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#artimanhas do empresariado
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ocentrodopoder · 3 years
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À espera de um milagre: a difícil ofensiva de Lula no universo evangélico
Desde que recuperou os direitos políticos, em abril, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em campanha para quebrar a ampla resistência ao petismo — decisiva na derrota em 2018 — e se viabilizar como o grande rival de Jair Bolsonaro em 2022. Reabriu conversas com o centro e busca refazer pontes com o empresariado e os militares, dois setores avessos à pregação da sigla. Mas há um segmento do eleitorado que o petista encontra mais dificuldade para recuperar porque ele não só mantém viva a inclinação antipetista, como se tornou um dos pilares de sustentação do bolsonarismo: os evangélicos.
A admissão do erro que foi perder esse rebanho é uma das raras autocríticas do petismo (veja matéria na pág. 30). Com muito tempo livre nos 580 dias em que ficou encarcerado, Lula virou um espectador fiel das pregações de pastores no rádio e na TV e leitor de livros sobre o fenômeno neopentecostal. Solto, passou a levar esse material às reuniões com dirigentes do PT. Numa delas, no Rio, criticou a visão preconceituosa que boa parte da esquerda tem sobre o segmento e disse que é possível trazer a teologia da prosperidade (difundida entre os neopentecostais) para o discurso político.
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ACENO - Ciro Gomes, do PDT: em vídeo, de Bíblia e Constituição nas mãos –Reprodução/.
Em uma prova de que o tema está entre suas prioridades, Lula começou a ir até os pastores. Um dos encontros mais significativos foi no Rio com o bispo Manoel Ferreira, líder da Assembleia de Deus Ministério Madureira, uma das maiores igrejas do país — lá disse até que queria um líder evangélico como vice.
A mais de um ano das eleições, mencionar um companheiro de chapa evangélico, evidentemente, pode ser apenas uma artimanha política. Mas demonstra a importância que esse eleitorado ocupa hoje nas ambições do petista. A reação ao encontro, porém, dá uma ideia do nível de dificuldade da missão. Receosos, os dois filhos de Manoel, os bispos Samuel e Abner Ferreira, correram às redes sociais para mostrar que estavam fechados com Bolsonaro. Líder da bancada evangélica, Cezinha de Madureira (PSD-SP) ligou também para aliados do presidente para explicar que foi apenas “visita de cortesia” e postou duas vezes “Tamo Junto” com o Bolsonaro — com quem, aliás, desfilou na garupa durante a motociata em São Paulo no dia 12 de junho. “Bolsonaro foi o único que, no poder, permaneceu defendendo nossos valores”, diz o apóstolo César Augusto, da Igreja Fonte da Vida, um frequentador assíduo do Palácio do Planalto.
A pauta moral é, ao menos em público, um dos principais motivos alegados pelos líderes para terem se afastado do petismo nos últimos anos. Embora tenham crescido como nunca na era Lula e Dilma, com concessão de canais de rádio e TV e inauguração de templos, as igrejas pentecostais sempre foram vistas como inimigas por movimentos como o LGBTQIA+, que ganharam força nos últimos anos no partido. Estrategistas do PT mais alinhados a Lula têm batido na tecla de que é preciso segurar o discurso identitário para não implodir as pontes com o eleitor mais conservador. Na tentativa de trazer esse público, a ideia é focar mais em questões como desemprego e programas assistenciais do que em temas como aborto.
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REAÇÃO - Bolsonaro: ida ao aniversário da Assembleia de Deus no último dia 18 –Isac Nóbrega/PR
Sabendo das dificuldades com os pastores, porém, Lula abre outra frente, onde tem mais traquejo: a dos políticos. Um flanco é a insatisfação de dirigentes do Republicanos, partido ligado à Igreja Universal. Aliás, um dos nomes cotados para ser vice de Lula é o do deputado Marcos Pereira, pastor licenciado e ex-vice-presidente da Record. No Nordeste, onde o petista ainda é muito popular, os líderes da legenda são em sua maioria fechados com o ex-presidente. De olho nesse flerte e conhecendo o pragmatismo das lideranças religiosas, que muitas vezes se confundem com o vaivém do Centrão, Bolsonaro já começou a se mexer e passou a ventilar a informação de que Pereira pode ter um posto no Planalto. Além disso, indicou Marcelo Crivella para o cargo de embaixador na África do Sul, país estratégico para a Universal, da qual o prefeito do Rio é pastor licenciado.
Embora seja dificílima a tarefa de romper a bolha bolsonarista em torno das maiores lideranças das igrejas, alguns dados animam os que buscam arriscar a travessia espinhosa atrás desses votos. Nas eleições de 2018, sete em cada dez votos evangélicos foram para Bolsonaro. O apoio hoje continua forte, mas não é tão massivo. Na pesquisa Datafolha de maio, 47% desses eleitores disseram que o presidente não tem capacidade para liderar o Brasil e 35% avaliaram o seu governo como ruim ou péssimo — um empate técnico com os 33% de ótimo ou bom. O sinal foi percebido também por Ciro Gomes (PDT): na última segunda, 21, sob a produção do marqueteiro João Santana, ele postou um vídeo com a Bíblia em uma mão e a Constituição em outra afirmando que ambos não são “livros conflitantes”. Como se vê, políticos de todos os matizes tentarão o milagre da conversão dos evangélicos. Não será fácil. Só orando muito.
Publicado em VEJA de 30 de junho de 2021, edição nº 2744
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reaconaria · 6 years
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2017 e o limite de fadiga do povo brasileiro
O ano de 2017 acaba marcado pelo fato das forças estabelecidas levarem ao extremo suas capacidades de auto-preservação e cinismo. Se o ápice parecia ser a farsa do julgamento da chapa presidencial petista de 2014 – em que Gilmar Mendes inocentou o PT para preservar o mandato de Temer – isto foi superado pelos atos no encerramento do ano. Ainda não está muito claro para ninguém quais serão os efeitos políticos das mais recentes movimentações em que se destacam novas ações “ousadas” em que um ministro do STF, empresário e interlocutor de Temer soltou presos provisórios, atacou a Lava Jato, praticamente proibiu as conduções coercitivas, enviou uma PEC com urgência para mudar o sistema político nacional e prepara terreno para a marmelada das favas contadas que reverterá a possibilidade de prisão após decisão em segunda instância. Mais gritante ainda foi o super indulto dado pelo Presidente “Constitucionalista” Michel Temer, beneficiando de forma nítida os criminosos do sistema político – ação tão absurda que foi revertida por Carmem Lúcia, após pedido de Raquel Dodge.
A aposta do grupo que conta hoje com Temer, a parte mais decrépita do PSDB, empresariado e boa parte do STF é que uma mínima recuperação econômica seja garantida até o período das eleições, facilitando a vitória de algum candidato meia-boca (Doria? Huck? Alckmin?), mas comprometido com o mecanismo (cf Padilha) e uma agenda mínima de salvação de bandidos.
O grande objetivo deles é, a partir de agora, fazer frente a um sentimento cada vez mais forte de que estamos prestes a uma ruptura. Tudo indicava que a Lava Jato seria isto, a grande mudança definitiva nos costumes do país, uma ação praticamente miraculosa que cresceu e ganhou corpo próprio capaz de derrubar um sistema viciado. Mas o apartidarismo da Operação também levou o PSDB e o PMDB à mesma fossa em que já estava o PT. E as descobertas se intensificaram quando Temer chegou ao poder. Começou então a ganhar corpo o “grande acordo nacional” que envolvia o PT, e a Operação foi murchando. Não sem grande contribuição de setores que faziam oposição ao petismo, diziam combater a corrupção mas que se venderam ao Temer.
A Lava Jato foi, muito provavelmente, a última chance. Ela enfraquecida e desfeita, qual esperança terão as pessoas comuns de que exista um mínimo de justiça para quem rouba bilhões? Crescem então sentimentos de urgência e indignação que não vêem no sistema político vigente possibilidade de resgatar o país.
Não podemos contar com a Justiça para nos livrarmos dos bandidos pois ela ou está submetida ao poder Executivo ou aliada a ele. E se o sistema eleitoral também é suspeito e controlado pela mesma elite política e de toga que livra os bandidos, qual seria o caminho?
Nos anos recentes, três tipos de regime de força têm sido impostos subitamente contra o status quo, movidos por ações populares, milícias ou forças armadas.
O primeiro e mais comum na América Latina é uma intervenção militar. No Brasil de hoje, tal atitude encontraria um respaldo popular significativo não pela proporção em relação à população total, mas pela aparente fidelidade e insistência na atuação dos pequenos grupos espalhados. Atribui-se a impossibilidade de uma ação dessas pelos militares ao fato das Forças Armadas estarem sucateadas, sem recursos e efetivo. Quem diz isso se esquece que nossas polícias estaduais são “militares”. Tirando-se então o problema numérico e de aparelhagem, a resistência a uma ação dos militares se deve principalmente a não terem nenhum respaldo em grupos organizados tais como: os representantes da intelectualidade, dos meios artísticos, os líderes religiosos, os banqueiros, os donos dos meios de comunicação e mesmo boa parte do comando das Forças Armadas. Com tanta oposição organizada, seria praticamente inviável a manutenção da ordem no país e a organização de tantas estruturas de poder hoje existentes.
Outro regime de força comum na América Latina e muito ativo nos últimos anos é o comunista, impulsionado em ações coordenadas pelo Foro de São Paulo. Sorrateiros, ascendem ao poder de forma pacífica e corroem as resistências legais à ditadura aos poucos. É inegável que o Brasil seguia por este caminho a passos lentos mas na velocidade possível devido ao nosso tamanho e impopularidade dos termos “comunista” e “socialista”, além de total falta de identidade com o bolivarianismo – um brasileiro normal mal saberia citar os feitos de Simon Bolívar. A queda de Dilma inviabiliza momentaneamente um regime bolivariano, mas não um sistema comunista. De certa forma a saída do PT do poder facilita a revitalização do projeto comunista por afastá-lo de seu matiz bolivariano, cujos efeitos nefastos se vêem muito fortemente em países vizinhos e causam ojeriza enorme na população. Não é por acaso que a imprensa local se refira ao regime de Maduro como “populista”, esvaziando cada vez mais qualquer conteúdo esquerdista em suas políticas.
Um sistema comunista no país teria enorme trabalho para conquistar a população normal, embora possua base sólida entre jornalistas, empresários (é inegável a relação fraterna entre a Odebrecht e a evolução do Foro de São Paulo, por exemplo), a esquerda católica, um grande número de partidos instituídos, um enorme efetivo político e uma pequena mas barulhenta militância urbana em entidades como a UNE, a CUT e demais braços do PT. Sua dificuldade seria, além da falta de base popular significativa, a total inviabilidade de imposição de um regime abruptamente pela falta de organizações armadas e ativas – a menos que se aliem definitivamente ao crime organizado: PCC e Comando Vermelho, por exemplo. Muito pior seria apresentar o comunismo como saída para nossa crise de criminalidade quando justamente as políticas de esquerda elevaram a violência do país, sem falar nos níveis de corrupção trazidos pelo PT.
O último regime de força é aquele que não tem efetivo oficial, não possui partido político, não tem ninguém que se declare favorável e, ainda assim, é o mais citado como símbolo de ameaça à nossa institucionalidade: o fascismo. Perverso e sem risco real ao Brasil, o fascismo virou sinônimo de tudo que seja “duro” ou violento, desprendendo-se de qualquer conteúdo ideológico ou político, resultado de uma soma de ignorância e má-fé. E assim como tem sido no mundo desde os anos 20, o combate ao fascismo tem sido a justificativa da maioria dos atos nefastos da esquerda, o mesmo pessoal que simpatiza com a implantação de um regime ainda mais pernicioso e assassino, ou seja, o comunismo. Não raramente a esquerda tem misturado fascismo e militarismo na criação de seus inimigos imaginários, ignorando que na América Latina, igualmente comum é a união de militares com comunistas na implantação de regimes totalitários.
Embora apresentem diferentes dificuldades práticas que inviabilizem suas imposições, cada alternativa de mudança brusca no sistema de poder brasileiro ganhará mais forças quanto mais a atual elite política continuar a desafiar os já largos limites de fadiga de nossa população. As maquinações em curso, citadas na abertura deste texto, chegam até a parecer provocações pensadas com o intuito de precipitarem um movimento em falso dessas ‘saídas alternativas’ para que possam dizer que o que temos hoje, esse sistema corrupto e asqueroso que corrói até os pessoas de bem quando os iludem simulando uma disputa política, nos protege de um mal maior desconhecido. Suportar essas artimanhas, apoiar políticos e autoridades que façam frente de fato a este ambiente de banditismo é o desafio para 2018.
2017 e o limite de fadiga do povo brasileiro was originally published on Reaçonaria
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É preciso cuidado com a imprensa tendenciosa a favor de Bolsonaro. Aprendam a identificar  quem não se importa com quem não tem onde morar ou não tem o que comer. Quem defende um governante que fez o que Bolsonaro e seus apoiadores fizeram para destruir o Brasil em 4 anos de governo é um fascista, como ele:  são MONSTROS."
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Esses e outros golpes de empresas e bancos conhecidos...
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ocentrodopoder · 3 years
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À espera de um milagre: a difícil ofensiva de Lula no universo evangélico
Desde que recuperou os direitos políticos, em abril, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em campanha para quebrar a ampla resistência ao petismo — decisiva na derrota em 2018 — e se viabilizar como o grande rival de Jair Bolsonaro em 2022. Reabriu conversas com o centro e busca refazer pontes com o empresariado e os militares, dois setores avessos à pregação da sigla. Mas há um segmento do eleitorado que o petista encontra mais dificuldade para recuperar porque ele não só mantém viva a inclinação antipetista, como se tornou um dos pilares de sustentação do bolsonarismo: os evangélicos.
A admissão do erro que foi perder esse rebanho é uma das raras autocríticas do petismo (veja matéria na pág. 30). Com muito tempo livre nos 580 dias em que ficou encarcerado, Lula virou um espectador fiel das pregações de pastores no rádio e na TV e leitor de livros sobre o fenômeno neopentecostal. Solto, passou a levar esse material às reuniões com dirigentes do PT. Numa delas, no Rio, criticou a visão preconceituosa que boa parte da esquerda tem sobre o segmento e disse que é possível trazer a teologia da prosperidade (difundida entre os neopentecostais) para o discurso político.
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ACENO - Ciro Gomes, do PDT: em vídeo, de Bíblia e Constituição nas mãos –Reprodução/.
Em uma prova de que o tema está entre suas prioridades, Lula começou a ir até os pastores. Um dos encontros mais significativos foi no Rio com o bispo Manoel Ferreira, líder da Assembleia de Deus Ministério Madureira, uma das maiores igrejas do país — lá disse até que queria um líder evangélico como vice.
A mais de um ano das eleições, mencionar um companheiro de chapa evangélico, evidentemente, pode ser apenas uma artimanha política. Mas demonstra a importância que esse eleitorado ocupa hoje nas ambições do petista. A reação ao encontro, porém, dá uma ideia do nível de dificuldade da missão. Receosos, os dois filhos de Manoel, os bispos Samuel e Abner Ferreira, correram às redes sociais para mostrar que estavam fechados com Bolsonaro. Líder da bancada evangélica, Cezinha de Madureira (PSD-SP) ligou também para aliados do presidente para explicar que foi apenas “visita de cortesia” e postou duas vezes “Tamo Junto” com o Bolsonaro — com quem, aliás, desfilou na garupa durante a motociata em São Paulo no dia 12 de junho. “Bolsonaro foi o único que, no poder, permaneceu defendendo nossos valores”, diz o apóstolo César Augusto, da Igreja Fonte da Vida, um frequentador assíduo do Palácio do Planalto.
A pauta moral é, ao menos em público, um dos principais motivos alegados pelos líderes para terem se afastado do petismo nos últimos anos. Embora tenham crescido como nunca na era Lula e Dilma, com concessão de canais de rádio e TV e inauguração de templos, as igrejas pentecostais sempre foram vistas como inimigas por movimentos como o LGBTQIA+, que ganharam força nos últimos anos no partido. Estrategistas do PT mais alinhados a Lula têm batido na tecla de que é preciso segurar o discurso identitário para não implodir as pontes com o eleitor mais conservador. Na tentativa de trazer esse público, a ideia é focar mais em questões como desemprego e programas assistenciais do que em temas como aborto.
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REAÇÃO - Bolsonaro: ida ao aniversário da Assembleia de Deus no último dia 18 –Isac Nóbrega/PR
Sabendo das dificuldades com os pastores, porém, Lula abre outra frente, onde tem mais traquejo: a dos políticos. Um flanco é a insatisfação de dirigentes do Republicanos, partido ligado à Igreja Universal. Aliás, um dos nomes cotados para ser vice de Lula é o do deputado Marcos Pereira, pastor licenciado e ex-vice-presidente da Record. No Nordeste, onde o petista ainda é muito popular, os líderes da legenda são em sua maioria fechados com o ex-presidente. De olho nesse flerte e conhecendo o pragmatismo das lideranças religiosas, que muitas vezes se confundem com o vaivém do Centrão, Bolsonaro já começou a se mexer e passou a ventilar a informação de que Pereira pode ter um posto no Planalto. Além disso, indicou Marcelo Crivella para o cargo de embaixador na África do Sul, país estratégico para a Universal, da qual o prefeito do Rio é pastor licenciado.
Embora seja dificílima a tarefa de romper a bolha bolsonarista em torno das maiores lideranças das igrejas, alguns dados animam os que buscam arriscar a travessia espinhosa atrás desses votos. Nas eleições de 2018, sete em cada dez votos evangélicos foram para Bolsonaro. O apoio hoje continua forte, mas não é tão massivo. Na pesquisa Datafolha de maio, 47% desses eleitores disseram que o presidente não tem capacidade para liderar o Brasil e 35% avaliaram o seu governo como ruim ou péssimo — um empate técnico com os 33% de ótimo ou bom. O sinal foi percebido também por Ciro Gomes (PDT): na última segunda, 21, sob a produção do marqueteiro João Santana, ele postou um vídeo com a Bíblia em uma mão e a Constituição em outra afirmando que ambos não são “livros conflitantes”. Como se vê, políticos de todos os matizes tentarão o milagre da conversão dos evangélicos. Não será fácil. Só orando muito.
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