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#Fotografia Contemplativa
solesamor · 19 days
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📷Artista © Sol García - @solesamor
🎋𝗛𝗮𝗶𝗸𝘂: 𝗟𝗮 𝗲𝘀𝗲𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗱𝗲𝗹 𝗦𝘂𝗺𝗶-𝗲
Sentir el pulso vital.
Asentar lo tangible e intangible
en brazos del vacío.
(© Sol García)
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criticodellorrore · 2 months
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"Maxxxine" (2024)
"Maxxxine" de Ti West, lançado em 2024, é o desfecho da trilogia que começou com "X: A Marca da Morte" (2022) e "Pearl" (2022). Este filme não apenas conclui a narrativa com maestria, mas também eleva o padrão técnico e artístico estabelecido por seus antecessores.
Fotografia e Estética Visual
"Maxxxine" mantém a excelência visual característica da série. A cinematografia, a cargo de Eliot Rockett, é uma continuação natural da atmosfera estabelecida em "X" e "Pearl". Enquanto "X" era marcado por uma estética de terror vintage dos anos 70 e "Pearl" destacava-se pelo uso vibrante de cores que remetiam aos clássicos do Technicolor, "Maxxxine" mistura essas duas abordagens, criando uma paleta visual que é ao mesmo tempo nostálgica e inovadora. Rockett utiliza ângulos de câmera ousados e movimentos suaves para construir uma narrativa visual que é ao mesmo tempo elegante e perturbadora.
Direção e Roteiro
Ti West prova mais uma vez ser um mestre do terror psicológico. A narrativa de "Maxxxine" é rica em subtexto, abordando temas de fama, obsessão e identidade. West, que também escreveu o roteiro, constrói personagens complexos e multifacetados. Maxine, interpretada magistralmente por Mia Goth, é uma protagonista cativante, cuja jornada é tanto uma reflexão sobre o passado quanto uma busca pelo futuro.
Edição e Ritmo
A edição, conduzida por David Kashevaroff, é precisa e rítmica, mantendo o espectador constantemente à beira da cadeira. O uso de cortes rápidos em momentos de tensão contrasta com as tomadas longas e contemplativas que exploram o estado mental da protagonista. Esse equilíbrio entre ritmo frenético e calma introspectiva é uma das marcas registradas da trilogia.
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Trilha Sonora
Tyler Bates, responsável pela trilha sonora, entrega uma composição que amplifica a tensão e a emoção da narrativa. A trilha de "Maxxxine" é uma fusão de elementos eletrônicos contemporâneos com sons analógicos, criando uma atmosfera sonora que é ao mesmo tempo moderna e atemporal. A música é usada de forma inteligente para acentuar momentos de suspense e dar profundidade emocional às cenas mais introspectivas.
Design de Produção
O design de produção, liderado por Tom Hammock, é detalhado e imersivo. Cada cenário é cuidadosamente construído para refletir o estado emocional dos personagens e a progressão da narrativa. Desde os ambientes decadentes de Hollywood até os espaços mais íntimos e pessoais, o design de produção ajuda a contar a história de forma visual.
Performance de Elenco
Mia Goth, reprisando seu papel como Maxine, entrega uma performance poderosa e visceral. Sua capacidade de transmitir vulnerabilidade e força em igual medida é um dos pontos altos do filme. O elenco de apoio, incluindo novos personagens e rostos familiares dos filmes anteriores, contribui para a riqueza e a complexidade da trama.
Conclusão
"Maxxxine" é um fechamento adequado e brilhante para a trilogia de Ti West. Combinando elementos técnicos impecáveis, uma narrativa profunda e performances memoráveis, o filme se destaca não apenas como um excelente exemplo de cinema de terror, mas também como uma obra de arte cinematográfica em seu próprio direito. É um testemunho do talento de West e sua equipe, e uma adição valiosa ao panorama do cinema contemporâneo.
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arte-vivere · 1 year
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"Satántángò" é um filme icônico do renomado diretor húngaro Béla Tarr, lançado em 1994. O filme é uma obra-prima do cinema de arte, conhecido por sua abordagem lenta e contemplativa, além de suas imagens em preto e branco, que criam uma atmosfera única.
A história se passa em uma vila isolada na Hungria, onde um grupo de personagens complexos e perturbados vive em condições miseráveis. A narrativa se desenrola ao longo de sete horas, divididas em capítulos, o que permite aprofundar-se nos dilemas e anseios de cada indivíduo.
A direção magistral de Tarr combina longos planos sequência com uma fotografia impecável, capturando a melancolia e a desolação do cenário rural. A trama mergulha nos aspectos mais sombrios da condição humana, explorando temas como a ganância, a decadência moral e a busca pela redenção.
Embora a duração do filme possa ser um desafio para alguns espectadores, a jornada é recompensadora para aqueles que se entregam à experiência. "Satántángò" é um trabalho cinematográfico provocativo e reflexivo, que permanece com o público muito tempo após o término da exibição, revelando-se como uma meditação profunda sobre a natureza humana e suas complexidades.
O filme contém uma rica filosofia implícita em sua narrativa e abordagem cinematográfica. Através de sua atmosfera sombria e contemplativa, o diretor Béla Tarr explora questões filosóficas profundas e existenciais.
Uma das principais filosofias presentes no filme é a visão sobre a condição humana. Tarr retrata a vida dos personagens na vila como um retrato desolador da existência humana, mergulhando nas camadas mais obscuras da psique humana. O tédio, a ganância, a decadência moral e a busca por significado são temas recorrentes que questionam a natureza do ser humano e sua relação com a sociedade e o ambiente ao seu redor.
Outro aspecto filosófico proeminente é a noção de tempo. A narrativa lenta e a divisão do filme em capítulos que se estendem ao longo de sete horas destacam a importância do tempo como um elemento central da experiência humana. Tarr nos convida a refletir sobre a passagem do tempo, a rotina e a monotonia, bem como a transitoriedade da vida.
A abordagem visual em preto e branco também contribui para a filosofia do filme, transmitindo uma sensação atemporal e universal. A ausência de cor reforça a ideia de que as questões exploradas transcendem contextos específicos e ressoam com aspectos mais universais da humanidade.
Além disso, "Satántángò" apresenta uma crítica social aguda sobre a desigualdade e a exploração, mostrando a situação miserável dos personagens como um reflexo das estruturas de poder e opressão presentes na sociedade.
É uma obra que convida o espectador a uma reflexão filosófica profunda sobre a natureza humana, o tempo, a condição social e a busca por significado. É uma experiência cinematográfica única que transcende os limites da narrativa convencional e ressoa como uma meditação existencial sobre a vida e seus mistérios.
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outroscinemas · 8 years
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Fragmentos de um eu
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O curta-metragem Superbarroco (2008), de Renata Pinheiro, nos convida a uma imersão sensorial e estética singular. Por meio de uma linguagem visual rica e experimental, a diretora tece uma narrativa poética que transcende a mera representação da realidade. A obra, marcada por uma grande originalidade e uma beleza formal particular, é um convite à reflexão sobre a natureza da existência, da memória e da identidade.
Sob essa perspectiva, Superbaroco releva uma rica complexidade formal e conceitual. A obra de Renata Pinheiro estabelece um diálogo com o cinema experimental, que busca novas formas de expressão cinematográfica, desafiando não apenas as convenções narrativas, mas também estéticas. Nesse sentido, ao utilizar projeções em tempo real sobre o cenário, o curta-metragem cria um efeito imersivo e hipnótico, transportando o espectador para um mundo de sonhos e memórias. Dessa forma, as relacionando às experiências visuais do movimento futurista e às instalações de arte contemporânea. A fotografia, com suas cores vibrantes e contrastes marcados, evoca o expressionismo alemão e o surrealismo. A cenografia exuberante e onírica dialoga com o barroco, movimento artístico que valoriza a exuberância e o excesso.
A fotografia captura a beleza decadente dos ambientes e a intensidade dos sentimentos do protagonista. Já a montagem, precisa e elegante, contribui para a construção do ritmo do filme, alternando momentos de intensa emoção com sequências mais contemplativas. Ainda mais, a trilha sonora, composta por músicas e sons ambiente, cria uma atmosfera envolvente e complementa a experiência visual. A narrativa, embora breve, é rica em camadas de significado.
A jornada do personagem principal, por exemplo, pode ser compreendida como uma alegoria da vida, marcada por momentos de alegria, tristeza e reflexão tanto a respeito dele enquanto indivíduo, quanto do mundo que o circunda. A ausência de diálogos intensifica a experiência sensorial, permitindo que o espectador se conecte com as emoções do personagem através das imagens e da trilha sonora. A influência do cinema de animação e do videoclipe também é perceptível na obra, com a utilização de efeitos visuais e de uma estética pop e vibrante.
Sendo assim, Superbarroco é uma obra que transcende as fronteiras entre cinema, arte e experiência visual. A diretora Renata Pinheiro cria um universo visual rico e complexo, que convida o espectador a uma jornada introspectiva e poética. Assim, marcada por uma grande originalidade e beleza formal, obra é um convite à reflexão sobre a natureza da realidade, da memória e da identidade.
FICHA TÉCNICA
Direção: Renata Pinheiro Roteiro: Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira Produção: Sérgio Oliveira Direção de Fotografia: Pedro Urano Direção de Arte: Dani Vilela e Karen Araújo Elenco: Everaldo Pontes, Neifa Mendonça, Cláudia Oliveira, Thaís Nascimento Edição: João Maria Araújo Som: Danilo Carvalho e João Maria Araújo Música: Vitor Araújo
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fragmentos de um eu
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O curta-metragem Superbarroco (2008), de Renata Pinheiro, nos convida a uma imersão sensorial e estética singular. Por meio de uma linguagem visual rica e experimental, a diretora tece uma narrativa poética que transcende a mera representação da realidade. A obra, marcada por uma grande originalidade e uma beleza formal particular, é um convite à reflexão sobre a natureza da existência, da memória e da identidade.
Sob essa perspectiva, Superbaroco releva uma rica complexidade formal e conceitual. A obra de Renata Pinheiro estabelece um diálogo com o cinema experimental, que busca novas formas de expressão cinematográfica, desafiando não apenas as convenções narrativas, mas também estéticas. Nesse sentido, ao utilizar projeções em tempo real sobre o cenário, o curta-metragem cria um efeito imersivo e hipnótico, transportando o espectador para um mundo de sonhos e memórias. Dessa forma, as relacionando às experiências visuais do movimento futurista e às instalações de arte contemporânea. A fotografia, com suas cores vibrantes e contrastes marcados, evoca o expressionismo alemão e o surrealismo. A cenografia exuberante e onírica dialoga com o barroco, movimento artístico que valoriza a exuberância e o excesso.
A fotografia captura a beleza decadente dos ambientes e a intensidade dos sentimentos do protagonista. Já a montagem, precisa e elegante, contribui para a construção do ritmo do filme, alternando momentos de intensa emoção com sequências mais contemplativas. Ainda mais, a trilha sonora, composta por músicas e sons ambiente, cria uma atmosfera envolvente e complementa a experiência visual. A narrativa, embora breve, é rica em camadas de significado.
A jornada do personagem principal, por exemplo, pode ser compreendida como uma alegoria da vida, marcada por momentos de alegria, tristeza e reflexão tanto a respeito dele enquanto indivíduo, quanto do mundo que o circunda. A ausência de diálogos intensifica a experiência sensorial, permitindo que o espectador se conecte com as emoções do personagem através das imagens e da trilha sonora. A influência do cinema de animação e do videoclipe também é perceptível na obra, com a utilização de efeitos visuais e de uma estética pop e vibrante.
Sendo assim, Superbarroco é uma obra que transcende as fronteiras entre cinema, arte e experiência visual. A diretora Renata Pinheiro cria um universo visual rico e complexo, que convida o espectador a uma jornada introspectiva e poética. Assim, marcada por uma grande originalidade e beleza formal, obra é um convite à reflexão sobre a natureza da realidade, da memória e da identidade.
FICHA TÉCNICA
Direção: Renata Pinheiro Roteiro: Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira Produção: Sérgio Oliveira Direção de Fotografia: Pedro Urano Direção de Arte: Dani Vilela e Karen Araújo Elenco: Everaldo Pontes, Neifa Mendonça, Cláudia Oliveira, Thaís Nascimento Edição: João Maria Araújo Som: Danilo Carvalho e João Maria Araújo Música: Vitor Araújo
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schoje · 2 months
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Imagem / IMA No próximo 21 de julho, data alusiva ao aniversário do Sistema Nacional de Unidades de Conservação – legislação que guia as Unidades de Conservação (UCs) -, será um dia para celebrar as áreas protegidas em todo o território brasileiro por meio da campanha nacional Um Dia no Parque. A iniciativa busca a valorização das unidades de conservação incentivando a visitação. Com o tema “Natureza para todas as pessoas”, a campanha pretende ampliar horizontes e estimular o sentimento de pertencimento em todas as pessoas, desde as que trabalham nas UCs, às que vivem no entorno e os visitantes. As UCs administradas pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) com apoio do Governo do Estado de Santa Catarina, participarão da mobilização com programação especial de atividades para todos os públicos neste dia. O gerente de Áreas Naturais Protegidas do IMA, Filipe Lemser, explica que cinco Unidades de Conservação Estaduais, sob a gestão do IMA, terão ações integradas à campanha com o propósito de despertar nos visitantes o sentimento de pertencimento a esses espaços. “A campanha vem ao encontro do trabalho que já executamos durante o ano todo que é o de ofertar à comunidade experiências que possuam o poder de despertar o senso de responsabilidade ambiental e conectá-la com a natureza em atividades de educação ambiental com a expectativa de mobilizar e sensibilizar a todos sobre a importância da proteção e da conservação ambiental”, destaca Filipe. :: Confira as principais atividades do dia 21 de julho Parque Estadual Fritz Plaumann Atividades: Caça ao tesouro na natureza às 14h. Atividade para o público em geral onde os participantes preencherão um checklist com os tesouros encontrados. Todos os participantes receberão premiação. As regras serão repassadas aos participantes no dia do evento. Concurso de Fotografia: “O parque pelos seus olhos” das 9h às 17h. Deverão ser submetidas somente fotografias feitas no dia do evento. As condições e regras para o concurso estão discriminadas no formulário disponível no link da bio do Instagram do parque: @parquefritzplaumann. Trilhas Contemplativas – 9h às 17h. Os visitantes poderão percorrer quatro trilhas nesse dia, contemplando e fotografando a natureza. Os registros fotográficos também poderão ser submetidos ao concurso de fotografia: “O Parque Pelos Seus Olhos”. Distribuição de mudas nativas do Horto Botânico do Consórcio Itá – 9h às 17h. Oficina “Desvendando os Segredos das Sementes Florestais- Horto Botânico do Consórcio Itá”. Piquenique no Parque – 15h (Sugerimos que os participantes tragam comidas, chimarrão e toalhas. O parque distribuirá gratuitamente pipoca e algodão-doce). Atividade Engecam “ Uma noite no parque fauna noturna de anfíbios” das 18h às 22h. As condições e regras para a atividade estão discriminadas no formulário disponível neste link. Parque Estadual da Serra do Tabuleiro Atividades: Mutirão Comunitário de Plantio de Mudas de Restinga no entorno do Centro de Visitantes do Parque das 8h:30m às 11h:30m. São 20 vagas disponíveis. Inscrições no formulário. Oficina de Osteologia das 14h às 16h. A oficina ensinará as crianças sobre as questões relacionadas à fauna, como anatomia, hábitos e adaptações. Será aberta ao público. Parque Estadual da Serra Furada Atividades: Acampamento na sede sul do parque nos dias 20 e 21/07, a partir das 10h do dia 20/07.Vaga para 20 pessoas, inscrição neste link Já no dia 21/07 às atividades são: Trilha da Serra Furada (sede norte) – às 9h. Vaga para 20 pessoas, inscrição neste link selecionar os condutores de visitantes Eduardo Dacorégio ou Léo Baschirotto. Ponto de encontro no Camping Flor da Serra (Serra Furada). Trilha Salto da Piava (sede sul) – às 10h e também às 14h com vaga para 20 pessoas em cada horário. Piquenique na sede sul – das 09h às 16h. Para fazer um piquenique no parque é só comparecer na sede sul, levar lanche e toalha e aproveitar um dia no parque. Tem um belo gramado para as crianças brincarem. Não é necessário cadastro prévio, o cadastro será feito no local.
Parque Estadual Rio Canoas Atividades: Circuito Vale dos Angicos da 9h às 12h – Atividade para o público em geral onde os participantes percorrerão 8 km de trilha, passando pelo salto do Lajeado do Roberto e Cachoeira do Lajeado do Roberto Ponto de Encontro: Centro de visitantes do PAERC, trilha de nível médio. É recomendável que os participantes tragam seu lanche e/ou almoço, garrafa de água, protetor solar, repelente e calçado fechado. Caiaque na lagoa às 14h, a atividade de remo com caiaque é recomendada para maiores de 12 anos. Oficina de Tintas Naturais às 14h. A atividade é livre para todas as idades, e acontecerá no centro de visitantes do parque. Plantio de mudas nativas, às 16 h. A atividade é livre para todas as idades. Para participar das atividades basta realizar o cadastro de visitantes para o dia 21 de julho no site do IMA. Neste link. Parque Estadual do Rio Vermelho Atividades: Manejo da Trilha de Longo Curso CAISCA-PAERVE, das 8h30 às 12h – Ponto de encontro: Terminal Lacustre Utilizar roupas adequadas para trilha, sapatos fechados, protetor solar e repelente. Não há cobrança de taxa, mas é preciso fazer Inscrição pelo e-mail: [email protected]. Trazer água e alimento pois o local não tem lanchonete. Jogo dos ODS (Objetivos Desenvolvimento Sustentável) e observação de aves na Trilha do Rio Vermelho com realização do ECOPAERVE das 9h às 17h. Trilha Nascente do Rio Vermelho com realização do Trilhas de Criança – Evento destinado às crianças e seus familiares. São 3km de caminhada (ida e volta) – Evento gratuito. Inscrições: https://www.trilhasdecrianca.com.br/inscricoes. Todas as informações do evento, como endereço, ponto de encontro, e horários são repassadas às famílias sorteadas para participar desta ação. Sobre a Campanha Nacional A campanha Um Dia No Parque foi idealizada pela Rede Nacional Pró Unidades de Conservação, a Rede Pró UC, e é realizado pela Coalizão Pró-Unidades de Conservação, formada por empresas e organizações da sociedade civil comprometidas com a valorização e a defesa das unidades de conservação e que juntam forças anualmente para a realização dessa importante ação. Esta data celebra e chama à ação todas as pessoas que valorizam a defesa das Unidades de Conservação (UCs). A Coalizão Pró-UCs é formada pela Rede Pró UC, WWF-Brasil, Fundação SOS Mata Atlântica, Instituto Semeia, Fundação Grupo Boticário, Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas), Funbio (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade), TNC Brasil, Imaflora e Conservação Internacional. Fonte: Governo SC
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artesubjetividade · 10 months
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Esdras Gonçalves
Uma série de fotografias selecionadas cuidadosamente em meio às tantas outra, emergem imagens escolhidas com primor, a princípio, da planta chamada “Cana-da-Ìndia”. As imagens se entrelaçaram para formar um seleto agrupamento de formas e cores, capturando o efêmero que ousamos denominar como "momentos que nos tocam" no cotidiano. A proposta aqui é explorar, com máxima objetividade e impacto, a essência desses registros imagéticos, buscando expressar com eloquência o que nos toca, o talvez indizível. Referenciados por obras como "Tal qual, a fotografia" de Stephane Huchet, "O “eu” é o Corpo" de Maria Rita Kehl, "Arte Contemporânea: Uma História Concisa" de Michael Archer, "Couraças” de Reich a Boiesen: um percurso biodinâmico" de Ana Cristina dos Santos Teixeira, entre outros, nutrindo e procurando aclarar da melhor forma possível o objeto subjetivo da composição visual.
Essas imagens nos oferecem uma oportunidade singular de contemplação da essência intrínseca ao processo natural de formação e transformação das coisas, instigando a materialização daquilo que nos toca enquanto seres, enquanto componentes corpóreos integrados a esse intrincado sistema construtivo denominado "vida".
A tangibilidade dessa realidade surge quando nos permitimos coexistir como elementos integrantes dessa complexa "engrenagem viva", esse processo organizacional criativo permeado por sentimentos simultaneamente contemplativo.
A natureza contemplativa aqui transcende a mera observação visual e vai além do contato físico; expande-se para a esfera do sentimento, sendo o ato gerador de vida e a corporeificação da essência do olhar contemplativo, o “punctum”, como sugere Stephane Huchet em "Tal qual, a fotografia" (2004) “é um ponto sublime em forma de haiku  visual”, a energia emocional. Neste contexto, a "engrenagem viva" em constante movimento responde às provocativas interações do corpo que a originou.
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Em destaque, procuro promover o âmago da representação visual dos incipientes botões florais, extraindo meticulosamente toda a essência contemplativa que fertiliza seus pigmentos cromáticos e o verde exuberante de suas folhas resolutas. Estabelece-se, assim, um diálogo eloquente entre dois corpos coexistentes em um mesmo universo. Nas imagens que retratam tais botões, além de destilar mensagens que nos transportam ao âmago do processo construtivo, isto é, à fase em que todas as manifestações se metamorfoseiam-se, cedendo espaço ao surgimento do novo, inaugurando, por conseguinte, uma subsequente etapa evolutiva. Seja esse processo criativo ou não, natural ou imbuído de uma artificialidade inerente, tudo aquilo que se metamorfoseia ou instiga a metamorfose integra, em última instância, um PROCESSO TRANSFORMADOR. Este é um componente indissociável da engrenagem viva, perpetuamente imersa em um movimento incessante.
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As flores, agora metamorfoseadas em botões de aparência esférica e tonalidades negras absolutas, desdobram-se em uma exibição de núcleos sólidos, simultaneamente marcantes e sublimes. Sustentados por conchas protetoras, compostas por finos filamentos entrelaçados na superfície externa. Esses elementos testemunham o encerramento de um ciclo natural, a conclusão do processo da "engrenagem viva".
Esse ciclo, que se replica nas diversas formas de existência que nos rodeiam, num contraste subjetivo agora em uma constante frequência da realidade existencial humana. Submetemo-nos constantemente a esse processo imperceptível, moldados pelos padrões naturais que esculpem corpos vivos, dando forma a características, personalidades, estereótipos e destinos meticulosamente delineados por escultores sistêmicos, sociais, políticos e coloniais, Maria Rita Kehl em "O “eu” é o Corpo", afirma que o corpo humano nunca será puramente “natural”, livre de qualquer influência externa, ou seja, estará sempre impregnado pela cultura onde está inserido.
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Neste mesmo contexto reflexivo, desperta o sentimento resoluto de insatisfação, engendrando movimentos obstinados na conquista de nosso papel como indivíduos no seio do ambiente em que nos encontramos. As imagens de uma árvore que emerge e prospera junto ao alicerce da Biblioteca do Curso de Letras/UFRJ, personifica de maneira eloquente essa luta subjetiva do corpo em busca de sua própria inserção e sobrevivência no cenário circundante adverso.
Esta aparência transcende a mera manifestação do ciclo natural de crescimento de uma planta em solo propício e tropical, como retratado na imagem. Ele remete, de maneira mais profunda, ao impactante valor histórico associado ao extenso aterramento ocorrido na região, que unificou as nove ilhas ali outrora existentes, para dar lugar ao atual Campus da UFRJ na ilha do Fundão. As imagens capturadas ostensivamente, assim, com um significante intrínseco e audacioso, expressa um grito subjetivo e desbravado em prol da conquista de espaço, enquanto constroem pontes de significados entre os corpos dos indivíduos e os espaços sociais que ocupam.
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A mensagem sugerida pelas imagens que retratam o crescimento de uma árvore “sufocada” pelo alicerce desta edificação, transcende a mera representação visual, evocando os valores intrínsecos da resiliência e superação. Essa luta, simbolizada pelo ímpeto de crescimento da árvore, manifesta-se em diversas facetas e nuances da existência, configurando-se como uma resposta vigorosa frente às injunções da injustiça, opressão e demais formas de desigualdade.
Trata-se, assim, de um elemento transformador que, de maneira inegável, se desdobra em um percurso desafiador, no qual as vicissitudes e obstáculos são transpostos com destemor, alcançando um estado mais profundo de compreensão e iluminação. Este processo de superação, além de se restringir ao âmbito físico, assume contornos metafóricos, subjetivos, transformando-se em um símbolo emblemático de crescimento pessoal.
A árvore, ao crescer de maneira resiliente junto ao alicerce, materializa-se como um arquétipo poderoso, representativo da busca incessante por significados mais profundos na teia complexa da existência. Esta imagem, combinada de simbolismo, delineia a jornada contínua em direção a um entendimento mais amplo e uma realização intrínseca, destacando a nobreza da persistência na trajetória da vida.
O fundamento em concreto, com sua estrutura robusta, fixa e visivelmente imponente, assentado sobre a raiz da árvore, a qual, por sua vez, inicialmente se submete aos seus contornos, pode ser interpretado, sob a ótica da subjetividade, como uma faceta opressora do sistema político hegemônico em que o corpo está imerso. Por um lado, temos o sistema macropolítico impondo códigos, estabelecendo formas e moldes hegemônico predefinidos sobre os corpos, imprimindo vestígios traumáticos. Enquanto por outro lado, a micropolítica se manifesta reagindo à hegemonia, onde o indivíduo, agitou nos interstícios da sobrecodificação, direcionando seus passos na busca libertária de seus próprios conceitos e formas.
A imagem desvela um cenário iluminado por mensagens impregnadas de resiliência, força e superação. Nesse palco da vida, representado pela composição de cores e formas das imagens, onde cada pigmento captado pela lente fotográfica confirma este cenário imaginário.
https://sites.usp.br/jardimdabotanicausprp/cana-da-india-canna-indica/
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revistaclickmag · 1 year
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A Pele - Filmes sobre Fotografia
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https://youtu.be/oHsFM1neiG8 "A Pele", dirigido por Pedro Costa e lançado em 2006, é um filme aclamado que utiliza a fotografia de maneira excepcional para criar uma atmosfera única e imersiva. A obra retrata a história de Ventura, um imigrante cabo-verdiano que vive em Lisboa, Portugal, e passa por dificuldades após ter sido abandonado por sua esposa e perder seu emprego. A fotografia desempenha um papel fundamental em "A Pele", pois é usada de maneira magistral para transmitir as emoções e a realidade de Ventura. O diretor de fotografia, Emmanuel Machuel, trabalha com uma estética meticulosa, capturando cada cena em tons escuros e sombrios. Essa abordagem cria uma atmosfera melancólica e intimista, ampliando a sensação de isolamento e desamparo do personagem principal. Machuel também faz uso de longos planos fixos e composições simétricas, o que confere uma sensação de contemplação e tempo suspenso. Essa escolha estética permite ao espectador mergulhar profundamente na história e nos detalhes sutis da vida de Ventura. Além disso, a fotografia em "A Pele" também é usada para iluminar as características físicas e expressões faciais dos personagens, destacando sua individualidade e transmitindo seus sentimentos mais profundos. Cada frame é cuidadosamente composto, com uma atenção meticulosa aos detalhes, criando uma narrativa visual poderosa e evocativa. Em suma, "A Pele" utiliza a fotografia de forma magistral para contar uma história comovente sobre o isolamento e a luta de um imigrante. A estética sombria e contemplativa proporciona uma experiência cinematográfica única, reforçando a importância da fotografia como uma forma de expressão artística e narrativa. Read the full article
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arqbrasil · 1 year
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Terra Capobianco com visão contemplativa da paisagem - Projeto do escritório Terra Capobianco com madeira laminada cruzada, confere sustentabilidade ao Pavilhão Vista Alegre, no município de Socorro, em São Paulo - @terracapobianco, @quatriarquitetura, @crosslambrasil, @alwitra.brasil, @rekailuminacao, #Arquitetura, #Madeira, #CLT, Fotografia Nelson Kon, @nelsonkonfotografias / Publicado no #Arqbrasil #ArqbrasilPortal - Texto completo em https://arqbrasil.com.br/26337/terra-capobianco-com-visao-contemplativa-da-paisagem/
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olharbudista · 2 years
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"Não devemos perder a confiança nos seres humanos", diz Matthieu Ricard
“Não devemos perder a confiança nos seres humanos”, diz Matthieu Ricard
O monge budista Matthieu Ricard já foi apelidado da pessoa mais feliz do mundo. Ele é doutorado em genética molecular, fotógrafo, escritor e orador. A convite da Fundação Kangyur Rinpoche, esteve mais uma vez em Lisboa para uma conferência sobre o que une a humanidade em tempos de crise. A conferência aconteceu no dia 5 de Maio deste ano. Não é a primeira vez que Matthieu Ricard vem a Portugal.…
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solesamor · 14 days
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📷 Artista © Sol García - @solesamor
🎋𝗛𝗮𝗶𝗸𝘂: ¿𝗖ó𝗺𝗼 𝗰𝘂𝗹𝘁𝗶𝘃𝗮𝗿 𝗲𝗹 𝗔𝗿𝘁𝗲 𝗱𝗲 𝗳𝗹𝘂𝗶𝗿 𝗰𝗼𝗻 𝗻𝘂𝗲𝘀𝘁𝗿𝗼 𝗖𝗮𝗺𝗶𝗻𝗼 𝗲𝗻 𝗔𝗿𝗺𝗼𝗻í𝗮?
Diluir nuestro yo
con trazos suaves y lentos
hasta ser agua de lago
(© Sol García)
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jornalgrandeabc · 3 years
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A FOTOGRAFIA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL
Podemos chegar à conclusão de que a ela pode mostrar caminhos de elaboração de processos que internamente estão depositado em nós. #abcclick #fotoclube #cultura #arte #fotografia #jornalgrandeabc #abc #grandeabc #saopaulo #sp #psicologia #saudemental
Nilvane Machado é Fotógrafa, Assistente Social, Especialista em Psicologia Social Pichoniana, membro do ABCclick e autora de “A FOTOGRAFIA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL” e das fotos presentes neste artigo. Se pensarmos na fotografia como uma escrita pessoal, onde podemos através do nosso pensar, sentir e fazer, traduzir o que passamos naquele momento, podemos chegar à conclusão de que a ela pode…
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Greg Sand
Ao longo deste processo, encontrei vários artistas que me suscitaram muita inspiração. Além de Thomas Friedrich Schaefer, um outro artista que me marcou muito nesta pesquisa foi Greg Sand. Realizei um outro artigo acerca do trabalho dele, analisando alguns dos seus trabalhos, e fiz uma pequena entrevista ao artista, que acho muito pertinente colocar aqui, pois todas as questões estão relacionadas com os temas deste projeto. 
Acredita que a sua própria vida e memórias influenciam a sua tomada de consciência e interpretação nas imagens que produz? 
Acredito que a forma como uma pessoa vê o mundo é enormemente moldada pela sua vida e memórias. Penso que para um artista, é inevitável que estas experiências e influências surjam no seu trabalho. Por vezes é difícil determinar exatamente como é que isso afeta o trabalho. Não tenho a certeza quando começou, mas a natureza da realidade, incluindo o tempo e a morte, foi algo que muitas vezes me passou pela cabeça muito antes de ter decidido perseguir a arte. Penso que tem algo a ver com a minha natureza introvertida e contemplativa. 
Quais são as suas principais influências, relativamente à forma como escolhe a abordagem do seu próximo projeto? 
A inspiração vem frequentemente das próprias fotografias encontradas. Os sentimentos de melancolia e desorientação que produzem em mim conduzem frequentemente o meu trabalho. Uma ideia para uma nova abordagem ou um novo projeto pode vir de uma simples pesquisa na minha coleção de fotografias encontradas. 
Escolhe as suas imagens antes ou depois de ter decidido que intervenções irá aplicar-lhes? 
Se tenho uma ideia que requer um certo tipo de imagem de origem, vou procurar esse tipo de imagem. Por exemplo, para a minha série Remnants eu sabia que precisava de encontrar imagens de pessoas em três fases diferentes das suas vidas. Se tiver menos certeza do tipo de imagem de que preciso, posso começar por ver a minha coleção de muitas fotos para descobrir o que usar. Esta foi a minha abordagem com a minha série Chronicle. Eu sabia que precisava de uma grande quantidade de fotografias e filtrar através delas ajudou-me a descobrir que direções seguir. 
Tem algum conselho sobre como desenvolver uma linguagem original e individual, como forma de melhor expressar as suas intenções? 
A repetição é uma grande parte da minha abordagem para fazer arte. A maior parte das minhas séries são variações sobre um tema semelhante. Estou a trabalhar as questões da memória, perda, ausência e morte. Por isso, isto ajuda realmente a tornar o meu conjunto de trabalho muito coeso. Eu diria que o meu trabalho é geralmente muito mais sobre conceitos do que sobre estética. No entanto, penso que a imagem que obtenho ajuda também a criar uma linguagem visual consistente.
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blogdojuanesteves · 3 years
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OLHO NU > ROGÉRIO REIS
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Olho nu-Rogério Reis (Instituto Olga Kos, 2021) do fotógrafo carioca Rogério Reis é um daqueles livros da estante essencial. Não somente pelo seu autor, um renomado fotógrafo brasileiro que transita com tranquilidade pelo fotojornalismo e pela arte tanto no Brasil quanto no exterior, mas porque reúne em seu bojo uma espécie de pequena antologia de seu formidável trabalho que já conta cerca de 40 anos ininterruptos. De antemão, já não seria pouca coisa, ainda mais não fosse a rara coerência e articulação criativa que consegue reunir diferentes propostas sem perder sua linha estética e também ética. Em resumo, entre outros de seus livros, é o que faz um consistente apanhado de sua vasta obra.
   Em forma de um bônus, ou mais do que isso, a publicação mostra ao leitor, o registro de uma conversa do autor com o editor do livro, o fotógrafo paulistano João Farkas; a artista e professora paraense Mayra Rodrigues; o fotógrafo paulista Edu Simões; o jornalista e professor carioca Rosental Alves; a historiadora fluminense Ana Mauad e o historiador carioca Maurício Lissovsky, um elenco estelar da produção e do pensamento da arte, da imagem fotográfica e da história social brasileira.
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Olho Nu é todo em preto e branco,  dividido em trabalhos conhecidos de Rogério Reis, como Na Lona (editora Aeroplano, 2001) o maior portfólio; uma imagem originalmente publicada em cor no seu livro Ninguém é de Ninguém ( Ed.Olhavê+Edições de Janeiro, 2015); fragmentos de sua longa carreira como fotojornalista que traz imagens históricas como o belo retrato de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), de 1982, quando o poeta completava 80 anos, produzido para o Jornal do Brasil (JB) e os surfistas de trem do Rio de Janeiro, trabalho de repercussão internacional, para a Agência F4. entre outras imagens nas ruas e praias do Rio de Janeiro. [ leia review sobre o livro Ninguém é de Ninguém  este livro em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/129376701736/ningu%C3%A9m-%C3%A9-de-ningu%C3%A9m-rog%C3%A9rio-reis] .
   Rogério Reis conta que a fotografia apareceu na sua vida ainda na adolescência, por influência do ambiente da contracultura, onde se buscava então profissões menos convencionais. Entrou  no fluxo dos Domingos da Criação*, no  Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), importantíssima experiência desenvolvida pelo crítico mineiro Frederico de Morais. Mais precisamente, quando nos anos 1970, teve aulas com o húngaro George Racz nas oficinas do Bloco Escola deste museu e nos cursos do fotógrafo americano Dick Welton, que trabalhava para a revista Manchete, da Editora Bloch.
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O fotógrafo também é capaz de ressignificar sua própria obra. Vejamos a série Ninguém é de Ninguém, cujas pessoas, tem bolinhas nos rostos não os identificando, "À la Baldessari" como ele mesmo diz, uma referência ao grande artista americano John Anthony Baldessari (1931-2020) um dos expoentes da chamada arte conceitual. A partir de snapshots não consensuais nas praias cariocas, que, como alerta João Farkas, já são imagens interessantes, Reis adiciona as bolinhas nos rostos das pessoas problematizando a questão da identidade e da exposição pública das pessoas. No entanto, as mesmas retomam o humor do mestre americano e se inserem no que podemos chamar de arte fotográfica.
   O fotojornalismo factual também surge com força em imagens contundentes, como os adolescentes da periferia carioca que "surfavam" nos trens,  arriscando  a própria vida desviando-se dos mortais fios elétricos, no final dos anos 1980. O fotojornalista e documentarista Edu Simões, lembra que já nos anos 1970 estava no auge o pensamento da fotografia no estilo da icônica cooperativa francesa Magnum Photos, que iria influenciar os próprios autores da Agência F4, como ele e Reis.
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Hoje, diz Simões, a fotografia documental "esbarra'' na fotografia dita de arte, e esta, por sua vez, invade os jornais, a tornando mais "mundana". A resposta do autor é que hoje queremos viver de forma  multicultural, exemplificando ao lembrar do livro 59 retratos deda juventude negra brasileira ( Ed.Bazar do Tempo ( 2020) do seu colega. [leia aqui review deste livro de Simões em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/635954469694291968/o-paulistano-edu-sim%C3%B5es-conta-que-a-primeira-vez ].  Para Reis, "as imagens pertencem ao rico repertório da expressão visual" Hoje, os fotógrafos da época do ouro do fotojornalismo dos anos 1970 estão reposicionados pelo campo da arte, completa.
   O historiador Maurício Lissovsky, pesquisador arguto da nossa fotografia, já enxergava na carreira fotojornalística de Reis "um certo impulso conceitual" que surgia quando havia esta oportunidade. Ele explica: "Que introduziu uma ambiguidade, que eu acho que, frequentemente, aparecia como uma coisa arbitrária." Ele cita como exemplo, o retrato do poeta Carlos Drummond de Andrade, sentado no meio da sala, o que não seria o normal do fotojornalismo da época. Uma arbitrariedade que transcende o próprio registro, porque não sabemos o que dizer sobre isso. "Uma experiência estética que você não sabe classificar." Outra coisa interessante proposta pelo historiador é a questão do que é registro e o que é testemunho. "O registro supõe uma certa isenção, mas o testemunho não."
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Ana Mauad completa a questão do testemunho, lembrando das coberturas da Anistia e das Diretas. A ideia de que um repórter fotográfico trabalha, mas também é uma espécie de testemunha ocular da história. Período que Reis qualifica como o mais vibrante de sua carreira. Já com relação ao trabalho na Lona, o que tem o maior espaço neste livro, Lissovsky diz que há uma dimensão dialógica, que está além do registro, além do  ponto de vista. A ideia, segundo o autor, era "virar as costas para o carnaval midiático do Sambódromo" e recém criado pelo gaúcho Leonel Brizola (1922-2004), então governador do Rio de Janeiro.
   Há uma opção dos editores, os irmãos João e Kiko Farkas, por uma visão quase contemplativa da obra de Reis, distanciando-se do fotojornalismo hardnews, embora João Farkas tenha feito, como ele mesmo diz, uma edição afastada dos clichês: Há fotografias sensuais profundas e imagens como os policiais dentro do caveirão, e acerta quando coloca que passamos de uma simples situação jornalística para uma realidade absolutamente sintética. "A soma dessas pequenas sínteses, através de olhares que vamos chamar de editorial, de editores, compõe um todo, que de repente vamos chamar de universo, uma visão pessoal de uma cidade." diz o fotógrafo.
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Na lona não é por acaso o maior conjunto da publicação. Certamente é um dos fotolivros do cânone brasileiro. Não somente por tratar de um assunto popular como o carnaval, mas por suas aproximações intensas com a questão etnográfica, social e antropológica, como vemos por exemplo na obra mais contemporânea dos africanos Seidou Keïta (1921-2001) e Malick Sidibé (1935-2016), ambos em Bamako, capital do Mali, que produziram um compêndio antropológico a partir de retratos, na tradição dos antigos estúdios fotográficos. Quando pensamos na influência e popularização da cultura africana no Rio de Janeiro, lembramos que o surgimento do samba veio das casas das baianas de origem africana que emigraram para a cidade no início do século XX e o posterior desenvolvimento do carnaval como o vemos hoje.
   Em seu movimento, Rogério Reis em suas imagens tendo como fundo uma velha lona também olha para o passado, não apenas referenciando-o, mas ficcionalizando, reexaminando, interrogando, e em uma ética pós-colonial, reescrevendo-o, nos moldes já teorizados pela a historiadora da arte e da cultura visual sul-africana Ruth Simbao, professora do Fine Art Department/Rhodes University, na África do Sul, que está entre os autores da ótima coleção Visual Century-South Africa in context 1907-2007 (Wits University Press, 2011).
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Apesar de conter apenas uma imagem no livro, a série Linha do campo, como explica Mayra Rodrigues, "um ritual geométrico litúrgico" da despedida do antigo estádio Maracanã, pré-Copa de 2014, podemos ver que essa tendência artística se conecta com a série Exaustão, de 2018, onde uma exaustores pintados de branco também criam formas geométricas, a nos lembrar do genial artista carioca Sergio Camargo (1930-1990). Mas além destas conexões, a questão social ou dos nossos problemas contemporâneos, suas propostas direcionam-se à arte. Como também explica a artista, com relação a série Ninguém é de Ninguém: "ele vai buscar um incômodo muito forte de uma relação, de um choque entre o que era o lugar do fotógrafo apreciado nos anos 1970, e o incômodo desse lugar agora, com a superabundância da fotografia, como ela é usada e manipulada."
    Além dos fragmentos das séries representadas neste novo livro, Reis trabalhou outras questões como a violência em Microondas, de 2004 e Travesseiros Vermelhos, de 2006 impulsionado por uma série de fatos dramáticos acontecidos na cidade ou com amigos e até com ele mesmo, uma espécie de resposta a sociedade resultando em rupturas formais, como a opção pela instalação fotográfica. O perfeito título "Olho nu", configura-se em uma grande metáfora para um artista sempre despido de preconceitos,  inquieto, multidisciplinar, com disposição a criar e recriar, unindo distintas temáticas com maestria em sua consistente e ampla obra.
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Imagens © Rogério Reis  Texto © Juan Esteves
   * No início dos anos 1970, o crítico e curador Frederico Morais, então coordenador de cursos do Museu de Arte Moderna ( MAM) do Rio de Janeiro, criou os Domingos da Criação, que teve seis edições. Ele já trabalhava com certa informalidade o Bloco Escola desde 1969, práticas educativas peculiares, que descartavam paulatinamente o ensino mais tradicional ou de técnicas específicas. Por eles passaram artistas importantes como o gaúcho Carlos Vergara e a carioca  Anna Bella Geiger entre outros.
Essa experiência pode melhor ser compreendida na leitura do livro Domingos da Criação, uma coleção poética do experimental em arte e educação (Instituto Mesa, 2017) , com a coordenação e pesquisa da curadora  Jessica Gogan com colaboração do próprio Frederico de Moraes.
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dados técnicos:
 Fotografias de Rogério Reis, Texto João Farkas, Edição de João Farkas  e Kiko Farkas, Design de Kiko Farkas/Máquina Estúdio, Digitalização e tratamento das imagens de Mayra Rodrigues/Tyba, edição bilíngue português e inglês, pré-impressão e impressão Gráfica Ipsis em papel Couché Matte.
Conheça mais sobre a Coleção IOK / publicações do Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural.
Estudos Fotográficos de Thomaz Farkas
https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/186313247856/estudos-fotogr%C3%A1ficos-thomaz-farkas
Caretas de Maragojipe de João Farkas
https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/179872336636/caretas-de-maragojipe-jo%C3%A3o-farkas
Como adquirir o livro:
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Os valores arrecados pelo autor na venda serão repassados a projetos sociais.
   * nestes tempos bicudos de pandemia e irresponsabilidade política com a cultura vamos apoiar artistas, pesquisadores, editoras, gráficas e toda nossa cultura. A contribuição deles é essencial para além da nossa existência e conforto doméstico nesta quarentena *
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. A tua beleza, Tua ternura, Coragem Pura... . Revele-se ! . Vem fotografar comigo... Ensaios inspiradores acabam virando poesia, presente pra você mulher poderosa, Afinal, você é Especial 🌹 - - - Fotógrafo: Adriano Morais @adrianofotoevida_feminino Poesias: Adriano Morais @adrianofotoevida_estilolivre Modelo: @cirlenecarvalhosantos - - - #fotografia #feminina #empoderamento #photography #moda #empoderamentofeminino #photo #modafeminina #brasil #foto #look #mulher #lookdodia #autoestima #photooftheday #fashion #amorproprio #instagood #girlpower #nature #love #estilo #natureza #mulheres #photographer #style #riodejaneiro #travel #brazil #autoconhecimento - - - CONTATO: 41-98496-8505 Ensaios, book's, passeios fotográficos, foto poesias e textos especiais, fotografia contemplativa e meditativa (minfullphoto), segurança, para meninas fotógrafas passearem em paz (fotoamigo). - - - https://www.instagram.com/p/COOGrCmHiGr/?igshid=wxah600164po
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shaddad · 4 years
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a fotografia contemplativa de ansel adams (1902-1984)
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