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#Festival Ponte D'Lima
headlinerportugal · 1 month
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Osees e The Last Internationale arrebatadores em noite de pontuação máxima para o rock barcelense - Dia 3 do Festival Ponte D’Lima 2024 | Reportagem Completa
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John Dwyer dos Osees | mais fotos clicar aqui Ainda com o pensamento nas atuações da noite anterior, concretamente dos Mão Morta, dos !!! (Chk Chk Chk) e pois evidentemente dos Shame segui para o terceiro e último giro de autoestradas entre Guimarães e Ponte de Lima cujo caminho, dessa forma, se faz em cerca de 45 minutos.
Infelizmente não foi possível viajar mais cedo para ver os Youth Yard, banda de Viana do Castelo e que tocou durante a tarde no Palco Náutico cujo acesso foi gratuito. Oxalá tenha em breve uma oportunidade para ver estes jovens vianenses.
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Youth Yard em palco | mais fotos clicar aqui Consegui chegar mesmo a tempo de ver Surma, o projeto bonito da leiriense Débora Umbelino. Ela que estava há poucas horas em território português, regressou ao nosso país vinda de uma tournée realizada nos Estados Unidos da América.
Já sou “cliente” regular dos seus concertos, o anterior tinha sido na edição deste ano do ‘Serralves em Festa’ e efetivamente nessa noite foi uma incrível atuação em formato trio tal como sucedeu no Festival Ponte D’Lima. Os dois músicos que a acompanharam foram João Hasselberg na bateria e Pedro Melo Alves no baixo.
O concerto não teve o seu arranque às 19:30h e quando cheguei, pouco depois, junto do Palco II ainda estavam todos os músicos nas últimas afinações. Esteve pouca gente para assistir a esta performance, dos três dias foi aquele que registou a menor afluência a esta hora.
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Surma em formato trio em palco | mais fotos clicar aqui Ainda em ritmo de soundcheck nos primeiros instantes e dado que não estava tudo ainda a 100% parou e reiniciou o concerto. Já com a devida sintonia lá teve continuação mais uma simpática atuação da artista de Leiria.
Registo para a mensagem antes de "Massai", revelou ser um tema especial e simples tendo sido das primeiras que lançou oficialmente, daí esse carinho bem particular.
A abertura do Palco Principal neste derradeiro dia esteve a cargo dos Glockenwise e o atraso de 5 minutos acabaria por fazer “estragos” no cumprimento da setlist. “Calor”, a última prevista para ser tocada, terminou riscada do alinhamento. Infelizmente, foi pena, porém não foi por isso que a atuação teve menos encanto. A banda oriunda de Barcelos, transpiram esse orgulho, continua em muito boa forma e rubricaram uma excelente performance.
Na voz principal e guitarra Nuno Rodrigues, na voz secundária e guitarra Rafael Ferreira, no baixo Rui Fiusa, na bateria Cláudio Tavares, nas guitarras, teclas e coros Gil Amado e finalmente Sérgio Bastos nos teclados. Há o trio de ataque e há um sexteto de luxo.
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Glockenwise em palco | mais fotos clicar aqui Já mais algum público, a coisa já estava mais composta, quando Nuno pediu para o pessoal se juntar mais à banda, o público estava espalhado pelo recinto antes de tocarem "Lodo".
‘Plástico’ de 2018 e ‘Gótico Português’ de 2023 são os dois incríveis e mais recentes álbuns dos Glockenwise. Ambos totalmente cantados na língua de Camões, parece que ainda foi ontem que tinham a língua de Shakespeare como parâmetro indispensável.
Em alguns temas, nomeadamente do registo do ano passado, foram projetadas imagens no ecrã girante relativas a esse disco. A componente vídeo foi utilizada de vez em quando.
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Rafael e Rui dos Glockenwise em palco | mais fotos clicar aqui O pessoal estava com pica e lá surgiram uns gritos de “Barcelos, Barcelos, Barcelos” como quem incentiva uma equipa de futebol… Talvez estivessem imbuídos do espírito desportivo pois à mesma hora desenrolava-se o desafio da supertaça de futebol masculino.
Eles que estavam pela terceira vez a tocar como banda, já por causa do sarrabulho o vocalista Nuno, por sua conta, começa a perder a conta às viagens limianas, ele que revelou tal antes de tocarem "Natureza". Deu para ver que tinham uns quantos fãs pela plateia ao verificar a quantidade de pessoas a cantarolar as letras deste tema.
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Nuno dos Glockenwise em palco | mais fotos clicar aqui Muita gente a aproveitar para ver o concerto no conforto da verdejante zona lounge ora sentados ou deitados. No final de “Dia Feliz” receberam umas merecidas e bem efusivas palmas.
Nuno estava em modo comunicativo “on fire” e deu uma “bicada” aos grandes festivais portugueses “bom ter bandas portuguesas a tocar em festival sem ser à hora de tomar um cafezinho”. Dia com duas bandas de Barcelos, os Gator, The Alligator iriam tocar mais tarde em horário nobre.
“Gótico Português” e “Besta” foram as duas últimas de uma setlist somente composta por temas dos últimos dois álbuns, por isso, só tocaram musicas em português.
Tiago Martins (voz e guitarra), Eduardo da Floresta (guitarra), Filipe Ferreira (bateria) e Ricardo Tomé (baixista) são o quarteto barcelense Gator, The Alligator e, provavelmente, a banda nortenha que mais temos destacado. Para mim foi a segunda vez que os vi este ano, depois de um concerto no CAAA em Guimarães.
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Eduardo da Floresta dos Gator, The Alligator em palco | mais fotos clicar aqui O ritmo frenético e a pujança demonstrada a cada performance é já selo de garantia de que os seus concertos vão ser bem animados e curtidos ao máximo por quem os assiste. Assim o foi nesta atuação no Palco II, deram um excelente concerto. Eles são sempre assim, mesmo quando há elementos da banda envolvidos na organização Festival Ponte D’Lima, não há cansaço que limite a sua entrega e energia.
"Can’t You See?" e "Life You Dreamed" foram dos dois apontamentos ao vivo acerca de ‘Laminar Flow’, álbum lançado em 2023. Do EP especial lançado em maio deste ano referência particular para “Bonança”, um tema catchy e com uma sonoridade totalmente diferente do som normal dos Gator, The Alligator.
Tiago Martins, acerca dos gritos “Barcelos, Barcelos, Barcelos”, afirmou que era criminoso gritar Barcelos em Ponte de Lima. Com grande certeza estaria no pensamento do vocalista barcelense o esforço que terra limiana e suas gentes dedicaram a levantar este belíssimo festival. Mereciam salvas por isso pois claro.
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Tiago dos Gator, The Alligator em palco | mais fotos clicar aqui Antes de finalizarem o concerto às 22:43h ainda tocaram “Yayaya", tema fenomenal cujo refrão que fica “preso” nas nossas mentes horas e horas. Será daqueles temas que tem de fazer parte da setlist comparável "Cellophane" ou “Gamma Knife” dos King Gizzard & the Lizard Wizard pela sua relevância história nos respetivos percursos musicais.
Delila Paz e Edgey Pires são o duo que compõem os The Last Internationale. Aquele sobrenome Pires denuncia, ele é descendente de portugueses oriundos de Arcos de Valdevez. O músico sempre teve um contacto próximo com Portugal desde a infância, altura em que passava férias no nosso país. Essa ligação tão profunda estendeu-se também à banda pois fizeram sempre questão de passar temporadas e fazer concertos em Portugal.
Eles foram auxiliados por Andrés Malta na guitarra e Pierre Belleville na bateria.
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The Last Internationale em palco | mais fotos clicar aqui Este concerto iniciou-se às 22:37h com Delila a plenos pulmões a gritar "Ponte de Limaaaaaaaa", logo ali a quebrar o gelo com tanto entusiamo. Edgey esteve igual a si mesmo, com o seu habitual ritmo frenético e Paz sempre enérgica e vestida de branco. Eles que fazem questão de passarem mensagens políticas por isso não foi de admirar a bandeira da Palestina pendurada em amplificadores.
A seguir a “Hero” lá dizia Delila "Ontem à noite tocamos em Atenas e está quase o mesmo calor". Esta vaga é universal e foi incrível vê-lo em palco depois da odisseia que tiveram para chegar a Ponte de Lima diretos da Grécia.
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Delila dos The Last Internationale em palco | mais fotos clicar aqui A adesão era semelhante à da noite anterior em termos de número de público e pelo recinto tivemos fãs dos The Last Internationale devidamente equipados. O ponto de rebuçado para alguns fãs foi quando subiram a palco e participaram no concerto. O pessoal foi participativo, até com coros como em "Wanted Man".
Delila além de cantar tocou piano em "Soul On Fire" num dos vários momentos bonitos do concerto que teve alma Soul e poder Rock.
Ela é de Nova Iorque e relevou que acha que lá o amor não é tão caloroso como por cá em Portugal. Foi uma revelação curiosa, Delila Paz já tem uma afinidade enorme com Portugal, são já bastantes passagens e estadias prolongadas no nosso país.Outra curiosidade foi a presença como roadie da baterista Helena Peixoto que já andou em tournée com os The Last Internationale pela Europa.
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Edgey dos The Last Internationale em palco | mais fotos clicar aqui Um dos grandes momentos da atuação foi quando Paz veio para meio do público e pediu para todos se baixarem. A coreografia foi bem-sucedida pois o público fez questão de seguir as indicações. Já Pires fez crowdsurf. Provavelmente estavam um pouco cansados e mesmo assim fizeram questão de dar tudo e serem fiéis a si mesmos. "Freedom Town" foi a última e teve direito a foto de família.
John Dwyer com os seus Osees eram os mais esperados de toda a noite e realmente não defraudaram expetativas. A entrada em palco é que saiu de um sketch de comédia. Os músicos estiveram em palco a preparar os últimos detalhes e saíram por instantes. Parecia que iam antecipar a entrada em palco, a hora prevista eram as 0:15h. Dwyer entra, olha para o público e começa a “pegar” com o pessoal a dizer que o que queriam eram ver os anúncios... Na altura a dar vídeo a divulgar as datas do próximo ano. Dwyer saiu mesmo de palco e 2 minutos regressa com o resto da banda.
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John Dwyer dos Osees | mais fotos clicar aqui Foi aí que entramos num universo muito próprio, aquele dos Osees no qual ocuparam a zona central do palco duas baterias asseguradas por Dan Rincon e Paul Quattrone tendo o vocalista/guitarrista John Dwyer ficado do lado esquerdo, do lado contrário o outro guitarrista e atrás das baterias o músico encarregado dos teclados.
Logo ao segundo tema, em "The Static God", o crowdsurf começou logo em todo o seu esplendor e os seguranças no fosso nunca mais tiveram descanso. Sentiu-se uma grande vibe e que permaneceu até final. "Obrigado Portugal" disse o vocalista em inglês e pelas suas expressões parecia estar a desfrutar. Pude vê-los na zona do backstage e deu para perceber que foram muito bem recebidos por Ponte de Lima.
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Perspetiva do palco e público em Osees | mais fotos clicar aqui A "Tidal Wave" foi dedicada ao Jeremy, o técnico de som, que fazia o seu aniversário. Já em “A Foul Form” uma das baterias desmontou-se obrigando o concerto a ficar em modo de pausa por alguns momentos.
A pujança dos bateristas a tocarem sincronizados e da atitude musculada de John Dwyer são os pontos referenciais para a dinâmica sonora traduzida num hipnótico punk que soa muito mais combativo ao vivo do que na versão de álbum. Essa é a mais-valia dos concertos dos Osees e que leva a que tenham fãs um pouco por todo o mundo.
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Dois bateristas dos Osees alinhados | mais fotos clicar aqui O concerto foi bastante intenso para ambos os lados do fosso, com um ponto curioso de uma invasão de um tipo durante "Withered Hand" que surgiu em palco vindo do nada tendo sido retirado prontamente.
"Não sei porque não voltamos mais vezes a Portugal" lamentava Dwyer. Nós também caro John disso podes ter a certeza. "Animated Violence" e "Intercepted Message" foram duas das últimas tocadas. Esta performance que fica para a história do Festival Ponte d’ Lima e que terminou pelas 1:26h. Soou a pouco porém foi tudo o que poderíamos querer.
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O inevitável crowdsurf em Osees | mais fotos clicar aqui De seguida foi rumar ao Palco II para ver Omar Souleyman pela primeira vez e confesso não ter ficado fascinado. Foram servidos temas de batida eletrónica inspirados nas sonoridades do médio oriente. Omar esteve acompanhado por um DJ e durante perto de uma hora mostraram alguns dos seus temas tais como "Bent Elarab", "Anty Habybh Qlby" ou "Matlub Ziaratan".
Souleyman com o seu inconfundível estilo a bater palminhas e ora estando de um lado do palco ora estando no outro… Já o DJ esteve mais interessado em filmar o público do que outra coisa qualquer…
A voz de Omar fica um bocadinho escondida pelos efeitos, certo é que no "pacote musical" a coisa funciona, isto é, tendo em conta a forma como o público aderiu imediatamente ao apelo do artista.
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Perspetiva do palco durante a atuação de Omar Souleyman | mais fotos clicar aqui Vi um festival bem organizado, com muito potencial num espaço bastante adequado para o efeito. Pontos muito positivos: - uma zona de parqueamento bastante extensa mesmo à porta do recinto. - a vila fica a "dois passos" do recinto. - o acesso a partir da saída da autoestrada dista penas uns 3km, se tanto. - zona de restauração bem simpática e acolhedora. Por outro lado, a parte menos boa. - o nível de público não atingiu, com toda a certeza, a expetativa da organização. Direi infelizmente pois tivemos excelentes concertos e uma vibe muito boa. - os WC têm de ser melhorados e ampliados, se a adesão de público tivesse atingido os números esperados iria ser um problema. Um festival constrói-se com o tempo e perseverança. Provavelmente por anteceder no calendário o SonicBlast e o Vodafone Paredes Paredes de Coura, todos realizam-se em semanas consecutivas, pode ser uma situação um pouco problemática pois os interesses musicais dos fãs cruzam-se. Todos estes festivais navegam em ondas musicais não muito distantes uns dos outros. Em todo o caso, oxalá o Festival Ponte D’Lima tenha vindo para ficar. A próxima edição está garantida, em 2025 acontecerá nos dias 31 de junho, 1 e 2 de agosto.
Reportagem fotográfica completa: Clicar Aqui (por Aitor Amorim)
Reportagem fotográfica completa: Clicar Aqui (por Nuno Coelho)
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Primeira fila a vibrar intensamente com Osees | mais fotos clicar aqui Texto: Edgar Silva Fotografia: - Aitor Amorim @ torstudio (Instagram) - Nuno Coelho @ iam_noizze (Instagram)
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headlinerportugal · 1 month
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Shame foram (naturalmente) desavergonhados e os Chk Chk Chk abriram a pista de dança - Dia 2 do Festival Ponte D'Lima 2024 | Reportagem Completa
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Charlie Steen privilegiou a proximidade com os fãs | mais fotos clicar aqui A primeira noite, bem passada com concertos de nível elevado serviu como aquecimento perfeito para os dias seguintes. O palco principal fez a sua estreia no festival ao segundo dia. A organização, além do passe geral (com acesso à totalidade do evento) alargou a sua oferta com um passe de 2 dias, de acesso às jornadas de sexta-feira e sábado. Deste modo captou uma atenção extra a quem não podia presenciar ao dia igualmente por um valor inferior. Desta forma conseguiu angariar mais algum público para o Festival Ponte D’ Lima.
O talento emergente nacional teve também o seu espaço. Os Marquise atuaram durante a tarde no Palco Náutico mesmo situado à beira rio com uma visão privilegiada para as redondezas. Não estive presente porém transmitiram-me um feedback positivo desta performance. Ainda não foi desta que consegui vê-los ao vivo…
Já os Kamikazes, histórica banda limiana, foram a responsável pela inauguração da programação noturna. As origens deste projeto remontam a 1990 e têm perdurado no tempo como uma espécie de projeto meio underground e provavelmente será por isso que ainda estão a tocar ao vivo em 2024. Acho que eles não levam a mal se disser que são já rockeiros da velha guarda. Deram boa conta de si enquanto estiveram em palco, com a curiosidade de em diversos temas irem rodando de elementos. O público limiano (e não só), sobretudo os limianos pois claro, aplaudiu-os com vigor, fez-se ouvir pedindo mais uma, ao que a banda concedeu. Abandonaram o palco com mensagem final: "não deixem o rock morrer".
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Kamikazes em palco | mais fotos clicar aqui Ainda não tinham acabado os Kamikazes e já alguma gente se perfilava junto ao gradeamento do palco principal numa espera pela banda de Braga. Os Mão Morta foram os responsáveis pela estreia deste cenário em 2024.
Adolfo Luxúria Canibal na voz, Miguel Pedro na bateria, António Rafael nos teclados, Vasco Vaz na guitarra e Rui Leal no baixo são os Mão Morta e nesta atuação em Ponte de Lima celebraram os seus 40 anos com um passeio pela sua discografia. Foi como se tivéssemos a viajar num comboio e a apreciar belas paisagens, houve diferentes enquadramentos sonoros e todos com a sua beleza particular. “Pássaros a voar” e “Em Directo (para A Televisão)” foram os dois primeiros temas interpretados e logo ali ficamos com as sensações certas para a restante atuação.
As canções icónicas foram generosamente escolhidas pelos Mão Morta e logo à terceira fomos brindados com a épica “Budapeste” e tivemos um resto de jornada “Sempre a abrir a noite toda, sempre a rock & rolar”. “Velocidade Escaldante” e “É Um Jogo” marcam igualmente de forma indelével a passagem robusta da banda bracarense pelo seu repertório dos anos 90.
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Adolfo Luxúria Canibal a inconfundível voz dos Mão Morta | mais fotos clicar aqui A frontline sempre vibrante, o restante público de sorriso na cara porém numa atitude mais resguardada. Pelo nível das palmas deu para perceber que estava a ser bastante satisfatório para a generalidade do público presente.
Em "Novelos da paixão" outro dos momentos altos da atuação. Aquele timbre é brutal e inconfundível, Adolfo continua a marcar muitos pontos mesmo em tempo estival e sempre com enorme estilo. A voz ainda em pujança, já do resto do corpo não se pode dizer o mesmo. De vez em quando lá se ia sentando. Os pés e os joelhos já não são como antigamente. A idade não perdoa a ninguém…
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Mão Morta em palco | mais fotos clicar aqui “Deflagram Clarões Luz”, “Vamos Fugir e “Cão da Morte” surgiram numa reta final de apresentação e conferiram o brilho acertado para elevarem uma atuação bastante significativa, com um travo emocionante como só as sonoridades dos Mão Morta conseguem despertar.
Em jeito de encore e como Luxúria frisou “vamos começar o concerto de novo… um micro concerto de uma só música”. Para o final ficou reservado "Anarquista Duval". Só me resta sublinhar que foi um gosto enorme rever os Mão Morta.
No regresso ao Palco II foi o momento para a performance bem animada e divertida como só os Unsafe Space Garden conseguem proporcionar. Desde o “pop bem-humorado” do EP ‘Bubble Burst’ (2018), até ao rock psicadélico hiperbólico e florido do mais recente ‘Where’s The Ground’ (2023) esta formação evoluiu imenso, numa maneira muito positiva. Foi isso que vimos entre as 21:45h e as 22:44h desta última sexta-feira.
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Alexandra e Nuno sempre interventivos | mais fotos clicar aqui A banda foi sofrendo mutações no seu percurso, os membros fundadores Nuno e Alexandra continuam como núcleo, apresentando-se ao vivo, normalmente em sexteto, com o apoio de Filipe Louro (baixo), José Vale (guitarra), João Cardita (bateria) e Diogo Costa (sintetizador e samples).
“Grown-Ups!” e “Em Defesa do Sol” foram duas das músicas interpretadas na fase inicial em que o público menos familiarizado com os USG se apercebeu dos habituais cartazes coloridos com mensagens fofinhas e das pinturas faciais (quase em ritmo de guerreiros) aliadas aos seus outfits espampanantes e que são imagem de marca.
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Aspecto visual sempre predominante nos concertos dos Unsafe Space Garden | mais fotos clicar aqui O power vimaranense subiu até ao Alto Minho em todo o seu esplendor e a realidade é só uma: ou se gosta ou não. Não existe qualquer “middle ground” como quem diz “meio-termo”, recordando os acordes de “Where’s The Ground?”, tema que, por acaso, não foi interpretado nesta noite.
Em “I Am This” a vocalista Alexandra deu um ar de sua graça evocando os Bon Jovi com um curto medley de “Livin' on a Prayer” para de seguida tocarem um tema novíssimo e que na setlist está como “FKNKU”.
“Tremendous Comprehension!” é um dos temas essenciais dos Unsafe Space Garden e felizmente não faltou. União Sempre Grandiosa é o foco destes meninos cujo projeto é originário da belíssima cidade de Guimarães e cujos concertos são sempre uma festa.
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Alexandra e José dos Unsafe Space Garden | mais fotos clicar aqui A bazuca do punk rock chegou com toda a pujança às 22:56h com a entrada dos shame no cenário! Eles eram os mais esperados neste segundo dia, inclusive vi fãs com t-shirts alusivas à banda britânica. Era o sinal definitivo de que iríamos atingir o máximo nível de pessoas durante este concerto. Efetivamente assim aconteceu. Quem visualizou este concerto não saiu de modo algum dececionado. Os shame foram iguais a si mesmos: Charlie Steen, o vocalista foi uma locomotiva a alta velocidade durante toda a atuação. Já o baixista Josh Finerty tão entretido com os seus saltos e cambalhotas mais parecia numa audição para o Cirque du Soleil. Pese embora toda essa descarga de energia mostraram-se sempre comprometidos com o seu desempenho musical. Já os guitarristas Eddie Green e Sean Coyle-Smith mais o baterista Charlie Forbes foram bem comedidos.
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shame num regresso saudado pelo público | mais fotos clicar aqui Charlie Steen fez uso dos seus conhecimentos da nossa língua tendo inclusive dito que “eu sei um pouquinho de português brasileiro" pelo que foi arriscando em dizer algumas palavras e saiu-se realmente bem. Até o agradecimento com um "muito obrigado" foi bem percetível.
Ele que foi tremendamente dinâmico: deambulando pelo cenário, saltando para as colunas que estavam em frente do palco, fazendo crowdsurf, cantando junto dos fãs e até arriscando numa bem-sucedida escalada ao suporte lateral metálico da estrutura. O crowdsurf de Steen surgiu na transição entre “Six Pack” e “Tasteless” na qual disse“vai Portugal vai". Desde o início de “Six Pack” que estava sem camisa e assim ficou até final. Tema este que foi alvo de utilização pelo festival numa campanha de bilhética que permitia descontos ao reunir amigos.
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Charlie Steen poderoso em palco e fora dele | mais fotos clicar aqui Às vezes os shame cantavam a 4 vozes num reforço vocal a Steen dando-lhe um boost bem particular. Toda a banda foi bastante competente.
“Adderall” foi a sexta do alinhamento, uma das canções mais incríveis destes londrinos, interpretada numa fase em que o público já tinha terminado o aquecimento. Realmente aquela franja de público mais chegado ao palco estava em modo “on fire”. Grande atitude deste pessoal a viver em modo punk rock onde um pouco de crowdsurf e muita alegria ajudam a proporcionar belos momentos.
“Born in Luton”, “Screwdriver” e “One Rizla” permitiram à banda continuar o show em nota artística muito elevada.
Charlie Steen teve uma expressão bem curiosa, dita em inglês, que era mesmo “um prazer estar aqui, mesmo verdadeiramente”. Soou bem sincero o que eleva a consideração por esta banda britânica que tem um lote de fãs bem significativo em Portugal.
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Fãs dos shame na primeira fila | mais fotos clicar aqui “Snow Day" e “Gold Hole” foram as duas últimas de um marcante concerto dos shame terminado às 23:54h. Ficará na história do Festival Ponte D'Lima como um dos melhores da edição de 2024.
A banda dos três pontos de exclamação regressou a Portugal depois das duas atuações no ano passado em Lisboa e Porto. Um regresso bastante saudado desta banda.
Muito mérito para a carreira de 25 anos dos !!! (Chk Chk Chk) em especial pela maneira como foi gerida. Irrelevante é um adjetivo que não lhes podemos apontar. Eles foram-se sempre reinventando constantemente entre fusões de estilos e com novas abordagens à sua música. Constroem a sua casa com imensas divisões: do indie onde o funk se mistura com o rock, e este com a eletrónica, o house ou o punk. Levam já 9 álbuns na sua imensa discografia.
Além do extrovertido vocalista Nic Offer, líder do projeto, a banda é também composta por Mario Andreoni (baixo), Daniel Gorman (teclas e voz), Rafael Cohen (guitarra e voz), Meah Pace (vocalista) e Chris Egan (bateria). A entrada em palco foi mesmo à hora certa. Nesta segunda noite os atrasos foram mínimos, tendo tudo fluído perfeitamente bem em termos de horários.
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!!! (Chk Chk Chk) em palco | mais fotos clicar aqui A atuação foi imensamente enérgica e alegre alicerçada pelo “animal de palco” que é Nic Offer com toda a sua irreverência, um vocalista/entertainer que não fica sossegado nem sequer por um segundo. Interage imenso com as pessoas, algo que permitiu entreter bastante todos os presentes, em particular quando passeia pelo meio do público a cantar.
Nic Offer esteve tremendamente comunicativo e o seu público demonstrou reciprocidade com as suas interações. Meah Pace embora não arriscando sair de palco, foi ela também uma preciosa ajuda a Nic. Os outros músicos mostraram a sua competência ajudando a espalhar pelo recinto o ritmo de dança. Foi mesmo impossível não bailar um bocadinho que fosse.
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Meah Pace e Nic Offer sempre estilosos | mais fotos clicar aqui Provavelmente alguns ainda terão memória da atuação dos Kokoko! no festival Vodafone Paredes de Coura em 2019. Na altura vimos um coletivo com 5 elementos, agora a formação encontra-se reduzida a dois elementos: ao vocalista Makara Bianko e ao produtor francês Débruit. Foram estes dois elementos que compareceram no Festival Ponte D’ Lima para o show no palco secundário. Ambos apresentaram-se com vestimentas encarnadas sendo que o francês atuou com a cara parcialmente tapada, só se viam os olhos.
São estes dois artistas os responsáveis pelo álbum ‘Butu’ editado no passado dia 5 de julho de 2024 e que foi apresentado ao vivo nesta última sexta-feira no Alto Minho. Eles que tocaram temas como "Elingi Biso Te", "Salaka Bien" e "Motoki" citando alguns dos mais recentes.
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Duo Kokoko! em palco | mais fotos clicar aqui Já com menos gente relativamente ao concerto anterior, o dos !!! (Chk Chk Chk), ainda assim em número bem razoável para a continuação da festa com ritmos eletrónicos apropriados para aquela fase da noite. Uma mescla de bateria eletrónica, sintetizadores e vozes são os artífices do electro-punk-pop experimental que os Kokoko! produzem.
Uma boa apresentação dos ritmos quentes africanos inspirados na pulsante vida nocturna de Kinshasa na Republica Democrática do Congo de onde é originário este projeto.
Esta segunda jornada de concertos foi sempre bastante intensa e que teve um ponto altíssimo com o concerto dos shame, sem dúvida, o mais destacado, visto e esperado de todo este dia.
As reportagem do primeiro dia está disponível aqui e a última sobre o fechar da festa ficará disponível muito em breve, fiquem atentos!
Reportagem fotográfica completa: Clicar Aqui
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José Vale, guitarrista dos Unsafe Space Garden | mais fotos clicar aqui Texto: Edgar Silva Fotografia: Aitor Amorim @ torstudio (Instagram)
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headlinerportugal · 2 months
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Noite de Exorcismo com Baleia, de mão na mão com Caiano e Wegue Wegue com Pongo - Dia 1 do Festival Ponte D’Lima 2024 | Reportagem Completa
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Pongo com o público em cima do palco | mais fotos clicar aqui De regresso ao Alto Minho está o Festival de Ponte D’Lima depois do brilharete da edição inaugural ocorrida no ano passado e que contou com Quadra, Wolfmother, Linda Martini, Capitão Fausto e The Legendary Tigerman só para citar alguns dos nomes de um belíssimo cartaz. Podem recordar as nossas reportagens acedendo ao link aqui: HeadLiner no Festival Ponte d’ Lima 2023.
A segunda edição aconteceu neste primeiro fim-de-semana de agosto e teve como pesos-pesados os Osees e os Shame. Este ano o cartaz foi mais recheado de nomes internacionais, numa clara aposta em subir de nível, houve ainda !!! (Chk Chk Chk), Kokoko!, The Last Internationale e Omar Souleyman.
A seleção portuguesa recaiu em nomes seguros como, por exemplo, Mão Morta, Glockenwise, Gator, The Alligator e Surma sem esquecer os talentos emergentes Marquise e Youth Yard. Tudo certo, tudo bem visto e bem somado.
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Ambiente descontraído em Conjunto Corona | mais fotos clicar aqui Este ano reservei-o para ir a sítios diferentes e a festivais em que nunca estive. Em mais uma odisseia festivaleira, segui rumo à vila de Ponte de Lima para o primeiro dia do Festival Ponte D'Lima. Este evento no Alto Minho realizou a 2ª edição neste passado fim-demana no seguimento de uma bem-sucedida estreia em 2023.
De Guimarães a Ponte de Lima são quase 70 km, feitos de forma simples e rápida, porém não tão barata. A maneira mais fácil de lá chegar é por via da rede de autoestradas e o valor não é assim tão simbólico quanto isso...
Para quem chega àquela localidade do distrito de Viana do Castelo pela via autoestrada A3 tem logo acesso quase instantâneo ao local do festival: dos pórticos de saída até à Expolima, sede central do evento, distam apenas 2 a 3 km. A outra boa facilidade é o enorme parque de estacionamento disponível. O edifício daquela infraestrutura de exposições não foi utilizado, a zona ocupada são os terrenos livres situados entre o edifício e a zona arborizada perto do Rio Lima.
Nesta primeira noite somente foi o Palco II, o palco secundário com vista para o principal, o escolhido para ter toda atividade. Com início previsto para as 20:45h, os Baleia Baleia Baleia só arrancaram às 20:50h. A dupla irreverente composta por Manuel Molarinho (baixo e voz) e Ricardo Cabral (bateria) não deixa ninguém indiferente, pode-se não gostar da música, porém da pinta de Molarinho é impossível não achar piada. Ele que deixou as bazófias pelo caminho e com a devida ajuda de Ricardo atacaram o punk rock com toda a força.
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Manuel Molarinho e Ricardo Cabral são os Baleia Baleia Baleia | mais fotos clicar aqui Depois de tocarem "Interdependência" e "Venham as Máquinas" surgiu "Quero ser um Ecrã", este último um dos temas mais reconhecidos dos Baleia Baleia Baleia e que marca pontos extra pelas letras divertidas e plenamente atuais. Para eles foi o momento em que passaram ao modo "quero ser um homem em tronco nu" e assim o foi até final da atuação.
O clima esteve bem agradável e até nem esfriou assim muito pese embora estarmos perto do rio, estava ótimo para aproveitar o ar livre. O público foi chegando com o passar dos minutos e esteve em número bem razoável durante toda a noite.
Apesar de Manuel dizer que são "452 concertos com o mesmo alinhamento" a energia não muda e eles divertiram-se em palco e fizeram votos que o público também o tenha feito. Pelas reações deu para ver que muito pessoal assim o fez.
Molarinho apelou para que comprassem merchandising da banda pois precisavam de ajuda para ir ao Brasil, tal foi dito em ritmo sério e ligeiramente de brincadeira. Tal introdução serviu para anunciarem que vão ter uma tournée por aquele país da América do Sul, algo que será possível devido à intervenção de Monch Monch, músico brasileiro radicado em Portugal.
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Manuel Molarinho, a personagem tipo M&M, leia-se, mais divertida, descomprometida e colorida do panorama musical nacional | mais fotos clicar aqui "Politicamente Correto" e "Neura do Impostor" foram outros dois temas interpretados pelos Baleia Baleia Baleia pertencentes ao mais recente álbum 'Suicídio Comercial' editado em 2022 e que foi devidamente apresentado neste concerto.
A pedido do inveterado e divertido vocalista o pessoal chegou-se à frente e na última canção "Exorcismo” o público colaborou cantando "deixa passar" e em simbiose com a dupla celebrou-se o estar vivo e querer aproveitar a vida, tal como Manuel aconselhou.
Antes do segundo concerto da noite com Ana Lua Caiano, no ecrã gigante de palco, passou um vídeo promocional da vila de Ponte de Lima. Bonitas imagens que captariam a atenção de qualquer pessoa, é o sinal que a região está a trabalhar afincadamente e com qualidade na sua auto-promoção.
A jovem referida é uma multi-instrumentista bastante dotada e a mais recente coqueluche da música portuguesa, deu entrada pelas 22:03h, um atraso menor de 15 minutos, o que se revelou nada gravoso.
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Perspetivas e detalhes da cenografia de Ana Lua Caiano | mais fotos clicar aqui As pessoas da plateia revelaram bastante atenção e interesse pela sua atuação em modo One Woman Show. A viagem pelas suas canções nas quais funde música tradicional portuguesa com sons eletrónicos são algo refrescante no panorama musical português. Ana Lua Caiano explorou o seu único LP ‘Vou Ficar Neste Quadrado’ editado este ano. Recuou a maio de 2023 para tocar as canções mais significativas do seu EP ‘Se Dançar é só Depois’ e também a 2022 altura em que lançou o EP “Cheguei Tarde A Ontem” e que contém as primeiras músicas que editou e a deram a conhecer ao público mundial.
Nesta sua primeira vez em Ponte de Lima iniciou o seu concerto com “Que o Sangue Circule” e “Olha Maria”, numa viagem pelas “músicas antigas” como a própria assim o descreve.
Teve uma mini-câmara a filmá-la perto de si e de vez em quando lá ia aparecendo no ecrã gigante atrás de si. Foi bem curioso e a fazer lembrar Noiserv. Além disso também foram projetados vídeos intercalados com imagens ao vivo dessa câmara.
Depois de tocar um dos seus primeiros hits, “Sai da Frente, Vou Passar”, surgiu o primeiro momento mais interativo da atuação. Em "Ando em Círculos" o pessoal fez coros e alguns até andaram em círculos num modo de dança. O público mostrou-se responsivo à segunda atuação da noite.
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Perspetivas de Ana Lua Caiano | mais fotos clicar aqui A artista de 25 anos é também designer, é ela própria que faz a capa dos seus discos bem como do seu merchandising. Ana Lua Caiano iniciou-se em 2021 nas lides musicais na sequência da pandemia da Covid, tempo durante o qual se reconheceu como artista musical.
Um sintetizador, a Loop Station e o bombo são a tríade sagrada de ferramentas aos quais funde a sua voz. Utiliza ainda piano e adufe como instrumentos complementares. Fez uma demonstração e explicou como cria os seus temas que são construídos por várias camadas e que começam normalmente pela Loop Station na qual cria a base rítmica.
Puxou pelo público em "Vou Ficar Neste Quadrado" e este até respondeu, embora de forma tímida. Ela que relevou ser ótimo marcar presença nesta 2ª edição do Festival Ponte D'Lima.
A performance bonita e interativa terminou com “O Bicho Anda Por Aí” e “Mão na Mão” num fecho ao fim de 1 hora de atuação.
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Perspetivas de Ana Lua Caiano | mais fotos clicar aqui Antes da terceira atuação da noite dediquei-me a uma voltinha pela área do festival, deu para perceber que o recinto está bem configurado e é bastante fluido. A zona de restauração está bem conseguida, com boa oferta alimentar e até há espaço que serve de lounge para sentar e descontrair.
Por motivos que não descortinei a atuação de Pongo sofreu um atraso bem significativo relativamente à hora prevista. A artista e a sua entourage só entraram em palco às 23:41h quando o início oficial deveria ter sido às 23:05h. Apesar do atraso o pessoal não desarmou. Posso já adiantar que a espera valeu totalmente a espera.
A angolana de 32 anos, nascida em Luanda, Engracia Domingos da Silva, cujo nome artístico é Pongo, deu um concerto bem intenso e vigoroso. Esta foi a primeira vez que tive a oportunidade de conhecer ao vivo as potencialidades desta artista, finalmente devo escrever.
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Pongo e a sua entourage | mais fotos clicar aqui Com a colaboração da sua banda de 4 elementos: Tatiana (baixo), Léo (bateria), Iuri (percussão) e Lady G (segunda voz e eletrónica) e ainda de 5 dançarinos: 4 raparigas e 1 rapaz. Uma retaguarda que se demonstrou valiosa no apoio de Pongo. Preciosa ajuda até quando Iuri auxilia Pongo com o top que se tinha soltado mesmo no final do 3º tema “Hey Linda”.
Logo no final do primeiro tema “Katana” percebeu-se que a angolana iria puxar sempre pelo público. A resposta foi extremamente positiva e viu-se pessoas a darem vida aos seus corpos, a dançarem ao ritmo do kuduro e a fazerem coros de “é golo” como aconteceu em “Goolo”.
A artista anteriormente conhecida como Pongolove, relativo ao tempo com os Buraka Som Sistema, foi pedindo colaboração ao público que aderiu com efusividade. Até quando questiona o pessoal sobre "O que você entende sobre o amor" . Maria, que estava na primeira linha do público, respondeu ao repto antes de "Doudou". “You know I wanna be your baby” eram as palavras que se soltavam em "Doudou" num claro exemplo de boa parte das letras serem sobre amores e desamores.
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Pongo e a constante interação com o público | mais fotos clicar aqui “Kuzola”, um dos mais recentes hits editado no álbum ‘Sakidila’ de 2022 não faltou no alinhamento bem como “Wegue Wegue”, facilmente a música mais reconhecida por todos e que teve direito a 4 fãs em cima do palco. Tema que tem nova versão a partir do original lançado em 2008 com os Buraka Som Sistema.
Em “Uwa” tivemos o momento mágico da performance, Pongo e elementos da banda desceram até à plateia, que abriu uma roda e todos juntos fizeram uma incrível e emocionante festa.
Ela que fez questão de apresentar todo o seu staff antes do remate final com a sua coreografia ao jeito de pontapé de kickboxing. Pongo foi a estrela da galáxia kuduro na noite limiana e brilhou intensamente.
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Pongo de visual bastante vistoso | mais fotos clicar aqui Já não consegui ver a performance dos Conjunto Corona, bem que pretendia assistir parcialmente à sua festa. Infelizmente e por motivos profissionais tive de fazer o meu regresso a Guimarães já que a sexta-feira não foi dia de férias.
Estou certo que a dupla Logos (Edgar Correia) e dB (David Bruno) com o mítico Homem do Robe não terão ficado “Perdidos na Variante” e que mostraram o seu repertório ao ritmo do “Ora Ring Ding Dong” numa festa que terá, com toda a certeza, terminado com “Hidromel”. Já sabemos que Conjunto Corona proporcionam a melhor jarda do panorama musical nacional.
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dB, Logos e Homem do Robe a comandarem a festa | mais fotos clicar aqui A noite finalizou com DJ Set por Matko Destrokanov, algo que também já não pude assistir.
Foi bastante agradável a primeira noite de concertos nesta passada quinta-feira, 1 de agosto. Embora não oficialmente tendo sido warm-up, soube um pouco a isso devido a terem sido menos concertos e só terem utilizado palco secundário. Tive pena em não poder ficar para mais tarde, pois desejava ter visto um pouco de Conjunto Corona, mais não fosse para vivenciar a festa. Irreversivelmente terá de ficar para uma próxima oportunidade. As reportagens dos outros dois dias ficarão disponíveis muito em breve, fiquem atentos!
Reportagem fotográfica completa: Clicar Aqui
Texto: Edgar Silva Fotografia: Aitor Amorim @ torstudio (Instagram)
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O último dia vestiu-se de preto - Dia 3 do Festival Ponte d’ Lima 2023 | Reportagem
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Andrew Stockdale, uma figura impar do rock mundial | mais fotos clicar aqui Este último dia da I edição do Festival Ponte d’Lima, arrancou com os ponteiros dos termómetros a marcar máximas de 33°C graus e com uma onda quente de gente vestida de preto. 
Jepards abriram o palco 2, às 19h00, com “Naughty Behaviors” do seu último álbum ‘A Study on the Behaviors of the Inebriated’ editado em 2022. O quarteto anunciou, através das suas músicas, que apesar da atitude punk que ainda permanece, o seu som está mais crescido e soube amadurecer. 
Com as guitarras a gritar em sintonia, o baixo a segurar de uma forma criativa e a percussão de ritmo que não se deixa intimidar, Carlos, Dany, Pedro e Zé Pedro, abriram o dia para o punk rock. 
Mostraram com orgulho vários temas do seu último álbum mas também partilharam o seu mais recente single  “Cautionary Tales” passando igualmente por temas mais antigos do seu primeiro EP ‘Okay, Alright!’ de 2018.
Quase a terminar o concerto, recordaram o início da sua história com “Let 's Call It a Night”, do primeiro EP, fechando com “Beastie Boyz” single editado em 2022. 
Segue-se num ápice e, sem demora, o som que se ouve do palco 2, “Semente” a fazer apressar o passo para se ouvir Cassete Pirata, que logo enche o recinto. 
Um palco repleto de talentos nacionais, António Quintino no baixo, Joana Espadinha nos teclados e voz, João Pinheiro (SAL) na bateria, João Gil nos teclados e voz (o baixista dos SAL que aqui substituiu Margarida Campelo) e João Firmino na voz e guitarra.  
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Cassete Pirata em palco | mais fotos clicar aqui A voz melíflua de João Firmino em “Pó no Pé”, do primeiro EP da banda de 2017,   derrete-nos e deixa-nos verter amor num pôr-do-sol perfeito com o público a acompanhar o refrão, “Sabe muito melhor quando vocês cantam connosco desde o início até ao fim!” confessa o vocalista da banda. 
E porque qualidade é o que mais tem este quinteto, faz-se a devida troca de guitarra pois,  “apesar de ser um homem de um amor só” diz João Firmino trocando olhares com Joana Espadinha, que de uma forma tão brilhante responde à altura nos teclados e voz, o público merece ouvir “Ferro e Brasa”, do álbum ‘A Montra’ editado em 2019, com a maior mestria possível. 
Um verdadeiro momento onde a realidade superou as expectativas, com um público rendido ao som reconfortante dos Cassete Pirata e a entoar na perfeição os refrões dos temas que aqui foram tocados onde nem mesmo os mais recentes, como é o caso de “Tanta Vida pra Viver” single lançado este ano, precisou de ensaio. 
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Pir, o vocalista dos Cassete Pirata | mais fotos clicar aqui “Este sítio parece que foi mesmo feito para um festival” confessou João Firmino que falando também dos tempos esquisitos da pandemia, apresentou a música que surgiu para celebrar o fim deste período estranho “Só Mais uma Hora”, do álbum ‘Semente’ de 2021, e mais uma vez, o público mostrou a sua adoração pela banda entoando o refrão na perfeição “Vocês são lindos pessoal, vá muito obrigada!” 
Se gostamos de Cassete Pirata em disco então ao vivo ficamos a adorar, e é assim que se vê quanto são gigantes. 
Sem norte e a não querer ver o final, ficamos e porque o tempo foi curto para tudo, deixaram-nos com “Ser Diferente”, single de 2022,  aquecendo o público para as outras bandas que aí vinham…
Ouve-se, do palco 1, cantar, “Eu nem vi”, do último álbum ‘ERRÔR’ editado em 2022, e num cenário a preto e branco vão surgindo, na penumbra, os Linda Martini. Do palco, solta-se um grito e… André Henriques chama e o público segue. 
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Hélio Morais, um dos melhores baterista nacionais | mais fotos clicar aqui Celebram-se vinte anos do rock de Linda Martini e nós, podemos aqui, desfrutar dessa viagem de duas décadas hipnotizantes. 
Um público totalmente siderado pelo som caótico melancólico que se ouve do palco, responde com corpos atentos e introspectivos, enquanto tocam o êxito “Boca de Sal”, single de 2018 e afirmam “Somos sempre muito bem recebidos quando cá estamos”.
O frenesim harmonioso que ouvimos de todos os instrumentos mostram que, pelo menos em palco, André Henriques na guitarra e voz, Cláudia Guerreiro no baixo e voz,  Hélio Morais na bateria e voz e Rui Carvalho (Filho da Mãe) na guitarra, estão totalmente de acordo e sintonia.  
O rasgo metálico entra-nos até na alma e depois quase que somos pendurados na incógnita entre intervalos melancólicos e hipnotizantes e entra “Amor Combate” do primeiro EP da banda, relembrando o quanto são bons desde o início. 
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André Henriques e aquela vibração única | mais fotos clicar aqui “É sempre bonito ver o início de 20 anos…As palmas não são para nós são para toda a gente que está aqui” afirma o vocalista. 
O grito de “Taxonomia”, single de 2021,  fez o chão vibrar que, entre paragens, fez a plateia entrar em transe. 
“É um privilégio podermos tocar aqui todos juntos, partilhar o palco é partilhar a vida também” confessa Hélio Morais, e porque conciliar egos é sempre um jogo difícil, tocam “Se me agiganto”, do álbum ‘Linda Martini’ editado em 2018, num momento intimista de partilha de emoções e reflexões. 
A guitarra de Rui Carvalho fala, geme e grita tal como a voz de André Henriques em “O Amor É Não Haver Polícia”, do álbum ‘Olhos de Mongol’ de 2006, e anunciando o desfecho fizeram quase o palco cair ao tocar em “Cem Metros Sereia” de ‘Casa Ocupada’ de 2010, com o público a entoar o refrão, mãos e copos no ar. 
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Cláudia Guerreiro e André Henriques sempre com aquela dedicação infindável | mais fotos clicar aqui Assim, saem do palco e o público entoa “só mais uma” e….voltam,  com Cláudia Guerreiro a agradecer dizendo que tinham mais uma para nós e o público vibrou com palmas e braços no ar e  “Dá-me a Tua Melhor Faca” fez-nos sentir o toque metálico dos instrumentos roçarem-nos a pele e arrepiar-nos…assim terminou. 
Rapidamente, do palco 2, já se ouve o som da festa, e sem hesitações testemunhamos a grande entrada de António Bandeiras, o furacão sensual que anuncia a chegada de David Bruno e com a sua dança, prepara o público, qual festa popular recheada de carrinhos de choque, à espera da grande atração. Entram em palco com grande estilo, David Bruno, Marco Duarte (Marquito na guitarra) e Mohammed da Costa (teclado) e começam logo a brilhar com “Praliné”.
No final da primeira música,  David Bruno inicia o diálogo gritando “Gondomar, Gondomar” qual comício hilariante e trocando o nome da cidade para “Ponte de Lima, Ponte de Lima!” aproveita para fazer uma rápida sondagem ao público para perceber quantos dos presentes seriam da cidade que os acolhe…ou de Barcelos…ou de Viana (recorde-se que mais de 60% do público veio de fora de Ponte de Lima) rapidamente conclui que “são de todos os lados mas podiam estar em muitos sítios, podiam estar em casa a ver o Papa, e só por causa disso vocês são demasiados gentis!”. 
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David Bruno e Marquito dão um show bem animado | mais fotos clicar aqui E…passa-se a publicidade em “Mesa para dois no Carpa“ e entre coreografias sensuais, rosas vermelhas de plástico, projeções de vídeos de Valentim Loureiro e a cidade de Gondomar, Mac Drivers, roulottes, pombas brancas, cavalos e títulos animados género word paint cria-se uma lenda em Ponte de Lima. 
Com o público já há muito a vibrar, com direito a t-shirts dedicadas ao artista, tocam “Lamborghini na Rouloutte” com David Bruno a anunciar “Nem que me paguem 1 milhão de euros! Eu não gravo esta música, é um presente para as pessoas que vêm ver os concertos!”.
Com a “caminha já feita” entra o ilustre convidado Marlon Brandão, vestido à grande galã de cinema, para cantar“Tema de Guedes” e de luz vermelho sangue no palco, prepara-se o cenário para que se ouça a banda sonora da mais famosa áudio novela do momento “Sangue & Mármore”, álbum editado em 2022.
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David Bruno e António Bandeiras junto do público | mais fotos clicar aqui Só quem conhece todos os costumes do nosso Portugal profundo consegue verdadeiramente identificar-se e sentir cada tema como se fosse nosso, se conseguíssemos conjugar tão brilhantemente as palavras certas e tão bem ordenadas com as batidas e sons tão bem conseguidos.  “Palmas ao outlet de Tui, esta música é dedicada a quem vai a Espanha” e tocam “Salamanca by Naite” onde Marco Duarte, na guitarra, arrasa e mostra o “porquê de ser o rei do tinder” enquanto David Bruno partilha o microfone com o público, qual garrafa que roda. 
Segue-se com “Bebe & Dorme” do álbum ‘Miramar Confidencial’ de 2019, que marca o momento mais sensualmente arriscado do concerto, onde António Bandeiras, qual boneco articulado sem vertigens, sobe até ao topo do palco, gritando de lá “Bebe e dorme!” e a plateia agarra os cabelos, deixa o queixo cair e suspira num autêntico momento de histerismo total. 
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David Bruno e Marquito com um jovem fã | mais fotos clicar aqui Acalmam-se os ânimos assim que António Bandeiras desce ao palco são e salvo, David Bruno aconselha “Não vendam coisas roubadas, ok?” e inicia-se  “Interveniente Acidental”. Aqui, dá-se o grande momento que Tiago, um pequeno grande fã entre o público, estava ansiosamente à espera e por sorte, foi escolhido para partilhá-lo com David Bruno, que quando o chamou ao palco ainda nem imaginava que, coincidentemente, o pequeno cantor é de Miramar. Tiago brilha em palco, ao cantar na perfeição a letra da tão emblemática história de quem que foi chamado a tribunal por ser interveniente acidental e, no final, o público grita “Tiago, Tiago, Tiago”, reconhecendo o pequeno rei entre eles. 
Já um pouco pressionados pelos quinze minutos que restavam, tocam “Inatel” e o público responde com cartazes no ar, telemóveis a gravar e todo o recinto ao rubro que canta, salta e brinca com Bandeiras no mosh!
Apesar do tempo ser curto, ainda há tempo, para um concurso ao vivo de flexões no palco,  e de camisolas caveadas e colares dourados, óculos de sol do outlet dança-se sensualmente ouvindo-se “Festa da Espuma” do álbum ‘Raiashopping’ de 2020. 
“Obrigado Ponte de Lima! Aplausos para este festival! É melhor que o Marés Vivas em Gaia e eu sou de Gaia!” despede-se assim David Bruno. 
Bandeiras volta para distribuir rosas e assim termina a festa. 
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O australiano Andrew Stockdale a rockar em Ponte de Lima | mais fotos clicar aqui Os muito aguardados Wolfmother, cabeças de cartaz do festival, romperam a noite com a intensidade dos agudos da voz e guitarra de Andrew Stockdale. Com uma energia eletrizante, digna do espírito de épocas passadas onde se vibrava com bandas como os Black Sabbath e os Led Zeppelin, Wolfmother iniciaram o espectáculo mais cedo que o previsto e tocaram menos do que estava programado. 
Numa tournée que passará por sete países, Andrew Stockdale, confessa-nos, que na noite anterior, tinham tocado até às duas da manhã e voaram diretos para Portugal, e muitos foram os que lhes disseram que não iam conseguir mas, o músico, em tom irónico, anuncia “lamento desapontá-los!” 
Dos êxitos do seu último álbum ‘Rock Out’, editado em 2021, o trio tocou também alguns temas mais antigos, iniciando o espectáculo com “Dimension”, do álbum de estreia da banda, editado em 2005 mas também percorrendo ao longo do concerto êxitos como “Woman” e “Apple Tree” igualmente desse álbum.  
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Wolfmother a deliciar os seus fãs lusitanos | mais fotos clicar aqui A melodia da guitarra conjuga-se na perfeição com a voz de Andrew Stockdale,e o baixode Paul Dokman consolida toda esta vibraçãosem travar o ritmo alucinante da bateria de Jesper Albers quesegura o público e o faz vibrar com um solo arrebatador em “Colossal”, igualmente do álbum de estreia. 
Não se sabe se pelo fuso horário ou pelo cansaço, Andrew Stockdale agradeceu durante todo o concerto na língua de nuestros hermanos mas o público não se importou e tanto é que a vibração contagiou tudo e todos em “New Moon Rising” do álbum ‘Cosmic Egg’ de 2009 onde a plateia entoou na perfeição todo o refrão e com palmas no ar, dão o ritmo inicial a “Gipsy Caravan” de ‘Victorious’ editado em 2016.
Terminaram, como iniciaram, relembrando o álbum de estreia com o tema “Joker And The Thief”.
Moulinex (Luís Clara Gomes) fez-se acompanhar por GPU Panic (Guilherme Tomé Ribeiro) e Diogo Sousa na percussão para que juntos tocassem ‘Requiem for Empathy’  álbum editado em 2021 e não só…
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Moullinex o alter-ego de Luís Clara Gomes | mais fotos clicar aqui Com “Running in the Dark” a abrir a pista de dança, o trio minimalista que  veste branco metálico, fez-nos sonhar e relaxar, e de olhos postos na lua, que se escondia por de trás das árvores das margens do rio Lima, ficamos leves e dançamos.
Entre jogos e brincadeiras sérias no sintetizador, Moullinex guia o ritmo para fazer crescer a bateria, GPU Panic pede palmas e saltos, e o público responde fechando os olhos e deixando-se levar, entre os sons eletrónicos e as vozes de Luís Clara e Tomé Ribeiro, não se deixou a empatia desvanecer. 
“Fomos recebidos como se estivéssemos em casa, é incrível como o norte sabe receber tão bem!” confessa Moullinex reconhecendo algumas caras entre o público de outros espectáculos dados aqui no norte. 
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Moullinex Live em versão trio | mais fotos clicar aqui De “Minina do Céu” (com Sara Tavares na voz projetada) a “VEN” todos sentimos o calor reconfortante das suas batidas até quase arder em “See me Burning”, este último do álbum ‘Moullinex /\ GPU Panic’ editado este ano.
Despediram-se, iluminando-nos com “Luz” do último álbum e com boas energias terminaram o último espectáculo, no palco 1, desta primeira edição. 
Logo de seguida, sem pausa, começaram os Gin Party Soundsystem. 
Acordamos para o fim do século XX, e entre gins e uma multidão em palco, recordam-se tempos onde as pistas de dança eram autênticas comédias e exibição de passos de dança caricatos. 
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Público júnior fã do gaiense David Bruno | mais fotos clicar aqui Dos Vengaboys aos 20 Fingers passando pelos Gala e mais uns tantos que fizeram da Eurodance um sucesso de abrir pistas, os Gin Party Soundsystem puderam ainda, em tom mais sério, agradecer aos bombeiros que ali perto combateram um incêndio, que da montanha se fez avistar do recinto e que, felizmente foi rapidamente controlado. 
E com sons saudosistas nos despedimos da I edição do Festival Ponte d´Lima que já deixa também saudade. Aqui, todas e todos nos sentimos em casa e com tão boa receção fizeram-nos sentir verdadeiras estrelas do rock.
Para o ano há mais e as datas já estão marcadas: 1, 2 e 3 de agosto prometem com nomes já confirmados - Mão Morta, Surma, Unsafe Space Garden e Kamikazes. 
Até para o ano!
Foto-reportagem completa deste dia: Clicar Aqui
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Público júnior fã do gaiense David Bruno | mais fotos clicar aqui
Texto: Catarina Rocha Fotografia: Tiago Paiva
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Queria resumir este dia num só título 'porém não posso' - Dia 2 do Festival Ponte d' Lima 2023 | Reportagem
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A efervescência do costume de Paulo Furtado | mais fotos clicar aqui Com um final de tarde convidativo, assim começou o segundo dia do festival (4 de agosto de 2023) com CAIO a dar-nos a mão e embalar-nos por entre sonhos e travessias. 
CAIO, nome artístico de João Santos (voz, teclado e guitarra)  que se fez acompanhar e, muito bem, por Bernardo Manteigas no baixo, Hugo Luzio na bateria e Henrique Guerreiro na guitarra e sintetizador, iniciou o concerto com “Temporal” do último álbum ‘Travessia’, editado em 2022. 
O quarteto rapidamente fez do recinto um lugar de paz e amor ao pôr-do-sol, com “Sonhos” a fazer bater mais forte os corações desalinhados e em “Faltamos às Eleições” a convencer-nos a fugir para outro planeta onde CAIO é o único habitante. Apesar de alguns problemas técnicos, com direito a paragem para um cigarro, CAIO aqueceu e acalmou o público que não se demoveu.
Rapidamente nos entregamos de novo ao abraço de suas músicas, terminando com “Amanhã” e… Enquanto João Santos canta “Eu só quero dançar” só posso dizer “e nós também, embalados por ti”. 
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João Santos como CAIO em formato banda | mais fotos clicar aqui Assim terminou o primeiro concerto deste segundo dia.  
Do palco, em voz off, ouve-se anunciar o início do espectáculo, qual show de dancetaria clássica, fazendo as devidas apresentações enquanto os músicos deste tributo entram em palco. José Pinhal Post-Mortem Experience, vestidos a preceito como já nos habituaram, começaram o concerto com o clássico “Ciganos”.
Num cenário perfeito de um romântico sofredor, preparam-se os lenços, limpam-se as bolas de cristal, suspira-se e agitam-se os braços no ar e toca a todos e a todas a canção “Perdoa-me”, onde a plateia mais rendida ao sentimento, bate forte no peito e entoa o refrão. 
“Boa noite, é um prazer estar aqui convosco” diz-nos Bruno de Seda, que de forma tão única dá voz às canções de José Pinhal, e “Baby Meu Amorzinho” marca o início do bailarico, onde se agitam ancas cheias de estilo, e dos anos 80 diretamente para uma geração que provavelmente nasceu depois disso, as canções das festas populares dos tempos das suíças e camisas de gola bem vincada, ganham corpo e alma, nestes dias que as ressuscitam e as tornam num fenómeno de revivalismo romântico. 
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Bruno de Seda em homenagem incrível a José Pinhal | mais fotos clicar aqui Em “Tinhas Que Ser Tu” o saxofone de David Machado, arrebata qualquer um e como disse o brilhante vocalista, “vale por uma orquestra inteira” e após este momento de surripiar gritos de sofrimento, Bruno de Seda tira o casaco dizendo “Eu queria manter o casaco porém, não posso!” e soltam-se gritos da plateia, a euforia instala-se quando a canção se inicia e entre mãos no ar, cabelos ao vento, mosh e até circle pit e tudo a que têm direito, o público grita e canta sem falhas nem desafinos. 
É contagiante a loucura de quem é verdadeiramente fã e homenageando José Pinhal no seu mais sincero agradecimento, grita-se no recinto do festival “José Pinhal imortal, José Pinhal imortal!” e pede-se uma salva de palmas para o grande artista, falecido há já trinta anos.
Bruno de Seda foi perfeito nas apresentações e conseguiu sempre encaixar, com trocadilhos, a música que se seguia com tudo o que estava a acontecer, frases como “Afinal não há aqui ninguém Covarde, muito bem! E, de facto, “Eu Não O Posso Negar”, deram mote a grandes momentos deste concerto.
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A figura eterna de José Pinhal na bateria de Zé Pedro | mais fotos clicar aqui Do português ao espanhol, percorreram três volumes de bonitas canções que fizeram vibrar o público e os seus mais fiéis fãs, que vestiram t-shirts com a foto de José Pinhal estampada ou usaram bonés com “Porém Não Posso” escrito. “O tempo passa rápido com um grupo tão agradável como vocês” e ouvem-se novamente os gritos “José Pinhal imortal!” e dedicam a todos os presentes e não só “ Tu És A Que Eu Quero (Tu Não Prendas O Cabelo)” e Bruno De Seda diz “agora sozinhos comigo” e o público responde, a cantar e encantar, num momento único que só as lendas o conseguem fazer. E porque “A Vida Dura Muito Pouco” cantou-se e dançou-se como se não houvesse amanhã e mesmo com, mais uma vez, uma falha de luz, o público iluminou o momento entoando num coro perfeito o refrão de “Tu És A Que Eu Quero”, parecendo não querer ver o fim deste renascimento nostálgico. 
Volvida a luz, prossegue o espectáculo fazendo-se as devidas apresentações dos músicos - Zé Pedro na bateria, Tito Santos no teclado, Nuno Oliveira na percussão, João Sarnadas na guitarra, José Cordeiro no baixo e David Machado no saxofone - estes são os José Pinhal Post-Mortem Experience e são sucesso garantido em qualquer palco que pisam. Terminaram com “Volveré” deixando essa mesma vontade de voltar e, nós, aqui ficamos a aguardar. 
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José Pinhal Post-Mortem Experience em grande estilo | mais fotos clicar aqui Há já algumas horas, aguardavam também, os fãs na primeira fila, o tão esperado concerto e eis que surgem, exatamente à hora marcada (21h50), num gigante jogo de sombras, os grandes que compõem The Legendary Tigerman. A abrir o concerto, preparando o cenário ideal, tocam “New Love” o mais recente single de Paulo “Tigerman” Furtado e de seguida, bem fluído, entra “The Saddest Girl On Earth”, do álbum ‘Misfit’ editado em 2017,  que entre o poder do saxofone de João Cabrita e a mestria dos riffs da guitarra de Paulo Furtado, sussurram-nos uma história cinematográfica que nos seduz e nos remete para os desertos e estradas californianas. 
O rock cheio de sexiness, que aqui nos delicia, passa por temas como “Good Girl” e “Naked Blues”, este último composto na garagem de Filipe Rocha (baixo e teclado) “corria o ano de 1999” e que dá nome ao álbum, editado em 2022 e “Walkin’ Downtown”, do álbum “Masquerade”, editado em 2006. 
De seguida, “o homem tigre” apresenta-nos “Uma música que fala de um homem apaixonado por uma mulher demasiado depressa com demasiada força “e tocam “& Then Came The Pain”, do álbum ‘Femina’ de 2009 e Paulo Furtado grita até ficar sem, e tirar, fôlego. 
Os solos vibrantes do saxofone de João Cabrita, levam-nos para um mundo só nosso, onde estamos à vontade para tirar a roupa e relaxar, ouvindo os sussurros de Paulo Furtado a enaltecer o mundo da energia feminina e a bateria, de Mike Ghost (substituiu Katari que já não faz parte da banda), a marcar o ritmo que tanto se quer fluido e bem espaçado como se quer vibrante e veloz, sobre a batida quente e reconfortante do baixo de Filipe Rocha. 
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The Legendary Tigerman de garras afiadas junto ao público | mais fotos clicar aqui Do universo do rock ‘n’ roll, o público passa rapidamente para o punk rock, onde Paulo Furtado com um grito a plenos pulmões anuncia “Quem é que conhece The Bellrays? Punk forever!” e “The Saddest Thing To Say” com Lisa Kekaula, não ao vivo mas a cores com voz em vídeo, faz um momento de arrepiar.
Do grito “Rock” num sopro só e demorado, à homenagem aos “Suicide” em “Ghost Rider”, com os seus sons psicadélicos a deixar-nos levar, e o grito “Rock ‘n’ roll” repetido entre Tigerman e o público, em “21st Century Rock ‘n’ Roll” levam Paulo Furtado a descer do palco, procurar as vozes e partilhar o microfone…quando de repente, o mosh com o público! Ao voltar, o homem tigre, atira a sua Gibson e salta para cima da bateria, impondo o caos em cima do palco. Isto sim é rock ‘n’ roll e ele é o rei! 
“Façam muito amor hoje, por favor! E batam nas pessoas que são más! Evitem, e só o façam se elas forem mesmo muito más! Protejam os vossos amigos de pessoas más!”  e assim termina o lendário nome do rock ‘n’ roll. 
Com os rockeiros a ter o merecido descanso na colina de relvado do recinto da Expolima,  ‘“En tus sueños”’, o nome do novo álbum do músico, editado este ano, avista-se do palco e ARON inicia o concerto com a música “Sigo”, single editado em 2020, e que o lançou no mundo da música, e levantando o copo de vinho tinto, brinda a Portugal e ao público ali presente e agradece o convite para um festival tão marcadamente português e com tantas bandas de rock. 
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A representação internacional a cargo de ARON | mais fotos clicar aqui Arón Julio Manuel Piper Barbero tornou-se conhecido por interpretar Jon no filme “15 años y un día” e Ander na série Original da Netflix “Élite”, segue o concerto preparando a plateia para dançar um pouco ao som de êxitos como “Big Drip” single editado em 2022 e “Stars” do EP ‘“Nieve”’ de 2021. Foi evidente a entrega e concentração do público e Arón Piper não pode deixar de o mencionar dizendo “Vejo muitos poucos telemóveis e isso alegra-me bastante, é sinal que me estão a ouvir!”
“Esta canção é para todas as solitárias e todos os solitários” e toca “Me Reces”, single editado em 2021 um momento de introspecção com o público bem atento em total conexão com ARON que finaliza “De todo o coração, viva Portugal!” 
Em “Rip”, single de 2021, o músico contou com a presença do convidado Omizs vindo diretamente de França, e aqui o espectáculo passa do cenário reflexivo das canções tristes para o instante de dança, continuando em “Cadillac” onde Omizs se despede dizendo “From Paris, we love you!”
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Omizs & Arón, a dupla em palco | mais fotos clicar aqui Entre brindes e mais agradecimentos, ARON foi conduzindo o público num momento de deleite, terminando o concerto com o êxito “Nieve”. 
Entram a abrir com “Tá Queimar”, último lançamento de Throes + The Shine, que logo encheu o recinto com o público a correr, atraído pelo som da festa. Aos mais céticos, estava aberta a incerteza de como manter este nível de energia durante os próximos minutos, mas rapidamente todas essas dúvidas se dissiparam, com M.ø.B dono de uma energia inesgotável, a anunciar “Estamos aqui com uma única missão: pôr o povo a suar de tanto dançar!”
Um mar de gente a saltar, braços no ar de um lado para outro numa velocidade frenética, porque assim dita o som do trio - M.ø.B na voz, Igor Domingues na bateria e Marco Castro no teclado - marcado pelo frenesim da junção do kuduro, da música eletrónica e da fúria do rock. 
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Trio Throes & The Shine sempre com aquele brilho | mais fotos clicar aqui Pela primeira vez em Ponte de Lima, o trio que junta Portugal e Angola, não se poupou de desembaraços e rapidamente fez das terras do Vale do Lima, sua casa. 
Músicas como “Guerreros”, do álbum ‘Wanga’ de 2016 e “Dombolo” do álbum ‘Mambos de Outros Tipos’ de 2014 fizeram “o povo” efetivamente suar com Mob a não tocar sequer no chão, tanto eram as molas dos seus pés. 
Incendiaram todo o festival e ninguém ficou parado, entre o desce e sobe a saltar, aos gritos e mãos no ar, os Throes + The Shine fizeram do recinto sua casa e arrumaram-na como bem quiseram. Gritando “Esta casa é nossa!” Mob pede para que se abra um corredor entre a plateia e esta responde prontamente e, com uma rapidez digna de um verdadeiro furacão, Mob percorre o corredor aberto até à régie, fazendo aí todo um tipo de performance artística no meio do público sem que as alas que fez abrir, se fechassem. 
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Mob Dedaldino e o seu poderio infindável | mais fotos clicar aqui Valeu tudo neste concerto, menos ficar parado, e entre felicidade, histeria, suor, festejos e confettis fizeram o chão tremer. O trio explosivo é incansável e quer ver toda a gente ao rubro, dando os parabéns à organização do festival, despedem-se e, entre braços que se movem freneticamente no ar a pedir mais festa, Mob responde: “Sobe, sobe, sobe, vem rápido!”, o público ouviu, subiu e o palco encheu porque quem é da festa quer toda a gente na festa! “Obrigado foi do caralho!” e assim se despediram anunciando o lançamento do novo disco para breve. Fiquem atentos!
Com estilo e ternura, assim se iniciou mais um concerto desta segunda noite já bem composta, e com apenas o toque da bateria e guitarra entram em palco “Boa noite, está tudo bem? Nós somos os Capitão Fausto, muito obrigada por estarem aqui!” 
Sobre eles, Tomás Wallenstein (voz e guitarra), Domingos Coimbra (baixo), Francisco Ferreira (sintetizadores), Manuel Palha (guitarra e teclado) e Salvador Seabra (bateria), diz-se que são a voz de uma geração e aqui, em Ponte de Lima, ouviram-se os lamentos e indecisões de todas as gerações juntas e sincronizadas com as melodias tão próprias da banda. 
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Capitão Fausto de regresso ao Alto Minho | mais fotos clicar aqui Iniciaram o concerto com “Morro na Praia” do álbum ‘Capitão Fausto Têm Os Dias Contados’ editado em 2016 e logo nos deixamos levar pela singular empatia de quem canta e conta histórias que nos são tão familiares.
A banda que frequentemente grava no Minho disse “Estávamos cheios de saudades de tocar no norte e quanto mais em cima mais em casa” agradecendo o convite para estar “a 20 minutos” onde gravaram alguns dos seus álbuns. E de álbuns estão os Capitão Fausto bem servidos e mostraram-no neste concerto, onde visitaram temas dos seus quatro, desde o ‘Gazela’, o primeiro de 2011, ao último ‘A Invenção Do Dia Claro’, editado em 2021.
Da teimosia de “Maneiras Más”, do álbum ‘Pesar O Sol de 2014, sentimos num ápice a rebeldia das palavras passar para um outro mundo e o solo do teclado de Francisco Ferreira conta histórias e brilha,  fazendo-nos entrar em êxtase e levitar… De  seguida, baixam-se as luzes, o ambiente no palco muda, tons de vermelho intimista com pequenas luzes amarelas lá trás invadem o ambiente, e surge “Pesar o Sol”, um momento instrumental penetrante dos sons mais puros dos Capitão Fausto onde nos faz viajar com o solo da guitarra de Tomás Wallenstein, numa pureza do rock introspectivo, que passa num tom gemido,  para a guitarra de Manuel Palha, que embala a mesma voz e faz a guitarra gritar. “Peço uma salva de palmas para Manuel Palha, o nosso guitarrista e também para a organização deste festival!” diz Wallenstein.
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Tomás Wallenstein sempre comunicativo e empenhado | mais fotos clicar aqui Numa despedida difícil, pelo menos para o público que não queria ver o fim desta relação, e onde os sons nostálgicos embalaram os irremediáveis românticos e os deixaram a suspirar, “Os Fausto” souberam guiar este fim de viagem e com um tom de festa e celebração lá foram conduzindo o público para um final feliz e terminaram com “Boa Memória” para que não restassem dúvidas que eles estiveram aqui para nos fazerem ver da mesma forma, o início e o fim. 
Num universo de bonecas histéricas que brincam com a própria ironia, os israelitas BĘÃTFÓØT  trouxeram-nos uma performance cheia de recados e mensagens sobre a loucura instalada. Adi Bronicki fez de uma mesa, o seu palco, por estar impedida de dançar por conta de um tornozelo partido, e enquanto esperneava soltava mensagens de loucura orquestradas por Udi Naor (Co-fundador dos Red Axes) que a foi espicaçando. A dupla soltou o pânico no recinto e fez-nos soltar os coletes de força e ouvir os ecos de loucura sem medos.
Ironicamente, Adi Bronicki anuncia “You got to love a foot if you have beat” e sem poder pousar o pé, faz a festa deitada, anunciando “We are from Tel Aviv and we have a thing to say about it: Tel Aviv is death!!” 
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Udi Naor dos BĘÃTFÓØT | mais fotos clicar aqui Sem muitos elogios à própria cidade, a dupla não se conteve na exaltação à cidade de Braga, onde estiveram recentemente em outubro, podendo até compor lá alguns dos temas que aqui foram apresentados, como por exemplo, “BLÓODFLØW” e “KIŃG~TRÃSH”. 
Do cansaço à loucura, este segundo dia de festival foi de tirar o fôlego e não podia ter sido melhor e mesmo com alguns percalços técnicos, que rapidamente foram resolvidos, a experiência foi magnífica. O Festival Ponte d’Lima está quase a terminar mas…ainda muito está para acontecer!
Foto-reportagem completa deste dia: Clicar Aqui
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Público em êxtase com Mob | mais fotos clicar aqui Texto: Catarina Rocha Fotografia: Tiago Paiva
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headlinerportugal · 1 year
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Com dança, rock e muito groove perdemo-nos no underground limiano - Dia 1 do Festival Ponte d’ Lima 2023 | Reportagem
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Miguel do Mundo no concerto dos Quadra | mais fotos clicar aqui No primeiro dia, a 3 de agosto, da primeira edição do Festival Ponte d’Lima à hora marcada em ponto (23h00), Big Dipper Downer abriu a receção ao campista. Com o que melhor se faz pela terra, Big Dipper Downer abriu a pista de dança para um início de noite que trouxe grandes nomes do novo cenário da música nacional. 
Com um trabalho coeso e de grande qualidade, Francisco Mota, fez a abertura da festa em grande, tocando alguns temas do seu primeiro EP 'space & time', editado em 2022, passando pelo novo single “Mathias Et Maxine”, “10Am”, do último álbum “L005e End5 (2018-2021)” e acabando em grande com “You Will Never”. 
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Big Dipper Downer na abertura do evento | mais fotos clicar aqui É possível que seja uma das grandes revelações da música eletrónica nacional, pelo menos, aqui, foi gigante e dominou o palco com a sua batida de pontas soltas mas que nada deixam por se ouvir. Com um público fiel e entusiasmado, Big Dipper Downer reage no seu código próprio mostrando a sua magia entre braços, mãos e dedos onde mergulha suavemente no domínio dos sons eletrónicos. Francisco Mota brinca, dança e com os seus pirlimpimpins atrai o público que responde com palmas, assobios e saltos sincronizados. 
O tempo voou nos quarenta minutos que tocou e terminou, mostrando que o palco foi a sua casa, na sua cidade, Ponte de Lima e de palmas das mãos unidas junto ao peito, despediu-se. 
“Como é que é Ponte de Lima!” grita João Costa e assim começam com “(De)generation”. 
Zebra Libra foram os segundos, desta primeira noite, a subir ao palco e encontram uma plateia já bem composta, recheada de fãs na primeira fila. 
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Zebra Libra com energia inebriante | mais fotos clicar aqui Com direito a cartazes na plateia, o quarteto de rock com um toque de high school lovers, apresentou alguns dos seus temas, fazendo vibrar o público com singles como “Up The Stream”, editado em 2021 e “Breaking Point” editado em 2020, marcados pelos falsetes de João Costa, os solos de guitarra de Alex Vale e a bateria de Dave Amorim. 
Entre apresentações e bom humor, o baixista, Henrique Martins, foi contando histórias sobre a banda, dando a conhecer o início de uma amizade com o vocalista João Costa e o facto deste saber efetivamente tocar piano, dando início ao tema “Summer Day”, editado este ano. 
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João Costa e Alex Vale dos Zebra Libra | mais fotos clicar aqui Com o pedido ao público para este fazer uma roda em frente ao palco, terminaram em grande com o tema “Static Shock”, editado em 2019.
Com uma excelente intro instrumental de sons quentes e vibrantes, os QUADRA abriram o terceiro concerto desta noite. 
De Braga para um universo imaginário criado aqui em Ponte de Lima, onde o groove do baixo de Sérgio Alves com as guitarras vibrantes e explosivas de Gonçalo Carneiro e Sílvio Ren, juntamente com a melodia cantada do sintetizador de Lucas Palmeira e a intensa batida de Hugo Couto preparam-nos e aquecem-nos para o momento “Puro Ouro”, dando ênfase à grande entrada do convidado Miguel Santos que de óculos de sol e boné canta “Tropicália” do novo álbum 'Selva', editado este ano.
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Sérgio Alves e o potente groove do seu baixo | mais fotos clicar aqui O momento é de chilar e até os mais tensos relaxam e dançam ao som de “Chili” que dá nome ao álbum editado em 2019. Dos sons mais relaxantes e de boas vibrações, Hugo Couto anuncia “Agora é para partir tudo!” e tocam “Luz”, onde o luminoso solo de Sílvio Ren encandeia toda a plateia fazendo verdadeiro jus ao tema. 
Os padrões rítmicos antagonicamente intuitivos e alinhados de QUADRA fizeram-nos vibrar e em “Solar explosion” a plateia pôde sentir verdadeiramente as explosões brilhantes da guitarra de Gonçalo Carneiro que fez com que o  público quisesse mais daquilo que provou e qual claque eufórica grita “Sideral, sideral, sideral” e com ela QUADRA responde, despedindo-se. 
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Quadra, banda de Braga | mais fotos clicar aqui A sintonia perfeita das guitarras e o som alucinante do sintetizador e a bateria a guiar o público na batida propulsiva e enfática sustentada pelo atraente e  poderoso baixo de Sérgio Alves, em “Sideral”, Gonçalo Carneiro rasga a guitarra tornando a despedida mais longa. Já no fim, perguntam “Dá tempo para mais uma?” e tocam de novo,”Tropicália” para ver a plateia dançar durante a despedida e…MÁQUINA. à espreita.  
MДQUIИД já nos têm vindo a demonstrar por estas bandas a sua energia explosiva, mostrando que no subsolo não há fronteiras para o seu som. O trio, João, Halison e Tomás, trouxe o underground ao relvado das terras do rio Lima, e mostrou que o caos é uma técnica sublime. Aqui, descemos a uma espécie de cave e encontramos a desordem perfeita. O som eletrificante contagiou os nossos corpos e com o tema “Body Control” agiu-se sem controlo. 
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João dos Máquina | mais fotos clicar aqui MДQUIИД não só se ouve como se sente. O amplexo marcante entre os amplificadores, riffs de guitarra, baixo inquietante e uma bateria cardíaca fez eco nos nossos corpos que num êxtase deixaram penetrar o som cru dos instrumentos na mistura perfeita entre rock e música eletrónica de inspirações desde o krautrock ao techno industrial e muito, muito mais…
Quatro, três, dois, um…Como uma verdadeira máquina de precisão, a música não parou e ninguém ficou indiferente. Um mar de gente hipnotizado pelo rasgar das fronteiras e um eco de loucura sã, ouviu e sentiu as faixas do álbum de estreia dos músicos, “DIRTY TRACKS FOR CLUBBING”, editado no início deste ano, e ao som de “Concentrate”, com saltos em molho e cerveja no ar, terminaram em grande mais um concerto brilhante. 
Os resistentes ficaram para dançar ao som da dupla limiana, New Error. 
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New Error a tocar em casa | mais fotos clicar aqui Tiago Silva e Vítor Araújo, fecharam esta noite de abertura do Festival Ponte d’Lima provando que é através de novos erros que somos desafiados a explorar os sons da dupla de DJ’s. 
Este primeiro dia de festival não podia ter começado melhor, com nomes totalmente nacionais, que mostraram estar prontos para grandes voos, com uma excelente organização e um cenário perfeito.
Foto-reportagem completa deste dia: Clicar Aqui
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Público bem animado em Quadra | mais fotos clicar aqui Texto: Catarina Rocha Fotografia: Tiago Paiva
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