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#Fragmento de um discurso amoroso
olhos-de-laser · 1 year
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— a esperança — de que o objeto amado se oferecerá ao meu desejo.
— Adorável (in Fragmentos de um discurso amoroso), Roland Barthes [Ed. Francisco Alves, 1.ª edição 1991]
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amor-barato · 8 months
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A ausência dura, preciso suportá-la! Vou portanto manipulá-la: transformar a distorção do tempo em vai-e-vem, produzir ritmo, abrir cena da linguagem (a linguagem nasce da ausência: a criança fabricou um carretel, joga-o e apanha-o, mimando a partida e a volta da mãe: um paradigma foi criado). A ausência torna-se uma prática ativa, um atarefamento (que me impede de fazer qualquer outra coisa); cria-se uma ficção com múltiplos papéis (dúvidas, recriminações, desejos, melancolias). Essa encenação linguageira afasta a morte do outro: um momento brevíssimo, dizem, separa o tempo em que a criança ainda crê que a mãe está ausente e o tempo em que já a crê morta. Manipular a ausência é alongar esse momento, retardar tanto quanto possível o instante em que o outro poderia resvalar secamente da ausência para a morte.
Roland Barthes (Fragmentos de Um Discurso Amoroso)
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rafla7000 · 9 months
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"A linguagem é uma pele: esfrego minha linguagem no outro. É como se eu tivesse palavras ao invés de dedos, ou dedos na ponta das palavras…"
– Roland Barthes / "Fragmentos de Um Discurso Amoroso".
( ART. Egon Schiele )
(By: Giseli Gi)
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o-druida-ebrio · 7 months
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— Roland Barthes, no livro "Fragmentos de um discurso amoroso". (Ed. Francisco Alves; 1.ª edição [1991]).
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blogdavania · 2 months
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Cultura Artística
Me lembro das incontáveis vezes que fui ao teatro Cultura Artística.
Foram muitas peças de teatro, a maior lembrança é quando fomos assistir o monólogo Fragmentos de um Discurso Amoroso entre tantas outras.
Quando o teatro pegou fogo, em uma das muitas provas do descaso brasileiro, fiquei triste e revoltada.
Pensava no maravilhoso painel do Di Cavalcanti, e nas instalações do belo edifício.
Agora aguardo com alegria a reabertura do teatro depois de muitos anos.
O painel foi preservado e as instalações, diz a lenda, ficaram ainda melhores e mais seguras.
Pretendo verificar in loco essas informações o mas rápido possível.
Bora correr para garantir meu ingresso.
A arte salva!
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a-postraumatic-mess · 5 months
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"Fragmentos de um discurso amoroso" - Roland Barthes
Me lembrou R e nosso primeiro (e único) encontro.
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piece-of-my-heart2 · 2 years
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“A linguagem é uma pele: esfrego minha linguagem no outro. É como se eu tivesse palavras ao invés de dedos, ou dedos na ponta das palavras. Minha linguagem treme de desejo. A emoção de um duplo contacto: de um lado, toda uma atividade do discurso vem, discretamente, indiretamente, coloca em evidencia um significado único que é “eu te desejo”, e liberá-lo, alimentá-lo, ramificá-lo, fazê-lo explodir (a linguagem goza de se tocar a si mesma); por outro lado, envolvo o outro nas minhas palavras, eu o acaricio, o roço, prolongo esse roçar, me esforço em fazer durar o comentário ao qual submeto a relação.”
 Roland Barthes em Fragmentos de um discurso amoroso
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renovador · 5 years
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submerso-em-arte · 4 years
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Entretanto, esconder totalmente uma paixão (ou mesmo simplesmente seu excesso) não é conveniente: não porque a pessoa humana seja muito fraca, mas porque a paixão é, por essência, feita para ser vista.
— Fragmentos de um Discurso Amoroso.
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silent-groves · 7 years
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“Freud à namorada: <<A única coisa que me faz sofrer é a impossibilidade de te provar o meu amor.>> E Gide: <<Tudo no seu comportamento parecia dizer: já que ele não me ama, nada me interessa. Ora, eu ainda a amava e nunca a tinha amado tanto; mas provavelmente-lo não me era possível. Isso era, na verdade, o mais terrível.>> Os signos não são provas, pois qualquer pessoa os pode produzir, falsos ou ambíguos. Daí resulta depreciar-se, paradoxalmente, a omnipotência da linguagem: uma vez que a linguagem nada garante, tomarei a linguagem por única e última garantia: não acreditarei mais na interpretação. Do meu outro, receberei toda a palavra como um signo de verdade; e, quando falar, não porei em dúvida que ele tome por verdadeiro o que eu lhe disser. Daí a importância das declarações; quero sem cessar arrancar ao outro a fórmula do seu sentimento e pelo meu lado digo-lhe sem cessar que o amo: nada se deixa à sugestão, à adivinha: para que se saiba uma coisa, ela tem de ser dita; mas também, desde que seja dita, provisoriamente, ela é verdadeira.”
- Barthes, R. 1977. Fragmentos de um discurso amoroso (Fragments d’un discourse amoureux). Lisboa: edições 70, p.234-235.
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bla-attitude · 2 years
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CORAÇÃO. Esta palavra vale por todas as espécies de movimentos e desejos, mas o que é constante é que o coração se constitui em objecto de um dom – ignorado ou rejeitado.
1.
O coração é o órgão do desejo (o coração incha, desfalece, etc., como o sexo), tal como este é retido, encantado, no campo do Imaginário. O que é que o mundo, o que é que o outro vai fazer do meu desejo? Eis a inquietação onde se concentram todos os movimentos do coração, todos os «problemas» do coração.
2.
Werther queixa-se do príncipe de X…: «Ele aprecia o meu espírito e os meus talentos mais do que este coração que, no entanto, é o meu único orgulho […] Ah, tudo o que sei, qualquer outro o pode saber – o meu coração, sou o único a tê-lo».
Esperais-me onde não quero ir: amais onde não estou. Ou ainda: o mundo e eu não nos interessamos pela mesma coisa; e, para minha infelicidade, esta coisa dividida sou eu; não me interesso (diz Werther) pelo meu espírito; não vos interessais pelo meu coração.
3.
O coração é o que julgo dar. Sempre que esta dádiva me é devolvida, torna-se insuficiente dizer, como Werther, que o coração é o que resta de mim uma vez desaparecido todo o espírito que me emprestam e que eu não quero: só o coração me fica, e este coração que me fica sobre o coração é o coração destroçado: destroço de um refluxo que o fez encher de si próprio (apenas ao apaixonado e à criança se lhes destroça o coração).
(X… deve partir por algumas semanas e talvez mesmo mais; quer, à última hora, comprar um relógio para a viagem; a empregada finge: «Deseja o meu? Devia ser bem nova quando os relógios custavam esse preço, etc.»; ela não sabe que tenho o coração destroçado. )
Roland Barthes
fragmentos de um discurso amoroso
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amor-barato · 4 months
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Tento recordar teu rosto, nome. Curioso, como às vezes nos escapam os traços da pessoa amada. Situo-te num passado já distante. Não te imagino num presente. De ti resta-me o que foste comigo. E foste-me ternura e descoberta do meu corpo, de minhas mãos até então inábeis que ensinaste a acariciar teus cabelos, a sentir teu corpo; e ainda descoberta de que a minha voz tinha um sentido para além de sons mais ou menos indistintos e vagos.
Roland Barthes (Fragmentos de Um Discurso Amoroso)
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passaropoesia · 5 years
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BARTHES, Roland. Fragmentos de um discurso amoroso / Roland Barthes; tradução de Hortência dos Santos. – Rio de Janeiro: F. Alves, 1991.
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o-druida-ebrio · 2 years
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— Roland Barthes, no livro "Fragmentos De Um Discurso Amoroso". (Ed. Francisco Alves; 1.ª edição [1991]).
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entresubstancias · 4 years
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A linguagem é uma pele: esfrego minha linguagem no outro. É como se eu tivesse palavras ao invés de dedos, ou dedos na ponta das palavras. Minha linguagem treme de desejo. A emoção de um duplo contacto: de um lado, toda uma atividade do discurso vem, discretamente, indiretamente, colocar em evidência um significado único que é “eu te desejo”, e liberá-lo, alimentá-lo, ramificá-lo, fazê-lo explodir (a linguagem goza de se tocar a si mesma); por outro lado, envolvo o outro nas minhas palavras, eu o acaricio, o roço, prolongo esse roçar, me esforço em fazer durar o comentário ao qual submeto a relação.
BARTHES, Roland. Fragmentos de um discurso amoroso. Rio de Janeiro: F. Alves. 1984. 4ª ed, p. 64.
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lidaporumlapso · 5 years
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Fragmentos de um discurso não amoroso
Drummond, minha poesia perturbou-se porque dele já não espero as noites longas, demoradas em nós. E apesar de não esperar, o meu desejo é infiel. Minha poesia perturbou-se por não estar es-tru-tu-ral-men-te articulada às estranhezas da paixão. Esse bicho que traz o irreparável da vida... e tragédia do beijo torna ridícula a educação que recebi de minha avó, sempre tão rígida e maníaca por não se abalar.
Meus autores, tão meus, tornaram-se maus entendedores. Dizem arder, secar, faltar. Quase montam planilhas sintomáticas em cima do que seria a paixão, mas não há quem diga, Drummond, sobre as vidas molhadas, irrigadas pelo desfrutar do mistério.
Estamos bêbados de simulação 
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