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#cultura de massas
educibercultura · 7 months
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Cultura de Massas, Cultura das Mídias e Cultura Digital: o que a TV tem a ver com isso?
Sejam bem-vindos ao blog EduCibercultura!
Hoje, vamos bater um papo sobre a televisão, um verdadeiro ícone da cultura pop no século XX, que começou suas transmissões lá nos anos 30, nos Estados Unidos e Europa.
No Brasil, essa história iniciou em 1950 quando a TV Tupi chegou com tudo, criada pelo jornalista e empresário Assis Chateaubriand. Ao longo do tempo, a TV foi ganhando espaço nos lares brasileiros, marcando uma transição importante da cultura de massas para a cultura das mídias e depois para a cultura digital.
A cultura de massas surgiu lá entre o final do século XIX e o início do século XX. Ela foca em entretenimento e na venda de produtos culturais para as camadas populares. É aquela história de poucos produzirem e muitos consumirem, sem muito espaço pra gente influenciar o que está sendo produzido.
Depois, veio a cultura das mídias lá pela metade do século XX, onde "[...] qualquer um pode produzir, criar, compor, montar, apresentar e propagar suas produções" (Santos; Alves; Oliveira, 2018, p. 69).
E chegamos na cultura digital! Essa é a era da internet, do computador e da convergência das mídias, mas também é sobre como a gente se comporta, nossos valores e atitudes, tudo sendo influenciado pelas tecnologias digitais.
E a TV, como fica nisso tudo? Bom, ela começou como um símbolo da cultura de massas, mas foi se adaptando. Hoje em dia, com o surgimento da internet e de serviços de streaming como a Netflix, Amazon Prime e Star+, ela ainda está firme, acompanhando essas mudanças tecnológicas. No próximo post, falaremos sobre TV e educação. Será que há conexão? Fiquem ligados e até breve!
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Referências
SANTAELLA, Lucia. Culturas e Artes do Pós-humano: da Cultura das Mídias à Cibercultura – Col. Comunicação. São Paulo: Paulus, 2003.
SANTOS, Isabella Silva dos; ALVES, André Luiz; OLIVEIRA, Kaio Eduardo de Jesus. Cibercultura: que cultura é esta? In. PORTO, Cristiane; ALVES, André; MOTA, Marlton Fontes. (Org.) EDUCIBER: diálogos ubíquos para além da tela e da rede: Aracaju: Edunit, 2018. Disponível em: https://editoratiradentes.com.br/e-book/educiber1.pdf. Acesso em: 5 abr. 2021.
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catatando · 2 months
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A Marvel acabou, e a culpa é do Multiverso
Fui assistir #Wolverine e #Deadpool hoje. Não durei 30 minutos na poltrona. A #Marvel acabou e a pá de cal foi o “multiverso”. Explico. Nos anos 1980/90, universos como a Marvel e a DC começaram a deixar seus criadores preocupados: a multiplicidade de histórias deixava tudo cada vez mais complexo. Quem comprava muito gibi começava a perceber que não havia linha nas ações, não havia mais…
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coelhogeek · 1 year
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mundomaravilhoso · 1 year
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Suco de laranja: 7 curiosidades incríveis!
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edsonjnovaes · 2 years
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Análise do Discurso de Ódio
Análise do Discurso de Ódio
João Cezar de Castro Rocha, professor da UERJ, é um intelectual militante por uma causa pública: o desvendamento da emergência do neofascismo no Brasil. Publicou, em 2021, o livro Guerra Cultural e Retórica do Ódio: Crônicas de Um Brasil Pós-Político. Blog Cidadania & Cultura – Fernando Nogueira da Costa. 19/09/2022 “O mandato presidencial não autoriza a destruição metódica das instituições…
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gregor-samsung · 5 months
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" Educare all'ozio significa insegnare a scegliere un film, uno spettacolo teatrale, un libro. Insegnare a sbrigare le attività domestiche e a far da sé molte cose che fin qui abbiamo comprato. Insegnare la convivialità, l'introspezione, il gioco. Anche la pedagogia dell'ozio ha una sua etica, una sua estetica, una sua dinamica, delle sue tecniche. E tutto questo va insegnato. L'ozio richiede luoghi adatti per riposarsi, per distrarsi, per divertirsi. Ai giovani perciò bisogna insegnare a districarsi non solo nei meandri del lavoro, ma anche nei meandri delle varie offerte di loisirs. Significa educare a fare il genitore e a fare il coniuge, ai rapporti con l'altro sesso, al volontariato, cioè ad attività socialmente utili da svolgere nel tempo libero che avremo in abbondanza. Ce n'è da insegnare! La massa della gente non sa scegliere neppure un luogo di vacanze: va in un'agenzia e si fa rifilare quello che capita. La massa della gente non sa come distrarsi e come riposarsi. Bisogna educare alla notte: la nostra cultura è tutta diurna, vede la notte come uno spazio privatissimo, peccaminoso. E poi bisogna educare alla cultura post-moderna: molte espressioni della nostra cultura non sono godibili immediatamente com'era per la pittura classica o per la musica tradizionale. Siano architettura, scultura o design, spesso possiamo apprezzarle solo se ne conosciamo storia, senso e scopo. Posso rimanere istantaneamente colpito di fronte alla Gioconda o a una statua di Canova, ma per capire Mondrian devo sapere cos'è stato il movimento De Stijl, e per ammirare davvero Van Gogh devo sapere cos'è stato l'Impressionismo. Educare significa insegnare ad arricchire le cose di significato, come diceva Dewey. Più educato sei, più significati cogli nelle cose e conferisci alle cose. "
Domenico De Masi, Ozio creativo. Conversazione con Maria Serena Palieri, Ediesse (collana Interventi), Roma, 1997¹; pp. 141-142.
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Nos fizeram acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, que a vida só ganha sentido quando encontramos nossa outra metade.
Na verdade, nós nascemos inteiros, somos indivíduos completos. Com suas virtudes e vícios. A ideia de que existem almas gêmeas é uma das crenças do romantismo na sua versão de cultura de massas.
Ninguém tem responsabilidade de nos carregar nas costas, antes devemos fazer as pazes com nós mesmos. A gente cresce através da gente mesmo.
Nosso encontro com o outro é a colisão de dois universos mentais distintos, "somos ilhas afetivas", como diria o professor Clóvis de Barros. Sentimos mediante a solidão.
O outro na relação amorosa não cessará a angústia, mas dará afago e esperança em um universo que é indiferente à tristeza de todos nós.
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educibercultura · 7 months
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Modelos de Educação na Cultura de Massas e na Cibercultura
Olá, pessoal!
Hoje, vamos falar sobre como a educação tradicional se estrutura e sobre como as metodologias ativas têm sido utilizadas para potencializar a aprendizagem. Legal, não é?
Na educação tradicional, há uma divisão clara de papéis. O professor é responsável por transmitir conhecimentos e os estudantes, na maior parte do tempo, só escutam sem participar ativamente.
Esse modelo muito se assemelha à comunicação na Cultura de Massas. Não entendeu essa conexão entre a educação tradicional e a Cultura de Massas?
Tal como ocorre na educação tradicional, na Cultura de Massas os meios de comunicação controlam o que é transmitido e como é apresentado aos sujeitos receptores.
Como as metodologias ativas entram no cenário educacional? As metodologias ativas mudam o foco, pois o processo de ensino é deslocado da transmissão dos conteúdos ou "educação bancária", como diria Freire (2021), para a aprendizagem dos estudantes, através da sua participação ativa na construção dos aprendizados. Parece uma abordagem pedagógica mais ativa, envolvente e democrática, não é? E podemos dizer que também está alinhada aos princípios da Cibercultura, onde todos podem produzir, recombinar e compartilhar informações através de conexões em rede.
As metodologias ativas estão contribuindo para dar um novo significado aos processos de ensino e aprendizagem, tornado-os mais atualizados à nossa cultura contemporânea, marcada pelas conexões, colaborações e participação dos indivíduos na sociedade. Até a próxima leitura!
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Referências
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Edição Especial. 1. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2021.
LEMOS, André. Ciber-cultura-remix. Artigo produzido para apresentação no seminário Sentidos e Processos, dentro da mostra Cinético Digital, no Centro Itaú Cultural. São Paulo: Itaú Cultural, ago. 2005a. Disponível em: http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/andrelemos/remix.pdf. Acesso em: 29 fev. 2024.
LEMOS, André. Cibercultura como território recombinante. 2005b. Disponível em: https://edumidiascomunidadesurda.files.wordpress.com/2016/05/andrc3a9-lemos-cibercultura-como-territc3b3rio-recombinante.pdf. Acesso em: 29 fev. 2024.
MORAN, José. Metodologias ativas para a aprendizagem mais profunda. In: BACICH, Lilian; MORAN, José (org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora. Porto Alegre: Penso, 2018.
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mechamedealeisharoiz · 6 months
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Tenho pavor de me machucar, de me magoar, de me autossabotar, e de passar o resto dessa vida em me odiar. Pois parece que nunca vou chegar lá ou que nunca vou me sentir genuinamente onde eu deva estar. Mas acima de tudo, eu gosto de das coisas gostar. Eu gosto de conhecer gente, de explorar novas culturas e da arte abraçar, gosto de sair descalço, de novos sabores e calores, de sentir a brisa no rosto, de encarar olho a olho, gosto de namorar e boiolar, do quente e do acolhimento, das sensações e do vento, gosto de ouvir sons mas também do silêncio, gosto do toque e do prazer, da certeza e do pertencer, gosto de dançar e com qualquer melodia me jogar, gosto de estudar e aprender sempre aberta a crescer, gosto de me fantasiar como alguém otimista escrevendo textos que sigam essa linha, gosto das possibilidades e do que elas me proporcionam, gosto (demais) de açúcar e chocolate, de pimenta e limão, de abacate e mamão, gosto de relaxar e um bom banho quente tomar, gosto de poder partilhar e de me sentir à vontade pra qualquer coisa falar, gosto de chorar porque em seguida vem a lição a tomar, gosto de viajar, sol e mares ao luar, gosto de ler e fantasiar, de dramas, doramas e romances ruins, da adrenalina e do receio sem fim, gosto de pêssego e do seu cheiro, de colecionar aromas, sabores, amores e dores, gosto de bebidas ruins e altamente suspeitas, de laranjas e bananas, de tomar milk shake no frio, de miojo no calor, peixe cru também, e ás vezes massa me convém, gosto de planejar, dos meus sonhos listar, de no bloco de notas anotar, de vários post its colecionar, de dormir pra poder sonhar, gosto de imaginar, mas nem tanto senão eu chego a surtar, gosto de fones de ouvido pra ouvir tudo bem pertinho, e usar acessórios, pra me sentir altamente magnética, um tanto quanto patética, gosto de verde, flores e ervas, e da paz mental que me traz, gosto de fazer novos amigos, e que gostem de memorizar momentos comigo, gosto de conversar sobre qualquer coisa, criar novos instantes que sejam cativantes e viciantes, gosto de ser aleatória, de puxar coisas na memória, de escrever sobre o antes e o agora, do passageiro e da demora, do início mas não do fim, de novos ciclos e afins
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rideretremando · 1 year
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Tutti in ginocchio
Anche nelle reti televisive non appartenenti a lui, il santino è pronto. Il Monumento, anche per le doti personali, per la simpatia (la politica è intrattenimento), anche per il lato umano (ci aspettiamo che i politici siano diavoli bavosi), è pronto a superare la grandezza del Duomo di Milano. Imminenti i paragoni con Aldo Moro e De Gasperi. Tutti in ginocchio in una messa cantata per dimenticare la storia. Una corsa ad esprimere cordoglio per un uomo che ha conquistato la televisione per poter conquistare le coscienze ed il senso della realtà. Mussolini si rese conto che avrebbe dovuto fare il Concordato con la Chiesa cattolica per consolidare il suo consenso; oggi, per lo stesso scopo, bisogna acquistare una società di calcio, spendere tantissimo e farla vincere. Se trionfi nel campo della vera religione di massa, il calcio, in politica tutto è in discesa. In un mondo semplificato dalla logica sportiva dei meritevoli e degli sfigati, dei vincenti e dei servi, non c’è piacere migliore del baciare i piedi di chi ha denaro, potere e forza mediatica. Il Padrone potrà anche aver dato un contributo decisivo alla crisi profondissima sul piano economico (esplosione del debito pubblico, crescita zero, natalità zero, aumento dell’emigrazione, salari più bassi d’Europa), sul piano culturale (falsificazione del liberalismo, volgarizzazione della televisione, pornografizzazione delle donne, delegittimazione della scuola e della cultura), sul piano morale (evasione fiscale, prostituzione a livello pubblico, corruzione, rapporti opachi con la mafia), sul piano della legalità (condanna definitiva per frode fiscale e cacciata dal Senato nel 2013, decenni passati a parlare dei suoi processi, risolti con fughe, leggi ad personam ed insulti ai magistrati, definiti “malati mentali), politico (attacco a tutti i poteri terzi in pieno malinteso della democrazia, l’amicizia con i dittatori, l’avallo della guerra in Iraq e della repressione di Genova 2001, alleanze con fascisti e razzisti) potrà aver fatto tutto questo, ma innanzitutto dobbiamo nascondere il servilismo e l’assenza di libertà critica dietro l’ovvia pietà per un anziano che muore. Anche questa indulgenza è il tripudio del berlusconismo, una sintesi di perdonismo immorale, plutocrazia anticristiana, cortigianeria e fascino per il potere, sempre lo stesso della tradizione della penisola, atavico, popolare, sempre concesso dal basso della plebe verso l’alto di vescovi e re, papi e sovrani, mafiosi e piazzisti mediatici.
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pedroofthronesblog · 3 months
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O Futuro Sombrio de Sor Loras
Votando para postar textos após um looongo tempo!
Sor Loras terminou o quarto (e quinto) livro em uma situação de vida ou morte; seu corpo foi atingido por golpes de massa pelos inimigos (aliados de Stannis Baratheon), e acabou queimado por azeite fervente.
O futuro de Loras é incerto — muitos (eu, incluso, pelo menos em partes) acreditam que ele está condenado, enquanto outros acham que ele vai revelar-se bem e era tudo um mentira contada para enganar Cersei.
Deixando o sonho de primavera de lado (toda essa história de Loras sem danos e salvador da irmã), vou explicar o porquê de talvez Sor Loras sobreviver às feridas... E porque isso não é algo tão positivo
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Sor Loras, por Michael Komarck.
Bem, para começar, vou falar de um personagem que GRRM revelou que ajudou a criar Loras e Sandor: Bretan Braith.
Bretan Braith é um personagem criado por GRRM em seu primeiro livro A MORTE DA LUZ, e que ele revelou ter inspirado O Cão e o charmoso Cavaleiro das Flores.
Bretan aparece pouco, mas é marcante: ele é um membro da cultura Kavalan (um povo que inspirou os Dothraki) e que busca sempre seguir os modos de seu povo.
Vou evitar dar grandes spoiler do livro; basta saber que Bretan é um guerreiro formidável, jovem (apesar de suas diversas cicatrizes de batalha), e que segue o código de honra de seu povo. Apesar de aparecer pouco e ser um antagonista, Bretan não é realmente um vilão — ele apenas segue aquilo que foi dito que deve fazer pelas normas sociais de seu povo (mesmo que estas estejam erradas, como ele mesmo admite).
Tal qual Bretan Breith, Loras também acredita no codigo de cavalaria Andala, buscando ser tudo aquilo que se espera de um "verdadeiro cavaleiro" em Westeros. Ele é um bom espadachim (um dos melhores já existentes, de acordo com o próprio autor da saga), e, como muitos cavaleiros jovens, apesar de buscar salvar os inocentes, Loras também acaba por ser prepotente e leviano em certas questões.
Essa personalidade um tanto prepotente e juvenil lembra (não por acaso) o jovem Sor Jaime Lannister: Jaime também buscou ser um grande cavaleiro; a vida, porém, não foi justa com ele, e Jaime tornou-se um homem cruel e amargo, que desistiu da honra do cavalheirismo, e assumiu um lado mais cínico de ver o mundo.
Ele sou eu. Estou falando comigo mesmo, como eu era, todo arrogante e cavalheiresco vazio. É isso que acontece com você, ser bom demais, jovem demais.
— Jaime VIII, ASOS.
Agora, isso também lembra outro personagem: Sandor Clegane.
Sandor é um homem calejado pela vida: seu irmão queimou seu rosto quando o viu brincando com um simples boneco de cavaleiro — e, além de ficar sem punição, Gregor acabou por ser consagrado cavaleiro pelo príncipe Rhaegar.
Além de disso, Gregor muito provavelmente matou o pai e a irmã de Sandor, além de inúmeros inocentes, e acabou saindo impune mais uma vez.
Essas inúmeras situações tornaram o jovem Clegane uma pessoa desiludida com a vida, amargurado com injustiças (as quais ele nada podia fazer sobre), fazendo-o criar uma casca dura para autoproteção.
Agora, vamos a falar de uma similaridade com Bretan Breith: a aparência.
"Tinha apenas metade do rosto: o resto estava deformado por cicatrizes. Seu "olho" esquerdo se movia sem cessar quando seu rosto se virava, e Dirk não demorou para entender o motivo: uma pedrardente* preenchia a órbita vazia."
— A Morte da Luz.
*Uma pedra negra que absorve luz do sol, criando luz à noite.
Assim como Sandor, Bretan tem inúmeras cicatrizes e a falta de um olho, tendo um aspecto horroroso e assustador.
Tal qual Clegane e Bretan, acredito que Loras também terá suas próprias cicatrizes — tanto externas quanto internas. Isto representará de forma física e exterior o estado no qual Loras se encontrará de forma metafórica: seu pai terá morrido contra as forças de Aegon, junto de muitos amigos de Loras. E, além disso, a Campina e seu povo estará saqueada por Euron e seus comparsas, e Loras terá que aceitar que foi incapaz de salvá-los.
Quanto a Margaery... Difícil dizer se os irmãos Tyrell vão se reencontrar — Loras ainda é da Guarda Real, mas não sabemos quanto tempo ele levará para poder voltar ao combate (se é que vai) e nem se Cersei, ao voltar a ser regente, deixará que ele permanecer em seu cargo (ou, caso permita, dificilmente o deixará na Capital, talvez mandando-o para outra missão suicida).
Talvez, caso permaneça em Porto Real, Sor Loras lembre ainda mais Sandor: ele tentará proteger sua irmã, que agora será refém da cruel Cersei, assim como Sandor protegia Sansa de Joffrey.
Acredito que Margaery irá morrer nas mãos de Varys, e Loras (assim como muitos outros) deve acreditar na culpabilidade de Cersei.
Dependendo do estado no qual se encontrará o Cavaleiro das Flores, a morte de sua amada irmã Margaery (e talvez de outros parentes), talvez, faça Loras "acordar para a guerra", pois ele poderia estar em repouso, usando leite de Papoula, para amenizar a dor, e passaria a voltar ao modo berserker.
Não seria uma surpresa a dor do luto e desejo de vingança despertarem uma fome de sangue no cavaleiro: assim como Sandor, Loras já mostrou ter um lado sombrio, como quando matou Sor Robar e Emmon:
— Matei Robar em Ponta Tempestade, senhora. — Não estava se vangloriando; sua voz soava triste.
Loras matou Sor Robar e Sor Emmon por vingança a morte de Renly, e acaba por sentir-se culpado por tal ato. O cavaleiro Tyrell amava Renly, e não foi capaz de suportar que sua morte passasse impune — este pode ser um prenúncio do que está por vir no futuro do galante cavaleiro.
Dito isto, com a morte de sua irmã, talvez Loras se torne o Valonqar da Rainha Lannister: a morte de Joff foi para evitar que, caso algo acontecesse com Margaery, Loras matasse o Rei, causando um novo caso de regícidio.
Sansa previu isso, e sem saber, descobriu a motivação para o Casamento Roxo:
"Sor Loras é um Tyrell , lembrou Sansa a si mesma. Esse outro cavaleiro era apenas um Toyne. Seus irmãos não tinham exércitos, não possuíam nenhum modo de vingá-lo a não ser pela espada . Mas quanto mais pensava em tudo aquilo, mais se interrogava. Joff poderá se segurar durante algumas voltas de lua, talvez durante um ano, mas mais cedo ou mais tarde irá mostrar as garras, e quando fizer isso… O reino poderia ver surgir um segundo Regicida, e haveria guerra dentro da cidade, enquanto os homens do leão e os homens da rosa fizessem as valetas correr rubras."
— Sansa II, ASOS.
Sansa não estava errada: Loras é um Tyrell, e, por mais honrado que fosse, não hesitaria em matar o homem que tocasse em sua irmã — veja seu ato impulsivo de matar Sor Robar Royce e Emmon Cuy por terem "deixado" Renly morrer e Brienne escapar, sem lhes conceder um julgamento e arrependendo-se após matá-los.
Talvez, no fim, como Sansa previu, tudo se repita, e Sor Loras, seja para vingar ou para proteger a irmã, mate Cersei. Assim, Sor Loras seria mais uma vez como o jovem Jaime, que matou Aerys II, um rei louco e cruel, aos custos de sujar a própria honra.
Uma outra hipótese (muito mais improvável) é Cersei fuja de Porto Real para Dragonstone e acabe por ser morta por Loras.
Existem (bizarramente) certos paralelos entre Sor Loras e Aegon II nesse aspecto: ambos são irmãos mais novos, perderam a irmã (que era uma rainha amada pelo povo e que era totalmente passiva em sua vida, mas que sofreu nas mãos de inimigos), tem sangue da Campina (e uma mãe Hightower), tinham um pai flácido e compassivo, ambos acabaram desfigurados em batalha, quase morrendo, e ficaram em repouso em dragonstone após conquistá-la dos inimigos.
Além destes paralelos, também temos o confronto com a rainha: Rhaenyra e Cersei tem semelhanças, e dependendo de como a Rainha Lannister morrer, podem ter mais semelhanças: mortas por um irmão mais novo, após fugirem de um povo furioso que as culpa pela morte de uma amada rainha, apenas para encontrar o inimigo aleijado, insano e cruel.
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Quando chegou em Dragonstone, Aegon II mandou matar o Meistre de Rhaenyra o enforcando com a própria corrente (dando uma pausa três vezes, para ele sofrer mais). Caso Cersei use a corrente de Mão do Rei, Loras pode torturá-la com a corrente, até que ela venha a falecer — um assassinato brutal, vingando sua família.
Bem, é importante dizer que não acredito que Loras seja o Valonqar (mas esta possibilidade não deve ser descartada); acredito, porém, que ele deverá voltar como um guerreiro mais sombrio, que verá a morte dos que ama e assumindo uma entidade mais amarga e fria.
Loras ainda pode acabar por morrer mesmo assim, entretanto. Talvez após uma batalha (alguma que pode ser para vingar sua família, ou contra as forças de Griff, caso não una-se contra ele). Existe também a possibilidade de envenenamento, pelas serpentes de areia. Ou, caso mate Cersei, podem julgá-lo e matá-lo por regícidio — caso Aegon não queira seguir os caminhos de Robert, que permitiu que Jaime vivesse e usasse o manto branco.
De todo modo, acredito que ele irá morrer e que Olenna irá ser obrigada a ver muitos de sua família morrerem também — uma amarga ironia, visto que ela matou Joffrey para isso.
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elcitigre2021 · 4 months
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A simplicidade divina, quando menos é mais!!!
Para Refletir:
“Manifeste a simplicidade,abrace a simplicidade,reduza o egoísmo,tenha poucos desejos.” ~ Lao Tsé
Anseio por experiências humanas na vida cotidiana, nos lugares que visito e nas pessoas que encontro. "Como está o tempo?" "Oi, como vai?" a conversa fiada geral do mundano nunca me interessou e talvez as pessoas que vivem ao meu redor possivelmente me considerem arrogante porque não me envolvo em conversa fiada.
Sempre achei difícil conviver numa sociedade onde as mulheres descem para conversar maquiadas e com roupas de qualidade que eu nunca seria vista a menos que fosse uma ocasião considerada “importante”. Sinto-me confortável com a mesma camiseta da última década, apesar dos buracos que deixam o ar entrar no calor sufocante da Índia.
A Bíblia diz para nunca julgar um livro pela capa, mas minha mãe, que frequenta a igreja diariamente, parece que não consegue passar das primeiras páginas do livro. Isso não faz com que todos os fiéis sejam iguais, mas o superficial sempre teve um lugar especial para ela, as roupas que você veste, o seu cabelo bem cuidado e o sucesso financeiro que você tem na sociedade.
Filósofos como Steiner dizem que você escolhe seus pais ou a família de que precisa para alimentar sua existência. Se isso for verdade, eles certamente me catalisaram para ser a pessoa que sou, a fachada material desmorona diante dos meus olhos para revelar o que está escondido abaixo.
Com os nossos regimes em todo o mundo determinados a manter o controlo com políticas divisivas, com as pessoas a absorvê-lo para extinguir as suas moralidades famintas, a sentirem-se frustradas e deslocadas num mundo dividido com base no ódio, está a ficar cada vez mais difícil encontrar um lugar que abrigue minha alma ansiosa.
Os movimentos de contracultura agora têm uma cultura própria, as miçangas, as camisetas descoladas, as tatuagens, a comida vegana, as raves, seja lá o que for, cada um parece estar fortemente integrado a um sistema baseado no consumismo que não fornece um alternativa sustentável, mas se alimenta dos restos deste planeta.
A verdade é que o novo, seja lá o que for, é apenas mais uma estratégia reformulada para manter este sistema quebrado funcionando.
As nossas ligações perdidas uns com os outros com base nas noções de religião, comida, países, cor decorrem de anos e anos de condições, através dos meios de comunicação, dos livros e até da nossa educação.
Encontrar uma fuga das massas condicionadas, um lugar onde a beleza interior é mais valorizada do que as roupas que você veste, um lugar onde as interações não são baseadas no valor monetário, mas se originam de um lugar de amor.
Com o tumulto atual, não apenas na Índia, mas em muitas partes do mundo, encontrei um lugar onde a minha alma poderia chamar de lar.
Um lar para a alma
“O Mestre disse: “Um verdadeiro cavalheiro é aquele que colocou seu coração no Caminho. Nem vale a pena conversar com um sujeito que se envergonha apenas de roupas surradas ou de refeições modestas.” (Analectos 4.9)” ~ Confúcio
Nako, uma vila em Spiti, no norte da Índia, é um deserto frio. A paisagem é repleta de montanhas áridas e marrons e picos cobertos de neve, tornando a vida aqui um desafio para os habitantes locais.
Embora as aldeias consigam cultivar algumas culturas para se sustentarem, o futuro é incerto. Tem uma população de menos de 500 pessoas e um mosteiro datado de 1025. A aldeia foi completamente desligada do resto do país e só foi ligada após 1960 por causa da Guerra Índia-China.
Caminhar por todas as ruas estreitas da pequena vila de Nako lembra a simplicidade divina. Não sei mais como dizer, as casas são simples e cada uma delas possui símbolos, pedras e outros elementos para lembrar um poder superior acima de nós.
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universosnet · 5 months
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Do Passado ao Presente: O Renascimento do Artesanato na Era Moderna
Nos últimos anos, testemunhamos um ressurgimento notável do interesse pelo artesanato, uma prática que remonta aos primórdios da civilização humana. Este renascimento do artesanato na era moderna reflete uma busca pela autenticidade, conexão com a cultura e valorização do trabalho manual em um mundo cada vez mais digitalizado e massificado. Neste artigo, exploraremos as razões por trás desse ressurgimento, as tendências emergentes e o impacto que o artesanato tem na sociedade contemporânea.
Revalorização do Artesanato: Uma Reconexão com o Passado
O primeiro ponto a ser considerado é a crescente valorização do artesanato como uma forma de reconectar-se com a história e as tradições culturais. À medida que nos afastamos dos métodos de produção em massa, as pessoas estão buscando produtos únicos e feitos à mão, que contam histórias e carregam o espírito de seus criadores. Artesãos de todo o mundo estão revitalizando técnicas antigas e adaptando-as aos gostos contemporâneos, criando assim uma nova apreciação pela habilidade e pela singularidade.
O Impacto do Movimento "Faça Você Mesmo" na Cultura Moderna
Outro aspecto crucial desse renascimento é o movimento "faça você mesmo" (DIY - Do It Yourself), que tem ganhado força em diversas áreas, desde a moda até a decoração de interiores. Este fenômeno não só promove a criatividade individual, mas também empodera as pessoas a se tornarem participantes ativas na criação de objetos que refletem sua personalidade e estilo. O DIY está democratizando o acesso ao artesanato, incentivando as pessoas a experimentar e aprender novas habilidades.
A Importância da Sustentabilidade e da Consciência Social
Um aspecto adicional desse movimento é a crescente conscientização sobre questões ambientais e sociais relacionadas à produção em massa. O artesanato, muitas vezes, é considerado mais sustentável do que a produção industrial, pois utiliza menos recursos naturais e produz menos resíduos. Além disso, o apoio ao artesanato local e às comunidades de artesãos contribui para o desenvolvimento econômico e social de regiões marginalizadas.
Conclusão
O renascimento do artesanato na era moderna representa mais do que uma simples tendência; é um movimento que resgata valores perdidos, promove a criatividade e fortalece as comunidades. À medida que continuamos a valorizar a autenticidade, a conexão com o passado e a sustentabilidade, é provável que o papel do artesanato na sociedade contemporânea continue a crescer. Este retorno às raízes nos lembra da importância de valorizar o trabalho manual e a criatividade em um mundo cada vez mais tecnológico.
Veja mais: https://universosnet.com/imposto-de-renda-aliquota/
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claudiosuenaga · 2 years
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Jack Parsons, o cientista-ocultista Anticristo que acendeu os foguetes da NASA com as chamas do Inferno
Por Cláudio Suenaga
Poucos ainda reconhecem o nome dele, mas Jack Parsons teve um papel fundamental em levar a humanidade ao espaço. Parsons foi um cientista de foguetes que inventou o primeiro combustível de foguete de estado sólido fundido em 1942. Ele abriu o caminho para a produção em massa dos dispositivos que lançariam seres humanos nas estrelas e abasteceriam as armas de guerra. Juntamente com associados do Caltech (California Institute of Technology ou Instituto de Tecnologia da Califórnia), ele fundou o Jet Propulsion Laboratory (JPL), uma organização que abriu o caminho para a NASA. Parsons também perseguiu uma obsessão ao longo da vida com o ocultismo, o sexo e a interseção dos dois. Ele se juntou a Thelema, o movimento oculto fundado pelo ocultista e satanista britânico Aleister Crowley, e assumiu o ramo californiano do movimento. O fundador da Cientologia, L. Ron Hubbard, viveu na casa de Parson por um tempo e realizou com eles os famigerados "Trabalhos de Babalon". Parsons tentou, repetidamente, usar magia sexual para convocar várias divindades para o plano terrestre. Tudo isso enquanto trabalhava como cientista de foguetes. A vida de Parsons é estranha e fascinante. Ele era um cientista dedicado que ajudou a empurrar a humanidade para as estrelas, mas perseguiu o objetivo final de gerar um golem Anticristo para apressar a chegada do Apocalipse e morreu em uma explosão em seu laboratório caseiro aos 37 anos.
Desde a sua criação em 1958, a verdade das origens ocultas da NASA foi discretamente escondida da consciência pública, e o ocultismo subjacente por trás de todos os seus projetos e missões sempre foi encoberto por um manto imaculado de pureza técnica-científica. Nenhum empreendimento humano, aliás, parece mais distante das superstições primitivas e do antigo misticismo do que a NASA, uma agência solidamente fundamentada na lógica física-matemática precisa e na racionalidade tecnológica pragmática.
Poucos sabem, porém, que as origens da NASA estão ligadas ao pioneiro na engenharia de foguetes, o ocultista e satanista Marvel Whiteside Parsons, mais conhecido como Jack Parsons (1914-1952), um gênio megalomaníaco brilhante pouco ortodoxo que nunca viu contradições em sendo ao mesmo tempo um cientista e um ocultista, direcionar suas atividades para ambas as áreas a ponto de as fazer convergir.
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A "árvore genealógica" da astronáutica e do ocultismo nos Estados Unidos. Ilustração de Barbara Diener.
Discípulo do mais perverso de todos os praticantes do ocultismo da história moderna, o satanista inglês Aleister Crowley (1875-1947), que se intitulava a “Besta do Apocalipse 666” e que realizava rituais tão poderosos e abomináveis que até mesmo o ditador fascista Benito Mussolini (1883-1945) o expulsou da Sicília em 1923 chamando-o de “bárbaro”, Parsons foi uma das figuras mais proeminentes na propagação de Thelema nos Estados Unidos, fundada por Crowley em 1904 na cidade egípcia do Cairo quando um espírito conhecido como Aiwass ditou a ele um texto profético conhecido como The Book of the Law (Liber AL vel Legis). Cairo que é chamado de Al-Qahir, o nome árabe do planeta Marte. Ele tinha o tipo de visão mental alucinatória sobre espírito, magia e liberdade humana que lançaria a cultura californiana de cabeça para baixo no final da década de 1960, causando uma revolução mundial no pensamento que ele nunca veria.
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Aleister Crowley (esq.) e Jack Parsons. Fotos: The Mirror, Los Angeles, 1952-06-20, vol. IV, nº 218, p.1.
E, mesmo que sua carreira científica não despertasse interesse acadêmico na época, com o tempo Parsons passou a ser reconhecido por sua importante contribuição para a exploração espacial que conhecemos hoje, tanto que a comunidade aeroespacial ergueria uma estátua em sua homenagem no JPL (Jet Propulsion Laboratory ou Laboratório de Propulsão a Jato), sigla que curiosamente se presta a ser traduzida por “Jack Parsons Laboratory”, o que não deixa de corresponder à verdade. O JPL que ele ajudou a fundar, hoje emprega mais de 5.500 cientistas e tem um orçamento anual de mais de US$ 1,4 bilhão. Foi lá que as sondas lunares e as sondas Voyager 1 e 2, foram construídas.
A União Astronômica Internacional [International Astronomical Union (IAU)] batizou com seu nome uma cratera de impacto no lado escuro da Lua – como não poderia ser mais conveniente –, a oeste-noroeste da cratera Krylov.
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Vista oblíqua da cratera Parsons, no outro lado da Lua, voltada para o oeste. Fonte: Lunar and Planetary Institute, Lunar Orbiter Photo Gallery Lunar Orbiter 5/NASA.
Jack Parsons, como não poderia deixar de ser, era de linguagem sanguínea nobre, descendente do irlandês Richard Parsons, 1º Conde de Rosse (1702-1741), maçom e membro fundador do Hell-Fire Club. Nascido em Twickenham, Middlesex, Richard, que era filho de outro Richard, o 1º Visconde de Rosse (1657-1703), e de Elizabeth Hamilton, sobrinha de Sarah Jennings, Duquesa de Marlborough, foi um notável libertino, como viria a ser Jack, rebelando-se contra as normas da época. Ele escreveu o livro Dionysus Rising (A Ascensão de Dionísio) depois de uma viagem ao Egito, onde alegou ter encontrado pergaminhos dionisíacos saqueados da Grande Biblioteca de Alexandria antes que este fosse queimado até o chão. Ao retornar a Dublin, Parsons escreveu seu livro baseado nos pergaminhos e fundou um grupo chamado Sacred Sect of Dionysus (Seita Sagrada de Dionísio), que existe até hoje com o nome de Revived Order of Dionysus (ROD), ou Ordem Revivificada de Dionísio, uma ramificação da Maçonaria com sede na Old Absinthe House em Nova Orleans que diz possuir uma das duas únicas cópias conhecidas do livro. A ROD acredita que a Maçonaria é derivada de um culto pré-cristão chamado Dionysiac Architects (Arquitetos Dionisíacos).  
Se Parsons sentia-se à vontade e muito bem colocado no ambiente ocultista, é porque trazia isso no sangue, portanto. Filho único de uma família rica, influente e bem conectada, porém disfuncional, que vivia em uma enorme mansão na “Millionaire Row” de Pasadena, Parsons nasceu em Los Angeles, Califórnia, em 2 de outubro de 1914. Ele foi batizado com o primeiro nome do nome do pai, Marvel H. Parsons (1894-1947), mas sua mãe Ruth Virginia Whiteside (1893-1952) se recusava a chamá-lo assim, preferindo a alcunha "Little Jack".
Sua mãe havia se divorciado dele logo após o nascimento de Jack, quando descobriu que Marvel mantinha um caso com uma prostituta. A criação junto com os avós ricos de sua mãe, fez de Little Jack, como em breve será chamado por todos, uma criança solitária, reclusa e devotada aos estudos, em especial às ciências ocultas, e o imbuiu de um profundo ódio à autoridade e um desprezo por qualquer tipo de interferência em sua atividade. Inspirado por revistas pulp como Amazing Stories e livros de ficção científica de Júlio Verne, logo cedo desenvolveu um interesse por foguetes. Ele se imaginava indo em um foguete para a Lua e via a ciência e a magia como formas de explorar essas novas fronteiras, libertando-se da Terra literal e metafisicamente.
Parsons foi atraído pelo ocultismo, pois ele tinha um conjunto de ambições muito mais elevado e acreditava que a magia rompia com os limites do mundo físico. Ele queria literalmente derrubar as paredes do espaço-tempo e tinha um conjunto de ideias totalmente não científicas sobre como fazê-lo. Ele desenvolveu um interesse mais profundo pela bruxaria e pelo lado sombrio da magia, tornando-se fascinado por poltergeists e aparições fantasmagóricas. Consta em seu diário que com apenas 13 anos de idade, fazendo uso principalmente de trechos do Velho Testamento, do Zohar e do Talmude, teria invocado Satã com sucesso pela primeira vez depois de meses de tentativas frustradas e infrutíferas. Na ocasião dessa primeira aparição de Satã, Parsons confessa ter se acovardado diante daquele que ele tanto buscava. A experiência o deixou tão amedrontado que só retomaria essa seara na idade adulta.
A bolha segura e confortável em que Jack Parsons passou a infância e a adolescência foi quebrada pela Crise Econômica de 1929. As dificuldades financeiras da família o obrigaram a trabalhar nos fins de semana e durante as férias escolares nos escritórios da Hercules Powder Company, onde aprendeu sobre explosivos e sua utilização potencial na propulsão de foguetes.
Junto com o colega de escola Edward "Ed" S. Forman, com quem vinha explorando o assunto de forma independente em seu tempo livre, construiu e testou diferentes foguetes e logo construiu o seu próprio motor de foguete de combustível sólido, ao mesmo tempo em que mantinha intensa correspondência com engenheiros pioneiros de foguetes como o compatriota Robert Hutchings Goddard (1882-1945), o russo Konstantin Eduardovich Tsiolkovski (1857-1935), e os alemães Hermann Oberth (1894-1989), Willy Ley (1906-1969) e Wernher von Braun (1912-1977) – com quem, aliás, passava horas conversando ao telefone.
Após concluir o colégio no verão de 1933, matriculou-se no Pasadena Junior College com a esperança de obter uma graduação tecnológica em Física e Química, mas foi forçado a abandonar depois de apenas um semestre devido a situação financeira crítica da família. Ele ainda tentou obter uma licenciatura em Química na Stanford University, mas novamente foi forçado a abandonar. Parsons, que não era muito bom em matemática, nunca obteve mais do que um diploma do ensino médio.
Embora com limitada educação formal, Parsons demonstrou enorme aptidão, e em 1934, ele e Forman se juntaram a Frank Joseph Malina (1912-1981), futuro engenheiro aeronáutico e pintor. Durante muito tempo, os experimentos foram realizados sem apoio financeiro e feitos de maneira amadora, mas isso não era o suficiente para parar os três. Por conta dos testes com explosivos, o trio ficou conhecido por seu aparente desejo de morte coletiva e foi apelidado de “Esquadrão Suicida”. 
Na véspera do Halloween de 1936, em 29 de outubro, o “Esquadrão Suicida” liderado por Parsons, químico autodidata e mestre das artes das trevas, se reuniu na represa Devil’s Gate em Pasadena, na parte mais estreita do cânion Arroyo Secco, no sopé das montanhas de San Gabriel, perto do local de uma barragem, a cerca de 400 metros do campus da Caltech, para testar um motor de foguete primitivo alimentado por oxigênio e álcool metílico, preso a um suporte. Mas a combustão que eles esperavam não aconteceu. Em vez disso, a mangueira de oxigênio pegou fogo no chão, causando uma mini tempestade de fogo no desfiladeiro.
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Os membros originais do “Esquadrão Suicida” do JPL, em 1936, a partir da esquerda: Rudolph Schott, Amo Smith, Frank Malina, Ed Forman e Jack Parsons. Foto: Cortesia da Caltech.
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Parsons (em jaqueta escura) e seus colegas da GALCIT em Devil's Gate, Arroyo Seco, no Halloween de 1936. Este experimento deu início às atividades do Laboratório de Propulsão a Jato. Foto: NASA-JPL/Caltech.
Esta seria a primeira incursão do “Esquadrão Suicida” na propulsão de foguetes e gerou os rumores de que Parsons, guiado Magia Sexual (Sex Magick), uma prática ritualística planejada pelo líder da O.T.O., havia aberto um portal para o inferno na represa Devil’s Gate (Portão do Inferno). O nome Devil’s Gate se deve a uma rocha escarpada que se parece com o rosto de um demônio com chifres. O túnel é fechado por um portão de ferro e exala um clima aterrador. Uma série de mortes e desaparecimentos de crianças alimenta os rumores de que Parsons teria de fato aberto no local um “portal para uma dimensão infernal”, a atrair caçadores de fantasmas e investigadores paranormais.
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A infame rocha em forma de diabo que deu nome à represa Devil's Gate. Foto de Nikki Kreuzer/The Los Angeles Beat.
Embora o teste na noite de Halloween tenha sido um fracasso, chamou a atenção do físico húngaro-americano Theodore von Kármán (1881-1963), o então diretor dos Laboratórios Aeroespaciais de Pós-Graduação do Instituto de Tecnologia da Califórnia [Guggenheim Aeronautical Laboratory at the California Institute of Technology (GALCIT), criado em 1929] em Pasadena. Liderados por Kármán, os três formaram o Projeto de Pesquisa de Foguetes GALCIT, afiliado à Caltech (California Institute of Technology).
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Theodore von Kármán, então diretor do Laboratório Aeronáutico Guggenheim da Caltech. Foto: LAist.
Sem encontrar financiamento para seus projetos, Parsons trabalhou como uma testemunha especialista em explosivos forenses. Um trabalho forense que lhe proporcionou publicidade na mídia foi o julgamento do capitão Earl Kynette em 1938 pelo atentado cometido contra o investigador particular e ex-detetive da polícia de Los Angeles chamado Harry Raymond, que andava investigando a corrupção no Departamento de Polícia de Los Angeles (LAPD) e no governo da cidade.
Em 14 de janeiro daquele ano, Raymond foi ferido por uma bomba que havia sido plantada debaixo de seu carro. Kynette foi apontado como o principal suspeito e julgado por tentativa de homicídio. Parsons foi contratado para construir uma réplica da bomba que permitisse deduzir os explosivos usados ​​para ativá-la e reconstituir a explosão, o que foi vital para a condenação de Kynette.
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Parsons em 1938, segurando a réplica da bomba usada no julgamento do assassinato do policial Capitão Earl Kynette. Fonte: Encyclopedia.
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John Whiteside Parsons posa com sua réplica da bomba caseira usada na tentativa de matar Harry Raymond. Foto do Los Angeles Times de 7 de maio de 1938.
À medida que o interesse de Parsons pelo ocultismo se desenvolvia, seu colega Malina se dirigiu à Academia Nacional de Ciências [National Academy of Sciences (NAS)] para obter financiamento para “propulsão a jato” como um meio de desenvolver aeronaves mais ágeis. Em 1939, o grupo GALCIT recebeu US$ 1.000 (£ 595 no câmbio de hoje), tornando-se o primeiro grupo de pesquisa de foguetes financiado pelo governo na história. Um quarto do financiamento teve que ir para a reparação de danos aos edifícios Caltech causados ​​pelos experimentos do grupo, que acabou sendo forçado a se mudar para alguns galpões de ferro no cânion Arroyo Seco, onde foram observados de perto pelo FBI (Federal Bureau of Investigation ou Birô Federal de Investigação), que procurava se certificar que nenhum extremista político estava tendo acesso os explosivos.
Foram as instalações de testes em Arroyo Seco que mais tarde evoluíram para o JPL, que por sua vez desenvolveria uma associação vital com um projeto de foguete espacial mais avançado proposto pelo Comitê Consultivo Nacional de Aeronáutica (National Advisory Committee for Aeronautics), a NACA, antecessora da NASA. A contribuição deste grupo para o esforço de guerra não pode ser negligenciado, tampouco seus primeiros esforços em engenharia de foguetes que forneceram grande parte do impulso para os posteriores projetos da NASA a partir do final dos anos 50 até o eventual desembarque do homem na Lua.
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O "Esquadrão Suicida" original em 12 de agosto de 1941. Da esq. para a dir.: Fred S. Miller, Jack Parsons, Ed Forman, Frank Malina, Capitão Homer Boushey, Soldado Kobe e Cabo Hamilton. Nota interessante: o filho de Frank Malina, o físico Roger Malina, é casado com a educadora britância Christine Maxwell, irmã de Ghislaine Maxwell, socialite britânica conhecida por sua associação com Jeffrey Epstein. Foto: Encyclopedia.
Mas Parsons estava tomado por ideias extraordinárias que buscavam alturas muito mais elevadas do que meros projetos de foguetes. No mesmo ano de 1939, depois de considerar brevemente o marxismo, Parsons conheceu a Igreja Thelema, o movimento religioso ocultista fundado por Crowley em 1904, e junto com sua primeira esposa, Mary Helen Northrup (1910-2003), com quem se casara em 1935, ingressou na maçônica Agape Lodge, um ramo californiano e “braço armado” da Ordo Templi Orientis (O.T.O.), organização ocultista germânica fundada pelo rico industrial alemão Carl Kellner (1851-1905) em 1903.
Kellner acreditava ter descoberto uma "Chave" que oferecia uma explicação para todo o complexo simbolismo da Maçonaria e dos mistérios profundos da natureza. Em 1895, ele começou a discutir sua ideia de fundar uma Academia Maçônica com seu associado Albert Karl Theodor Reuss (1855-1923), que seria chamada de Ordo Templi Orientis (Ordem Templária Oriental). Tanto os homens como as mulheres seriam admitidos em todos os graus desta Ordem, mas a posse de altos graus maçônicos seria um pré-requisito para a admissão no círculo interno da O.T.O. Devido à regulamentação da Grand Lodge estabelecida, as mulheres não podiam ser feitas maçons, o que parece ter sido uma das razões para que Kellner e seus associados resolvessem criar sua própria ordem a fim de reformar o sistema e permitir a admissão de mulheres.
Com a morte de Kellner em 7 de junho de 1905, Reuss e Franz Hartmann (1838-1912), que havia sido discípulo de Helena Blavatsky (1831-1891) na Índia e fundador da Sociedade Teosófica na Alemanha em 1896, se tornaram os chefes da O.T.O., reformulada em 1925 por Crowley após a sua expulsão da Golden Dawn de acordo com o princípio “Faça o que quiser” da Thelema. Parsons logo se identificou com as propostas da Thelema e com a liberdade sexual única que promovia, como a de incentivar os participantes a trocar de parceiros, isso três décadas antes da revolução sexual.
Em 1935, por ordem de Crowley, o ocultista e mágico cerimonial inglês expatriado Wilfred Talbot Smith (1885-1957) fundou a Agape Lodge Nº 2 e transformou a sua casa em Hollywood na 1746 Winona Boulevard em sua sede. Smith anunciou o fundação de seu grupo em um anúncio na revista American Astrology e imprimiu um panfleto explicando o que era a O.T.O.
Parsons não via nenhum problema em conciliar suas atividades científicas e mágicas, tanto que antes de cada teste de lançamento de foguetes, para desespero de seus colegas, cantava o hino de invocação ao deus grego Pã. Parsons não deu nenhum indício inicial das agitações internas que o levaram a adorar o diabo e levar uma vida dupla extraordinária: cientista respeitado durante o dia, ocultista dedicado à noite.
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O thelemita Wilfred Talbot Smith. Publicado em Martin P. Starr, The Unknown God (Teitan Press, 2003). O livro não especifica a origem da imagem.
Parsons subiu rapidamente na hierarquia, e em março de 1941, foi encarregado pelo próprio Crowley para liderar e tirar da decadência a Agape Lodge que o seu fundador Smith havia transformado em um mero ponto de encontro para orgias de finais de semana. Observando a aptidão natural de Parsons para a magia sexual ritual Thelema, os membros o viam como um potencial sucessor da “Grande Besta”, o próprio Aleister Crowley, a quem Parsons chamava de “Pai Mais Amado”.
No mesmo ano, o grupo GALCIT demonstrou os primeiros foguetes de decolagem movidos por jato.
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Frank Malina (de chapéu e óculos) observa enquanto Von Kárman trabalha nos esboços de um projeto JATO em 1941. Foto: JPL.
Ao mesmo tempo, Parsons começou a ter um relacionamento sexual com a irmã de 17 anos de sua esposa Helen, Sara Elizabeth Bruce Northrup Hollister (1924-1997); sua esposa, por sua vez, começou um relacionamento com Talbot Smith.
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Rara foto de Jack Parsons e Sara "Betty" Northrup pescando. Foto: Alchetron.
Os quatro, junto com outros thelemitas, acabaram se mudando para uma mansão de onze quartos apelidada de “The Parsonage” ("O Presbitério") na 1003 Orange Grove Avenue, em Pasadena, em junho de 1942. Todos contribuíam para o aluguel e viviam comunitariamente no que se tornou a nova base da Agape Lodge. No lote, eles abatiam seu próprio gado para alimentação, bem como para seus rituais de sangue. Parsons converteu a garagem e a lavanderia em um laboratório químico e frequentemente realizava reuniões de discussão de ficção científica na cozinha.
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The Parsonage – 1003 S. Orange Grove. Foto: Pasadena Now.
Apesar de Parsons reconhecer que a maioria dos membros da O.T.O. estava muito mais interessada em orgias banais para a satisfação ordinária de seus desejos – ou quando muito em “uma pseudomanifestação de poder místico por meio da sensualidade” – do que em uma ascensão espiritual autêntica, ele não ficou atrás em matéria de orgias ao promover concorridos rituais de magia sexual na mansão, frequentada por uma variedade de boêmios e excêntricos, entre eles o jornalista Nieson Himmel, fã de ficção científica, o físico e engenheiro Robert Alden Cornog (1912-1998), físico e engenheiro que ajudaria a desenvolver a bomba atômica ao integrar o Projeto Manhattan, e o oficial da Marinha durante a Segunda Guerra Mundial e escritor de ficção científica Lafayette Ronald Hubbard, mais conhecido como L. Ron Hubbard (1911-1986), o futuro fundador da Cientologia, uma religião que ensina que as entidades alienígenas não só são responsáveis pela utilização de seres humanos como avatares, como os usam para fazer o mal.
As drogas (álcool, maconha, cocaína, anfetaminas, peiote, mescalina e opiáceos) fluíam livremente, assim como os parceiros sexuais. Crowley chamava o casamento de “uma instituição detestável”, e Parsons usou essa justificativa para explicar seus desejos sexuais insaciáveis. A pousada atraiu atenção negativa, com a polícia e o FBI recebendo alegações de que abrigava um culto praticante de orgias sexuais e magia negra – embora, após a investigação, não tenha sido considerado uma ameaça à segurança nacional. Rumores davam conta de bestialismo, mulheres grávidas dançando nuas através de aros de fogo cerimonial e crianças inocentes sendo violadas e sacrificadas por magos envergando sinistros mantos negros.
Em 1942, o grupo GALCIT fundou a Aerojet para continuar a desenvolver foguetes deste tipo, com Parsons como engenheiro de projetos. Uma das principais inovações do grupo foi o desenvolvimento do Jet-Assisted Take Off (JATO) para o US Air Corps, com Parsons desenvolvendo um combustível sólido de foguete de queima restrita que era estável o suficiente para ser armazenado indefinidamente. Parsons convencera o governo de que o foguete poderia ser útil em tempos de guerra e sua tecnologia do motor e o combustível foram comercializados por meio da Aerojet. Versões desse combustível foram eventualmente usadas pela NASA no ônibus espacial, bem como em mísseis balísticos militares. e formou um negócio de sucesso chamado Aerojet. Em 1943, o Exército dos Estados Unidos encomendou 2.000 foguetes da empresa.
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Parsons em pé acima de um propulsor JATO no JPL em junho de 1943. Foto: Encyclopedia.
A devoção absoluta e obsessiva de Parsons a Satã – a quem definia como “a força motriz que move o submundo de energia espiritual e também física” – ia tão longe que até mesmo os seus pares mantinham os dois pés atrás em relação a ele. Parsons passou a realizar evocações de entidades por meio do vodu, que considerava o mais violento e eficaz dos meios para estabelecer contato com os espíritos infernais. Os membros da Agape Lodge chegaram a escrever uma carta a Crowley reclamando da atmosfera aterradora criada por seu líder nos cultos da O.T.O., a quem acusavam de ter transformando as práticas de magia sexual tradicionais da Thelema em experiências tão assustadoras e perigosas quanto aquelas praticadas nos cultos a Inanna, a grande prostituta da Babilônia, as mais obscuras do cabalismo. Esse ritual requeria que o iniciado na O.T.O. visualizasse a árvore da vida com suas 10 esferas e suas 22 partes interconectadas, e caso fosse aprovado no Juramento do Abismo, tornava-se Irmão Negro da Cabala.
Os novos acionistas majoritários da Aerojet o expulsaram em 1943 porque desaprovavam seus “métodos de trabalho pouco ortodoxos e inseguros”, atestados pelo FBI após uma série de investigações sobre seu envolvimento com o ocultismo, drogas e promiscuidade sexual. Em resposta, Parsons e Forman fundam a Ad Astra Engineering Company, nome baseado em um dos provérbios latinos preferidos de Parsons: “ad astra per aspera”, que significa, literalmente, “pelas dificuldades, aos astros”, ou, em tradução livre, “alcançar a glória por caminhos árduos, espinhosos”.
No mesmo ano, o governo dos Estados Unidos ouviu que a Alemanha nazista estava desenvolvendo o foguete V-2 e então deu ao grupo de pesquisa de foguetes GALCIT, agora sem Parsons, recursos para desenvolver armas baseadas em foguetes. A Aerojet foi então renomeada como Laboratório de Propulsão a Jato [Jet Propulsion Laboratory (JPL)], tornando-se uma instalação formal do Exército dos Estados Unidos sob contrato da Caltech.
Em 1945, Jack Parsons ainda era o sumo sacerdote da Loja Ágape de Crowley, em Pasadena, onde L. Ron Hubbard se juntou a ele. Impressionado com a exuberância e energia de Hubbard, Jack escreveu uma carta falando sobre ele a Crowley: “Deduzi que ele está em contato direto com alguma inteligência superior. Ele é a pessoa mais ‘thelêmica’ que já conheci e está de acordo com nossos próprios princípios.” Ele logo foi iniciado nos segredos da O.T.O. e se tornou o parceiro mágico de Parsons, recebendo o nome de “Frater H”. Juntos, Parsons e Hubbard criaram um sórdido esquema de magia sexual chamado “Trabalho de Babalon” para trazer o Anticristo e o Apocalipse.
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L. Ron Hubbard, de escoteiro a fundador da Cientologia. Foto: Cision PRweb.
A “Manifestação de Babalon” era o feito satânico mais perseguido por Parsons desde que lera em 1940 na revista pulp Unknown a versão original do conto “Darker than you think”, de Jack Stewart Williamson (1908-2006), protagonizado por uma mulher de cabelo escarlate que monta uma grande besta. Parsons identificou a ruiva com Babalon, a “Scarlet Woman” (“Mulher Escarlate”), a consorte da Grande Besta 666, que pela profecia de Crowley daria à luz a um “Messias Thelêmico” ou “Moonchild”, nome de um romance escrito por Crowley em 1917 e publicado pela primeira vez pela Mandrake Press em 1929 cuja trama envolve uma guerra mágica entre magos brancos e negros por causa de uma criança ainda não nascida. O “Filho da Lua”, um veículo humano para uma “semente demoníaca”, não muito diferente do “Bebê de Rosemary”, inauguraria o Aeon (Era) de Hórus e encerraria a de Osíris, representado pelo cristianismo, pelas demais religiões patriarcais – “inimigas da civilização” – e pelos homens e instituições a eles subordinados. Babalon, a contraparte Thelêmica de Kali ou Ísis, foi descrita por Parsons como sendo ao mesmo tempo “...negra, homicida e horrível, abençoada e reconfortante, reconciliadora dos opostos, a apoteose do impossível”.
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No livro do Apocalipse 17:3-5, a Babilônia é retratada como a "A mãe das prostitutas e das abominações da terra": "E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres. E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua fornicação; E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra." O Apocalipse prediz que no fim dos tempos, a Babilônia (então uma das maiores cidades da Mesopotâmia, parte da cultura suméria), ficará nua e sua carne será comida e queimada no fogo.
Na Thelema de Crowley, que se baseou nessa passagem do Apocalipse, Babalon era, ou pelo menos representava, a própria Terra. Imbuído de um certo gnosticismo, Parsons referia-se a Babalon como "Sophia" e acreditava que ela era a personificação da sabedoria, alguém que desempenhara um papel fundamental na criação do universo e da humanidade. No mito de Sophia, ela deu à luz muitos seres malignos enquanto estava presa no submundo. Um desses seres foi o demiurgo, que criou este nosso falso mundo e lhe conferiu todas as suas más qualidades. Sophia ajudou a devolver a luz ao mundo, e quando o demiurgo criou Adão, ela ocultou a consciência do primeiro homem, apenas devolvendo-a ao mundo por meio da primeira mulher, Eva. Ou seja, embora Sophia fosse de fato a mãe das "abominações" na Terra, o gnosticismo a pinta como uma figura materna sábia e benevolente.
O mais provável, no entanto, é que Crowley tenha criado o termo Babalon a partir de Babalond, proveniente do idioma enoquiano e que se traduz como "prostituta", até porque Crowley realizava invocações dentro do sistema de magia enoquiana, conforme registrado em seu livro The Vision and The Voice (Liber 418) [A Visão e a Voz (Livro 418)], de 1911, em que narra a sua jornada mística enquanto explorava os 30 étires enoquianos originalmente desenvolvidos por John Dee (1527-1608) e Edward Kelley (1555-1597) no século XVI. De todas as suas obras, Crowley considerou este livro o segundo em importância atrás apenas do Livro da Lei, o texto que estabeleceu seu sistema religioso e filosófico de Thelema em 1904.
Crowley provavelmente escolheu esta grafia em particular para o nome de Babalon por sua significância cabalística. Trocando-se a letra Y por um A, o termo "al" surge no centro da palavra. A palavra também separa-se silabicamente (em Inglês) em Bab-al-on. Bab é o termo em árabe para "porta" ou "portal". AL é uma das chaves para a compreensão do Livro da Lei, bem como um dos títulos cabalísticos de Deus, significando "O Um", em hebraico. On é o nome egípcio para a cidade conhecida pelos gregos como Heliópolis, a cidade das pirâmides. Pelo sistema de numerologia hebraica conhecida como gematria, o nome Babalon soma 156, número de quadrados em cada uma das tabelas elementais do sistema de magia enoquiana de John Dee e Edward Kelly. Estas tabelas são, por si, identificadas com a Cidade das Pirâmides, sendo cada quadrado a base de uma pirâmide.
Mesmo com sua amante Sara trocando-o por Hubbard, a quem conheceu na O.T.O. em 1945, Parsons seguiu trabalhando com ele nos rituais Babalon na tentativa de fazer com que o espírito da deusa Babalon, "A Mãe das Abominações", encarnasse em Sara.
Para realizar o trabalho de Babalon, exigia-se a quebra das barreiras do tempo e do espaço. O impossível era precisamente o que Parsons, o cientista-mago ou o mago-cientista, tinha em mente. Entrevendo na bomba atômica o instrumento que quebraria essas barreiras e abriria as portas para outras dimensões, Parsons iniciou o físico, filho de imigrante judeu alemão, Robert Oppenheimer (1904-1967), assim como seus amigos físicos atômicos judeus do Los Alamos National Laboratory, não muito distante da base de lançamento de foguetes em Pasadena, sendo que muitos cientistas do S-1 Uranium Committee, do Comitê de Pesquisa de Defesa Nacional (National Defense Research Committee), que mais tarde evoluiu para o Projeto Manhattan, já eram ligados ao ocultismo, mais propriamente com a Cabala. Uma foto tirada em um recinto do clube satanista Bohemian Grove em 14 de setembro de 1942, mostra vários cientistas do S-1 Uranium Committee ali reunidos, entre eles Julius Robert Oppenheimer, o químico Harold Clayton Urey (1893-1981), o cientista nuclear e Prêmio Nobel de Física de 1939 (por sua invenção do cíclotron ou acelerador de partículas) Ernest Orlando Lawrence (1901-1958), o químico James Bryant Conant (1893-1978), o engenheiro e físico Lyman James Briggs (1874-1963), o químico Eger Vaughan Murphree (1898-1962), o físico Prêmio Nobel de Física de 1927 Arthur Holly Compton (1892-1962) e o físico britânico-canadense-americano Robert Lyster Thornton (1908-1985).
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O S-1 Comitê de Urânio do Escritório de Pesquisa e Desenvolvimento Científico [Office of Scientific Reasearch and Development (OSRD)] reunido em Bohemian Grove. Da esquerda para a direita: Major Thomas T. Crenshaw, Julius Robert Oppenheimer, Harold Urey, Ernest Orlando Lawrence, James Bryant Conant, Lyman James Briggs, Eger Vaughan Murphree, Arthur Holly Compton, Robert Lyster Thornton e Coronel K. D. Nichols. Foto de Donald Cooksey.
O Laboratório Nacional de Los Álamos, no estado do Novo México, é uma instituição federal coordenada pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos e gerido pela Universidade da Califórnia. Criado em 1942, o Laboratório funcionou como centro secreto para o desenvolvimento das três primeiras armas nucleares, e seu primeiro diretor científico foi Oppenheimer, o qual teve como auxiliares mais próximos o general Leslie Richard Groves (1896-1970), um oficial do Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos que supervisionou a construção do Pentágono e dirigiu o Projeto Manhattan, e o físico Ernest Orlando Lawrence (1901-1958). Um outro cientista que trabalhou na equipe foi o físico judeu de origem húngara Edward Teller (1908-2003), que havia emigrado para os Estados Unidos.
Em 16 de julho de 1945, a primeira bomba atômica com o nome em código “Trinity” explodia em Alamogordo, cidade situada no condado de Otero, no Novo México, a 48 quilômetros de Socorro, perto de um lugar chamado “Estrada da Morte” (La Jornada del Muerto), no paralelo 33 (33º 40’38”N), na linha de Mísseis de White Sands, irradiando o que a Cabala chama de “força demoníaca do fogo”. Oppenheimer recordou mais tarde que ao testemunhar a explosão, lhe veio à mente um verso do texto sagrado hindu Bhagavad Gita, parte do poema épico indiano Mahabharata, datado do século IV a.C.: “Tornei-me a Morte, Destruidora de mundos.” No exato local da explosão abriu-se uma cratera de vidro radioativo de 3 metros de espessura e 330 m de diâmetro. As montanhas da região foram fortemente iluminadas por cerca de 2 segundos, o calor foi tão intenso que a onda de choque foi sentida a mais de 160 km, e o cogumelo atômico chegou a 12 km de altura. Tempos depois, no hipocentro da explosão, foi erguido um obelisco de lava solidificada com cerca de 3,65 m de altura.
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Em 16 de julho de 1945, a Era Atômica começou com a detonação da primeira bomba atômica. Os cientistas do Projeto Manhattan detonaram o primeiro dispositivo atômico às 5h29, na Jornada del Muerto, no deserto do Novo México. Para o teste do Projeto Trinity, a bomba foi colocada no topo de uma torre de aço de 30,48 m de altura designada como Zero. O Marco Zero ficava ao pé da torre. Equipamentos, instrumentos e pontos de observação foram estabelecidos a distâncias variadas do Marco Zero. Os abrigos de observação de madeira eram protegidos por barricadas de concreto e terra, e o ponto de observação mais próximo ficava a 9,17 km do Marco Zero. Um incrível flash de luz iluminou o céu quando a temperatura do ar subiu para mais de 4.982º C. Em segundos, testemunhas viram a primeira nuvem em forma de cogumelo já criada por armas atômicas. Uma nuvem multicolorida subiu 11,58 km no ar em sete minutos. Onde antes ficava a torre, surgiu uma cratera de 804 m de diâmetro e 2,43 m de profundidade. A areia na cratera foi fundida pelo calor intenso em um sólido semelhante ao vidro, da cor do jade verde. Este material recebeu o nome de trinitita. O ponto de explosão foi nomeado Trinity Site. Foto: Departamento de Energia dos EUA.
Em seu livro Sociedades Secretas e Guerra Psicológica [Secret Societies and Psychological Warfare, Dresden (NY), Wiswell Ruffin House, 1992], o pesquisador de ocultismo e sociedades secretas norte-americano Michael Anthony Hoffman II (1957-), refere-se ao seu conterrâneo e igualmente pesquisador de ocultismo James Shelby Downard (1913-1998), segundo o qual um feto Golem, conhecido na alquimia como um “homúnculo”, estava dentro do gigantesco cilindro apelidado de “Jumbo” pelos trabalhadores da construção civil, colocado perto do “março zero” em 16 de julho de 1945, imediatamente antes da explosão da “Trinity”, a primeira bomba atômica (criação e destruição da matéria primordial) em Alamogordo, Novo México (“The Land of Enchantment” ou “A Terra do Encantamento”, epíteto dado em setembro de 1935 por Joseph A. Bursey, diretor do State Tourist Bureau, que desenhou um folheto usando esta frase).
O governo dos Estados Unidos nunca ofereceu uma explicação convincente para o propósito da cápsula de 7,62 metros de comprimento, 3,05 metros de diâmetro, paredes com 35,6 cm de espessura de puro aço e peso total 194 toneladas, fabricada sob medida em uma usina siderúrgica do leste e transportada em um grande caminhão de 64 rodas. Oficialmente, a ideia era detonar a bomba próximo ao Jumbo, que seria uma espécie de contenção ao plutônio, que podia vir a ser reutilizado, já que os militares não queriam desperdiçá-lo por ser muito caro na época, como é ainda hoje.
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Jumbo, o gigantesco cilindro que conteve um homúnculo ou feto Golem para ser irradiado junto com a detonação da primeira bomba atômica no marco zero. Foto: Aeroflap.
Parsons e Hubbard estavam obcecados com a ideia de que este cilindro tinha sido um meio de animar radioativamente um feto Golem, conhecido na alquimia como um “homúnculo”, e que este homúnculo representou a primeira criação de vida artificial na Terra desde a criação do rabino, talmudista e matemático austríaco Judah Löw Ben Bezaleel, mais conhecido por Rabino Löw (1525-1609), que completou a iniciação oculta de John Dee em Praga, onde este aprendeu gematria, a prática cabalística de substituir números pelas letras de uma palavra para obter seu significado oculto. Como já vimos, Dee chamou a essa linguagem do crepúsculo de “enoquiana”, e ocultando seu jargão cabalístico, afirmou que “anjos” haviam revelado a ele e a seu assistente Edward Kelley, “grandes tábuas com letras incomuns” que formavam a língua mais antiga de todas, a “língua dos anjos”, que consiste em “uma série de palavras sagradas”. Parsons era um avatar dessa linguagem e sua loja O.T.O. transmitiu a mesma gnose que Dee havia recebido.
O feto teria sido irradiado com a explosão do teste da primeira bomba atômica no Novo México. Parsons, em obediência cega a Lúcifer, usou o feto para testar o fenômeno luciferiano que os cabalistas costumam chamar de “a força demoníaca do fogo atômico”. Na tradição interna da O.T.O., explicou Hoffman, “ a energia nuclear é considerada uma forma de consciência diabólica, uma entidade demoníaca literal por direito próprio”. Hoffman cita Aleister Crowley que alegoricamente chamou-o de um poderoso ser: “...os mágicos procuraram fazer este homúnculo... eles começaram a tentar fazer o homúnculo em linhas muito curiosas... Além disso, e isso é o ponto crucial, eles pensaram que, ao realizar este experimento em um lugar especialmente preparado, um lugar magicamente protegido contra todas as forças incompatíveis, e invocando naquele lugar alguma força que eles desejavam, algum ser tremendamente poderoso – e eles tinham conjurações que eles pensavam ser capazes de fazer isso – viria a causar a encarnação de seres de infinito conhecimento e poder que levariam o mundo inteiro em direção da Luz e da Verdade.”
Este lugar mágico, “protegido de todas as forças incompatíveis”, foi Alamogordo, no Novo México, a “Terra do Encantamento”, protegido da histeria da guerra sob o estado de segurança nacional.
Hoffmann prossegue esclarecendo que a gênese desse homúnculo irradiado pelo fogo atômico foi inspirada na enigmática sigla “INRI” de Albert Pike, grau 33 e Soberano Grande Comendador da jurisdição do sul do Rito Escocês no século XIX: Igne Natura Renovatur Integra (“Nascer pelo Fogo Renova a Vida”). Esta é uma paródia da sigla INRI pregada na Cruz acima de Cristo: Iesus Nazaraeus Rex ludaeorum (“Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus”).
A matéria morta animada (homúnculo) era a da O.T.O., a “Criança do Novo Aeon” simbólica, a “Criança da Lua” da Terra da Morte (Egito), ou seja, Hórus, filho de Ísis, “o Bebê de Rosemary”. A doutrina da O.T.O, refletindo a antiga tradição ocultista, afirma que somente mantendo a primeira animação do homúnculo encarnada na terra, poderia adulterar a natureza avançando para o estado de engenharia genética, clonagem e bestialidade do xenotransplante (processo de transferir cirurgicamente um tecido de uma espécie para outra distinta) que se tornaram práticas usuais da ciência. Parsons, Hubbard e a O.T.O., em associação com outros cientistas do Laboratório Nacional de Los Álamos, da JPL, da Caltech e da Aerojet, estavam envolvidos em eventos científicos e cerimoniais destinados a manter esse homúnculo vivo na terra.
O portal aberto com a explosão da primeira bomba atômica, teria sido ampliado por Parsons e seu parceiro Hubbard (que na ocasião usava o pseudônimo “Frater H”) em 1946 com o trabalho de Babalon propriamente dito, que buscava trazer a este plano astral a própria deusa Babalon. Estes que foram considerados os rituais cabalistas mais pesados já realizados, tiveram início em 1º de março de 1946 na mansão de Parsons, "o Presbitério". Parsons escreveu um relato bastante detalhado do “Magnum Opus”, que começou com Hubbard afirmando: "O ano de Babalon é 4063. Ela é a chama da vida, o poder das trevas, ela destrói com um olhar, ela pode levar tua alma. Ela se alimenta dos (fins) dos homens. Bela e horrível." No terceiro dia, Hubbard e Parsons integraram fluidos reprodutivos nos rituais: "Estenda um lençol branco. Coloque sobre ele o sangue do nascimento... pense nas coisas obscenas e lascivas que você não poderia fazer. Tudo é bom para Babalon... A luxúria é dela, a paixão é sua. Considere tu, a Besta [violando]." No dia seguinte, Hubbard presidiu um "frenesi sexual" entre ele e uma mulher que havia sido recrutado para as cerimônias. Ao longo de duas semanas, Hubbard e Parsons tentaram introduzir a criança astral no mundo, os dois envolvidos em cânticos rituais, desenhando símbolos ocultos no ar com espadas, pingando sangue animal em runas e se divertindo para "impregnar" tabuletas mágicas.
Em uma das façanhas mais célebres da história do satanismo, Parsons se tornou um irmão negro da Cabala, mago negro do caminho da mão esquerda da tradição do judaísmo místico, convertendo-se no próprio mal. De acordo com Hubbard, durante o ritual, Parsons abriu um buraco no espaço-tempo, um portal interdimensional, e algo maligno saiu de lá.
Por esse portal é que muitos pensam teriam chegado os OVNIs que inauguraram a Era Moderna dos Discos Voadores um ano e meio depois, em 24 de junho de 1947, com o avistamento do piloto Kenneth Arnold (1915-1984) sobre as Montanhas Cascade no estado de Washington, e alguns dias depois, no começo de julho, com até mesmo a queda e a captura de um deles em Roswell, no Novo México. Não é à toa que para certos círculos oficiais, Parsons seria a figura-chave que explicaria não só o surgimento do Fenômeno OVNI na segunda metade do século XX, como também revelaria a sua origem demoníaca. Numa certa ocasião, Parsons e Hubbard passaram cerca de 40 dias no Deserto de Mojave, região situada ao sul da Califórnia, sudoeste de Utah, sul de Nevada e noroeste do Arizona, realizando ostensivamente rituais de invocação de alienígenas baseadas nas do próprio Crowley e que anos depois seriam praticados pelos ufólogos sem que tivessem a noção de que não estariam fazendo mais do que replicar o modus operandi dos satanistas. E como já vimos no capítulo anterior, esta não foi a primeira vez em que um portal dimensional teria sido intencionalmente aberto.
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Kenneth Arnold, que relatou ter avistado nove objetos circulares perto do Monte Rainier em 24 de junho de 1947, inaugurando a Era Moderna dos Discos Voadores, visto aqui em foto de 1966. Foto: Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
O portal aberto por Crowley se ampliou desde então, graças às explosões nucleares e aos “ajustes” herméticos adicionais de Parsons. Crowley e seus amigos tiveram sucesso em abrir esses portais, mas falharam no fechamento deles. O que seus esforços podem ter conseguido foi a ampliação drástica e a destruição de um portal mágico existente e o subsequente não fechamento dele. Talvez o rasgo que eles criaram não tenha sido possível fechar.
No início de 1946, Hubbard e Sara convenceram Parsons a abrir um negócio juntos, comprando iates na Costa Leste e navegando com eles para a Califórnia para vendê-los com lucro. Eles estabeleceram uma parceria comercial em 15 de janeiro sob o nome de “Allied Enterprises”, com Parsons investindo um capital de US$ 20.000 (e que consistia em todas as suas economias), Hubbard acrescentando US$ 1.200 e Sara não contribuindo com nada. Hubbard e Sara partiram para a Flórida no final de abril, com Hubbard levando consigo US$ 10.000 retirados da conta da Allied Enterprises para financiar a compra do primeiro iate da parceria. Semanas se passaram sem notícias de Hubbard, que fugiu levando consigo o dinheiro.
Parsons inicialmente tentou obter reparação por meios mágicos, realizando um “Ritual de Banimento do Pentagrama” para amaldiçoar Hubbard e Sara, mas depois recorreu a meios mais convencionais para obter a reparação, processando o casal em 1º de julho no Circuit Court em Dade County. Parsons acusou Hubbard e Sara de quebrar os termos de sua parceria, dissipar os bens e tentar fugir. O caso foi resolvido fora do tribunal onze dias depois, com Hubbard e Sara concordando em reembolsar parte do dinheiro de Parsons enquanto mantinham um iate, o Harpoon, para eles. O barco logo foi vendido para aliviar a falta de dinheiro do casal. Sara conseguiu dissuadir Parsons de pressioná-los, ameaçando expor seu relacionamento anterior, que começou quando ela era ainda menor de idade. Hubbard e Sara se casaram no meio da noite de 10 de agosto de 1946 em Chestertown, Maryland, isso enquanto Hubbard ainda não tinha se divorciado legalmente de sua primeira esposa, Margaret Louise “Polly” Grubb (1907-1963).
Em suma, Parsons perdeu a maior parte de sua forturna no golpe, a empresa se desfez, e Hubbard e Sara fundaram juntos uma nova religião, a Cientologia, baseado em tudo o que tinham aprendido com Parsons e a Thelema.
Sara, uma figura importante no ramo de Pasadena da O.T.O., onde era conhecida como “Soror (Irmã) Cassap”, desempenharia um papel importante na criação de Dianética, que evoluiria para o movimento religioso da Cientologia, a “ciência moderna da saúde mental” de Hubbard. Ela foi a auditora pessoal de Hubbard e, juntamente com ele, um dos sete membros do Conselho de Administração da Fundação de Dianética. No entanto, o casamento foi seriamente perturbado. Hubbard iniciou uma campanha prolongada de violência doméstica contra ela e a sequestrou e sua filha pequena. Hubbard espalhou alegações de que ela era uma agente secreta comunista e a denunciou repetidamente ao FBI, que se recusou a tomar qualquer atitude, categorizando Hubbard como um “caso de patologia mental”. O casamento terminou em 1951 e gerou manchetes escandalosas nos jornais de Los Angeles. Posteriormente, ela se casou com um dos ex-funcionários de Hubbard, Miles Hollister, e se mudou para o Havaí e depois para Massachusetts, onde morreu em 1997.
A traição de Betty e sobretudo de Hubbard deixará uma marca indelével na alma de Parsons. Após este incidente, ele se desligou da O.T.O. Sua busca mágica continuou na solidão, concentrando-se no realizando um ritual de quarenta dias chamado "Oath of the Abyss" ('Juramento do Abismo"), que Parsons descreverá mais tarde como "loucura e terror". Ele fazia rituais usando pentagramas, escrituras obscuras e sua “varinha mágica” para criar um vórtice de energia para que o elemental fosse convocado. Sem eufemismos, Parsons se masturbava em “tabletes mágicos” ao som do Segundo Concerto para Violino do russo Serguei Sergueievitch Prokofiev (1891-1953) em nome do avanço espiritual, enquanto Hubbard (referido como “O Escriba” no diário do evento) examinava o plano astral em busca de sinais e visões.
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Rara foto de Jack Parsons tirada na época em que conheceu Marjorie Cameron.
Quando a atriz Marjorie Cameron (1922-1995), uma flamejante ruiva de olhos verdes visitou Parsons em sua mansão “The Parsonage” em 18 de janeiro de 1946, uma sexta-feira, logo em seguida à finalização da série de rituais Babalon, Parsons imediatamente pensou que suas tentativas de evocar sua mulher perfeita haviam funcionado e viu nela a Mulher Escarlate almejada, a deusa Babalon em forma humana que daria à luz um “Moonchild” ou homúnculo que nas palavras de Crowley seria “mais poderoso do que todos os reis da terra”.
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A "ruiva escarlate" Marjorie Cameron em relação tórrida com Jack Parsons. Foto: Cameron-Parsons Foundation.
Ambos sentiram uma atração imediata e irresistível um pelo outro e passaram a viver juntos. Durante duas semanas, ficaram trancados no quarto de Parsons onde realizaram “rituais de magia sexual”. Em uma carta a Crowley datada de 23 de fevereiro de 1946, Parsons exclamou: “Eu tenho o meu elemental! Ela chegou uma noite após a conclusão da operação e tem estado comigo desde então.” Cameron não fazia ideia de que ela havia sido “invocada” dessa forma. Ela se tornou sua musa e foi tema de um livro de poesia que Parsons escreveu na época. Em outubro do mesmo ano, se casaram.
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Jack Parsons com segunda esposa Marjorie Cameron, a "Mulher Escalate". Note o objeto preto na mesa que parece um disco voador. Foto: Cameron-Parsons Foundation.
Marjorie Cameron contou à sua colega de profissão em Hollywood, a atriz austríaca Renate Druks (1921-2007), a respeito de seu batizado cabalista no rito babilônico, o qual se realizou na presença de Hubbard. A operação foi formulada para abrir um portal interdimensional, estendendo o tapete vermelho para o aparecimento da deusa Babalon em forma humana empregando as chamadas Enochianas (linguagem angelical) do mago elisabetano John Dee e a atração da força sexual da cópula para este fim.
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Nos anos 40, Cameron ingressou na Marinha dos Estados Unidos, onde desenhou mapas para almirantes e trabalhou em uma unidade fotográfica durante a Segunda Guerra Mundial. Cortesia da Cameron-Parsons Foundation.
Renate atuaria em 1954 no média metragem de 38 minutos Inauguration of the Pleasure Dome, que reflete o profundo interesse de seu roteirista e diretor, o cineasta underground Kenneth Anger (1927-), pela Thelema, conforme atestado pela presença da própria Marjorie Cameron no papel da “Mulher Escarlate”, isso mesmo, enquanto Renate fez o papel de Lilith e a famosa escritora pornográfica Anaïs Nin (1903-1977) o de Astarte. O conceito de Crowley de uma festa de máscaras ritual onde os participantes se vestem como deuses e deusas serviu de inspiração direta para o filme em que personagens históricos, bíblicos e míticos se reúnem na cúpula do prazer e se tornam parte de um banquete visual de imagens sobrepostas, alucinações e decadência. A Mulher Escarlate, Prostituta do Céu, fuma um baseado grande e gordo. Lady Kali abençoa os ritos dos filhos da luz enquanto o Senhor Shiva invoca a divindade com a fórmula “Força e Fogo”.
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Marjorie Cameron interpretando a si mesma, a "Mulher Escarlate", no filme Inauguration of the Pleasure Dome, de Kenneth Anger.
Marjorie conta que durante a cerimônia de sua iniciação na Thelema, Jack foi possuído pelo espírito do Anticristo e no mesmo momento manteve relações sexuais com ela, que engravidou gerando aquilo que a Cabala chama de “Golem”. A Cabala ensina que a matéria morta pode ser reconduzida à vida, como um Golem, por meio de encantamentos e mantras ocultistas, e que “Ele [Adão] foi trazido à vida pelo sopro de Deus, mas antes disso, ele era chamado de Golem (Golan). Deus o criou do mais fino barro retirado, segundo a tradição judaica, do topo de Monte Sião, considerado o centro ou umbigo do mundo.”
Ao seu antigo professor, Parsons contou que o feto foi abortado e retirado do ventre de Cameron, e o “tecido fetal” entregue a agentes do governo, que, acreditava a O.T.O., tinham custódia do homúnculo. Que uso preciso foi feito dos restos mortais do bebê abortado são desconhecidos.
Cerca de dois anos depois, em 31 de outubro de 1948, Parsons contou a Marjorie que o Golem havia sobrevivido, e que era uma menina. Parsons proclamou o aspecto espiritual desta encarnação de “Babalon” como uma afinidade entre ela e o movimento de libertação das mulheres, que esse tempo estava em sua infância. Ele escreveu: “Seu espírito está dentro de todas as mulheres para proclamar sua igualdade com os homens”. Segundo Parsons, ela se tornaria uma figura pública internacional dedicada a levar a cabo o trabalho do Anticristo: “Babalon está encarnado na Terra hoje, aguardando a hora certa de sua manifestação...” Naquele ano, Jack Parsons batizou a si mesmo com o nome ocultista de Belarion Armillus Al Dajjal, que significa “o Anticristo”. Esse cabalista entendia que Jesus Cristo e o Cristianismo eram inimigos do desenvolvimento da civilização humana, e, portanto, deviam ser banidos.
Com o início da Guerra Fria e o macarthismo em curso, todos os acadêmicos suspeitos de serem simpatizantes do comunismo foram excluídos e muitos de seus colegas perderam o certificado de segurança, acabando desempregados. Em 1951, Parsons perdeu o seu e quase foi processado por traição por passar documentos sigilosos de seu então empregador, a Hughes Aircraft Co. [pertencente ao aviador, engenheiro aeronáutico, industrial, produtor e direitor de cinema Howard Robard Hughes Jr. (1905-1976)], para o nascente governo israelense com quem estava negociando um foguete. Parsons foi investigado pelo FBI, acusado de espionagem pelo governo norte-americano e impedido de trabalhar com foguetes. Ele não foi considerado culpado, mas sua carreira científica terminou. Ele se viu obrigado a ganhar dinheiro como trabalhador braçal, auxiliar de hospital e mecânico de automóveis. Tendo sido expulso da ciência, Parsons tornou-se ainda mais profundamente arraigado no ocultismo.
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Documento confidencial do FBI de novembro de 1950 sobre alegações de espionagem contra Parsons. Fonte: Encyclopedia.
Algo deu errado, porém. O tapete vermelho foi estendido, mas a criança física não foi concebida. Em 13 de abril de 1951, Parsons e Cameron realizaram um estranho ritual que misturava o rito de invocação a Babalon e a cerimônia tradicional do casamento pagão, o Handfasting. Ali, naquela sombria sexta-feira 13, foi semeado no ventre da Mulher Escarlate o Anticristo espiritual, não encarnado. Marjorie, que mais tarde participaria do movimento iconoclasta e contracultural do sul da Califórnia, declarou que Parsons, possesso pela entidade Belarion Armillus Al Dajjal, o “Anticristo”, tentou engravidá-la sexualmente.
A devotada vida de Parsons chegou ao fim com um estrondo monumental pouco mais de um ano depois, em 17 de junho 1952. Pouco antes de uma viagem planejada para o México, Parsons recebeu uma grande encomenda de explosivos para um filme. Outrora um titã em sua área, Parsons passou seus últimos dias aplicando suas habilidades na criação de pirotecnia e explosivos para a indústria cinematográfica, mais especificamente para a Special Effects Corp. Enquanto Marjorie fazia compras para as férias planejadas, Parsons preparava o pedido em seu laboratório doméstico na 1071 South Orange Grove, antiga fazenda Cruikshank, um terreno na Millionaires Row, repleto de compostos e produtos químicos voláteis, quando acidentalmente, segundo a versão oficial da polícia, deixou cair um tubo de mercúrio e explodiu a si mesmo em pedacinhos.
A explosão mortal que foi sentida a um quilômetro de distância, destruiu o laboratório na garagem de Parsons, danificando seu braço direito e quebrando o outro braço e as duas pernas e deixando um buraco em sua mandíbula. Em meio aos destroços, havia páginas espalhadas, cobertas por símbolos como pentagramas e textos escritos em idiomas desconhecidos. Ele morreu 45 minutos depois.
Não houve funeral para Parsons. Quando sua mãe ouviu a notícia, ela ficou tão atormentada que se juntou a ele na morte, engolindo um frasco de pílulas para dormir. Apesar das especulações de suicídio ou assassinato, a polícia considerou a sua morte como um acidente. Várias teorias sugerem que a explosão foi resultado de velhos rancores de seus inimigos, uma conspiração sinistra do FBI, um experimento mágico-científico que deu errado, o fato de sua garagem estar repleta de produtos químicos explosivos ou uma combinação de algumas delas. O FBI rapidamente entrou em cena e misteriosamente apreendeu todos os seus registros e notas, que permanecem “classificados” até hoje. Entre os seus pertences, havia uma caixa preta quadrada coberta de símbolos mágicos, cujo paradeiro é totalmente desconhecido.
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A foto da misteriosa caixa preta coberta de símbolos ocultistas provavelmente apreendida pelo FBI em foto do jornal LA Herald Express de 18 de junho de 1952. Fonte: Caltech.
A despeito de tantas e tão elevadas ambições herméticas, as vidas de Crowley, Parsons e Hubbard tiveram um fim trágico, afinal de contas. Crowley morreu como um pobre viciado em heroína em 1º de dezembro de 1947, e Hubbard morreu de um derrame em 1986.
A recorrência às “forças da escuridão” para operar e governar este mundo era justificada por Parsons como um expediente para acelerar a história e antecipar a chegada de uma nova era que, conforme escreveu em seu Manifesto do Anticristo, poria “Um fim às pretensões do homem ocidental, escravocrata da suposta nova ordem mundial (...) o verdadeiro e derradeiro fim da hipocrisia do cristianismo; o fim de toda servitude moral; o fim da culpabilidade e do medo; o fim de toda autoridade que não seja representada pela coragem e pela força inteligente; o fim da autoridade de religiosos podres, policiais corruptos e descumpridores da lei e ordem que deveriam preservar; o fim da mediocridade (...) das areias da Babilônia surgirá o espírito do Anti-Cristo no século XXI.”
A perfeição cósmica almejada por Parsons não era diferente, afinal, do super-homem de Nietzsche e do objetivo final buscado pelos revolucionários de todas as matizes. Grande parte do mal que hoje se manifesta no mundo não estaria sendo gerado precisamente por homens imbuídos desse tipo de filosofia e mentalidade revolucionária, homens que criam os problemas e se tornam os problemas porque pensam que o mundo deve ser “purificado” do mal por meio do próprio mal?
Apelar às forças do mal a fim de combater o mal equivale a apelar à guerra a fim de evitar a guerra. Pretender extinguir o mal introduzindo mais mal no mundo é a essência mesma do satanismo, essência essa cultivada pelos cientistas do CERN ao continuarem realizando os grandes rituais de Parsons no LHC. Em tempos modernos, ocultistas como John Dee, Aleister Crowley, L. Ron Hubbard e Jack Parsons reivindicaram ter aberto buracos de minhoca utilizando métodos mágicos. Seria também coincidência que o logotipo do CERN seja composto pela repetição por três vezes do número 6, o que resulta no número da “Besta do Apocalipse” 666, usada por Crowley?
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falangesdovento · 6 months
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Qual a melhor forma de criar escravos-zumbis obedientes, controláveis, inúteis e sem vontade.
➠Coloque flúor na pasta de dente
➠Mercúrio nos dentes
➠Glifosato na comida
➠Remova vitaminas e minerais dos alimentos
➠Vacine-os com substâncias tóxicas
➠embaça-os com chemtrails
➠embaça suas mentes com hipnose televisiva, revistas de fofocas e notícias de manipulação direcionada
➠Feche chakras importantes p.ex. pelo batismo
➠Esconde o verdadeiro conhecimento de saúde e doença
➠Traga massas de falso conhecimento sobre saúde e doença
➠Crie muitas leis difíceis de entender, contraditórias e, portanto, opacas
➠Traga conhecimento contraditório às massas para que elas briguem e se dividam
➠Torne tudo o que é certo, verdadeiro e importante algo ridículo e errado
➠Forçá-los à adaptação máxima em tenra idade e suprime suas necessidades e o seu entusiasmo natural (escola)
➠Ensine a eles a se submeter incondicionalmente às autoridades
➠Distraia-os do essencial com pão e jogos. Instale esportes, cultura, jogos de computador, programas de TV, aplicativos móveis...
➠Ensine a eles que não há Deus
➠Ensine a eles que não há nada de mal
➠Ensine a eles que é melhor ser egoísta e sempre só prestar atenção à própria vantagem
➠Traumatize-os, o mais cedo possível, por estresse/trabalho durante a gravidez, alimente o medo das gestantes de danos ao desenvolvimento da criança, faça ultra-som, os dê medicação, evite partos naturais, corte o cordão umbilical imediatamente após o nascimento, aconselhe contra a amamentação, apoie o treinamento de sono e aguentar os gritos, força a mãe a trabalhar
➠Desvalorize a mãe
➠Descreva famílias com 3 ou mais filhos como antissociais
➠Aumente a exposição à radiação selecionando frequências prejudiciais em vez de frequências agradáveis para a transmissão de celulares
➠Produza massas de plástico que acabam se incorporando em suas próprias células
➠Mantenha-os pobres com impostos que você chama de “solidários, sociais ou necessários”
➠Mostre constantemente a eles que não podem acreditar em seus próprios sentidos, em sua própria percepção, mas apenas em uma ciência (enganosa)
➠Instale uma imagem completamente errada de seu verdadeiro habitat (terra) por todos os meios
➠Instale religiões diferentes para que elas se percam e discutam
➠Crie fome e falta no mundo, mas também abundância, para que a inveja e o ódio surjam e nunca os mantenham unidos
➠Destrua sua sexualidade sagrada com pornografia mais baixa
➠Deixe-os se sentirem sozinhos e isolados do mundo espiritual
➠Suprimir a clarividência deles por todos os meios
➠Faça eles ter medo
- da morte
- de doenças
- das autoridades
- da perda de existência
- de ficar sozinho
- dos sentimentos
- do amor..”
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amusasolitaria · 8 months
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TEMA: ESCRITA CRIATIVA
LISTA DE GÊNEROS PUNK
fontes:
Escrita Selvagem
Sorcerer of Tea
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Bom dia/Boa Tarde/Boa Noite
Novamente. Me proponho aqui a compartilhar uma lista dos muitos gêneros literários, — só que agora, gêneros punk de ficção científica — que permeia o nosso ofício artístico. Espero que possa ser útil na sua jornada como é na minha. E claro, só estou repassando algo que o site 'Escrita Selvagem' fizera, e eu tomei a liberdade de compartilhar com vocês. Boa parte do texto seguinte foi extraído do post do dito site
E gente, sendo informal, eu adoro gênero punk sksksk
Apresentação do site 'Escrita Selvagem', segue abaixo:
Dos gêneros punk na ficção, pode ser que você conheça nomes como cyberpunk, steampunk, solarpunk, dieselpunk e outros que ficaram famosos com o tempo.
A palavra “Punk” é uma daquelas que teve seu significado alterado conforme o tempo. Além disso, para complicar as coisas, usamos esse termo para descrever diversos subgêneros da ficção científica e isso saiu do controle nos últimos anos.
PRÓLOGO
A Cultura Punk
A cultura punk é denominada pelos estilos dentro de uma subcultura e tribo urbana que possuem características semelhantes ao que se identifica como punk. Alguns exemplos deste grupo são, o princípio de autonomia, da aparência mais agressiva, sarcasmo, niilismo e subversão da cultura de massa.
Pode parecer curioso, mas o estilo punk que se expandiu para a música, moda, design, artes plásticas, entretenimento e meios literários, teve sua origem num contexto de contracultura, como reação frente a não violência dos hippies e à opressão do elitismo cultural.
Os comportamentos sociais incluem princípios éticos e políticos, dentre estes a literatura como expressão linguística que ainda tem como base quebrar os padrões pré-estabelecidos do que era literatura e trazer pautas e questões importantes à sua época.
Quais são as características dos gêneros punk?
As premissas básicas dos livros de ficção cientifica é o foco na tecnologia, embora os termos que vem antes de “punk” definem de fato qual o tipo específico de tecnologia que estamos falando. Entretanto, quase em todos há o elemento de rebelião, onde membros marginalizados da sociedade(um dos significados originais da palavra punk) buscam seu lugar em meio as massas de autômatos.
Um ponto a ser observado, é a questão de como é usado o termo retrofuturismo para descrever o punk de ficção científica, pois muitos subgêneros punk são baseados em períodos históricos, mas com toques futuristas. Por exemplo, em steampunk que se usa a tecnologia do vapor em máquinas quase que futuristas e que não eram possíveis na época de sua utilização.
Lista de Gêneros Punk na Ficção
Agora, vamos falar dos vários subgêneros da ficção cientifica que utilizam do sufixo punk. Não somente, mas reforçar que como novos surgem de tempos em tempos, um ou outro pode ter ficado fora desta lista e ainda ter sido alterado quanto a sua descrição.
Cyberpunk: o gênero te foco na tecnologia e cibernética, onde há alta tecnologia e baixa qualidade de vida, normalmente se passa no presente ou em um futuro próximo. Exemplos: Trilogia Sprawl, Blade Runner, Ghost in the Shell, Periféricos, Fluam, minhas lágrimas, disse o policial
Fantasy Cyberpunk / Cyber Urban Fantasy / Fantasia Científica Cyber: pega muito do Cyberpunk mas com elementos de fantasia. Exemplos: Shadowrun, e na série de jogos Final Fantasy (podendo ser encontrado principalmente nos jogos, 6, 7, 8 e 13)
Hopepunk: subgênero da ficção especulativa onde mesmo em cenários hostil e distópico, os personagens usam como motor narrativo a esperança de fazer a coisa certa. Por sua vez ditando que fazer o bem não é um ato de fraqueza, mas sim político e rebelde. Exemplos: O Conto da Aia, Jogos Vorazes, Divergente
Splatterpunk / Horrorpunk: foco nos elementos sobrenaturais e de terror, normalmente bastante exagerados e podendo conter tecnologia maquinal ou biológica. Exemplos: Alguns contos de H.P. Lovecraft conseguem de encaixar neste gênero, quando observamos o grotesco como enredo.
Afrofuturismo/Afrofuturepunk: O afrofuturismo imagina a cultura, a arquitetura e a tecnologia tradicionais africanas num contexto de ficção científica. Ex: Pantera Negra, Pantera Negra: Wakanda Pra Sempre
Stonepunk: aqui tecnologias anacrônicas da idade da pedra ou primitivas, onde essas sociedades podem ou não ser muito modernas apesar do uso da tecnologia. Exemplos: Os Flintstones, Os Croods, Dr. Stone.
Sandalpunk/Bronzepunk: foco na tecnologia da idade do bronze e do ferro, até mesmo com aqueles famosos autômatos de bronze criados por inventores míticos das lendas de Romanas ou Gregas. Exemplos: Atlantis o império perdido, Jasão e os Argonautas, 300 de Esparta, Xena
Castlepunk/Middlepunk / Candlepunk : Middlepunk (da Idade Média) é ficção científica retrô usando tecnologia da idade média.
Plaguepunk: refere-se especificamente ao período entre a Peste Negra e a Renascença. Warhammer 40k é talvez o que mais se aproxima de uma mídia popular que explora esse gênero, mas apenas de passagem.
Aetherpunk/Magic Punk: aetherpunk ou magicpunk (também tem alguns outros nomes) é provavelmente um dos mais diversos gêneros de ficção punk. A magia de alta fantasia cria uma tecnologia mais adequada a um mundo de ficção científica, de naves celestes mágicas a armas movidas a éter, com muito ouro e coisas douradas por algum motivo. Os cenários de Eberron e Kaladesh da Wizards of the Coast levam Aetherpunk em duas direções diferentes, mais sombrio no caso de Eberron, e mais art nouveau para Kaladesh, enquanto a classe de artilheiro de TERA dá um toque distintamente asiático à estética.
Subgênero, Dungeonpunk: gênero que se alimenta nos elementos medievalismo, ficção e fantasia onde a magia e poderosos artefatos substituem ou se mesclam com a tecnologia. Dungeon punk pega a ideia de tecnologia mágica, torna-a mais corajosa e mistura fantasia heróica e tropos de espada e feitiçaria. Imagine bruxos de sobretudo e cocaína mágica sendo vendida nas esquinas das cidades. Dungeon punk pode ser considerado Aetherpunk cínico. Ex: Dwemer de Skyrim e Adventure Time, Ravnica , outro cenário da Wizards of the Coast, é um exemplo frequentemente citado de Dungeonpunk, e Shadowrun mistura Dungeon Punk com Cyberpunk. E muitos de outros RPG de mesa como Eberron, Dragonlance e outros que tiveram livros publicados entram neste gênero.
Dreadpunk: Dreadpunk concentra-se na estética do terror anterior ao século XX. Em vez de tecnologia, ele se concentra em um século XIX sobrenaturalmente reimaginado. Não está claro como ele difere do terror gótico. Ex: Bloodborne, seções dos jogos Dark Souls , Sweeney Todd e Abraham Lincoln, Vampire Hunter atendem alguns dos requisitos do gênero.
Clockpunk / Clockworkpunk: foco na tecnologia de engrenagens e mecanismos de relógio de corda, normalmente passando na renascença ou Barroco. Ex: O labirinto do Fauno, Hugo, Chrono Cross, Final Fantasy IX
Mannerspunk: Mannerspunk é o período da Regência que se tornou punk. Muitas vezes se sobrepõe ao steampunk e basicamente é Fantasy of Manners tornado tecnológico.
Mesopunk : Estética mesoamericana levada ao extremo da ficção científica.
Whalepunk: Tecnologia retrofuturista de inspiração vitoriana que funciona com óleo de baleia. Inspirado no jogo Dishonored.
Yurtpunk / Punkistan / Steppepunk: gênero punk futurista que leva às estrelas a arquitetura e a cultura inspiradas no orientalismo e no Oriente Próximo.
Steampunk (vaporpunk): gênero famoso, focado em tecnologias a vapor que podem ou não ter também outras tecnologia no mesmo universo, normalmente se passa na Era Vitoriana. Ex: Reinos de Ferro, Liga Extraordinária, Fullmetal Alquimist, Steamboy, A Lição de Anatomia do Temível Dr Louison.
Subgênero, Tupinipunk: elementos fantásticos das lendas e contos brasileiros que usam quaisquer tecnologias, mas geralmente steampunk e podem passar em qualquer período. Ex: O Legado de Avalon, Cidade Invisível
Subgênero, Weird Steampunk / Gaslamp Fantasy: o foco é no estranho e com elementos sobrenaturais, muito conectado com o steampunk. Ex: O castelo animado, Stardust
Subgênero, Cattlepunk / Cowboypunk / Westernpunk / WildWestpunk: o Steampunk encontra o velho-oeste basicamente. Ex: A Torre Negra, Westworld
Subgênero, Weird Cattlepunk / Weird West: quando o velho-oeste encontra o terror sobrenatural. Ex: Faroeste Arcano RPG
Subgênero, Space Cattlepunk / Space Western: quando o velho-oeste vai ao espaço e além. Ex: Cowboy Bebop, Série Firefly, Battlestar Galactica
Dieselpunk: gênero focado em combustão interna e eletricidade, normalmente entre os anos 20 e 50, é a geração a frente do Steampunk. E também seus subgêneros. Ex: Capitão Sky e o mundo do Amanhã, Metrópolis, Hellboy, Cidade das Crianças Perdidas
Subgênero, Weird Dieselpunk / Splatter Dieselpunk: Dieselpunk com elementos de terror exagerado ou sobrenatural. Ex: DarkCity, A Múmia, Ghoul
Subgênero, Decopunk / Diesel Deco: Dieselpunk encontra a arte deco, a arquitetura e a estética costumam ser as tecnologias mais avançadas. Ex: Batman a Serie Animada, Black cat, Femme Noir
Subgênero, Weird Decopunk / Diesel Noir: muito mais sombrio, cínico e corrupto, o crime e gângsteres estão em todos os lados. Pode ter elementos de ocultismo, mas não é habitual. Ex: O chamado de Cthulhu, Marvel Noir, O Sombra,
Subgênero, WW Dieselpunk / Diesel Weird War: Dieselpunk durante as guerras mundiais, com elementos de terror, sobrenatural ou magia, mas não necessariamente. Ex: Leviatã: A missão secreta, Beemote, Golias, Indiana Jones
Subgênero, Fantasy Dieselpunk / Fantasy Decopunk / Fantastic Noir: mistura de elementos Noir com ficção cientifica, podendo conter magia e super ciência, ou nenhum. Exemplos: HQ Fábulas, Discworld
Teslapunk: gênero focado em tecnologia elétrica fantástica, com base no inventor Tesla, por isso o nome. Exemplos: Teslagrad
Atompunk / Raygun Gothic: normalmente entre 1940s a 1960s, a tecnologia costuma ser exagerada com uma estética da época ou influenciada por ela e muito surrealismo. Exemplos: Fallout, Astro Boy, Os Jetsons
Raypunk: gênero que aponta para o infinito com sua arquitetura gótica. Focado no espaço sideral, nas tecnologias e nos alienígenas, aqui pessoas usam jetpacks e roupas de astronauta(bubblehead). Alem disso, muitas armas a laser fazem parte deste universo. Exemplos: Flash Gordon, The Ballad of Halo Jones, Barbarella
Formicapunk / Nowpunk/ Punk Punk / Cassette Futurism: normalmente entre 1970s a 2000s, costuma se passar em alguma realidade alternativa com uma tecnologia distópico ou anacrônica. Exemplos: Akira, Eles Vivem
Gothicpunk / Dark Urban Fantasy: normalmente de 1980s a 2000s, lembra o nosso mundo porém mais Noir e sombrio. Exemplos: Vampire A Máscara, O Corvo, Hellblazer, Blade, Constantine
Elfpunk: é um subgênero da fantasia Urbana, focado em fadas e elfos na era atual. Exemplos: Changeling RPG, Shanara Chronicles
Capepunk: cenário de super heróis focado no máximo de realismo. Exemplo: Hankcock, The Boys, Wild Cards, Heroes, Alphas, The 4400
Biopunk: ao invés de cibernética foca em engenharia genética, tecnologia orgânica ou biomodificações. Exemplo: A ilha do doutor Moreau, Frankenstein, Elfen lied, Gattaca: A experiências genética
Subgênero, Anthropunk/Furpunk: Uma proposta de subgênero do biopunk onde o futuro é ocupado por animais antropomórficos (furries) criados com engenharia genética.
Nanopunk: foca em nanotecnologia. Exemplo: Filme Transcendência, Deux EX
Oceanpunk / Seapunk / Waterpunk / Piratepunk: mundos aquáticos ou cenários dominados por vastos oceanos, podendo ou não ser pós-apocalíptico, mas a tecnologia costuma ser focada na água. Exemplo: WaterWorld, One Piece
Fantasy Seapunk: Seapunk unido com Elfpunk, normalmente focado em sereias e tritões ou cetáceos inteligentes. Exemplo: Still the water, Ponyo, Máscaras para os Mortos
Desertpunk / Sandpunk / Apunkalypse: Mundo com deserto, arenoso, queimado ou devastado, normalmente envolve sobrevivência. Exemplo: Trigun, Duna, Dark Sun RPG, A Estrada
Petrolpunk / Carpunk Desertpunk: focado em corridas ou guerras de carro, normalmente possui luta por combustível e comida. Exemplo: Mad Max, Tank girl
Frostpunk: semelhante ao Desertpunk porém em mundos gelados, congelados ou com inverno nuclear. Exemplo: Frostpunk the game, Expresso do Amanhã
Zombiepunk: variação pós apocalíptica ocorrida devido a zumbis. Exemplo: The Walking Dead, Z Nation, World War Z, Days Gone, Last of Us
Ecopunk/Greenpunk: O gênero imagina soluções ambientais e cultivadas para problemas das humanidades. Mais uma vez popular, muitas de suas características estéticas anteriormente distintas foram absorvidas pelo Solarpunk.
Flowerpunk: Punk baseado no consumo de seres vivos. Imagens como a colheita de fadas para obter seu sangue brilhante para fazer lâmpadas ou eletricidade alimentada pela alma são o cerne do flowerpunk.
Solarpunk: uma versão Cyberpunk mais otimista e mais limpa, com foco ecológico e no uso, claro, da energia solar. Exemplo: O planeta do Tesouro, Wall-E, Zootopia, Princesa Mononoke
Subgênero, Lunarpunk: Lunarpunk é simplesmente Solarpunk sem a estética art nouveau. Lunarpunk é sombrio e gótico, e muitas vezes inclui imagens de inspiração pagã, satânica ou wiccaniana. Ele retém as mensagens ambientais do solarpunk, apenas as coloca em diferentes armadilhas.
Subgênero, Tidalpunk: Se Solarpunk e Oceanpunk tivessem um filho, seria o Tidalpunk. Tidalpunk é sobre solarpunk no mar, reconstrução após as mudanças climáticas e aproveitamento da energia das marés.
Silkpunk: inspirado na antiguidade clássica asiático, com foco em tecnologia do papel, seda e bambu ou culturas do pacífico com foco em coco, penas e coral. Exemplo: The Grace of Kings, Jade City, The Tea and the detective, Monstress
Rococopunk: variante do Steampunk, pode ser tanto uma paródia ou comédia do Steampunk como um cenário completamente influenciado pela arte Rococo. Exemplo: Adam and the Ants
Chalcolithicpunk / Copperpunk: variante do Stonepunk que se passa na Idade do cobre, ou período entre o final da pré-história e início da historia. Exemplos: Glorantha RPG, Primeval Thule RPG
Mythpunk: subgênero da ficção mítica, usa elementos da literatura pós moderna mesclado com seus folclore e mitos. Exemplos: Deathless
Scavengedpunk: subgênero pós apocalipse ou de mundos desastrosos que foca numa cultura perdida que é sucateada para sobrevivência, alguns cenários apresentam uma nova raça que se desenvolveu, mas nem sempre. Exemplo: Rango, Vida de Inseto, Numenera
Bugpunk: União de Cyberpunk com Biopunk e fantasia. Exemplo: Série de livros Leviatã, Beemote e Golia
Transistorpunk / Psychedelicpunk: normalmente se passa nos anos 60 durante a guerra fria com muito uso de drogas surreais de efeitos diversos. Exemplo: A Scanner Darkly, Suspiria
Mannerpunk / Fantasy of Manners: literatura de fantasia com elementos de comédia, não necessariamente de humor, normalmente foca em maneirismo e classes ou estruturas sociais, passando na era pré-industrial ou anterior, pode ou não conter elementos de fantasia e sobrenatural. Exemplo: A pequena princesa, Orgulho Preconceito e Zumbis
Dreadpunk: união horror com o dark fantasy. Exemplo: Penny Dreadfull, A mulher de preto, Edward mãos de tesoura
Soundpunk / Rockpunk / Metalpunk: subgênero com tema musical ou qualquer elemento desde que o rock seja o principal, normalmente o Heavy Metal e suas variantes. Exemplo: Dio the RPG, Heavy Metal series
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