Tumgik
#Voar Fora da Asa
meuemvoce · 5 months
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Destino
Perder uma pessoa é complicado, perder mais do que isso é doloroso demais. Geralmente não somos acostumados com a perda, sentimos raiva do mundo, do destino e culpamos até quem não tem nada haver com a nossa perda. Não consigo entender isso hoje, mas amanhã ou lá na frente terei a resposta do porque ter dado tão errado. Era para ser nós, nosso amor, nossos sonhos e a nossa vida. Perdi muita coisa em um só pessoa, em você. Perdi um amigo e um companheiro de uma vez só, sem dó nem piedade, nossos planos não irão acontecer, nossas aventuras não iremos fazer e a nossa história não poderá ser contada e muito menos vivida. Hoje eu conto sobre a dor, falo de você nas entrelinhas, nas minhas linhas. Não tenho a minha pessoa para falarmos sobre nada, para cantar músicas erradas, para rirmos por coisa pequena e para discutir. São coisas pequenas que a gente perde que parece que amputou uma parte nossa, coração sente falta e o cérebro tenta se adaptar a nova rotina, rotina da solidão e do vazio imenso quando as pessoas saem das nossas vidas e você saiu da minha e fiquei exatamente assim, desolada. Qualquer coisa que tenho de você mesmo que seja de outra forma já é algo é alguma coisa para alimentar meu pobre coração. Nossa história poderia ser contada da forma mais triste e trágica para as pessoas, porque uma história que acontece sem a vontade do destino querer não fazer dar certo é um sofrimento em dobro é arrancar a casca da ferida todos os dias, porque tentamos fazer dar certo, por dias, semanas e meses, mas não deu, tivemos que pular do barco juntos. Você é a minha maior ferida e não é pequena como uma queda da bicicleta e ralar o joelho é algo muito maior e doloroso. Caímos tantas vezes para nos reerguermos juntos, tantas idas e vidas para no final nos tornamos o que ? Nada, pelo menos não somos dois estranhos e doí, uma dor que acaba com a gente de dentro para fora, mas tudo bem sempre damos um jeito de cuidar e amar de longe, não precisa ser falado ou demonstrado, podemos amar em segredo e no silêncio, mas como perder algo que nunca tivemos? Você nunca foi meu. Você nunca será meu, seu amor não será meu, seus sonhos ? será com outra pessoa, você será o destino de outro ser humano mais não será comigo. Não adianta fazermos birra, bater os pés no chão, chorar, gritar, bater, não importa nada disso, quando não é pra ser temos que engolir o choro e seguir enfrente mesmo com o arrombo que fica no peito, porque seu coração está com outra pessoa que está amando outra pessoa. Então, cabeça erguida, coragem, força e querer sobreviver a mais uma rasteira do destino, tenho que seguir esse mantra e o que posso fazer no momento é deixar você ir, deixar você voar. Então voe, meu amor. Voe, bata suas asas e não olhe para trás, siga seu caminho e vá para o lugar que sempre era pra ser seu, você não é feito para ficar preso, voe longe, voe rápido, conheça o mundo e voe para longe de mim, vou ficar bem, vamos ficar bem, sempre ficamos, te prometo e caso você queira voltar a gaiola fiará sempre aberta para o seu retorno e você não ficará preso, só em meus braços. Te espero em outra vida, mas te espero.
Elle Alber
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eyez4mali · 22 days
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conto da menina borboleta
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Existiu uma vez uma borboleta, chamada Eutália, que vivia em um casulo diferente dos outros. Desde o início, algo nele parecia estar errado, mas ninguém nunca deu atenção. O casulo era apertado, deformado, e ao invés de proteger, sufocava. Eutália, lá dentro, sentia-se espremida, sem espaço para crescer como as outras borboletas, mas ela ainda acreditava que, um dia, suas asas se abririam para a floresta.
Quando chegou o momento de sair do casulo, Eutália, com muito esforço, rompeu a prisão que a envolvia. Todos os animais da floresta pararam para assistir à sua transformação. E foi então que ela emergiu, e suas asas... ah, suas asas! Eram a visão mais bela que se poderia imaginar. Tons de azul e marrom brilhavam ao sol, como se cada batida delas fosse uma melodia visual, uma poesia de cores.
Por um breve momento, Eutália acreditou que tudo valeria a pena. Ela seria livre, poderia voar como sempre sonhou. Mas ao tentar bater as asas pela primeira vez, percebeu o erro trágico que a acompanhava desde o casulo. As asas estavam amassadas, tortas, incapazes de sustentar o voo.
Ela tentou novamente, com toda a força, mas o peso da imperfeição as puxava para baixo. O céu, que tantas vezes imaginara tocar, agora parecia mais distante do que nunca. Cada movimento era um lembrete cruel de que, apesar de sua beleza deslumbrante, ela nunca poderia voar. Suas asas, que pareciam ter sido esculpidas pelos deuses, eram inúteis.
Eutália observava as outras borboletas dançando no vento, flutuando entre as flores. O contraste entre sua imobilidade e a leveza delas era uma dor silenciosa, quase insuportável. Ela se arrastava pelos galhos, vendo o mundo lá de baixo, desejando ser parte daquilo que nunca poderia alcançar.
A cada tentativa fracassada, sua esperança se desvanecia. O peso de ser bonita, mas limitada, a consumia. Havia tanta promessa em suas asas, mas tudo não passava de uma ilusão trágica. Eutália descobriu que seu casulo nunca fora feito para moldá-la à liberdade; ele a havia deformado, e esse fardo ela teria que carregar para sempre.
Os dias passaram, e Eutália percebeu que sua vida seria assim: bela aos olhos dos outros, mas vazia para si mesma. A menina-borboleta que nasceu para ser livre agora era prisioneira de um destino cruel. Ela se deitava sob a sombra de um salgueiro, vendo o céu ao longe, sabendo que, por mais que seus olhos brilhassem com o desejo de voar, suas asas nunca a levariam até lá.
E assim, Eutália viveu, com a beleza de quem foi destinada a grandes alturas, mas com o peso da realidade amassada, que a mantinha sempre no chão.
Seu destino e sua ruína foram destinados, ela então tomou uma decisão, Eutália será uma bela escultura, morta porém bela, sempre será vista pelos animais da floresta com amor e carinho, todos a amavam, porém a vida não lhe foi prometida.
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littlfrcak · 5 months
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𝐔𝐌 𝐑𝐎𝐔𝐁𝐎 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐀 𝐌𝐀𝐆𝐈𝐀: 𝔢𝔫𝔣𝔯𝔢𝔫𝔱𝔞𝔫𝔡𝔬 𝔬𝔰 𝔪𝔢𝔡𝔬𝔰. — parte 2, final.
missão com: @apavorantes ; @zmarylou e @thxverenlim.
destino: caverna dos sussurros.
localização: parque nacional cotubanamá.
objetivo: roubar o grimório de hécate.
um novo medo tinha sido desbloqueado naquela missão: sereias. enfrentá-las foi difícil, um dos monstros mais medonhos que teve que lidar não só pela dificuldade mas também pelo perigo. mary poderia ter morrido, verena também. ao contrário dele e de bishop, as duas semideusas não tinham vantagem alguma que os ajudasse a escapar daqueles monstros. foi sorte que a filha de hefesto tinha reagido tão rápido e ajudado a filha de zeus.
sasha se esforçava para se levantar, sentindo a dor alucinante ecoar por todo o seu corpo. sua asa machucada latejava com intensidade, enviando ondas de agonia cada vez que tentava movê-la e nem era só isso, parecia estar quebrada. as penas fora do lugar, algumas descansavam no chão depois de terem saído. para completar, as costelas doíam a cada respiração, como se estivessem prestes a se partir a qualquer momento mesmo que pudesse sentir que não tivesse quebrado nada, ainda tinha caído com muita força no chão; os arranhões em seus braços ardiam e de tudo o que sentia, o pior não era a dor física, mas sim a falta de seu amuleto. a sereia arrancou com tudo e o quebrou, deixando-lhe vulnerável, exposto.
as cicatrizes em sua face, em seu braço, todo o lado direito de sasha era coberto por cicatrizes que o fogo tinha deixado para trás. a pele enrugada era escondida por magia, mas hoje, sem o amuleto, ele estava exposto. seu pior pesadelo. enquanto tentava se recuperar do embate com as sereias, uma sensação de impotência o envolvia. sasha se sentia fraco e vulnerável, incapaz de proteger a si mesmo, muito menos suas amigas. O conhecimento de que suas feridas o deixariam provavelmente incapaz de lutar contra qualquer outra nova ameaça só aumentava sua angústia silenciosa.
mary parecia emocionalmente destruída, a visão deveria ter afetado a semideusa de uma maneira muito pessoal. verena… pelos deuses, sua primeira missão. tão jovem no acampamento e já tendo que lidar com uma situação daquelas. o quão preparada psicologicamente ela estava para isso? sequer tinha pensado sobre esse ponto antes. sasha mantinha a vista baixa sem querer erguer o olhar para encarar as garotas, tinha vergonha das cicatrizes e das asas, então não queria ver como elas estavam lhe olhando. ligou novamente o aparelhos auditivo, sentindo uma dor aguda nas costas quando mexeu o braço.
os passos eram pesados, mancava, ficava perto das garotas mas tinha saído na frente para evitar o olhar delas. foi o primeiro a ouvir o barulho incomum. o rugido baixo que arrepiava os pelos de seus braços. imediatamente pegou a espada e a ergueu na postura defensiva. do escuro do caminho surgiram duas Leucrotas. o filho de hades sentiu um novo arrepio de medo percorrer sua espinha. ele sabia que não tinha como ajudar as garotas na batalha iminente. sua asa ferida o impedia de voar e sua força estava tão comprometida que mal conseguia se manter de pé. seu pânico pareceu servir para ativar a benção de nêmesis e uma aura preta começou a emanar de seu corpo, os monstros não se aproximavam de si mesmo que segurasse uma espada contra eles. espada essa que seria inútil contra as criaturas.
“são leucrotas! são imunes aos metais divinos, nossas armas são inúteis!” conseguiu alertar as garotas. “fogo! elas não vão sobreviver ao fogo!”
mas onde iriam arranjar fogo? a perna falhou e sasha caiu contra a parede, ficando tonto. estava fraco e sentia algo molhado viscoso em suas costas. sangue. a asa ferida fazia com que perdesse sangue e por isso estava tão fraco.
o plano mais fácil para escapar da situação veio na forma da aura quente de verena, sentia o ambiente esquentar mas eram as Leucrotas que não iriam resistir. um barulho ecoou no local e parecia que um raio tinha atingido algo, quando a vista focou de novo, percebeu que havia apenas uma criatura. o som ao seu redor se estabilizou e os gritos das semideusas entraram em seus ouvidos. a figura de mary caída no chão com tanto sangue a envolvendo… céus, a tontura voltava só de olhar o estrago.
bishop e verena lutavam contra o monstro restante mas a vista escurecendo dificultava que prestasse atenção. quando voltou a si, havia apenas o barulho das vozes das garotas perto de mary. em algum momento tinha sentado no chão, a aura seguia ativada então as amigas sequer conseguiam se aproximar. aos poucos, a aura foi se dissipando, os olhos voltando ao normal. as três tinham sido as responsáveis por acabar com os monstros, não sabia quem havia matado o que, mas via verena ajudando mary a levantar e ouvia a voz de Bishop ao longe… eles precisavam seguir em frente.
mais estável mas ainda tendo que se apoiar na parede para andar, sasha suspirou pesadamente em alívio quando chegaram em um imenso salão rochoso. no meio deste, um altar. o grimório finalmente avistado. observou com olhos arregalados enquanto bishop avançava cautelosamente em direção ao altar, onde o tão procurado grimório de Hécate repousava. uma sensação de alívio e antecipação o envolvia enquanto imaginava que finalmente poderiam ir embora. no entanto, seus pensamentos foram interrompidos abruptamente quando a caverna começou a tremer violentamente. o medo estava de volta ao perceber que algo estava terrivelmente errado. antes que pudesse reagir, sentiu algo úmido em seu pé, ao olhar para baixo, viu que era água.
“O LAGO!” gritou para as amigas. o pânico tomou conta de sasha quando começaram a voltar pelo lugar que vieram, a caverna tremia, rochas caíam do teto e das paredes e a água enchia tão rápido que não demorou nem tres minutos para alcançar seus joelhos. havia magia naquilo, era mais uma armadilha, talvez a última para impedir que o grimório saísse da caverna. seu coração batia descontroladamente em seu peito, se via lutando para respirar enquanto era arrastado pela correnteza crescente.a agonia de não conseguir nadar se misturava ao seu terror de ver a água engolindo o ambiente, envolvendo-o em um abraço gelado. na cachoeira do acampamento conseguia manter os pés no chão, ali, porém? não teria essa chance. mary estava machucada para piorar a situação deles, muito machucada, era ajudada pela filha de fobos e ele próprio ainda sentia a dor latejante de suas feridas se intensificando sob o impacto da água e o esforço para sobreviver.
por um momento aterrorizante, sasha sentiu como se estivesse sendo arrastado para as profundezas escuras e sufocantes, seu mundo reduzido a uma luta desesperada pela sobrevivência. duas mãos firmes o puxaram para cima, ajudando-o a energia e flutuar para encontrar sua respiração em meio ao caos. finalmente, a caverna os expeliu para fora, cuspindo-os na superfície com força suficiente para deixá-los ofegantes e tremendo de frio e do susto. sasha olhou ao redor, seu coração ainda batendo acelerado em seu peito enquanto tentava processar o que acabou de acontecer. lutava para controlar sua respiração enquanto tossia violentamente, expulsando a água que havia invadido seus pulmões durante o caos dentro da caverna. seu corpo estava tremendo de exaustão e choque, seus olhos procuravam freneticamente pelo ambiente ao seu redor, procurando sinais de perigo e em seguida procurando pelas amigas. com mary desmaiada e eles precisavam voltar ao acampamento meio-sangue o mais rápido possível e o táxi das irmãs cinzentas dessa vez teria que vir até eles no meio da floresta.
@silencehq
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richardanarchist · 1 month
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Aspiração
A Pereira da Silva
Eu quisera viver como os passarinhos: cantando à beira dos caminhos, cantando ao Sol, cantando aos luares, cantando de tristeza e de prazer, sem que ninguém ouvidos desse aos meus cantares.
Eu quisera viver em plenos ares, numa elevada trajetória, numa existência quase incorpórea. viver sem rumo, procurar guarida à noite para, em sono, o corpo descansar, viver em vôos, de corrida roçar apenas pela Vida!
Eu quisera viver sem leis e sem senhor, tão somente sujeita às leis da Natureza, tão somente sujeita aos caprichos do Amor… viver na selva acesa pelo fulgor solar, o convívio feliz das mais aves gozando, viver em bando, a voar... a voar...
Eu quisera viver cantando como as aves em vez de fazer versos, sem poderem assim os humanos perversos interpretar perfidamente meu cantar.
E eu cantaria, então, a liberdade do ar, e cantaria o som, a cor, o aroma, a luz que morre, a luz que assoma, cantaria, de maneira incompreendida, toda a beleza indefinida que a Natureza expõe e a gozar me convida.
E eu pudera expressar, em sons ledos ou graves, esses prazeres suaves do tato; e eu — então canora artista — expandiria as emoções da minha vista, e todo o gozo, lubrico e insensato, do odor, que embriaga o olfato; e eu poderia externar, em sons alegres ou doridos, todas as impressões dos meus ouvidos, toda a delícia do meu paladar.
Eu quisera viver dentro da Natureza, sufoca-me a estreiteza desta vida social a que me sinto presa. Diante de uma paisagem verdejante, diante do céu, diante do mar, esta minha tristeza por momentos se finda e desejo sofrer a vida ainda e fico a meditar: como os homens são maus e como a terra é linda!
Certo não fora assim tão triste a vida se, das aves seguindo o exemplo encantador, a humanidade livremente unida, gozasse a natureza, a liberdade e o amor.
Eu quisera viver sem a forma possuir de humano ser, viver como os passarinhos, uma existência toda de carinhos de delícias sem par… Morte, que és hoje todo meu prazer, foras então meu único pesar!
Eu quisera viver a voar, a voar até sentir as asas molentadas, voar ao cair do Sol e ao vir das Alvoradas, voar mais, ainda mais, pairar bem longe das criaturas nas sereníssimas alturas celestiais...
Voar mais, ainda mais (o vôo me seduz) voar até, finalmente, num dia muito azul e muito ardente, — alma — pairar do espaço à flux, — matéria — despenhar-me de repente, sobre a terra absorvente, morta, morta de luz!
Gilka Machado
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jamesherr · 5 days
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, 𝖔𝖘 𝖉𝖎𝖆́𝖗𝖎𝖔𝖘 𝖉𝖔 𝖘𝖊𝖒𝖎𝖉𝖊𝖚𝖘
Com um brilho animado nos olhos e um sorriso contagiante, James se ajeitou na cadeira com um entusiasmo visível. A energia positiva parecia quase palpável enquanto ele se preparava para a conversa, claramente animado com a oportunidade de compartilhar suas ideias e pensamentos. A postura relaxada e o olhar brilhante revelavam um genuíno interesse em participar, transformando o ambiente em algo leve e acolhedor. Com um leve pulo na cadeira e um aceno entusiasmado, ele sinalizou que estava mais do que pronto para começar.
𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟏: 𝐏𝐄𝐒𝐒𝐎𝐀𝐋
Nome: James Peter Herrera
Idade: 25 anos (01 de março de 1999)
Gênero e pronome: masculino cis | ele/dele
Altura: 1,85 m
Parente divino e número do chalé: Filho de Dionísio | chalé 12
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𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟐: 𝐂𝐎𝐍𝐇𝐄𝐂𝐄𝐍𝐃𝐎 𝐒𝐄𝐌𝐈𝐃𝐄𝐔𝐒𝐄𝐒
Idade que chegou ao Acampamento: 01 de fevereiro de 2014, eu tinha 15 anos.
Quem te trouxe até aqui? Minha mãe sempre soube que eu era um semideus, e sabia do acampamento. Quando ficou impossível fugir dos monstros, ela me contou a verdade, fez um mapa e me levou até onde foi possível. Uma quimera nos seguiu e a matou, e eu percorri o restante do caminho com o Otto, meu gato.
Seu parente divino te reclamou de imediato ou você ficou um pouco no chalé de Hermes sem saber a quem pertencia? Fiquei 1 ano no chalé de Hermes, até meu pai decidir me reclamar. Até hoje não sei o motivo para ele decidir fazer isso, nem o motivo para ter demorado tanto. Quando minha mãe me contou a verdade, disse que suspeitava que meu pai era Dionísio, mas só tive certeza quando ele me reclamou.
Após descobrir sobre o Acampamento, ainda voltou para o mundo dos mortais ou ficou apenas entre os semideuses? Se você ficou no Acampamento, sente falta de sua vida anterior? E se a resposta for que saiu algumas vezes, como você agia entre os mortais? Voltei para passear com meu irmão Brooklyn, e com alguns amigos, mas nunca morei fora daqui depois que cheguei. Já passei uns dias fora, em viagens, mas nunca muito tempo e nunca de maneira fixa. E eu agia... normalmente. Quer dizer, quase isso. No início, eu ficava atento se visse algum monstro, mas depois aprendi a relaxar mais e curtir a vida lá fora.
Se você pudesse possuir um item mágico do mundo mitológico, qual escolheria e por quê? As asas de Ícaro, talvez? Se bem que teria que voar baixo para não repetir a história dele, então não sei se teria tanta graça. Já sei! O anel de Giges. Deve ser legal ficar invisível, descobrir umas coisas, pregar umas peças.
Existe alguma profecia ou visão do futuro que o assombra ou guia suas escolhas? Nenhuma me vem à mente agora.
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𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟑: 𝐏𝐎𝐃𝐄𝐑𝐄𝐒 𝐄 𝐀𝐑𝐌𝐀𝐒
Fale um pouco sobre seus poderes: Meu poder é comunicação com felinos. Consigo entender e me comunicar com gatos, por exemplo. São os que mais falei na minha vida, aliás. Poderia me ajudar a obter informações úteis, mas nunca usei meu poder dessa forma. Uso mais para conversar, acalmar ou influenciar os gatinhos que encontramos perdidos pela praia aqui do acampamento. Já conversei com um leão num zoológico quando criança. Ah, já usei em uma missão para encontrar pistas. É uma conexão especial que eu tenho com esses animais.
Quais suas habilidades e como elas te ajudam no dia a dia? Eu tenho duas habilidades principais: velocidade sobre-humana e um fator de cura acima do normal. A velocidade me ajuda a me mover rapidamente, é claro, o que é ótimo tanto para batalhas quanto para tarefas diárias que exigem agilidade. Já o fator de cura significa que eu me recupero de ferimentos e fadiga mais rápido do que a maioria das pessoas, o que é uma enorme vantagem, considerando que eu não tenho muita habilidade de luta ou horas de treino.
Você lembra qual foi o primeiro momento em que usou seus poderes? Sim! Eu tinha oito anos e estava no zoológico com minha mãe, então ouvi uma voz grossa e imponente pedindo socorro. Olhei para os lados, ninguém pareceu ouvir. Achei que estivesse ficando louco, mas aí eu vi que a voz vinha... de um leão! Eu perguntei se ele estava pedindo socorro, ele se surpreendeu porque eu o entendia, e eu fiquei mais chocado ainda. Fiquei de olhos arregalados e queixo caído, escutando ele me contar como era mau tratado naquele zoológico e que queria fugir dali com sua família. Eu fiquei emocionado e... abri a jaula dele. Fiz o leão prometer que não machucaria ninguém, é claro, mas ele cumpriu. Só tentou ferir quem tentou machucá-lo primeiro. Foi uma confusão, e eu voltei para casa chorando quando vi que atiraram um dardo para adormecer o leão, e o prenderam novamente.
Qual a parte negativa de seu poder? A parte negativa da comunicação com felinos é que, às vezes, é difícil interpretar as intenções e sentimentos deles, que podem ser imprevisíveis e enigmáticos. Além disso, eu não consigo controlá-los para que façam o que eu queira, nem invocá-los para me ajudar numa briga. Basicamente eles são amigos com quem posso conversar. É legal, mas não é útil em batalhas.
E qual a parte positiva? A parte positiva é justamente essa conexão que tenho com eles. Ter mais amigos para conversar, ajudar os gatinhos que já encontrei e até proporcionar algum conforto quando eles precisam.
Você tem uma arma preferida? Se sim, qual? Seria a espada. Não é exatamente arma preferida, é a única que eu sei minimamente manusear.
Acredito que tenha uma arma pessoal, como a conseguiu? Tenho a Shadowblade, uma espada feita com ferro estígio. Ela diminui para o formato de um pingente, que fica numa pulseira que ando quase sempre comigo. É só apertar no gatilho e a espada ganha o tamanho normal. Fica presa no meu pulso, como uma forma de não escapar da minha mão durante uma batalha. Meu pai quem me deu.
Qual arma você não consegue dominar de jeito algum e qual sua maior dificuldade no manuseio desta? Várias? É sério, tem várias que eu não sei nem como segurar direito. Mas acho que arco e flecha? Minha mira é péssima.
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𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟒: 𝐌𝐈𝐒𝐒𝐎̃𝐄𝐒
Qual foi a primeira que saiu? Fomos resgatar um colar de Dionísio que era capaz de se comunicar com felinos. Foi tranquila e quem estava com o colar era um mortal, então não foi exatamente um desafio.
Qual a missão mais difícil? Uma missão para resgatar um... sátiro. Geralmente, eles nos resgatam, mas estava causando um caos no mundo mortal depois de ter sido atacado por alguém com poderes de indução à loucura. Ele ficou pirado e começou a atacar mortais. Foi difícil contê-lo e levá-lo ao acampamento, mas depois que recobrou a consciência, ele não se lembrava de quem fez aquilo com ele. Até hoje não sabemos.
Qual a missão mais fácil? Quando resgatamos um pégaso mamãe e seu filhote que haviam sido roubados do acampamento. Fácil é uma palavra forte, mas foi tranquilo, comparado a outras situações que já ouvi meus amigos contarem.
Em alguma você sentiu que não conseguiria escapar, mas por sorte o fez? Eu só fui em três missões, as que mencionei agora. A do sátiro foi bem difícil, mas não pareceu descontrolada em momento algum. Eu que sou muito medroso e em todas as vezes achei que não voltaria com vida.
Já teve que enfrentar a ira de algum deus? Se sim, teve consequências? Não, ainda bem.
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𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟓: 𝐁𝐄𝐍𝐂̧𝐀̃𝐎 𝐎𝐔 𝐌𝐀𝐋𝐃𝐈𝐂̧𝐀̃𝐎
Não possuo.
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𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟔: 𝐃𝐄𝐔𝐒𝐄𝐒
Qual divindade você acha mais legal, mais interessante? Eu gosto muito do meu pai, é claro. Hermes também, fui muito bem recebido no chalé dele e gosto de suas histórias. Mas Afrodite... eu tenho uma admiração tão grande e meu sonho era conhecê-la. Uma chance com ela, já pensou? Desculpa aí, Hefesto.
Qual você desgosta mais? Não é desgosto, é... medo. Deimos e Fobos. Corro deles e de suas crias.
Se pudesse ser filhe de outro deus, qual seria? Afrodite ou Hermes.
Já teve contato com algum deus? Se sim, qual? Como foi? Se não, quem você desejaria conhecer? Só com meu pai, no acampamento. E, uma vez, Afrodite respondeu uma mensagem de Íris minha. Ela não disse nada, só deixou cheiro de flores no ar, mas foi lindo. E, se eu pudesse vê-la de novo, seria incrível. Também gostaria de conhecer Hermes ou Poseidon.
Faz oferendas para algum deus? Tirando seu parente divino. Se sim, para qual? E por qual motivo? Regular e devotamente para Afrodite. Mas também para meu pai e, uma vez ao ano, para Hermes.
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𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟕: 𝐌𝐎𝐍𝐒𝐓𝐑𝐎𝐒
Qual monstro você acha mais difícil matar e por qual motivo? Todos? É sério, eu sou medroso, já disse isso? Fora a minha falta de habilidade com armas e... Tá bom, tá bom, tem que escolher só um? Quimera, então.
Qual o pior monstro que teve que enfrentar em sua vida? A Quimera que matou a minha mãe.
Dos monstros que você ainda não enfrentou, qual você acha que seria o mais difícil e que teria mais receio de lidar? Todos seriam difíceis para mim, já disse. Mas acredito que a Quimera seria mais porque tenho trauma e talvez ficasse paralisado se visse uma novamente.
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𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟖: 𝐄𝐒𝐂𝐎𝐋𝐇𝐀𝐒
Caçar monstros em trio ou Caçar monstros sozinho? Não tem a opção "não caçar monstros? Beleza, então em trio.
Capture a bandeira ou Corrida com Pégasos? Corrida com Pégasos. Adoro voar.
Ser respeitado pelos deuses ou viver em paz, mas no anonimato? Viver em paz, mas no anonimato, sem dúvida. Só quero casar, ter filhos e viver uma vida mais normal possível.
Hidra ou Dracaenae? Nenhuma? Ah, você vai mesmo em fazer escolher? Eu não queria enfrentar nenhuma dela, mas... Ok, dracaenae, então.
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𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟗: 𝐋𝐈𝐃𝐄𝐑𝐀𝐍𝐂̧𝐀 𝐄 𝐒𝐀𝐂𝐑𝐈𝐅𝐈́𝐂𝐈𝐎𝐒
Estaria disposto a liderar uma missão suicida com duas outras pessoas, sabendo que nenhum dos três retornaria com vida mas que essa missão salvaria todos os outros semideuses do acampamento? Nunca! Morro de medo de morrer, não gosto nem de sair em missão. Admiro quem tem essa coragem, mas prefiro me esconder na minha covardia, mas continuar vivo.
Que sacrifícios faria pelo bem maior? Eu sacrificaria uma lembrança, um objeto importante, até me manteria longe das pessoas que amo se isso fosse o melhor para todos. Só não quero morrer, me machucar nem ferir ou perder quem eu amo. Mas eu me arriscaria, sim, numa luta para salvar ou resgatar alguém.
Como gostaria de ser lembrado? Como uma pessoa leal e que dá o mundo para as pessoas que são importantes para mim.
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𝐂𝐀𝐌𝐀𝐃𝐀 𝟏𝟎: 𝐀𝐂𝐀𝐌𝐏𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎
Local favorito do acampamento: Anfiteatro, é claro. Mas também gosto do Coreto de Afrodite e da praia.
Local menos favorito: Arena de treinamento, parede de escalada e enfermaria.
Lugar perfeito para encontros dentro do acampamento: Coreto de Afrodite é o clássico, mas os campos de morango e a Caverna dos Deuses tem seus charmes.
Atividade favorita para se fazer: Clube de teatro, no anfiteatro. Desculpa, eu sou clichê e repetitivo.
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@silencehq @hefestotv
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djinfurtacor · 4 months
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Meninas desejam voar
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Cada linha firmada
expressa o grito
impregnado da vontade de
viver em liberdade.
Quantos significados posso enxergar nessa imagem?
Uma jovem moça firmou as dobraduras que deram vida a este pequeno pássaro. Ela abriu momento no tempo-espaço e o entregou em minhas mãos depois de tudo que ouvimos e construímos em uma roda que fez confluir no mesmo ambiente histórias nossas, tão semelhantes e dolorosas e aprendizados necessários e fundantes para seguir nos dias mais seguras pois quando tomamos consciência de nossos direitos, da luta de nossas mais velhas ao longo do tempo para nos encaminhar até este ponto na história, também nos tornamos agentes dessa revolução. Movimento ascendente que cresce de dentro pra fora.
Agora carrego comigo o símbolo de algo que a minha mestra me ensinou no início dessa jovem caminhada:
Toda vez que mulheres se encontram e se conectam, um fenômeno de cura começa a acontecer. Somos como árvores organizando a vida dentro de um ecossistema.
Ao mesmo tempo que grita em minha retina a certeza de outro ensinamento:
A luta pela liberdade é uma causa coletiva. Só seremos livres quando todas as gaiolas deixarem de existir, quando todas as asas se articularem para alçar voo.
Sigo fincando os passos no caminho e ouvindo o sussurro palpável dos ensinamentos da mais velha que me guia toda vez que me deparo com a verdade.
Revérbero de um momento importante para jovens mulheres e moças do território de Serra Grande. Uma formação para o Grupo das Meninas: Vivências Femininas, que reuniu jovens do território com o intuito de disseminar informações e gerar aprendizados sobre os direitos das mulheres e meninas na sociedade brasileira.
Ao longo de três encontros, aconteceram rodas com a presença de mulheres ativas na luta da causa das mulheres, e/ou no inicio de sua caminhada, para partilhar conhecimentos e aprofundar os temas escolhidos.
18.05.2024 no Barracão de Seu Lito Bairro Novo, rua Beira Rio Serra Grande, Uruçuca, Sul da Bahia
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bolladonnas · 1 year
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                     madness can be fleeting, but it can be the beginning                             of everything: change, pain, disgrace.
trigger warning: o texto abaixo contém pensamentos homicidas.
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quando a corrida começou tudo o que passava pela cabeça da grimhilde era o desejo de passar pela linha de chegada em primeiro lugar. conhecia estratégias, abordagens que poderiam ser trazidas para a corrida; e conhecia alguns dos seus adversários, alguns assim como ela, estariam dispostos a tudo. outros no entanto, poderiam ficar apavorados com sua postura e a do seu dragão; e usaria tudo o que estivesse a seu alcance.
as mãos bem firmes em torno das rédeas que a prendiam ao dragão, pouco eram utilizadas; cianeto sabia o que era necessário fazer, sabia como voar, como utilizar do peso do próprio corpo para bater nos demais dragões. belladonna estava no controle apenas se fosse necessário; mas a disputa era acirrada e quando finalmente alcançou a linha de frente, um calor estranho a percorreu a espinha. enquanto cianeto seguia brigando pelo primeiro lugar, ela permitiu-se olhar para trás e encontrou o inimaginável: o dragão da imbecil da corona estava descontrolado.       ‘       mais rápido!         pediu para seu dragão sem demonstrar nada além de força de vontade, ela só não imaginava que o descontrole do dragão alheio, fosse se tornar uma grande confusão. a fumaça que nublava os céus impedia a visão, fazendo com que se debruçasse mais sobre a cela, segurando-se firme para que não houvesse uma queda. cianeto parecia inquieto, as asas batiam com mais força, uma tentativa de limpar o ar, mas nada parecia funcionar.
quando as chamas se espalharam ela sentiu as peças de roupas esquentarem, quase machucando a própria pele e foi naquela fração de segundos, que belladonna deixou que o dragão tomasse a frente. cianeto mudou o caminho, avançou na direção de seasmoke, as garras dianteiras firmes sobre o outro dragão, empurrando-o para longe; a boca abria-se, fileiras de dentes firmes e pontiagudos prontos para arrancar um pedaço da carne.     ‘     cianeto, pare!        a tentativa de impedi-lo provinha muito mais do receio com a própria segurança, mas quando os olhos recaíram sobre beren, em como era tão inútil, desejou que não somente seu dragão fosse parado, mas que sua tutora também sofresse. acaba com ela! o pensamento surgiu, seguido de muitos outros: a derruba, esmaga ela, a imbecil acabou com sua corrida. e conforme a consciência lotava de desejos, cianeto parecia sentir também, cada vez mais insano na contenção do outro animal, dentes tentando alcançá-lo, deixando a grimhilde vulnerável.
foi só quando as chamas passaram bem próximas do rosto que ela percebeu o que estava fazendo; como seu veneno se misturava com a fumaça que ocupava os céus. as rédeas foram puxadas com força, o dragão dando uma ré malfeita, a deixando quase pendurada na cela. vai ser covarde? donna sentia o corpo todo tremendo, força sendo aplicada nas mãos, o sentimento de desejo em matar beren crescendo e se tornando quase insuportável. guiando o dragão, afastou-se da confusão, voando para mais distante da fumaça, do fogo. fumaça lhe escapava pelas narinas mas tinha a coloração verde, veneno lhe escapando.   ‘         para longe, cianeto!            exigiu, perdendo a força, o controle de si mesma. a mate, ela merece! volte lá e acabe com ela! queremos ela morta! ela estragou tudo hahaha, que vergonha! o que sua mãe vai achar? idiota, idiota!    ‘    calem a boca!     as vozes não paravam, não diminuíam. pelo calor que a percorria, tinha quase certeza que as roupas haviam derretido, mas não tinha tempo para pensar. Longe o bastante para explodir, belladonna pulou do dragão ainda no ar, a queda sendo reconfortada pela relva da floresta.    ‘     se afaste, cianeto! voe pra longe! 
fora como estourar uma bomba atômica, bum. veneno lhe escapava pela boca, pelo nariz, pelas mãos; a fumaça tóxica matando pequenos animais, derrubando árvores. raiva a percorria, imaginava sufocando beren e seu dragão idiota. quando não tinha mais nada a ser liberado, permitiu-se relaxar, respirando o ar tóxico. sem que percebesse, havia aberto a caixa de pandora que era sua mente.
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marginal-culture · 1 year
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Por que o amor é tão doloroso?
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O amor é doloroso porque ele cria o caminho para o êxtase. O amor é doloroso porque transforma, o amor é mutação. Cada transformação vai ser dolorosa, porque o velho tem que ser deixado pelo novo. O velho é familiar, seguro, confiável, o novo é absolutamente desconhecido. Você estará se movendo em um oceano desconhecido. Você não pode usar a sua mente com o novo, com o velho, a mente é hábil. A mente só pode funcionar com o velho, com o novo, a mente é absolutamente inútil.
Daí, o medo surge, e deixando o velho, confortável, mundo seguro, o mundo da conveniência, a dor surge. É a mesma dor que a criança sente quando ela sai do útero da mãe. É a mesma dor que o pássaro sente quando sai do ovo. É a mesma dor que o pássaro vai sentir quando ele vai tentar voar pela primeira vez.
O medo do desconhecido, e a segurança do conhecido, a insegurança do desconhecido, a imprevisibilidade do desconhecido, faz a pessoa ficar muito assustada.
E porque a transformação vai ser a partir do ser para um estado de não-ser, a agonia é muito profunda. Mas você não pode ter o êxtase sem passar pela agonia. Se o ouro quer ser purificado, tem que passar pelo fogo.
O amor é fogo.
É por causa da dor de amor, que milhões de pessoas vivem uma vida sem amor. Elas também sofrem, e seu sofrimento é inútil. Sofrer por amor é não sofrer em vão. Sofrer por amor é criativo, ele leva você para níveis superiores de consciência. Sofrer sem amor, é um desperdício supremo, isso leva você a lugar nenhum, isso mantém você em movimento no mesmo círculo vicioso.
O homem que vive sem amor é narcisista, ele é fechado. Ele só conhece a si mesmo. E quanto ele pode conhecer a si mesmo se ele não conhece o outro, porque somente o outro pode funcionar como um espelho? Você nunca vai conhecer a si mesmo sem conhecer o outro. O amor é muito fundamental para o auto-conhecimento também. A pessoa que não conhece os outros em profundo amor, com paixão intensa, em êxtase absoluto, não será capaz de saber quem ele é, porque ele não vai ter o espelho para ver o seu próprio reflexo.
Relacionamento é um espelho, e quanto mais puro é o amor, maior o amor, melhor o espelho, mais limpo é o espelho. Mas o maior amor precisa que você seja aberto. Quanto maior o amor, é preciso que você seja vulnerável. Você tem que deixar cair a sua armadura, o que é doloroso. Você não deve estar constantemente em guarda. Você tem que deixar a mente calculista. Você tem que se arriscar. Você tem que viver perigosamente. O outro pode te machucar, esse é o medo de ser vulnerável. O outro pode rejeitá-lo, esse é o medo de estar amando.
O reflexo que você vai encontrar no outro do seu próprio eu pode ser feio, essa é a ansiedade. Evite o espelho. Mas, ao evitar o espelho você não vai ficar mais belo. Ao evitar a situação você não vai crescer também. O desafio tem que ser assumido.
A pessoa tem que ir em direção ao amor. Esse é o primeiro passo em direção à verdade, e não pode ser ignorado. Aqueles que tentam ignorar o passo do amor nunca vão chegar à verdade. Isso é absolutamente necessário, porque você só se torna consciente de sua totalidade quando você é provocado pela presença do outro, quando sua presença é reforçada pela presença do outro, quando é levados para fora de seu narcístico mundo fechado ao céu aberto.
O amor é um céu aberto. Estar em amor é estar em vôo, sobre as asas. Mas, certamente, o céu ilimitado cria o medo.
E abandonar o ego é muito doloroso, porque nós fomos ensinados a cultivar o ego. Nós achamos que o ego é o nosso único tesouro. Temos protegido, temos decorado, nós temos estado continuamente polindo o ego, e quando o amor bate à porta, tudo que é necessário para se amar é pôr o ego de lado, e isso é certamente doloroso. É um trabalho para a vida inteira, é tudo o que você tem criado – o ego feio, a idéia de que “Eu sou separado da existência.”
Essa idéia é feia porque é falsa. Essa idéia é ilusória, mas nossa sociedade existe, e ela é baseada nessa idéia de que cada pessoa é uma pessoa, não uma presença.
A verdade é que não existe nenhuma pessoa de jeito nenhum no mundo só há presença. Você não é – não como um ego, separado do todo. Você é parte do todo. O todo penetra-o, o todo respira em você, pulsa em você, o todo é sua vida.
O amor lhe dá a primeira experiência de estar em sintonia com algo que não é o seu ego. O amor lhe dá a primeira lição que você pode estar em harmonia com alguém que nunca fez parte do seu ego. Se você puder estar em harmonia com uma mulher, se você puder estar em harmonia com um amigo, com um homem, se você puder estar em harmonia com o seu filho ou com sua mãe, porque você não pode estar em harmonia com todos os seres humanos? E se estar em harmonia com uma única pessoa dá tanta alegria, qual será o resultado se você estiver em harmonia com todos os seres humanos? E se você puder estar em harmonia com todos os seres humanos, porque você não pode estar em harmonia com os animais e pássaros e as árvores? Então, um passo leva a outro.
O amor é uma escada. Ele começa com uma pessoa, e acaba com a totalidade. O amor é o princípio, a verdade é o fim. Ter medo de amar, ter medo das dores do crescimento do amor, é manter-se fechado em uma cela escura.
O homem moderno vive em uma cela escura, ele é narcisista. Narcisismo é a maior obsessão da mente moderna.
E depois há os problemas, problemas que não fazem sentido. E há problemas que são criativos, porque eles o levam a uma maior consciência. Há problemas que o levam a lugar nenhum, eles simplesmente o mantém amarrado, eles simplesmente o mantém em sua velha confusão.
O amor cria problemas. Você pode evitar esses problemas, evitando o amor. Mas esses são problemas muito essenciais! Eles têm que ser enfrentados, confrontados, ele têm que ser vividos e atravessados e ir além. E para ir além, o jeito é ir através. O amor é a única coisa real que vale a pena. Tudo mais é secundário. Se uma coisa ajuda o amor, ela é boa. Tudo o mais é apenas um meio, o amor é o fim. Então qualquer que seja a dor, mergulhe no amor.
Se você não entrar no amor, como muitas pessoas decidiram, então você está preso em você mesmo. Então, sua vida não é uma peregrinação, então sua vida não é um rio indo para o oceano, a sua vida é um lago de águas paradas, sujas, e logo não haverá nada, mas a sujeira e a lama. Para manter-se limpo, a pessoa precisa continuar fluindo. Um rio se mantém limpo porque ele continua fluindo. O fluxo é o processo de se permanecer continuamente virgem.
Um amante permanece virgem. Todos os amantes são virgens. As pessoas que não amam, não podem permanecer virgens, eles se tornam dormentes, estagnados, começam a feder mais cedo ou mais tarde – e, mais cedo do que tarde – porque eles não têm para onde ir. A vida deles está morta.
É aí que o homem moderno se encontra, e, por causa disso, todos os tipos de neuroses, todos os tipos de loucuras, tornaram-se desenfreadas. As doenças psicológicas tomaram proporções epidêmicas. Não é mais, apenas alguns indivíduos que estão psicologicamente doentes, a realidade é que a terra inteira se tornou um hospício. Toda a humanidade está sofrendo de uma espécie de neurose.
E que essa neurose é proveniente de sua estagnação narcisista. Todo mundo está preso a uma ilusão própria de ter um eu separado, então as pessoas enlouquecem. E essa loucura não tem sentido, é improdutiva, sem criatividade. Ou as pessoas começam a cometer suicídio. Os suicídios são igualmente improdutivos, sem criatividade.
Você pode não cometer suicídio tomando veneno ou pulando de um penhasco ou atirando em si mesmo, mas você pode cometer um suicídio, que é um processo muito lento, e é isso que acontece. Muito poucas pessoas cometem suicídio de repente. Outras decidiram por um lento suicídio, gradualmente, pouco a pouco, lentamente, elas morrem. Mas quase todas tem a tendência para ser suicidas e isso se tornou universal.
Isto não é maneira de viver, e a razão, a razão fundamental é que nós esquecemos a linguagem do amor. Nós não somos mais corajosos o suficiente para entrar nessa aventura chamada amor.
Por isso as pessoas estão interessadas em sexo, porque o sexo não é arriscado. Ele é momentâneo, você não se envolve. O amor é envolvimento, é um compromisso. Não é momentâneo. Uma vez que ele cria raízes, pode ser para sempre. Pode ser um envolvimento por toda a vida. O amor precisa de intimidade, e só quando você é íntimo é que o outro se torna um espelho.
Quando você se encontra sexualmente com uma mulher ou um homem, você não se encontra na verdade, você evita a alma da outra pessoa. Você acabou de usar o corpo e escapou, e outro usou o seu corpo e escapou. Você nunca se tornou íntimo o suficiente para revelar as faces originais um do outro.
É doloroso, mas não evite. Se você evitar o amor você vai evitar a maior oportunidade de crescer. Mergulhar nele, sofrer de amor, porque através do sofrimento surge um grande êxtase. Sim, há uma agonia, mas dessa agonia, o êxtase nasce. Sim, você terá que morrer como um ego, mas se você pode morrer como um ego, você vai nascer como um ser divino, como um Buda. E o amor vai lhe dar o primeiro sabor na ponta da língua do Tao, do Sufi, do Zen. O amor vai lhe dar a primeira prova de que a verdade é, de que a vida não é em vão.
As pessoas que dizem que a vida não tem sentido são as pessoas que não conheceram o amor. Tudo o que eles estão dizendo é que a sua vida perdeu o amor.
Que haja dor, deixe que haja sofrimento. Vá até a noite escura, e você vai chegar a um belo nascer do sol. Somente no seio da noite escura é que o sol se desenvolve. É somente através da noite escura que a manhã surge.
Toda a minha abordagem aqui é a do amor. Eu ensino apenas o amor e somente amor e nada mais. Você pode se esquecer de Deus, que é apenas uma palavra vazia. Você pode esquecer as orações porque elas são apenas rituais impostos por outros a você. O amor é a prece natural, não imposta por ninguém. Você nasce com ele. O amor é o verdadeiro Deus – não o Deus dos teólogos, mas o Deus de Buda, Jesus, Maomé, o Deus dos Sufis. O amor é um tariqa, um método para matá-lo como um indivíduo separado e para ajudá-lo a tornar-se o infinito. Desaparecer como uma gota de orvalho e se tornar o oceano, mas você terá que passar pela porta do amor.
E, certamente, quando a pessoa começa a desaparecer como uma gota de orvalho, e a pessoa viveu por muito tempo como uma gota de orvalho, dói, porque ela tem pensado, eu sou isso, e agora isso está acontecendo. Eu estou morrendo.” Você não está morrendo, mas apenas uma ilusão está morrendo. Você se identificou com a ilusão, é verdade, mas a ilusão é ainda uma ilusão. E somente quando a ilusão se for, você será capaz de ver quem você é. E esta revelação traz para você o pico supremo de alegria, êxtase, celebração.
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rebuiltproject · 2 years
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SgerGrossmon
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Nível Perfeito/ Kanzentai/ Ultimate
Atributo Dados
Tipo Dragão
Campo Rugido do Dragão (DR)/ Espíritos da Natureza (NSp)/ Soldados do Pesadelo (NS)
Significado do Nome Sger, esqueleto em Galês e Gross, grosseiro ou bruto em inglês.
Descrição
Ao abraçar por completo sua natureza selvagem, Grossmon se torna SgerGrossmon, um poderoso Dragão que impera dentre os de nível Perfeito na Especie de Combate. Todo o seu corpo produz constantemente calor, forte o suficiente pra fazer seu inimigos ficarem fora de combate simplesmente por estarem em sua presença.
Sua armadura natural composta por sua pele rígida e seu exoesqueleto que atua como armadura, fazem de cada parte desse Digimon uma inigualável arma de combate. Suas garras são afiadas e duras como o mais resistente dos metais no Mundo Digital provendo golpes assustadoramente poderosos, já seus olhos tem o poder de hipnotizar aqueles que o encontram pelo menor tempo que seja, além disso, tem a habilidade de retrair e expandir suas asas, podendo usá-las como escudo ou arma em batalha, uma vez que ao voar produz detritos incandescentes, como um cometa.
Embora seja o mais selvagem dentre todas as formas que Standramon pode atingir, SgerGrossmon permanece sendo um criatura leal acima de tudo, protegendo qualquer um que conquista sua confiança com todo seu poder, especialmente quando soma o força da natureza que domina com a energia bélica inesgotável de PanzerBeasmon, tal vínculo que gera um poder nunca antes visto em nenhum mundo do Mar Quântico.
Técnicas
Explosão Dupla (Dual Burst) dispara rajadas flamejantes de ambas as mãos, capazes de derreter qualquer material;
Mundo Selvagem (Savage World) faz surgir pilares de fogo do chão;
D'Arrest expande suas asas em seu máximo, emanando um brilho flamejante capaz de cegar momentaneamente quem o olhar, então, envolve todo seu corpo em chamas, voando ao céus e mergulhando como um cometa num ataque extremamente poderoso;
Explosão Final (Overburst) o corpo de SgerGrossmon entra e completa combustão enquanto o de PanzerBeasmon é envolto em pura energia, então uma gigantesca rajada de energia é disparada de suas mãos e boca com a aparência de uma chama branca e negra (w/ PanzerBeasmon).
Linha Evolutiva
Pré-Evolução
Grossmon
Artista Caio Balbino
DigiDex Aventura Virtual
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Diferente!
Escrito em 02/12/2019, às 03h:40min.
Há algumas semanas, no começo de tarde, observei entre as folhagens uma espécie de miniatura de jardim sobre um muro de terra bem adornado e cuidado, então observei dois pequenos passarinhos, que mais pareciam um casal, que se destacavam por sua cor amarelada, brincando sem preocupação, quase dava para sentir a leveza de suas vidas, ainda que frágeis, mas incrivelmente livres de preocupação, maravilhas de beleza em cada micro salto que davam um com outro. Os dois canarinhos estavam tão livres, mas não por terem asas para voar (que inveja), mas porque mesmo com tantas pessoas para olha-los, pouco se importavam, talvez nem percebiam.
O que é notável aqui, no entanto, não foi os dois canários saltitantes e livres, embora fossem um vislumbre único da Glória de Deus em miniatura. O fato aqui a destacar foram as pessoas. Não sei ao certo, mas parece ter sido eu o único a notar a natureza dando, tão raramente, as caras de maneira tão bela, pois fui eu a chamar algumas pessoas para notar aquele contemplativo. Parece ter sido eu, também, o único a amar de maneira tão apreciativa aquele momento de cerne poético do Criador e de maneira tão detalhada e profunda. Percebi que as pessoas que iam olhar, iam apenas por admiração, mas não apreciavam com encanto, parecia não ter em suas almas a sensibilidade de olhar e enamorar-se pelo momento, de guardar na alma (ou coração, se preferir chamar), como na antiguidade se esculpia em pedras, cada asinha amarela quase suplicando para voar.
Talvez aqueles dois fossem filhotes que tinham caído do ninho tentando voar, talvez fosse a mãe, um deles, tentando resgatar, desesperada, seu filho por ter tentado ensinar sua prole a ser livre de verdade ou talvez fosse um filho rebelde tentando voar e sua mãe foi atrás, preocupada, pensando que talvez seu filho tivesse se machucado. Seja qual fosse a situação daquelas criaturas tão pequenas, era impossível não notar a simplicidade e complexidade de cada detalhe de seu minúsculo corpo. Suas asas de uma cor amarronzada continha harmonia com e peito tão amarelado como a estrela que mais um dia ilumina, seus biquinhos como um degradê contrastado de amarelo em baixo e marrom escuro em cima, com uma mescla bem suave de vermelho em sua cabeça e bochechas pequeninas. Poesias como essas deviam ser poetizadas e melodiadas para que todos pudessem entender como a vida é simples e bela.
Ser diferente, ao menos para mim, é poder notar o que outros não conseguem com tanta facilidade, é, em alguns casos, ter a sensibilidade de poder desfrutar de momentos de maneira apreciativa e contemplativa, enamorar-se pelo momento e não apenas admirar como quem enxerga um obstáculo a frente ou como quem passa por uma pessoa e a olha de cima a baixo e passa como se não a viu. Entendo que cada um tem sua maneira de enxergar as situações, de apreciar cada momento, mas acho que a sensibilidade poética (como gosto de chamar o famoso “dom da alma”) é para poucos. Não sei se há escolhidos, mas são poucos que o despertam. Se o tenho? Honestamente não sei! Mas amar momentos assim é o que minha alma anseia. É como sair da jaula, se libertar e voar como um canário ou mesmo uma águia, atingindo altitudes ainda maiores, é se distanciar deste mundo, deste sistema que a cada momento parece nos esmagar com responsabilidades, nos pressionar com problemas e nos manter presos através da ganancia e vaidade. A carcaça de carne a podridão que levo comigo às vezes parece querer desabar, meus ossos parecem ter vontade própria e querem virar pó. Aceitar-se diferente é uma coisa, mas não ouvir críticas de pessoas próximas por ser desse jeito é pedir para abusar e passar do limite do abuso. As pessoas tendem a taxar o diferente como estranho e na maioria das vezes confundem a aversão do comum (estranho) com o diferente, tentando encontrar loucura no que deveria ser normal (e simples) ser tão fora do comum. Não sei se as pessoas costumam ter medo do que acham ser estranho (mas que é apenas incomum, diferente) porque anseiam ter aquilo ou ser daquele jeito ou se costumam excluir o que não conhecem por simplesmente não terem um conhecimento prévio do que seja. Talvez, por isso, vida após a morte, para a maioria, seja uma hipérbole enigmática, uma curva fora da pista.
Portanto, o fato é, na realidade que enxergo: estamos na era da informação e tecnologia, mas nunca se viu tanta desinformação e desconhecimento de si mesmo. Conhecemos mais do universo do que das miniaturas galácticas e mundos perdidos e inexploráveis que somos e que tanto ansiamos sermos encontrados. A medicina avançou tanto que hoje cura doenças que há um ou dois séculos atrás nem sonhávamos em curar, mas não conseguimos lidar ou mesmo trazer cura para um coração quebrado, talvez um alívio para uma alma frustrada, desesperada por vida, como um comprimido traz alívio para dor de cabeça. Pergunto-me se estamos mesmo evoluindo ou se nossa progressão é a regressão de uma espécie destinada ao fracasso. Se passearmos através da história, em seus primórdios, segundo alguns teóricos, o homo-sapiens mantinha sua família unida e faria de tudo para protege-la de qualquer perigo. O homem moderno, autointitulado inteligente, criou a lei do desapego e vive de morte amada por causa da alma em desespero em ausência do amor, sobejando-se de paixões egoístas.
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dani-xis · 2 years
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Esse post é especial. Principalmente porque se trata da realização de um sonho antigo desse que vos escreve.
Meu amor pela música sempre me fez voar dentro de meus sonhos e também fora deles na materialidade do mundo dos fenômenos.
Dito isso, considerem que todo voo é um desafio de entrega que começa de um salto rumo à ausência de chão sem qualquer segurança telúrica.
A noite de 12 de novembro foi mais um dia de bater as asas e tive a companhia maravilhosa de @atilabee @nocantodogalo @drika.rodriguesbac @bizio_files @edducravo para sacudir os penachos e brincar com o vento.
Tivemos um ensaio apenas. Ofertamos o resultado de nossa alquimia de pássaros em nome de @genteestranhanojardim sem receios de peito aberto no palco lindo do @matecomangu. Estou totalmente agradecido pela chance me apresentar para o público incrível que estava lá. Sempre falo cordialmente, pela agência do coração : "minha alma é exagerada, tá ouvindo?"
A honra de tocar no festival de 20 anos do cineclube da minha cidade é motivo que me leva a voar sem medo.
Fotos do maravilhoso @igorfreitasbxd.
Muito obrigado a todos. Eu amo a Baixada.
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pequenaraposa · 2 years
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Ver o céu
Ontem eu fui pra mais uma avalição numa clínica especializada em neurodivergência e tem sido muito duro pra mim lidar com essa questão. Me encontro num misto de emoções, que vai do medo à esperança.
Por eu ser adulta e mulher, o meu diagnóstico se torna um tanto mais complicado e o meu psicólogo é uma pessoa bastante responsável e quer, obviamente, fazer isso com segurança.
Durante a minha vida toda, me senti como um patinho feio, no sentido de que eu nunca entendi porque nasci tão diferente da maioria das pessoas que conheço. Sempre me senti rejeitada ou "fora do lugar" num grupo, gostava muito de brincar sozinha e ao mesmo tempo me sentia triste e solitária quando observava outras crianças e a forma natural como interagiam.
Na infância, eu não pensava muito profundamente sobre isso (só queria me divertir e pronto), mas, nos sonhos, algumas coisas curiosas vinham até mim. Lembro de uma vez em que fui na locadora de vídeo com meu pai e vi um VHS pra alugar que era sobre uma criança e seu amigo imaginário, um dragão. Eu nunca peguei essa fita, mas certa noite sonhei com o dragão da capa, que chorava, chorava e dizia "ninguém quer ser meu amigo".
Naquela noite acordei com o rosto molhado de lágrimas. Esse sonho ficou gravado na minha mente por todos esses anos, mas por que será? Eu penso que talvez seja por eu sempre ter me sentido diferente, como um dragão que quer amigos humanos.
As pessoas acham que é fácil viver sustentada pela família, mas carregar nas costas um monte de transtornos impeditivos de viver a vida mais intensamente, com suas próprias conquistas. Realizando seus sonhos, que precisam de independência e determinação para se concretizarem. Mas como, se tem dias que você, literalmente, não tem forças nem pra se levantar da cama?
Meus problemas de socialização e falta de energia são enormes, se eu dependesse disso pra viver, realmente não sei o que aconteceria comigo. Sou privilegiada com uma família que pode me ajudar, que me ampara, tenta me compreender, mas desprivilegiada de viver muita coisa.
Eu preferia ter asas, lutar contra o vento, tempestades e outras intempéries, mas poder voar e estar perto do céu. É claro que eu gostaria de pousar de volta pra um lar, pois sou inteiramente grata pelo meu. Mas eu queria muito conhecer todas as cores do mundo, é assim que me sinto...
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littlfrcak · 5 months
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𝐔𝐌 𝐑𝐎𝐔𝐁𝐎 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐀 𝐌𝐀𝐆𝐈𝐀: 𝔢𝔫𝔣𝔯𝔢𝔫𝔱𝔞𝔫𝔡𝔬 𝔬𝔰 𝔪𝔢𝔡𝔬𝔰. — parte 1.
missão com: @apavorantes ; @zmarylou e @thxverenlim.
destino: caverna dos sussurros.
localização: parque nacional cotubanamá.
objetivo: roubar o grimório de hécate.
O ar úmido do ambiente envolvia sasha e as três semiseusesas enquanto eles avançavam pela trilha confusa do parque nacional cotubanamá, na república dominicana. a vegetação era densa por onde eles passavam, escadas íngremes feitas há tanto tempo e posteriormente deixadas de serem usadas. o motivo? o guia turístico do site não sabia explicar. as pessoas deixavam de querer fazer aquele trajeto para a caverna específica que ele e as garotas procuravam; o parque parou de proporcionar visitas guiadas para o local e a manutenção foi deixando de existir. o musgo tomava conta dos degraus esculpidos nas rochas, era preciso ter cuidado para não escorregar. ao redor deles, a vegetação parecia se fechar, dificultando a segurança de que estavam seguindo o caminho certo e criando uma sensação de isolamento, opressão que aumentava a cada passo dado na direção da caverna dos sussurros.
o dia fora do acampamento também não era iluminado pelo sol, as nuvens pesadas escondiam o astro para a surpresa de sasha. parecia que o mal que assolava o acampamento não era exclusivo de lá. as notícias associaram com uma frente fria, mas não estava frio, não havia chuva, apenas neblina e nuvens fechadas. mas também se tivesse sol, não faria diferença. as árvores fechadas não deixariam a luz penetrar a espessa cobertura de folhagem. O chão em de musgo estava coberto por uma camada de folhas secas e galhos quebrados, criando um tapete barulhento sob seus pés enquanto eles avançavam com cautela para não se machucarem.
pelo menos não havia silêncio já que o som distante de pássaros e o zumbido constante de insetos preenchiam o ar, os mosquitos lhe picavam já que se recusava a passar o repelente. Cada estalo de um galho quebrado ou movimento na folhagem fazia seu coração acelerar, podia sentir uma sensação estranha de estar sendo observados por olhos invisíveis, isso estava lhe deixando tenso. A viagem até o parque foi feita pelo táxi das irmãs cinzentas, mas a trilha tinha que ser seguida a pé, deixando-os sozinhos no meio do mato; resistia ao impulso de tirar as asas após horas de caminhada, queria voar, mesmo que essa não fosse normalmente sua primeira escolha. quando já estava quase sugerindo que acampassem mais uma vez para evitar navegar de noite pela trilha, eles chegaram ao ponto de encontro designado: uma clareira na borda da floresta, o ambiente amplo levando direto para a entrada pequena de uma caverna. “Vamos ter que nos espremer.” ou ao menos ele, já que seus 1,91 de altura agora vinha com uma imensa desvantagem.
ao se aproximar na frente, com os nervos à flor da pele e os músculos tensos de antecipação mas fingindo uma normalidade tentando manter a expressão neutra, sasha tentou se encolher para passar pela entrada e… percebeu que não precisava. de longe aquilo parecia minúsculo e criava uma ideia de algo desconfortável, mas bastou tocar a parede e se inclinar para ver se conseguia se encaixar para a percepção da entrada mudar. era larga, fácil de passar. piscou meio desorientado, confuso com a mudança. “hm, gente? não é tão pequena assim não.” disse para as semideusas antes de entrar no local.
a caverna se estendia diante deles, escura e imponente, com paredes de rocha úmida e o eco de sua voz lhe assustando um pouco. odiava a interferência que isso causava em seu aparelho auditivo, mas o máximo que podia fazer era ajustar o volume. avançaram com cautela, cada passo que davam agora ressoava com o eco pelo corredor feito de rochas. tirando o barulho dos passos e a respiração deles, o silêncio era ensurdecedor. pela má iluminação foi preciso que tirassem lanternas para se guiarem pelo túnel, esse ambiente criava em sasha uma sensação de claustrofobia que se instalava em seu peito enquanto avançavam na escuridão.
após alguns minutos de caminhada tensa, os semideuses se depararam com uma encruzilhada, três caminhos se estendendo à frente deles, escuro e sombrio. Instintivamente, sasha e bishop trocaram olhares, compartilhando um breve momento de incerteza antes de decidirem se separar para explorar os caminhos. seguir com mary estava fora de opção, já era um perigo imenso ter dois filhos dos três grandes em uma missão, sasha nunca entraria em um corredor sombrio com a garota sabendo dos riscos dos dois atraírem monstros quase que automaticamente quando se juntassem.
o tempo parecia se distorcer enquanto eles avançavam em seus caminhos separados, uma hora se arrastando como séculos na escuridão da caverna. as lanternas de sasha e bishop não iluminavam tanto, apenas alguns metros a frente deles. quanto mais andavam, mais a sensação de estarem se afastando muito das amigas incomodava sasha. “talvez a gente não devesse se afastado.” murmurou para bishop, meio incerto. andar, andar e continuar andando não parecia estar os levando a lugar algum. a conversa baixa dos dois semideuses servia para passar o tempo, mas de repente, sasha parou de caminhar ao ver mais dois feixes de luz. “está vendo aquilo?” questionou baixo. antes que pudesse erguer a espada, as figuras de mary e verena apareciam ali com as lanternas ligadas. uma olhada confusa ao redor… e lá estava na frente deles a encruzilhada de novo. “voltamos para o começo, quanto tempo a gente perdeu nisso?” a reclamação veio acompanhada de uma olhada no relógio. uma hora. “já deve estar de noite, vamos continuar? se acharmos ainda hoje, a gente vai ter que acampar para dormir, não vamos sair na floresta de noite.” tinha pavor de florestas escuras, tudo lhe lembrava de casa.
decidiram seguir juntos pelo terceiro caminho, deveria ser o certo considerando o sistema de eliminação.
foi preciso apenas alguns minutos para que tivessem progresso dessa vez, o salão que se estendia à frente deles dessa vez estava envolto em uma névoa densa que serpenteava pelo chão. uma sensação de frio os envolvia enquanto avançavam cautelosamente. uma única saída se destacava mais adiante, parecendo então ser simples. mas ah, como estavam enganados.
quando pisou no chão coberto pela névoa, sasha ouviu um barulho conhecido que odiava. a névoa se abriu e no chão começaram a aparecer aranhas minúsculas. as criaturinhas eram tantas que o chão parecia se mover. “MERDA! ARANHAS, CUIDADO!” elas avançaram com tanta rapidez que sasha tropeçou para trás enquanto tentava correr para longe, subindo em uma rocha um pouquinho mais elevada do chão. gritava para as amigas saírem do caminho das aranhas mas as criaturas avançaram na direção dele e o filho de Hades não conseguia se concentrar. elas subiram nas paredes, se multiplicavam cada vez que olhava mais e… a voz de bishop começou a soar alta e firme em seu ouvido, a voz da semideusa lhe atraindo a atenção. “NÃO É REAL! NÃO É REAL, É UM TRUQUE DA NÉVOA! SE CONCENTREM, NÃO É REAL!” ela gritava com convicção. com dificuldade em acreditar naquilo, tentou fixar seu olhar nas aranhas de novo, conforme as olhava com atenção… percebia que elas não se aproximavam mais, apenas contornavam a rocha onde tinha subido…e não eram tantas, também não pareciam se mexer… até que não parecesse mais real. a névoa as encobria e sumiam. não havia mais barulho das patinhas, não havia nada. a respiração ofegante e o coração disparado no peito dificultaram a aceitação de que era uma ilusão. nada foi real? a névoa induzia as ilusões, hécate como criadora da névoa conseguiria facilmente criar uma armadilha daquelas.
a presença de bishop servia para lhe acalmar mais, a filha de fobos conhecia melhor do que ninguém sobre medos e se ela dizia que não era real, então não era. fechou os olhos com força e contou até dez antes de os abrir novamente. nada. nada no chão. apenas névoa. seu corpo ainda tremia quando desceu da rocha, foi uma sorte tremenda a semideusa conseguir se desvencilhar da ilusão para os despertar.
ainda sob a orientação de bishop, os quatro conseguiram pouco a pouco se libertar do transe das ilusões, ainda abalados mas dispostos a seguir em frente. a semideus indicava as runas misteriosas espalhadas pelo chão. runas que sasha reconhecia ter visto no chalé de hécate nas visitas à veronica em busca de amuletos. com cuidado, eles pisaram nos desenhos antigos…. e nada aconteceu. aquele era o caminho. seguindo os traços marcado no chão, conseguiram passar sem serem perturbados pelas ilusões que os assombraram anteriormente. cada passo era incerto de sua parte, o medo de pisar em algo que não deveria e mais uma vez ser algo de uma ilusão continuava presente… mas continuar também mostrava que estava determinado em ajudar as amigas a prosseguir, o filho de hades mais uma vez resistiu ao impulso de retirar as asas para evitar pisar no chão, mas segurou-se.
@silencehq
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semicoisas · 19 days
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Dalva, minha filha, é difícil imaginar que tudo isso que você está passando seja da vontade de Deus. O problema não é Deus, é o que inventamos Dele. As pessoas têm certeza demais sobre as vontades de Deus, acho até que algumas criaram Deus em vez de terem sido criadas por Ele. Deus não é de pensar, é de sentir. É um colo de braços fortes e delicados, ninando a gente num mar furioso, esquenta seu coração nesse colo, respira com Ele. Deus não é um lugar de certeza, é só um pouco de esperança. Eu, que sou sua mãe, fico querendo para você o que faz bem para mim. Eu sinto Deus todos os dias na minha vida. Preciso Dele, as preces correm no meu sangue sem esforço. Tenho alegria de sentir Deus nos outros, vejo as mãos Dele acariciar tantos lugares, desembrutecer tantas coisas. Vejo mesmo. E sei que isso não muda o mar furioso lá fora. É tão difícil existir sabendo tudo que a gente sabe sobre existir e, ao mesmo tempo, sem saber nada sobre o que vamos passar daqui a pouco, sem poder proteger de verdade quem a gente ama mais de verdade ainda. É invenção nossa pensar que Deus pode tudo, minha filha. Peça a Deus para voar, nem Ele pode fazer isso, ia ter que fazer você ganhar asas, virar passarinho e aí não seria mais você. Nem seria Deus, seria a fada madrinha, que faz ratinhos virarem cavalos e abóboras, carruagens. Isso é alterar a natureza das coisas, fazer outra fôrma, e, sendo Ele Deus, não pode corrigir nada que Ele mesmo fez. Já pensou a gente ficar mandando Deus fazer de novo até ficar bem feito? Igual eu tenho que fazer com Benedita aqui na fazenda, não tem cabimento.
É difícil pro homem, que manda e desmanda aqui na terra, entender que Deus não existe para fazer nossas vontades, nem para vigiar cada gesto nosso, ficar contando pecados, exigindo coisas que não podemos dar. A contabilidade de Deus é outra. Eu não preocupo com o que Ele quer de mim. Vê se vou preocupar com isso! Quando Ele quer alguma coisa, tem, sabe se virar como ninguém. Eu gasto mais em pensar o que eu quero de Deus. Pedir a Deus para não sofrer é como pedir para voar. Mas a gente pede assim mesmo e depois fica com raiva do pobre coitado. O sofrimento é certo como a morte e tão inegociável quanto. Vem às vezes de um jeito bruto demais, tem gente que passa por coisas insuportáveis uma atrás da outra, o sofrimento muitas vezes vem injusto na falta de justiça do homem, na falta das coisas, na falta de entendimento e vem intolerável na violência de perder um filho. Essa é a pior cara dele. E mesmo te amando muito, Dalva, não posso saber o tamanho da sua dor, nunca olhei no olho do sofrimento pra valer. Morro um pouco com isso de não poder saber de verdade do seu sofrimento. Rezo por você. Rezo por mim. O que peço a Deus com fervor é para dar conta. Pede também, filha. Pede para dar conta. A gente passa a vida pelejando com o dilema de existir ou desistir, com o que é bom e o que é ruim, o certo e o errado, a morte e a vida. Essas coisas não se separam. O lugar que dói é o mesmo que sente arrepios. É no corpo, no amor e na liberdade de escolher as coisas que a gente fica inteiro ou despedaçado. Então, pede para a parte boa dar conta da parte ruim.
Eu disse que Deus é de sentir e não paro de falar. Sei que estou inventando um pouco também, tentando adivinhar o que pode trazer alívio para sua dor, tentando fazer alguma coisa. Quero lavar seus pés com água morna, oferecer a alegria de uma comida boa, uma cama macia, carinhos até você adormecer. É só isso que uma mãe pode fazer, mesmo com todo o seu amor. Deus é mãe, sofre também de impotências, mas está sempre lá, pronto para virar as noites acordado e não deixar a gente sozinho. Não sei o que aconteceu com você e Venâncio, nem com meu neto. Prometo não aumentar sua dor exigindo confidências. Quando quiser falar, você sabe que vou te ouvir. Estou aqui, minha filha. Enquanto isso, confio no tempo de Deus, Ele põe tudo em movimento. Descanse. Abra a janela todas as manhãs, tome um pouco de sol. Traga flores para dentro de casa. Com amor, sua mãe. - Carla Madeira.
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vitorialada · 27 days
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fechamento da fenda @silencehq. menção: @nemesiseyes.
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Stevie sabia o que estava por vir. Todas as tentativas anteriores de fechar a grande fenda que partira o Acampamento Meio-Sangue em dois, na fatídica celebração secreta dos conselheiros, haviam terminado em falha e ataques de monstros. O resto dos campistas e os diretores também sabiam, pois novas armas foram colocadas nas mãos dos semideuses e a expectativa era de uma batalha certa. Também era, porém, da possível aparição do outro traidor e, quem sabe, da revelação de sua identidade.
Ao comando de Quíron e de seu líder de patrulha, ela se colocou a postos — com a mão direita agarrava o cabo de Invicta e, com o braço esquerdo, apoiava Contenda. O torso estava protegido pela armadura forjada em Waterland, recentemente modificada e agora com a propriedade especial de tornar-lhe resistente a ácido e venenos (e, deuses, como era longa a lista de monstros que soltavam um ou outro). Na cintura, Conquistadora e sua mais nova arma, o bumerangue que apelidara de Ventania encaixavam-se em um cinto de couro; e, finalmente, nos pés, usava as botas aladas que ganhara como recompensa após sua fracassada missão.
Ela jamais poderia prever que, em uma questão de minutos, estaria sendo — literalmente — arrastada para o inferno.
Não fosse pelos bons reflexos e pela velocidade sobre-humana concedidos à filha da deusa da vitória, Stevie certamente teria saído voando junto às árvores e aos brinquedos do parquinho. Mas, em um ato de raciocínio rápido, ela fincou a espada no chão e agarrou-se a ela enquanto as asas das botas batiam contra o puxão da fenda. Foi assim que salvou não só a si mesma como a outros semideuses pelo caminho, escalando o solo como se fosse a parede da sala de treinamento e levando os outros a locais que eram distantes o bastante da fenda para não serem engolidos por ela.
“Alguns de nós são mais honrados que outros, pelo visto.” Tadeu a dissera. “No seu caso, chega a ser doloroso o quanto você é obviamente uma heroína.”
Poucos meses atrás, ela concordaria. Modéstia nunca fora uma qualidade cultivada por Stevie Rowe, cujos olhos famintos olhavam para figuras como Percy Jackson, Annabeth Chase e Leo Valdez e cobiçavam o poder que eles possuíam sobre o Acampamento. Quando Percy e os amigos eram citados, os campistas estremeciam. Quando entravam em um cômodo, todas as cabeças viravam em sua direção. Era isso que ela desejava ser: uma heroína, do tipo que os nomes paravam em livros de História e as figuras eram transformadas em estátuas.
Naquele momento, porém, ela não se sentia uma heroína. Não era o típico sorriso convencido que adornava seu rosto enquanto ela voava de um lado para o outro, recolhendo colegas e lutando contra o campo de gravidade da enorme rachadura no solo — era uma expressão de terror. De medo de ser picada por Campe ou envenenada por uma das cabeças da hidra, mesmo que as vozes ao seu redor gritassem que os monstros não eram reais. Se tinha medo deles, eram reais o suficiente. E, mais que isso, o olhar em seus olhos era do choque de alguém que assistira não só Elói, mas outro de seus amigos, Héktor, ser dominado pela consciência de Hécate e cair no chão, desacordado, sem demonstrar sinal algum de que se ergueria de novo.
Nada do que sentia lhe parecia heroico. Voar na direção oposta dos monstros em vez de enfrentá-los com certeza não era heroico. E, ainda assim, ali estava ela.
Então, de repente, tudo cessou. Ela viu a grande explosão de magia, o vermelho e o dourado misturando-se na nuvem pesada de poeira. Viu os monstros serem sugados para dentro da fenda, seus olhos tremeluzentes, como se as criaturas se desligassem. E, quando a poeira se desfez no ar, viu a terra costurada novamente, sem abertura alguma para dividi-la ao meio. Por um segundo, o silêncio se instaurou no campo de batalha enquanto as cabeças dos semideuses se levantavam para admirar as luzes verdes a flutuarem sobre suas cabeças.
Gritos vitoriosos irromperam, os semideuses correndo para se abraçarem e acudirem seus feridos. Stevie libertou um suspiro aliviado e, finalmente, sorriu. Havia sobrevivido à tormenta. Se fosse continuar a se martirizar, poderia fazê-lo depois.
Mas uma comoção diferente se criou entre a multidão de campistas. Alguns começavam a se mover apressadamente entre o restante, nomes sendo berrados sem resposta. Ela os conhecia, mas um em específico fez seu sangue gelar.
Rapidamente, ela olhou para trás, de onde havia se separado de sua equipe de patrulha.
“Tadeu.” Sussurrou Stevie.
Logo ela mesma afastava os outros semideuses com pequenos pedidos de licença e desculpas, esbarrando em ombros, quase tropeçando em pedras e galhos. Quanto mais procurava, mais tinha certeza de que ele não estava ali.
Não.
“Não, não, não, não, não…”
Uma pisada em falso e ela caiu sobre os próprios joelhos, palmas da mão na terra. Stevie não falhou em perceber onde elas estavam apoiadas: no mesmo pedaço do acampamento que, há meros minutos, a fenda se abria e esticava. E, agora, o lugar no qual seis semideuses foram vistos pela última vez antes de serem puxados para o abismo.
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betinhasfe · 2 months
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Na madrugada de segunda feira, faziam 13 graus, e o relógio ao meu lado marcava 3 da manhã,mesmo sentindo o ardor da baixa temperatura em minhas pernas levantei, me agarrei ao meu cobertor quentinho dobrei meus joelhos aos pés da cama e comecei a falar com o Pai,por fora sentia frio,por dentro o coração se aquecia ,cada vez que os meus lábios iam declarando palavras profundas de adoração. Em mim sentia como que naquele momento eu me reunia aos anjos em profunda adoração,como se todos estivessem esperando a minha chegada,me reuni a eles ,minha alma cantava e o meu espírito regozijava alegremente, como que nunca mais sairia daquela perfeita adoração. Um silencio profundo corria pela casa fria,todos agasalhados dorminham, na escuridão da madrugada,ainda ali de joelhos lágrimas rolavam, e o meu corpo ia se aquecendo da ponta do pé até o fio de cabelo, com q presença poderosa do doce Espírito Santo. Esse momento, tem sido diariamente o meu singelo consolo, são nas madrugadas frias que tenho sido curada,que o meu coração tem sido limpo, é ali que sinto minhas feridas parando de sangrar, e a obscuridade do meu coração indo embora, e como um pássaro que antes com as asas quebradas não conseguiam mais voar,mas agora curada e entendendo o potencial que o criador depositou em mim, depois de uma batalha ferrenha, lanço-me em um voo alto e confiante,não confiante em mim,mas confiante naquele que fortaleceu-me, e me deu asas novas. Toda madrugada tenho um encontro com o Pai ,antes eu o via longe,hoje vejo o tão perto,que quando dobro os joelhos em adoração, sinto sua doce presença invadir o quarteirão, esse é o motivo que me levanto todas as manhãs, é por esse motivo que até aqui ,não senti vontade de olhar para trás, ele me mostra o que me aguarda a frente . A palavra é confiança! Quando você confia, a circunstâncias ao seu redor não pode lhe fazer parar,você já não vive pelo que vê e sim pelo que crê. ◦
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