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#Galeria de la Academia
espiritismo · 6 months
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O servo feliz
1 Certo dia, chegaram ao Céu um Marechal, um Filósofo, um Político e um Lavrador.
Um Emissário Divino recebeu-os, em elevada Esfera, a fim de ouvi-los.
2 O Marechal aproximou-se, reverente, e falou:
— Mensageiro do Comando Supremo, venho da Terra distante. Conquistei muitas medalhas de mérito, venci numerosos inimigos, recebi várias homenagens em monumentos que me honram o nome.
— Que deseja em troca de seus grandes serviços? — Indagou o Enviado.
— Quero entrar no Céu.
3 O Anjo respondeu sem vacilar:
— Por enquanto, não pode receber a dádiva. Soldados e adversários, mulheres e crianças chamam-no insistentemente da Terra. Verifique o que alegam de sua passagem pelo mundo e volte mais tarde.
4 O Filósofo acercou-se do preposto divino e pediu:
— Anjo do Criador Eterno, venho do acanhado Círculo dos homens. Dei às criaturas muita matéria de pensamento. Fui laureado por academias diversas. Meu retrato figura na galeria dos dicionários terrestres.
— Que pretende pelo que fez? — Perguntou o Emissário.
— Quero entrar no Céu.
5 — Por agora, porém, — respondeu o mensageiro sem titubear, — não lhe cabe a concessão. Muitas mentes estão trabalhando com as ideias que você deixou no mundo e reclamam-lhe a presença, de modo a saberem separar-lhe os caprichos pessoais da inspiração sublime. Regresse ao velho posto, solucione seus problemas e torne oportunamente.
6 O Político tomou a palavra e acentuou:
— Ministro do Todo-Poderoso, fui administrador dos interesses públicos. Assinei várias leis que influenciaram meu tempo. Meu nome figura em muitos documentos oficiais.
— Que pede em compensação? — Perguntou o Missionário do Alto.
— Quero entrar no Céu.
7 O Enviado, no entanto, respondeu, firme:
— Por enquanto, não pode ser atendido. O povo mantém opiniões divergentes a seu respeito. Inúmeras pessoas pronunciam-lhe o nome com amargura e esses clamores chegam até aqui. Retorne ao seu gabinete, atenda às questões que lhe interessam a paz íntima e volte depois.
8 Aproximou-se, então, o Lavrador e falou, humilde:
— Mensageiro de Nosso Pai, fui cultivador da terra… plantei o milho, o arroz, a batata e o feijão. Ninguém me conhece, mas eu tive a glória de conhecer as bênçãos de Deus e recebê-las, nos raios do Sol, na chuva benfeitora, no chão abençoado, nas sementes, nas flores, nos frutos, no amor e na ternura de meus filhinhos…
O Anjo sorriu e disse:
— Que prêmio deseja?
9 O Lavrador replicou, chorando de emoção:
— Se Nosso Pai permitir, desejaria voltar ao campo e continuar trabalhando. Tenho saudades da contemplação dos milagres de cada dia… A luz surgindo no firmamento em horas certas, a flor desabrochando por si mesma, o pão a multiplicar-se!… Se puder, plantarei o solo novamente para ver a grandeza divina a revelar-se no grão, transformado em dadivosa espiga… Não aspiro a outra felicidade senão a de prosseguir aprendendo, semeando, louvando e servindo!…
10 O Mensageiro Espiritual abraçou-o e exclamou, chorando igualmente, de júbilo:
— Venha comigo! O Senhor deseja vê-lo e ouvi-lo, porque diante do Trono Celestial apenas comparece quem procura trabalhar e servir sem recompensa.
Neio Lúcio
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jacuecam · 2 years
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Recuerdos Escarapela de profesor usada sobre el uniforme. Durante un tiempo, compartiendo mi tarea asistencial, fui profesor de "Anatomia y Fisiologia del Ejercicio" y de Medicina e Higiene del Trabajo" en la Academia General Militar. Guardo tal complemento distintivo en mi galeria de recuerdos con todo el cariño. "La educación es la fuerza más poderosa para cambiar el mundo" (en Zaragoza, Spain) https://www.instagram.com/p/CoZUM2EKjr9/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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aloneinstitute · 2 years
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Parte IV.
Paris 🛫 Firenze
Sim.... ITÁLIA querida, uma noite e um dia (inteiros) em Veneza, (1).
*Firenze (3) adorei revê-la, e conhecer por dentro, em detalhes, Galeria Ufizi e Galeria academia.
Davi não tem pra ninguém, é maravilhoso.
Firenze contínua linda.
*Roma 🚅, não tem tempo ruim, maravilhosa como Sempre, com Museo do Vaticano, Galeria Borghese (esta não conhecia) apaixonei vale a cada passo seu jardim gigantesco e encantador.
"O Rapto de Proserpina".
Pegamos chuva, garoa quase todos os dias mas em Roma num deles foi torrencial rsrsrsrss, mas divertido.
*Milão 🚅 viemos de Roma (ponto de partida) cheguei um dia antes pra não estressar com viagem, chegada e 🛫Aeroporto, aproveitei pra relaxar e dar uma passadinha da Galeria e Duomo⛪.
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naran-blr · 4 months
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Rosa Webelart da Mota. (¿-?)
Pintora portuguesa del siglo XIX.
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Se presentó en la III Exposición Trienal de la Real Academia de Bellas Artes con un cuadro de flores.
Era una académica de mérito.
Estuvo representada en la Galería Nacional de Pintura, ubicada en la Real Academia de Bellas Artes de Lisboa (Catálogo, 1868), p. 28, con Nº 42 (Primavera) y según la bibliografía del Diccionario de Pintores y Escultores Portugueses/Fernando de Pamplona «Galeria Nacional de Pintura» (Catálogo, 1872). Diccionario de pintores y escultores portugueses.  
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No he encontrado más datos biográficos ni más obras de ella.
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manuelhmompo · 8 months
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MANUEL HERNÁNDEZ MOMPÓ (VALENCIA, 1927- MADRID, 1992) ”VINALESA MEDITERRÁNEA” SERIGRAFIA (76x57) 156/200
GALERIA D´ARTS (Valencia)
https://pt.todocoleccion.net/arte-serigrafias/manuel-hernandez-mompo-valencia-1927-1992-vinalesa-mediterranea-serigrafia-76-x57-156-200~x461544197
1.500€
Empezó a frecuentar la Escuela de Artes y Oficios de Valencia con trece años de edad, aunque comenzó sus estudios oficialmente en 1943, obteniendo en 1948 una beca para la Residencia de Pintores de Granada.
Realizó su primera exposición individual en la Galería Mateu de Valencia en 1951. El año 1954 se trasladó a París, desplazándose posteriormente a la Academia Española de Bellas Artes de Roma y a Holanda. Su obra, basada en la interpretación de paisajes y temas urbanos, va tomando una mayor libertad influenciada por las corrientes abstractas y el informalismo.
Fue una de las más destacadas figuras de la generación española de los años cincuenta vinculada a la abstracción. Sin pertenecer a ningún grupo ni adscribirse a ningún estilo, comenzó investigando en el ámbito de la figuración, evolucionó hacia el arte abstracto y acabó encontrando un lenguaje propio.
En 1958 obtuvo una beca de la Fundación Juan March, dedicándose al estudio de las técnicas del mosaico. De regreso a España, se instaló en Madrid, donde vivió desde entonces alternando estancias entre Ibiza y Mallorca. En la década de los cincuenta su obra se centra básicamente en la técnica del guache y del óleo sobre papel, con una temática popular de escenas de calles y fiestas populares, que, paulatinamente, irá sufriendo un proceso de disolución de la forma, llevándole hacia una pintura abstracta con sugerencias figurativas.
Desde sus años de formación acusa la influencia de la luz, propia de la escuela de pintores levantinos. Esta luz mediterránea queda plasmada en sus telas a través del predominio del blanco y tonos muy luminosos, que alternan con obras en la gama de los grises.
En 1968 es seleccionado para la Bienal de Venecia donde obtiene el Premio de la Unesco. En los años setenta, centra sus investigaciones sobre la luz y el color en el metacrilato, para adentrarse, en 1981, en el ámbito de la escultura, realizando unas planchas metálicas dobladas que mantienen la huella del blanco y el gris de sus obras anteriores.
En 1984 obtuvo el Premio Nacional de Artes Plásticas y en 1992 el Ministerio de Cultura español le concede, a título póstumo, la Medalla de Oro al mérito en las Bellas Artes. A lo largo de su carrera realizó un gran número de exposiciones individuales y colectivas y su obra se encuentra representada en numerosos museos: Museo Reina Sofia de Madrid, Museo de Bellas Artes de Valencia, IVAM, Centro Andaluz de Arte Contemporáneo Sevilla, Museo de Arte Abstracto Español de Cuenca o el Museo de Arte Moderno de Gotemburgo.
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angelanatel · 1 year
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Como o filme Ágora enganou-se sobre Hypatia: Ágora não oferece nenhuma pista de que Hypatia era também uma filósofa considerada internacionalmente e a líder da Academia Neoplatonista em Alexandria. Sócrates Scholasticus escreveu que ela "fez tais conquistas na literatura e na ciência, que ultrapassou de longe todos os filósofos de seu próprio tempo". Ele passou a elogiar "sua extraordinária dignidade" e sua poderosa autoridade cívica: “Por causa do auto propriedade e da facilidade na maneira que ela havia adquirido em consequência do cultivo de sua mente, ela não raro aparecia em público na presença dos magistrados".
Embora algumas fontes coloquem o nascimento de Hypatía em torno de 370, sua biógrafa Marie Dzielska concluiu que ela nasceu mais provavelmente em 350. Isso faria com que ela tivesse cerca de 40 anos quando o Serapeum foi derrubado, e mais de 60 na sua morte em 415. O filme mostra uma jovem, e às vezes feminina, Hypatia. Rachel Weisz tem 30 anos, e não envelhece durante o filme. Esta Hipatia não "veste o manto de seus filósofos e caminha pelo meio da cidade", como Damascius descreveu. Ao invés disso, ela joga um pano escuro diáfano sobre um ombro. Ela também não é mostrada, recebendo multidões de visitantes em sua casa. Mas Weisz projeta a profunda inteligência da mulher.
A ênfase está na Hipatia como astrônoma e matemática, deixando de fora seu ensinamento como filósofa. Suas realizações nesses campos foram famosas, embora nenhum de seus escritos tenha sobrevivido. Ela escreveu comentários e editou obras sobre astronomia e matemática. Ela desenhou os planetas, trabalhou com seções cônicas, inventou o hidrômetro e trabalhou com astrolábio. (Alguns dizem que ela inventou este instrumento, mas os estudiosos dizem que é mais provável que ela o tenha aperfeiçoado). O filme mostra um pouco disto, mas também inventa um enredo sobre sua investigação do modelo heliocêntrico de Aristarco.
"Muito bem, esta é uma história fictícia, não uma biografia, mas aqui está a dificuldade. A maioria das pessoas nunca aprenderá nada mais sobre Hypatia do que o que está neste filme. Assim, encontramos uma revisora relacionando sua ficção como fato: "Ela descobriu que o sol era o centro do universo um milênio antes de Copérnico". [Ruthe Stein, San Francisco Chronicle, Datebook, 18-24 de julho de 2010, p. 24]
Então, quando o Orestes ficcionalizado diz a Hypatia: "Eu não serei mais capaz de protegê-la!" faz com que ela pareça dependente dele. Na realidade, ela tinha um capital político considerável, com outros líderes e agitadores vindo até ela para pedir conselhos. Além disso, seu apoio foi provavelmente fundamental para a nomeação de Orestes como prefeito de Alexandria. Da mesma forma, quando a eminente filósofa vai falar perante os magistrados da cidade, é um caso isolado, com ela de pé modestamente nas margens, com os braços pendurados ao seu lado. Acostumamo-nos tanto a ver mulheres hesitantes no cinema que nem mesmo uma gigante como Hypatia pode ser retratada como uma mulher madura no auge de seus poderes, que está acostumada a falar com autoridade e a ter homens escutando-a. Eu queria ver o filme mostrar esta dimensão dela, porque não é algo que muitas vezes conseguimos ver na tela. E isso teria sido fiel à sua história.
No tempo de Hypatía, e durante séculos antes, Alexandria foi atormentada por surtos de violência entre gregos e judeus, cristãos e não cristãos, e até mesmo entre cristãos ortodoxos e os considerados "heréticos". Desde cedo, o filme mostra um monge parabalano zombando dos não cristãos. Ele empurra um aristocrático para uma fogueira. Os não cristãos reagem desembainhando suas espadas e correm pelas ruas massacrando cristãos. Em outras cenas, os judeus do parabalanói de pedra das galerias superiores de um teatro; os judeus depois retaliam trancando cristãos em uma igreja e apedrejando-os (mas muito mais severamente, e longamente). Embora tais surtos fossem reais, senti que ambos os episódios retratavam os não cristãos e os judeus como sendo mais violentos, seus ataques como sendo mais mortais. Este não poderia ter sido o caso, já que ambos os grupos estavam do lado dos perdedores; a matança dos judeus de Alexandria foi especialmente notória.
Há outro aspecto político que algumas pessoas podem não notar: o subtexto racial retrógrado do casting. O patriarca Cyril, um vilão tanto no filme como na história, é interpretado pelo ator palestino Sami Samir. Ashraf Barhom interpreta outro vilâo, o parabalano meio louco Ammonius. Não sou a primeiro a apontar que os fanáticos cristãos foram todos elenco de árabes e africanos, mas os heróis não cristãos aristocráticos (que também eram alexandrinos) foram interpretados por europeus com sotaque inglês de classe. (Filmes de espada e sandálias fariam bem em não ter todos os seus aristocratas soando como se fossem da Câmara dos Lordes - por que não alguns sotaques egípcios ou mesmo gregos? Weisz está à altura disso).
O ator que interpreta o Synesius líbio parece que deveria estar dirigindo uma igreja luterana em Milwaukee, e o elenco de Theon também não foi convincente. Esta cansativa polaridade de vilões escuros e heróis leves sempre teve um impacto cultural negativo, mas é especialmente problemática no atual clima muçulmano-demonizante. No filme, são os cristãos que são terroristas, mas os atores que os retratam são sombrios e parecem os muçulmanos que tantas pessoas estão sendo preparadas para o ódio e o medo. Esta hemorragia política me deixou inquieta.
O antagonista da Hypatia, Cyril, era outro aristocrata. Seu tio era o bispo Teófilo, que o enviou para viver entre os monges do deserto por vários anos. Isto explica seus laços com o parabalanoi. Eles ajudaram a nomear Cyril como bispo de Alexandria por tumultos nas ruas, e continuaram a operar como suas tropas de choque. O prefeito Orestes entrou em uma luta de poder com o bispo, que estava entrando, em um grau sem precedentes, em sua esfera de assuntos cívicos. Uma questão-chave de disputa foi o tratamento dos judeus de Alexandria. Orestes os apoiou em uma disputa com Cyril, e Hypatia o apoiou.
Cyril enviou sua milícia para o bairro judaico, matando muitos e expulsando o resto da Alexandria. Orestes não foi capaz de detê-lo. O filme mostra que ele se recusa a aceitar a autoridade do bispo, recusando uma Bíblia dele, depois que Cirilo prega um sermão sobre mulheres que não presumem liderar homens. Uma turba de monges do deserto fez Orestes pagar por seu desafio, acusando-o de ser pagão e apedrejando-o na rua. (Agora não nos mostra como os guarda-costas do prefeito fugiram por suas vidas, ou que foi a população que o salvou e expulsou os monges). Cyril e sua facção culparam Hypatia pela recusa de Orestes em recuar. Este foi o gatilho que levou ao seu assassinato.
Mas havia um problema: a alta consideração universal pela filósofa astrônoma feminina em Alexandria. Cyril descobriu que não podia fazer nenhum avanço contra ela diretamente, por isso recorreu a meios desleais. Ele usou a acusação de bruxaria para virar a população contra Hypatia. Este tem sido o elemento ausente em tantas interpretações do que aconteceu em Alexandria em 415, e Amenábar merece crédito por tê-lo incluído. Como muitos estudiosos têm apontado, Hypatia não foi morta por não ser cristã, mas por causa de sua posição cívica a favor do pluralismo religioso e da igualdade, e por sua oposição política à instigação do bispo à matança dos judeus. Entretanto, sua condição de mulher e não cristã a tornou especialmente vulnerável à acusação de bruxaria. Este foi o pretexto que permitiu que Cyril se safasse de incitar sua milícia contra ela, apesar de sua posição social e de sua gloriosa carreira "masculina".
Com a extinção do Hypatía, Orestes também sabia que ele estava condenado. Logo depois de seu assassinato, ele desapareceu. Se ele fugiu ou foi morto é desconhecido. Quanto aos não cristãos, não foram extintos com a morte de Hypatia. Outros - todos os homens - continuaram ativos na universidade de Alexandria por mais sessenta anos antes de serem perseguidos. Mas a repressão religiosa totalitária estava se tornando a norma em todo o império, mais cedo em alguns lugares do que em outros. Em meados dos anos 400, os professores não cristãos estavam sendo condenados à morte na Síria. E não eram apenas os helenos. Cristãos gnósticos como os Priscilianistas na Espanha já haviam sido executados como hereges em 385. Portanto, o assassinato de Hypatia tem um valor simbólico como a véspera de uma derrubada de longo alcance de antigas tradições culturais.
O filme não mostra seu destino real de ser cortada em pedaços, ou arrastada trás de uma carruagem, e depois queimada. Mexer com os fatos não faz uma história melhor. Poderia ter mostrado uma mulher de profunda convicção espiritual enfrentando seus inimigos no clímax de sua vida.
A verdade teria feito um final poderoso. Em vez disso, o filme constitui uma narrativa romântica, juntamente com uma ameaça de estupro. Ele sexualiza Hypatia, como os artistas vem fazendo há séculos. Ela tinha 60 anos, não 40, e nunca se parecia ou agiu como a estátua destinada a retratar Hypatía de Alexandria. No filme, os milicianos a levam para a igreja de Cesário e arrancam suas roupas, Davus lhes diz para não sujar suas mãos com o sangue dela. Inacreditavelmente, a quadrilha concorda e obedientemente sai à procura de pedras, deixando-o com a Hipatia nua e passiva.
Ela não faz nenhuma tentativa de fuga. Ele a abraça longamente (recordando uma cena anterior em que esteve perto de violá-la e depois a estrangula até a morte para poupá-la da máfia. Fantasia total, e par para o curso sexualizante de um tratamento ainda muito pouco valorizado das mulheres. Uma grande astrônoma, matemática, filósofa, chefe da Academia Neoplatonista, sobrescrita na escultura moderna e na pintura como objeto do olhar masculino pornográfico.
Para mim, isto é uma chance perdida. Quem diz que mexer com os fatos, que são dramáticos por si mesmos, faz uma história melhor? Não, mostrar a uma mulher de profunda convicção espiritual ao enfrentar seus inimigos no auge de sua vida teria sido um final poderoso. E isso teria sido verdade.
Teófilo perseguiu a antiga religião egípcia, mas foi seu sobrinho Cirilo que foi o patriarca copta envolvido com o assassinato de Hypatia. Quanto a João Crisóstomo, ele não era um grande santo, mas um grande misógino:
“. . o sexo [feminino] é fraco e inconstante. ...".
Homilia 9 sobre Primeira Timóteo (1 Timóteo 2,11-15):
"O homem foi formado pela primeira vez, e em outros lugares ele mostra sua superioridade".
Homilia 9 em Primeira Timóteo (1 Timóteo 2,11-15) "Deus manteve a ordem de cada sexo dividindo o negócio da vida em duas partes, e atribuiu os aspectos mais necessários e benéficos ao homem e a matéria menos importante, inferior à mulher".
Receba o arquivo completo do filme 'Ágora" adquirindo o Curso “Bíblia Hebraica: formação e conteúdo (panorama histórico e literário)” – estudo sobre os textos do Antigo Testamento
Para informações e inscrição: https://angelanatel.wordpress.com/2022/04/02/curso-biblia-hebraica-formacao-e-conteudo-panorama-historico-e-literario/
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gazeta24br · 2 years
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Verão é tempo de brindar e celebrar com amigos e parceiros. Pensando nesse sentimento que envolve a todos nessa época do ano o Jardim Pamplona Shopping traz seu Festival de Cerveja e Vinho com atrações exclusivas e entrada gratuita.   Os amantes de um bom vinho e de uma boa cerveja terão motivos para comemorar. O Festival reúne quatro cervejarias renomadas, dois expositores de vinhos com rótulos nacionais e importados para venda e algumas degustações gratuitas.   O Jardim Pamplona Shopping oferece quatro restaurantes em seu Rooftop: Timo, Souq, Jun e Las Leñas, todos estarão em funcionamento normal durante o Festival.   O evento acontece de 27 a 29 de janeiro, sexta das 18h às 22h, sábado e domingo das 12h às 22h. Ótima opção para quem deseja confraternizar com amigos e familiares. Pets também são bem vindos e complementam o cenário de harmonia em todos os sentidos. Na área musical o Jardim Pamplona Shopping recebe três bandas de estilos variados para embalar encontros especiais.   Sobre o Jardim Pamplona Shopping: Inaugurado em 2017, o Jardim Pamplona é o primeiro centro de compras dos Jardins, bairro da zona oeste de São Paulo (SP). O empreendimento do Carrefour Property conta com um mix de lojas e serviços que valorizam a sofisticação, comodidade e estilo de vida urbano, sendo uma experiência única na região.   São mais de 18 mil m2 de área bruta locável (ABL), distribuídos em cinco pavimentos, incluindo um Rooftop com restaurantes e vista panorâmica para a região.   O empreendimento é Pet Friendly, possui cerca de 80 lojas incluindo alimentação, moda, beleza, bem-estar, casa e decoração. Além de academia, serviços, lotérica, livraria, cinema vip e coworking.   Já no piso térreo o cliente encontra local para recarga de veículos elétricos. Além disso, é reconhecido na região por realizar eventos que levam entretenimento e diversão para toda família.   Siga o Jardim Pamplona Shopping nas redes sociais e fique por dentro das novidades. Instagram: @jardimpamplonashopping TikTok: @jardimpamplonashopping Facebook: Jardim Pamplona Shopping   Programação Musical / Festival Cerveja e Vinho: • 27/01 - Das 18h às 22h – Apresentação Beto Morethi - Sertanejo - Pop;   • 28/01 - Das 12h às 22h - Apresentação Vibe 90 Rock Pop Nacional - Duo Many Variados   • 29/01 - Das 12h às 20h - Apresentação de Pop variados e Roda de Samba com Luiz Felipe (Sobrinho do Marcelinho do Art Popular).   Serviço: O quê? Festival de Cerveja e Vinho Quando? De 27 a 29 de janeiro. Onde? Jardim Pamplona Shopping – Piso 4 - Rooftop Site: www.jardimpamplonashopping.com.br Tel: 11 3882 0130 Endereço: Rua Pamplona, 1704, Jardim Paulista – SP Entrada: Gratuita Horário: Dia 27/01 das 18h às 22h. Dias 28 e 29/01 das 12h às 22h.   Sobre o Carrefour Property: Presente desde 2012 no país, o Carrefour Property é a unidade de negócios do Grupo Carrefour Brasil que atua na gestão e desenvolvimento do portfólio imobiliário da companhia.   Com a incorporação do Grupo BIG no Grupo Carrefour Brasil, a companhia passou a ter em seu portfólio mais de 21 milhões de m² em landbank. Além disso, administra mais de 370 galerias comerciais em 20 estados e 200 municípios, que contam com mais de 4.600 lojistas, além de quatro shopping centers, incluindo o Butantã e o Jardim Pamplona Shopping, em São Paulo, o Paseo Joinville, em Santa Catarina, administrados diretamente e o Boulevard Shopping, em Brasília, alugado. São espaços que trazem ao consumidor conveniência, entretenimento e praticidade.   A força do Carrefour Property reside na combinação do conhecimento e experiência imobiliária com o DNA comercial do Grupo e de seus valores, colocando o cliente sempre no centro de todos os projetos. A unidade de negócio também tem a expertise no desenvolvimento imobiliários em diversos formatos que
beneficiam todos os ecossistemas, além da experiência na gestão dos ativos da maior empregadora privada do país.   Instagram: @carrefourproperty_br Facebook: Carrefour Property – Brasil Site: https://www.carrefourproperty.com.br/ Podcast: https://open.spotify.com/show/3AmaacLSX5sy3GojnXIJsq   Serviço: O quê? Festival de Cerveja e Vinho Quando? De 27 a 29 de janeiro. Onde? Jardim Pamplona Shopping – Piso 4 - Rooftop Site: www.jardimpamplonashopping.com.br Tel: 11 3882 0130 Endereço: Rua Pamplona, 1704, Jardim Paulista – SP Entrada: Gratuita Horário: Dia 27/01 das 18h às 22h. Dias 28 e 29/01 das 12h às 22h.
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alluringaleera · 2 years
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♕ Em nome da Excalibur, ALEERA ORIANA GRIMHILDE, em seus 25 anos, jura reverter o legado da RAINHA MÁ durante sua estadia na Academia dos Legados. Com a sabedoria concedida a ela, deve se manter no caminho da luz enquanto conclui o MÓDULO II. Com a bondade tocada em seu coração, recebe DETERMINAÇÃO e não se permite ser corrompido por AMBIÇÃO. Por último, é deixado um corte na mão de BRUNA MARQUEZINE como prova de seu comprometimento com a luz.
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Ocupação: 
Artista/Escultora
Habilidade: Basilisk Eyes
Quando em uso, sua habilidade é denunciada pela coloração amarela que toma suas írises e causa paralisia temporária quando seu alvo a olha diretamente nos olhos. Depois do Baile da Lua de Sangue, Aleera soube que seu olhar poderia transformar seus alvos em estátuas de pedra permanentemente ou até matá-los, caso essa fosse sua intenção. Contudo, é imprescindível que Aleera jamais olhe a si mesma nos olhos enquanto usa o Olhar do Basilisco; apesar de outras pessoas serem invulneráveis ao seu olhar quando através de um espelho ou câmera, ela não é imune ao próprio dom, que pode afetá-la independente da forma que olhe para si mesma.
Biografia
A família Grimhilde, apesar de confinada ao exílio do Castigo, nunca abaixou a cabeça. Ao menos, foi isso que sua mãe sempre lhe disse. Quem era seu pai pouco importava, pois ele saiu de cena no momento em que soube que haveria mais responsabilidades para com a Rainha Má do que as que tinha ao ocupar um lado de sua cama. O abandono de seu pai moldou a visão de Aleera sobre os homens que, de certo só serviam para uma coisa. Enquanto crescia, ela foi moldada por sua mãe para atender suas expectativas de ser a mais bela, a mais inteligente, a que fazia as coisas mais belas; treinou-a como podia, graças aos recursos limitados do Castigo, para ser a melhor em tudo, em todas as artes que acreditava que uma princesa (pois, sendo sua filha, ela certamente era uma princesa, não importava o que os Arthurianos diziam) deveria ser excelente e assim Aleera o é.
Porém, apesar da simpatia (ensaiada, para aqueles por quem ela não nutre simpatia alguma) e elegância, a princesa Grimhilde é calculista e interesseira, buscando servir ao propósito de sua mãe e colocá-las de volta no trono, seja por casamento ou algum plano traiçoeiro dos Castigados para tomarem o que era seu por direito.
Em seu desafio de ingresso na Academia, Aleera impressionou ao paralisar seus oponentes e defender-se com graça e ferocidade equivalentes. Teria matado um dos inimigos, não fosse a voz de Merlin ecoando; “Basta”, ele dissera, e Aleera sentiu-se enfraquecer e sua visão embaçar enquanto o Light One sufocava sua habilidade. Não fez uso da droga para passar no desafio final. Sua mãe lhe ensinou a ser uma boa mentirosa e, diante de todos os cidadãos da cidade de cima, ela mentiu e recusou a oferta da ilusão de sua mãe.
Em Arthurian, escolheu impressionar com sua inteligência e habilidade artística que, ironicamente, honra sua habilidade. Suas esculturas lhe renderam exposições frequentes na Galeria de Arthurian e uma quantidade razoável de excals, mas nada que a coloque no nível de riqueza que uma princesa deveria ter. Ela inveja as famílias “reais” de Arthurian e de seus reinos adjacentes e jura que, um dia, ela e sua mãe voltaram a ter todo o status da realeza que jamais deveriam ter perdido.
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danieloteropena · 2 years
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daniel otero peña landscape research, urban design, architecture, and teaching.
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landscape research at academia ///. bottom-up brussels context sensitive and practice-based urban metabolism methodological approach. mexico city resource efficiency advancing urban metabolism studies through gis data. the spatial dimension of urban metabolism resource flows, open space networks, and vulnerable communities. green with grey landscape ecology and desealing strategies in flanders. brussels ecosystems urban agriculture cooperatives in a shared landscape. le fleuve vert agriculture, natural heritage, and trade. at practice ///. otter modular floating cabins and circular metabolism. san juan de topilejo resource harvesting and commons.
urban design infraestructura y paisaje landscape infrastructure design, water scarcity scenarios, and railway systems. kaboom! a metropolitan-scale square and an urban forest. boulevard de las culturas black and white paving stone surface (yekuana weave). parc lescure agriculture, thermal baths, and flexible infrastructures. la carlota natural, urban, and human horizons. senderos urbanos trail infrastructure and access to a cultural center in petare.
architecture culture ///. mucuchíes musical training and an organized community in the andes mountains. caracas sinfónica a horizontal void between suspended concert halls and an underground conservatory. crt bolívar an urban gallery as a foyer. crt anzoátegui the gateway to a seaside park. el amarillo a folding façade that opens to the public space. sem maracaibo reactivating unused cultural facilities through an experimental hall. teatro colón extension of a theater into the public space. la rinconada cultural infrastructure modules galeria venezia an ephemeral theater in an urban gallery. mixed-use ///. caripe modular multi-purpose cabins. bcv guayana a covered plaza as support for the natural heritage. extramuros defining boundaries of an urban center block. don armando reactivating a neglected colonial center through education. residential /// jac tan articulating living spaces through a courtyard. gon tot a playful and flexible woodwork piece. san marino reshaping spaces through a furniture strip mamama connecting family ties through common spaces and patios. icabarú a trail and a home in the hills.
teaching workshops ///. dislocal connecting the natural and built environment in a peripheral community.  urban metabolism scan exploration and synthesis of multiscale projects in peripheral territories. at loci uclouvain ///. m.arch theses urban metabolism, landscape infrastructures, and habitats. atelier tfe ecology, heritage, and territories architectural research studio. moydex first-year architectural (and landscape) drawing studio. notre dame de tournai drawing, narrative, and speculations. sociétés et territoires cross-border flows, resources, sanitary crisis, and care. fenêtres sur cour architecture, (hitchcock), landscape and courtyards. bunkers, dunes et mer landscape (architecture) design, sports fields, and a historical and natural heritage site. un sol de jeu playful landscapes. at fau ucv ///. el injerto y la quebrada residual natural spaces and modular plant production units. el pueblo y el mar classical music, a waterfront landscape, and drums in a fishing town. la ruta del peregrino topography and landscape as elements of architectural design. el río y la ciudad urban agriculture on the guaire riverbanks.
archive topo/y/paisaje is an online archive of images, texts, ideas, and references about architecture, topography, and landscape.
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aliensfoundthisblog · 3 years
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GIORGONE,  GIORGIO BARBARELLI DA CASTELFRANCO (hacia 1508) La tempesta [La tempestad] [Óleo sobre lienzo] Galeria de la Academia, Venecia, Italia
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howmanyartists · 5 years
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Sandro Chia
Sandro Chia es un pintor y escultor italiano, uno de los más destacados de la Transvanguardia y uno de los principales exponentes del arte postmoderno.  Fecha de nacimiento: 20 de abril de 1946 (edad 73 años), Florencia, Italia En exhibición: MoMA Período: Transvanguardia Educación: Galería de la Academia de Florencia
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museudoproletario · 4 years
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Os primórdios do museu público
O quarto encontro foi marcado pela leitura do texto de Ana Cláudia Fonseca Brefe, chamado: “Os primórdios do museu: da elaboração conceitual à instituição pública” que relata a trajetória histórica do museu, particularmente, na França.
Germain Bazin, conservador-chefe do Louvre, é o autor da primeira obra que relata de forma sistemática sobre museu em seu conceito e como instituição na Europa. Conforme seus anos de pesquisas, estudar a história do museu implica pensar na ideia de tempo entre os que escoam e os que duram. Precisamente, projetar noções do futuro ou voltar ao passado servem as pessoas como um consolo que traz a esperança em visualizar o que são a partir do foram.
O problema enraizado nas questões sobre patrimônio e memória é refletido no presente estendido que só pode ser compreendido e superado analisando a complexa interação entre os diferentes tempos.
Atualmente, o patrimônio herdado está abordando críticas entorno da sua qualidade nacional transmitida e demandando que diferentes áreas do estudo relacionado a memória atuem por uma nova construção de museu. Pelo fato dessas instituições estudarem e trabalharem a concepção de nação, história-memória nacional e patrimônio, a preocupação dos museus em expressar as transformações da sociedade em que estão inseridos exige uma organização interna para apresentar as coleções ao público.
A característica de encapsular o tempo foi a justificativa para que, no século XIX, a exaltação ao passado da memória nacional sustentasse os pilares da hierarquia do poder naquele presente. Entretanto, no momento atual, não cabe mais aos museus esse papel de produzir ou cultivar memórias, mas sim analisá-las como componente fundamental da vida social, conduzindo o pensamento ao universo da crítica político-social.
A historiografia em relação a articulação entre as sociedades e suas instituições são abordadas de três maneiras diferentes com seus respectivos pensadores:
1ª) As coleções públicas originaram-se a partir das estruturas sociais que lhes deram nascimento, ou seja, o progresso da instituição está atrelada a evolução natural das sociedades (Dominique Poulot e Germain Bazin);
2º) As instituições como são espaços de conflitos, entende-se que seu poder como instrumento para manipular a opinião pública objetiva perpetuar um modo de dominação específica (Escola de Frankfurt);
3º) O espetáculo museográfico como meio de interagir com o público proporcionando trocas e apropriações diversas (Escola de Chicago)
Na verdade, nos últimos anos, o interesse é a busca por sentido na história e na epistemologia (hermenêutica diacrônica). No caso da França, as pesquisas relacionadas a história dos seus museus vêm mentalizando essa ideia de contextualizar os momentos das revoluções e ao longo do século XIX, representados por alternâncias do poder entre monarquistas e republicanos, para compreender melhor o objeto de estudo, que não é exclusivo ao âmbito do museu.
Como o lugar se dispõem a expor, comunicar e interpretar materiais do passado ao público, sendo capaz de criar, expressar e validar relações interpessoais, é fundamental a reflexão sobre as coleções e suas redes sociais, indo além da análise política, ideológica e estrutural. Portanto, o estudo da origem dessas instituições diz mais do que a própria existência banal dos objetos, convertidos em elementos simbólicos e oferecidos ao olhar das pessoas.
Segundo Dominique Poulot, no seu livro Les collections: fables et programmes, a problemática das coleções, que revisam sua história, apresenta dificuldades nas análises, visto que a generalização conceitual não é aplicável numa natureza complexa. A abordagem das análises (formalista e substantiva) conduzem os estudos a isolar os fenômenos do seu tecido social, evocando apenas um sistema simbólico de coleções. Leroi- Gourhan ressalta que a coleção é a exteriorização da memória sustentada por uma cultura de transmissões.
Entretanto, uma história equilibrada não é preenchida somente pela antropologia daquilo que se preserva, mas, também, por aquilo que se excluiu da exposição. Situado entre dois polos e preocupado com a recepção, a contextualização da história permite perceber os interesses inseridos nas classes sociais e o entrecruzamento com o político. Judith Schlanger aponta para a importância de analisar a distância entre os lugares dos meios de produção daqueles recepcionados, pois é justamente onde se constroem as ideologias dos objetos que afetam as relações culturais.
Conforme o pensamento de Habermas, no século XIX, o surgimento dos museus representa um lugar de sociabilidade e legitimação ao desenvolvimento do Estado moderno, que transcende a imagem do monarca. Antes privilegiado apenas pelos poderosos, agora adquirem um novo caráter de espaço público para o consumo cultural e trocais sociais.
A reorganização no campo do visível transforma a experiência com as obras de arte em causa problematizadora que rompe com os pontos de vista homogeneizadores do século XVIII, o período da Renascença. Winckelmann será responsável por propor não uma análise biográfica dos artistas, mas sim uma análise que informatiza as obras, marcando uma nova perspectiva da historiografia clássica da arte. Sua metodologia se alastra pelos meios intelectuais da Europa e surge no desenvolvimento das ideias a necessidade de uma maior aproximação com as obras. Dessa forma, o papel do museu dá-se como um espaço público para exposições que permitem visualizar e acessar diretamente às obras.
Na França, em 1747, surge a primeira obra escrita de forma sistematizada por La Font de Saint Yenne em “Reflexões sobre algumas causas do estado atual da pintura na França e sobre a belas-artes”. Um panfleto que conecta o problema dos museus a política, sob a defesa do olhar as obras divulgando-as publicamente, fazendo do museu um instrumento e a ilustração de uma reforma a porvir. Primeiro, o pedido por vulgarizar o acesso às obras para além dos Salões das Academias, pois os pintores do gênero histórico precisavam de referências ao construírem a imagem dos heróis para a posteridade. Sob esse enfoque, a solução apontada foi a criação de um museu real em Paris com obras guardadas e invisibilizadas pelo rei no Palácio de Versalhes. Tal sugestão, aponta a uma crítica que diz respeito à negligência real em censurar a observação de algo considerado como patrimônio nacional. Ele ainda reforça em outro panfleto (“A sombra do grande Colbert”), publicado em 1752, o descaso da realeza com o Louvre e a propõem utilizar o espaço da Galeria de Apolo para montar as coleções, ainda que ligadas fielmente a imagem do monarca. Também, outros nomes, como Diderot, podem ser citados como vozes em defesa do acesso as obras de arte.
Em 1750, a criação do Museu de Luxembourg, a representação espacial de um teatro do mundo, marca a abertura das coleções reais na França ao público e as obras das suas sete primeiras exposições, que ainda se encontram no museu, retratam o eclesiástico entre as obras italianas clássicas e o prestígio das pinturas francesas. Entretanto, Luis XVI fecha a exposição em 1778 (apenas 29 anos de museu aberto) e torna o palácio a residência de seu irmão. Já em 1774, se dá a nomeação do Conde d’Angiviller para o cargo de “Direção dos Edifícios do Rei” que participa ativamente no projeto de montar um museu real na grande Galeria do Louvre. Um projeto patriótico e pedagógico focado em fazer da arte algo útil para exaltar os grandes heróis e ensinar os deveres morais e cívicos da sociedade.
Com o avanço dos projetos, novos problemas relacionados à aquisição e encomenda das obras surgem: o espaço disponível, a sua iluminação e a segurança das obras. D’Andiviller, na tentativa de solucionar os embates, não consegue chegar a um consenso com sua equipe e retarda a abertura do museu, que só se fará durante a Revolução Francesa. Pommier salienta a importância de contextualizar o momento com a abertura de museus na Europa com coleções principescas e particulares para identificar o caráter inovador das exposições francesas. Longe de ser apenas um local para expor as coleções, os museus descrevem a realidade existente de determinada época nas suas mais complexas relações sociais.
Em 1739, a Encyclopédie de Zedler descrevia o verbete “museu” como um “lugar onde estão guardadas as coisas que têm relação imediata com as artes e as musas”, que serviam de inspiração aos artistas e contemplassem em um único espaço a reunião dos conhecimentos provenientes das áreas científicas e artísticas. Já dos séculos XVI ao XVII, o verbete “Cabinet” [Gabinete] torna-se como prática corrente de colecionar e sociabilizar conhecimentos eruditos. A curiosidade se alastra pela Europa e as coleções iniciam as classificações das obras no propósito de dar uma ordem racional ao mundo. Em direção a virada do século XVIII, o uso científico e pedagógico dos gabinetes em classificar os objetos naturais é acompanhado da especialização dos saberes, mas gradativamente as coleções artísticas incorporam uma nova apresentação, especializada e histórica.
Na Itália Renascentista é que se desenvolvem os primeiros aspectos de uma política de ações oficiais para a abertura de museus que influenciou toda a Europa ao longo do século XVIII.  As reivindicações para abertura dos museus, como antes comentado, baseiam-se na contraproposta ao monopólio acadêmico das coleções. Os desdobramentos ocorrerão conforme as particularidades do processo em cada país. Portanto, o século XVIII é reconhecido com o embrião dos museus, enquanto o século XIX, a fase do crescimento, a transformação do privado em público. Independente das transformações, os museus passam a ser locais que transmitem e permitem a produção do conhecimento e desempenham o papel de guardião da memória. Importante destacar a atuação das bibliotecas como precursoras dos museus por, principalmente, facilitarem o acesso.
Na França, a consciência sobre a abertura das coleções ao público veio à tona pelas viagens de franceses aos países vizinhos, como Inglaterra, Alemanha e Itália, que já possuíam suas coleções abertas. Entretanto, apenas após os atos revolucionários é que a materialização dos museus se faz na França.
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victoriaaosprantos · 4 years
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A Revolução Francesa
Antes de falar sobre como a revolução francesa conseguiu institualizar o museu, vou contextualizar qual era o cenário europeu da época, no antigo regime, a arte francesa permite aos artistas produzirem e venderem suas obras, se forma a tradição do Salon. Um exemplo é o salon da Academia Régia de Pintura e de Escultura, destinado a conferir uma recompensa pública aos artistas protegidos pelo rei. Outro exemplo extremamente importante é do Palais du Luxemboug (1750-1779) que teve sua galeria aberta numa ala leste, que já na época era regido por critérios pedagógicos e estéticos de organização. 
O museu só toma forma quando há uma grande necessidade na “invenção” de um passado nacional. Durante a revolução francesa essa invenção se torna possível, o confisco de bens da Igreja, e da nobreza, e da coroa trouxe a tona uma nova reflexão dos membros da Assembléia, levando os a escolher quais bens deveriam ser conservados e quais deveriam ser destruídos. Com a afirmação dos direitos humanos e essa nova ideia de “bens”, a população leva a reivindicar o acesso às obras de arte, como um direito legítimo ao qual a República deve satisfazer. 
Ressalto que as transições de coleções privadas para museus públicos foi lenta, e só foi possível graças a transição de esfera privada para a pública. Os objetos científicos selecionados não eram ainda interpretados como integrantes de um patrimônio coletivo e nem estavam expostos ao público. Os príncipes e reis eram detentores dessas coleções, apesar de tudo, havia em contrapartida cada vez mais frequente uma “cultura da curiosidade”, características dos “GABINETES DE CURIOSIDADES” ou “CÂMARA DE ARTES E MARAVILHAS” (nos países germânicos Kunst und Wunderkammer).
1.  La Gallerie du Palais du Luxembourg. Paris: Duchange, 1710.
2. Kunst und Wunderkammer di Ferrante Imperato
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gigiaventuras · 7 years
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Florencia es un sueño para todos aquellos que amamos el arte, la historia, la filosofía y la ciencia, no por algo es una de las ciudades más visitadas de Italia.
Florencia se encuentra al norte de la región central de Italia, en la región de la Toscana. El movimiento artístico llamado Renacimiento se inició aquí durante la segunda mitad del siglo XIV. Florencia es considerada una de las cunas del arte y de la arquitectura, por toda la ciudad se encuentran obras de arte de  personajes como Lorenzo de Medici, Dante Alighieri, Giovanni Boccaccio, Filippo Brunelleschi, Leonardo da Vinci y Michelangelo Buonarroti.
En esta hermosa ciudad hay tanto que ver que se debe priorizar lo que uno desear conocer dependiendo del tiempo que se tenga.
Nosotras dedicamos 2 días a visitar Florencia, ya que llegamos un lunes por la tarde, después de dejar nuestras maletas salimos a recorrer la ciudad. Es una experiencia completamente distinta visitar Florencia por la noche mientras se come un rico helado italiano.
Aquí te dejamos nuestro itinerario y los lugares más importantes que debes visitar si estas en Florencia.
¿Qué visitar en tu viaje a Florencia en 2 Días?
Piazza del Duomo
La Piazza del Duomo es el centro religioso y espiritual de Florencia y debe ser el inicio todo viaje a esta ciudad. Aquí se encuentra la catedral de Florencia, el Duomo con su famosa cúpula de Brunelleschi, el Baptisterio de San Giovanni, el Campanario de Giotto, y el Museo dell’Opera del Duomo, donde se encuentran las esculturas originales que adornan los edificios de la plaza.
Piazza del Duomo
Il Duomo
La Catedral de Florencia, más conocida como el Duomo de Santa María del Fiore, es una obra de arte.  Su construcción comenzó en 1296 y finalizo en 1368. La cúpula fue construida por Filippo Brunelleschi en el siglo XV, casi un siglo después que se finalizara la catedral. Se le consideró una de las más grandes obras del Renacimiento. El mosaico de la cúpula escenifica el Juicio Final y fue obra de Giorgio Vasari y Federico Zuccari.
No se puede dejar de subir a lo más alto de la cúpula desde donde podrán tener excelentes vistas panorámicas de toda la ciudad.  Cuenta con 114 metros de altura y 463 escalones para llegar a la cima. El último tramo de la subida se realiza casi vertical entre las bóvedas interior y exterior.
Cerca de la entrada se encuentra una pequeña cripta donde se puede ver la tumba de Brunelleschi, que fue descubierta a mediados del siglo XX.
Horario: Lunes, martes, miércoles y viernes de 10:00 a 17:00 horas Jueves de 10:00 a 15:30 horas Sábados de 10:00 a 16:45 horas. Domingos y festivos de 13:30 a 16:45 horas.
Lugar: Piazza del Duomo
Precio: Entrada 15€ (incluye catedral, cúpula, baptisterio, cripta, campanario y el Museo de la Ópera del Duomo).
Tickets Oficiales
  El Campanario de Giotto
El esbelto campanario del Duomo es uno de los más bellos de Italia. Su construcción comenzó en 1334 siguiendo los planos de Giotto, quien no vería su obra terminada. El Campanario tiene un revestimiento de mármol blanco, verde y rojo, similar al de la catedral. Cuenta con 84 metros de altura y 414 escalones que llevan hasta la parte más alta desde donde se obtiene una vista majestuosa de toda la catedral, en especial de la cúpula y una hermosa vista de la ciudad de Florencia.
Precio:  Ya incluida con entrada a la catedral
Baptisterio de San Giovanni
El Baptisterio de San Giovanni, de forma octagonal, es el edificio más antiguo que hay en Florencia y se encuentra frente al Duomo. Al igual que el Duomo y el Campanario, tiene un revestimiento de mármol blanco y verde. Lo más asombroso de su interior es el mosaico bizantino de su cúpula; aquí también se encuentra la tumba del antipapa Juan XIII, diseñada por Donatello.
El Baptisterio tiene tres puertas de acceso, de las cuales, la más importante es la que está situada frente al Duomo. “La Puerta del Paraiso” tiene 10 paneles de bronce con relieves que representan escenas del Antiguo Testamento; fue construida por Lorenzo Guiberti, a quien le tomo 26 años diseñarla. Los paneles que se exhiben son copias de los originales, que se encuentran en el Museo de la Catedral.
Horario: Todos los días 11:15am – 7pm
Lugar:  Piazza del Duomo
Precio:  Ya incluida con entrada a la catedral
Museo dell’Opera del Duomo
En el Museo Opera del Duomo se encuentran instrumentos y planos originales que fueron utilizados para la construcción de la Catedral. Aquí se hallan esculturas y piezas originales que fueron sustituidas por copias por motivos de conservación en la Catedral, Campanile y Baptisterio.
El Museo Opera del Duomo está situado detrás de la cúpula de la Catedral. En este antiguo palacio trabajaron artistas como Donatello, Brunelleschi y donde Miguel Ángel realizó su famoso David.
Horario: L – S de 9am – 7:30pm
Lugar: Piazza del Duomo
Precio: Ya incluida con entrada a la catedral
Piazza della Signoria
La Piazza della Signoria es la plaza más importante de Florencia; es el lugar donde se reúnen tanto los florentinos como los turistas. Esta bella plaza es un museo al aire libre, aquí se encuentra el Palazzo Vecchio, las esculturas de Adán y Eva, la copia del David de Miguel Ángel (que luego fue llevado a la Galeria de la Academia), la Fuente de Neptuno con sus ninfas, la Judit y el Holofernes de Donatello, el Perseo de bronce de Cellini que muestra la cabeza de Medusa y Cosme.
Palazzo Vecchio
El Palazzo Vecchio es la sede del gobierno de Florencia, el ayuntamiento de la ciudad. En la entrada del Palacio se encuentra  la copia del David de Miguel y Hércules y Caco de Baccio Bandinelli. Una de los salones más importante es la Sala del Cinquecento, con 54 metros de longitud, 22 metros de ancho y 17 metros de altura, es la sala más grande de Florencia. En la actualidad la Sala del Cinquecento es usado para audiencias y eventos especiales.
El Palazzo Vecchio es uno de los museos que abren hasta tarde durante la primavera y verano.
Horario: Viernes – Miercoles de 9am – 11pm
Lugar: Piazza della Signoria
Precio: Entrada 10€
Tickets Oficiales
El Ponte Vecchio
El Ponte Vecchio es una de las imágenes icono y representativa de Florencia. Con sus casas y tiendas colgantes, el Ponte Vecchio es uno de los puentes más famosos del mundo, también es el puente de piedra más antiguo de Europa. Durante la Segunda Guerra Mundial, fue el único de los puentes de Florencia que no fue destruido por las tropas alemanas.
El Ponte Vecchio es el símbolo del romanticismo por la cantidad de candados que son colocados en éste como señal de amor; en la actualidad cada cierto tiempo las autoridades quitan los candados por la seguridad de la estructura.
Lugar: Entre Santa María y Guicciardini.
Iglesia de Santa Croce
La Iglesia de Santa Croce es la iglesia franciscana más grande del mundo, sólo es superada en tamaño por el Duomo de Florencia. Es también el panteón de Florencia por tener casi 300 tumbas, entre ellas se encuentran las tumbas de Miguel Angel, Maquiavelo y Galileo Galiei. En sus lápidas se pueden ver distintas fechas entre los siglos XIV y XIX.
Aunque su interior no es como el de Santa María Novella, en sus paredes se pueden aprecias pinturas y esculturas de artistas como Giotto, Brunelleschi y Donatello.
Horario: L – S de 9:30am – 5pm
Lugar: Piazza Santa Croce (autobús B)
Precio: Entrada 6€
 Iglesia Santa Maria Novella
Construida en el siglo XI, la Iglesia Santa Maria Novella es la sede de los franciscanos. Se encuentra junto a la estación de tren de Florencia, que tiene además su mismo nombre. Las dos obras más importante que se encuentran en Santa María Novella son: La Trinidad, fresco de Masaccio y el Crucifijo de Brunelleschi, su única escultura en madera.
Horario: L – V de 9am – 7pm
Lugar: Piazza Santa Maria Novela
Precio: Entrada 5€
 Galería de la Academia
La Galería de la Academia es el segundo museo más visitado de Florencia despues de la Galería Uffizi. En su interior se encuentra una de las esculturas más famosas de todos los tiempos, el David de Miguel Ángel, una escultura de mármol blanco de 5.17 metros de altura que representa a David antes de enfrentarse con Goliat. Aquí también se encuentran más esculturas y una gran colección de pinturas religiosas.
Horario: Martes a Domingo de 8:15 a 18:50 horas. Cerrado lunes
Lugar: Via Ricasoli 58-60
Precio: 8€.
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Galería degli Uffizi
Esta galería es el lugar más visitado en Florencia, cuenta con las colecciones de pintura más famosas del mundo, por ejemplo el Nacimiento de Venus de Botticelli, la Adoración de los Magos y la Anunciación de Leonardo da Vinci, el Venus de Urbino de Tiziano y Virgen del jilguero de Rafael. En el museo también se encuentran estatuas griegas y romanas; el lugar más interesante es el área sobre el renacimiento italiano con obras de Botticelli, Leonardo da Vinci, Miguel Ángel, Rafael y Tiziano.
Recuerden que por ser la galería más visitada, las filas para entrar al museo suelen ser interminables. Recomiendo reservar la entrada por internet para evitarlas la fila y ahorrar tiempo.
Horario: Martes a Domingo de 8:15 a 18:50 horas.
Cerrado lunes, 1 de mayo, 25 de diciembre y 1 de enero.
Lugar:  Piazzale degli Uffizi
Precio: 8€.
Tickets Oficiales
Esperamos que disfruten su visita a Florencia y que este itinerario de los lugares que deben visitar durante su visita les sea de ayuda.
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cuatroveintiuno · 7 years
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“Siga las sagradas indicaciones”. Imagen tomada en la Galleria dell’Accademia en Florencia (febrero de 2017).
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flipitravel · 6 years
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