo apartamento e o controle remoto da sua televisão vai estar lambuzado de Nutella, especialmente a tecla que libera a dublagem de O Diário de Bridget Jones. Não vou deixar você fazer isso, nem transformar seu lar num cativeiro e tampouco você assistir essa lenga-lenga pela milésima vez, pela milésima vez por causa de um idiota, pela milésima em mau português.
Não esquenta, eu vim preparado, não vou precisar ir até em casa arrumar minhas coisas. Já está tudo comigo nesta mochila que eu organizei quando você me disse que estava saindo com aquele cretino. Sim, sim, eu já sabia da fama, apenas não quis cortar seu barato, você estava tão animadinha e minha mãe me ensinou aos gritos que a gente não deve dar vereditos prematuros em relação aos outros. Vai que eu estava errado? Acontece que eu não estava, e seu tivesse te avisado eu teria dito “eu avisei” quando você me ligou toda chorosa informando do auê. Minha tarefa é passar o fim de semana vigiando seu telefone, sua internet, selecionando quem você vai atender, com quem você vai se comunicar. Existem amigos com quem se faz besteira, e amigos que evitam besteiras, sou mais dessa segunda turma. Enquanto eu lavo sua louça, vê se esfrega um xampu nessa cabeça e vem aqui me contar isso direito. Vou fazer um café, a noite, esta em especial, é uma criança gasguita querendo mamar onde só sai pedra.
O que eu não entendo, criatura, é como você continua estacionando seu coração em local proibido. Você já não foi multada que chega? Onde mais precisa doer pra você levar jeito? Uma garota tão bonita e gente boa. Se eu não fosse seu melhor amigo, se eu não fosse pateticamente louco de amor por aquela uma, se eu fosse outra pessoa, sei lá, um cara num bar qualquer ou no McDonald’s, eu ia deixar você mexer nas minhas batatinhas. Só estou dizendo que você desperta minha atenção, justamente pelo que você mais se desdenha, como seus ombros franzinos de carregar o continente inteiro nas costas ajudando todo mundo, e seu queixinho geneticamente meio torto, que dá a entender que você está sempre invocada da vida, seu jeito tímido de andar, as mãos no bolso do jeans apertado, toda erradinha, como se tivesse sempre alguém apontando e rindo de você.
Você sabe, se eu estou aqui, é porque sou seu fã, porque você vale a pena, porque eu te gosto, e enquanto você tenta fazer esses seus lances rolarem com esses babacas, eu sinto sua falta, de conversar contigo, de ganhar aquele seu “oi” reto, com cara de sono e os olhos líquidos, na primeira aula de laboratório da manhã. Eu sei, eu sei, parece que estou tirando vantagem da sua fragilidade temporal para flertar contigo, porque eu sou um rapaz, e você uma garota e blá-blá-blá. Não é isso, baixa a guarda, está tudo bem, quando você vomitou no meu colo naquela viagem para São Paulo das Missões deu pra ver de cara que você não era pra mim. Lembra depois, nosso fiasco na enfermaria? Você toda grogue e quase tendo orgasmos por efeito do Tramal e eu do lado de fora, sôfrego como um pai de estreante. Eram só umas pedras no rim.
Isso, adoro te ver assim, fico todo orgulhoso de fazer você rir, foi pra isso que eu vim. Eu não sei o que dá na cabeça de um sujeito desses te fazer triste assim. Terminando de enxaguar esses pratos a gente vai até o sofá dar um jeito nessa dor, talvez eu tire algum som do James Taylor ou escove seus cabelos ou faça uma massagem profissional nos seus pés, vamos tirar esse joanete da sua alma. Se nada funcionar, a gente cata uma navalha e faz uns cortes sequenciais no seu braço pra liberar endorfina e trapacear a dor, como fez o dr. House naquele episódio, lembra? Não foi contigo que eu vi? Claro que foi, você deve ter embarcado no sono, como sempre. Como pode? É só te aconchegar de conchinha, contar até dez e pronto: você dormiu. E eu fico me sentindo o cara-todo-poderoso que está lá pra te proteger.
Sei que você deve achar que nunca mais conseguirá transar na vida, que ninguém nunca pedirá pra ser seu marido e aquela coisa de felicidade está cada vez mais longe, ou que todas as estrelas da sorte daqui a pouco cairão na sua testa. Mas pelo amor dos céus, é só um relacionamento falido, mais um, grande áfrica. Olha o lado bom, chora hoje, deixa seus olhos líquidos escorrerem toda essa maquiagem fúnebre, desenha com rímel preto um novo dia na minha camiseta. Amanhã, de rosto novo, a gente pinta uma carinha feliz e circense, e eu te levo de carro pra ver o mar. Ninguém vai perceber seu riso postiço, o mundo inteiro vai estar ocupado sorrindo com você. Confia em mim, às vezes quem está de fora enxerga melhor. E daqui vejo seu sorriso, sei bem do que ele é capaz de fazer.
Gabito Nunes
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verbrrhage · 4 months
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tu deixa só uma frestinha aberta e a janela inteira geme e sopra com ânsia dolorida. passaram-se quatro ou cinco dias assim em silente agonia, de recesso e existência ancípite oscilando entre duvidar da própria realidade e esquecer que se vive. aí cai uma chuva forte. uma chuva daquelas, um temporal avassalador com ventania e correria. e tu se molha e se suja e se lembra da pneumonia. e, finalmente, se enclausura novamente. tu não sabe porque tu sempre erra. tu não entende porque tu é essa falha moral. todo mundo na tua faixa demográfica tá lá fora, ansioso pra viver! lá longe, na pompa e na glória da juventude! te chamando em entusiasmo e te convidando com cigarros e planos e sonhos e bebidas! mas tu não responde. tu fica aqui, na escuridão solitária do ventilador. e tu tem continuado aqui. nas penosas tentativas de cerzir os trapos de uma vida aos poucos remendada.
ontem tua mãe passou em casa, encontrou mofo e sujeira onde tu não enxergava e revirou tudo de ponta-cabeça. ela escancara as janelas, levanta as cortinas, esbanja luz e vento e café e muda os copos para a prateleira debaixo. "e a academia, meu filho?", ela pergunta com olhos tristes. e tu só encara o chão e o teto, porque o cansaço no rosto dela é pior que xingamento. as pessoas tão muito viciadas em malhar hoje em dia, mas tu sabe que ela tem razão. pelo menos por motivos de saúde, tu devia fazer algo de útil com esse corpo. algo prático, algo mecânico, uma cinética qualquer. aí o simples pensamento da explosão de sudorese já te incomoda. aí ela te conta as novidades sobre o teu primo, se gaba de que ele vai casar com o namorado em dezembro. ela te mostra a foto borrada do filho de uma colega de trabalho, que tem a tua idade e também gosta de filmes e também faz faculdade lá e blá, blá, blá.
quando ela vai embora, tu tampa, veda, tranca e anuvia a casa toda pra se enfiar debaixo de três travesseiros e um cobertor macio mais uma vez tentando terminar aquele mesmo livro de dois meses atrás. tu vive numa quietude cinzenta, mas pacífica. os dias te atravessam como brisa breve e inconspícua.
de mansinho como um predador experiente, desembarca algo pueril; uma mensagem, uma anunciação; o juvenil desejo de conhecer e ser conhecido por alguém; de pertencer e ter consigo na palma das mãos um nome que acalenta e revira o peito; é vergonhoso admitir isso, essa vontade virulenta; tu se sente como um adolescente de quinze anos outra vez, mergulhado em cobiça; febril, ávido, pendurado na penúria do sentir; é outra falha moral, talvez resultado de muitos filmes de romance bestas.
que o coração sempre foi um tiquinho degradante e querer assim desse jeito esfomeado é estar disposto à se humilhar, né? é abrir as janelas e se mostrar pro mundo. se escorar no peitoril e olhar lá pra fora. olhar com carinho, como respirar fundo. porque tu quer. simplesmente porque quer. e querer já basta. querer de uma forma... gananciosa. um fervor reacendido. tão corajosamente, tão abertamente, tão sem culpa-penitente. tu almeja desesperadamente ser querido e ter consigo outra vez a capacidade de benquerer. mais do que um gosto, tu almeja desesperadamente ser escolhido. tu clama pela beleza de ser escolhido. o "um, entre tantos". e tu reza pelo calor de um colo.
tu vagarosamente sente uns cantos de si mesmo reabrindo, rangendo de ferrugem, suspirando ressuscitados.
mas a chama rapidamente se apaga.
num instante, a vela morre. a verdade bate na veneziana, lúcida, fria e cruel. um vento gélido sacode o batente da janela e faz tu se sentir como um criminoso. e parece que o mundo não te quer por perto. e tu se questiona: "serei eu, afinal, mais uma criatura de desamor? eternamente hei de carregar o fardo de ser tão inamável? continuarei sempre com esta chaga, esta estigma? sempre assim, malfeito e indigno? onde ponho, afinal, todo este desejo extraviado? prometo que tenho-o guardado! prometo que, deste velho coração, tenho cuidado!". e tu não quer implorar (mas já estás de joelhos). e tu não quer se humilhar mais ainda (mas já gritaste "por favor! por favor! tenha piedade!").
de noite, quando a vizinhança já está no décimo sono, tu abre a janelinha de novo. tu pede desculpa por não parecer uma pessoa inteira. e explica que é por causa dos pedaços de si mesmo que tu perdeu (ou intencionalmente deixou) com gente que não está mais nos teus dias. em outro universo, vocês estão juntos. e, em outro universo, é mais fácil. mas, neste universo, tu repousa na janela. e tu respira. engolindo o choro de tanto querer parar de ser assim. de continuar sendo aquele menininho assustado com voltar pra casa. aquele menininho ignorante sonhando com uma paixão que consertasse tudo. que quer a safra sem o lavoro do semear. quer o paraíso sem atravessar os nove círculos da perdição. tu ainda não aprendeu como desejar outro alguém. ainda há o medo de mostrar pros outros o quão feio, errado e irremissível tu és. esse teu desejo de vira-lata, desejo-religião. aí, no fundo, tu lembra que és apenas um primata. um bicho. um mamífero. um animal social. que precisa da manada e da muvuca. tu segura as rédeas dessa vontade de trancar a casa inteira. e contém o impulso jogar a chave no lixo. segurando firme a coleira dessa criatura selvagem. tu fica prostrado na janela por mais alguns minutos... porque o vento te beija agradável e macio. porque já tá quase amanhecendo e tu sabe que, a qualquer momento, os pássaros chegarão. tu escuta os assobios, os guinchos e o pequeno bater de asas de algo tímido, doce e inocente como uma página em branco. "se tu fica parado o suficiente, já quase consegue escuta-lo cantar". tu diz a si mesmo. "se tu conseguir ficar quieto o bastante... se tu apertar bem os olhos... já quase enxerga de soslaio um novo sol raiar".
#me
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uniorkadigital · 5 months
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zinesumarex · 5 months
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Robert Miles nem mesmo havia digerido o almoço quando recebeu a visita inesperada de um Agente Merovingi.
Isso não é novidade... em outros tempos eles apareceram sorrateiramente e interferiram no desenrolar de alguns estratagemas. Entretanto, em todas essas outras ocasiões, os agentes de patente inferior eram avisados de antemão; o que não aconteceu agora. Na verdade, o Merovingi em questão já estava acompanhando o caso Sumarex por um período e resolveu interferir pessoalmente.
Mas por que agora?
Depois de trocarem duas frases secretas (de conhecimento prévio por ambas as partes para a devida confirmação dos membros da Agência) o Merovingi se identificou como Larason.
Miles ofereceu um drinque, rapidamente negado. Aquela conversa seria séria demais até para um café.
- Quando foi que os Vigias da Colônia passaram a se encontrar às escondidas com Smees aposentados? Não seria melhor ter acionado agentes da ativa?
- Mil desculpas, Sr. Larason, você deve saber... as coisas fugiram um pouco do controle...
- Não perca seu tempo tentando justificar, Sr. Roberto... Mesmo assim é preciso pontuar que as coisas fugiram do controle e numa escala muito acima do que você sugere. Em questão de três meses Sumarex chegará ao seu segundo ano de existência! Você tem ideia do que isso significa, Miles?
- Nossa... dois anos... eu...
- Dois anos!!! Vocês Vigias são inacreditáveis... acharam mesmo que poderiam deixar um potencial livre e que não haveriam consequências?
- Sr. Larason, veja... nós tentamos de tudo...
- "Tentamos de tudo..." Blá blá blá... Miles, Miles. Vocês simplesmente não tentaram de tudo. Acontece que a arrogância de vocês permitiu, principalmente a empáfia dos Smees enviados para cá.
- Mas veja... o Smee aposentado...
- Agente Falca. Conheço o sujeito. Prossiga.
- Pois bem, o agente Falca esteve com Sumarex e disse que ele não pode ser afetado pela Doutrina...
- Bobagem! A Doutrina é infalível... vocês erraram.
- Falca me disse que ele realizou o Samadhi... está no "tempo do Sol" ou algo assim. Longe dos resultados da causalidade de nossos planos.
- Sim, Miles, sei dessa teoria e posso lhe afirmar que isso não é verdade. Porém, há fortes indícios de que Sumarex está usando o fanzine para realizar Samadhi. A razão que me faz crer nisso é... ele está sofrendo. Então, livre do sofrimento não está. As últimas manobras produziram efeitos danosos em seus familiares. Ele sente por isso. O conteúdo do zine nos aponta para um indivíduo em profunda transformação. Inclusive, é possível que ele tenha descoberto "as várias mortes" e está passando pelos Bardos conscientemente.
- Bardos?
- Sim, Miles, Bardos... ou Intervalos. Eles são análogos aos intervalos entre as notas musicais. No Livro Tibetano dos Mortos ele é descrito como o intervalo entre uma vida e outra. Eles falam com os defuntos durante quarenta e nove dias e indicam o caminho para a libertação do Samsara dentro dos Bardos. Mas essa é apenas a face visível do rito. A face oculta diz respeito à "morte real".
- Estou acompanhando...
- A "morte real" acontece durante a vida do indivíduo. Durante o nascimento e a morte física, o sujeito morre e renasce várias vezes. Essa morte acontece em níveis psíquicos... o corpo físico apenas responde e manifesta. Nesse período há uma brusca mudança nos níveis de experiência, mas o sujeito não compreende. Este paradigma é o engano que os Budistas chamam de Samsara e está enraizado nas civilizações e na base de toda adoração superficial religiosa. Nem mesmo a Agência se preparou pra isso. Nós, os Merovingis, conhecíamos a chance de isso ser entendido profundamente, mas quem diria que seria possível em meio à tanto lamaçal de ignorância!
- Então não é culpa de ninguém?!
- A culpa é de vocês!
- Sr. Larason, não estou entendendo... você acaba de dizer que ele pode ter cristalizado o processo nos Bardos e a tal "morte real"... sendo assim ele está no domínio da situação e todo o resto é consequência.
- Não, Miles. Se assim fosse ele não teria criado o fanzine e exposto vocês. O que você não está entendendo é que todos nós somos apenas personagens dentro da história de Sumarex. Nós não passamos de arquétipos; figuras alegóricas para a representação de características obscuras da própria psique de Sumarex. Em outras palavras, nós só existimos porquê ele quis assim.
- Não, calma aí, amigo... eu sou real.
- Sim, Miles, nós somos reais. Mas apenas quando alguém lê a história. Sumarex sabe disso e usa aquele que lê para nos dar vida.
- Mas por quê um fanzine?
- Ao longo dos séculos alguns raros indivíduos compreenderam essa lógica e usaram da arte para a devida transmutação das densidades originais. Sumarex não é o primeiro e nem será o último. A questão é que ele está falando sobre isso. Ele está deixando um registro claro e isso pode ser a semente de algo muito maior. Poderia ter sido um livro, um disco de hip-hop, um filme, mas ele preferiu um zine, talvez pela influência dos quadrinhos. De qualquer forma, a única chance que temos é se ele falhar. Isso ainda é possível.
- Como é possível? Como ele pode errar?
- Ele pode não concluir a história. Ele pode não entender os próximos níveis. Se ele verdadeiramente compreendeu que está no processo de ressurreição dentro dessa vida, mesmo assim ele ainda terá que enfrentar os resultados de ações equivocadas antes de concluir "os trabalhos". Isso é descrito em vários tratados herméticos sobre alquimia. Muitos enlouquecem nesse estágio. Eles são assombrados pelo que há de mais profundo em seus códigos genéticos. Em outras palavras, eles terão de redimir os erros dos antepassados que estão no subconsciente.
- Se ele não concluir a história, nós desaparecemos, Sr. Larason?
- Não! Nós desapareceremos se ele concluir. Se ele terminar, todos os personagens serão transformados. Todos nós existiremos enquanto história, mas o que ele quer é salvar o próprio mundo, de onde ele escreve. Ele fará emergir a falácia e toda falsa dicotomia através de eventos e fenômenos no mundo físico; e dará fim a tudo isso.
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lamuriei · 11 months
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Então eu voltei a ficar com um boy que já nos conhecíamos e ficávamos antigamente mas por uma coisa que aconteceu acabei me afastando por achar melhor, ele insistiu para voltar e conversar até que esses tempos eu resolvi dar um chance novamente, ele é uma pessoa bem aqueles homens ogros, tem os momentos quando consegue ser carinhoso mas é bem raro, daí ele tem umas manias de ser do contra tudo que fala ele crítica, até aí eu falava e deixava passar pois tenho mania de tentar levar as coisas na brincadeira, a questão foi que esses dias eu acabei estourando com ele pois eu fui contar que comecei a fazer um novo esporte ou melhor retornar fazer e ele ficou criticando que aquilo não era pra mim, que não levo jeito e blá blá, daí já fiquei p da vida, daqui ele implicou pq minha 💅 estava descascado o dedo pois eu roou unha e ele sempre soube mas começou a falar horrores disso, pra que, eu simplesmente fui super grossa pq uma coisa é está se conhecendo agora e não saber outra e saber e ver que tá assim e começar a ficar dando sermão e de brincadeira com isso na hora, eu falei super séria e dei até uma patada, pois eu roou pq além de ser ansiosa acabo descontando tudo, seja feliz, triste e é desde nova, não tenho insegurança com isso nem ligo mas acho que na hora eu tomei raiva pq sempre nada tá bom e eu nunca falo nada dele, tipo aparência e essas coisas, ele se deixar fala de tudo, daí ele na hora ficou com raivinha e se afastou tipo manipulando, daí acabamos conversando ainda e ele falou para conversar sobre isso no outro pq estávamos bebendo, acabou que dormiu e eu dormir e acordei chateada ainda, ele me deixou em casa depois do café mas nada dos dois tocar no assunto, mas tava um clima meio chato pq ele ele é super orgulhoso então não acho que deve falar, realmente a minha postura foi ser ignorante na hora, isso eu sei que foi errado, mas não acho que foi errado me impor sobre uma coisa que não agrada e ficar deixando passar, na hora que ele me deixou em 🏠, mal beijou direito daí eu falei tipo que cara é essa, ele super maduro ( isso pq é mais velho e ontem debateu sobre assunto de maturidade, mas idade não define nada, pode ter mais experiências, daí ele falou a única que eu tenho, eu olhei e sai do carro, então ficou ainda aquela coisa chata) você acha que devo conversar com ele, pedir desculpas da minha parte mas manter o ponto e falar que eu tbm não tenho que gostar de tudo e achar certo?
Então, relacionamento envolve diversas questões. Mas algo que eu acho muito importante é o apoio, companheirismo. Você precisa colocar numa balança o que pesa e o que não pesa na sua vida. Porque se ele te diminui dessa forma a tendência é piorar. Pense muito sobre o que você quer pra sua vida e o que vai te fazer realmente feliz. Temos que manter pessoas nas nossas vidas que nos tratem como queremos ser tratados. E nos amem pelo que somos. Desculpa a demora pra responder, não tenho entrado muito aqui 🩷
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gabrielpardal · 3 years
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Carnavália 10 Anos
Há dez anos atrás, nesta data, lancei o meu primeiro trabalho autoral. Eu tinha feito uma porção de coisas, escrito textos para outras pessoas, lançado zines, blogs, etc, mas um livro é um livro, uma experiência alucinante de colocar na roda as ideias que viviam na minha cabeça.
Dá uma onda danada. Não sei se as pessoas têm noção. Mas na época eu fazia questão de tocar o tambor convidando a galera. O negócio foi tão doido que minha família e amigos vieram da Bahia pro lançamento, na sede da editora no bairro do Flamengo e seguimos na madrugada no Café Lamas bebendo aqueles chopps sem fim. Jovens.
Já contei aqui como isso se deu e o que aconteceu em seguida. Agora, dez anos depois (DEZ ANOS DEPOIS, desculpa repetir isso, mas pra mim é um troço) voltei ao livro como quem revê fotos do passado. Carnavália foi, pra mim, meio que o início de tudo. E relendo ele agora foi muito louco perceber certos traços que continuaram presentes em tudo o que fiz depois: roteiros, peças, artigos, zines, cartuns.
Hoje tenho menos vergonha dele do que tinha na época. Vergonha normal, de mostrar as suas tripas para as pessoas e dizer "Venham ver". Aquele cara de dez anos atrás não sou mais eu, muito embora ainda continue sendo, de um jeito ou de outro. Acontece que relendo o livro nesses dias percebi o quanto ele continua sendo atual, ou até mais. Carnavália é um livro de ficção científica distópica poética teatral de humor fragmentado... blá blá blá... a ideia toda era criar formas literárias para falar sobre a transformação das pessoas em produtos de consumo. Captou?
Essa data foi uma bela desculpa para publicar o livro novamente, agora numa edição revisada e ampliada, com textos que tinham ficado de fora da primeira edição, além de outros textos relacionados ao livro. Essa edição está disponível em capa dura, impresso normal, e uma versão digital gratuita. Assim como acontece com quase tudo o que consumimos de arte hoje em dia, estou disponibilizando de graça o formato digital do livro para ser lido onde quiser. E também, pela primeira vez, prints de cada um dos textos para serem usados como pôster.
📕 Novidades:
♦️ Livro impresso: capa dura e normal ♦️ Livro digital: de graça ♦️ Print digital: tamanho A3, assinado
Tudo isso e mais histórias, fotos, vídeos e informações, você encontra aqui.
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brasilsa · 2 years
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professor.sidnei
Na última sexta-feira, após a gravação de um clipe com @pele.milflows justamente sobre racismo religioso, fomos eu e uma amiga negra que é cantora tb celebrar as nossas vitórias e até a sobrevivência. Estávamos no Itaim Bibi e fomos apenas tomar um café e conversar. Após 30 minutos, fomos surpreendidos por uma mulher que entrou, segundo ela para fazer uma ligações, ela nos mediu ao entrar, viu Èsù sobre a mesa e seguiu para se sentar ao lado de onde estávamos, não demorou trinta segundos para que ela começasse a gritar conosco e nos chamar de mal educados, que a minha voz a estava irritando, que todo mundo na sorveteria estava sabendo de tudo sobre nós, sobre livro e blá blá blá e veio nos dar uma lição de etiqueta. Eu não acreditava. É sério! Ela gritava conosco. Eu só lhe disse que se ela queria silêncio e falar ao telefone fosse para os fundos da sorveteria. Só estávamos nós e as funcionárias. Depois soubemos que ela reclamara de nós com as funcionárias e que elas sugeriram que ela mudasse de lugar. Bom. Ela fez as suas supostas ligações para seus funcionários e amigos e aplicações / investimentos e falou rebuscadamente e aos gritos sobre investimentos milionários. Bom. Seguimos com a nossa conversa. Falávamos sobre um próximo livro meu sobre racismo religioso e eu dizia que “a branquitude pedia educação com violência e chicoteando os nossos corpos”. Ela se levantou e veio nos afrontar dizendo que não era sobre cor - nunca é; era sobre saber se comportar em lugares públicos. Eu levantei meu opá Exu e aí veio a verdade. Eu levantei meu Opa Exu e bradei - Laroye- ela disse “está amarrado em nome de Jesus”. Aí não deu para mim. O nível de violência, quem autoriza esta gente a repreender meu Exu, a querer nos expulsar dos lugares. Eu queria ir as vias de fato e ela fugiu. Bom. Primeiro, ela se refugiou no lugar de vítima, até então, ninguém havia morrido. Naquela hora a dor da perda da mãe apareceu. É tão doloroso. Tão doloroso que eu nem sei o que dizer. O que eu estava tentando lhe dizer é que quando eu que uma existência negra poderia interromper uma conversa de uma pessoa branca, criticar ou questionar o tom de voz? Quando eu poderia dizer que (…)
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majuh-tocilia · 2 years
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O diálogo basicamente foi assim:
Café Boutique vai fazer um comercial e blá blá blá
Érica pergunta se vai ter algum famoso
Junior responde que Tomás Ferraz será o garoto propaganda
Érica responde que conhece Tomás Ferraz
essa é a cara que a Maria Cecília faz 👇
NÍTIDO O CIÚMES
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Novela: Chiquititas
Capítulo Netflix: -
Capítulo TVZYN: 143
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