Toda experiência de intercâmbio começa bem antes da data de embarque
Uma vez li no livro “Maktub”, do Paulo Coelho, o seguinte trecho:
“A tradição acadêmica tem o ‘Ano Sabático’ a cada sete anos de trabalho, o professor passa um ano longe da universidade. Ao sair da rotina, ele abre espaço para novos conhecimentos.
Na antiguidade, os camponeses dividiam sua terra em sete terrenos: a cada ano, um deles ficava abandonado, sem produzir nada. Ali cresciam ervas daninhas, mato, tudo o que a natureza tivesse vontade de produzir sem interferência do homem. Desta maneira a terra se revigorava, e era capaz de - no ano seguinte - aceitar a semente do agricultor
Quem não para por livre vontade, termina sendo paralisado pela vida. Na Busca - como em tudo o mais - ação e inação tem mesma importância.”
A história desse blog/diário começa exatamente assim: com o fim de um longo período de sete anos de um tempo comum, depois de muito trabalho, esforço, tentativas de ser montar uma carreira, vitórias, derrotas e uma inevitável fadiga disto tudo.
Nisso não há nada de especial. Deve ser bem comum (para não dizer clichê) que todos nós, em algum momento, vamos querer jogar tudo para o alto e sair correndo, dar um “resset” na vida e recomeçar em uma ilha deserta sobrevivendo com as artes que a natureza dá para a gente, rs.
Lembram da história do “Comer, rezar, amar”? O que motiva a autora se desfazer de sua vida é justamente a ânsia em resgatar a própria vida. Em um instante tudo parece estar bem, mas no outro… que sentido tem? Você começa a questionar as escolhas que fez, suas virtudes e transgressões, as covardias de outros tempos que de vez em quando vem prestar contas… e de repente você está no seu trabalho com um laptop sofisticado, sob um gostoso ar condicionado, mas olhando para fora e pensando que precisa de ar fresco.
Mas não somente ar fresco. Acho que algo além, imperceptível aos olhos, mas talvez uma experiência mais profunda com a vida. Faz sentido isso que estou dizendo?
No dia 27 de setembro (depois de um longo processo seletivo e período de espera) estarei embarcado rumo a uma pequena cidade chamada Kilcullen, no condado de Kildare, Irlanda. Vou morar lá por 12 meses executando um trabalho totalmente abnegado envolvendo pessoas vulneráveis (mais à frente explico melhor). Antes disso eu era advogada (“era”, sim, pois a esta altura já cancelei minha OAB e estou dando graças a Deus por isso hehe).
Quando digo que o intercâmbio começa bem antes da data de embarque, quero dizer que trata-se de uma decisão profunda que começou em algum momento la atrás - diria que até anos antes - e que muito provavelmente resistimos. Não sei ao certo quando esta jornada começou para mim.
Talvez aos 8 anos de idade quando li um livro infantil sobre o Conde Drácula e fiquei encantada com o relógio Big Bang em Londres?
Acho que aos 15, quando iniciei o meu primeiro curso de inglês e amava a sensação de falar um idioma estrangeiro?
Ou aos 17 anos, em minha primeira grande crise existencial, quando queria loucamente ser aupair (e não tive autorização)?
Mas pode ser que tenha sido aos 23 anos também, quando tive um breve momento vitorioso de ter sido aceita em um mestrado nos Estados Unidos mas não pude ir porque era caro para caramba. O gosto da decepção foi bem amargo naquela época, rs.
E por fim… desconfio também que tenha sido recentemente, quando percebi que o meu então emprego havia se tornado detestável. Quem nunca?
Toda a ânsia de fazer a vida andar, somada a uma angústia de encontrar uma razão para viver (e que não envolva carreira, pelo amor de Deus), resultou nesse momento de agora.
Falta cerca de 1 mês para o embarque mas já vivo a experiência bem antes. Muito se aprende se despedindo das pessoas que você ama, das roupas que você mais gosta, dos móveis/eletrodomésticos que você parcelou em 12x sem juros, ou mesmo do status profissional que um dia se esforçou tanto para ter.
Meu objetivo, já deixo claro, não é transformar esse espaço em algo glamouroso e monetizado. Simplesmente me dei conta de que estou prestes a viver algo incrível e tenho certeza que há muitas lições para se extrair nesses próximos 12 meses. Então criei um espaço onde eu pudesse me expressar, dividir pensamentos, fotografias, sem a pressão de ter que fazer disso uma coisa… épica?
Enfim, trata-se de um simples diário. Estou tentando deixar de lado o meu dilema “quero tanto dividir essa experiência x odeio rede social e exposição.” Creio que, de alguma forma, aquilo que nós temos - seja uma experiência, um talento, um item qualquer - seja útil a alguém.
E é por isso que deixo este espaço aberto para todos os que verdadeiramente queiram me acompanhar. ❤️
(Bora né? A jornada é longa e tem muita coisa ainda para aprender!)
Não tem nada que anime e crie mais expectativas no mundo mágico do que a possibilidade de uma Copa Mundial de Quadribol. Responsável por unir diversos países, trazer o intercâmbio de culturas e fomentar o comércio local, a Copa talvez esteja mais longe do que espera-se. O torneio tradicionalmente ocorre a cada quatro anos, trazendo para a cidade sede milhares de espectadores. Bruxos de todo o mundo acampam nos arredores dos estádios, vestem as cores de seus times e se unem numa torcida extraordinária, onde são um só.
Desde o fim da guerra o mundo mágico passa por uma série de medidas para recuperar o que foi perdido e danificado, mas o coração dos torcedores segue esperançoso pelo dia que irão anunciar a volta do evento. Consultamos alguns torcedores que contaram que as expectativas estão em alta, já que viram movimentações nos estádios e souberam por amigos e familiares que os times seguem ativos, praticando dia e noite.
O Profeta Diário mexeu algumas varinhas e conseguiu uma entrevista exclusiva com o goleiro do Ballycastle Bats, Corban McCain, que contou como realmente andam as preparações:
Profeta Diário (PD): Sr. McCain, como vai? Ouvimos rumores de que mesmo com os danos da guerra o time segue ativo e pronto para uma Copa Mundial, o que acha disso?
Corban McCain (CM): Ah, Srtª Eccleston! Eu vou muito bem, obrigado por perguntar. Quanto ao time, é verdade, estamos mais prontos do que nunca. Esses caras são como uma família, e mesmo com os obstáculos que enfrentamos, ainda temos muito poder de fogo. Chegou a hora de aquecer os corações das pessoas, com um pouco do nosso bom e saudável quadribol. Vamos arrasar na Copa!
PD: Há alguma previsão?
CM: Claro, a previsão é que vamos ganhar, é claro! Estamos treinando pesado, ajustando estratégias e deixando os Ballycastle Bats ainda mais temíveis. A copa é nossa, isso não tem o que se discutir. Desculpa colegas das outras equipes, um beijo pra vocês. Mas todos os fãs de quadribol merecem a energia novamente que a copa nos faz vivenciar. Emblemas do seu times favoritos no peito, bandeiras hasteadas nos acampamentos dos torneios, queremos reacender de novo a chama em nossos torcedores.
PD: Como está o time, ansiosos? Todo mundo pronto?
CM: Ansiosos? Claro que estamos ansiosos! Mas é uma ansiedade boa, a que antecede a vitória. Todos estão afiados, e posso garantir que nenhuma pomo de ouro ou goles vai escapar do nosso alcance. Estamos confiantes com essa nova temporada, não é à toa que escolheram o mais bonito e talentoso do time para dar essa entrevista. Mas acredito que vamos fazer um grande jogo para todos os amantes de quadribol.
PD: Como é a rotina de preparação?
CM: Bem, é uma mistura de treinos intensos, estratégias secretas e, é claro, algumas partidas amigáveis para manter a moral lá em cima. Nosso treinador gosta de treinos bem cedo pela manhã, e às vezes fazendo treinos intensivos de uma semana, praticamente moramos no ginásio. E, claro, uma ou duas festas para aliviar a pressão. Mas isso fica entre nós, certo?
PD: E sobre você, houveram rumores de que está solteiro, nossos leitores querem saber, esse coraçãozinho tá livre?
CM: Oh, vocês pegaram esse boato? (risos) Bem, é verdade. Estou dando uma pausa nas relações sérias, sabe? Acredita, srtª Eccleston que levei um bolo em meu último encontro? Mas não se preocupem, o goleiro mais cobiçado de todos os tempos ainda está por aí, espalhando charme e parando ataques. O coração tá sempre livre para os torcedores fiéis, é claro!
Gostaria de agradecer a oportunidade, de mostrar um pouco do que os Bats estão preparando para os torcedores e amantes de quadribol. Obrigado Srtª Eccleston pelo convite, apesar de ser nova, vejo uma jornalista brilhante. Valeu galera, leitores, um beijo no coração de todos! GO BATS!
Ao final da nossa entrevista o goleiro e o restante do time assinaram uma camisa do time que será leiloada para ajudar na recuperação pós-guerra dos lares que foram destruídos. Ainda sem qualquer previsão oficial, o mundo mágico se eletriza e anseia por esse espetáculo.
“Mude, mude todos os dias,
quantas vezes precisar, mas não
aceite o médio, o morno, o pouco,
mude até se encontrar e quando se
encontrar, seja tudo, tudo o que
puder ser.”
A metamorfose é inerente à existência humana, e não deve ser temida, mas abraçada com coragem e resiliência. Insistir na mediocridade é negar a própria essência e impedir o florescimento pleno da alma. É somente através da transformação constante que se pode alcançar a autenticidade e a plenitude do ser, expandindo infinitamente as possibilidades da existência.
É fundamental lembrar que a mudança não é um processo linear, mas sim um caminho sinuoso e imprevisível. O autoconhecimento, a reflexão e a abertura à experiência são chaves para navegar com sabedoria nesse processo e aproveitar ao máximo suas oportunidades de crescimento e desenvolvimento.
Valorizar o processo de mudança significa reconhecer que a vida é dinâmica e que cada experiência pode ser uma oportunidade para crescer e evoluir. Isso não significa que se deva buscar constantemente mudanças radicais ou desvalorizar a estabilidade e a segurança, mas sim estar aberto ao aprendizado constante e à adaptação às diferentes situações que surgem ao longo da vida.
Para trabalhar essa mentalidade é importante cultivar a prática da autobservação e da autoreflexão. Isso pode envolver dedicar um tempo regular para meditar, escrever em um diário, ou simplesmente se desafiar a questionar as próprias crenças e hábitos. Além disso, é fundamental buscar fontes de inspiração e aprendizado, como livros, filmes, cursos e conversas com pessoas que se admira.
É importante lembrar que a mudança não precisa ser um fardo solitário e desafiador. Ao contrário, a busca por crescimento pessoal pode ser uma jornada compartilhada, na qual amigos, familiares e profissionais podem oferecer orientação, apoio e motivação. O diálogo e o intercâmbio de ideias podem ser recursos valiosos para quem busca transformação pessoal, ajudando a expandir horizontes, questionar crenças limitantes e abrir novas possibilidades de crescimento e realização.
Por fim, para ser "tudo o que puder ser", é preciso superar medos e limitações, assumir riscos, experimentar coisas novas, aprender com os erros e desafios, e estar disposto a se reinventar continuamente. Isso requer uma postura de abertura e flexibilidade, uma disposição para explorar as possibilidades da vida sem medo de se perder ou de errar.
Ao mesmo tempo, essa frase também traz consigo uma mensagem de autoaceitação e autoamor. Ser "tudo o que puder ser" não significa se comparar ou se medir com outras pessoas, nem buscar uma perfeição irreal. Pelo contrário, significa abraçar a própria singularidade e valorizar as qualidades únicas que cada um possui, buscando sempre desenvolvê-las e aprimorá-las.
Em suma, "Seja tudo, tudo o que puder ser" é uma convocação para uma vida plena, autêntica e significativa, em que cada um possa descobrir e realizar seu potencial máximo. É um chamado para a busca da excelência pessoal, do autoconhecimento e da realização de sonhos, sempre com amor próprio e respeito à própria individualidade.
- bynathw.
Valéria tinha 16 anos quando foi diagnosticada com AIDS, em 1973. Na época, o diagnóstico era uma sentença de morte e ela, que tinha sido contaminada aos 15 anos, já tinha perdido um ano de vida. O livro, um "diário de bordo da doença", acompanha os próximo dez anos da vida de Valéria enquanto ela lida com a AIDS, a vida, e a constante ameaça de morte causada pelo diagnóstico.
Desde o seu desespero pelo doença, o medo de rejeição e a falta de perspectivas, acompanhamos Valéria enquanto ela tenta se habituar à nova vida e tentar aceitar o quão curta essa vida pode ser. A falta de perspectiva faz com que ela não consiga fazer planos: durante um ano de intercâmbio nos EUA, a única meta que ela estabelece para si mesma é ver neve no final do ano, para a confusão de seus colegas. O que eles não sabem é que para Valéria aqueles podem ser seus últimos meses de vida, e ela não ousa sonhar mais alto que aquilo.
Acima de tudo, o livro é honesto nas dores dela, tanto físicas quantos emocionais, e não dramatiza a situação. Como criar vínculos, quando você sabe que o outro vai sofrer quando você se for? Como ter um namorado, uma familía, corresponder aos sentimentos de outros e aos seus, quando você se sente uma bomba prestes a explodir?
O livro é muito bom e traz uma visão muito realista do que significava viver com a doença em um período histórico em que o diagnóstico significava morte (afinal, é autobiografico). Por mais que tivesse apoio financeiro e familiar, o peso e a solidão da doença eram altos e não podiam ser levantados por ninguém além dela. Honesta, solitária e marcada, Valéria narra suas desventuras com uma linguagem simples e com informações importantes, que não são passados em forma de palestra ou sermão.
"(...) nosso intercâmbio - e toda a amizade de mulheres - tem um tom de uterino, de troca lenta, sanguinária e carente, de situação de princípio retomada."
Novas Cartas Portuguesas é um projeto a três, assinado por Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta. Publicado em 1972, foi proibido pela censura, pela sua linguagem e temas eróticos, feministas e anticoloniais, tendo sido aberto um processo contra as autoras.
Definir esta obra é uma tarefa quase a bordar o impossível, tendo em conta a pluralidade de vozes e formas e a intercalação contínua entre ficção e realidade. Projetada enquanto diálogo com As Cartas Portuguesas — romance epistolar do século XVII que reúne 5 cartas de amor de uma freira portuguesa, Sóror Mariana Alcoforado, dirigidas a um oficial francês —, a obra vai muito além desta intertextualidade. As "Três Marias" usam Mariana como pretexto para desenhar toda uma linhagem abstrata de mulheres (Marianas, Anas, Marias, Mónicas) que lhes permite explorar a condição feminina em várias épocas e contextos diferentes. Desde a condição emocional e romântica da mulher, ao seu papel na sociedade, passando pela forma como estes aspectos estão interligados, NCP serve como um manifesto feminista escrito num momento de repressão ditatorial. Sobre este tema, destaco e sugiro a leitura da "Terceira Carta IV" (na qual se reflete sobre a relação entre homem e mulher como espelho da relação entre burguesia e proletariado), dos "Extractos do diário de Ana Maria, descendente directa da sobrinha de D. Maria Ana, e nascida em 1940" e da "Segunda Carta VIII".
"De Mariana tiramos o mote, de nós mesmas o motivo, o mosto, a métrica dos dias. Assim inventamos já de Mariana o gesto, a carta, o aborto; a mãe que as três tivemos ou nunca e lha damos."
Apesar de dividido por "cartas", a obra não pode propriamente ser considerada epistolar, tendo em conta a sua faceta anacrónica e polifónica. Cada "carta" é completamente imprevisível e independente da prévia ou da seguinte, podendo consistir tanto em prosa quanto em poema, seja num tom narrativo ou ensaístico. A linguagem utilizada é sempre complexa e muitas vezes quase experimental. Várias cartas utilizam um tom metalinguístico, nas quais as autoras conversam entre si e refletem sobre a própria obra.
Novas Cartas Portuguesas parece-me um texto único dentro do panorama literário português que, apesar de ser de difícil absorção enquanto obra integral, é na sua essência tão fragmentado que pode ser lido de forma aleatória e espontânea — e, diga-se de passagem, muito beneficiaria o povo português em ver algumas das suas passagens inseridas no sistema educativo.
Eu saí da casa do Anderson às 4h da manhã. Andei uns 10 minutos e esperei pelo ônibus noturno, que apareceu antes do previsto.
Desci na Plaça España e esperei pelo ônibus que me levaria até o aeroporto. Terminal C. Olhei para o painel do ônibus, parada Terminal C só poderia ser a última, nem preciso apertar, vai parar lá de qualquer jeito. Mas não era a última e o ônibus não parou.
O ônibus deu a volta e terminou no Terminal A. Olhei no mapa. 5km de um terminal ao outro. Uma hora pra chegar ao outro lado. Faltam 20 minutos pro embarque começar. Merda. Procurei um táxi e paguei dolorosos 20 euros para ir de um terminal ao outro do aeroporto.
O Terminal C parecia meio deserto ainda. Não havia lojas, cafés. Um pouco deserto, somente as pessoas que esperavam pelo mesmo vôo que eu estavam no salão de espera dos portões do Terminal C. Entramos todos em um ônibus, fazia muito frio. Chegamos em frente ao avião e esperamos de 10 a 15 minutos para que a porta abrisse e pudéssemos embarcar.
A viagem de duas horas foi interrompida quando água começou a pingar na poltrona atrás de mim. Eu dormia um sono gostoso, mas acordei sem entender nada do que estava acontecendo. Averiguando um pouco, os comissários de bordo perceberam que a água vinha da minha garrafinha, dentro da minha bolsa que, a essa altura, estava totalmente molhada.
Dia 1
Desembarquei no aeroporto de Genebra e esperei - dormindo - duas horas até que o trem para Lausanne saísse. Demorei para entender que a passagem não era apresentada antes de entrar no trem, mas sim no meio da viagem. Um senhor muito simpático me disse que eu poderia sentar em qualquer lugar que quisesse do trem e ficou muito feliz em descobrir a minha nacionalidade.
Chegando lá, desembarquei na estação e meu cansaço se transformou em alegria quando vi a Clara vindo na minha direção. Um semestre longe e eu sinto a falta dela todos os dias. Nos abraçamos e tentamos traçar um plano. Iríamos para a casa do Antoine deixar minhas malas e iríamos almoçar em um lugar que ela gostava de ir quando estudava lá.
E fomos. O ap que o Antoine divide com outras duas pessoas é pequeno mas aconchegante. Deixamos as coisas, percebemos que estava chovendo - como aparentemente é bem recorrente na Suíça - e fomos almoçar. O restaurante é uma graça, com várias opções vegetarianas e uma refeição que facilmente daria para almoço e janta, o que foi ótimo pro nosso plano de economizar.
Enquanto colocávamos todos os assuntos em dia, a Clara me levou para o parque em que costumava ir, para que a gente almoçasse por lá. Por acaso, encontramos a professora e as crianças com quem ela trabalhou durante o intercâmbio.
Depois do almoço, fomos explorara a cidade. A continuação do parque em que estávamos dava para uma parte alta, com vista para o lago da cidade. Lausanne é uma cidade considerada grande para os padrões suíços, mas que tem o sossego de uma cidade pequena.
Descemos para a margem do lago e conversamos mais. O silêncio do lago e o movimento da água me fizeram parar um minuto e agradecer a oportunidade de viver aquele momento, naquele pôr do sol com uma das minhas pessoas favoritas no mundo.
Ainda demos uma olhada em uma lojinha de brindes ali por perto antes de ir até a outra parte do lago - onde os eventos e as reuniões sociais acontecem. Engraçado colocar uma imagem no lugar de tudo que você imaginou ouvindo as histórias por tantos meses e essa imagem não se parecer em nada com a sua imaginação. O lugar é lindo, pertinho da água, da mata, da natureza. Uma energia linda.
Voltamos para casa de noite, jantamos e fomos dormir. Anderson mandou mensagem dizendo que estava com saudades. Antoine estava no meio dos exames do semestre, então passou o dia todo na biblioteca e voltou pra casa só uma da manhã.
Dia 2
O Antoine saiu antes que nós acordássemos. Eu precisava muito descansar, então dormi até umas 11h. Quando acordei, demoramos um pouco pra decidir como iríamos nos organizar para encontrar o Antoine. Decidimos ir no mercado comprar um croissant e encontrá-lo para o almoço, na faculdade.
Os croissants de chocolate aparentemente são muito bons na Suíça. Peguei também um café com leite para acordar bem e fomos até a Universidade. Pelo que a Clara disse, a Universidade em que o Antoine estuda e a Universidade em que ela estuda ficam uma do lado da outra. O campus é enorme, amplo e muito bonito. Tirando o fato de ser muito aberto e estar constantemente chovendo, deve ser uma delícia estudar ali.
Finalmente encontramos o Antoine no corredor da Universidade. Ele é uma graça de pessoa, super simpático e prestativo e ainda se esforçando para falar em português. Ele e a Clara com certeza formam um casal muito bonito e eu espero que o relacionamento seja exatamente o que parece ser de fora: com muito respeito, parceria e leveza.
Fomos até um bar/restaurante almoçar e pegamos um sanduíche de atum. Nesse momento, conheci o xxx, um amigo do Antoine que a Clara imaginou que pudesse ter algo comigo. Depois do almoço, resolvemos ir até xxx, uma vinícola que ficava em uma cidade próxima dali. Mas antes, fui conhecer a biblioteca, gigante e com um formato peculiar. Achei o lugar bem convidativo; por um momento me imaginei estudando ali. Mas a cobrança de Universidades Suíças é surreal, pelo que a Clara conta.
Estava chovendo, fomos dividindo e revezando o guarda-chuva. No caminho contei para eles sobre a Maria Quitéria e como eu queria muito que a nossa adoção desse certo, mas que eu esperaria que acontecesse o melhor para ela.
O lugar é lindo, com uma vista que, mesmo com a neblina, te faz parar e admirar a profundidade. Mas a chuva estava tornando nosso passeio levemente desagradável. Resolvemos procurar um café. O Antoine lembrava de um na beira do lago, mas ele estava fechado. Resolvemos voltar pra casa. Tomamos um banho quente e colocamos As branquelas para assistir enquanto descansávamos e esperávamos dar o horário. Nos arrumamos e fomos para a casa do Laurent, amigo que apresentou a Clara para o Antoine. A ideia era comer uma pizza lá e sair para a cidade.
Nos reunimos, conversamos, comemos pizza, jogamos um jogo e saímos de casa. Fomos para a cidade e procuramos algo para fazer antes de ir para a balada No Name. Compramos churros e fomos em feira, com uma parte coberta para comer. As meninas foram embora nessa hora. Ficamos só eu, Clara, Antoine, Laurent e xxx. Depois do churros, fomos em um bar, tomamos cerveja e conversamos mais. Eu e a Clara ficamos completamente chocadas quando ouvimos "Felicidade é..." começar a tocar. Era a energia que faltava.
Fomos para a No Name e dançamos muito ao som de pop antigo e música eletrônica. A balada não estava lotada, estava cheia com uma quantidade aceitável de gente. Laurent quis ir embora um pouco mais cedo que a gente. Fomos logo na sequência. Na volta pra casa, foi o primeiro momento em que o xxx realmente teve uma conversa comigo. Ele me pareceu bem interessante, mas infelizmente não tive tempo suficiente de conhecê-lo melhor. Com certeza a nossa cultura é muito diferente em relação a relacionamento, beijo e qualquer tipo de troca - física e emocional também. Eu sinto o povo europeu autocentrado e isso acontece desde muito novo.
Chegamos em casa e dormimos. Mais uma mensagem do Anderson.
Dia 3
Já era meu último dia e o tempo tinha passado rápido demais.
Fomos comprar um café da manhã no mercado enquanto o Antoine dormia um pouco mais e aproveitei para comprar um lanche para a viagem de ônibus.
Fomos para a cidade explorar um pouco. Paramos em uma loja para ajudar o Antoine a escolher dois pares novos de tênis, passamos por uma praça famosa e fomos até uma loja grande comprar um ímã e chocolates para minha mãe. A Suíça é um país extremamente caro, não se compara ao que eu tenho visto até agora na Espanha, além da moeda ser ainda mais cara que o Euro. Como todos os dias, estava muito frio e chovendo.
No final da tarde, fomos para a estação. Eu precisava pegar um ônibus em um estacionamento. Mas perdemos o trem do horário certo e precisamos correr da estação para pegar o ônibus. O frio, o ar gelado e rarefeito, a bota molhada da chuva e a bolsa pesada. Eu não conseguia correr, muito menos ir tão rápido assim. Ao entrar no ônibus abafado e apertado, meu corpo relaxou e a dificuldade de respirar foi massacrante.
Descemos do ônibus e o Antoine correu na frente para garantir que o meu ônibus de volta para casa me esperasse. Mas o ônibus não estava lá. Conversamos com algumas pessoas em volta e todas iam para Barcelona às 18h30. Estávamos no lugar certo.
Uma hora se passou e o ônibus não apareceu. Havia um jogo de futebol entre os dois rivais da cidade marcado para acontecer naquele dia. Um grupo grande de torcedores mascarados, com um canto absolutamente assustador passou por nós. Começamos a sentir medo. Uma outra moça que também esperava pelo ônibus, mas estava sozinha, se desesperou e começou a chorar.
Mais uma hora se passou e eu combinei com eles que eles poderiam ir para casa. Fazia 2 graus e estávamos todos com a roupa molhada. Mas, para a minha sorte, os ônibus circulares estavam todos atrasados e eles não teriam outra opção a não ser esperar também. Outro grupo de torcedores, aparentemente do outro time, passaram por nós do mesmo jeito. Um infeliz ainda bateu na grade da parada onde estávamos, nos assustando ainda mais. A neblina que nos impedia de ver além de 100m de distância, o frio e a chuva formavam um belo cenário de filme de terror.
Mais uma hora se passou e uma das moças conseguiu entrar em contato com a empresa, que não soube informar onde estava o ônibus. Àquela altura eu perderia o horário da conexão que teria que fazer em Lyon e então resolvemos ir para casa. Tivemos que andar uns vinte minutos para encontrar um ônibus que estivesse circulando. Finalmente sentados no ônibus de volta para a estação para pegar o trem de volta para casa, rimos da situação.
Meu sentimento já tinha sido de frustração, de raiva, de impaciência e naquele momento era apenas aceitação, misturada com um pouquinho de humor, naquela noite infinita.
Chegamos em casa, tomei um banho bem quente e fui resolver o b.o. entrando em contato com a empresa. Comprei outra passagem para às 10h do dia seguinte, sem escala. Essa passagem foi o dobro da primeira e eles me reembolsaram apenas os 50 euros que eu tinha pago inicialmente.
No dia seguinte, o Antoine ficou descansando e a Clara foi comigo até o estacionamento. Vimos o ônibus assim que chegamos e o alívio foi instantâneo.
Mais uma despedida, mais lágrimas, mais certeza de tudo que ela significa pra mim e da importância da presença dela. O que fica agora são novas e boas lembranças em um país novo e a expectativa do próximo reencontro.
Descubra a magia de Orlando com a Go Orlando Viagens, sua principal agência de viagens e turismo, especializada em pacotes de viagem completos para famílias e indivíduos. Oferecemos ingressos com desconto para a Disney e Universal, planejamento de viagem especializado, além de coordenação perfeita de serviços de aluguel de carros e muito mais! Nossa equipe dedicada se orgulha de criar experiências inesquecíveis que você não encontrará em nenhum outro lugar, garantindo que você aproveite ao máximo a sua aventura em Orlando. Entre em contato conosco hoje e deixe a Go Orlando Viagens ser sua parceira confiável na criação de uma experiência de viagem mágica e sem complicações em Orlando.
Localizada na Avenida Mário Lopes Leão, 1500 - Sala 422 B 4• andar, Santo Amaro, São Paulo 04754-010, e com atendimento de segunda a sábado, a Go Orlando Viagens está pronta para atender todas as suas necessidades de viagem. Se você está buscando ingressos Disney, ingressos parques Disney, ingressos disney e universal ou um pacote Disney completo, nós temos as melhores opções e ofertas.
Fundada em 2022 por Aline Soares da Silva, a Go Orlando Viagens rapidamente se estabeleceu como uma referência em viagens internacionais, especialmente para quem deseja explorar os encantos de Orlando. Além de ingressos para parques temáticos, oferecemos uma ampla gama de serviços, incluindo pacotes de viagens, viagens em grupo, viagens de formatura, pacotes de lua de mel, intercâmbios, cruzeiros, aluguel de carros e muito mais.
Não perca a chance de tornar sua viagem para Orlando inesquecível com a Go Orlando Viagens. Entre em contato pelo telefone +55 11 95895-5269 e descubra como podemos ajudá-lo a planejar a viagem dos seus sonhos com serviço de agente de viagens, agência de bilhetes aéreos, agência de cruzeiros e serviço de aluguel de carros de primeira linha. Go Orlando Viagens é sua chave para uma aventura incrível em Orlando!
Nossos pacotes de viagem são cuidadosamente elaborados para atender a todos os tipos de viajantes, seja você um aventureiro em busca de excursões em grupo ou tours privados, uma família procurando uma viagem familiar mágica, casais em busca de uma lua de mel romântica, ou estudantes planejando uma viagem de formatura inesquecível. Com a Go Orlando Viagens, você tem a garantia de uma experiência completa, incluindo aluguel de carros esportivos, vans, micro-ônibus para grupos maiores, e até mesmo limusines para momentos especiais.
Além disso, somos especialistas em encontrar as melhores opções de passagens aéreas para sua viagem, garantindo que você obtenha as melhores tarifas e condições. Com a Go Orlando Viagens, seu sonho de visitar a Disney e outros parques temáticos de Orlando com ingressos a preços acessíveis se tornará realidade.
Aproveite também nossos serviços exclusivos de locação de carros, que incluem desde aluguel diário até locação mensal, com opções de entrega para sua maior conveniência. Seja qual for a sua necessidade, a Go Orlando Viagens oferece soluções flexíveis e personalizadas para tornar sua viagem ainda mais confortável e prazerosa.
Em resumo, ao escolher a Go Orlando Viagens, você estará optando por uma agência de viagens que realmente entende e se dedica a proporcionar a melhor experiência possível em Orlando. Aline Soares da Silva e sua equipe estão esperando para fazer da sua viagem um momento verdadeiramente mágico e inesquecível. Visite nosso site ou entre em contato conosco para começar a planejar sua aventura hoje mesmo! Go Orlando Viagens é sinônimo de viagens incríveis, planejamento sem complicações e memórias que durarão para sempre.
Ao escolher a Go Orlando Viagens para a sua próxima viagem a Orlando, você estará confiando em profissionais apaixonados e dedicados, que trabalham incansavelmente para garantir que cada detalhe da sua viagem seja perfeitamente planejado. Desde o momento da reserva até o seu retorno, nossa equipe estará ao seu lado, oferecendo atendimento online e suporte personalizado para qualquer necessidade que surgir.
Política Nacional de Cibersegurança já está vigorando no Brasil
Decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (27) institui a Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber), que terá como finalidade orientar a atividade de segurança cibernética no país.
O decreto, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, institui também o Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber), grupo ao qual caberá propor atualizações tanto para o PNCiber como para seus instrumentos, no caso, a Estratégia Nacional (e-Ciber) e o Plano Nacional de Cibersegurança (p-Ciber).
Caberá também ao comitê sugerir estratégias de colaboração para cooperações técnicas internacionais na área de crimes cibernéticos. A secretaria-executiva do CNCiber será exercida pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI).
A composição do CNCiber será formada basicamente por representantes do governo, da sociedade civil, de instituições científicas e de entidades do setor empresarial. O grupo se reunirá trimestralmente.
ObjetivosEntre os princípios e objetivos detalhados pelo decreto presidencial para o PNCiber está o desenvolvimento de mecanismos de regulação, fiscalização e controle para aprimorar a segurança e a resiliência cibernéticas nacionais; e a promoção ao desenvolvimento de produtos, serviços e tecnologias de caráter nacional, destinados à cibersegurança.
É também objetivo da política garantir a confidencialidade, a integridade, a autenticidade e a disponibilidade das soluções e dos dados utilizados para o processamento, o armazenamento e a transmissão eletrônica ou digital de informações; bem como fortalecer a atuação diligente no ciberespaço, especialmente das crianças, dos adolescentes e dos idosos, e desenvolver a educação e a capacitação técnico-profissional em segurança cibernética na sociedade.
Outros objetivos previstos são o de fomentar as atividades de pesquisa científica, de desenvolvimento tecnológico e de inovação, relacionadas à área; e o de incrementar a atuação coordenada e o intercâmbio de informações de segurança cibernética entre os Três Poderes, bem como entre entes da federação, setor privado e sociedade.
Reprodução Agência Brasil.
Read the full article
Método de Aprendizado do Idioma Inglês
Aprender um novo idioma pode ser um desafio emocionante e gratificante. Quando se trata de aprender inglês, existem várias abordagens e métodos que podem ajudar você a alcançar a fluência no idioma. Neste artigo, vamos explorar um método eficaz de aprendizado do idioma inglês, fornecendo dicas e recursos valiosos para ajudá-lo em sua jornada de aprendizado. Método de Aprendizado do Idioma Inglês
Imersão Total no Idioma
Uma das melhores maneiras de aprender inglês é se envolver em uma imersão total no idioma. Isso significa cercar-se de materiais em inglês e criar um ambiente de aprendizado constante. Assista a filmes e séries em inglês, ouça músicas em inglês, leia livros e artigos em inglês. Quanto mais você se expuser ao idioma, mais naturalmente você começará a absorver e entender as estruturas e vocabulário do inglês. Método de Aprendizado do Idioma Inglês
Aulas e Cursos Online
Outra opção popular para aprender inglês é fazer aulas e cursos online. Existem muitas plataformas e sites que oferecem aulas interativas e recursos de aprendizado para todos os níveis de proficiência. Essas aulas podem ser acessadas a qualquer momento e permitem que você aprenda no seu próprio ritmo. Além disso, muitos cursos online oferecem certificados de conclusão, o que pode ser útil para comprovar suas habilidades no idioma.
Prática de Conversação
A prática de conversação é fundamental para desenvolver habilidades de comunicação em inglês. Procure oportunidades para praticar o idioma com falantes nativos ou com outros estudantes de inglês. Participar de grupos de conversação, fazer intercâmbios linguísticos ou até mesmo contratar um professor particular para sessões de conversação podem ser ótimas maneiras de aprimorar suas habilidades de fala e compreensão auditiva. Método de Aprendizado do Idioma Inglês
Leitura e Escrita
A leitura e a escrita são componentes essenciais do aprendizado do idioma inglês. Ler livros, artigos, revistas e jornais em inglês pode ajudar a expandir seu vocabulário e melhorar sua compreensão do idioma. Além disso, praticar a escrita em inglês, seja por meio de diários, redações ou até mesmo postagens em blogs, pode ajudar a aprimorar suas habilidades de escrita e gramática.
Recursos Online
A internet oferece uma ampla variedade de recursos para aprender inglês. Aqui estão alguns sites altamente recomendados:
- Duolingo: Um aplicativo de aprendizado de idiomas que oferece lições interativas e divertidas para todos os níveis de proficiência.
- BBC Learning English: Um site que oferece uma ampla gama de recursos, como vídeos, áudios e exercícios para melhorar suas habilidades no idioma inglês.
- FluentU: Uma plataforma que utiliza vídeos autênticos, como clipes de filmes e programas de TV, para ajudá-lo a aprender inglês de forma natural e envolvente.
- Cambridge English: Um site que oferece testes de proficiência, materiais de estudo e recursos para ajudá-lo a se preparar para exames de inglês reconhecidos internacionalmente.
Esses recursos online oferecem uma variedade de atividades, exercícios e materiais de estudo para ajudar você a aprimorar suas habilidades no idioma inglês.
Praticar Regularmente
Por fim, é importante praticar regularmente o idioma inglês. Dedique um tempo diário para estudar, praticar e revisar o que você aprendeu. A consistência é fundamental para o progresso no aprendizado de qualquer idioma. Estabeleça metas realistas e crie um plano de estudo que funcione para você.
Em resumo, o método de aprendizado do idioma inglês envolve imersão total, aulas e cursos online, prática de conversação, leitura e escrita, além de aproveitar os recursos online disponíveis. Com dedicação, prática regular e o uso adequado dessas estratégias, você estará no caminho certo para alcançar a fluência no idioma inglês.
Método de Aprendizado do Idioma Inglês
Talk&Chalk Brasil - Talk&Chalk FranceFrance - USA - Brasil - Viagem
Read the full article
Larissa Manoela curte estreia de seu novo filme ao lado do noivo, André: ‘Tá Escrito’
A atriz e empresária Larissa Manoela apostou em um look Barbiecore para curtir um evento em clima de romance com o noivo, André Luiz Frambach. O casal esteve na pré-estreia do filme Tá Escrito, protagonizado por Larissa, que rolou no Kinoplex do Shopping Rio Sul, na noite de segunda-feira (27).
O filme marca o retorno de Larissa aos cinemas depois de seis anos, desde Fala Sério, Mãe! (2017), e ela comemorou o novo projeto na web. “Depois de seis anos, estou de volta às telonas do cinema! Dia de pré-estreia no Rio de Janeiro de Tá Escrito. Meu novo filme que estreia dia 14 de dezembro em todos os cinemas do Brasil! E a partir do dia 7 de dezembro já terão sessões disponíveis, hein? Leva toda família”, convidoi, ela.
Larissa ainda teve outros filmes de lá pra cá – Modo Avião (2020), e Diários de Intercâmbio e Lulli, ambos de 2021 – mas que foram lançados diretamente no streaming, sem passar pelas telonas dos cinemas.
Tá Escrito, que estreia no dia 14 de dezembro, conta a história da estudante de Publicidade Alice (Larissa), que sonha em se tornar uma influencer famosa nas redes sociais. Apesar da dedicação, ela ‘flopa’ e não vê evolução no sonho. Porém, tudo muda quando ela ganha um ‘recebidinho’: um caderno em branco com instruções que indicam que qualquer previsão astrológica escrita naquelas páginas vai acontecer. Com isso, Alice ganhará o poder de influenciar a todos.
Fonte: TOP FAMOSOS
Read the full article
“Meu sentimento de competitividade e determinação contribuíram muito para eu estar aqui”, diz o brasileiro que integra um seleto grupo de 20 profissionais
De estudante de Economia no Rio de Janeiro para criações de trilhas sonoras em Hollywood, o multi-instrumentista Eduardo Resende tem motivos para celebrar a escolha que fez pela música. Autor de diversas trilhas que dão ritmo às narrativas exibidas no cinema, na televisão, nos streamings e em games, o carioca de 24 anos faz parte de um seleto grupo de 20 compositores de mídia que atendem os canais Discovery, CBS, entre outras empresas nos Estados Unidos e no mundo.
De acordo com Eduardo, a indústria de trilha sonora no geral é muito restrita, e quem faz parte dela é uma minoria. “Tem pouca gente fazendo muito e muita gente fazendo pouco. Então me sinto muito realizado por ter trabalho todos os dias e poder estar onde estou com pouca idade. Porque, considerando esse grupo de colegas em que faço parte hoje, que atendem a Discovery, por exemplo, é um grupo de profissionais que está há muito mais tempo no mercado, por isso me sinto muito feliz, apesar de acreditar que meu sentimento de competitividade e determinação contribuíram muito para eu estar aqui”, afirma o compositor que é um dos poucos desse time a assinar as trilhas sonoras para o canal CBS .
Já de olho no mercado desde os tempos em que estudava na Berklee College Of Music, em Boston, o multi-instrumentista percebeu ao longo do curso o quanto poderia contribuir como compositor. “É porque em 90% se não 100% dos trabalhos, os compositores precisam contar com instrumentos virtuais, e considerando que o violão é um instrumento muito difícil de emular com a tecnologia, poder usar minha guitarra e usá-la em minhas composições foi uma grande virada de jogo. Por exemplo, quando eu estava trabalhando para o filme “Diários de Intercâmbio”, estrelado por Larissa Manoela e Tati Lopes, eles precisavam de um violão para ser o instrumento principal de uma cena específica, e não deu tempo de esperar, tive que fazer um arranjo e gravar na hora, e é isso que você ouve no filme, o tema da personagem da Larissa, a música “Fantasia”, interpretada por Rebeca Sauwen”, revela Resende.
Nesse sentido, Eduardo também teve que ser rápido para escrever e produzir faixas com guitarras gravadas ao vivo para o premiado programa “Chasin’ the Sun”. O resultado pode ser conferido na 7ª temporada do programa, que com sua música tropical-eletrônica, contribui para a narrativa que se passa na cidade do Panamá.
Eclético, capaz de criar melodias em diferentes gêneros, o compositor brasileiro já teve a experiência de escrever ao mesmo tempo músicas de Halloween e ação/suspense. Trabalhos diferentes, mas que em seguida estavam no programa “Halloween Wars” na Food Network e “Murder in the Heartland” no Discovery ID, respectivamente.
Além dos trabalhos autorais, Eduardo Resende faz parte da equipe do compositor Steve Davis, que escreveu músicas para o filme ganhador do Oscar por melhor som com “Top Gun: Maverick”.
Dentre os trabalhos mais recentes como compositor, está o reality show "Barbie Dream House Challenge", que foi ao ar pela HBO Max, Discovery Plus e na Amazon Prime Video e o curta-metragem "O", com roteiro de Mariana Arôxa,selecionado para concorrer uma vaga ao Oscar 2024. Outro projeto que conta com o seu talento, mas dessa vez como arranjador é com o compositor vencedor do Grammy, Daniel Figueiredo, no longa-metragem “3 Days in Malay”. “Mal posso esperar para que o mundo assista a esse filme”, sugere animado.
O álbum de 15 músicas que virou trilha dos jogos da NFL
Entre uma demanda e outra, Eduardo Resende que estava escrevendo e produzindo música para a empresa Droid Mafia, que fornece trilhas para Discovery, entre outras 200 redes em todo mundo, recebeu um pedido de faixas de hip-hop que pudessem combinar com a energia de um jogo de futebol americano.
Segundo Eduard
o, foram horas criando ideias e sons diferentes que funcionariam. Foram dias e noites escrevendo sem parar, até chegar nas 10 a 15 faixas que agradassem a CBS.
“Tempo depois, eu estava caminhando na Main Street em Santa Monica em um domingo e passei por um bar de esportes lotado de fãs de futebol assistindo a um jogo da NFL. De repente, comecei a ouvir esta melodia que soava muito familiar, e demorei alguns segundos para perceber o que estava acontecendo. Nunca vou esquecer esse sentimento quando percebi que milhares de pessoas em todo o país estavam ouvindo minha música simultaneamente na TV”, lembra orgulhoso.
“Minha carreira atingiu um patamar superior depois disso, e esse é um momento que levarei comigo para sempre. A CBS também usa a música daquele álbum que escrevi para diferentes programas. Apenas algumas semanas atrás, eu tinha uma música escrita por mim que tocou no talk show esportivo para mulheres “Precisamos conversar”, liderado pelas produtoras coordenadoras vencedoras do Emmy, Emilie Deutsch e Suzanne Smith”, conta o músico.
Neste dia, 26.03.2023, eu já havia fechado meu intercâmbio, não sabia nem de longe o quanto essa viagem marcaria minha vida e mudaria meu jeito de pensar. Foi um dia marcante, estava lindo e ensolarado. Fui com a minha amiga, sabe aqueles passeios do famoso ‘bora? Bora!’. Foi assim que aconteceu, estava em casa e pela manhã ela me ligou convidando. Dentro do mar, jogando conversa ao vento teve aquele minuto de pausa. Foi quando olhei a imensidão (aquela paisagem sabe … mar, céu, sentindo o calor do sol sobre minha pele e ouvindo o barulho das ondas do mar e o vento) neste momento eu gelei e refleti em toda a minha trajetória. 26 anos de idade, repleta de sonhos, inseguranças, medos, ansiedade, e muitos outros sentimentos que até então eu não conseguia descrever e, foi o único dia em que parei para pensar no meu futuro, foi quando literalmente caiu a ficha que eu iria fazer minha primeira viagem internacional sozinha e ficar 30 dias em uma casa de família que eu nunca nem vi na vida.
E aqui estou, montei esse cantinho para falar um pouco das minhas aventuras, sentimentos, momentos e lembranças. Quero deixar registrado em um local, como um diário, para me inspirar e inspirar todos que tenham um sonho e tem medo de encara-los.