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#dia do fogo sustentabilidade
dirutecnica · 10 months
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Certamente que ao dia de hoje já lhe ocorreu que está na hora de trazer o espírito natalício para o seu lar. No entanto, há cuidados que deve ter.
Para não ter problemas com a decoração de Natal, alguns cuidados precisam ser tomados com a instalação elétrica. É preciso planear a decoração que se pretende fazer. Os cuidados vão desde a compra dos enfeites até o momento de guardá-los.
A instalação elétrica feita inadequadamente pode ocasionar choque elétricos – que podem magoar e até matar – e curtos-circuitos – que podem causar incêndios.
1. Compre luzes e enfeites adequados para o ambiente onde fará a instalação.
2. Tenha cuidado para não sobrecarregar as tomadas.
3. Se os itens forem reaproveitados de anos anteriores, faça a manutenção antes de instalá-los.
4. No interior de casas e lojas, não coloque a decoração perto de móveis e itens que possam pegar fogo com facilidade.
5. Utilize apenas fita isolante.
6. Somente adultos devem fazer a decoração. Não deixe crianças e animais sozinhos perto dos enfeites e das luzes de Natal.
7. Guarde os itens da decoração em local protegido da chuva. Fique atento também se não existem roedores.
#dirutecnica
#domótica
#instalaçõeselétricas
#gestãoenergética
#eletricistacascais
#sustentabilidade
#ambiente#IluminaçãoNatal
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ambientalmercantil · 1 year
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amazoniaonline · 1 year
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fredborges98 · 1 year
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Bom dia!!!!
Por: Fred Borges
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Good morning!!!!
By: Fred Borges
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Frederico Vianna Borges
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Agribusiness ou Agronegócio?
Agricultor Amish é ameaçado nos EUA por não desistir da agricultura tradicional
POR JOSEPH MERCOLA
23/05/2023 Atualizado: 23/05/2023
Após o fracasso do experimento socialista, a maioria das fazendas coletivas de Israel opta pelo capitalismo
POR DAN M. BERGER
27/05/2023 Atualizado: 27/05/2023
Duas notícias movimentaram o segmento agrícola no mês de Maio deste ano.
Mas o que elas tem que nos afligem de forma direta como um soco mais forte deferido por Georges St. Pierre*?
Duas notícias sem paralelos, desconectadas, ou vinculadas a uma realidade dos mercados, ambas ligadas à indústria agrícola que está diretamente ligada a indústria de alimentos, que por sua vez está diretamente ligada a indústria da saúde e a indústria da " qualidade de vida" ?
Somos o que comemos ou vomitamos!
Em uma Agentes americanos armados foram usados ​​para ameaçar um tradicional agricultor Amish a 240 quilômetros de Washington, D.C., que não usa pesticidas, fertilizantes ou gás para administrar sua fazenda, a Amish Miller.
O que foi considerado: " “um ataque à liberdade religiosa Amish a apenas 240 quilômetros de Washington, D.C.”
Ele não apenas não usa pesticidas, herbicidas e sementes transgênicas, mas também não depende de gasolina ou fertilizantes.
Na outra notícia o Kfar Blum, mais conhecido kibutz em Israel, mudou para outras áreas de negócios além da agricultura ao longo dos anos.
O kibutz ainda cultiva, mas o trabalho é feito por trabalhadores tailandeses que entram e saem.
O kibutz abriu um hotel. As escolas regionais estão localizadas lá. Possui uma fábrica de sistemas de controle para sprinklers.
Parecem histórias opostas, num mundo de opostos sem justaposicões, mas se trata de duas bandas da mesma laranja.
Analisá-las é necessário para nos recuperar do soco de
Onde dois sistemas estão fracassando e para se manterem no poder usam, exploram , escravisam e matam toda uma população mundial.
A liberdade, igualdade e fraternidade sempre esteve em jogo. Voltaire e muitos filósofos e pensadores da liberdade humana sempre tiveram cercados pelo quatro elementos físicos e políticos da natureza: o fogo, a terra, o ar e a água.
A sustentabilidade, a responsabilidade social, a governança corporativa, os governos corruptos pelos interesses financeiros globais faz rodar a roda que atropela, é homicida e faz com que o mundo se depare, se separe entre os que detém o poder econômico e os que não detem.
Neste sentido Kfar Blum e Amish Miller destoam deste " rolo compressor" e apontam uma terceira via, abandonada- distopia, mas ainda viva ou revivida pela esquerda e sua deformação congênita e pandêmica.
O Brasil está retrocedendo em termos do desenvolvimento de novas tecnológias utilizadas no campo?
Em termos globais nos fixamos posicionamento em grande fornecedor de commodities e isto não tem volta, nossa agricultura é um grande fornecedor de matéria prima para indústria de transformação alimentícia nacional e internacional.
Nossa legislação agrícola é omissa e faz com que grande e produtivas áreas sejam bolsões de riqueza concentrada nas mãos de poucos.
Mas isto não justifica ações do MPST( Movimento da Promiscuidade dos Sem Terra).
Nossa agricultura familiar de subsistência é precária e quando comercializada não chega a 0.0001% da população.
Comemos o que temos acesso logístico e financeiro, logo consumimos a nossa própria morte, lenta e gradual.
A política industrial, agrícola formam conchavos políticos e definem e fundamentam suas bases na epistemologia do capital.
O mesmo fazem os ditos" socialistas" que divergem na teoria, mas na prática convergem na depreciação, desolação, deterioração das relações humanistas do capital e da melhoria da qualidade de vida, traduzindo- se em longevidade populacional.
Aqui cabe um parêntese; não cabe quantidade de anos vividos, mas a qualidade destes anos!
Mas a qualidade depara-se com a quantidade e escalabilidade.
Quantidade e qualidade podem e devem fazer parte da mesma laranja, mas o que dizer da Shein na indústria de confecção que está se tornando uma das organizações de maior potencialidade e realidade poluidora e danosa à saúde do mundo?
O que dizer da Cargill que é a empresa que maior trouxe danos ao ambiente, logo a saúde das pessoas em todos os tempos do mundo?
Uma laranja,duas bandas, uma banda passando cantando coisas de amor e a mesma tocando o terror, sendo algoz e cúmplice da canalhice alheia.
Dialética do bem ou do mal?
Cabe a nós brasileiros fazer a opção, mas como dizia um comercial: Só tem Pepsi, pode ser?
Assim ás indústrias juntam-se aos políticos comprados, que vendem uma nação, e você ignorante mas nunca ignorado é número na linha de produção sem educação, sem informação, sem conhecimento, logo sem inteligência, a população tanto- faz, nem- nem, trabalhadores, obreiros, candangos,pastores de ovelhas, quando desgarradas tornam-se massa acenfalica onde só o falo é inaltecido.
Vai na Pepsi? Vai na Heineken? Vai, mas não vai ou irá muito longe!Viu criança, gigante adormecido!
*St. Pierre registrou um chute com força de 1577,14 kg. Shogun havia conseguido 1247 kg de força. Com as mãos, o canadense acertou o saco de peso de pouco mais de 136 kg com uma força de 1296,82 kg contra 1011,51 kg conseguidos por Velasquez e 816,47 kg de Rampage.
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yellowmagbrasil · 2 years
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Sesc Pompeia recebe a exposição gratuita 'CIDADELA' 🏠💛   Projeto, concebido, criado e coordenado pela artista, cenógrafa e figurinista @maria_helou_zuquim . A exposição é voltada para o público infantil, a instalação lúdica, de casas-corpos, fica em cartaz até 18 de dezembro.   Brincando na intersecção de vários campos artísticos (artes têxteis, teatro, autômatos), CIDADELA CORPO é uma exposição voltada ao público infantil, onde os espectadores-atuantes passeiam por um território composto de casas-corpos, experimentando os limites do visível, do tátil, do audível e do palatável. A instalação tem início hoje, dia 11/10, terça-feira, e deve permanecer até 18/12, domingo, no @sescpompeia “Cidadela” é um tipo de fortaleza ou fortificação, situada num lugar estratégico, visando a proteção de uma cidade. O projeto, concebido, criado e coordenado pela artista, cenógrafa e figurinista Maria Helou Zuquim, é formado por 15 miniaturas de casas construídas sobre o seu próprio corpo; reunidas, as casas-corpos são dispostas numa pequena fortificação, em formato concêntrico, onde os detalhes de cada objeto atraem a atenção dos visitantes às noções de pluralidade, alteridade, inclusão e cultura de sustentabilidade. Todo o percurso da mostra será guiado pelo som da água, do vento, do pisar na terra e do crepitar do fogo. “O momento em que estamos vivendo evidencia a necessidade de estimular na infância o senso crítico fundamentado nestes conceitos e de fortalecer o potencial transformador da arte e da educação para romper padrões arraigados em nossa sociedade”, comenta a idealizadora. @sescpompeia Fotografias que ilustram a matéria de Mônica Cardim Leia a matéria completa no nosso site, pelo link no story. www.yellowmagbrasil.com/post/cidadela-sesc-pompeia ---------------------------------------------------------------------------- _______________________________________________ #yellowmagazine #yellowmag #visualarts #cidadela #exposição #sescpompeia #mariahelouzuquim #art #artinstallation #sp #news #oktober #children #brasil (em Sesc Pompeia) https://www.instagram.com/p/Cjjxy4ItSqe/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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O Dia do Fogo
É incrível como não paro de aprender a cada vez que converso com meu pai sobre qualquer assunto que seja. Já disse em outra ocasião que basta uma palavra, frase ou tema, e pronto: lá vem mais uma história de sua infância e/ou juventude. No último sábado, ele me dava uma carona para uma radiola na periferia (melhor programa desse fim de semana). Calor em Teresina é assunto recorrente quando não se tem assunto e se quer desenvolver um diálogo, e essa é uma das maneiras que instigo meu velho a falar. Do calor, logo ele lembrou da cena uma pessoa queimando lixo na porta de casa. Com todos os palavrões que conseguia lembrar, disse o quão absurdo era aquela atitude, e logo entramos na pauta da Amazônia em chamas. Depois de falarmos sobre vários aspectos dessa tragédia, ele lembrou de como na sua cidade, no seu tempo de garoto, até as queimadas eram responsáveis. E falou do Dia do Fogo.
O Dia do Fogo era o dia em que os proprietários de roça (como meu avô paterno) fariam a queima do mato na roça e nas suas proximidades, para preparar o terreno para o plantio. Mas não era simplesmente acordar num belo dia, ir ao mato e incendiar a região. Na noite anterior, havia a Reunião da Queima. Era o momento onde seria coordenada toda ação: onde iniciar, onde terminar, como espantar os animais para longe das áreas do fogo, como não deixá-lo se alastrar pela região e como fazer isso no menor tempo possível. No interior do Brasil há uma relativização do tempo e do progresso para quem lá vive ou pode experienciar uma temporada e acompanhar a dinâmica do local. Eu imagino meu pai criança observando os adultos resolvendo esses detalhes, como uma grande reunião de um povoado indígena ancestral. Você já imaginou os barões do agronegócio sentando para deliberar sobre impacto ambiental e conservação da fauna? Eu não consigo. Mas isso acontecia com o homem do campo. Talvez ainda aconteça em algum lugar. E esse mesmo homem do campo talvez nunca tenha sequer ouvido a expressão “impacto ambiental”, mas sabia muito bem o que significava. Por isso a Reunião da Queima era importante.
Chegava então o Dia do Fogo. O mais experiente do grupo andava a conduzir o restante, sondando o terreno. Definiam um perímetro para o trabalho. Feito isso, abriam uma linha de terra separando a área que seria queimada da área que seria conservada, onde o vácuo seria uma espécie de escudo invisível. Em seguida, observavam a direção do vento, para evitar que labaredas atingissem outra parte da vegetação e provocassem um desastre, já que não haviam bombeiros na região. Inciavam a queima a favor do vento, para que ele conduzisse as chamas para a outra extremidade do terreno. E como parar essas chamas se o vento resolvesse soprar mais forte? Como sempre, a sabedoria popular: o Contra-fogo.
O Contra-fogo era feito na outra extremidade, no sentido contrário ao vento e às outras chamas, de modo que se voassem faíscas seriam engolidas pelo próprio fogo, anulando-as e impedindo-as de seguir adiante, deixando intacto o restante da vegetação e em paz os animais da área. Por que na temporada seguinte, quando a parte roçada estivesse se reestabelecendo após a colheita, e os animais tivessem se encarregado de semear e adubar a terra com suas fezes, já poderiam avançar para o território a seguir, sem grandes prejuízos para nenhuma das criaturas, fossem pessoas, animais ou plantas. Havia um jeito de minimizar qualquer dano.
Há sempre algo de poético e saudoso quando meu pai, homem técnico, não dado às letras, narra episódios assim.
O fogo é um fenômeno da natureza, uma das coisas que foi fundamental para nosso desenvolvimento. Infelizmente, nas mãos do capital incendiário, virou sinônimo de destruição. E querem culpar o caboclo e o indígena pelas queimadas na Amazônia. Essas pessoas jamais fariam isso.
Por que existe o Dia do Fogo.
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loborapha · 4 years
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Esta é uma árvore centenária, que fica numa pequena área verde ao lado da minha casa. Ela é morada de uma casal de tucanos. E também acolhe graciosamente inúmeras outras aves, especialmente os bem-te-vis. Como está entre lotes residenciais, vários deles sem construção e sem o devido cuidado por parte dos donos, ela quase foi destruída por um incêndio criminoso na última sexta-feira, dia 7 de agosto de 2020. Por sorte, como estou em casa fazendo trabalho remoto por causa da pandemia, ouvi os estalos do fogo devorando o mato e logo acudi, dando combate ao fogo com a mangueira de água do meu jardim. Pouco depois chegaram dois vizinhos, que ajudaram bastante, o Rogério e o João Vitor. A quem agradeço de coração! Chegamos a pensar que não seria possível conter o fogo. Passei minha mangueira para o terreno vizinho, o Rogério carregou muitos baldes de água, atacando o fogo pelo outro lado, e assim conseguimos salvar a bela árvore!!! Sinto-me muito feliz e agradecido! Eu gostaria muito que esta mensagem atingisse o máximo de pessoas, para incentivar uma reflexão profunda sobre a nossa relação com o meio ambiente, com o próximo e de cada um consigo mesmo... Qual o sentido de incendiar o mato e ainda uma área verde de preservação? Por que? Que bem pode vir dessa atitude? Queria que alguém me falasse só uma coisa boa que pode vir disso! Se você já entendeu que, neste mundo, tudo está interligado... Se você compreende que não se pode conseguir um bem real através de uma ação má... Se você se compromete com a construção de um novo paradigma baseado no amor, no respeito, numa visão e numa atitude de sustentabilidade e de integração... Compartilhe, curta e comente esta mensagem! Um abraço! Raphael Lobo. @filosofiadolobo #anaturezasomosnós #eupreservo #correntedobem #tamojunto (em Pará de Minas) https://www.instagram.com/p/CDrokJ1jwX3/?igshid=1taw8ugbaunll
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musiconyoutube · 3 years
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Crise ambiental vira tema econômico e Brasil tenta mudar imagem para a COP26
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© Reuters. Vista aérea de região desmatada da Amazônia em Rondônia 28/09/2021 REUTERS/Adriano Machado
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) – O segundo dia da cúpula do G20, este final de semana, em Roma, será inteiramente dedicado ao meio ambiente e à mudança climática, um reflexo de que o tema ambiental invadiu os fóruns econômicos de vez, e o Brasil tenta reagir à desgastada imagem que o país tem carregado nos últimos anos para o exterior.
Esta semana, quando se aproxima a COP26, maior conferência mundial sobre as mudanças climáticas, o governo lançou o programa Crescimento Verde, em mais uma tentativa de reação às acusações de que o Brasil, nesse momento, pouco tem a mostrar diante das imagens impressionantes da floresta amazônica no chão ou debaixo de fogo.
Na pauta, não há grandes novidades. É, sim, um guarda-chuva de iniciativas de sustentabilidade que o governo criou e financiamentos de bancos públicos para políticas de mitigação ou que tenham critérios ambientais para liberação.
A intenção, disse à Reuters o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, é que seja uma espécie de "PPI Verde", em referência ao Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), criado no governo de Michel Temer, que aglutina os projetos de infraestrutura e outras áreas a serem privatizados ou concedidos.
"Quando nós paramos para apurar o que tínhamos… a gente tem muita coisa e a gente não divulga isso. Estamos nos comunicando muito mal e ligando muito pouco com o outro lado, o do pessoal do meio ambiente que está trabalhando nisso", disse.
Desde 2019, quando Bolsonaro assumiu o governo, o Brasil bateu recordes seguidos de desmatamento. Entre agosto de 2019 e julho de 2020, os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontaram que a Amazônia Legal perdeu 11.088 km² de sua cobertura vegetal, o maior índice desde 2008.
Foi o pico de um processo que já vinha crescendo desde 2012, e representou um crescimento de 9,5% sobre o período entre 2018 e 2019. Este ano, a estimativa é de redução de cerca de 5%, o que pouco alivia.
Os últimos três anos também viram crescer o recorde de focos de queimadas na região, que costumam se seguir ao desmatamento ilegal. Imagens da Amazônia queimando correram o mundo e atraíram os olhos e as críticas para o governo de Jair Bolsonaro.
A retórica presidencial contra as restrições de exploração das terras na Amazônia, os ataques a ONGs e as brigas com governos que cobram uma ação mais incisiva contra o desmatamento jogaram para o fundo do poço a imagem brasileira nas questões ambientais — área em que o país foi líder durante vários anos.
O tema, no entanto, saiu das conversas de ativistas ambientais e chegou à economia. Centros de análises voltados a investidores avaliam hoje riscos ambientais de investimento assim como analisam insegurança jurídica e retornos financeiros. Fóruns de economia incluem dias inteiros de debate sobre meio ambiente.
"Quando a gente vai para os fóruns internacionais, as discussões todas têm sido sobre meio ambiente. OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento, o clube dos países ricos ao qual o Brasil quer aderir), eu fui muito a fóruns sobre aviação civil, encontro anual do FMI, G20, em todas o meio ambiente está na pauta. É um tema de interesse econômico, e é importante que a gente trate como tal", explicou Guaranys.
O risco ambiental do Brasil chegou ao Ministério da Economia. Sobram cobranças, por exemplo, na OCDE para que o país melhore sua gestão ambiental. O acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul corre o risco de naufragar diante da resistência de deputados do Parlamento Europeu de abonar as más práticas ambientais brasileiras. Outros países ameaçam suspender importações de produtos agrícolas brasileiros por conta do desmatamento da Amazônia.
Mesmo que parte disso seja, como diz Bolsonaro, uma estratégia comercial para diminuir o tamanho do Brasil no mercado internacional de commodities, o risco econômico existe e empresas brasileiras cobram o governo por melhoras.
"Acho que até agora a gente não estava conseguindo mostrar a importância das políticas de sustentabilidade para o crescimento da economia, para o mundo econômico. O programa nacional do Crescimento Verde é uma junção dessas duas coisas: a preocupações todas que temos com o planeta, mas também ligadas ao crescimento do país", disse Guaranys.
"Às vezes essa junção é importante. Quando a pauta é só muito ambiental não se comunica com todas as políticas econômicas. É óbvio que é legal que seja um valor, que a gente tem que preservar o planeta, mas tem que explicar o impacto na vida das pessoas."
A carteira do programa inclui ações que o governo federal já faz, linhas de financiamento dos bancos oficiais ligadas à programas de sustentabilidade ou que têm critérios verdes para concessão e chegam a 411 bilhões de reais desde 2019, e vão incluir ainda os programas propostos pelo Brasil na COP26 para alcançar as metas negociadas, assim como outras propostas que forem surgindo.
O secretário-executivo diz ainda não saber quais serão essas propostas, mas que serão acompanhadas pelo Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima e Crescimento Verde, que irá acompanhar o planejamento, execução e cumprimento das metas.
"Há uma demanda dessas metas mais concretas e de compromissos maiores. O Ministério do Meio Ambiente está ciente disso", disse.
DESAFIO
Convencer os demais países durante a COP de que o Brasil está mudando é, de fato, o maior desafio dos negociadores brasileiros.
Nesta sexta-feira, o negociador brasileiro na COP, embaixador Paulino Carvalho Neto, informou que o Brasil aceitou assinar um dos pactos mais importantes da cúpula, o acordo sobre manutenção de florestas, em que até agora sua participação era incerta.
"Não é um acordo estrito senso, mas uma declaração política", disse o embaixador à Reuters.
Mais do que isso, é um sinal de que o Brasil de fato tenta limpar sua imagem.
O principal anúncio virá das negociações das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, na sigla em inglês), as metas que os países irão apresentar para suas próprias reduções de emissões de gases do efeito estufa.
A expectativa é que o Brasil fortaleça sua meta de emissões, elevando de 43% para 45% a meta de reduzir as emissões até 2030 na comparação com os níveis de 2005.
Também existe a possibilidade de que se ponha na mesa a redução do Brasil para zerar o desmatamento ilegal, hoje previsto para 2030, em dois ou três anos.
"O que eu peço a todos é o benefício da dúvida e que se olha para frente, não para o passado", disse o embaixador em uma entrevista à Reuters.
Não há dúvidas dentro do governo brasileiro de que a imagem do país hoje não é nada boa. O secretário Guaranys credita o problema, em parte, à comunicação.
"A ideia da gente é mudar. A gente sabe que a comunicação e a imagem do país não estão adequadas. O que a gente quer é dar uma guinada na nossa forma de comunicar o que estamos fazendo", afirmou.
"Esse é um mundo novo que a gente começa a avançar mais, essa proximidade maior entre economia e meio ambiente vai ajudar bastante em criar os incentivos corretos. Até para o setor privado que vai investir na gente as pessoas precisam entender o que a gente está fazendo."
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alinemendesbr · 3 years
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A casa indígena tem sabedoria Conviver, ter tempo e prazer, temperar a casa com cheiros e sonhos, amar a terra, simplificar a vida, olhar a alma das coisas. Esses ingredientes, fundamentais na casa indígena, poderiam também ser levados para as nossas ― nós, que temos tanto ainda a aprender. Quem ensina? O índio Kaká Werá, a arquiteta Leda Leonel, que morou em tribos indígenas e a índia Tibiriçá, criadora de bonecas indígenas grávidas. Conviver. Nas aldeias, a casa grande abriga muitas famílias. Ali, nem o espaço nem o coração têm divisão. “O fogo no centro da oca convida ao encontro. À noite, ao seu redor, cada um conta a sua história, expressa o seu sentimento. Juntos, fazem brincadeiras, ou ficam em silêncio profundo”. “A casa não é o mais importante - a vivência do espaço, sim”, conclui Leda. Cheiros e sonhos. “A casa é de madeira e palha, o piso é de terra e tudo tem cheiro de flor”, diz a encantadora Tibiriçá. Os aromas exprimem a “alma das coisas”, estimulam a ação ― ou os sonhos. “O sonho mostra o caminho a seguir. É um portal do espírito”, conta Kaká. “Por isso, a casa é um templo, pois, pelo sonho, nos traz a inspiração do espírito para as tarefas do dia”. Amor. A casa não é feita para durar, pois a mudança é necessária, para que a natureza se renove. Isso se chama sustentabilidade. Para Kaká, a poluição é a grande doença do homem moderno. Principalmente a interna, de pensamentos e emoções. Simplicidade. Na aldeia, não existe desperdício, e nem se acumulam bens, o que traz uma grande tranqüilidade. "Para os índios, herança é o conhecimento que garante a continuidade da vida” ensina Leda. Nas terras indígenas desfruta-se de maior abundância e a violência é menor. A alma das coisas. Fala Tibiriçá: “Para nós, Deus é tudo, tudo é Deus”. Kaká completa: “Lembre-se sempre da sua essência. Isso, por si só, pode te curar”. Índio é atrasado? Incompleto? Incapaz? Puro preconceito da colonização. Índio é espelho que a gente não quer ver. Espelho de tudo o que ainda não conseguimos ser. Texto do livro Casa Natural - Arquiteto Carlos Solano. Repost @carlos.solano.arquiteto https://www.instagram.com/p/CN3HShMJz1F/?igshid=fvzv6zejnogt
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blackpaircapital · 4 years
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Como os investidores podem mudar os rumos do futuro da Humanidade no Planeta. O planeta será salvo pelas escolhas que fazemos: mude os seus investimentos, agora!
"Fazer bons investimentos é fazer a coisa certa; você não vai colocar o seu dinheiro em empresas que contaminam o planeta, você quer empresas que vão salvar a Terra e não o contrário". - Fabrizzio Bonela Dal Piero, Head of Black Pair Capital. Todos os direitos reservados.
Pode parecer impossível ao investidor amador fazer as escolhas certas, mas é sim possível tirar da carteira aquela empresa conhecida do mercado que destrói a natureza, acaba com os rios e manda poluição para o ar e, trocar por novas empresas que vão salvar o planeta ou, pelo menos tem produtos e serviços que não são uma real ameaça para a vida, que fazem aqui e contaminam lá, exploram tudo e não respeitam nada que, verdadeiramente importa, só buscam os lucros cada vez maiores. Mas, isso tem um fim, a nova ordem global chegou e dará o basta a quem só marca a ferro e fogo e, ainda assim, se passam por boas empresas, com poucas migalhas dadas que, pensam enganar a todos.
Em todo o mundo, investidores estão alterando os seus planos, modificando os seus portfólios, buscando por novas empresas que, em sua essência, são verdes e, deixando fora da mesa empresas predadoras do meio ambiente. Uma incrível força vendedora, short sellers ao redor do mundo iniciam uma nova campanha contra as empresas que, não estão adequadas a sua realidade, vendas massivas poderão acontecer em diversos setores, o movimento contra as empresas predadoras é somente um fase do poder que os investidores têm em suas mãos, unidos podem usar toda a capacidade financeira que tem para fazer acordar os acionistas das principais poluidoras do mundo de que, agora a realidade mudou! O cenário parece futurista, mas é uma realidade que vai varrer o mercado nas próximas décadas, provavelmente a marca daquela empresa que conhecemos hoje não irá existir mais.
E, não é preciso ter muito dinheiro para aceitar participar desta nova realidade, basta quando for investir o seu dinheiro não fazer em empresas poluidoras.
- A época delas terminou!
Isso é justificado quando os avisos dizem que a década que terminou em 2020 foi a mais quente registrada na história, com temperaturas mais altas do que qualquer outro período em pelo menos dois milênios e, possivelmente muito mais. O principal culpado por trás do aquecimento extremo, o dióxido de carbono atmosférico, atingiu um nível nunca visto em pelo menos 3 milhões de anos. Os últimos sete anos são agora os mais quentes desde o início da medição, no século XIX.
Em cinco grandes conjuntos de dados de temperatura atualizados, deram como empate estatístico, sendo o ano de 2016 como o ano mais quente já registrado, chegando a cerca de 1,2 ° Celsius mais quente do que no século 19. Quatro dos cinco centros de pesquisa mostraram 2020 um pouco mais frio do que 2016, mas dentro da janela de incerteza. O ano de 2019 é o terceiro colocado mais próximo.
"Cada década desde 1960 foi mais quente do que a anterior". - Fonte: NOAA.
- Ondas de calor, incêndios florestais, tempestades mais intensas e mudanças na chuva e na neve apontam para um mundo que já enfrenta um perigo elevado. A cada ano que passa, os cientistas ficam mais confiantes em atribuir muitas dessas anomalias do clima ao calor retido na atmosfera e nos oceanos. “Quando os ingredientes para um furacão se juntam, vemos que esses furacões estão se intensificando muito mais rápido”. - Ahira Sánchez-Lugo, cientista física dos Centros Nacionais de Informações Ambientais da Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA.
E, não vamos deixar de lado as pandemias, já alertado anteriormente de que a grande pandemia ainda estar por vir. O que faz o alerta ecoar sobre o desmatamento institucionalizado do Governo do Brasil. É da selva que a nova doença poderá surgir se, assim, continuar os crimes ambientais. Acredito que, brevemente, o Brasil sofrerá um forte embargo econômico, motivado pelo seu próprio descaso na proteção do meio ambiente; estamos a muito pouco disso realmente acontecer.
Neste momento, as temperaturas dos oceanos também atingiram um novo máximo em 2020, de acordo com um estudo publicado na primeira semana de janeiro de 2021.
Os dados de temperatura confirmaram muitas das projeções feitas por pesquisadores do clima. O trabalho de modelagem continua na comunidade científica do clima, com os próximos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas apoiado pelas Nações Unidas sendo esperados neste ano e no próximo - 2021/2022.
- NCEI da NOAA, Berkeley Earth, Unidade de Pesquisa Climática da University of East Anglia e o registro “Cowtan and Way” iniciado por dois cientistas, todos concluíram que 2020 foi muito próximo de 2016. Um sexto grupo de pesquisa, o Copernicus Climate Change da União Europeia Serviço, aponta 2020 e 2016 como em um empate. Não há discordância de que os 10 anos mais quentes já registrados ocorreram desde 2005.
A escala da poluição de CO₂ da humanidade é tão grande que a queda econômica causada pela pandemia mal será registrada nos dados de emissões, muito menos na temperatura média. A Agência Internacional de Energia estima que as emissões de CO₂ caíram cerca de 8% no ano passado em comparação com 2019, ou equivalente ao nível de poluição em 2010, e a BloombergNEF sugeriu que 2019 pode acabar representando o pico de emissões de CO₂ da queima de combustível fóssil. Só os EUA viram uma queda em todos os gases de efeito estufa de 10,3%, de acordo com o Rhodium Group, uma empresa de pesquisas. O Met Office do Reino Unido projeta que o CO₂ atmosférico em 2021 aumentará mais de 50% acima do nível pré-industrial pela primeira vez.
- O Brasil encerrou 2020 com o maior número de focos de queimadas em uma década, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No ano passado, o país registrou 222.798 focos, contra 197.632 em 2019, um aumento de 12,7%. Os números só ficam atrás do recorde de 2010, quando o país registrou cerca de 319 mil focos.
“Divulgar o aumento inexorável da temperatura média global tornou-se uma rotina sombria para os cientistas”. - Andrew Dessler, professor de ciências atmosféricas na Texas A&M University.
Os dados estão todos na mesa, os números dão clareza na dimensão dos desafios que a humanidade irá enfrentar. Infelizmente, não haverá mais aquele bom descanso das gerações anteriores. Daqui para a frente todos os cenários levam a um quadro de extrema dificuldade que, somente poderá ser vencido com união de todas as Nações.
A NOAA já dá a 2021 uma chance de 99,6% de ser um dos 10 anos mais quentes. Só não espere outro quebrador de recorde. Com o La Niña, este ano tem apenas 7,4% de chance de superar as temperaturas de 2020 e 2016. Graças a Deus.
E o combate não se dá apenas cientificamente, é no dia a dia que a Vitória será conquistada e, ameaças futuras que em breve baterão em nossas portas poderão ser superadas. Por isso, aos investidores, evitar escolher produtos, serviços e empresas listadas em bolsa de valores que são responsáveis ou mesmo co-responsáveis com o desmatamento, aquecimento global ou crimes ambientais é um dever de qualquer investidor que negocia dentro do mercado de capitais evitá-las.
Ao não investir em empresas predadoras do meio ambiente e escolher empresas verdes para acreditar em seus produtos e serviços, torna-se neste momento o investidor um cidadão global, consciente do seu poder, da capacidade que tem em mudar os rumos do destino da humanidade. E, faz a coisa certa, podendo ter melhores resultados de rentabilidades maiores, escolhendo novas tecnologias que estão agora iniciando no mercado, começa assim, junto com a empresa, comprando barato ao invés de investir quando definitivamente revolucionar o mundo. Já foi mencionado isso anteriormente: os bons investimentos hoje somente podem ser conquistados quando se inicia-se junto com as empresas inovadoras, acreditando no sucesso futuro, somente assim se ganha muito dinheiro, acreditando junto, estando lado a lado e, não quando já estiver bombando na praça.
Um bom exemplo do poder que os investidores têm são os investimentos em ESG (Environmental, Social and Governance) já são tão populares no Japão que até monges budistas estão se envolvendo.
Um dos novos investidores é Tokuunin, um templo zen budista no centro de Tóquio. O grupo religioso queria ganhar mais dinheiro com reparos e manutenção de edifícios nas próximas décadas (não com a construção de novos), então comprou títulos sociais de 40 anos vendidos pela Universidade de Tóquio, de acordo com Yuzan Yamamoto, seu sacerdote-chefe. “Em um momento em que mal podemos obter retorno de economias de longo prazo, estamos felizes por poder contribuir para ajudar a sociedade e, ao mesmo tempo, ganhar retornos suficientes para cobrir a inflação”, disse Yamamoto.
Ele não está sozinho. A Nomura Securities Co. tem descoberto que cada vez mais templos budistas e santuários xintoístas estão interessados ​​em comprar títulos ambientais, sociais e de governança, de acordo com Satoshi Tsukazaki, que consulta organizações religiosas na corretora. É outro reflexo do "boom" de investimento sustentável no Japão, que viu as vendas de notas ESG saltarem 68%, para um recorde de $ 21 bilhões em 2020, conforme a demanda por tais dívidas aumenta em todo o mundo.
Grupos religiosos no exterior também estão se envolvendo mais em projetos de sustentabilidade. O Vaticano disse no mês passado que vai se juntar a executivos, incluindo Brian Moynihan, do Bank of America Corp., e Marc Benioff, da salesforce.com Inc., em um grupo que busca criar "um sistema econômico mais justo e sustentável". A Thrivent Financial for Lutherans, sediada em Minneapolis, tem um fundo que investe em empresas com base em critérios ESG.
De volta ao Japão, parece que o movimento contra as empresas predadoras do meio ambiente, de fato, começou. Sobre os monges: “Eles começaram a assumir vários riscos, como moedas e taxas de juros, e começaram a comprar títulos ESG”, disse Tsukazaki, da Nomura. "Eles acham que investir em ESG é uma forma adequada de usar o dinheiro de seus seguidores".
Esse é o momento, essa é a hora certa para cada investidor, dentro do seu nível de poder que tem, fazer o justo. "Então, faça as suas escolhas certas, mesmo com pouco dinheiro você pode gerar verdadeiros impactos globais, tudo está sempre conectado, lembre-se disto, suas atitudes somadas com outras de milhares de pessoas podem mudar o destino do futuro das pessoas no mundo".
Fabrizzio Bonela Dal Piero, Head of Black Pair Capital. Todos os direitos reservados.
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amazoniaonline · 1 year
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ayahuascame · 4 years
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Dia 12 de dezembro de 2020, embarquei com três novos amigos, que conheci ao subir no carro, em direção à chácara onde o ritual aconteceria. A viagem durou aproximadamente 2h30. Chegando lá, conhecemos a chácara, que não era muito grande, porém era muito limpa e possuía muita coisa para se ver/descobrir/fazer. Os donos do local nos explicaram que, ali, eles buscavam “fechar o ciclo”, referindo-se ao reaproveitamento de tudo. Por exemplo, nos encorajavam a fazer xixi no mato e cocô nos “banheiros secos”, onde você deveria cobrir o seu cocô com uma serragem e não haveria cheiro, e dentro de dias seu cocô seria um material perfeito para adubar o solo. Sobras de comida? Seriam decompostas na decomposteira, virando o melhor húmus para qualquer plantio. As instalações eram feitas de barro, bambu, tudo o que não fosse concreto. Não era permitido utilizar produtos de higiene que não fossem biodegradáveis, pois contaminariam a água, que era, também, reutilizada. Enfim, a ideia era aquilo que eu sempre sonhei: sustentabilidade e proteção ao meio ambiente, que não deixa de ser eu e você.
 Como chegamos horas antes da cerimônia, nossa estadia consistiu em conhecer os aposentos, aprender mais sobre aquele lugar e o ritual e preparar-nos para ele. A preparação já deveria iniciar nos três dias prévios, que incluiriam evitar relações sexuais, não comer carne (e preferencialmente qualquer derivado animal) e não consumir bebidas alcoólicas ou outras drogas. Na chácara, fomos servidos uma comida vegana, com a indicação de servir-nos pouco, pois a ayahuasca faz a maioria de quem a toma vomitar. Em seguida, tivemos algumas horas para a digestão e descanso.
 O local onde o ritual aconteceria era uma espécie de grande oca (grande mesmo) com um lindo teto em geodésica (busquem o que é no Google, para terem uma ideia). Devido a imprevistos, a cerimônia iniciou-se aproximadamente às 19h00. Para o evento, cada um deveria levar sua “cama” individual de cipó (oferecida gratuitamente no local) ou seu próprio tapete de yoga, um agasalho ou cobertor (pois fazia frio na chácara, à noite, e a medicina também poderia te dar a sensação de frio), um copo para receber o chá e, opcionalmente, quaisquer artigos místicos que você possuísse (pedras, incensos, cachimbos, etc) ou instrumentos musicais.
 O líder, que portava vestes indígenas e um cocar durante o evento, viaja com certa frequência à Amazônia para imergir no dia-a-dia das tribos que praticam o xamanismo e usam a ayahuasca. De início explicou as normas de conduta. O trabalho é algo muito individual, e, assim, não devíamos nos comunicar uns com os outros durante a experiência. Silêncio era a regra principal, exceto pela música cantada e tocada pelo líder durante todo o ritual, que consistia de canções indígenas, algumas em espanhol, e outras, poucas, em português.
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A purga
Quem já consagrou a ayahuasca sabe: a purga é parte do processo. Purgar significa “livrar-se de impurezas; depurar”. Uma boa parte — eu arriscaria uns 60% — de quem bebe o chá passa pela purga e regurgita intensamente alguns minutos após tomar a bebida. Outros, em menor parte, têm diarreia.
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 Explicadas as regras, é iniciado o ritual. Todas as luzes são apagadas, exceto por velas ao tablado, baixinho, em frente ao líder. Todos estamos sentados em nossos tatames numa grande roda. Somos por volta de 40 pessoas, incluindo a equipe. Baldinhos são disponibilizados para a eventual purga. O líder nos convida, um a um, a tomar da primeira dose do chá. Na minha vez, dirijo-me até ele, ajoelho-me ante ao tablado e entrego meu copo com a mão trêmula. Nervos não à flor da pele; contudo, sei que estou embarcando em algo desconhecido. Bebo minha dose. O sabor, muito, mas muito mais tolerável do que eu havia lido. Parecia um xarope. Volto ao meu lugar. Iniciam-se as cantigas pelo líder, ao som do seu violão, que são acompanhadas ocasionalmente por umas 2 ou 3 vozes adicionais de membros da equipe de apoio. Passam-se uns 30 minutos e a purga de alguns começa. Absolutamente nada acontece comigo. Aproximadamente 1h00 após a primeira dose, o líder convida aqueles que acreditam não terem tido o suficiente para se aproximarem para uma segunda toma. Bebo minha segunda dose. Mais uma hora passa e não sinto nada de diferente. Enquanto isso, purgas são ouvidas em toda parte.
 Frustrado. Já se foram quase três horas (em minha cabeça), não é possível que essa viagem seria em vão. Tento fechar os olhos e relaxar. Em alguns minutos, tenho a impressão de ver uma luz verde; um verde diferente, brilhante. Aos poucos, começo a me sentir estranho. Sou tomado por uma sensação de extremo incômodo. Todos os meus sentidos estão aguçados. Tudo ao meu redor me incomoda. Meu estômago está revirando e começo a sentir calafrios, típicos de um pré-vômito. A acústica da “oca” onde estávamos piorou tudo. Era um desses lugares onde qualquer som, dependendo de onde fosse, ganhava um eco que parecia que um microfone estava sendo usado. Isso fez os vômitos terem um volume absurdamente alto, parecia que alguém estava vomitando no meu ouvido. Os cheiros de incenso me incomodavam ao extremo. Aqui, abro um parêntese para falar sobre meu problema com isso.
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Eu tenho pavor de vomitar!
Se tem uma sensação que eu não suporto é a de náusea. De fato, eu prefiro apanhar, sentir dor física, que me sentir enjoado. Participei do ritual achando que a purga era um vômito que se criava e saía em segundos, mas, não. Foram muitos minutos. Muitos minutos horríveis, de agonia, de sensação de incapacidade e descontrole do meu corpo. Me sentia tonto, não sabia o que fazer; acenei para um membro de apoio, mas ele não me viu. Não podia falar com ninguém nem atrapalhar as experiências alheias. Não teria condições de levantar, também. Tudo o que eu queria era que aquilo acabasse para eu voltar para a minha casa!
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Por fim, vomitei. Agarrei meu balde e coloquei tudo para fora. Não foi pouco. Felizmente, todo o mal passou. Contudo, a luz verde brilhante que eu antes vira, que me dava a esperança de entrada na força (como chamam a “viagem” ou estar sob o efeito psicológico da ayahuasca), se foi. Tudo o que eu sentia, então, era sono.
 Para a alegria de todos, finalmente, a fogueira foi acesa no meio da oca. Já haviam se passado aproximadamente três horas desde o início da cerimônia. E eu, o diferentão, como sempre, não sentia absolutamente nada. Consegui a atenção de um membro de apoio e a informei sobre isso. Surpresa, ela me disse que eu poderia, ao pegar minha terceira dose, relatar isto ao líder. E assim o fiz. Tomei a terceira dose. Trinta minutos se passam, e nada. Chamo a atenção de um outro membro da equipe e explico minha situação. “-Tem certeza que não tá sentido nada?”, me indaga. “-Tenho”, respondo. “-Às vezes as pessoas estão na força e nem se dão conta”. “-Certeza absoluta”, replico, frustrado. “-Faz o seguinte, cara: fecha os olhos e relaxa, se entrega. A medicina trabalha de maneiras misteriosas”. E assim o fiz.
 Enquanto isso, todos ali já estavam altíssimos e alguns, inclusive, faziam suas próprias danças ao redor do fogo. Cada um na sua vibe. De repente, sinto meu corpo estranho de novo e sofro por antecipação de saber que a purga viria mais uma vez. Minutos passam e eu volto à mesma agonia anterior - um vômito que não se decide se vem ou não. De repente, ele vem com tudo. Na afobação, peguei meu balde com tanta força (balde este que já estava cheio de vômito meu), que fiz seu conteúdo voar na minha cara e na minha camisa. Não vomitei. Tiro minha camisa e me torno ainda mais diferentão, ali. Minutos depois, com mais calma e todo sujo, vomitei.
 A situação era desfavorável para mim. Como diriam em inglês, I was a hot mess.   Cansado, com sono, frustrado, cheirando a vômito, com a cara acabada, ali estou. Porém, em poucos minutos, finalmente começo a notar algo diferente em minha visão.
 Enxergo uma cobra amarela, com manchas negras, gigante, com vários metros de comprimento, ao redor da fogueira. “-Uhul, estou na força!!”, penso euforicamente. A cobra era muito real. Aperto, coço meus olhos, e a cobra permanece ali. A vontade era de cutucar alguém ao lado e perguntar: “-Você também tá vendo aquela cobra??”. E, assim, aos poucos, a minha viagem começa.
 Fecho meus olhos e, o que vejo, são as cores verde, vermelho, amarelo e laranja em tons muito brilhantes, intensos, ordenadas em uma espécie de mosaico feito de micro-bolinhas (como esses símbolos: ©®), uma ao lado da outra, alinhadas. Ao fundo, o líder segue cantando e tocando músicas indígenas, algumas mais lentas e outras agitadas. Cada batida em seu tambor, cada vibração diferente do seu violão, cada nota variada em sua voz faziam as cores em minha mente se destacarem e dançarem. Acredito que esse seja o efeito que usuários de LSD tem. E, não vou mentir, era mágico.
 Ao abrir os olhos, o ambiente era extremamente caloroso, não apenas pelo fogo. Eu sentia uma aura de irmandade, de amor, mesmo cada um viajando em sua própria mente. Agora, não havia apenas uma, mas várias cobras, e também felinos de todas os tipos (tigres, onças, gatos), circulando, e eu não sentia medo algum. Isso foi algo bem marcante durante minha experiência com a medicina: em momento algum, senti medo. Realmente tive a sensação de estar protegido pela “mãe” ayahuasca, como alguns descrevem.
 Com os olhos fechados, pensamentos vinham à tona. O primeiro deles foi sobre um desentendimento que tive com minha mãe. Fizera algo muito chato com ela dias atrás, e a sensação que tive durante a força foi como se tivesse entrado dentro da cabeça da minha mãe, e vi tudo sob sua perspectiva. É simplesmente impossível descrever com palavras. Só sei que fui tomado por um sentimento de arrependimento pelo que eu disse, e me bateu o desespero. Estava desesperado para sair dali e mandar-lhe uma mensagem dizendo “Mãe, eu te amo. Me desculpa por aquele evento! Vc significa muito para mim!!”. Um textão veio a minha mente. A primeira lição, ali, era de empatia e compaixão. O tapa na cara, meu Deus.
 Contudo, esse aprendizado me fez passar o resto da noite ansioso para o fim da cerimônia, para que eu pudesse enviar tal mensagem, não importava a hora do dia. E se ela morreu exatamente nesse tempo em que estou aqui? E se a primeira coisa que eu vir na tela do meu celular for a de uma amiga, do tipo “Marcus, me ligue imediatamente; aconteceu algo grave”. É, meus amigos, não foi legal. E que alívio saber que tive tempo de enviar a mensagem. De fato, foi a primeira coisa que fiz ao ter acesso novamente ao meu celular.
 De volta ao cenário que me circundava, minha mente “estalou”, ou “a medicina me revelou” que eu estava na ÁFRICA. Sim, é claro, África! Como poderia ser diferente? Felinos, cobras, um local árido (era a impressão do meu horizonte, dado o chão e paredes de barro, na oca onde estávamos), uma fogueira, a batida do tambor, regida pelo líder do ritual. Sim, eu estava no Brasil e na África ao mesmo tempo. No entanto, eu não fazia ideia do porquê. Simplesmente me deleito com a vista. Alguns momentos depois vem a pergunta que eu guardara, para a medicina: “-Por favor, me ajude a decifrar minha própria mente. Por que eu tenho tantos bloqueios sexuais?”. E, sem ouvir vozes nem ver nada, eu “ganhei” a resposta. A resposta era não-aceitação. Sempre que vou me envolver afetivamente/sexualmente com alguém, busco elogios contínuos, sentir-me seguro, ter a certeza absoluta de que a pessoa me aceita como eu sou. Que ela gosta de mim independente das minhas características físicas, ou de como eu me comporto, meus defeitos... A medicina me fez ver, claramente, que eu nunca me aceitei, e por isso busco essa validação no outro. E a não-validação absoluta me faz sentir pequeno e, consequentemente, travado para me expressar sexualmente. Isso explicou muita coisa.
 Eu sempre me achei a-normal. Esquisito, “diferentão”, feio. E, por isso, recorri aos procedimentos estéticos para me encaixar mais no padrão. Para fazer parte de algo, para ser popular. Para ser aceito.
Mas, e a África? Me indago. No momento, também associei à aceitação. Senti que me falta explorar mais esse lado da minha origem. Não que eu rejeite ser negro se me perguntarem, mas também nunca tive a sensação de pertencimento. Nunca sofri grandes preconceitos pela minha cor/aparência, então também nunca me identifiquei como negro no sentido de abraçar a negritude e tornar isso uma de minhas grandes características de definição enquanto cidadão. Será que me falta isso? Será que, ao me encontrar sexualmente com alguém, eu busco a aceitação, no outro, da minha negritude? A resposta, definitivamente é, sim.
Mama África... a minha mãe continua solteira. Procurei fazer conexões com o continente e minha vida. África, das pessoas retintas, sofridas, do passado duro. E como isso me faz pensar na minha própria mãe. A enxerguei criança, menina, inocente, numa casa definida pela pobreza e superpopulação, e a consequente necessidade de carinho e atenção. E isso ficou na minha cabeça. Minha empatia apenas crescia.
Pensamentos parecidos a estes iam e vinham a todo instante. Eu sentado, de joelhos para cima, abraçando-os forte, e a cabeça tombada para a direita. O fogo me mirava. Era maravilhoso. O fogo não era fogo, era lava, magma, que balançava de um lado para o outro como um mini rio, o vermelho/alaranjado mais vivo que se possa imaginar. E as lágrimas escorriam. Lágrimas de dor, arrependimento, e de cura. Eram também lágrimas de gratidão por estar vivendo algo que, realmente, é de outro mundo.
Em dado momento, não mais era o fogo que me mirava, e sim um gato inteiramente preto, ao lado da fogueira, que diria seu olhar amarelo ao meu.
Porém, nem tudo foram flores. Uma parte da náusea da terceira dose se mantinha presente. Em certo momento precisei sair para urinar e, ao me levantar, me sentia como um bêbado de sarjeta. Além disso, tive dificuldade em discernir o que era real ou não. O chão parecia areia movediça, e eu não sabia onde pisar. Tive que pedir a ajuda de um membro da equipe para me guiar pelo braço. Após um tempo, eu cansei de todas aquelas sensações ao mesmo tempo, pois me entendia como incapaz. E um pensamento marcante me surgia: “A pior prisão é a sua própria mente”. E se eu não conseguisse sair daquele estado? Já estava cansado daquelas cores, daqueles animais; só queria que tudo acabasse e eu pudesse voltar para casa e dormir. E aí começou a paranoia. Comecei a imaginar que poderia nunca mais voltar a ser eu mesmo. Como eu trabalharia? Quem cuidaria de mim? E, como vocês sabem, um pensamento negativo puxa o outro. Ali, decidi que nunca mais tomaria o chá.
Volto à oca morrendo de vergonha. “Graças a Deus todo mundo está loucão”, penso. Pois adentra, no local sagrado, um negro de 1,87m sem camisa, cambaleando e cheirando a vômito.
De volta em meu tatame, um novo pensamento aparece em meu painel de controle mental: Bolsonaro. Sim, do nada, ele (não)! A palavra empatia dançava em minha cabeça durante todo o ritual, e eventualmente se cruzou com sua figura. Imaginei um Bolsonarinho criança, o vi, mesmo. E que ela ainda morava dentro do homem que conhecemos. A medicina me fazia refletir: “Mas ele já foi uma criança, pura, como todos nós. Como será que ele se tornou essa pessoa?”. E, em milésimos de segundo, simplesmente compreendi. Entendi que ele não merece o meu ódio. Entendi que todo o ódio que eu e outros emanamos em sua direção, só se converterá em mais ódio. E foi o ódio que o moldou. Pensei o quanto deste chá Bolsonaro precisaria beber. E quantas lágrimas e purga haveria naquele momento. E decidi que o meu ódio ele não mais terá.
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fefefernandes80 · 4 years
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Guedes diz não se arrepender de gastos na pandemia, mas defende reformas
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Ele ressaltou, no entanto, que voltar à agenda das reformas depende do tempo “dos políticos” O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo não se arrepende de ter elevado os gastos para enfrentar os efeitos da pandemia de covid-19. “Faríamos tudo novamente”, afirmou em evento da XP. Ele ressaltou, no entanto, que agora é preciso voltar à agenda das reformas, mas tudo depende do tempo “dos políticos”. “Gastamos e não nos arrependemos, faríamos de novo; mas agora precisamos voltar à agenda de reformas” destacou, frisando que programas como auxílio emergencial e de proteção de emprego foram bem sucedidos.
Guedes disse que nenhum brasileiro perdeu a vida por falta de equipamento ou assistência financeira como se temia. Ele ressaltou que analistas de mercado fizeram várias revisões com relação ao desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), citando que alguns consideraram uma queda de até 10%, e ele não acreditava nisso. “O Brasil está voltando como eu esperava. Claro que eu não tinha certeza disso, mas tinha indicações”, disse o ministro. Assim como em outros momentos, Guedes enumerou medidas adotadas pelo governo para conter os gastos públicos. Ele chegou a mencionar a ajuda financeira concedida aos Estados e municípios durante a pandemia e que teve como contrapartida o congelamento dos salários.
Citou que, no primeiro ano de governo, aprovou a reforma da Previdência e, com o envio da reforma administrativa pretende controlar o gasto explosivo com pessoal. Ele ressaltou, no entanto, que a aprovação de novas reformas depende da política, mas que o governo estará sempre propondo medidas ao Congresso Nacional.
Para o ministro, o Congresso Nacional está ajudando muito o governo. Ele afirmou que, mesmo durante a confusão da pandemia, havia um plano que foi seguido. Destacou ainda que é preciso reduzir o custo Brasil. Ele citou, por exemplo, a necessidade de desonerar a folha de pagamentos. “Se queremos, por exemplo, um imposto para desonerar a folha, há um grande barulho; é natural”, frisou, acrescentando que o país não pode mais aumentar impostos. Guedes afirmou ainda que não se pode usar a “desculpa do regime emergencial [da pandemia] para furar o teto”. “Abertamente eu disse que estava sofrendo com fogo-amigo”, afirmou, sem mencionar diretamente o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Ele reforçou que o presidente Jair Bolsonaro foi claro ao dizer que não furaria o teto. Na avaliação do ministro, há muitos “mágicos prometendo coisas que podem prejudicar o futuro”. Guedes contou ainda que, enquanto fala no evento da XP, alguns senadores estão se movendo para aprovar autonomia do Banco Central (BC). Ao falar sobre privatizações, frisou que é verdade que apesar de ser uma necessidade, não estão andando o suficiente. “Vamos acelerar, temos que andar mais e mais rápido para a direção que estávamos antes”, disse. “Íamos ter 4 privatizações, concordamos politicamente, mas 90 dias se passaram e não tivemos anúncio” contou. “O que aconteceu novamente? A política”, justificou. Ele disse ainda que “não há nenhum plano para estender o auxílio emergencial” e que o governo está procurando uma “aterrissagem suave para o benefício”. Na avaliação do ministro, não há desculpa para usar a doença para pedir estímulos artificiais na economia, o que seria uma má política por comprometer gerações futuras. Inicialmente, o governo pagou cinco parcelas de R$ 600 de auxílio emergencial para atender os mais prejudicados com a crise provocada pelo coronavírus e depois reduziu o valor que será pago até o fim do ano para R$ 300. “A doença está caindo e precisamos assumir responsabilidade pelo nosso orçamento”, disse. “Tudo indica que a doença está caindo. Temos 3, 4 meses mais” contou. No que diz respeito ao Renda Cidadã, programa social que o governo vem estudando, Guedes afirmou que todos os exercícios econômicos consideram o cumprimento do teto de gastos. “O presidente [Jair Bolsonaro] disse, se não achar espaço, vamos voltar para o Bolsa Família”, destacou. “Estamos construindo um programa evolucionário e consistente”, destacou, ressaltando que não há truques. O ministro disse que a ideia desde o início é unificar os programas sociais. “Queremos juntar 27 programas, focando políticas nos necessitados”, frisou. Ele disse ainda “se pegar” deduções dos mais ricos no imposto de renda, seria uma forma de conseguir focar políticas no social. Segundo o ministro, o Congresso está em conexão com o governo. “Temos uma maioria de centro-direita sendo construída. O eixo político do governo finalmente foi encontrado.” Guedes destacou ainda que o mercado está “pedindo mais prêmio”, porque está vendo problemas. “Queremos ouvir os sinais do mercado e ouvir corretamente” contou. Guedes afirmou que não desistiu de aprovar um imposto sobre transações digitais para viabilizar, por exemplo, a desoneração da folha de pagamentos e defendeu a taxação dos dividendos. No que diz respeito especificamente ao imposto sobre transações digitais, que vem sendo criticado pela semelhança com a CPMF, Guedes disse que não é “homem de desistir facilmente”. Nesta semana, o ministro chegou a dizer que estava pensando em desistir desse imposto, quando questionado por uma equipe de TV. “Eu não me importo se o imposto [transações digitais] é feio, desde que ele ajude a criar novos empregos”. Sobre a turbulência no mercado devido as dúvidas com relação à sustentabilidade fiscal, Guedes disse que “os mercados estão se comportamento de forma apropriada porque há muito barulho”. Ele fez vários elogios à atuação do Congresso Nacional e demonstrou otimismo com aprovação de alguma reforma antes do fim do ano. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, tem dito que as prioridades para votação são PEC Emergencial, reforma tributária e reforma administrativa. Se tiver que escolher um desses pontos, conforme Maia, seria a PEC Emergencial. Isso porque a reforma tributária depende de acordo com o governo e a administrativa não há tempo para ser aprovada neste ano. Segundo o ministro, no que diz respeito à reforma tributária, est�� se chegando a uma convergência. Guedes ressaltou que no próximo ano serão aceleradas as reformas e as privatizações. O ministro disse que foi “só uma fofoca” o “boato” sobre acordo de Maia com a esquerda para não aprovar privatizações. Paulo Guedes Jorge William/Agência O Globo
Leia o artigo original em: Valor.com.br
Via: Blog da Fefe
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lovacedon · 4 years
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Guedes diz não se arrepender de gastos na pandemia, mas defende reformas
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Ele ressaltou, no entanto, que voltar à agenda das reformas depende do tempo “dos políticos” O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo não se arrepende de ter elevado os gastos para enfrentar os efeitos da pandemia de covid-19. “Faríamos tudo novamente”, afirmou em evento da XP. Ele ressaltou, no entanto, que agora é preciso voltar à agenda das reformas, mas tudo depende do tempo “dos políticos”. “Gastamos e não nos arrependemos, faríamos de novo; mas agora precisamos voltar à agenda de reformas” destacou, frisando que programas como auxílio emergencial e de proteção de emprego foram bem sucedidos. Guedes disse que nenhum brasileiro perdeu a vida por falta de equipamento ou assistência financeira como se temia. Ele ressaltou que analistas de mercado fizeram várias revisões com relação ao desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), citando que alguns consideraram uma queda de até 10%, e ele não acreditava nisso. “O Brasil está voltando como eu esperava. Claro que eu não tinha certeza disso, mas tinha indicações”, disse o ministro. Assim como em outros momentos, Guedes enumerou medidas adotadas pelo governo para conter os gastos públicos. Ele chegou a mencionar a ajuda financeira concedida aos Estados e municípios durante a pandemia e que teve como contrapartida o congelamento dos salários. Citou que, no primeiro ano de governo, aprovou a reforma da Previdência e, com o envio da reforma administrativa pretende controlar o gasto explosivo com pessoal. Ele ressaltou, no entanto, que a aprovação de novas reformas depende da política, mas que o governo estará sempre propondo medidas ao Congresso Nacional. Para o ministro, o Congresso Nacional está ajudando muito o governo. Ele afirmou que, mesmo durante a confusão da pandemia, havia um plano que foi seguido. Destacou ainda que é preciso reduzir o custo Brasil. Ele citou, por exemplo, a necessidade de desonerar a folha de pagamentos. "Se queremos, por exemplo, um imposto para desonerar a folha, há um grande barulho; é natural”, frisou, acrescentando que o país não pode mais aumentar impostos. Guedes afirmou ainda que não se pode usar a “desculpa do regime emergencial [da pandemia] para furar o teto”. "Abertamente eu disse que estava sofrendo com fogo-amigo", afirmou, sem mencionar diretamente o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Ele reforçou que o presidente Jair Bolsonaro foi claro ao dizer que não furaria o teto. Na avaliação do ministro, há muitos “mágicos prometendo coisas que podem prejudicar o futuro”. Guedes contou ainda que, enquanto fala no evento da XP, alguns senadores estão se movendo para aprovar autonomia do Banco Central (BC). Ao falar sobre privatizações, frisou que é verdade que apesar de ser uma necessidade, não estão andando o suficiente. "Vamos acelerar, temos que andar mais e mais rápido para a direção que estávamos antes", disse. "Íamos ter 4 privatizações, concordamos politicamente, mas 90 dias se passaram e não tivemos anúncio" contou. "O que aconteceu novamente? A política", justificou. Ele disse ainda que "não há nenhum plano para estender o auxílio emergencial" e que o governo está procurando uma "aterrissagem suave para o benefício". Na avaliação do ministro, não há desculpa para usar a doença para pedir estímulos artificiais na economia, o que seria uma má política por comprometer gerações futuras. Inicialmente, o governo pagou cinco parcelas de R$ 600 de auxílio emergencial para atender os mais prejudicados com a crise provocada pelo coronavírus e depois reduziu o valor que será pago até o fim do ano para R$ 300. “A doença está caindo e precisamos assumir responsabilidade pelo nosso orçamento”, disse. “Tudo indica que a doença está caindo. Temos 3, 4 meses mais” contou. No que diz respeito ao Renda Cidadã, programa social que o governo vem estudando, Guedes afirmou que todos os exercícios econômicos consideram o cumprimento do teto de gastos. “O presidente [Jair Bolsonaro] disse, se não achar espaço, vamos voltar para o Bolsa Família”, destacou. “Estamos construindo um programa evolucionário e consistente”, destacou, ressaltando que não há truques. O ministro disse que a ideia desde o início é unificar os programas sociais. “Queremos juntar 27 programas, focando políticas nos necessitados”, frisou. Ele disse ainda "se pegar" deduções dos mais ricos no imposto de renda, seria uma forma de conseguir focar políticas no social. Segundo o ministro, o Congresso está em conexão com o governo. “Temos uma maioria de centro-direita sendo construída. O eixo político do governo finalmente foi encontrado.” Guedes destacou ainda que o mercado está “pedindo mais prêmio”, porque está vendo problemas. “Queremos ouvir os sinais do mercado e ouvir corretamente” contou. Guedes afirmou que não desistiu de aprovar um imposto sobre transações digitais para viabilizar, por exemplo, a desoneração da folha de pagamentos e defendeu a taxação dos dividendos. No que diz respeito especificamente ao imposto sobre transações digitais, que vem sendo criticado pela semelhança com a CPMF, Guedes disse que não é “homem de desistir facilmente”. Nesta semana, o ministro chegou a dizer que estava pensando em desistir desse imposto, quando questionado por uma equipe de TV. "Eu não me importo se o imposto [transações digitais] é feio, desde que ele ajude a criar novos empregos". Sobre a turbulência no mercado devido as dúvidas com relação à sustentabilidade fiscal, Guedes disse que “os mercados estão se comportamento de forma apropriada porque há muito barulho”. Ele fez vários elogios à atuação do Congresso Nacional e demonstrou otimismo com aprovação de alguma reforma antes do fim do ano. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, tem dito que as prioridades para votação são PEC Emergencial, reforma tributária e reforma administrativa. Se tiver que escolher um desses pontos, conforme Maia, seria a PEC Emergencial. Isso porque a reforma tributária depende de acordo com o governo e a administrativa não há tempo para ser aprovada neste ano. Segundo o ministro, no que diz respeito à reforma tributária, está se chegando a uma convergência. Guedes ressaltou que no próximo ano serão aceleradas as reformas e as privatizações. O ministro disse que foi “só uma fofoca” o “boato” sobre acordo de Maia com a esquerda para não aprovar privatizações. Paulo Guedes Jorge William/Agência O Globo Guedes diz não se arrepender de gastos na pandemia, mas defende reformas
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carolinagoma · 4 years
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Fogo que destruiu 25 mil hectares no Pantanal de MS começou em grandes fazendas, aponta investigação da PF
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Suspeita dos policiais é que os incêndios tenham sido provocados para transformar vegetação em pastagem. Advogado diz que um dos fazendeiros colabora com as investigações 'pois é uma das vítimas das queimadas'. Bombeiros e brigadistas combatem fogo no Pantanal de MS Chico Ribeiro/ Governo de Mato Grosso do Sul Os incêndios que devastaram 25 mil hectares do Pantanal começaram em quatro fazendas de grande porte em Corumbá (MS), segundo investigação da Polícia Federal (PF) iniciada em junho (veja, abaixo, quais são as propriedades). A suspeita é que produtores rurais tenham colocado fogo na vegetação para transformação em área de pastagem. O Pantanal registrou o maior número mensal de focos de incêndio desde o início da série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1998: entre 1º de setembro e esta quarta-feira (23), data do dado mais recente, foram 6.048 pontos de queimadas no bioma. Um decreto federal, publicado em julho, proibiu queimadas de qualquer tipo em todo o país por 120 dias. Conforme a PF, havia gado em duas das quatro fazendas de Corumbá onde os focos teriam começado. As propriedades rurais são as seguintes: Califórnia, que pertence Hussein Ghandour Neto e tem 1.736 hectares; Campo Dania, que pertence a Pery Miranda Filho e à mãe dele, Dania Tereza Sulzer Miranda, e tem 3.061,67 hectares; São Miguel, que pertence a Antônio Carlos Leite de Barros e tem 33.833,32 hectares; e Bonsucesso, de Ivanildo da Cunha Miranda e tem 32.147,06 hectares. Todas elas se enquadram no conceito de grandes propriedades, segundo critérios do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), já que têm área superior a 15 módulos fiscais. O módulo fiscal é uma unidade de medida agrária usada no Brasil. Ela é expressa em hectares e varia de cidade para cidade, pois leva em conta o tipo de exploração no município e a renda obtida com essa atividade, entre outros aspectos. Em Corumbá, o tamanho do módulo fiscal é de 110 hectares. Propriedades acima de 1.650 hectares são enquadradas com grandes. O que diz um dos citados O advogado de Ivanildo Miranda, Newley Amarilla, disse que a defesa técnica somente será apresentada quando (e se) houver denúncia pelo Ministério Público Federal (MPF). Falou ainda que Ivanildo já prestou as informações solicitadas pela PF e colabora com as investigações – "que a ele também interessam, pois é uma das vítimas das queimadas". O G1 não conseguiu contato com as defesas dos outros investigados até a última atualização desta desta reportagem. Área queimada em Corumbá, no Pantanal sul-mato-grossense, em julho deste ano Corpo de Bombeiros/Divulgação Análise de imagens de satélite e perícia Por causa do grande aumento de queimadas na região do Pantanal, uma equipe da delegacia da PF em Corumbá começou a monitorar alguns focos. A suspeita é que foram provocados intencionalmente, por pessoas que se aproveitaram da situação climática atípica e da estiagem na área. Investigadores realizaram análises de imagens de satélite de toda a região. Alguns focos específicos de queimadas chamaram a atenção, porque eram próximos de áreas de preservação e começaram dentro de propriedades particulares. A PF chegou a descobrir, pelas imagens, quando os incêndios começaram nas fazendas: Califórnia, em 30 de junho; Campo Dania, em 1º de julho; Bonsucesso, em 14 de julho; e São Miguel, em 16 de julho. No dia 25 de agosto, para confirmar as informações coletadas dos satélites, uma equipe da PF sobrevoou as regiões das quatro propriedades e fez registros fotográficos. Os policiais ainda descobriram que, na fazenda São Miguel e Bonsucesso, havia outros focos de queimadas, além dos descobertos pelas imagens de satélite. Também foi feita uma perícia nos dados, com base em imagens do site do Inpe, que atestou as informações levantadas anteriormente. A única divergência foi em relação à área total afetada. A partir dessa constatação e com a identificação dos proprietários foi deflagrada da operação Matáá. Operação Matáá No dia 14 de setembro a PF deflagrou a operação Matáá, que cumpriu dez mandados de busca e apreensão, sendo seis na área rural e os demais na cidade. Na casa de Pery Filho, os policiais encontraram armas e munições, e ele acabou preso em flagrante, sendo solto no dia seguinte por determinação judicial. Também foram apreendidos celulares, notebooks e outros materiais nas fazendas. "A materialidade tem que ser comprovada além da culpa, além do dolo. Nós temos que ter a intenção. Verificar se houve o ato intencional de destruição da vegetação. Essa que é a questão. Então, nós temos que apurar o ânimo do agente, dos investigados no caso. Se houve intenção de destruição do bioma ou não. Mesmo que seja para renovar pastagem", disse o delegado de PF Leonardo Raifaini. Sobre a investigação, o delegado acrescenta que não estão restritos a apenas esse foco dos 25 mil hectares. "A investigação, acho que ela está sendo maturada, tá bem adiantada. Logo nós poderemos ter resultados para esclarecer os fatos". O que diz a federação de agricultores e pecuaristas do MS A Federação dos Agricultores e Pecuaristas de Mato Grosso do Sul (Famasul) informou que os produtores das regiões afetadas pelas queimadas têm "diversas iniciativas para prevenir e controlar a situação, amenizar os prejuízos, proteger a fauna, flora e a integridade física das pessoas". "A Famasul defende o lícito, e confia no trabalho das autoridades para a apuração dos fatos", disse o presidente da entidade, Maurício Saito. A federação explica que tem alertado produtores e trabalhadores do campo quanto à necessidade de medidas de prevenção e combate aos focos de incêndio em áreas rurais: "Entre as recomendações estão a confecção de aceiros ao redor das áreas protegidas, estradas, cercas e construções, como casas, galpões e mangueiros; também que os produtores organizem suas equipes e mantenham uma rede de contatos com seus vizinhos, para agilizar o combate aos incêndios, caso necessário, e ainda que disponham de equipamentos como abafadores, tratores, tanques, caminhão pipa, avião agrícola, que possam ser utilizados com segurança e eficácia". Maurício Sato falou ainda que essas orientações chegam aos trabalhadores através dos sindicatos rurais dos municípios: "São 69 sindicatos rurais e mais de 200 profissionais que atuam na Assistência Técnica e Gerencial do Senar/MS em cerca de 5 mil propriedades do estado". Há ainda ofertas de cursos para brigadistas, concluídos por ao menos 600 pessoas. A Famasul diz que o produtor rural do Pantanal de Mato Grosso do Sul utiliza pecuária sustentável "garantindo a preservação de 85% do seu território" e que trabalha em parceria com instituições de pesquisa. "Juntos desenvolvem tecnologias que promovem a melhoria da produção e garantem a preservação do meio ambiente." Impactos A pesquisadora da Embrapa Pantanal Sandra Santos, comenta que os impactos que os incêndios causam ao bioma dependem de uma série de fatores, como formação vegetal, localização, tipo de solo, frequência, intensidade e duração do fogo, condições climáticas e suas interações. Sandra explica que além das plantas e do animais, os incêndios também têm grande impacto no solo, que é a base da sustentabilidade da região, e que isso pode influenciar no conteúdo da umidade, matéria orgânica e até mesmo nas características químicas, físicas e biológicas dos solos atingidos. Ainda de acordo com a pesquisadora, os incêndios podem devastar a infraestrutura das propriedades, como cercas, construções rurais, redes elétrica e afeta principalmente o solo, "influenciando o conteúdo de umidade, matéria orgânica e características químicas, fiscais e biológica". VÍDEOS: incêndio no Pantanal Initial plugin text Artigo originalmente publicado primeiro no G1.Globo
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brasilsa · 4 years
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