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#Seguindo para um fim tenebroso...
victor1990hugo · 2 years
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lustloscom · 1 day
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carta pra mim mesma num grito desesperado de entender um sentimento
O que sobra de mim quando isso tudo acabar? Passei a vida inteira seguindo a cartilha que me entregaram e agora que ela está prestes a terminar, simplesmente não sou capaz de imaginar o que vem depois. Todo esse tempo eu fui empurrada, engolida e arrastada pela maré em que me jogaram... Isso tudo foi muito útil, acabei indo muito mais longe do que iria se estivesse a deriva num barco sozinha. Porém, chegou o temido dia que vou precisar acreditar em mim para continuar viva. Não ter escolhido meus próprios passos é como viver uma prisão em liberdade. É um ciclo tenebroso e assustador. Eu consigo as coisas, mas eu me perco no processo. Hoje, não é uma realidade para mim pensar dois dias daqui pra frente. Simplesmente tem algo que me impede de ver o que pode acontecer, quais são as possibilidades, ou o que eu poderia fazer. Se me perguntam o que eu quero da minha vida, eu não sei responder. Nem vou dizer que deixei de seguir meus sonhos, eu simplesmente deixei de sonhá-los, não sei como se faz isso. Não lembro quando foi a última vez que eu realmente olhei para algo e pensei "quero isso pro meu futuro, quero seguir esse caminho mesmo que seja difícil". Eu não penso mais em nada, eu não encontro saída. Quando me perguntam sobre o futuro, minha única resposta é a morte... Não pq eu queira morrer, mas sim pq disso eu sei que eu também não posso fugir. É a próxima etapa da minha cartilha fracassada. É o próximo ponto para qual tenho certeza que a corrente vai me arrastar. Entre mim e a morte existe um grande vazio e não sei dizer quanto tempo eu vou ser capaz de caminhar por ele. Era para existir um lugar preenchido de chances, tentativas, erros e fracassos, mas nem isso eu sou capaz de ver. Não me julgue, eu sei muito bem que é um problema tosco. Imagine só, estar reclamando por ter tido apoio e por não precisar pensar pra onde ir pois o caminho já estava construído? Era só seguir em frente . Durante toda minha vida caminharam por mim e agora eu estou desesperada pq não sei caminhar sozinha. Minha mente bloqueia toda e qualquer possibilidade, mas eu não saberia te explicar como. Tenho certeza que não teria ido em nem metade dos lugares que fui se não tivessem me carregado. Eu sei que se minha mãe não tivesse feito o que fez, eu teria desistido muito antes. E eu sei que realmente teria pq eu quase me afoguei muitas vezes e foi ela quem me salvou . Era ela ou um outro alguém... Sempre que ali por mim, o tempo todo, prontos para me fazer seguir a corrente. Eu não estou reclamando disso, esse fato é grandioso e muito bom. É só que... realmente me impediu de aprender, de escolher. Eles tiveram que me carregar para que eu pudesse continuar minimamente viva. Nunca tinha parado para pensar nisso dessa forma, mas as coisas são o que são e hoje eu posso ver. É bizarro, talvez eu não saiba explicar exatamente o que eu to sentindo e por isso que esse texto acabou se tornando uma confusão. Sinto muito se nada disso fez sentido, mas não me importo muito também. Minha mente me perturba todo dia com o borrão que se forma quando eu penso no amanhã e eu não aguento mais. Eu não sei o que resta pra mim agora que isso tudo tá tão perto do fim.
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imagem-escrita · 1 year
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Só vem a tona quando esquecerem a época  
Ontem passaram-se por aqui diversas éguas pastoreiras, quando o assunto é folia querem me fazer ouvir histórias misturadas, me perco no foco da jornada de léguas e léguas das buchudas. Com certeza aguentei o coice da vida metropolitana depois de passar anos vivendo no interior da casa de madeira dispostas em linha reta pregadas em troncos moldados, de noite perdia a maldade entre minhas irmãs caçulas e resolvi brincar em cima da cama. Na defesa com as mãos de frente ao rosto perseguindo, andando de costas a porta do quarto para chegar até a cozinha, sempre perdia a perspectiva na hora de pensar em quantas palavras seria possível armazenar ao longo da vida sem parecer uma diplomata metida a besta na cidade grande. 
Além do mais, sempre fazia o uso de base na cara e passava pó compacto para disfarçar as imperfeições causadas pelo tempo, torrando farinha na beira do fogão de lenha e seguindo adiante, sem aprofundar tanto as mágoas da vida insegura de moça sozinha. Falar pela voz de homens seria menos doloroso, com o passar do século até a morte, seria possível carregar o peso de desenhar os passos daqueles jovens tenebrosos que romperam com a inocência da juventude. A descrição monótona da vida diária tornou-se mais poética por me cansar demais, esquecer dos detalhes que precisei parar para averiguar seria fazer valer a pena o automatismo dos metropolitanos, quer dizer, a grande parte deles. 
Obrigando-me a pensar mais devagar no jogo noturno dos dias que sucedem meu prazo, desisto de conseguir, sinto a humilhadora mor das moças da minha idade que ficaram trancadas em casa esperando as oportunidades chegarem em cima da mesa para encher o bucho de água e catar feijão depois de ver o jornal e falar sobre a política desses eleitores fiéis do corno-vírus. Garanto ser mais calada nos almoços de família, eu disse numa das tiradas na hora do almoço com a Vilma, com certeza eu vou ser melhor calada do que contando sobre as cabras no descampado praticamente abandonadas pelo senhor que mora na cidade.
 Na esperança de conseguir procrastinar menos para recuperar o número de celular antigo depois de ter deixado cair o cartão pequeno pelo burado na escada inteligente do ônibus quando sentei perto da vaga do cadeirante no penúltimo dia, cansada de dar telefonemas, quando achava impossível o dia ficar pior. Na loja do shopping, correndo até a lanchonete depois de pagar a quantia para reativar os aplicativos de conversa online, decidi passar mais um dia sem almoçar. Neste século foi proibido falar do passado, ainda mais do recente desastre a nível global, a revolução da cripto moeda acelerou a diminuição da pobreza em países emergentes — com toda certeza fiquei com conjutivite para aprender a não limpar os olhos com a mão suja.   
Não falar diretamente de assuntos atuais gerou midiatização de notícias mequetrefes, sem respeito com os mais velhos que estavam acostumados a saber da verdade interina, imediata, sem manipulação da massa pela televisão no fim do dia. O excesso de metáforas por cima de informação e entretenimento convergiu para o bem-estar sensacionalista, logo em seguida a manipulação de discursos embrincou a normatização cotidiana de pessoas importantes a bessa para a influência do país, começaram a trabalhar em casa com estruturas locomotoras de gravação de som e imagem. Na finalidade de conseguir traduzir o indizível, repórteres foram a palco contar suas anulações para conduzir aos telespectadores as lutas individuais para profissão permanecer em seu dia-a-dia.
A verdade é que você ainda vai ver muito potencial em perder diversas oportunidades para o mesmo sistema que levou os benfeitores a serem quem são, sou todo liberdade para falar do que eu quiser. Nada tiraria minha paz, nem as mentiras sobre  os caminhos que decidi viver e desistir de perder a razão diante as palavras de ódio para despertar os sentimentos mais egóicos da minha estima de menina que dói, destruí meus caminhos mediante seu racismo estrutural de homem coronelista. Em dias de dor e erros nas palavras que desaprendi, não me pergunte a razão, sinto saudade dos dias frios ao seu lado. A senhorita que descreveu seu ódio pelo mesmo homem que a mão do delator no dia do julgamento em que o médico consentimento do frágil desvirtuador de personalidades excretou os líquidos do seu corpo na pia de trás do banheiro. Meu vício é pecar em seu nome  agora sozinho pelos cantos das casas que ainda tentam compreender meu desamor pela vida. Ninguém me amou, ninguém me quer, não tenho razão nem medo de continuar vivo. 
Me leve embora daqui às quatro da manhã, desaprendi a andar no seu andador de rapaz disposto a continuar dizendo aos outros suas histórias. Então, nunca ande de sunga por aí, não vá a praia, nem diga o motivo de suas marcas ao seu próximo porque o único sempre será o caro que lhe escolheu falar a verdade sobre grandes amores.
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mindestruction-blog · 4 years
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Listando Livros: Harry Potter
Boa noite!
Eu perdi tudo que tinha escrito sobre este post uma vez. Isso foi lamentável.
Agora eu simplesmente não lembro o que tinha escrito, mas acho que era algo como “resolvi fazer uma postagem aqui respondendo uma tal de tag aí de livros que encontrei na internet bem aqui nesse Dreamland Book Blog = https://dreamlandbookblog.wordpress.com/2016/08/13/tag-the-harry-potter-spells-tag/ (veja que este não é o site que inventou a tag, que aparentemente se chama Written Word Worlds e não mais existe).” Eu estava achando divertido construir esta postagem até que perdi tudo que já estava feito.... mas tudo bem. Vida que segue.
O tema da #tag é Harry Potter e os feitiços desse mundo. Me pareceu bom o bastante, vamos ver o que acontece logo após esta gravura de um senhor idoso que é pra ser um cosplay de Dumbledore. Também já aviso que estou chamando absolutamente tudo de feitiço aqui. Obrigado.
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1 - FLAGRATE, feitiço de escrever: um livro que você achou interessante, mas que gostaria de reescrever.
A Estrada da Noite - Joe Hill
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Esse livro é legal, gostei de acompanhar a vida de um astro do rock das antigas em plena decadência que possui uma coleção de itens macabros e que acaba de adquirir seu item mais sinistro: um fantasmão de verdade. O fantasma é até interessante, mas em alguns momentos o livro acaba tomando um rumo mais cômico do que aterrorizante e esses momentos seriam atacados pela minha caneta mágica, tornando tudo mais tenebroso.
2 - ALOHOMORA, feitiço de destrancamento: o primeiro livro de uma série que te fisgou.
O Império Final - Brandon Sanderson
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Fiquei muito animado com a leitura deste livro, que tem sim algumas barrigas, como os bailes intermináveis para os quais a Vin deveria ir como espiã, mas se mostrou uma porta de entrada show de bola para um mundo fascinante. Destaco o cuidado que a obra tem com o sistema de magia vigente naquela terra e como todas as coisas fazem sentido e vão se encaixando ao longo da história. Eu achei mesmo que poderia ficar fortão se chupasse alguma barra de ferro aqui (o poder nesta história vem dos metais. E não é ferro que dá força, mas acho que o peltre não é tão comum assim na vida real, então decidi escrever ferro mesmo).   
O Brandon é um cara muito criativo e é louco pensar que na saga Mistborn acompanhamos apenas um planeta de todo um universo que o autor está criando.
3 - ACCIO, feitiço de fazer as coisas irem até você: um livro que você gostaria de possuir neste exato momento.
Sobre Meninos e Lobos - Dennis Lehane
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Decidi colocar este livro aqui pelo fato de ele aparentemente estar esgotado, então não se encontra ele fácil por aí. Ele não é uma prioridade para mim no momento, mas sim, eu quero conhecer essa história e o Lehane, que é a mente por trás, entre outras coisas, do livro que deu origem ao filme Ilha do Medo.
Não sei muitos detalhes do que ocorre neste filme, mas creio que ele fala sobre crianças sofrendo uma experiência traumática e tendo que lidar com isso no futuro, quando já são adultas. Esta premissa já é batida, sobretudo por causa de It, mas ainda me deixa curioso. Recentemente eu li um livro neste estilo, O Homem de Giz, e foi uma boa leitura. Além disso, muitas pessoas na internet falam bem sobre o livro, então ele tá em algum lugar perdido aqui no meu radar.
4 - AVADA KEDAVRA, feitiço da morte: um livro matador.
Trilogia dos Espinhos - Mark Lawrence
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Aqui se encontra uma quantidade enorme de defuntos, por isso o livro está marcado com a bandeira do Avada Kedavra. Rola até mesmo uma necromancia braba na história, ou seja, o morto pode morrer mais de uma vez. Ademais também encontramos no livro, que na verdade reúne três livros que formam a Trilogia dos Espinhos num formato omnibus, uma série de outros crimes completamente hediondos.
5 - CONFUNDO, feitiço de confusão: um livro que você achou confuso.
O Demonologista - Andrew Pyper
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O que falar sobre um livro que te deixou confuso? Acho que a pior parte foi o final. Estou por agora começando a gostar de finais mais abertos, mas fiquei com a impressão de que o fim deste livro não é simplesmente aberto, mas incompleto. Sei não, parece que o autor cansou e jogou tudo pra cima os papel. Lembro que tem um capiroto na história e um professor meio metido a Robert Langdon, daí ele se envolve com uma investigação misteriosa e sua filha some. Ao final não sabemos se a filha é o cão, se ele tá vivo ou morto, se a menina é mesmo sua filha, se lemos mesmo aquele livro. Exagerei um pouco. Perdão. Ainda assim quero ler outro livro do Pyper que tenho aqui.
6 - EXPECTO PATRONUM, feitiço guardião: um livro que é seu spirit animal.
O Apanhador no Campo de Centeio - J. D. Salinger
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Pelo que entendi, nesta parte devo dizer um livro com o qual me identifico. Para ser sincero, não tem um livro que me representa completamente, mas optei pela história do Holden Caulfield por ele ser um rapaz perdido na vida, o que, querendo ou não, lembra a mim de mim mesmo. Faz sentido o que escrevi?
Enfim, eu acho que o Holden é um bom rapaz e espero que tudo tenha ficado bem com ele depois do que acontece no livro. Vai dar tudo certo.
Não me alongarei mais neste tópico. Aliás, só mais uma alongadinha: o Holden gosta de ler uns livrinhos, como eu. Show.
7 - SECTUMSEMPRA, feitiço obscuro: um livro obscuro e sinistro.
A Floresta das Árvores Retorcidas - Alexandre Callari
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Eu ia colocar aqui O Exorcista, que de fato acho mais sinistro, mas sinto que falo muito deste livro, então decidi colocar outro no lugar do feitiço obscuro.
No livro do Alexandre temos um monte de sangue e algumas perversões (só que nada dá medo de verdade…………….), então acho que ele se qualifica aqui pra esta posição de algum modo. As perversões me parecem alinhadas ao termo “twisted” da tag original. E é isso, é um livro de terror, afinal de contas.
8 - (Oxente, essa já foi. Enfim.) EXPECTO PATRONUM, feitiço guardião: um livro da sua infância que evoca boas memórias.
Eles Morrem, Você Mata - Stella Carr
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Acredito que este é o livro que mais li em toda a minha vida. Essa capa me desperta uma nostalgia que não é brincadeira. A Stella Carr me mostrou como pode ser instigante o mundo dos mistérios, e também essa coisa de livro, com este livro e com seu outro: O Monstro do Morumbi. Eu os pegava na biblioteca da escola e da cidade de Ceilândia e lia rapidinho, enquanto outros livros eram uma tortura absoluta, por isso essas histórias são marcantes para mim. Até hoje eu fico com vontade de dar uma de detetive por causa delas.
Um detalhe é que eu encarava o Eles Morrem, Você Mata como um segredo. Meus pais, na minha cabeça, jamais poderiam saber que eu estava lendo um livro sobre pessoas mortas, o que deve ter contribuído pra eu achar tudo mais interessante.
9 - EXPELLIARMUS, feitiço de desarme: um livro que te pegou de surpresa.
Confissões - Kanae Minato
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Este livro me deixou surpreso pelo simples fato de ter superado as minhas expectativas, eu achava, antes de ler, que seria uma experiência boa, digamos que uma nota ⅘, mas ele acabou sendo bem mais bacana. Eu tinha visto, antes de começar a ler, que o livro trazia diferentes pontos de vista sobre uma mesma coisa: a morte da filha  de uma professora japonesa. Isso me pareceu meio chato, pois achei que seria repetitivo, mas acabou sendo interessante perceber todos os detalhes envolvidos com a morte da garota e como se desenrolava a vigança da professora contra… seus prórpios alunos. Pois é.
10 - PRIOR INCANTATO, feitiço de reversão: o último livro que você leu.
O Sol Desvelado - Isaac Asimov
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Estou seguindo adiante com a série dos robôs do Isaac Asimov, sendo este o segundo de uma quadrilogia. Foi melhor que o primeiro, gostei de ver as aventuras do detetive Elijah Baley no planeta Solaria, onde há muito mais robô que gente. Ele mostrou praqueles siderais o valor dos terráqueos, que orgulho. 
Gosto dessa mistura que o Asimov faz de ficção científica com romance policial, apesar de achar que um robô como o R. Daneel Olivaw, parceiro do Baley, seria bem mais perspicaz do que ele de fato é. Mas tá bem.
11 - RIDDIKULUS, feitiço para repelir bichos-papões: um livro que você achou engraçado.
As Sereias de Titã - Kurt Vonnegut
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Coloco este livro aqui por ele possuir uma boa quantidade de piadas bestas que me divertiram ao longo da leitura. O livro tem algumas coisas que me incomodaram, mas gostei do senso de humor na maior parte das vezes. Vale lembrar que o Guia do Mochileiro das Galáxias parece ser uma bela de uma cópia deste livro do Vonnegut. Se fosse pra comparar os dois, eu diria que o Sereias de Titã é mais engraçado, talvez por não ser tão absurdo quanto o outro, apesar de, sim, ser um livro completamente maluco.
12 - SONORUS, feitiço amplificador: um livro que você acha que todos deveriam conhecer.
E Não Sobrou Nenhum - Agatha Christie
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É meio estranho pensar que este livro passou por uma revisão pra ser aeceito nos dias atuais, mas achei que o resultado ficou muito bom.
Enfim. Acho que este é um livro que todos deveriam conhecer por ter uma linguagem bem acessível e um mistério que deixa o leitor preso na história até que ela seja revelada. E quando de fato tudo é esclarecido, ficamos satisfeitos com o final. Penso que a possibilidade de ser uma leitura agradável é bem alta, por isso enquadrei o livro nessa categoria, que fala sobre um livro que TODOS deveriam conhecer.
Só teve uma coisinha que me incomodou na resolução de todo o rolê do livro, uma ideia meio estapafúrdia. Porém, consegui relevar legal.
13 - OBLIVIATE, feitiço de apagar memórias: um livro que você gostaria de esquecer que já leu.
A Princesa Prometida - William Goldman
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Esse tópico é algo mais positivo que negativo, na minha opinião. Se você esquecer um livro, pode ler o mesmo novamente como se fosse a primeira vez e, se o livro for show de bola, você terá uma experiência agradável a mais em sua vida.
Ler esse livro foi uma experiência show de bola, pois entrei de cabeça nas ideias malucas do autor de misturar o mundo real com acontecimentos e lugares irreais, inclusive sobre ele mesmo. Eu achei terrivelmente divertido o lance que ele inventa sobre o Stephen King ser um representante de Florin, por exemplo.
Acredito que a nostalgia de ter visto o filme baseado nesta obra quando criança na Sessão da Tarde contribuiu bastante para a experiência de leitura, então eu apagaria somente a memória do livro mesmo, o resto deixaria intocado.
14 - IMPERIO, feitiço de controle: um livro que você teve que ler para a escola.
Capitães da Areia - Jorge Amado
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Me lembro que gostei de ter lido este livro para a escola. Talvez tenha sido o único que era obrigatório e que gostei. Os outros que eram obrigatórios e dos quais eu não gostava simplesmente não eram lidos, mas fui até o fim com o livro do Jorge Amado.
Achei muito legal o grupo de crianças que é o núcleo principal de personagens do livro, eu mesmo vivia algo parecido com meus amigos. Talvez seja forçar a barra traçar essa comparação, mas eu me sentia amigo do pessoal do livro como me sentia amigo dos meus amigos.
Quero reler este livro.
15 - CRUCIO, feitiço de tortura: um livro que foi doloroso de ler.
A Hora da Estrela - Clarice Lispector
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Acho que dolorosa não é a melhor palavra para descrever a leitura deste livro, me parece que chata seria a melhor opção. Eu não fui muito com a cara do narrador da história e ele entrava com força nela muitas vezes. Também percebi que a escrita da Clarice tem uma série de floreios, algo que me lembrou o Fahrenheit 451, do Ray Bradbury, e isso não me cativa, pelo menos não até hoje. Eu gostaria de ter gostado mais deste livro, ainda mais por saber que foi o último escrito pela Clarice e que, por este motivo, carrega todo um peso que vem com a aproximação da partida deste mundo.
Apesar de tudo, achei uma leitura válida e fiquei interessado em saber o que ocorreria na linha principal da história.
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É isso.
Glória a Deux. Muito obrigado, forte abraço!
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dreamzevil · 4 years
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the underworld, 30/05 - 01/06.
30/05
Era irrefutável a tranquilidade instaurada, tanto que mesmo quando soube o destino de sua missão, Dohyun permaneceu inatingível. Afinal, era o submundo, e ainda que não possuísse o melhor de seus vínculos com o lugar e o tal governante, considerou proveitoso ser designado para lá. Sua equipe também mostrou-se eficiente, havia Kasper como seu vice e os demais pareciam cooperar entre si, todos possuíam peculiaridades em suas habilidades e conhecimentos que eram indispensáveis. Assim que fora dado o horário estabelecido para iniciar a tarefa: atravessaram o portal, dispensando a necessidade de passar por Caronte e isentando-os daquela burocracia para ultrapassar os portões. Já de início considerava uma estratégia discutida anteriormente entre o time: os dividiria em grupos menores para não chamar atenção desnecessária. Lykos, assim como o irmão, tinha conhecimento dentre os mais diversos trajetos para o palácio, Gabriel se pronunciou em seguida afirmando o mesmo, depois foi a vez da filha de Ares afirmar igualmente conhecer – a mesma havia estado neste em missões ordenadas por outros deuses. Enquanto o líder refletia sobre a tal divisão, seus pensamentos foram interrompidos por uma sonância irritante, que o fizera voltar em direção ao entoado com uma curta e grossa ordem para quem quer que fosse o responsável calar a boca – e assim Piper cessou a própria canção. 
Entretanto, semideuses e criaturas sozinhos já não tinham paz, imagina em grupo. Não demorou muito para que a primeira ameaça aparecesse: um escorpião. O monstro tinha, pelo menos, 6 metros de altura e um ferrão ágil. Dohyun observou sua equipe tomar uma posição defensiva, e seguiu-os atirando uma de suas adagas que não surtiu nenhum efeito – porém, não houve desespero quanto a isso pois quem tomou a linha de frente já estava fazendo um ótimo trabalho em desestabilizar o animal. A prole divina emitiu um murmúrio enfurecido quando caminhou em direção ao aracnídeo morto para recuperar sua arma; ao menos não era o Cérbero, e por um instante até questionou-se onde o cão guarda estaria, era incomum o mesmo deixar seu posto. Talvez fosse sorte, quem sabe? Ou talvez seu pai poderia ter preparado alguma emboscada. Deixando os devaneios de lado, separou as equipes em três e confiou a liderança destes nas mãos de Kasper e Amber – mesmo ainda hesitante em relação a semideusa. O irmão se responsabilizaria por Jieun, Skott e Sungjae, enquanto Scarlet, Casey e Kyungtae acompanhariam a australiana. 
Dohyun partiu conduzindo seu círculo de liderança: Alina, Gabriel, Néria e Piper. Considerando a última como um verdadeiro incômodo, tanto que o sul-coreano decidiu mantê-la próxima, possibilitando uma tranquilidade por tê-la em seu comando – sendo sua única preocupação ela querer aprontar algo que atrapalhasse o resultado final da missão, de resto, pouco se importava. E assim como esperado, pressentiu certo o problema que surgia junto à filha de Éris, a mesma parou subitamente com um pretexto sem qualquer discernimento e caiu na gargalhada. O timbre era insuportável, tom exato para perturbar o filho de Hades que até este instante manteve a neutralidade, e, assim que considerou dar seu primeiro passo em direção à garota para fazê-la parar, sua audição aguçada denunciou passos pesarosos acerca de seu entorno e tão logo empusas entraram no seu campo de visão, com seus cabelos flamejantes e pernas desiguais. Não hesitou em sacar as espadas gêmeas que carregava nas costas, se colocando em posição de ataque. As criaturas não se mostravam fortes o suficiente quanto as que já havia batalhado em seus anos no Olympus, o semideus conseguiu habilidosamente desviar das investidas alheias e desferir contragolpes em pontos vulneráveis. Era incerto dizer se o embate havia sido remisso ou não, a adrenalina corria desenfreada no corpo masculino que, após um longo período sem um bom combate, viu naquele instante uma oportunidade de descarregar seu desejo de sangue – e continuaria até que arrancasse uma ou duas cabeças, mas ao indagar-se sobre ao momento oportuno, testar uma nova habilidade que vinha treinando nos dias anteriores pareceu um ótimo artifício. Dohyun agora podia criar ilusões, pesadelos e fantasias para confrontar o oponente, e a ilusão criada para aquelas criaturas de alguma forma as fizeram recuar. Mesmo nesse momento, a calmaria nem sequer teve chance de se instaurar novamente no ambiente, quando Alina, enfurecida, avançou sobre Piper, que parecia se divertir com a situação. A filha de Zeus foi contida por Gabriel, que mesmo atingido pela eletricidade da loira, não saiu do seu lado – e o sul-coreano se sentia aliviado por ter alguém cuidando a tal zelo de sua prima. Por outro lado, ignorou qualquer comentário vindo da norte-americana, essa parecia uma ótima forma de lidar; visto que a garota provavelmente desejava apenas atenção. O líder guiou o restante do percurso até estarem visivelmente cansados, sugerindo assim, uma pausa de algumas horas para recuperar as energias e, convicto de seu posicionamento, já estavam bem próximos do palácio, em meados de metade de um dia chegariam ao local. O rapaz se acomodou no chão, apoiando as costas na parede e remexendo os mantimentos fornecidos à eles. Alimentou-se o suficiente para se manter firme e arriscou uma última verificação na equipe para saber se estavam bem… instalados, sendo que assim que obteve confirmação, pôde encostar a cabeça no muro; os dígitos da destra foram de encontro ao colar fixo no pescoço, brincando com o pingente que trouxe à tona reminiscências da promessa que fez para Bomi: voltaria inteiro da missão e o devolveria para a mesma. Nesta primeira noite, Dohyun não dormiu, mas fechou os olhos e tentou descansar ao menos alguns preciosos instantes, mantendo a audição atenta em qualquer ruído ao entorno de seu acampamento.
31/05 – 01/06
Continuou o resto do percurso com seu grupo, os sentidos aguçados naquela escuridão davam vantagem para saber precisamente qual trilha evitar e qual era mais segura para avançar. Como já havia presumido anteriormente, demorou aproximadamente um dia inteiro para chegar no palácio do pai, contando as eventualidades imprevistas e paradas para descanso. Dohyun esteve no submundo raras vezes, daria para calcular nos dedos a quantidade, mas era como se possuísse na própria cabeça um mapa detalhado do local e conhecia cada canto como a palma da sua mão. Eventualmente, os grupos se reencontraram na frente do palácio e cada um foi examinado por Gabe, o médico. A princípio ninguém parecia ter ferimentos sérios, sendo possível prosseguir com a missão sem quaisquer dificuldades. Nesse instante, pensamentos sobre como tudo estava sendo fácil até demais pareciam não ter fim, e Lykos já se encontrava inquieto acerca disso; nada deveria ser assim no reino dos mortos. Seguindo seus questionamentos internos, Orthos se materializou na frente da equipe. O rapaz respirou fundo, revirando os olhos ao ouvir a variação no tom dos rosnados agressivos – observou o grupo mais próximo do animal tomar a linha da frente, consequentemente tentando servir de suporte: lançou seu par de adagas contra o cão; resultando em um ataque certeiro no olho de uma das cabeças. Não demorou muito para sentir o solo estremecer com tamanho peso chocando-se sobre o chão, chegou a quase lamentar a morte do monstro, mas imediatamente lembrou que o dono pode ressuscitá-lo quando desejar. Enfim, todos adentraram o palácio, continuando com a mesma divisão de equipes e seguindo sorrateiros em direção à masmorra – lá, não houve demora para encontrar os amantes de Perséfone, entre tantos prisioneiros tenebrosos, foi imediato identificar os dois humanos. Que merda eu tenho na cabeça para me submeter à isso? Salvando os namorados dessa deusa. Pensou, entregando as pérolas para os dois homens e instruindo-os de como usar, observando ambos desvanecer diante dos seus olhos. Acabou por reagir de uma forma sem graça a congratulação do irmão, afinal não sabia bem como receber esse tipo de coisa. Ótimo, missão cumprida. Agora era só retornar ao instituto.  
A escapatória do palácio, assim como a entrada, não fora nada trabalhoso. E com isso, aquele mesmo pensamento irritante de outrora sobre como algo ruim poderia estar prestes a acontecer tornou a enfezar o sul-coreano durante todo o trajeto de retorno; até mesmo quando já avistava a localização do portal, com alguns passos restantes para sair dali. Por fim, o pressentimento de Lykos não estava errado e a confirmação veio em forma de guardião. Cérbero estava ali, com seus nove metros de altura e três cabeças, pronto para atacá-los e, sim, isso incluía a prole do seu dono. O líder da missão se adiantou, sacando mais uma vez suas espadas e partindo para a ofensa; porém, as lâminas, mesmo com as melhorias feitas pela filha de Hefesto – Néria – não pareciam provocar nenhum dano relevante. Ele tentava arduamente desviar das patas e bocas, morrer sendo pisoteado ou mastigado não soava nada aprazível; e entre desvios e ataques, golpes desferidos, escorregos na terra ondulada e tudo mais que fosse digno de um combate complicado, Dohyun sentiu uma aura intensa no local. Nada igual o natural do submundo, não era uma simples energia ruim das almas atormentadas ou das criaturas sanguinárias; era a aura inconfundível de Hades, o todo poderoso daquele reino. Seu pai apareceu perante a equipe, domando o cão enfurecido, encarando todos com aqueles olhos sinistros e segurando Alina em suas mãos. Óbvio que ele iria atrás dela, não é todo dia que se tem a oportunidade de pôr as mãos em um bem precioso de seu inimigo. 
A cria do submundo estava irritado e esgotado de energias, não dormia há dias e tampouco tolerava ficar naquele lugar nem mais um instante; imediatamente tomou a frente para confrontar o pai: Não teria negociação, barganha, troca ou seja lá o que fosse do interesse dele para que a equipe pudesse retornar da missão em paz, Dohyun não pretendia deixar ninguém para trás, muito menos a Alina. E a forma sarcástica com que o Deus se comportava diante da situação só atiçava a fúria dentro do filho, que se mantinha firme no contestar das ofertas. — Não, ninguém fica. — Proferia com um tom zangado, pressionando o cabo da espada em uma tentativa de controlar a própria impulsividade para não deixar a prima ainda mais em risco caso viesse a tentar alguma investida. Ouvir Gabriel oferecer a si mesmo para ocupar o lugar da loira como refém, não só fez demonstrar o desinteresse de Hades nele, como chamou a atenção de Dohyun de forma aborrecida, que em seguida foi direcionada à Kasper com ainda mais revolta no olhar. — Mas que merda, Kaz?!
O mais surpreendente, foi o Deus ter aceitado manter o próprio filho como refém enquanto o resto atravessava o portal. Dohyun não iria consentir com isso, se previamente sequer chegou a considerar o abandono da filha de Zeus – e dos outros, porque ceder à vontade do ser divino não era uma opção – não aceitaria mesmo a permanência de seu irmão ali, sob o domínio do pai. Buscou mais uma vez impedir a troca, e somente as palavras de Kasper interrompeu a sua insistência. Por que? O que exatamente o Kaz estava tentando dizer? A memória do sul-coreano não pareceu se importar em conservar os últimos momentos daquela missão, sequer sabia especificar como chegara ao instituto; ultrapassou a passagem mágica, certo. Mas como? Seus próprios pés o levaram até lá ou precisou ser arrastado? A única coisa que ressoava em suas lembranças, era a fala do irmão antes de tê-lo deixado para trás e a imagem de Hades, o desgraçado sabia muito bem como tirá-lo do sério e, honestamente, não imaginava que era capaz de sentir mais raiva ainda dele. 
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O Início dos Tenebrosos Caminhos de Santiago
 Quando o Diogo me perguntou, pela primeira vez, se queria fazer os caminhos de Santiago de Compostela com ele, eu fiquei em pânico. Numa espécie de estado de choque misturado com uma nuvem de medo e de pessimismo. Eu posso parecer uma pessoa extremamente forte e durona, mas há mínima coisa fico a chorar como uma Maria Madalena e a desenterrar os meus monstros mais profundos, sem dó, nem piedade.
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Vocês devem estar a pensar “Que reação mais estranha que esta rapariga teve!” - engraçado, o Diogo pensou exatamente o mesmo (poker face).  Ele não percebia o porquê de eu ter ficado em tal estado de transe. Acho que nessa altura não sabia quem estava mais perdida, se era eu pela proposta que ele me fez, ou ele pela reção que eu tive a essa mesma proposta. É que, eu nunca me imaginei a fazer isso na minha vida, pensava que não tinha estofo para enfrentar tudo o que os caminhos implicavam. Para mim os Caminhos de Santiago eram um bicho de sete cabeça, que me dava susto de morte. Algo que eu pensava que nunca iria fazer na minha vida. Nem sequer punha essa possibilidade. Eu sempre que ouvia alguém a falar dos Caminhos, eu ficava mesmo muito assustada. Imaginava que tinha de dormir na rua no meio de caminho, que tinha de andar dezenas de quilómetros (o que não é mentira), completamente carregada de coisas às costas, e a chorar por não aguentar mais o peso. Sem falar que eu não imaginava pés. Eu imaginava bolhas, só bolhas. Tinha uma ideia muito rudimentar, também porque me tinha dado ao trabalho de pesquisar sobre este tema. Acho que é evidente, o porquê de eu ter ficado naquele estado.
 Sejamos realistas, aquilo não é pêra doce, não é uma simples caminhada que tu decides ir fazer ao fim do dia, e quando te apetece vens para trás todo feliz da vida. Os Caminhos é algo que puxa muito por ti, fisicamente, psicologicamente, mas acima de tudo espiritualmente. E era esse o meu pior medo, a minha pessoa. O de eu não conseguir suportar, de eu querer desistir, de eu não ser capaz, de andar dezenas de quilómetros com uma mochila as costas e o meu corpo não aguentar. Porque eu sabia que a mínima barreira eu iria querer desistir, iria querer sucumbir ao cansaço do meu corpo e essa seria a minha enorme batalha.
Eu vou ser muito sincera, eu esperei solenemente, que passado uns dias a ideia lhe passasse da cabeça, mas fui só crente, porque é óbvio que isso não aconteceu. E passado mais outros tantos dias, mesmo sem nunca estando 100% confiante, decidi que me iria juntar a ele nessa demanda.
 A ideia passava em fazer 120 quilómetros em 4 dias, começando em Valença do Minho e seguindo pelo caminho português central até ao objetivo final. Ou seja, uns singelos 30 quilómetros por dia com as trouxas atrás, sem qualquer tipo de preparação. Sim, meu caros colegas, eu e o Diogo tivemos a belíssima ideia de fazer os Caminhos de Santiago sem qualquer tipo de preparação física. Erro crasso! E futuramente vocês vão perceber porquê.
Mas voltando ao cerne da questão! Dividimos o nosso percurso em 4 dias, com paragens em Redondela, Pontevedra, O Pino (perto de Valga), acabando em Santiago de Compostela. Só haveria um dia que faríamos 20 quilómetros, o resto seria sempre entre os 31 e os 34 quilómetros. Basicamente, só no segundo dia é que faríamos os tais 20 quilómetros.
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Apercebemos, ao longos dos dias, que havia albergues próprios para peregrinos ao longos do caminho, em que se pagava 6 euros pela noite, tinhas direito a uma cama de beliche, num quarto com mais trinta pessoas e a um banho quente. Obviamente que tinhas direito a mais coisas, como máquina de lavar e secar roupa, cozinha, com ou sem utensílios e às vezes um fisioterapeuta (pago à parte, claro), mas o que iria realmente importar seriam apenas estas duas! Outra coisa essencial que tínhamos de ter era a credencial do peregrino, que era o nosso green card para os albergues e para obter A Compostela. Isso era a nossa prova de que éramos peregrinos e que não estaríamos só ali para nos aproveitar de uma cama a um preço baixo. Teríamos de a carimbar, pelos menos duas vezes por dia, seja em qualquer sítio fosse, cafés, farmácias, restaurantes, albergues. Apercebemos que as pessoas tinham uma paixão enorme pelo Peregrino, então grande parte dos sítios estavam preparados para nos receber.  Há muitos sítios que consegues ter desconto por seres peregrinos ou até teres menus próprios para peregrinos, mais baratos e acessíveis. Engraçado, não é?
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Outra coisa, extremamente crucial para qual nos chamaram muito a atenção, era o peso da mochila. Visto que vamos fazer uma bela centena de quilómetros com ela, é essencial que a nossa mochila não esteja demasiado pesada. Se não pode dificultar bastante o caminho e torná-lo ainda mais num pesadelo. O que toda a gente nos disse é que tínhamos de levar uma mochila que fosse cerca de 10% do nosso peso. E pesando eu 50 quilos, isso era o equivalente a levar 5 quilos de peso as costas. Como devem imaginar 5 quilos é muita pouca coisa, e há coisas deveras essenciais que deves levar contigo, para melhorar a tua caminhada e teres menos problemas nos teus ricos pezinhos. 
Por isso, vou partilhar com vocês na próxima publicação o que levei com a minha mochila para vos ajudar caso se queriam meter nesta aventura, que pode parecer um pesadelo no início, mas vai acabar por se tornar numa experiência marcante. 
Buen Camino e hasta la próxima!
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cine-filando · 7 years
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The Walking Dead: 7ª Temporada - Crítica
Por Mateus Santos
Depois do cliffhanger frustrante da sexta temporada, The Walking Dead prometia uma temporada de grandes acontecimentos e grandes confrontos nesse sétimo ano. E cumprindo as expectativas iniciais, a sétima temporada da série estreou explodindo cabeças – literalmente, de certa maneira. Totalmente frenético e surpreendente, o episódio serviu para tirar dois grandes nomes do elenco da série, e introduzir de maneira brutal o vilão mais incrível de toda a série até o momento: Negan, interpretado pelo excelente Jeffrey Dean Morgan. E com a morte de dois personagens queridos do público, a temporada prometia ser visceral, frenética e extraordinária. Infelizmente, o sétimo ano não foi nada disso, entregando uma temporada rasa, entediante, mal desenvolvida e totalmente banal.
De longe, o pior aspecto dessa temporada é seu ritmo, bastante coerente com seu roteiro fraco. Após os eventos de “The Day Will Come When You Won’t Be”, primeiro episódio desta temporada, a série foi desacelerando, apresentando episódios cada vez mais lentos e menos interessantes. Não é só uma questão de falta de cenas de ação, mas sim a insistência em desenvolver – de maneira pífia – personagens secundários, e apresentar diversos núcleos, insistindo em reservar um episódio inteiro para cada um, mesmo que tudo aquilo pudesse ser resumido em apenas dez minutos de episódio. A falta de foco em apresentar a evolução de Rick e seus companheiros, insistindo em reservar mais de 40 minutos para a introdução de núcleos entediantes, fez com que a sétima temporada tivesse um ritmo muito lento, uma das grandes razões para a queda de audiência. O maior problema disso tudo é que os personagens não passam por evolução nenhuma. Eles começam o episódio e o terminam da mesma maneira, apesar de carregarem cicatrizes a mais. Rick, por exemplo, demorou oito episódios – contando aqueles em que não apareceu também – para finalmente passar de um ponto para outro na história. O roteiro da série, pueril, piora ainda mais a situação: cheio de diálogos fracos, que não aderem em absolutamente nada à história ou ao desenvolvimento pessoal de cada personagem.
Esse ritmo mal cadenciado e o péssimo roteiro contribuem também para uma má condução da história. Apesar da ótima ideia dos produtores de apresentar uma temporada mais humana – principalmente pela falta de zumbis em tela – e da jornada de Rick, agora totalmente destruído, vulnerável e pela primeira vez percebendo que as coisas não são do jeito que ele pensava, eles não aproveitaram bem. Seja com desenvolvimentos lentos de núcleos entediantes, seja com o mau aproveitamento de personagens – como, por exemplo, Daryl, Rosita, Sasha, Morgan, Carol –, o showrunner Scott Gimple parecia perdido, e insistindo em reservar tempo demais para história de menos.
O que mais enerva é o fato de que chegando no último episódio, os roteiristas simplesmente aprenderam – talvez tenham visto alguns episódios de Game of Thrones – que eles podem apresentar em apenas um episódio variados núcleos, o que traz dinamicidade à série. Entretanto, mais uma vez, The Walking Dead precisou apressar um pouquinho suas resoluções para que todas elas coubessem no derradeiro episódio final, tentando, assim, reanimar um pouco o público, mesmo que de maneira pobre.
O melhor elemento dessa sétima temporada é, indubitavelmente, Jeffrey Dean Morgan. Assim como no último episódio da temporada anterior, Negan consegue roubar a cena. Seja com sua postura desleixada, o seu humor negro, sua maldade refletindo nos olhos de Jeffrey, ou seu sarcasmo tenebroso. O ator consegue, inevitavelmente, ser o centro das atenções em qualquer cena que participe, até mesmo elevando o nível de qualidade do episódio.
E em meio a tantos problemas, o último episódio da sétima temporada chegou tentando conciliar os elementos bons da temporada. Em um episódio apenas bom, Greg Nicotero, o diretor do episódio, conseguiu trazer 60 minutos um pouco mais frenéticos, recheados de diálogos bons e com algumas cenas bastante extravagantes, com direito até mesmo à tigresa pulando no pescoço de alguém. Seguindo a fórmula The Walking Dead de fazer um último episódio satisfatório, Nicotero entrega um episódio razoável, mas ainda assim, abaixo das expectativas. Depois de tanto se falar sobre o episódio – Andrew Lincon deu uma entrevista elogiando o roteiro, Norman Reedus exaltou a criatividade dos roteiristas e prometeu algo extremamente épico, e o próprio Greg Nicotero prometia que este episódio teria um dos melhores roteiros da série –, mas no fim foi apenas um episódio divertido que conseguiu se sobressair um pouco em uma temporada recheada de episódios ruins.
A sétima temporada tinha tudo para ser épica. Bastaria encurtar essa história maçante contada em 16 episódios, e tentar dinamizar os núcleos, e desenvolver melhor cada personagem. Entretanto, o sétimo ano fica marcado pelo tédio característico dos episódios, os diversos núcleos irrelevantes, o mau desenvolvimento dos personagens, diálogos péssimos e algumas cenas de ação legais, e outras horríveis – sim, estou falando daquela cena ridícula em que Rick e Michonne cortam mais de oitenta zumbis com aquele fio de aço, ou a cena do parquinho, ou de várias outras mal feitas –, e, portanto, sendo, infelizmente, marcada como a pior temporada da série. As únicas ressalvas válidas em relação a personagens bem escritos são as da ótima construção de Negan e o ótimo desenvolvimento de Maggie, de resto, mais parece que não houve evolução. A expectativa agora é a de que a oitava temporada aprenda com os erros desta e melhore, porque cada vez mais tem se tornado um fardo assistir a The Walking Dead.  
Ficha técnica:
nota: * ruim
Elenco: Andrew Lincoln, Norman Reedus, Lauren Cohan, Jeffrey Dean Morgan, Chandler Riggs, Danai Gurira.
Showrunner: Scott M. Gimple.
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escritosdajb · 4 years
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Mini conto: Manhã Tenebrosa
Mais um dia começou, finalmente era sexta-feira, acordei normalmente naquele dia, fiz minhas atividades matinais de manhã como de rotina, e logo após me arrumar saí para mais um dia de trabalho. Porém, logo que saí na rua notei um clima diferente no ar, a neblina densa me cegava, nem parecia uma manhã, estava mais para uma noite densa e macabra de halloween, mas estávamos em Dezembro, sendo assim, a data das Bruxas já havia passado. Porém eu sabia que tinha algo estranho no ar, aquela neblina e o céu nublado, juntamente com alguns sons como gatos miando e o vento fazendo um chiado tenebroso me amedrontavam. Peguei meu celular à fim de por alguma música para ir ouvindo em meus fones e tentar dissipar o medo que aquele cenário sinistro me causava, sem querer olhei a data em meu celular “Sexta-Feira, 13 de dezembro”. Arregalei meus olhos, o medo tomando conta de todo o meu ser, céus, era Sexta-Feira 13, como eu poderia sobreviver à essa data tão macabra cheia de azar? Desisti da música, eu deveria estar atenta, a energia dessa data horrível que conspirava para que algo muito ruim acontecesse hoje, afinal era sempre assim, sempre alguém sofria um acidente grave, morria, e tantas outras tragédias na sexta-feira 13, essa data era uma sina! Eu tinha a sensação de estar sendo seguida naquela rua deserta, céus, eu estava sozinha, e essa sensação aumentava cada vez mais, eu tinha certeza que seria morta nessa madrugada, cheia de neblina, por algum assassino em série com uma serra elétrica! Por um momento, até pensei ter ouvido o barulho horripilante da serra elétrica! Comecei a apertar o meu passo, estava quase correndo, eu queria olhar para trás, ver a quantos metros a coisa estranha que me seguia estava de mim, calcular quanto tempo tinha até minha lenta e dolorosa morte ensanguentada, mas não conseguia olhar, talvez fosse melhor, talvez se eu não visse, eu morreria mais rápido, no primeiro corte da serra talvez, e assim, eu nem sentiria a tortura que me esperava. Comecei a correr e logo caí na rua, nessa hora o desespero tomou conta de mim, gritei, um grito que até eu me assustei com ele, pedia incansavelmente por socorro, rezando para alguém acordar e me ajudar a escapar daquele pesadelo tão real, vi um senhor passar por mim e disfarçar o riso, céus, eu estava à beira da morte e ele ria? A falta de amor da humanidade me surpreendia. Não sei como, mas consegui me levantar, continuando a correr e gritar pelas ruas que havia um fantasma atrás de mim, os miados tenebrosos daquele gato não ajudavam em nada, e se fosse uma bruxa atrás de meu sangue para ela se banhar? Bruxas normalmente eram acompanhadas por gatos pretos não é? Finalmente cheguei ao trabalho, eu estava ofegante, percebi alguns colegas e meu chefe me olhando assustados, apoiei-me em meus joelhos para tomar folego e explicar que havia algo me perseguindo lá fora e notei que meus tênis estavam desamarrados me fazendo franzir a testa confusamente... - Saiu atrasada de novo não foi? Até esqueceu de amarrar os tênis! – Um colega zombou me fazendo dar um sorriso envergonhado, mas logo o sorriso se dissipou de minha face. - Tinha algo me seguindo pelo caminho todo! – Eu finalmente disse, no mesmo tempo que o miado tenebroso do gato soava, anunciando que aquele assassino sem coração estava por perto. Logo um gatinho preto entrou pela porta indo direto para o colo de uma outra colega: - Não acredito que você veio atrás da mamãe! – Ela disse pegando o gato no colo. - Parece que o Scott não vive mesmo sem você! – Meu chefe disse para essa garota a fazendo rir enquanto acariciava seu gato de estimação, me fazendo perceber como eu tinha sido tola. A única coisa que estava me seguindo era meu medo, o mesmo medo que não me deixou pensar que a sexta-feira 13 era apenas mais uma data como qualquer outra, mas a culpa não era minha, a culpa não era da data, era apenas mais uma superstição que deixava a magia viva no mundo, uma magia que era legal sentir de alguma forma, mas ao que parecia, pelo ralado em meu joelho, toda a magia tinha um preço.
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bugdotenso · 5 years
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Polo de Terror
Em tempos que os deuses Lovecroftianos se levantão e espalham pragas para a humanidade, segue um textículo antigo: Sob a carícia do desconhecido que insiste em me despertar durante as madrugadas, abro os olhos em meio a escuridão tão pesada quanto a sentida por existências anciãs nas profundas fossas oceânicas as quais jamais o olhar humano tocou ou há de tocar antes do fim do ciclo certo dos senhores do tempo.Embora aquecido sob os cobertores, o aroma que me desperta convida de modo irredutível a calafrios incontroláveis e pensamentos que me empurram a beira do desespero, assoprando a brasa adormecida de preocupações apagadas.A visão começa a se acomodar com a escuridão, e o desejo de permanecer na ignorância ótica vem à cabeça. Coisas simples tornam-se tormentos delineados por sensações pavorosas e irracionalidade ingênita a raça humana frente ao ignoto. Fechos olhos procurando pelos níveis vindouros do sono mas esbarro na sensação de olhares pesados sobre mim. Em meio a sonhos metafísicos com objetos que desafiam a razão pelas desproporcionalidades lógicas me vem à mente um respingo de lucidez e reconheço que o sono vai levando a um escuro, se é que posso dizer, mais iluminado do que a escuridão que eu vira quando abri meus olhos minutos atrás. A manhã chega e acordo naturalmente, ainda percebo os -2º graus que o anteceder da alvorada reserva. A vida continua, as horas passam e olhos opacos se perdem além do que se pode ver no mundo material. A noite inevitavelmente cavalga em seu corcel negro em minha direção e rezo seja lá a quem possa ouvir, que eu não esteja mais quando seus cascos trouxerem os sinos góticos do medo e do pavor. Ao Lusco-fusco.Apago tudo aquilo que me leva ao convívio, e convivo com tudo que me desvirtua do normal. A luz fraca e amarelada de uma lâmpada incandescente antiquada casa com a atrepsia que se instaura em meu organismo, dando-me um aspecto esquálido.  Por vezes todo meu tato concentra-se em meu peito e sinto a palpitação proveniente do meu coração.  O enegrecer faz com que a lâmpada se torne mais viva e como quem toma fôlego ante a um mergulho certo, encho meu peito de coragem e penso que preciso de ajuda, mas o mergulho não é voluntário. Afogado em ojeriza e repousado no sofá manchado vejo em parábola crescente o vulto passar pela janela e a lâmpada se entregar a escuridão.  Penso em rezar, começo a rezar, mas o andar no telhado irrompe toda fé que uma pessoa pode acumular. Um andar sutil que aparenta sustentar um corpo leve sobre pés (ou patas) que pisoteiam posteriormente ao encostar de garras.Me levanto e com as respirações curtas, estomago azedado e tensão nas pernas me dirijo ao quarto. O estrépito caminhar demoníaco continua no telhado, seguindo-me como uma sombra maligna, e nessa hora o tremor percorre meu corpo. Chego ao guarda roupa, abro-o e meu foco é um só. Vacilante pego de forma leve aquele ídolo medonho que por diletantismo agarrei na casa de barro, próxima a cachoeira do foço.   1O sol queimava forte lá fora e a distância até a cachoeira que iríamos não passava perto do tamanho do meu orgulho jovem e da confiança que depositava nas minhas pernas. Usava uma caloi azul pesada, uma mochila maltrapilha com provisões para uma tarde de excursão. As 07:00 já estava na esquina esperando o camarada de aventuras. Sempre fui pontual, sobretudo quando o destino era o desconhecido. Ao plural de xingamentos em minha cabeça pelo atraso, o colega chegou e rumamos a cachoeira do foço. Entre piadas e devaneios imaturos sobre a vida pedalamos pelo asfalto. Quanto maior a distância que ganhávamos em relação as últimas casas, maior era a inocorrência de automóveis, e os que insistiam em passar ganhavam tons foscos e modelagem antiga por se tratar de ambiente rural. A qualidade do asfalto decaia e então se transformou em terra batida. A trepidação no guidom incomodava e o verdor jovial fazia com que eu agarrasse a bicicleta com mais força, coisa que mais tarde ser o oposto do que se aconselha. Chegávamos aos pinheiros antigos e nosso conhecimento só se seguia ao caminho da direita. Fomos para a esquerda. A estrada não deixava pontos de referência, uma reta eterna cercada de serrado e por vezes interrompida por uma entrada incaracterística. Paramos pela primeira vez a sombra de uma arvore retorcida e empoeirada. Trocamos algumas curiosidades sobre tudo o que sabíamos sobre o serrado, tomamos água e comemos coisas poucos nutritivas, daquelas que aprouve aos jovens. Enquanto verificávamos as bicicletas meu colega contou um pouco sobre como descobriu o tal lugar. Tratava-se de assunto espichado por um provecto senhor frequentador do bar da esquina. Falava sobre o recinto, mas nunca havia ido. Sabia apenas, além da localização, que moradores antigos frequentavam a paragem munidos de instrumentos de percussão e mochilas volumosas.Continuamos então a pedalada com menos moral do que antes, com menos sorrisos e mais atenção. Frases faladas para dentro expunham a preocupação: -Será que estamos no caminho certo – saía de vez em quando. Seguindo ao desconhecido vimos então a primeira intervenção humana em quilômetros, além da estrada, claro. Seis casas de cada lado flanqueavam a estrada formando um corredor, diminuímos a velocidade e com alguns frisos na testa passamos observando tudo o que conseguíamos. Nenhuma alma viva. Lembro-me de olhar para trás e não ver nada familiar de onde tínhamos vindo. Passamos pelas casas e olhamos um para outro dizendo muito com o olhar mútuo. O orgulho juvenil não nos permitiu voltar, apesar de esse ser o comando do pouco de juízo que despúnhamos. Após as casas, um pequeno declive se iniciou e um alívio físico se instaurou, descemos na banguela e passamos por uma cerca de pilares retorcidos, marcando que a partir dali iniciava-se algum latifúndio particular. Após cruzarmos os limites, pedalamos por mais cerca de dois quilômetros e ao longe vimos uma casa marrom. A estrada que nos escoltava até o casebre começava a mostras em meio ao mato a meia altura jarros cor de barro esculpidos a mão. Naquela hora o silêncio era palpável. Não falávamos nada e falo por mim quando digo que uma voz sensata me colocava de forma imperativa para voltar. Tenho certeza que meu parceiro pensava igual. Agora a densidade de jarros se intensificava assim como o peso de ar, descemos das bikes começamos a empurra-las. –Tem coragem? – Disse ele. Retorci a boca como quem diz – Lógico! – Largamos a bicicleta, e fomos em direção a casa. Um súbito sopro gélido tomou conta do meu estomago e os olhos do acompanhante se irrigaram. A maior preocupação do momento era se certificar que não havia ninguém ali, apesar dos indícios de abandono serem claros. Rodeamos a casa e não vimos nada nem ninguém. Nos encontramos em frente a porta principal. Azul onde o tempo não fez seu trabalho, a porta tinha tudo o que era necessário para completar o aspecto umbrífero da vivenda. Combinamos então que era sábio apenas um entrar e outro ficar de sentinela.Tarde demais para recuar, entrei primeiro e cai numa cozinha. Simplória que era, não tinha móveis. Paredes descascadas e um prato com um resto de qualquer coisa azeda no chão vermelho encerado e salpicado de poeira. Neste momento percebi que a luz havia diminuído, como se a porta tivesse sido encostada, quando olhei para trás vi que estava enganado, a porta estava exatamente do jeito que a havia deixado e a resposta que tive foi que a luz simplesmente recusava-se a entrar ali. Lembrei de respirar, continuei. Passei por um portal de madeira cuja a porta já não existia e possuía dobradiças enferrujadas. O próximo cômodo parecia ser uma a sala. Nele havia uma janela que estava aberta, azul nas cores da porta e com uma faixa branca de tinta de aproximadamente dez centímetros emoldurando-a. Me aproximei e vi o cerrado nu aos fundos do terreno. A medida que ia entrando fui sendo abraçado por um dégradé terrífico. A fraca luminosidade estranhamente ia definhando a cada passo. Nessa hora temi que meu amigo houvesse indo embora, pois nenhum sentido apontava um sinal que ele ainda estivesse lá me esperando. Mantive a calma que essa hora se aliava estranhamente a um horror lancinante. Próximo cômodo. A porta fechada, coloquei a mão na maçaneta redonda e friagem destoava da temperatura do ambiente. Girei-a e empurrei, a porta se abriu e sensações inéditas em meu ser também. A calma que se abraçava ao horror se dissipou instantaneamente e o segundo tomou conta de tudo que eu era. O quarto era pintado de um verde incógnito e os móveis limpos como uma relíquia adorada, dispostos em um design que empurrava meu olhar ao canto paro o altar tenebroso. A parede a esquerda possuía um símbolo que a cobria-a quase por completo. Dourado sobre o verde, onde pontas e arredondamentos davam forma a uma tipografia maligna. Sabe-se lá com que força progredi e uma gravidade artificial me empurrava para baixo como se me ordenasse a cair de joelhos fronte ao altar. Cheguei ao objeto ao qual era dedicado todo aquele circo. Ouvi no fundo de minha psique tambores em ritmos tetros. Com os nervos em desespero e calafrios incontáveis fui aproximando a mão do diabo em forma de objeto e aquele diletantismo servirá como motor para a ação.  Levei para casa. Guardei em meu quarto.
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