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#Teto das Nuvens
luizdominguesfan · 2 years
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www.crazyrock.com.br
Amigos: vamos prestigiar mais uma turma boa que brilha no panorama do Rock Brasileiro! Chegamos à edição 288 do programa: “Só Brasuca” da Webradio Crazy Rock, com a playlist elaborada de minha parte (Luiz Domingues), mediante a produção e locução do professor, Julio Cesar Souza.
Serão sete execuções em dias e horários diferentes, entre 23 e 29 de julho de 2022.
Ouviremos os sons dos seguintes artistas, anote: General Blues, Estragonoff, Blackpipe, Professor Doidão e Os Aloprados, Brasil Papaya, Eletro Silvino, Big Chico, Imitáveis, Klinsh, Fabio Elias, Dog Joe, Teto das Nuvens, Paulo Meyer & The Thunderheads, 5:18, Stella Raiser e uma música da minha banda Kim Kehl & Os Kurandeiros, extraída do seu mais recente CD “Cidade Fantasma”
Sábado, dia 23 - 14 horas
Domingo, dia 24 – 20 horas
Segunda-feira, dia 25 – 10 horas
Terça-feira, dia 26 – 23 horas
Quarta-feira, dia 27– 18 horas
Quinta-feira, dia 28– 16 horas
Sexta-feira, dia 29 – 17 horas
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singingxsun · 5 months
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SOPHIE THATCHER? Não! É apenas VIOLET WALKER, ela é filha de APOLO e CONSELHEIRA do chalé SETE e tem VINTE E TRÊS anos. A TV Hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL III por estar no acampamento há ONZE ANOS, sabia? E se lá estiver certo, Vi é bastante ALTRUÍSTA, mas também dizem que ela é PETULANTE. Mas você sabe como Hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
ɪ. 𝓅𝑜𝒹𝑒𝓇𝑒𝓈 —
Canção de Cura — Como filha de Apolo, Violet tem uma disposição natural para curar, mas, no caso dela, seu talento para medicina se manifestou também em seus poderes, na forma de música. Quando canta, Vi pode fechar ferimentos abertos, amenizar as dores e sintomas de uma doença e até neutralizar venenos, a depender do quanto de energia ela utilize. Ela também pode estabilizar alguém à beira da morte, às custas de usar imediatamente toda sua energia e passar um dia inteiro sem voz, porém, não pode trazer ninguém de volta à vida. Em questão de alcance, seus poderes são mais eficazes quando usados em uma pessoa por vez, visto que tentar espalhar os efeitos de sua canção para mais de um alvo diminui as capacidades curativas de seu canto. Sempre que a semideusa usa demais sua habilidade, ela fica um tempo sem poder utilizá-la, ficando literalmente sem voz, podendo variar de horas a dias, a depender da cura realizada.
Vigor de Luz Solar [ habilidade passiva ] — Quando estiver sob a luz do sol, Violet ganha resistência física aprimorada, sendo capaz de resistir a dor e a ataques severos sem perder a consciência, além de se tornar mais ágil e mais forte, ganhando uma pequena vantagem em um campo de batalha ativo e sendo capaz de alcançar e curar seus aliados com mais facilidade. O efeito não pode ser "desligado", mas é cancelado sempre que ela entrar em uma área de sombra, seja esta causada por nuvens, árvores, guarda-chuvas ou o teto de uma estrutura e, logicamente, não funciona durante a noite. A pele da semideusa brilha levemente com um reflexo dourado quando está sob a luz solar, desta forma é fácil identificar que sua habilidade passiva está em ação.
ɪɪ. 𝒽𝒶𝒷𝒾𝓁𝒾𝒹𝒶𝒹𝑒𝓈 —
Fator de cura acima do normal e previsão.
ɪɪɪ. 𝒶𝓉𝒾𝓋𝒾𝒹𝒶𝒹𝑒𝓈 —
Membro da Equipe de Curandeiros e faz parte do Time Azul no Arco e Flecha.
ɪᴠ. 𝒶𝓇𝓂𝒶𝓈 —
A arma de escolha de Vi é um arco e flecha, e um bem normal, diga-se de passagem, uma vez que achou melhor se encostar onde era mais “fácil” e onde sua descendência lhe daria alguma vantagem natural. Ela não se interessa muito por combate, sequer considera ter algum talento nisso, por isso não tem nenhuma arma especial, apenas um arco comum.
ᴠ. 𝒽𝒾𝓈𝓉ó𝓇𝒾𝒶 —
— Bonnie Walker não era uma mulher comum, na verdade, ela era apaixonante em todos os sentidos da palavra. Uma belíssima e talentosa cantora da Broadway que nunca recebia “não” como resposta e sempre conseguia exatamente o que queria, Bonnie tinha o carisma e o charme necessários para encantar até mesmo um deus. E foi exatamente isso o que ela fez. Apolo foi rapidamente atraído pelo magnetismo natural da mulher e, eventualmente, o relacionamento dos dois levou ao nascimento de uma linda menina de cabelos dourados chamada Violet. Quando a menina nasceu, Apolo já tinha deixado a vida de Bonnie há meses, um fato que evidentemente enfureceu a atriz, mas ela também não correu atrás, afinal, o show tinha que continuar. 
— Desde pequena, Violet foi criada para ser uma cantora e uma artista, com aulas particulares de canto, sempre demonstrando ter um incrível e inquestionável talento, certamente uma herança de sua querida mamãe. Infelizmente, a atenção que lhe era dada pelos instrutores não era nada comparado à atenção de uma mãe. Mas o que Bonnie podia fazer? Ela tinha uma carreira para tomar conta e uma filha para sustentar. A atriz dizia que Violet era seu maior tesouro, mas não agia como tal, sempre colocando seus compromissos e trabalho em primeiro lugar. Assim, Vi, aprendeu a ser independente muito cedo e, consequentemente, acabou descobrindo cedo seu dom de cura, ainda que por acidente, mas foi exatamente nesse período que as coisas começaram a desandar.
— A carreira da mãe de Violet já não era como antes, afinal, a mulher estava envelhecendo, ela já não conseguia os mesmos papéis e seu temperamento explosivo e arrogante estava minando sua credibilidade. Aos poucos Bonnie navegava em direção a um fim de carreira deplorável… a não ser, é claro, que sua querida filha pudesse ajudá-la. A atriz descobriu que Violet era, realmente, sua gansa dos ovos de ouro, afinal, a voz da garota não apenas era majestosa, como também curava as dores físicas daqueles que a escutavam. Em pouco tempo, a mulher foi de atriz renomada para charlatã de marca maior, usando Vi como sua principal atração, ela vendia a cura para doenças incuráveis, prometia tratamento para Alzheimer e só os deuses sabem o que mais. Violet se sentia obrigada a ajudar a mãe, afinal, ela não era nenhuma ingrata, precisava retribuir a mulher que havia lhe dado a vida e gastado tantos anos trabalhando incansavelmente para sustentá-la, ou pelo menos essa era a ladainha que Bonnie oferecia à filha, constantemente se fazendo de vítima e se aproveitando do bom coração da garota. 
— Com o tempo, ser uma alma bem intencionada passou a cobrar preços muito caros de Violet. No começo, o abuso era apenas emocional, e a menina se julgava forte o bastante para suportar sua mãe tóxica até ter idade suficiente para conseguir um emprego e viver sozinha, porém, as surras começaram. Quando uma das sessões de cura de Bonnie não vendia bem, quando perdia clientes e, principalmente, quando Vi ficava sem voz, a mulher perdia o controle e descontava tudo na filha. Era ainda pior quando Violet admitia para a mãe que não aguentava mais enganar aquelas pessoas, afinal, suas canções não eram milagrosas. Gradativamente, Vi percebia sua alma perdendo brilho, cedendo ao buraco negro de vaidade e ganância criado por sua mãe, por um tempo ela genuinamente acreditou que suas habilidades fossem algum tipo de maldição. Então, num dia em que o sol estava escondido pelas nuvens, ela fugiu, encoberta pela chuva. 
— Após algumas semanas vagando e se escondendo da polícia, Vi foi encontrada por um sátiro, que a levou até o Acampamento Meio-Sangue junto de um grupo com outros semideuses. A viagem foi árdua e permeada de perigo, pois, no caminho, o grupo foi atacado mais de uma vez por monstros e, se não fosse pela filha de Apolo, talvez nem todos tivessem chegado ao acampamento com vida. Pela primeira vez, Violet sentiu que estava fazendo a coisa certa, usando seu dom da maneira que ele realmente deveria ser usado, foi como se uma parte da inocência e da pureza que ela tinha antes tivesse sido restaurada e, por um momento, ela realmente acreditou que poderia brilhar tanto quanto o sol, por um momento, seus poderes realmente lhe pareceram como uma bênção.
— Desde que chegou ao Acampamento Meio-Sangue — e foi rapidamente reclamada por Apolo — Vi saiu de suas imediações apenas quando estritamente necessário; para missões ou para estudos, visto que agora ela tinha o objetivo de tornar-se médica. Finalmente, a garota sentia que estava livre, e que podia seguir sua verdadeira vocação. Quando a oportunidade lhe foi dada, ela foi para Nova Roma estudar medicina, e a garota estava lá quando recebeu a mensagem de íris do Senhor D. exigindo o retorno de todos. No fim, a semideusa obedeceu, ainda que a contragosto, imaginando que algo sério devia ter acontecido para que o diretor mandasse aquela mensagem. Ao descobrir o que havia acontecido com o Oráculo após a profecia, Vi rapidamente retornou ao seu posto na Equipe de Curandeiros do acampamento, para ajudar Rachel e os outros campistas no que fosse possível.
ᴠɪ. 𝓉𝓇𝒾𝓋𝒾𝒶 —
— A semideusa fica extremamente irritada quando a chamam de qualquer coisa além de Violet ou Vi. Viv, Vivi, Vivizinha ou qualquer variante extraem reações variadas desde um pisão no pé até um chute no saco, depende do contexto.
— Ainda que seja bastante irritadiça, Vi é extremamente gentil e humilde, um comportamento que contradiz o rosto sério e maneirismos arredios.
— Embora tenha uma voz belíssima e seu trabalho constantemente exija que ela faça uso de seus poderes, Vi não gosta de plateia ou de palcos. Prefere ser observada apenas por seus pacientes; uma sequela do abuso que sofreu da mãe. Apesar disso, ela adora cantar e ama a sua voz.
— Também é importante lembrar que, após anos morando com uma oportunista, narcisista e mitomaníaca, Vi odeia mentiras e enganações, o que faz com que ela normalmente se mantenha longe dos filhos de Hermes. Só por precaução.
— Não importa a música que Vi cante, sua Canção de Cura funcionará desde que ela conheça a melodia e a letra... e cante com emoção, é claro. Se você pedir pra ela cantar "Brilha linda flor..." há a possibilidade de ela se matar na sua frente.
— A voz dela é um pouco rouca, como a de uma cantora de rock — coincidentemente, é o que ela costuma cantar, assim como punk rock, pop-punk e indie. Sua música favorita é Wonderwall e Smells like Teen Spirit (a única música do Nirvana).
— Ela aprendeu ASL para se comunicar com as pessoas quando fica sem voz após usar demais seu poder. Vi também carrega um bloquinho para anotar o que precisa dizer para aqueles que não conhecem linguagem de sinais.
— Vi é bissexual, embora seja reservada no geral, se a questionarem sobre sua sexualidade ela não tem problemas em responder. Apesar disso, a garota costuma estar muito ocupada com a própria carreira e os próprios objetivos para perseguir quaisquer noções de romance. Enquanto alguns colecionam dates, Violet coleciona uma lista de pobres coitados que tiveram a coragem de se declarar para ela. Apesar de tudo, ela sempre é muito gentil e elegante quando decide dar um fora em alguém.
— Deseja profundamente se formar como médica e poder ajudar tanto mortais quanto outros semideuses. Ela acredita que o seu poder é um tipo de higher calling, e ela pretende atender a esse chamado.
— Violet ama musicais e cantar suas músicas favoritas no chuveiro — mas não conte isso pra ninguém!
— Ela adora jaquetas e gosta de usá-las por cima das blusas do acampamento. Jaquetas de couro, jaquetas de aviador, bomber jackets... não importa, ela provavelmente vai estar usando uma acompanhada de um coturno ou uma bota acima do joelho. Quando veste algo estampado normalmente opta por padrões e desenhos de sol.
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trmacademy · 8 months
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Coisas assombrosas começam a acontecer sem explicação. Tudo começa com um arrepio na espinha, uma sensação ruim... É Outubro e com isso, o espírito de Jack sente-se finalmente, horripilantemente, disposto a fazer maldades.
009: A estufa sempre foi um local calmo. Ou pelo menos era isso o que você pensava. Ao entrar ali para cumprir uma tarefa de uma de suas aulas, não esperava que a tarde se tornasse um pesadelo. Por sorte, você não está só, outro estudante também vê o que se passa e você não está enlouquecendo. Tudo começou com um soluço. O barulho não vinha de você nem da outra pessoa. Em seguida veio um grito. Assustador, não? Tudo piorou quando vocês tentaram sair… e as portas estavam cobertas por galhos duros que iam do chão ao teto, impedindo a saída. Os gritos e soluços se tornaram mais frequentes, mais fortes e então vocês notaram: eram as plantas! As flores choravam, as plantas gritavam, as árvores chacoalhavam e os cipós começavam a se debater. Em meio ao barulho de gritos e choro, de cipós balançando sem controle e vasos caindo da prateleira, como vão escapar disso? 
 Henri ( @henleblanc ) e Serenay ( @serenaydeamor )
010: Os motivos que os levaram até a detenção não importa! Importante é saber que vocês passarão horas e mais horas naquele cômodo, pensando nos feitos que fizeram, arrependendo-se por cada um. No entanto, em algum momento daquelas horas vocês pegaram no sono, não perceberam a pequena cortina de fumaça que escapava por debaixo da porta, que inundou a sala em colérica e logo os fizeram entrar no mundo dos sonhos. Mas ó, vocês estavam juntos! E a partir daquele momento, teriam que vivenciar cada um o seu pior pesadelo; mas eis aqui a grande questão: o sonho só vai acabar quando os dois tiverem passado pelo que mais o assombra, uma pessoa, um monstro, não importa. Só irá acabar, só irão despertar quando estiverem desesperados, lidando com seus demônios em particular.
Hazal ( @charmcsinha ) e Deyanira ( @averenlin )
011: Vocês foram atraídos por uma música tranquila, uma melodia que adentrava os ouvidos e confundia a consciência. Era como um caminhar entre as nuvens, como caminhar por campos de lírios e se deixar envolver por um dia de sol. Mas algo na sala de música estava errado, estava escuro demais e não havia ninguém tocando instrumento algum. Que estranho! De repente, uma pequena lamúria fora ouvida, vocês olhavam-se como buscando entender o que acontecia, mas até que rompendo a parede uma mulher saiu: cabelos escuros, olhos fundos, boca manchada de sangue. Um espírito da morte! Ela estava ali para buscar vocês, para envolvê-los naquela lamúria, mas antes, ela queria vê-los dançando a música que ela tocava. Um espírito que enfeitiça instrumentos, ah que legal! Uma dica: para livrar-se dela, vocês precisam aprisioná-la dentro de um dos instrumentos da sala.
Shadow (@dreamifier ) e Raven ( @ravween )
012: Aquele parecia um dia comum na sala de musculação. O cheiro típico de suor, grunhidos enquanto pesos eram levantados…Bem, era. De repente os espelhos romperam-se em estilhaços, pedaços voando em direção aos presentes, ferindo carnes, fazendo as pessoas tropeçarem. Ninguém entendeu nada, mas como se não bastasse, os aparelhos ganharam vida! Anilhas começaram a voar em todas as direções, o leg press criou braços e pernas músculos, salivava enquanto andava na direção de alguém, desejando esmagá-lo. Vocês estavam fodidos, por que para que saíssem da sala, precisam lutar, mas há uma pergunta que precisa ser respondida: quais serão suas armas?
Arkyn ( @arkynhaddock ) e Maekar ( @maekar-c )
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notdiabolika · 5 months
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“Isso não é um encontro.”
Mas com certeza parece ser.
| Estrelando: Ayato Sakamaki e Yui Komori.
Muito inspirado no Mangá da Antologia do Anime (seja lá o que isso signifique), capítulo 2 do Ayato.
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Tema 5: Primeiro Encontro.
Desde o momento em que vim morar nesta grande mansão, fui tratada como presa por cada um dos vampiros que vivem nela. Comentários rudes foram ditos a mim todos os dias, noite após noite.
Os irmãos Sakamaki nunca mostraram piedade.
– Eu não sou comida! – Tentei dizer inúmeras vezes, e ninguém queria ouvir. 
Aos poucos, ia perdendo a esperança de ser escutada e ficava cada vez mais solitária. Até um deles aparecer para me questionar.
– Que foi, panqueca? – A presença de Ayato era recorrente, para onde quer que andasse, eu seria confrontada pelo vampiro de cabelos vermelhos. – Você está suspirando sem parar ultimamente.
Ele pergunta isso e ainda usa um de seus apelidos grosseiros, como sempre. Porém, o respondo.
– É só que… faz tanto tempo desde que tomei ar fresco. – Outro suspiro exacerbado sai das minhas narinas, meu olhar vagando para o teto. – A mansão é abafada demais, e começo a pensar em ir para algum outro lugar. Como um parque ou um jardim fora daqui.
Ninguém me deixaria sair, era simples assim.
– Um parque? – Com um único passo, Ayato se coloca bem na minha frente. Sua testa estava franzida. – Para quê? Você quer ter um encontro lá ou algo assim? – seu tom era notório de zombaria.
– Quê? Não, eu nunca disse isso!
Rindo da minha cara, ele fica me olhando de cima.
– Sabe, a sua reação diz tudo. – Caminha ao meu redor com um sorriso de escárnio em seus lábios. – Claro que ninguém te convidaria, com esse seu peito plano.
– O meu peito não tem nada a ver com isso!
Com a pouca liberdade que tenho, seria impossível encontrar alguém nesse sentido. Nem quero me relacionar com qualquer pessoa agora.
– Tem muito a ver. – Determinado, dá um passo para frente, me desafiando a retrucar. – Pan-que-ca.
Sei que, caso o respondesse, apenas receberia outra de suas piadas. Ayato é realmente cruel. 
Egoísta, e uma eterna criança.
Queria somente que me ouvisse, sem distorcer as minhas palavras ou dar risada do que tento lhe falar. Qualquer mudança dele parecia boa demais para ser possível.
– … com licença. – Me viro de costas, pegando ele desprevenido ao partir para o lado oposto.
Estou indisposta para lidar com esse tipo de discussão hoje. Permaneceria evitando problemas até o amanhecer, por mais que odiasse vagar pela escuridão. Antes sozinha do que mal-acompanhada, afinal.
Quando a escola começa, me sento na área externa ao topo do prédio, deixando a ventania embaraçar meus cachos loiros. Deveria estar na aula, só que a minha concentração nos estudos havia se desfalecido junto com quaisquer resquícios de determinação.
Em noites como esta, a solidão é minha única inimiga.
Faz frio aqui fora. Tenho que abraçar os joelhos para conseguir algum conforto.
Gostaria de olhar para o céu, mas as estrelas estão escondidas entre as nuvens. A única coisa que sobra é a brilhante lua cheia.
Mesmo se insistisse em alcançá-la com a ponta dos dedos, jamais iria conseguir. Era um daqueles sonhos que estavam condenados a serem esquecidos.
No entanto, eu ainda não havia abandonado os meus por completo.
– O que cê tá fazendo aí? – e ele também se lembrara de mim.
Quando ergo o queixo, encontro o menino presunçoso de antes, incomodado. Sua habitual camisa branca com três dos botões desabotoados, o casaco preto, e uma das pernas tendo a calça apoiada no joelho.
– Nada… – Duvido que se importaria caso lhe dissesse.
Suas sobrancelhas se juntam, como se tentasse adivinhar o que queria dizer com isso.
– Tch. – Sua mão pousa em minhas costas, me afastando do canto. – É chato quando tu desaparece de repente.
Havia apenas uma razão pela qual Ayato se importaria com isso.
– Uhum. – Meu lábio inferior estremece um pouco. – Você sempre se incomoda quando a presa some.
As palavras soam desafiadoras na minha cabeça, embora a voz saia pequena e entristecida. Me levanto com seu apoio, observando a expressão temerosa dele através das minhas íris cor de rosa.
Ele parece pensar por algum tempo, sem saber como responder ao notar a melancolia.
– O seu sangue é alimento para vampiros. – Claro que Ayato diria disso. – Seria estranho te tratarem de qualquer outra forma.
– Tá bem… – Nem quero discutir, minha mente está exausta demais para tal feito. 
Tento me desvencilhar dele, com pouca vontade de usar a força. 
Continuo no lugar.
– E isso aqui, “tá bem” também? – seus braços se entrelaçam no meu quadril, de repente me puxando para si.
– Eh?!
Antes de ter qualquer reação, a sola dos meus sapatos deixa o chão. As correntes de ar que se chocam contra mim se intensificam, e quando vejo…
– A-Ayato. – Cerro os olhos. – Volta lá para baixo, estamos indo a-alto demais.
Me esqueci que vampiros podiam voar em noite de lua cheia, e nunca imaginei que ele fosse me agarrar e levantar voo assim, do nada!
– Quem disse que é para fechar as suas pálpebras? – murmura, com certo aborrecimento. – Se está com tanto medo de cair, tudo que precisa fazer é segurar firme.
Seguindo seu conselho, começo a apertar suas roupas. A risada abafada que se eleva no peito dele forma um burburinho estranhamente agradável contra a minha pele. Nós ascendemos no céu noturno.
Meus suspiros vão se tornando leves à medida que deposito pedaços da minha confiança nele, apesar de ainda estar com medo.
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Aos poucos, o ambiente ao meu redor se torna suave e lento, indicando que Ayato havia – enfim – parado de subir. 
Seu aperto em minha cintura se torna sólido, como uma garantia de que continuaria me carregando. 
O corpo dele mal emite calor, porém, me passa uma sensação reconfortante quando o seguro com rigor. A coragem floresce em meu peito, uma curiosidade de espiar o que tanto ele queria me mostrar. 
Na intenção de saciar essa ansiedade, meus cílios se levantam um a um.
Achei que a altura fosse me assustar, no entanto, estava errada. As luzes da cidade são belas, tão claras quanto o dia em meio a penumbra. O fôlego escapa dos meus pulmões, e minhas palmas se arrastam até seus ombros.
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– Lembro de você dizendo que não gostava do escuro uma vez, então… – ele volta a cabeça para cima, esquecendo de terminar a frase. – Oh, é mesmo, tu tava querendo um parque.
Meu coração se enche de felicidade ao perceber que havia de fato prestado atenção no que falei. Nem lembrava de ter compartilhado essa informação com o Ayato, mas parece que ela havia sido guardada com cuidado em seus pensamentos.
– Tem um parque de diversões. – Aponta com o indicador, orgulhoso da própria descoberta. – Logo ali.
Seguindo a direção pela qual seus olhos verdes se guiam, vejo uma roda gigante e outros brinquedos acesos, além de largos portões guardando o local. Nenhum grupo de pessoas lá dentro.
– Deve estar fechado a essas horas. Temos que voltar—
Ele corta a minha fala ao me pressionar contra si.
– Para de ser careta! Você vai poder experimentar o que quiser lá dentro. – Um sorriso brincalhão se forma em seus lábios, a ideia cintilando em suas pupilas. – Vamos já.
– Não, espera!
WHOOSH—
Ayato finge que nem escuta e sai voando. Enterro meu rosto em seu ombro, um gritinho fino escapando da minha garganta.
O agarro com firmeza ao cruzarmos o vasto oceano de construções urbanas, que mais se assemelham a vultos e sombras se movendo ao nosso redor. Quando alcançamos o piso azulado, tenho a impressão de que meu estômago virou do avesso.
– …  para quê fazer isso? – puxo o ar com certa dificuldade, antes de soltar.
Essa noite está ficando radical demais para mim. 
– Se eu te deixasse falar, tu ia ficar reclamando. – Murmura, aliviando a pressão de seu abraço. – Foi a sua primeira vez matando aula, a gente tem que comemorar de algum jeito!
Isso, em contexto nenhum, deveria ser motivo para comemoração.
– Não tem como aproveitar um parque de diversões fechado. – Uma brisa serena transita, e eu desfaço o nosso abraço. – Alguém pode ver e chamar a polícia por estarmos invadindo.
Ele ri.
– Até parece que vão nos achar! – A confiança em suas afirmações permanece inabalável. – Em último caso, te pego e saio voando. Sem problemas.
Esse vampiro nunca muda. No entanto, tenho que admitir que essa pequena aventura levantou os meus ânimos.
Tem uma seção com um campo de flores artificiais e o mapa do parque atrás dele. Mesmo que sejamos os únicos aqui, todas as atrações listadas me dão gosto de explorar mais.
– Tudo bem. – Confirmo em tom de hesitação. – Vamos tentar ser discretos, seria péssimo se acabassemos danificando alguma coisa.
Na adrenalina do momento, quase deixo de notar o ruivo convencido enchendo o peito, satisfeito.
– Heh, sempre soube que você não era tão certinha quanto parecia.
Me surpreende que um vampiro tenha conseguido me arrastar para uma confusão dessas, o que me faz contemplar as suas verdadeiras intenções. Porém, quando paro para questionar o porquê, uma possibilidade bem peculiar vem à mente.
Ela me faz ficar quieta por algum tempo, até ter a coragem de falar:
– Ayato… você me trouxe aqui porque queria ter um encontro comigo? – Fazia sentido. Era o que ele tinha me perguntado antes em tom de chacota, e poderia ser o verdadeiro motivo.
O vejo piscar, pego de surpresa pela pergunta. Nenhuma resposta sai de sua boca.
  Momentos de quietude se estendem entre nós. 
– O que cê tá dizendo? – de repente, seu rosto começa a ficar sério. – É óbvio que eu te trouxe aqui para ter uma refeição com seu sangue.
Meu coração se despedaça. 
Dou alguns passos para trás, quase trombando em um cavalo de carrossel por acidente.
– Ah… 
Claro. Nem sei porque pensei que seria diferente. 
– Vamos, faça aquela sua coisa. – Os lábios dele formam um sorriso maldoso, revelando suas presas afiadas. – Feche os olhos.
Fui tola em pensar que suas intenções seriam boas. Deixo minhas pálpebras caírem sobre os olhos, me encolhendo no aguardo de uma mordida.
O silêncio se torna mil vezes mais insuportável do que era há alguns segundos atrás.
Até sentir um sopro dentro do ouvido.
– Ai! – cubro a orelha, abrindo os olhos com irritação. – Ayato, se você vai me morder, não machuque a minha audição!
Os risos dele ressoam na minha mente, e eu, sem entender, assisto ele dar um passo para trás.
– Você acha que no meio de todos esses brinquedos, eu vou escolher te morder?! – de repente, sua mão segura a minha. – Ton-ta. Tu tá se achando demais.
Fico pasmada com esse desenvolvimento, até sentir o puxão vindo dele e ter meus pés arrastados para sabe-se lá aonde Ayato está indo.
– Hoje, vamos nos divertir. – Apesar de enxergar apenas sua nuca, tenho certeza de que Ayato está sorrindo. – Então fique quieta e não faça perguntas desnecessárias. 
A ventania passa por nós, balançando os tecidos e os fios de cabelo soltos enquanto os dedos dele se entrelaçam nos meus. Seu toque é gentil.
O ocasional – e discreto – olhar para trás do dono da cabeleira ruiva me diz…
… isso é definitivamente um encontro.
| EXTRA: Layout bobinho.
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‹━━━━━━━━━━━ .☆. • ☪ • .☆. ━━━━━━━━━━━›
Girei um dado digital de 30 lados para ver qual tema ia cair, mas esqueci de contar o bônus. Era para ter girado um de 31. Me lasquei.
Esta oneshot é uma participação do desafio #diabolik otp challenge. Dêem uma força lá <3
Esse chibizinho do Ayato foi renderizado por Lefreet, peguei de uma das postagens do blog.
(@yuriko-mukami) <— Sigam a conta que criou esse desafio!
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dearsecretdiary · 9 months
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Tanto tento, tanto tenho, tento tanto não temer
Mas temo o tanto que tenho de saudade de você
Tic-tac, o calendário nem disfarça sua pressa
Em ir embora tão depressa quanto o cuco vem dizer:
“Cuco cuco” na cuca grita enquanto vejo-o a correr
Câmera lenta, meus sistemas só assistem o disparo do ponteiro acelerado
Paralisia límbica. Já estive aqui, já estive do outro lado
Neste segundo de eternidade apenas existo em tons borrados
O sol nasceu, o sol se pôs, o sol dormiu e eu acordado
Penso em tudo ao mesmo tempo, penso nada de concreto,
Penso tanto e a todo instante e há nuvens por todo lado
Vejo tudo em sobreposto, vejo o riso e o choro, a dor e o medo bobo
Tudo corre tão depressa, e meus pés enlameados presos no teto aberto
Do vizinho de baixo, a aspirar o pó dos móveis não visitados da velha falecida há dias
Há dias que eu tento tanto mover um dedo
Há dias que eu faço força porque só vejo
Os meses apressados avançando tão depressa ao ponto de se abraçarem
Enquanto eu fico feito a velha, sentada numa poltrona, admirada da miragem
Ofegante de tanto ver o tanto de tempo empenhado em tentativas
Frustradas de me esquecer, cansada de pensar em alternativas
Inúteis e vãs de fechar os olhos e não considerar nem por um minuto
Não acordar ou viver no modo mudo
Onde nada é depressa, nada atropela, e eu não espero você voltar.
M.P.
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rxmlpin · 1 year
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@blvckbirdfly​
Remus ergueu os olhos para o teto do Salão Principal, enfeitiçado para refletir o céu noturno lá fora. Uma brilhante lua crescente o encarou de volta, como se arreganhasse os dentes, iluminando as nuvens densas que se acumulavam ao seu redor. Ele comprimiu os lábios. Em pouco tempo seria noite de lua cheia novamente. Era sempre assim. Conforme o ciclo lunar avançava, mais agitado e mais recluso Lupin se tornava, como se um nó em seu peito fosse se apertando mais e mais a cada noite, até o ponto em que já não conseguisse mais respirar. Gostaria que alguém pudesse enfeitiçá-lo para dormir até a semana seguinte, quando o pior já tivesse passado, mas não tinha opção a não ser encarar a maldição mais uma vez. Tinha sido um grande esforço ficar no banquete até a hora da sobremesa, especialmente sem deixar transparecer o mau humor para os demais. Foi o tempo de comer um pedaço de torta para Remus dar a noite por encerrada e ir embora. Ele já estava no corredor, caminhando sozinho, quando seus olhos divisaram com surpresa uma silhueta esguia e familiar. Guardando o ar de poucos amigos só para si, ele apressou os passos e abriu um sorriso para a garota, que a essa altura já tinha percebido sua presença também. — Fala aí, Vance. Pronta para mais um ano de derrotas ou vou precisar pegar leve com você?
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dreanwitch · 5 months
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Never Give Up Your Dreams
Onde, uma funcionária de um karaokê explica para Denji que alcançar seus sonhos depois de lutar e dar seu sangue e suor em prol deles pode vir a ser uma merda, mas que ainda assim está tudo bem e que ele não precisa se preocupar, afinal, viver é sobre isso.
| Denji x F!Reader | - | 3.500 palavras | - | Conteúdo Sugestivo, sob o corte |
Denji caminhava lentamente pelas ruas movimentadas da cidade. Seu corpo seguia em completa letargia, um passo após o outro, e então tudo novamente, sem realmente prestar atenção no trajeto. Já havia repetido aquele trajeto incontáveis vezes, cada desvio e buraco pelas ruas já estavam gravados no fundo de sua memória.
Bastava ir reto, entrar na rua a esquerda então no beco a direita. Subir a rua novamente, e continuar caminhando até sentir o cheiro da barraca de yakisoba na calçada e então virar a direita novamente.
O ritual foi o mesmo de sempre. Cumprimentar o atendente feioso-cara-de-bunda da forma mais mal eduacada possível e em seguida caminhar pelo corredor barulhento.
Denji seguiu ininterrupto e então entrou tranquilamente na última porta vermelha à direita, da mesma forma que fazia todas as vezes. Ao tempo em que seguia em frente, cantarolou dando pulinhos alegres, atitude bastante controversa ao péssimo humor que o assolava em forma grandes nuvens de chuva escuras nos últimos dias.
Ele apenas não conseguia controlar as emoções direito.
No relógio localizado no topo da porta marcavam sete e quinze da noite. Um fato irrelevante para o garoto, afinal, ele não sabia olhar as horas no relógio analógico.
O terceiro passo foi o telefone. Segurando a respiração por um certo motivo desconhecido, pegou o aparelho no gancho da parede com os dedos inquietos e discou a única tecla disponível. Chamou algumas vezes, e, por fim, ela atendeu.
Era como se já o esperasse do outro lado da linha — Denji abre um sorriso imediatamente.
Ele sentiu o suor escorrer pela testa, ansioso. Gostava de pensar que ela realmente sempre o esperava.
— Oi! — Ele fala, meio nervoso e até meio alegre pela primeira vez na semana.
— Já chegou, é? — A voz do outro lado soa cansada. Denji solta uma risada e brinca com o fio do telefone, ansioso.
— Porra, cadê você, hein? Tá atrasada. — o menino questiona fazendo um bico de meio metro.
— Você lá sabe ler as horas no relógio para me acusar disso? — ele consegue visualizar o rosto zombeteiro dela quando escuta as palavras do outro lado da linha e em resposta, Franzen as sobrancelhas.
A voz dela soou divertida. Denji vacila um pouco com o comentário astuto, olhando para o relógio de ponteiros e números romanos no topo da parede da sala. Aquilo foi o suficiente para sua mente entrar em combustão espontânea.
Ele realmente não tinha a mínima ideia do que aqueles pontinhos significavam. O que ela disse não estava errado. Entretanto, em sua defesa, sempre quando ele chegava, ela o estava esperando na sala. A garota havia o deixado mal-acostumado.
O jovem caçador de demônios até tenta falar mais algumas coisas em resposta, mas acaba não tendo nada coerente para dizer. Sendo assim, decide desligar, ainda ostentando em seu rosto uma carranca. Desta forma, Denji vai logo se sentar no sofá fedido de grudento, observando as luzes coloridas girarem no teto. Estava morrendo de fome e mais desgostoso com a vida do que nunca.
Demora um pouco, mas a maçaneta velha da sala chacoalha um pouco e então a porta é aberta. O menino vira a cabeça ao minimo sinal de som quase que imediatamente, levantando o corpo do apoio do sofá para se voltar em direção a entrada da sala.
Um rangido feio, cheio de agonia vem das engrenagens velhas da fechadura da porta de madeira anuncia finalmente a entrada da funcionária. Sua silhueta brilha como a de um anjo em uma visão de sonho, enquanto a luz branca e forte atrás dela ilumina o corredor. Um anjo com um cheiro maravilhoso de fritura.
A jovem carrega uma bandeja com refrigerante e uma porção gigante de batatas fritas oleosas e murchas cheias de queijo. O que apenas faz o favor de tornar aquela visão ainda mais divina e abençoada para Denji.
O jovem garoto engole seco enquanto a observa caminhar em sua direção. Então sua apatia recente dá lugar a uma agonia fulminante. Suas mãos estão suadas e seu coração bate rapidamente.
Ela tem aquele cheiro de perfume de flores misturado com um aroma forte de fritura, o que torna tudo delicioso e sobrecarrega a mente de Denji quando domina a sala. Ele inspira fundo para egoisticamente tentar roubar com seus pulmões todo aquele perfume delicioso que estava sendo desperdiçado se espalhando pelo cômodo assim.
— Aqui seu refrigerante. — ela riu, olhando Denji nos olhos ao mesmo tempo que colocava os lanches sobre a mesa. O garoto perde alguns segundos assistindo à menina desamarrar o avental e o jogar em um canto da sala antes de se sentar e começar a mexer no celular. Quer dizer, aquilo era algo quase íntimo, não era? Se ele se esforçasse, talvez pudesse imaginar que ela estivesse tirando outras coisas também. — o pensamento gerou nele um sorriso abobalhado.
Sempre quando ela retirava o avental ele tinha um leve vislumbre do seu sutiã através na blusa transparente do uniforme e... — ele bateu nas bochechas com ambas as mãos, balançando a cabeça de um lado para o outro logo em seguida para dissipar os pensamentos. Chega de peitos por um tempo, Power já havia o traumatizado o suficiente. Ele não confiava mais em nada que via.
Assim, Denji não permitiu sua mente vagar por muito mais tempo e tratou logo de atacar as batatinhas murchas e encharcadas de óleo que foram recolhidas dos pratos dos últimos clientes.
Notando que a garota o estava atentamente observando em silêncio, ele apontou para ela com uma batatinha, com a boca cheia após um longo gole de refrigerante e "charmosamente" perguntou:
— O que foi?
Ela deu de ombros para a pergunta mesquinha de Denji e tomou sua bebida.
— Você é muito feio comendo, Denji. — a jovem respondeu simplesmente e foi a vez do garoto dar de ombros e retrucar:
— Pelo menos sou um feio de barriga cheia.
As conversas dos dois eram sempre assim, curtas e grossas. Começavam das formas mais variadas e flutuavam sobre os mais diversos tipos de assuntos, com a maioria deles sendo completamente irrelevantes, como por exemplo: por que pombos são animais tão feios e sem alma? Ou se cachorros fossem chefs de cozinha, que tipo de coisas iriam cozinhar.
Denji não tinha o mínimo de tato, mas aquilo a divertia bastante. Discutir com ele nunca levava a lugar algum e os assuntos eram intermináveis e variados.
Como de costume, desde que havia iniciado seu trabalho na divisão pública de caça, ele começou logo a falar sobre os últimos acontecimentos e demorou por um longo tempo, visto como sua vida andava bastante agitada nos últimos tempos. Bem mais que o comum, até para o Denji.
De toda forma, a garota se acomodou no sofá bastante satisfeita em ouvir Denji com suas lamurias ao mesmo tempo que rolava o feed do instagram. Ela etava mais que feliz em poder o escutar reclamando de algo simples, como ter que fazer a limpeza da casa ou dar descarga no vaso, já que a colega de quarto não se importava o suficiente para fazer isso.
Contudo, enquanto ele falava, a garota notou facilmente sua falta de entusiasmo, Denji parecia frustrado. Muitas vezes parando e encarando o nada em silêncio, enquanto mastigava as batatas.
Ela aguardou pacientemente ele contar sobre seu último grande empreendimento no resgate de um gato que estava sendo refém e caiu na risada, incrédula com tudo o que o jovem caçador de demônios havia lhe contado em primeira mão sobre o desfecho da história.
— Então quer dizer que sua amiga estava usando enchimento de sutiã? — A menina limpa as lágrimas dos cantos dos olhos e segura a barriga com força, rindo das mágoas de Denji. Sempre muito solidária enquanto ele despejava toda sua frustração para fora, reclamando do golpe que Power havia passado nele por causa da porra de um gato.
— Não dê risada de mim! — Denji grita com ela, possesso, empurrando de leve o ombro da menina. Ela respira fundo, tentando conter a gargalhada aos poucos e falha algumas vezes antes de ter sucesso. O grande absurdo de toda aquela situação deixava tudo quase inacreditável. Caso não conhecesse Denji como conhecia, nunca iria acreditar em nada parecido com o que ele tinha acabado de relatar.
— Me dá um motivo pra não dar? Cá entre nós, você é bem ridículo.— Ela aponta, jogando uma batatinha na boca dele. Denji faz uma careta e apanha o petisco com a boca, quase abocanhando o dedo dela junto. A jovem repete o processo e se prepara para jogar outra batata frita na boca de Denji, mas dessa vez o engana e a come, atiçando ainda mais a fúria de do menino.
A garota assiste Denji pegar um punhado de batata ainda mais revoltado e mastigar com raiva para não ter que falar com ela novamente. É engraçado. Ela sorri e por fim, volta sua atenção para as redes sociais novamente, ves ou outra olhando de canto para o amigo, ainda se lembra bem de quando o conheceu pela primeira vez.
Seus amigos estavam todos em uma roda em volta de um garoto estranho. Curiosa, ela foi logo verificar o que estava acontecendo. Aparentemente, todos estavam atormentando um menino de rua que, surpreendentemente, fazia qualquer coisa por alguns trocados.
Eles testavam para ver até onde o menino poderia ir e como ela não tinha nada de bom para fazer no momento, decidiu se juntar à brincadeira que perdurou por alguns dias até que o grupo de adolescentes se tornasse desinteressado. Mas foi bom enquanto durou, o menino era bem ridículo e aquilo a divertia bastante.
— Vai se foder.— Denji mostra do dedo do meio para a garota, que, novamente, cai na risada. Agora em resposta à toda bravata dele.
Ela relaxa no sofá ao lado dele e guarda o celular no canto, voltando toda sua atenção para o amigo. Na cabeça dele parece existir apenas ar em um espaço vazio. Ela sorri.
Uma vez sozinha na companhia do estranho garoto, a menina o convidou para aparecer ao fim do dia no karaokê onde ela trabalhava para pegar algumas sobras. Talvez por pena, talvez por tédio, mas independentemente do motivo aquilo se tornou algo recorrente a partir de então.
E mesmo que não se resumisse mais apenas a ela buscando descobrir até onde o garoto faminto iria por algumas sobras de batatas fritas do lixo que sobravam dos pratos dos clientes. Apenas estar na companhia dele já era simplesmente muito bom e leve, as vezes falta um pouco desse tipo de sensação no dia a dia.
Seu novo amigo não tinha a mínima vergonha de mendigar. Contudo, aparentemente as coisas haviam mudado um pouco de uns tempos pra cá, já que ele havia aparecido com os dois olhos, supostamente as duas bolas e alegando um emprego como caçador de demônios após se fundir com seu cachorro motosserra.
Ah sim! Também tinha Pochita, ela definitivamente sentia muita falta dele durante as visistas de Denji. Nunca em sua vida havia antes imaginado que um demônio pudesse ser tão fofo.
— Assim eu fico triste. Sabe que eu amo esse seu jeitinho, né? — Ela brinca e se finge de ofendida, cutucando a bochecha de Denji com a unha colorida de esmalte descascado. O garoto não evita corar, mesmo sabendo que ela está rindo dele. Os sentimentos em seu peito são bastante conflitantes, mas ele sabe bem que gosta muito daquela sensação de formigamento que ser feito de bobo por uma mulher bonita causa nele. Além do mais, ela tinha acabado de dizer que o adorava, isso deveria significar alguma coisa, certo?
Denji pensa em Makima por um segundo. Ela não ficaria mal com isso, não é mesmo? Ele não estava fazendo nada de mais...
Como de costume, eles seguem com a conversa enquanto compartilham o lanche.
Aliás, outro ponto sobre ele o qual a jovem gostava muito era que a vida de Denji vida era tão absurdamente terrível que, quando colocada em comparação, servia de anestesia para a dor dos próprios problemas. Era muito bom poder olhar as coisas de outra perspectiva de vem em quando.
— Enfim… ultimamente as coisas estão bem merda. — Denji termina seu monólogo sem chegar a lugar algum, esticando-se no sofá grudento. Ele gostava de verdade de ter alguém com quem apenas reclamar das coisas sem pensar muito e ainda por cima, fazer isso enquanto come algumas batatinhas. Era o auge. Pochita também adorava tudo aquilo.
Além disso, acima de tudo, ele gostava dela. Ela tinha um corpo gostoso, um cheiro maravilhoso e sorriso bonito... mas muito mais que isso, pois muitas garotas têm um sorriso bonito... ela o olhava como se o entendesse e realmente parecia interessada em sua vida de merda. Perguntando sempre o que ele havia feito no dia, mesmo que soubesse que a resposta iria consistir basicamente em vasculhar lixo, cortar madeira e eliminar demônios. Nenhum ser humano antes havia o considerado interessante o suficiente ou digno de um olhar mais profundo.
Nada que Denji havia experienciado até hoje, nem mesmo a mais doce e saborosa das geleias, conseguia se comparar com aquela sensação calorosa de ser escutado de verdade, aquela que te deixava com vontade de falar por horas e horas e horas a fio, por mais merda que seja aquilo que ele tenha a falar. Era inexplicavelmente bom.
— Então… resumindo tudo… quer dizer que você caiu numa crise existencial sobre o vazio de perseguir um sonho e percebeu que nunca foi o que você imaginou? — Ela, que agora apenas tinha se limitado a responder a tudo que ele dizia como monossílabos até o momento, decidiu se manifestar. Olhando para Denji com olhos grandes e curiosos, enquanto lambia os dedos engordurados.
Ultimamente, as questões e problemas que ele trazia estavam chegando em um nível mais complexo e o fazendo ter de pensar.
Era engraçado o assistir sofrer, enquanto os seus neurônios se esforçaram para concluir um pensamento funcional sobre qualquer coisa minimamente complexa.
— Bem-vindo ao mundo real. Agora deixa eu te contar uma parada, Denji. A culpa foi sua, pequeno gafanhoto. — Ela fala, séria. Agarrando um dos ombros dele.
— Minha? — Denji questiona, confuso.
— É. Você colocou expectativas demais em uma coisa sem pensar direito no que estava fazendo. Basicamente quis chegar sentando na janelinha e tomou no cu. — Zombou.
— Mais você tá uma merda hoje. — Denji deu um tapinha no ombro dela e virou a cara.
— Na verdade, tô uma merda todo dia. E é apenas assim que a vida funciona, saca? Nem tudo vai ser como você planejou, então nunca se limite a apenas uma meta. Agora que você percebeu que um teto quente e comida na mesa não e tudo, trace varias novas metas e tome várias vezes no cu para as alcançar. Uma hora ou outra, vai acabar se sentindo realizado por tudo. Seja pelo o que consegiu, ou pelo caminho que trilhou para chegar até lá. Bom, talvez...
A jovem termina seu monólogo e da de ombros. Desta vez, seu tom de voz é mais suave e Denji presta atenção no que ela tem a dizer em silêncio, apesar do ponto de vista pessimista. Nada do que ela disse faz muito sentido na cabeça dele.
A garota riu baixinho do próprio conselho, defendia o ponto de vista, apesar de não saber exatamente como aplicar aquilo na própria vida. Talvez estivesse vendo muitos vídeos de filosofia existencialista no YouTube.
De toda forma, doi estranhamente bom, entrar naquela rara conversa mais profunda. Quem diria que o assunto surgiria por causa de um gato e um enchimentos de sutiã.
— Uau, eu com certeza estou bem animado agora.— Denji murmura.
A garota fecha cara diante do comentário azedo do amigo, mas ainda assim se sente bem. Estava meio orgulhosa de si mesma pelas palavras e de Denji também, mesmo sem entender bem o porquê.
Talvez ele mesmo não percebesse, mas estava cada vez mais diferente desde a primeira vez em que eles tinham se encontrado, diferente de uma forma boa.
— Consigo ver a milhares de quilômetros de distância. — Ela olha para ele de canto, desacreditada, sem dar muita atenção procurando pelo telefone no bolso da saia do uniforme para dar uma última olhada no Twitter antes e voltar ao trabalho.
— Ei… todas as coisas são mesmo assim? — Denji se inclinou lentamente em direção à garota, falando baixinho e olhando para ela de canto. Perguntando quase como quem não quer nada.
Não queria bem transparecer sua incerteza sobre as coisas e parecer um idiota. Mas, ao mesmo tempo não tinha outra pessoa a quem perguntar, Power com certeza não saberia lhe responder aquilo e ele também ainda estava meio puto com ela por conta das próprias frustrações. Aki não tinha muita cara de manjar dessas coisas e ele estava envergonhado com a ideia de questionar Makima, mesmo gostando muito dela. Quer dizer, ele não queria parecer uma criança que não sabe de nada na frente dela.
— Mais ou menos… — A menina suspirou profundamente e virou-se de frente para ele. — A questão Denji é… bom, não se preocupe muito com isso, sabe? — Ela deu um tapinha de leve na cabeça dele e bagunçou seus cabelos loiros.
— Você é tipo um filhote de cachorro experienciando as coisas pela primeira vez. Todos nós somos na verdade, tá meio que todo mundo vivendo pela primeira vez. Nem tudo vai sair da forma como você sempre sonhou, afinal, você em sabia como sonhar. Muita coisa também vai dar errado na sua vida, tipo muita coisa mesmo. Olha pra mim, eu já tentei fazer muita coisa e me sinto uma merda por isso. Estou quase reprovando no colegio e tudo o que eu tenho é a bosta de um trabalho de meio período que eu achei que iria resolver minha vida, mas tudo o que ele me trouxe foi vontade de falecer. E olha que eu ainda tenho muito o que viver, então isso não é nem o começo. — Ela reclamou. — Faça o que você faz de melhor e só não pense muito sobre isso, tudo bem?
Denji assente, mesmo sem registar bem o significado daquelas palavras agora, ele ainda vai pensar sobre isso de forma profunda mais tarde. Sua voz passa a sensação de que ela compreende os seus sentimentos, sentimentos esses que nem ele mesmo entende, ou achou que fosse capaz de sentir. De toda forma, ele está feliz agora. Olhar nos olhos dela é difícil, então ele se limita a abaixar a cabeça, corado.
— Ah! E outra coisinha. — Ela sorri para ele se divertindo com uma ideia travessa que surgiu de repente em sua mente. — O mais importante de tudo é nunca deixar de tentar perseguir seus sonhos nem de tentar, mesmo se tudo der errado e parecer uma bosta. Afinal, às vezes a vida pode ter pena da gente e decidir dar uma recompensa por ser resiliente.
Dito isso, a jovem se levantou e ficando de frente para o amigo agarrou a mão direita de Denji com a sua palma macia e gordurosa. Segurando as costas das mãos dele com suavidade, trouxe até o seu rosto e então esfregou a bochecha contra a mão calejada do garoto. Sorrindo para ele, parecia até que era inocente, as bochechas tingidas de vermelho.
Denji engoliu seco.
— Denji, você quer tentar novamente, não quer? — Ela perguntou para ele com a voz manhosa, um sorriso sapeca nos lábios.
Denji que apenas a observava com os olhos arregalados enquanto afundava no sofá assente com a cabeça. Ele não sabe ao que ele está se referindo agora, mas independentemente do que for, ele quer. E como quer.
— Quero sim! Quero muito! — O garoto praticamente grita, esbaforido sem saber bem com o que ele estava concordando mesmo. Sua pobre mente estava em branco e ele não conseguia pensar em nada, preso naquele momento igual a um cervo preso no cruzamento, observando o carro enquanto espera pelo momento de ser atropelado.
E, inferno, aquele carro parece que vai bater com tudo para cima dele.
Denji não consegue mais olhar diretamente para o rosto dela. Sem poder recuar, ele engoliu seco e olhou para baixo fugindo do olhar intenso dela, o que não exatamente melhorou sua situação. Afinal, ele deu de cara com aquele monumental e lindo par de peitos balançando perto demais dele. Pareciam até estar o chamando.
Denji ouviu uma risadinha e olhou para cima cautelosamente.
— Que tocar neles? — Ela pergunta baixinho, como se estivesse lendo a mente dele. Suas bochechas estão rosadas.
— O quê? — Denji estava atordoado. Aquilo não parecia lá muito real, ele já havia fantasiado com isso algumas vezes então duvidou da própria sanidade. Não podia ser real, se fosse assim tão simples, ele teria perguntado antes.
A falta de resposta deixou a jovem inquieta. Ela observou Denji alguns momentos, ele alternava entre encarar seu rosto e os seus seios pesados de boca aberta, quase babando. Sem mais hesitar, ela segurou ambas as mãos de Denji e as colocou sobre os seios salientes, pressionando com firmeza, incentivando o amigo a apertar os montes macios com vontade.
Guiando as mãos dele com movimentos circulares enquanto estava de joelhos no sofá, inclinada sobre ele. Muito perto. Denji podia sentir o cheiro doce que ela tinha misturado com cheiro de comida. Era perfeito.
Ele estava no céu, nem sequer sabia descrever a sensação. Já tinha ido dormir mais de uma vez pensando em uma situação similar àquela, mas nunca sequer imaginou que algo assim fosse possível de um dia acontecer com ele. Mas muitas coisas boas andavam acontecendo ultimamente, então por que não ser grato? Além do mais, nada que ele pudesse imaginar havia o preparado para a sensação real da coisa.
Mais uma vez ela riu, agarrando as mãos dele para fora do alcance ao abrir os braços. Sua expressão confusa foi divertida, ele parecia uma criança após alguém ter tomado o seu brinquedo ou doce preferido. Denji teria protestado se não fosse pelo fato dela, logo em seguida ter unido as mãos atrás do pescoço dele, trazendo ele para perto da maciez do seu corpo novamente.
Merda pochita, tá vendo isso, né? — Ele pensou eufórico.
Denji fechou os olhos sentindo-se no céu, com o rosto no meio dos peitos da moça, enquanto ela o guiava a apertá-los. Se não estivesse sentado e encurralado teria caído no chão. Suas bochechas estavam quentes e ele parecia até aflito, atônito demais com a situação.
Boquiaberto e sem reação, apenas sabia estar adorando. Sabia que seu pau não tinha perdido tempo e estava duro, e como se soubesse ela encostou a ponta do joelho ali. Ela era um anjo e, ao mesmo tempo o pior demônio do inferno e uma vagabunda e ele estava completamente apaixonado por ela (para variar). Ela riu baixinho, soltando ele e segurando suas mãos, antes de se sentar na mesinha.
— Esse tipo de coisa não pode ser feito com qualquer pessoa. Sinta-se especial. — Ela murmurou. — Mas eu até entendo você nessa questão de expectativas e tudo mais. — ela falou como se nada houvesse acontecido, cruzando as pernas na mesinha e os braços rentes ao peito. — Quando eu tive meu primeiro beijo a sensação foi a mesma. — afirmou.
— Beijo?…— Denji repetiu em um murmúrio, ainda se raciocinando direito.
— Sim. Eu imaginava que ia ser igual nos filmes e nas fanfics e tava doida pra poder beijar logo. Escolhi o primeiro cara bonitinho da escola e tomei no rabo, foi horroroso, ele deixou a língua dele parada na minha boca. Parecia até uma lesma morta. Irck. — Ela estremeceu com a lembrança.
— Uma lesma? Mais que merda. Sabia que uma vez eu achei umas no meu barraco depois da chuva? Eu tava morto de fome e comi todas elas junto com o pochita. Não foi tão ruim. —
Ela ri dele. — Você é um cara bem nojento.
— Valeu. — Ele riu meio orgulhoso, afinal, pareceu um elogio. Ainda um pouco nervoso, Denji olhou para a garota, fazendo uma careta estranha enquanto batia a ponta dos dedos no sofá. — Aí, me deixa enfiar a cara nos teus peitos mais uma vez? Assim, uma última vez antes de ir para casa.
A garota ficou surpresa com a ousadia, então riu baixinho de Denji dando de ombros.
— Nem. Meu intervalo terminou. — Ela deu um tapinha no ombro dele e vestiu o avental novamente. Denji olhava para ela com a cara de um cachorro que havia acabado de cair da mudança. Era meio triste, deplorável e fofo em simultâneo. — Talvez outro dia, quando eu estiver de bom humor. Se você der sorte, talvez da próxima vez eu até fique sem sutiã para você.
E com isso, saiu da sala deixando um Denji completamente incrédulo para trás, dando pulinhos em cima do sofá enquanto comemorava a estranha vitória com uma dancinha. Ele agradecia a Power mais tarde por, sem querer, ter acabado causado tudo isso.
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famm · 7 months
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Ainda sinto sua falta
Sinto falta de falar aquela frase
Que nos representara
E que hoje você nem deve se lembrar
Aquela que pronunciada
Na chuva gelada
Contínua e molhada
Um sentimento estranho
Acompanhado de um temido banho
Um realista junto
A uma sentimentalista
Um amor
E ao idealista
Um calor
Um pequeno teto como um poliedro
Para dois gigantes poetistas
Uma meio jornada
Pois apenas a metade se concluira
Um amor não irradiado, mas sensacionalista
Um final não acertado, mas idealista
A busca pela divindade popular
Indiscutivelmente moralista, sem meritocracia
O fez persistente em sua indubitável meta
Entretanto sua mente colapsou
Entornando a loucura
Sua invisível luta foi cancelada
A busca pela longevidade das nuvens
Talvez inalcançável
Cansou-me
Com pequenas distrações
Sua bola de neve de óbice
Crescia como sua vontade de partir para seu mundo
Como sempre seria
Caso você não tivesse interrompido-me
Você me profligou
Desde em minhas essências
Até minhas emergentes funções
Sua sagacidade foi preservada
Foi escrita e descrita em minhas linhas imaginárias
Em meus cadernos hiperbólicos
A realidade recôndita que não aceitas
Hipócrita
Adepta a imaginação
No DR que sempre permaneces
Covarde
Apenas guarde suas lágrimas para outro dia
Eu ainda não a fiz chorar
Queimaste-me
Só repita depois de mim
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sosoawayrpg · 1 year
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INTERAÇÕES LIBERADAS!
𝐄𝐕𝐄𝐍𝐓𝐎: 𝐀𝐍𝐈𝐕𝐄𝐑𝐒𝐀́𝐑𝐈𝐎 𝐃𝐄 𝟐𝟎 𝐀𝐍𝐎𝐒 𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐈́𝐍𝐂𝐈𝐏𝐄 𝐀𝐑𝐓𝐇𝐔𝐑! 𝐏𝐀𝐑𝐓𝐄 𝟏.
É um começo de dia normal em Tão Tão Distante, enquanto você escova seus dentes e liga a sua tv magica, a nossa repórter Fada Madrinha aparece na tela para dar o seu famoso bom dia a todos habitual no seu programa de noticiais da cidade, o KNIGHTS. "Acorda princesas, vem cá príncipes. Um dos eventos mais importantes do ano chegou. É claro que eu estou falando do aniversário de vinte anos do nosso príncipe Arthur, do que mais seria? O baile acontecera no castelo do Rei às 20h e para até a minha surpresa, todos estão convidados. Isso mesmo que você acabaram de ouvir. Nosso amado Rei quer todos os habitantes presentes esse ano e quem não for, vai estar desobedecendo o Rei e será preso. Típico Rumpelstiltskin, não é mesmo? *riu e deu uma piscadela* E como de costume, eu e minha equipe vamos estar ao vivo para cobrir toda a festa e conferir e julgar todos os looks dos convidados. A seguir, ganhar na loteria tudo bem, contar para a família já é outra história... Anão ganha $ 100 milhões e vai buscar fortuna fantasiado para que sua família não descubra."
Perdeu o programa? Não ficou sabendo? Não se preocupe, magicamente aparece um convite dourado em suas mãos com todas as informações necessárias e não adianta rasga-lo porquê aparece outro, e mais outro e mais outro até você assinar um X confirmando sua presença. Você não tem outra opção senão começar a pensar o que ira vestir no aniversário real...
20h:
Você nunca viu tantas pessoas reunidas em um só lugar e ainda parecia sobrar espaço, depois de quase ficar cego das luzes das câmeras e dar entrevista para a Fada Madrinha, você passa pela vistoria dos guardas que são Gigantes musculosos, você finalmente chega até os grandes portões brilhantes do castelo do Rei. Parecia até uma aventura para poder adentrar o majestoso salão de recepção com uma decoração de deixar qualquer um com o queixo no chão. Ao olhar para cima e se deparar com o maior lustre de luzes que você já viu em toda sua vida, você conta mais de cinco andares e é recebido por bruxas, zumbis, ogros que estão ali para atender suas necessidades e guia-los até o salão principal que é no último andar, onde acontecerá a festa de aniversário do príncipe Arthur.
01 andar: salão de recepções. as escadas magicas movem-se para cima e para baixo, para direta e para esquerda, então tome cuidado onde pisa!
02 andar: salão das portas. é apenas um cômodo decorado com uma única mesa no meio e com inúmeras portas, todas elas levam a algum andar do castelo ou direto pro chão senão olhar para onde anda.
03 andar: labirinto do medo. é dado uma tarefa para achar UM objeto em especifico para conseguir sair do labirinto mas quanto mais tempo você passa dentro dele, seus maiores medo começam a criar vida diante do seus olhos, mas tudo não passa de uma ilusão para o divertimento e humor ácido do Rei.
04 andar: sala dos manequins. você entra pensando que é uma coisa mas na verdade é um pub de decoração dos anos 60 e que todos os funcionários são bonecos de madeiras, controladas por ventríloquos no teto. festa estranha, com gente mais esquisita.
05 andar: cozinha maluca. espere um momento, você acabou de ver uma geladeira falante andando pela cozinha? os garfos e facas estão perseguindo o chef mas que bagunça e caos, mas pelo menos, o banquete é farto e delicioso. basta pedir qualquer comida preferida, e ela ira aparecer no seu prato. bon appétit!
06 andar: pula-pula. parece o paraíso mas não é, o chão é feito de nuvens e tem gosto de algodão doce.
07 andar: bar subaquático. para quem não respira de  debaixo d'água, é fornecido uma bola com oxigênio para todos explorarem o mar, sem risco de ser mordido ou comido vivo.
08 andar: jardim da Medusa. apesar de florido e muito verde, é um jardim melancólico das vitimas de Medusa, onde se você parar para ouvir bem da até para ouvir algumas pedidas socorros. mas bem, não há nada que você possa fazer, não é mesmo? serve como área de fumantes também
09 andar: proibido à entrada.
10 andar: salão do trono. onde está acontecendo a festa do príncipe Arthur, onde a maior atração além do trono de ferro, é um bolo gigante do tamanho de um prédio. deve ter levados horas só para passar a cobertura!
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ooc:
Essa é a primeira parte do nosso evento! Às 20h vou postar o plot drop mas não se preocupem, isso não vai atrapalhar a interações do evento.
À princípio, o evento tem duração de hoje (13/05), 18h até (21/05), 23h. Mas vocês podem pedir para estender e depois do término podem continuar as interações em flashback. 
TAGS DO EVENTO:
#ttdeventos
#ttdlooks (para os looks)
#ttdstarters (para starters)
No mais, divirtam-se!
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brunacr-blog1 · 10 months
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Rima dois guarda chuvas
é tão fácil saber onde estão os guarda chuvas
difícil é consertar um teto da minha casa
Morava sozinha no meio do oceanário
Não havia livros só letras por duas crianças
Abraçei os poemas e os seus cobertores
feito por andorinhas a paz da Amélia
O calçado do mar rosário de uma flor
Transmite a minha dor que faço num percurso
Tempo incerto palavras de amor
A anabela fazia a sua intervenção
Do poderoso cidade do porto
Brincadeiras ao ar livre o rodrigo responsável
Não tinha um dente mas uma mente admirável
Povo português raízes do meu coração por ti
As mais belas receitas do teu amado aprendiz
Corrigi as plantas do seu jardim
Pensei nos outros e não em mim
Gosto de abraços e respeito
Falo com as nuvens
Sou alguém que protege
O meu verdadeiro eleito
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dragonprincebr · 11 months
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REFLECTIONS: PERSEGUINDO SOMBRAS
Capítulo 1: Fantasmas Familiares
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Quando as botas de Rayla pisaram na doca, ela suspirou profundamente em alívio – e quase se engasgou quando o chão continuou a se mover sob seu pé.
A madeira velha e retorcida se inclinou e rolou, ecoando o movimento horrível da Boca do Andarilho, atracado atrás dela. Rayla percebeu que, de alguma forma, enquanto estava recolhida no compartimento de carga do terrível barco, ela se acostumou com as ondas nauseantes do oceano. Agora a terra parecia se mover sob ela como água
“Ugh!” Rayla gemeu. “Não é justo!”
Ela se ajoelhou, esperando pela sensação de enjoo passar. Nas sombras dos enormes navios atracados ao seu redor – seus cascos rangendo, seus mastros eminentes – Rayla se sentiu pequena. Stella saiu de seu capuz e chiou em preocupação.
“Estou bem,” Rayla lhe assegurou, dando tapinhas em sua cabeça delicadamente. “Estarei melhor em alguns instantes. É terra, vai ficar firme eventualmente. Bem – acredito que seja uma ilha...”
Uma ilha é ilhada, disse uma voz em sua cabeça, tão brincalhona e travessa que ela quase poderia ver seu sorriso.
Rayla estremeceu.
Entendeu?
Ela silenciou a voz. Rayla não iria entreter sua assombração. Não hoje. Não agora. Ela veio para Scumport escondida na barriga do Boca do Andarilho perseguindo uma sombra – e essa sombra estava perto. Ela só precisava encontrar. Rayla se levantou.
No final das docas, um porto obscuro surge como um aglomerado de cracas, envolto por uma névoa marítima e na escuridão das nuvens. Scumport parecia que havia sido inundado pelo oceano e reconstruído um milhão de vezes com sobras e redes de pesca. A silhueta de uma grandiosa torre pairava sobre os tetos da cidade, três vezes mais alto que tudo, com uma janela que lembrava Rayla de um olho.
E o pior de tudo, o lugar inteiro cheirava à sal, madeira apodrecida e tripas de peixe. Rayla assistiu um par de gaivotas partir um caranguejo ao meio e picar suas entranhas. Stella se enroscou em seu ombro e pressionou todas suas quatro patinhas em seu nariz.
“Vamos lá, seja corajosa.” Rayla disse com um sorriso. “Não ficaremos muito tempo aqui.”
A macaquinha entortou a cara.
Rayla subiu pelas docas ao encontro de uma feira movimentada efervescente à luz das lanternas: barracas cobertas, pilhas de caixa de carga, e gritos de mercadores anunciando seus produtos. Uma multidão de clientes fervorosos passeava pela feira, trocando e negociando. Rayla colocou seu capuz e se juntou à eles. Ela se misturou com facilidade, esbarrando com marinheiros – humanos e elfos.
“Promoção de lonas!” Gritou um mercador. “Lonas estão em promoção!”
“Redes para o convés!” gritou um segundo. “Pegue um peixe e tire uma soneca!”
“Repolhos” Gritou uma voz fraca. “Só... repolhos comuns aqui!”
Os olhos de Rayla passaram pelos mercadores para uma barraca mostrando milhares de cristais brilhantes envoltos em bolhas, e ela se aproximou sorrateiramente para examinar a coleção. As pequenas peças pareciam ser artesanais de Lux Aurea, provavelmente raros após o que aconteceu com a cidade. Rayla se perguntou onde que o vendedor – um elfo da Terra com bolhas similares penduradas em suas galhas – teria adquiro coisas tão bonitas e raras.
Ela atribuía à reputação de Scumport para pensar em diferentes respostas. Rayla só ouviu falar do local após meses procurando por pistas, e ainda assim o nome só surgia em sussurros de línguas soltas. A cidade era o ponto de encontro dos indivíduos mais inescrupulosos de Xadia: caçadores, piratas e ladrões. Com a Borda aberta, humanos com designações similares encontraram seu caminho para as docas “acolhedoras” de Scumport – e com eles, vieram os magos sombrios.
Rayla tocou despretensiosamente um dos cristais e chamou a atenção do mercador. Ele se virou para ela, metal e vidro balançando de suas galhas e tilintando enquanto ele a observava. “Vai levar o que?”
Ela limpou a garganta, enquanto remexia com um dos ornamentos de cristal. “Você não tem nas suas prateleiras.”
O elfo da Terra cruzou os braços. “Manda.”
“Preciso de informação.” Ela disse. “Sobre alguém que pode estar aqui em Scumport.”
Ele franziu a testa, suas bolhas tilintando.
“Havia alguém em um barco que deveria ter parado aqui hoje de manhã.” Rayla contou, sua voz baixa. “Um homem humano. Um mago sombrio–”
“Eu vendo cristais.” O mercador rosnou. “Não irá encontrar o que procura aqui.”
“Mas–”
Ele bateu sua mão contra a madeira de sua barraca. “Vá embora.”
Rayla se afastou. A multidão se esbarrava com ela, e precisou lutar para manter seu foco. Resolveu ir atrás de outra barraca, essa sob a sombra de um prédio velho que Rayla quase confundiu por uma pilha de lixo. Sobre sua mesa havia longas e delicadas cordas, nós e tecido feitos de linhas estranhamente transluzentes.
“Boneweave” disse o mercador. Rayla cerrou os olhos para a figura, mas ela conseguia ver pouco debaixo do tecido grosso envolto em sua cabeça. Olhos azuis ferozes brilhavam para ela dentro da barraca. “O mais forte do arquipélago.”
Rayla se encostou sobre as amostras. “Estou atrás de informação, na verdade.”
O mercador cerrou seus olhos.
Dessa vez, Rayla manteve sua voz baixa. “Um barco que atracou essa manhã estava transportando um passageiro específico. Um humano, um mago sombrio–”
“Boneweave” rosnou o mercador. “E não segredos.”
Frustada, Rayla suspirou. “Bem, então me diga aonde ir. A quem perguntar. Alguém aqui deve saber alguma coisa!”
O mercador apontou para um grupo no meio da feira com um aceno quase imperceptível. “Pergunte a eles”
Rayla se virou para ver um par de elfos do Oceano corpulentos andando até ela do final do mercado. Enquanto seus passos pesados rangiam sob a doca, um deles estalou os dedos. As mãos de Rayla foram para suas costas para pegar suas espadas–
­­–mas alguém a agarrou pela sua capa e a botou para trás.
“Aqui está você,” falou uma voz alta e desconhecida. “Te falei para me encontrar quando seu barco atracou, e não para passear pelo mercado.”
Rayla lutou contra o puxão em sua capa e a dona da voz a largou. Ela se virou e hesitou.
Uma elfa da Lua estava em sua frente, alta e musculosa e trajando roupas díspares. Marcas pálidas emolduravam seus olhos, e uma cicatriz igualmente pálida traçava um caminho do queixo até a orelha. Rayla não sabia dizer sua idade, mas a mulher parecia velha do jeito que pessoas aparentavam quando algo além do tempo as haviam envelhecido. Seu cabelo branco caia em tranças espessas e ásperas, secas pelo vento do mar e sal, e sua pele brilhava no sol como couro usado. E ainda, ela sorria, e o brilho de seu sorriso a fazia parecer jovem.
“Desculpa,” Rayla disse. “Quem–?”
“Não se desculpe! Temos trabalho a fazer. Me acompanhe.”
A mulher girou com um aceno de sua mão, anéis brilhando no sol, e caminhou entre a multidão. Rayla permaneceu onde estava e considerou suas opções: ela poderia ficar com os elfos do Oceano para uma briga que não queria. Ela poderia correr– mas para onde? Scumport era uma ilha.
Uma ilha é ilhada, disse aquela voz assombrosa, não engraçada pela segunda vez, mas ela ainda podia ouvir seu sorriso–
Rayla cerrou os dentes. Ela só tinha uma única escolha: seguir a estranha.
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“Preciso admitir– aquilo foi ousado,” comentou a mulher enquanto abria uma porta para o que Rayla podia somente assumir que era sua casa. Foi construída como o resto de Scumport, com marcas do tempo nas pedras e a madeira branca e lascada. “E estúpido.”
Rayla hesitou na porta. Stella chiou em seus ouvidos e puxou seus chifres.
“Está tudo bem,” Rayla a assegurou. “Ficaremos bem.”
Stella deu mais um puxão petulante e voltou para o capuz de Rayla, emburrada.
Rayla entrou na casa. Ela quase bateu sua cabeça em uma garrafa pendurada por uma corda, mas a mulher a pegou e sacudiu o que parece fogo rubi dentro. A garrafa se acendeu, iluminando o lugar apertado com uma luz parecida com o pôr-do-sol.  Uma rede espessa estava pendurada no teto, e sob uma mesa torta com pernas bambas, havia uma pilha precária de baús e pergaminhos. No meio da bagunça uma jarra coberta de marcas dedos, cheia com algo que pareciam ser pequenas moedas de madeira.
“Então, novata. Como devo te chamar?”
A atenção de Rayla voltou para a elfa, esparramada na cadeira igualmente questionável da mesa enquanto tirava suas botas.
Ela endireitou a coluna e engrossou a voz. “Meu nome é Rayla.”
“Ah!” a mulher levantou uma sobrancelha. “Um nome real. Estou surpresa que você o manteve.”
Rayla franziu o rosto. “Como assim?”
“Você é uma Fantasma, não é?”
Ardeu– o quão casualmente ela disse, o quão insignificante a palavra parecia ser. Para Rayla, era como veneno em sua língua. Adoecia-a com culpa. Engoliu em seco, afetada.
“Não se preocupe,” a elfa disse, levantando suas mãos em um sinal de desculpas. “Quando um de nós aparece em Scumport, bem... eles raramente estavam em uma situação boa em casa.”
Rayla compreendeu o que ela queria dizer. “Então, você... também é...?”
“Claro, Há...” ela mordeu o lábio e contou seus dedos. “Hum, talvez uns 15 anos. Enfim, pode me chamar de Redfeather.”
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Ela fez uma pequena reverência dramática, com um florear de suas mãos. Pela primeira vez, Rayla notou cor em seu cabelo branco: uma pena entrelaçada em sua trança. Sob a luz da garrafa brilhante, parecia como um fio de sangue.
Rayla sentiu seu coração amolecer em seu peito do jeito que odiava. Ela queria saber mais, precisava saber mais. “O que você fez?”
“Nada do que eu me arrependa.”
Rayla piscou.
Redfeather a observou e se ajeitou na cadeira, suas botas batendo no chão. “Não diz que você ainda está presa ao que já aconteceu. Olha– se eles não tivessem me tornado uma Fantasma eu não estaria aqui.”
Rayla olhou cética ao redor do quarto.
“Não faça essa cara!” Redfeather riu. “Isso é tudo uma benção, uma vez que você aprende a ver assim. É liberdade– você não sente? Por que mais você estaria em Scumport?”
Rayla sentia várias coisas, e todas elas doíam. Ela pensou no Bosque Prateado. Ethari em sua mesa de trabalho, maravilhas de metal em seus dedos. Mushcup e surpresa de uva da Lua. E, além da Borda, um castelo aconchegante, e um mago–
­–mas Redfeather a observava, esperando por uma resposta.
Rayla endureceu. “Estou procurando um mago sombrio.”
Os olhos de Redfeather brilharam em interesse. Ela se inclinou para frente, sua voz baixa e macia atrás de um sorriso. “Ah, então você é uma caçadora. Procurando recompensas?”
“Não.” Rayla balançou a cabeça. “Procuro apenas por um. Apenas um mago sombrio.”
“Ah. Um rancor.”
Rayla cerrou os dentes. “Pode-se dizer que sim.”
“Então­­– procurando recompensas ou vingança, você não encontrará ninguém disposto a dar esse tipo de informação de graça no mercado.” Redfeather levantou e se espreguiçou, calma e sutil. “Eles são pessoas de negócios razoáveis à primeira vista. Você não pode só sair de um barco e começar a fazer perguntas. As pessoas aqui trabalham duro para proteger seus interesses– na maioria das vezes.”
“Na maioria das vezes?”
Redfeather estalou os dedos. “Ofereça um preço justo, e bem... línguas irão se soltar.”
Rayla considerou seus bolsos vazios. Ela só carregava o necessário: uvas da lua secas, algumas moedas de ouro, suas armas, e claro, Stella. A macaquinha levantou a cabeça do capuz de Rayla e fuzilou Redfeather com os olhos, chiando pequenas ameaças.
“Nada? Você pode sempre oferecer um favor.” Ela descansou seu queixo em sua palma. “Você pode até oferecer um para mim.”
O pulso de Rayla se acelerou. “Você sabe algo do mago sombrio?”
Redfeather traçou sua cicatriz com seus dedos salgados. “Não sei. Depende, claro. Está oferecendo um favor, ou não?”
Rayla olhou para a elfa. Redfeather encontrou seu olhar, olhos pálidos e espertos com perspicácia e segredos– e uma dor bem escondida que refletia a de Rayla. Os olhos de um Fantasma.
Ela é como eu, no fundo. Ela tem que ser.
Stella chiou nervosa em seu ouvido.
Rayla a ignorou. Ela chegou até aqui, e não desistira agora.
“Eu vou fazer.” Rayla disse, se aproximando de Redfeather. “Me diz o que você quer.”
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Continua...
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richardanarchist · 1 year
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A tarde
Ave Maria! blessed be the hour! The time, the clime, lhe spot where I so oft Have felt thar moment in its fullest power Sink o'er the earth so beautiful and soft...
- Byron
Ó tarde, oh bela tarde, oh meus amores, Mãe da meditação, meu doce encanto! Os rogos da minha alma enfim ouviste, E grato refrigério vens trazer-lhe No teu remansear prenhe de enlevos! Em quanto de te ver gostam meus olhos, Enquanto sinto a minha voz nos lábios, Enquanto a morte me não rouba à vida, Um hino em teu louvor minha alma exale, Oh tarde, oh bela tarde, oh meus amores!
I
É bela a noite, quando grave estende Sobre a terra dormente o negro manto De brilhantes estrelas recamado; Mas nessa escuridão, nesse silêncio Que ela consigo traz, há um quê de horrível Que espanta e desespera e geme n'alma; Um quê de triste que nos lembra a morte! No romper d'alva há tanto amor, tal vida, Há tantas cores, brilhantismo e pompa, Que fascina, que atrai, que a amar convida; Não pode suportá-la homem que sofre, Órfãos de coração não podem vê-la.
Só tu, feliz, só tu, a todos prendes! A mente, o coração, sentidos, olhos, A ledice e a dor, o pranto e o riso, Folgam de te avistar; - são teus, - és deles Homem que sente dor folga contigo, Homem que tem prazer folga de ver-te! Contigo simpatizam, porque és bela, Qu'és mãe de merencórios pensamentos, Entre os céus e a terra êxtasis doce, Entre dor e prazer celeste arroubo.
II
A brisa que murmura na folhagem, As aves que pipilam docemente, A estrela que desponta, que rutila, Com duvidosa luz ferindo os mares, O sol que vai nas águas sepultar-se Tingindo o azul dos céus de branco e d'oiro; Perfumes, murmurar, vapores, brisa, Estrelas, céus e mar, e sol e terra, Tudo existe contigo, e tu és tudo.
III
Homem que vivo agro viver de corte, lndiferente olhar derrama a custo Sobre os fulgores teus; - homem do mundo Mal pode o desbotado pensamento Revolver sobre o pó; mas nunca, oh nunca! Há de elevar-se a Deus, e nunca há de ele Na abóbada celeste ir pendurar-se, Como de rósea flor pendente abelha. Homem da natureza, esse contemple De púrpura tingir a luz que morre As nuvens lá no ocaso vacilantes! Há de vida melhor sentir no peito, Sentir doce prazer sorrir-lhe n'alma, E fonte de ternura inesgotável Do fundo coração brotar-lhe em ondas.
Hora do pôr do sol? - hora fagueira, Qu'encerras tanto amor, tristeza tanta! Quem há que de te ver não sinta enlevos, Quem há na terra que não sinta as fibras Todas do coração pulsar-lhe amigas, Quando desse teu manto as pardas franjas Soltas, roçando a habitação dos homens? Há prazer tamanho que embriaga, Há prazer tão puro, que parece Haver anjos dos céus com seus acordes A mísera existência acalentado!
IV
Sócia do forasteiro, tu, saudade, Nesta hora os teus espinhos mais pungentes Cravas no coração do que anda errante. Só ele, o peregrino, onde acolher-se, Não tem tugúrio seu, nem pai, nem 'spôsa, Ninguém que o espere com sorrir nos lábios E paz no coração, - ninguém que estranhe, Que anseie aflito de o não ver consigo! Cravas então, saudade, os teus espinhos; E eles, tão pungentes, tão agudos, Varando o coração de um lado a outro, Nem trazem dor, nem desespero incitam; Mas remanso de dor, mas um suave Recordar do passado, - um quê de triste Que ri ao coração, chamando aos olhos Tão espontâneo, tão fagueiro pranto, Que não fora prazer não derramá-lo. E quem - ah tão feliz! -- quem peregrino Sobre a terra não foi? Quem sempre há vista Sereno e brando deslizar-se o fumo Sobre o teto dos seus; e sobre os cumes Que os seus olhos hão visto à luz primeira Crescer branca neblina que se enrola, Como incenso que aos céus a terra envia? Tão feliz! quando a morte envolta em pranto Com gelado suor lh'enerva os membros, Procura inda outra mão co'a mão sem vida, E o extremo cintilar dos olhos baços, De um ente amado procurando os olhos, Sem prazer, mas sem dor, ali se apaga. O exilado! esse não; tão só na vida, Como no passamento ermo e sozinho, Sente dores cruéis, torvos pesares Do leito aflito esvoaçar-lhe em torno, Roçar-lhe o frio, o pálido semblante, E o instante derradeiro amargurar-lhe. Porém, no meu passar da vida à morte, Possa co'a extrema luz destes meus olhos Trocar último adeus com os teus fulgores! Ah! possa o teu alento perfumado, Do que na terra estimo, docemente Minha alma separar, e derramá-la Como um vago perfume aos pés do Eterno.
Gonçalves Dias
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seattide · 5 days
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Él levou a taça mais uma vez aos lábios. Tentando não corar, parecia tomar o efeito reverso, já sentindo calor, não sabia dizer se pela bebida, proximidade à lareira ou a sua fúria interior, pulsando, crescente. Como a lua que era encoberta por aquelas nuvens pesadas que choravam, do lado de fora.
É, Gaia não estava contente, mas Emilie, por outro lado, estava no Paraiso.
Ela engoliu em seco, observando Rebekah ficar repentinamente de pé e suas pupilas dilataram a imagem da garota se despindo à sua frente. Ela se aproximou, arrancando a taça de suas mãos e completamente nua, "montou" no seu colo. Os olhos de gelo se colaram nos dourados, incapaz de desviar. Mas havia certa malicia no que aquela brincadeira lhe permitia demonstrar. Suas mãos repousaram na cintura da ragabash e ela sorriu.
— Sou do tipo que grava por repetição. - provocou de volta. Já estava com o rosto corado, uma taça inteirinha era mais que suficiente para que ela se sentisse menos inibida, mas não era necessariamente o álcool que lhe dava toda essa coragem.
Se inclinou para selar os lábios de Rebekah, mas aproveitando-se que já estava com as mãos na sua cintura, desceu para as nádegas da garota, segurando-as com firmeza e se levantou, meio cambaleante, para leva-la até a cama.
Deixou uma risada escapar quando tropicou, sorrindo entre os beijos, conforme avançava e, uma vez a deitando, era Emilie quem estava sobre ela.
— Você é… muiito bonita. - disse ofegante, conforme a encarava sobre o emaranhado de lençóis bagunçados. Retirou a própria blusa, ficando apenas de sutiã e voltou a inclinar-se para beija-la outra vez, o colarzinho artesanal pendendo sobre o corpo da morena.
[…] Não havia mais fogo, figurativamente e literalmente. Naquele ponto da madrugada, deitada sobre a extremidade direita da cama, as costas nuas de Rebekah eram iluminadas unicamente pelos esforços dos postes do lado de fora e uma imensa lua cheia que começava a pender em queda.
A morena estava em sono profundo, ao contrário de Émilie. Entre um piscar e outro, uma visão um pouco assustadora ganhava claridade: vários fios de teia, expostos pela luz lunar, eram tracejados no teto do lugar. Abaixando a visão para uma das saídas de ventilação, algumas últimas aranhas minúsculas escapavam para dentro das frestas do quadrado, em uma sincronia uníssona.
Belmont lembrou-se, então, de um detalhe que passara quase despercebido pelo segundo andar: além da poeira, também parecida comportar as mesmas linhas aracnídeas em algumas arestas.
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solamais · 1 month
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❛ see? i’m not just a pretty face. ❜ / @hiloren
❝E quem disse que você era um rostinho bonito?❞ Indagou apenas para o provocar, ainda que logo desse uma curta risada. ❝Nunca duvidei das suas capacidades, Loren... Okay, talvez um pouquinho. Mas é que você é homem, sabe? Eu tenho direito de duvidar que algum de vocês vá fazer algo que se compromete com.❞ Em partes um comentário sincero, em partes brincadeira. Não que a Solange ligasse muito no fim do dia, o mundo de onde vinham não era preto e branco para pequenas coisas determinarem se eram ruins ou bons. ❝Mas ok, já sei agora pra quem mandar mensagem se ficar presa entre as nuvens no teto e de alguma sala ou caso eu queira montar uma banda.❞
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zensufiyya · 2 months
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— Olhe para cima, Moneo! Involuntariamente ele obedeceu, olhando para um céu sem nuvens, onde a claridade da manhã se intensificava. — Que é, Senhor? — Não existe um teto protetor acima de você, Moneo. Somente um céu aberto, cheio de mudanças. Dê graças a ele. Cada sentido que você possui é um instrumento para reagir à mudança. Isso não lhe diz nada? (Extraído de Duna — O Imperador Deus)
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amor-barato · 3 months
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Oh, Maga! Cada mulher parecida com você provocava como que um silêncio ensurdecedor, uma pausa rendada e cristalina que acabava por murchar tristemente, como um guarda-chuva molhado que se fecha. Justamente um guarda-chuva, Maga, talvez você se lembrasse daquele velho guarda-chuva que sacrificamos num barranco do Pare Montsouris, num certo entardecer gelado de março, aquele que jogamos fora porque você o tinha encontrado na Place de la Concorde, já um pouco rasgado, embora ainda o tivesse usado muitíssimo, depois disso, sobretudo para enfiá-lo nas costas das pessoas no metrô e no ônibus, sempre desajeitada e distraída, pensando em pássaros embriagados ou num pequeno desenho que duas moscas traçavam no teto, sim, recordo perfeitamente que, naquela tarde, chovia muito e você quis, orgulhosa, abrir o guarda-chuva quando entrávamos no parque, e nesse momento, nas suas mãos, armou-se uma catástrofe de relâmpagos frios e nuvens negras, tiras de pano roto caindo entre varetas destroçadas, e nós ríamos como loucos, enquanto nos ensopávamos, achando que um guarda-chuva encontrado numa praça devia morrer dignamente num parque, não podendo entrar no ciclo ignóbil do caixote do lixo ou da sarjeta; então, tratei de enrolá-lo o melhor possível e fomos até o ponto mais alto do parque, perto daquela pequena ponte sobre a estrada de ferro. E foi desse lugar que o lancei com toda a minha força para o fundo do barranco, enquanto você soltava um grito no qual pensei vagamente reconhecer uma exclamação de valquíria. E, no fundo do barranco, ele afundou como um barco que mergulha na água verde, na água verde e tempestuosa, la mer qui est plus félonesse en été qu'en hiver, na onda pérfida, Maga, incidente esse que nos deu motivo para longa conversa, apaixonados por Joinville e pelo parque, abraçados e semelhantes a árvores molhadas ou a atores de cinema de algum péssimo filme húngaro. E o guarda-chuva ficou na grama, minúsculo e negro, como um inseto espezinhado. Já não se movia, nenhuma de suas varetas se movimentava como antes. Terminado. Acabara-se. Oh, Maga! E não ficamos contentes.
Julio Cortázar (O Jogo da Amarelinha)
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