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#existe vida apos a morte
dicasverdes · 2 years
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O Desencarnado sente tudo após a sua Morte?
O Desencarnado sente tudo após a sua Morte?
Um espírito desencarnado que subiu à pátria espiritual, pode ver e sentir claramente as ações e comportamentos, dos seus parentes e das pessoas mais próximas. A pessoa desencarna, deixa o seu corpo físico no cemitério, seu corpo vira pó, e ele continua vivendo, como aqui. Ninguém morre, falar em morte é ilusão. O Desencarnado sente tudo após a sua Morte? E dói muito ao desencarnando, assistir os…
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uaiard · 1 year
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"A pior dor que existe no mundo é vc sentir saudade de uma pessoa que vc sabe que nunca mais vai ver. Não tem consolo certo. Você chora, chora, chora, pede pra Deus pro mundo voltar no tempo, e você sabe que não vai voltar, mas mesmo assim você tem esperança. Não existe dor maior do que você sentir saudade de uma pessoa que você sabe que vai ser só saudades.
Você briga com sua mina, você passa mal, você sente saudades, você quer voltar, mas ela tá ali, se você fizer qualquer loucura, qualquer merda, esperar na porta de casa, do trabalho, num ponto de ónibus, ou se você montar alguma coisa, você sabe que vai encontrar, nem que você ouça um não você vai estar vendo ela. Agora você sentir falta, de quem você sabe que acabou.. Não vou ver mais.
A vida apos morte se torna uma incógnita a partir do momento que você perde o que você queria ver."
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harmonidade · 1 year
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Vou chamalo de Klaiton
"Existe algo que me incomoda em você, alguns dizem que és uma sensação outros de definem como sentimento, alguns falam que você é um transtorno ou até mesmo uma patologia, para uma parte da sociedade você é algo normal e que todos já tiveram contato porem outro lhe chamam de monstro e dizem até preferir morrer a ter que lhe abraçar mais uma vez, porem eu acho que tens muita personalidade para definir com uma palavra simples, então lhe darei o nome de Klaiton; Ah querido e sempre presente amigo Klaiton, estamos a tanto tempo juntos que já nem se quer me recordo de quando ou como nos conhecemos, nossa história tem altos e baixos, pois eu também já olhei para você como o grande vilão da minha vida, o horrível e maldoso Klaiton que deseja a todos o vistoso fel que corre por suas veias amargas, porem com o tempo fomos nos aproximando e nos conhecendo, até que compreendi que todo o mal não passa de um grande extinto natural de segurança, foi quando aceitei que você estaria na minha vida eu quisesse ou não e que lhe aceitar tornaria o nosso relacionamento um tanto quanto mais harmônico, então hoje acredito que tenho propriedade em falar de você como Klaiton meu saudoso amigo; Entretanto nossa relação por mais que próxima não pode ser definida como saudável, já que você insiste em me colocarem situações delicadas"
— Certa vez tive um grande desentendimento com uma pessoa próxima a mim, e Klaiton realmente ficou muito agitado com essa briga e para poder acalmá-lo eu permiti que ele furasse a minha perna repetidamente com uma caneta... Ta eu sei que talvez isso não faça sentido para você que esta olhando de fora para nos dois, mas compreenda, Klaiton ficou me falando sobre todas as coisas que eu havia feito de errado com esse meu amigo, e depois ele me falou todas as formas que isso poderia dar mais errado no futuro, algumas ideias eram um pouco radicais, mas no calor do momento ele sempre gosta de pensar em todas as alternativas possíveis, entretanto se eu permitir que ele me machuque tudo fica bem, pois existe algo mais importante acontecendo e então o sangue e a dor alimentam o silêncio do meu amigo... porem não são todas às vezes que conseguimos encontrar uma solução tao simples quanto um pouco de dor e sangue, ai a nossa relação realmente fica um tanto quanto toxica, porque quando o Klaiton fica bravo lhe custa muito se acalmar, ele pode passar horas dias ou até semanas gritando comigo, e me fale você, como você se sentiria se alguém gritasse com você ininterruptamente, no mínimo você ficaria louco... toda via sempre superamos todas as nossas discussões por mias que para, e acertar com ele tive de abdicar de alguns lugares, festas pessoas e até mesmo alguns empregos, porque eu e o Klaiton somos inseparáveis e se nossa amizade não estiver em harmonia o preço dessa estabilidade vai ficando mais alto e quando percebo estamos pulando alguns ciclos, ele começou cravando uma caneta em minha perna, um dia ele passou lâminas de barbear em meu braço e jamais vou me esquecer da vez em que ele ascendeu e colocou na minha boca vários cigarros, um por vez, e ele ascendia um no outro, entorno de 60 cigarros, cada vez que eu tento fugir o presso fica mais alto, e de cortes e cigarros passamos para remédios e depois drogas e então quando percebi Klaiton estava segurando uma corda na mão.
"Eu sei que você me faz mal Klaiton, e que um dia nossa amizade tera de terminar, porem espero que haja vida apos a sua morte porque eu não sei mais viver sem você."
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arquivosmagnusbr · 3 years
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MAG029 — Trapaceando A Morte
Caso #9720406: Depoimento de Nathaniel Thorp, a respeito de sua própria mortalidade.
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Aviso de conteúdo: horror corporal, morte, sangue, automutilação
Tradução: Júlia Lacerda
ARQUIVISTA
Depoimento de Nathaniel Thorp, a respeito de sua própria mortalidade. Depoimento original prestado em 4 de junho de 1972.
Gravação de áudio por Jonathan Sims, arquivista chefe do Instituto Magnus, Londres.
Início do depoimento.
ARQUIVISTA (DEPOIMENTO)
Você tem algum interesse por lendas urbanas? Eu sei que tô aqui pra prestar um depoimento sobre a minha própria experiência, e eu vou fazer isso, mas existe algo tão revelador nas histórias que crescem dentro de uma cultura, você não concorda? E eu prometo que isso vai ser relevante no final. Também posso garantir que essa não está na sua biblioteca, porque, até onde eu sei, essa história nunca foi passada pro papel. Eu mesmo escreveria, mas há um motivo pra você ter que fazer isso para mim. Qualquer dia desses vou aprender a escrever. Provavelmente.
Mas aposto que, analfabeto ou não, eu ainda posso contar uma história que você nunca ouviu antes, embora o tema esteja presente em muitos dos folclores mais antigos que você pode encontrar: a morte. E jogos de azar. Bem, isso se você quiser vencer. A menos que você tente a sorte de vencê-la no xadrez. Mas estou me antecipando.
Era uma vez, um soldado. Um soldado ousado. Do tipo que você encontra em qualquer exército, em qualquer guerra e a qualquer momento. Apaixonado por bebida, apaixonado por dados, apaixonado por quaisquer prazeres noturnos que possam ser oferecidos. Ele era ousado como o latão, mas ousado não é o mesmo que corajoso, e raramente entrava no campo de batalha sem se esgueirar pra retaguarda do ataque, onde canhões e balas de mosquete eram menos prováveis de encontrá-lo. Como eu disse, ele poderia ter lutado em qualquer lugar, mas essa história acontece na Nova Inglaterra, durante a Guerra Revolucionária Americana. Se ele era britânico, americano ou até mesmo francês, não faz diferença. O que importa é que na Batalha de Bunker Hill ele estava sozinho.
A noite anterior tinha sido uma grande farra, e o dinheiro que ele não perdeu apostando em jogos logo fora gasto em bebida e companhia. Foi assim que ele entrou no campo de batalha com a cabeça já rodando e os olhos vermelhos. Ele havia se esquecido até mesmo de trazer pólvora o suficiente para recarregar seu rifle, tendo enchido sua bolsa com cartas de baralho, e a cada estrondo do canhão a cabeça do soldado latejava com tanta dor que ele pensava ter sido atingido.
A fumaça estava espessa em volta dele e o cheiro acre de pólvora e sangue o fez vomitar. Ele disparou seu único tiro, que desapareceu na névoa turbulenta da guerra. Ele tentou avançar, mas não sabia qual era o caminho certo em direção aos inimigos, nem conseguia ver qualquer outra pessoa em meio ao caos da batalha, inimigo ou aliado. Apesar de todos os mosquetes e canhões que conseguia ouvir, parecia que ele estava sozinho. Enquanto estava lá, o soldado viu que parte do sangue que caía no solo encharcado pertencia a ele. Ele não fazia ideia de quando havia sido baleado, mas a dor que sentiu quando tocou seu peito machucado não deixou dúvidas.
O ousado soldado considerou retornar à linha de frente para procurar um médico, mas ele se lembrava muito bem da sujeira podre das tendas médicas e as fileiras de idiotas infectados gemendo seus últimos lamentos condenados. Ele não morreria assim. Ele não iria se engasgar em uma súplica medíocre por sua mãe em uma enfermaria incrustada de sujeira. Ele se virou, largou o rifle e começou a correr. Ele não sabia em que direção estava indo e apenas rezava para que não fosse rumo ao inimigo ou ao mar. O sangue fluía livremente da ferida irregular em seu peito e sua respiração estava pesada, mas ele continuou. Ele correu até que a lama se transformou em solo e o solo em grama, até que a fumaça se transformou em neblina e a neblina em chuva, e o crepúsculo caiu sobre ele.
Apesar do calor ameno daquele dia de junho, a noite estava extremamente fria. Talvez fosse a chuva que batia em sua farda, ou talvez fosse o início de uma febre, mas quando o soldado finalmente parou de correr, ele ficou com tanto frio que precisou de toda energia que lhe restava para não desmaiar. Ele estava encharcado, tremendo demais e muito consciente de que se não encontrasse um lugar para se abrigar da natureza, ele morreria. E não uma morte rápida e limpa causada por uma pistola ou um sabre. Uma morte miserável e trêmula em algum campo árido perto de Boston. O soldado, cuja ousadia parecia escorrer para fora com o seu sangue, não queria morrer.
E aqui há algo para se dizer sobre a morte. Todo mundo tem medo da morte. Claro que tem. Mesmo os mais devotos devem sentir alguma apreensão, pois por mais confiantes que estejam sobre uma vida eterna com sua divindade de escolha, o conceito de eternidade é uma coisa da qual a mente mortal recua. Seja a felicidade, o tormento ou o vazio sem sentido, ninguém consegue imaginar de verdade como é morrer, então é justo que todos tenham um medo saudável disso. Há algumas pessoas, porém, para quem isso é um terror permanente. Elas não conseguem sequer considerar o fim inevitável da vida sem sentir um pânico profundo, e não conseguem imaginar nada na vida que poderia ser pior do que o seu final. O soldado era esse tipo de pessoa e, ao sentir que seu tempo estava acabando, começou a olhar em volta, temeroso.
Ele avistou uma fazenda, escura e pouco convidativa. A batalha que acontecia ali perto provavelmente assustou quem morava lá. Desesperado para sair da chuva torrencial, o soldado tentou abrir as portas, mas elas estavam bem trancadas. Ele quebrou uma janela, mas por causa de seu ferimento não teve forças para escalá-la. Em desespero, ele olhou ao redor em busca de outra entrada e avistou a porta do porão. Não estava trancada, e foi levantada com uma facilidade surpreendente, dado o quão pesada a madeira parecia ser. Ele desabou lá dentro, meio rastejando, meio caindo pelos degraus de terra ásperos, até que se viu deitado no calor escuro e seco do porão.
O soldado ficou ali por algum tempo, imóvel, de olhos fechados — ouvindo a chuva forte da Nova Inglaterra caindo do lado de fora. Ele respirou fundo ignorando a dor do ferimento em seu peito e tentou organizar seus pensamentos. O que era importante, ele considerou brevemente, era que, naquele momento, ele não estava morto.
Foi nesse momento que ele sentiu o cheiro de umidade. Não a umidade da terra molhada depois de um dia quente, mas a umidade fria de mausoléus e catacumbas, escorregadia por mofo e salitre brilhante. Você esperaria que a morte tivesse cheiro de decomposição, de carne podre e estragada, mas não era assim. E o soldado soube imediatamente o que era aquilo. Mesmo antes de seus olhos se ajustarem à escuridão e olharem para a mesa, antes que ele visse a figura que estava sentada ali com o manto de monge corroido por traças. Não havia motivos para supor que o que ele viu era a Morte e não simplesmente algum cadáver esquecido, mas não havia dúvida na mente do soldado quando ele olhou para aquilo de que ele via o seu destino incorporado. Então aquilo se virou para olhar para o soldado, e a pouca determinação que lhe restava desapareceu de seu coração. Ele tentou correr, mas mal deu dois passos antes de cair novamente. A Morte esperou pacientemente.
Descrevê-la como um esqueleto seria um desserviço à Morte, pois embora o manto que estava sentado naquela cadeira contivesse apenas ossos, não era o esqueleto que se movia. Era a Morte. Os ossos eram velhos, tão antigos e quebradiços que a menor pressão ou movimento os reduziriam a pó. Eles se moveram; a Morte não passava de um esqueleto assim como você não passa de um terno de lã. Acima de tudo, era velha. Mais velha do que você poderia imaginar.
E o soldado começou a chorar. Ele chorou e implorou à Morte para não levá-lo, mas a Morte ficou em silêncio.
Bem, desde que existam pessoas e jogos, existirão histórias daqueles que desafiaram a Morte. Alguns metaforicamente, alguns como um mito, mas o soldado tinha ouvido histórias suficientes para fazer a sua própria última aposta desesperada, e ele desafiou a Morte para um jogo. Houve silêncio por vários longos minutos antes de ela acenar com a cabeça.
Colocando a mão dentro de seu manto, a Morte puxou três coisas: uma peça de cavalo de xadrez, um dominó e um par de dados, cada um feito de osso velho. A escolha apresentada era clara, mas o soldado era inteligente o suficiente para balançar a cabeça e enfiar a mão em sua bolsa tática. Ele colocou as cartas sobre a mesa e perguntou à Morte se ele sabia jogar faro. A Morte fez uma pausa, como se estivesse considerando, antes de acenar com a cabeça. "Muito bem", aquilo disse, "e se você vencer, não morrerá."
Ele guardou suas peças de volta no manto esfarrapado e, no lugar, tirou uma pequena ficha hexagonal de faro, também feita de osso. O soldado, começando a se sentir ousado novamente enquanto a madeira da mesa apodrecia e se transformava nas treze cartas de um tabuleiro de faro, as empurrou para o lado e disse à Morte, com o mais leve indício de um sorriso, que ele trouxera as suas próprias cartas. De algum lugar, a Morte arranjou uma caixa de distribuição e, colocando as cartas dentro dela, começou a distribuir.
Faro, ou "Enfrentando o Tigre", como os vendedores ambulantes de carnaval costumam chamar, não é um jogo complicado. As apostas são feitas nas cartas e o dealer compra uma carta para os jogadores e outra para si. As apostas correspondentes às cartas do jogador são dobradas, as apostas correspondentes às cartas do dealer são perdidas. Existem algumas outras regras, é claro, mas se jogado honestamente, não há outro jogo de aposta com probabilidades mais justas. O soldado nunca havia encontrado um jogo honesto.
Ele tinha diante de si uma pequena pilha de palitos de marfim, semelhantes aos usados para apostar em jogos de Mahjong, embora o soldado não tivesse conhecimento sobre esse jogo. Ele sabia que se sua pilha acabasse, sua vida estaria perdida.
O jogo foi lento e deliberado, e o soldado não saberia dizer se eles jogaram por horas, dias ou meses. A noite lá fora não dava sinais de que chegria ao fim, nem a chuva parava de bater forte na porta do porão ainda aberta. As cartas foram colocadas devagar e deliberadamente pela Morte, e o soldado ficava cada vez mais surpreso ao perceber que aquele era o jogo de faro menos desonesto que ele já havia jogado. Ainda assim, havia pouco espaço para trapacear, já que não tinha os gritos ou multidões que servem de distração em toda sala de jogos. O olhar vazio e implacável dos buracos deteriorados no crânio da Morte era o suficiente para impedir o soldado de quase abusar demais da sorte.
Então, finalmente, chegaram ao que parecia ser a jogada final. O baralho estava quase vazio e tudo o que o soldado tinha estava empilhado sobre o número três. Quanto mais sua reserva diminuía, o soldado sentia a ferida em seu peito começar a pulsar com uma dor incômoda, enquanto gotas pesadas de suor escorriam por seu rosto trêmulo. Se o último três viesse para o dealer, ele perderia; mas se viesse para ele, ele terminaria o jogo com uma pilha maior do que a da Morte. Talvez aquilo fosse o suficiente para que ele vencesse. As regras da aposta não haviam sido explicadas com clareza, mas quando o tremor começou a dominá-lo, o soldado se agarrou a essa pequena esperança. E quando a Morte estendeu a mão para dar as cartas finais, ele colocou a ficha sobre sua pilha, a peça de seis lados que inverteu o jogo. Agora seria assim: se a Morte desse o três como a carta do dealer, ele ganharia.
A Morte virou a carta para revelar um Rei e estendeu a mão para pegar a próxima.
O soldado sabia que havia cometido um erro. Quando o três fosse virado, ele perderia a aposta... e perderia tudo. Ele tinha só uma chance, um tênue fio de esperança, e mesmo isso, sem dúvida, apenas o condenaria ainda mais. Mas o que mais ele poderia fazer? Quando a Morte virou a cabeça em direção à caixa de faro para puxar a próxima carta, o soldado, em um movimento treinado, pegou o pedaço fino de barbante enrolado em seu polegar e, pelo pequeno orifício em sua placa de identificação, o puxou. Com um movimento quase imperceptível do pulso, ele a puxou para trás e a segurou em sua mão, removendo-a da pilha e deixando sua aposta para ganhar quando o três fosse virado.
O terror que o tomou quando a Morte voltou seu olhar para a pilha foi mais profundo do que qualquer um que ele já sentira. Todas as outras vezes que ele tentara esse truque, os uivos da multidão e a aglomeração de clientes que faziam apostas lhe davam uma boa cobertura, mas no silêncio e na escuridão, apenas com ele e seu oponente imortal jogando o jogo, com certeza não tinha como aquele movimento ter passado despercebido. A Morte virou a carta: o Três de Espadas.
Ela olhou para a carta, depois para a pequena pilha de marfim na frente do soldado. Ela não fez nenhum som, e o soldado não soube dizer se o que estava ouvindo era a chuva caindo lá fora ou as batidas de seu próprio coração. Finalmente, a Morte acenou com a cabeça e empurrou sua própria pilha de palitos de ossos na direção do soldado.
“Você venceu.”
Seu tom era quase... feliz. O soldado não percebeu, pois com essas palavras a emoção tomou seu coração. Ele havia vencido a Morte. Ele iria viver. Ele se levantou, ainda tonto e febril, mas com tanta alegria que quase desmaiou com a risada que explodiu de seus lábios. Ele cambaleou até a porta do porão esperando ver o nascer do sol depois de tanto tempo esperando no escuro, mas o céu ainda estava negro. Atrás dele, a Morte esperava.
O soldado percebeu que a dor em seu peito havia sumido e respirou fundo. O ar estava frio, úmido e tingido com um leve cheiro de algo metálico. Foi só então que ele realmente percebeu a risada baixa e estrondosa que veio da Morte. Ele se virou para ver a figura ainda sentada à mesa, mas agora as vestes do velho monge estavam encharcadas de sangue. Os ossos da figura estavam vermelhos e pingando, com pedaços de músculo aparecendo sobre eles.
Então ele sentiu aquilo em si mesmo, alguma coisa estava muito errada — uma coceira, queimando profundamente dentro dele, então um lampejo de uma dor intensa em seu braço. Ele o agarrou instintivamente, mas, onde tocava, a pele e a carne se soltavam em sua mão como pedaços de pão molhado. Embaixo disso, ele podia ver o osso branco-amarelado. Seu osso. Osso velho.
E o soldado começou a gritar.
À medida que mais partes de seu corpo se desprendiam dele em pilhas carmesins no chão, ele olhou para onde a Morte estava sentada. Em seu lugar, ele viu um velho monge, ensanguentado, mas inteiro, sorrindo para ele. O soldado estendeu a mão agora ossuda para ele em súplica: “Você disse que se eu ganhasse, eu viveria!”
O monge balançou a cabeça. “Não, não disse.”
Fim da história, eu acho. Obrigado por me ouvir, você foi muito paciente. Sei muito bem que vim contar minha própria história e, em vez disso, contei uma lenda urbana antiga, que você cuidadosamente anotou. Agora eu sinto, porém, que estou em uma posição onde posso te falar sobre mim mesmo. Mas só pra contextualizar mais um pouco, preciso que você veja isso. Preste atenção.
ARQUIVISTA
Nota do arquivista: após este ponto, o resto da página está coberto com o que parece ser uma grande mancha de sangue. O depoimento é retomado na página seguinte, com uma letra um pouco mais trêmula.
ARQUIVISTA (DEPOIMENTO)
Peço desculpas por isso. Um pouco dramático, eu sei, mas sempre sinto que uma demonstração é melhor nessas situações. Está se sentindo melhor? Bem, de qualquer forma, acho que eu devo continuar; melhor terminar isso logo antes que alguém venha ver por que você gritou, eu não tenho interesse nenhum em me tornar uma maravilha da residência médica.
Então, sim, essa faca não é de brinquedo. Você pode verificar se quiser. Merda, me apunhale você mesma, se estiver a fim.
Não? Tá. Talvez eu tenha subestimado a sua curiosidade.
Depois que eu ganhei o meu jogo de faro, passei quase dois séculos naquele estado profano. Lembro de pouca coisa daquela época. Eu não era o único, e também não fui a única personificação da Morte. Tiveram outros, eu acho, em um estado semelhante ao meu. Não sei quantos, mas nós não viemos buscar todos. Não sei como escolhemos nossas vítimas, ou se fomos guiados pelos caprichos de um poder superior. Eu os chamo de vítimas porque, mesmo visitando muitas almas terminais ou condenadas, não visitamos apenas aqueles cuja hora havia chegado.
Alguns deles nós mesmos matamos. Eu lembro das minhas mãos ossudas afiadas agarrando as gargantas de velhos, de jovens, daqueles que mereciam e daqueles que não trouxeram nada além de amor ao mundo.
Alguns escolhiam apostar, é claro. Os tolos escolhiam o xadrez. Eu era mestre em todos os jogos, conhecia todas as regras. Escolher o único jogo que não dependia da sorte era sempre tolice. No final, foi a roleta que me libertou. A sorte se virava ao meu favor quando eu jogava com as vítimas, mas com um jogo tão simples e aleatório como a roleta, bem... Eventualmente, a sorte veio, embora eu tenha esperarado quase dois séculos para que isso acontecesse. Nunca vou esquecer a expressão no rosto daquele velho quando ele ganhou e começou a sentir a troca acontecer.
Então, agora eu tô aqui, e não posso morrer. Eu mal consigo viver também. Comida e bebida me deixam enjoado, e eu não consigo dormir. Existe uma dor dentro de mim. Um desejo por alguma coisa, mas eu não sei o quê. Aparentemente eu não envelheço, mas só voltei a ser carne há alguns anos, então não tenho certeza disso. Muitas vezes me perguntei se sou o único como eu no mundo. Não posso ser. Não faz sentido. Eu sei que tiveram outros. Mas não sei onde.
Não consigo decidir se essa existência em que me encontro agora é melhor do que a morte que eu temi há tanto tempo. Às vezes penso sobre isso, mas eu decidi que é. Viver no inferno, no fim das contas, ainda é viver.
ARQUIVISTA
Fim do depoimento.
Mandei verificarem o sangue e parece ser real. O negativo. E isso é tudo que eu posso confirmar sobre esse depoimento quarenta e quatro anos após o acontecido. Os detalhes que o Sr. Thorp forneceu sobre sua residência, ocupação, etc, parecem estar certos para aquela época, mas não conseguimos rastrear nenhuma informação atual sobre ele, se é que ele ainda está vivo.
Fiona Law, a assistente de pesquisa que recebeu o depoimento, faleceu em 2003 por complicações após um transplante de fígado e, com duas exceções, mais ninguém que trabalhava para o Instituto na época ainda está empregado aqui. Gertrude Robinson estava lá, é claro, mas não temos como perguntar a ela, e Elias estava trabalhando como auxiliar de arquivo na época. Eu conversei com ele, e ele se lembra de ter tido algum tipo de comoção naquela época sobre alguém se machucando enquanto prestava um depoimento — boatos de que tinham cortado o dedo fora ou algo assim — mas ele não estava diretamente envolvido e não sabia muito mais sobre o assunto.
Tirando isso, esse é quase um beco sem saída. A única outra coisa no arquivo não pode realmente ser considerada uma pista, principalmente porque agora não está mais aqui. Era uma pequena ficha hexagonal, com mais ou menos 2 centímetros e meio de diâmetro. Não havia marcas nela, mas parecia ter sido feita de um osso muito antigo. Não consegui determinar mais nada, porque quando a peguei, ela simplesmente se desfez em pó na minha mão. Talvez seja melhor assim.
Fim da gravação.
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gleyssonsalles · 3 years
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Existe Vida após a Morte?
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Dia 87 – Sequências: Como escrever quando as ideias acabam #100diasdeprodutividade
Olá, como vão todos? Hoje quero falar de escrita de uma forma mais pessoal. O que fazer quando a inspiração vai embora. Isto é, você se vê em um beco sem saída por falta de organização ou planejamento.
Uma das coisas que mais me revoltam em um livro, não importa, sobre o que ele seja é falta de consequências. O personagem passou por uma guerra e tipo, no capítulo seguinte ele já está bem e pronto para outra.
Não, não é assim que a vida acontecesse. Toda ação pede uma reação. Então, a primeira coisa a fazer quando você já não sabe o que escrever é:
Revise o texto
Sim, o seu pior pesadelo. Mas ele não precisa ser, ele é seu amigo.
Veja bem, se você não consegue nem sequer reler o que você escreveu, como você espera que outros também queiram? Você tem de gostar que escreveu e se divertir lendo tanto quanto seu leitor faria. No meu caso, eu esqueço o que escrevo num espaço de duas semanas até um mês. É claro que eu lembro do enredo e personagens, mas exatamente como eu escrevi e palavras usadas, somem completamente da minha cabeça.
Depois desse tempo, se eu estiver empacada, volto para reler o que escrevi. Na maioria das vezes eu adoro o que está na pagina, porém, nem sempre foi assim. O segredo é... não há um. A experiência nos faz melhores escritores, isso todos sabem, entretanto, para você chegar até lá terá que vencer alguns preconceitos que você mesmo se impõe. Não, não existe primeira versão de texto perfeita. Então, você deve respirar fundo e se preparar, porque você vai ter que ler o que você escreveu, querendo ou não.
No começo não vai ser fácil, nunca é. É questão de se acostumar e aprender o que você deve consertar no seu texto. O indicado é resolver uma coisa de cada vez.
Minhas primeiras versões são bem magrinhas. Sempre esqueço da ambientação e dou pouca atenção para personagens coadjuvantes. Sempre falta uma cena aqui ou outra ali. Tendo o repetir construções gramaticais e às vezes têm alguns erros de tempos verbais. E é claro, a gramática. É bom que você escolha um desses e vá editando devagar. Ou melhor, convide alguém para te ajudar. É por isso que existem leitores betas, eles serão seus melhores amigos ou apoiadores durante esse árduo processo. No futuro, quando não for uma tortura fazer isso, esse processo vai ser tornar bem mais fácil, te possibilitando fazer tudo de uma vez.
Replanejar
Quando reescrever não der certo, analisar seu enredo para ver o que falta ou onde você se perdeu pode ser a solução.
Excluindo os motivos psicológicos, tudo tem solução. Mas o que eu quero dizer com motivos psicológicos?
Sabe quando aquela historia te drena tanto que você sai cansado da escrita? É essa situação. Vou dar um exemplo. Alguns anos atrás decidir escrever uma história sobre um homem poderoso que tinha todo o poder do mundo. Ele encontra a pessoa que ele acha que é perfeita para ele, mas que é independente e decidida. No começo, ele acha que é ótimo. Conforme a história vai passando, o personagem muda de ideia, chegando a um ponto que... bem... eu prefiro não comentar e me recuso pensar sobre. Foi pesado, foi cansativo, e de tão ruim eu quase desisti de escrever. Esse é a situação que falamos. Esse é o momento quando desistir de uma história é mais do que aceitável. Se escrever te deixa mal e angustiado, pare. Nada vale sua paz de espirito e saúde. Nada.
Se esse não for seu caso, já te digo, sua história tem solução! Com toda certeza. Primeiro, eu encontraria minhas cenas base. O começo, meio e fim da história para nos guiar durante o processo. Fiz um post sobre isso aqui.
Depois disso, eu prestaria atenção no arco dos personagens. Qual o papel e objetivo de cada um deles? O protagonista sempre deve estar no foco, o que não significa que os outros não tenham importância. Portanto, defina o que cada um deve fazer (objetivo/missão) e defina pelo o que eles tem que passar para chegar até lá (arco narrativo).
Consequências
Se revisar, reescrever e planejar não funcionar, o que falta na sua história são as consequências.
Como eu falei no início, odeio quando não vejo a consequência dos atos dos personagens no enredo. Por exemplo, uma pessoa destruiu a vida da outra e ainda assim, nada aconteceu com ela. Ela matou alguém e consegue fugir no final, como se fosse uma coisa normal. Isso me mata, isso é fugir da responsabilidade de escrever o que a história pede, é jogar a responsabilidade de ter que se aprofundar em algo que talvez seja pesada ou dolorosa.
Tenho um exemplo para isso. Quem me conhece sabe que eu amo Percy Jackson, de verdade. Os personagens são muito bons, porém, o enredo começa a capengar durante a segunda série. O que é super triste. Enfim, no fim da primeira série de livro, eles passam por uma guerra, literalmente! Tem até estrategia de batalha. Aí, no fim do livro e no início do outro é como se nada tivesse acontecido, todo mundo vivendo suas vidas e o protagonista metido em outra aventura. Cadê as consequências da guerra? Cadê o luto das pessoas que morreram? E a reconstrução da cidade que foi destruída? Cade as pessoas sendo afetadas?
É isso que quero dizer com esse post. Os personagens precisam ser afetados pelos acontecimentos! Porque, se eles não são, para quê tudo aquilo aconteceu? Não faz sentindo. Então essa é a hora de voltar no seu enredo e ver as cenas onde coisas importantes acontecem e escrever sobre as consequências e como o mundo ao redor do protagonista foi afetado por isso.
Sequências
Por fim, quero falar das sequências. Algo muito importante.
Sabe quando você está lendo e aparece um pulo de tempo ou um corte abrupto que de repente te leva para outra cena sem conexão com a interior? Também tem a ver com não querer escrever sobre as consequências, mas é mais diretamente ligado as sequências.
Pense assim, o enredo é feito de ação (cena) e reação (sequencia). Se algo aconteceu ou foi dito, é necessário que venha imediatamente apos ao conflito, reagindo a essa cena, de forma positiva ou negativa.
Por exemplo, nosso protagonista está no campo de batalha, seu parceiro de guerra está com ele, protegendo a retaguarda. Então, o parceiro é atingido. Ele morre nos braços do nosso personagem. O que acontece? O correto seria levar o companheiro para um lugar seguro ou ao menos falar da morte dele, mostrando a dor do protagonista, certo? Porém, o que eu mais vejo é essa cena sendo pulada, nunca existindo, e sendo substituída por um rápido contar de fatos e ficando assim, quando o personagem continua a aventura dele sem o companheiro.
Isso parece certo para você? O Personagem não se importava tanto com o companheiro? Onde foi parar toda a preocupação? Bem, as coisas ficam assim e ele nem sequer é citado outra vez durante a história.
Conclusão
Se quisermos ter um enredo sem furos é necessário que aja um planejamento, reescrita e edição quando preciso, e que não fujamos das sequências e consequências.
Obrigada por ler!
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dompedr-o-blog · 5 years
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Início
Infância adolescência 1
Dizem que quando você está planejando sua morte em um momento de suicida, você começa a lembrar constantemente da sua infância. Vejo com nitidez todas as vezes em que chorei por me sentir diferente das outras crianças. Sempre quis ser notado, descolado, mas sempre fui o calado, tímido, inseguro e isolado das outras pessoas. Sempre quieto, sempre invisível. E por mais que eu quisesse "aparecer" não era possível. Tirando esses momentos de solidão, tive uma infância boa, brinquei com os moleques da rua, me divertia como uma criança normal. Tenho 3 irmãos, fui criado com meus avós paternos que me deram todo o amor do mundo. Sempre me senti rejeitado por meus pais, apesar de eles morarem na mesma rua. Na escola nunca sofri algum tipo de "buling" diretamente, porém eu sempre me sabotava. Sempre me machuquei com palavras. Aliás isso sempre me perseguiu, um outro eu negativo me empurrando pra vala. Tive amigos, mas sempre me senti só. Familiares maravilhosos, que sempre esteve do meu lado e nunca me deixaram. mas eu sempre me sinto só. Uma infância de fantasia, imaginação, aventuras. Uma adolescência de descobertas. Meu primeiro amor, foi uma menina chamada Dayane. Uma baiana linda. Não existe muita coisa pra contar porque não existiu nada. Eu não conseguia dizer uma palavra perto dela. Mais adiante namorei uma menina maravilhosa, de nome diferente. Mas eu descobri que eu não era tão diferente assim de uma pessoa "normal" , pois, eu a traía. Era imaturo, infiel e não verdadeiro. Talvez isso fosse pela constante vontade de chamar a atenção dos outros em épocas passadas. Um verdadeiro imbecil, apesar dos acontecimentos, perdi uma mulher incrível. Demorei um ano pra me recompor, mas sei que ela talvez tera essa ferida a vida inteira. Depois dela, apos os 20, com total certeza da minha sexualidade, tive duas decepções, na qual achava que era apaixonado mas não. Em todas as minhas relações, pouquíssimas. Eu sempre fui um desastre, inclusivamente por medo. Medo de tudo. E trouxe em mim, traumas de cada um. traumas que carrego impregnado.
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claudinei-de-jesus · 3 years
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II. Satanás
Alguns afirmam que não existe tal ser, o diabo; mas depois de observar-se o mal que existe no mundo, é lógico que se pergunte: "Quem continua a fazer a obra de Satanás durante a sua ausência, se é que ele não existe? As escrituras nos revelam:
1. Sua origem.
Leia Isa. 14:12-15; Ezeq. 28:12-19.
A concepção popular de um diabo com chifres, pés de cabra, e de aparência horrível teve sua origem na mitologia pagã e não na Bíblia. De acordo com as Escrituras, Satanás era originalmente Lúcifer (literalmente, "o que leva luz"), o mais glorioso dos anjos. Mas ele, orgulhosamente, aspirou a ser "como o Altíssimo" e caiu na "condenação do diabo" (1 Tim. 3:6).
Notemos os antecedentes históricos nos capítulos 14 de Isaias e 28 de Ezequiel. Muitos têm perguntado: "Por que os reis da Babilônia e de Tiro são mencionados primeiramente, antes de relatar-se a queda de Satanás?" A resposta é: o profeta descreveu a queda de Satanás tendo em vista um propósito prático. Alguns dos reis de Babilônia e Tiro reivindicaram adoração como seres divinos, o que é uma blasfêmia (Vide Dan. 3:1-12; Apoc. 13:15; Ezeq. 28:2; Atos 12:20-23), e faziam de seus súditos o jogo de sua ambição cruel.
Para poder admoestar os tais, os inspirados profetas de Deus afastaram o véu do obscuro passado e descreveram a queda do anjo rebelde, que disse: "Eu serei igual a Deus." Esta é a lição prática: Se Deus castigou o blasfemo orgulho desse anjo de tão alta categoria, como deixar de julgar a qualquer rei que se atreva a usurpar o seu lugar? Notemos como Satanás procurou contagiar nossos primeiros pais com o seu orgulho. (Vide Gên 3:5; Isa. 14:14).
Notemos como o frustrado orgulho e ambição ainda o consomem, a ponto de desejar ser adorado (Mat. 4:9) como "deus deste mundo" (2 Cor. 4:4), uma ambição que temporariamente será satisfeita quando ele encarnar o anticristo. (Apo. 13:4.)
Como castigo por sua maldade, Satanás foi lançado fora do céu, juntamente com um grupo de anjos que ele havia alistado em sua rebelião. (Mat. 25:41; Apoc. 12:7; Efés. 2:2; Mat. 12:24.) Ele procurou ganhar Eva como sua aliada; porém, Deus frustrou o plano e disse: "Porei inimizade entre ti e a mulher" (Gên. 3:15).
2. Seu caráter.
As qualificações do caráter de Satanás são indicadas pelos seguintes títulos e nomes pelos quais é conhecido:
(a) Satanás literalmente significa "adversário" e descreve seus intentos maliciosos e persistentes de obstruir os propósitos de Deus. Essa oposição manifestou-se especialmente nas suas tentativas de impedir o plano de Deus ao procurar destruir a linhagem escolhida, da qual viria o Messias — atividade predita em Gên. 3:15. E desde o princípio ele tem persistido nesta luta. Caim, o primeiro filho de Eva, "era do maligno e matou a seu irmão" (1 João 3:12). Deus deu a Eva outro filho, Sete, que veio a ser a semente escolhida da qual procederia o Libertador do mundo. Mas o veneno da serpente ainda estava surtindo efeito na raça humana, e, no transcurso do tempo a linhagem de Sete cedeu às más influências e se deteriorou. O resultado foi a impiedade universal da qual resultou o Dilúvio. O plano de Deus, não obstante, não foi frustrado porque havia pelo menos uma pessoa justa, Noé, cuja família se tornou origem de uma nova raça. Dessa maneira fracassou o propósito de Satanás de destruir a raça humana e impedir o plano de Deus. De Sem, filho de Noé, descendeu Abraão, o progenitor de um povo escolhido, por meio do qual Deus salvaria o mundo. Naturalmente os esforços do inimigo se dirigiam contra esta família em particular. Certo escritor traça a astuta oposição de Satanás nos seguintes incidentes: A oposição de Ismael a Isaque, a intenção de Esaú de matar Jacó; e a opressão de Faraó aos israelitas. Satanás é descrito como procurando destruir a igreja, de duas maneiras: interiormente, pela introdução de falsos ensinos (1 Tim. 4:1; vide Mat. 13:38,39), e exteriormente pela perseguição (Apoc. 2:10).
Foi o que se verificou com Israel, a igreja de Deus do Antigo Testamento. A adoração do bezerro de ouro no princípio de sua vida nacional é um caso típico que constantemente ocorreu através de toda a sua história; e no livro de Ester temos o exemplo de um esforço feito para destruir o povo escolhido. Mas o povo escolhido de Deus tem sobrevivido tanto à corrupção da idolatria, quanto à fúria do perseguidor, e isso por causa da graça divina que sempre tem preservado um restante fiel.
Quando se cumpriu o tempo, o Redentor veio ao mundo, e o malvado Herodes planejou matá-lo; porém, mais uma vez Deus prevaleceu e o plano de Satanás fracassou. No deserto, Satanás procurou opor-se ao Ungido de Deus e desviá-lo de sua missão salvadora, porém foi derrotado; e seu Conquistador "andou fazendo o bem, e curando a todos os oprimidos do diabo".
Este conflito secular chegará ao seu clímax quando Satanás se encarnar no anticristo e for destruído na ocasião da vinda de Cristo.
(b) Diabo significa literalmente "caluniador". Satanás é chamado assim porque calunia tanto a Deus (Gên. 3:2,4,5) como ao homem (Apoc. 12:10; Jo 1:9; Zac. 3:1, 2; Luc. 22:31).
(c) Destruidor é o sentido da palavra "Apollyon" (grego), "Abaddon" (hebraico) (Apoc. 9:11). Cheio de ódio contra o Criador e suas obras, o diabo desejava estabelecer-se a si mesmo como o deus da destruição.
(d) Serpente. "Essa antiga serpente, chamada o diabo" (Apoc. 12:9) nos faz lembrar aquele que, na antiguidade, usou uma serpente como seu agente para ocasionar a queda do homem.
(e) Tentador. (Mat. 4:3.) "Tentar" significa literalmente provar ou testar, e o termo é usado também com relação aos tratos de Deus (Gên. 22:1). Mas, enquanto Deus põe à prova os homens para seu próprio bem — para purificar e desenvolver o seu caráter — Satanás tenta-os com o propósito malicioso de destruí-los.
(f) Príncipe e deus deste mundo. (João 12:31; 2 Cor. 4:4.) Esses títulos sugerem sua influência sobre a sociedade organizada fora ou à parte da influência da vontade de Deus. "Todo o mundo está no maligno" (no poder do maligno) (1 João 5:19) e está influenciado por ele. (1 João 2:16.) As Escrituras descrevem o mundo como sendo qual vasto conjunto de atividades humanas, cuja trilogia se resume nestas palavras: fama, prazer e bens. A esses três objetivos tudo está subordinado. Hábeis argumentos em defesa dos mesmos criam a ilusão de serem realmente dignos. Esses objetivos gozam ainda da vantagem de vastíssimo aparato literário, comercial e governamental, o qual constantemente reclama dos cidadãos do mundo o culto a esses objetivos, que, na mente, se associam aos mais elevados valores. Os aplausos do povo se dedicam àqueles que os conseguem. O juízo das coisas é pelo aspecto e o êxito aparentes, fundamentado sobre falsos postulados de honra e mediante falsas idéias de prazer, de valores e da dignidade da riqueza. Ademais, faz-se veemente apelo aos instintos inferiores da nossa natureza, apelo que se reveste da linguagem pretensamente (?)
3. Suas atividades.
(a) A natureza das atividades. Satanás perturba a obra de Deus (1 Tess. 2:18); opõe-se ao Evangelho (Mat. 13:19; 2 Cor. 4:4); domina, cega, engana e laça os ímpios (Luc. 22:3; 2 Cor. 4:4; Apoc. 20:7, 8; 1 Tim. 3:7). Ele aflige (Jo 1:12) e tenta (1 Tess. 3:5) os santos de Deus. Ele é descrito como presunçoso (Mat. 4:4, 5); orgulhoso (1 Tim. 3:6); poderoso (Efés. 2:2); maligno (Jo 2:4); astuto (Gên. 3:1 e 2 Cor. 11:3); enganador (Efés. 6:11); feroz e cruel (1 Ped. 5:8).
(b) A esfera das atividades. O diabo não limita as suas operações aos ímpios e depravados. Muitas vezes age nos círculos mais elevados como "um anjo de luz" (2 Cor. 11:14). Deveras, até assiste às reuniões religiosas, o que é indicado pela sua presença no ajuntamento dos anjos (Jo capítulo 1), e pelo uso dos termos: "doutrinas de demônios" (1 Tim. 4:1) e "a sinagoga de Satanás" (Apoc. 2:9). Freqüentemente seus agentes se fazem passar como "ministros de justiça" (2 Cor. 11:15). A razão que o leva a freqüentar as reuniões religiosas é o seu malicioso intento de destruir a igreja, porque ele sabe que uma vez perdendo o sal da terra o seu sabor, o homem torna-se vitima nas suas mãos inescrupulosas.
(c) O motivo das atividades. Por que está Satanás tão interessado em nossa ruína? Responde José Hussiein: "Ele aborrece a imagem de Deus em nós. Odeia até mesmo a natureza humana que possuímos, com a qual se revestiu o Filho de Deus. Odeia a glória externa de Deus, para a promoção da qual temos sido criados e pela qual alcançaremos a nossa própria felicidade eterna. Ele odeia a própria felicidade, para a qual estamos destinados, porque ele mesmo a perdeu para sempre. Ele tem ódio de nós por mil razões e de nós tem inveja." Assim disse um antigo escriba judeu: "Pela inveja do diabo veio a morte ao mundo: e os que o seguem estão a seu lado."
(d) As restrições das atividades. Ao mesmo tempo que reconhecemos que Satanás é forte, devemos ter cuidado de não exagerar o seu poder. Para aqueles que crêem em Cristo, ele já é um inimigo derrotado (João 12:31), e é forte somente para aqueles que cedem à tentação. Apesar de sua fúria rugidora ele é um covarde, pois Tiago disse: "Resisti ao diabo e ele fugirá de vós" (Tia. 4:7). Ele tem poder, porém limitado. não pode tentar (Mat. 4:1), afligir (Jo 1:16), matar (Jo 2:6; Heb. 2:14), nem tocar no crente sem a permissão de Deus.
4. Seu destino.
Desde o princípio Deus predisse e decretou a derrota daquele poder que havia causado a queda do homem (Gên. 3:15), e o castigo da serpente até o pó da terra foi um vislumbre profético da degradação e derrota final dessa "velha serpente, o diabo". A carreira de Satanás está em descensão sempre. No princípio foi expulso do céu; durante a Tribulação será lançado da esfera celeste à terra (Apoc. 12:9); durante o Milênio será aprisionado no abismo, e depois de mil anos, será lançado ao lago de fogo (Apoc. 20:10). Dessa maneira a Palavra de Deus nos assegura a derrota final do mal.
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leaquioficial · 4 years
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Vida após a morte: à espera da reencarnação
O espiritismo explica como é a vida após morte e o que acontece durante o espaço de tempo em que o espírito aguarda a reencarnação. Leia aqui.
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As dúvidas sobre a vida que existe após a vida.
Como é a vida depois da morte, onde fica o espírito, o que ele faz enquanto aguarda a reencarnação? Muitas perguntas surgem quando pensamos na morte, esse fato não só natural, mas inevitável. Sabemos que um dia nossa vida será extinta. Existe até o ditado popular que diz que “a única coisa certa na vida, é a morte”.
Mas, principalmente na…
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ciganakelidataro · 4 years
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Você acredita em vida após a morte? Você acredita que podemos ver espíritos? Você sabia que você pode ver um espirito mesmo se você não é médium? Você sabia que se você ver um espirito não significa que você está tendo uma alucinação? Veja em nosso vídeo. ❤ Inscreva-se no Canal (Subscribe) ❤ Whatsapp para atendimento (11) 99970-1023 Ou Clique Aqui: https://bit.ly/2xItrOj Descrição do vídeo do dia: ❤ A MAGIA DO AMOR O CHAMADO ❤ TRANSFORME SUA VIDA AMOROSA EM 30 DIAS - EM BREVE NOVA TURMA #amagiadoamor ❤ Minhas Redes Sociais: 👇🏼 Inscreva-se no Canal (Subscribe) Clique Aqui: https://www.youtube.com/ciganakelida Loja Virtual: https://www.ciganakelida.com.br Site Casa Espiritual Madalena: www,casamariamadalena.com Instagram: @ciganakelida https://www.instagram.com/ciganakelida https://www.instagram.com/kelidamarquesoficial Facebook: Cigana Kelida https://www.facebook.com/ciganakelida 📬 ENDEREÇO: Rua Gracianopolis 107 - 31 Agua Fria São Paulo - São Paulo CEP: 02335-030 Tags: Em nosso canal aqui no youtube você encontra simpatias de amor, simpatia para amor, simpatia para emprego, simpatias de emprego, simpatia de dinheiro e simpatia para dinheiro, orações da noite, orações da manhã, trabalhos espirituais para amor, dinheiro e negocio. Amarração Amorosa, rituais sagrados tudo com muita segurança. As consultas de tarot, tarot online, tarot do amor, taro cigano e baralho cigano, são realizados via online ou via presencial. Atendemos você onde quer que você esteja. #amor #simpatias #simpatia #tarot #tarotdoamor #pombagira #mariapadilha #guardias #ciganakelida #tarotonline VEJA O QUE ACONTECE DEPOIS DA MORTE - EXISTE VIDA APÓS A MORTE ??? VEJA O QUE ACONTECE DEPOIS DA MORTE - EXISTE VIDA APÓS A MORTE ??? VEJA O QUE ACONTECE DEPOIS DA MORTE - EXISTE VIDA APÓS A MORTE ??? lukas marques,daniel mologni,vc sabia,voce sabia,você sabia?,deep web,baleia azul,curiosidades,canal você sabia,mistério,lenda,o que acontece depois da morte,o que acontece com nosso corpo,pra onde vamos depois da morte,teoria depois da morte,experiências de quase morte,teoria,depois da morte,vida depois da morte,existe vida apos a morte,o que acontece
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mayuzsadness · 4 years
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Eu não to bem
Eu sei que deveria aceitar cada palavrinha que diz
Mas meu corpo quer o teu
Minha cabeça grita teu nome como nunca gritou
Ouço tua voz quando bate o silencio
Sinto suas mãos, mesmo sem teu toque
Ninguem nunca vai ser como você
Ninguem nunca vai ser você
Ninguem chega aos seus pes, meu bem
Meu amor transborda de uma forma inexplicavel, eu não sei como te dizer, mas eu sinto tanto, é tanta felicidade, tanto amor, que sinto que estou vivendo numa historia de livros infantis
É tanto sentimento, tanto afeto, tanto apego, que sinto a felicidade no seu abraço...Sinto que você sempre vai ser meu abrigo, não importa oq acontecer, você vai ser meu, eu vou ser tua, até a morte me separar desses sentimentos perfeitos, até me separar de você, e talvez até depois da morte eu continue, dizem que existe vida apos a morte...
E se existir outra vida, peço a deus hoje para que eu viva contigo lá, todo o tempo de 1 vida, é tão pouco, preciso de mais, sempre mais... Pois cada momento é tão importante, tão especial, que sinto que nem um livro seria o bastante para relatar nossa historia de amor num papel...
Escreveria teu nome na lua, mesmo se o universo me sufocasse com a imensidão do vazio absoluto sem ruido algum, nadaria no mar a fora em busca do seu beijo, do seu toque novamente, andaria em vidros para pegar a estrela mais brilhante, apenas para ver que o brilho dela não se compara ao teu...
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tyrionslannister · 6 years
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ASSUMPTION: acredita em várias coisas tipo religião, vida em outros planetas, vida apos a morte, etc
MAKE AN ASSUMPTION ABOUT ME IN MY ASK AND I’LL TELL YOU IF IT’S TRUE OR FALSE!
soul... você já começou me mandando uma pergunta que eu não sei responder... /sighs por que eu sou assim? not totally true & not totally false, i guess. tem muitas coisas em que eu gostaria de acreditar, ou acredito que existe uma possibilidade, mas na verdade fico meio ?¿  como por exemplo vida após a morte e vida em outros planetas rs religião em si eu já não acredito muito não, porque o negócio só atrasou minha vida, apesar de eu acreditar em Deus. acho que fico no 50/50 mesmo, infelizmente sdhshdh
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boa idéia
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Uma boa ideia é ser infinito e nunca morrer, pois do outro lado existe vida. Disso eu tenho certeza absoluta, pois eu, ja vi espírito !!! E eles se comunicam atraves do corpo com a gente !!! Da pra sentir tudo… todos os movimentos do espirito enquanto eu incorporo !!!  Na verdade a vida real é apo´s a morte e estamos aqui só de passagem… Estamos sendo avaliados em um teste onde existe o livre…
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victoria-borralho · 7 years
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 Como uma atual adolescente posso dizer o quão dramática esta fase é, com suas melancolias profundas e crises existências repentinas. Nervos sempre tão a flor da pele e necessidade do novo a todo momento. Tempo de descobrimento e redescobrimento, opiniões são formadas aqui. Concordamos e descordamos com tudo, cada gesto e musica parece ser o primeiro e único, por isso é tão intenso. Por isso o raio do sol e as relações humanas chamam tanto nossa atenção, tudo é novo, nossos olhos não são mais de criança alheia ao que existe em sua volta. Estamos no meio fio de descobrimos quem somos. Tudo nos afeta, ganhando proporções enormes, descreveria a adolescência como um reflexo da segunda e terceira geração do romantismos, temos sede de paixão e mudança quase que todo tempo. Revolução e amor são nossas palavras favoritas, podendo muitas vezes ser confundidas com bira e desvaneios de jovem.  
Infelizmente tudo tem seu lado bom e ruim, aqui descobrimos os males desse universo, nos damos conta das maldades que ele nos cerca, notamos como o ser humano pode ser maldoso e maquiavélico. A palavra depressão parece ter um toque especial agora, um toque mais forte e doloroso, a vontade de sumir e desiste é maior que tudo. Nossas lagrimas parecem não ter fim e aquele alivio que tínhamos some de repente sem motivo. E de repente nos vemos sozinhos e abandonados com um mar de questionamentos e problemas, a melancolia passa a fazer parte do nosso dia e nada mais importa. Aquela vozinha começa a sussurra palavras de conforto em nossa mente: “ Pense como seria melhor se você sumisse, afinal ninguém ira notar diferença”.  O conforto fúnebre passa a ser uma ótima alternativa. 
O mais diversos problemas começam a surgi virando uma bola de neve emocional da qual a maioria não consegue da conta, sua família começa a não ser tão perfeita assim, percebemos a podridão que esta bem próxima de nós. Nossos relacionamentos passam a ser mais frios e sem graças, cada beijo é morto e sem sentimento. Ser você é diferente da maioria tudo piora, palavras odiosas serão direcionados a sua presença quase que sempre, muitas vezes sem motivo nenhum. Sexo, álcool e drogas se tornam tão atrativos passando a ser uma ótima fuga da realidade, tornando a vida sem mais sentido e vazia do que já é. 
Na minha opinião tudo acaba desembocando sobre a depressão, toda a tristeza e ódio encontra consolo em nosso sentimento de reclusão e solidão diário. Nos trancamos no quarto e imploramos para que esses sentimentos e pensamentos sumam o mais rápido possível, mas eles não somem, apenas crescem até engoli todo nosso interior em um mar de vozes suicidas. Percebemos o quanto estamos cavando fundo nesses pensamentos quando planos mirabolantes passam com um clarão em nossa mente e do nada calculamos o tempo que um conjunto de tarjas pretas misturados com uísque levaria para fazer nosso coração encher de adrenalina e parar de bater, fazendo assim nossa dor sumir.  Toda incompreensão do mundo nos sufoca. 
Nada melhor do que um relato da propiá autora desde texto sobre sua experiencia em relação ao  suicido. Nas próximas linhas tentarei retratar o que sentia e meus pensamentos em relação a tudo.
Como disse antes essa fase que me encontro tende a ser um pouco melo dramática e juntado a uma ocasião ruim torna tudo um caos sem fim. Me encontro hoje com 16 anos, mas foi aos 13 que passei por essa fase que de certa forma dura até hoje. Na época tudo seguia um rumo diferente das minhas expectativas, problemas familiares começaram a ser a principal fonte de toda minha agustia, cada dia era extremamente cansativo, cada voz parecia um  áudio mal gravado em minha mente. A escola começou a se torna um prisão, um lugar pequeno de mais para eu me mexer, até meus colegas pareciam um incomodo. A angustia era crescente, cada aperto no coração parecia uma faca atravessando sem dó. Minhas duvidas em relação a tudo também não ajudavam em nada, duvidas sobre os mais diversos assuntos brotavam em minha mente. Religião, amor, sexualidade, brigas internas e uma crescente raiva imatura de tudo brotavam sem parar dentro de mim. Parecia que tudo o que me ensinaram de alguma forma estava errado ou era mentiroso. As brigas com meu pai se tornaram motivos para minhas escapatórias para lugares existentes apenas em livros de fantasias, meu consolo passou ser me imaginar em um duelo contra um bruxo do mal ou eu montada em um dragão amigo, tudo era melhor do que minha realidade. Crises de ansiedade se tornaram frequentes causando reações ruins ao meu corpo que permanecem até hoje, por mais forte que fosse tudo era tão pesado para minhas costas... Via meus  cabelos escorrendo através de meus dedos como água, minhas unhas ficaram fracas e moles, minha cor ia embora dia apos dia, eu estava sumindo. 
O sorriso falso em meus lábios parecia convencer bem, pois a maioria não notava o quão quebrada eu estava por dentro. Chega um momento que na minha opinião é um dos mais sérios que você realmente considera o suicido, vendo a facilidade de abandonar e ter finalmente ter um momento de paz. Toda manhã meus olhos pousavam sobre a faca de corta carne ou sobre os remidos em cima do balcão, durante o dia eu comparava os métodos mais eficaz para acaba com tudo. Minha escolha tinha sido tomar alguns remidos e beber até não consegui ficar com os olhos abertos, eu iria escrever uma linda carta suicida e me deita sobre a cama como uma Julieta sem sem Romeu, espera a morte me leva e ser feliz no vale do suicidas. Tentei com a faca uma vez, mas a dor me acovardou fazendo meu reflexo no espelho me reprovar por ser tão fraca. 
Talvez a unica pessoa que percebeu minha mudança foi mina mãe, meus choros repentinos deixaram-na alerta em relação a mim. No começo uma certa raiva cresceu no meu peito, eu não queria ninguém me incomodando como se realmente se importassem. Acho que o estopim foi quando em um certo dia, fui para escola, mas como era dia das crianças não haveria aula, apenas brincadeiras e filmes para quem quisesse assiste. Fica correndo de um lado para o outro parecia tão sem sentido para mim, um filme era bem mais aceitável. O filme era gravidade, tinha a Sandra Bullok no papel principal de uma astronauta que por problemas na nave se vê sozinha e desesperada para volta a Terra. Enquanto assistia o filmes, lagrimas rodaram pelas minha bochechas sem para, eu era aquela astronauta. Eu não aguenta a ideia de esta sozinha, talvez meu maior medo fosse esse. Esta sozinha e sem ninguém a minha volta. Quando cheguei em casa, chorei tanto... Chorei e desabafei tudo sobre minha mãe, toda agustia transformada em lagrimas e palavras. Bem ai foi o fim de uma fase e o começo de outro. De certa forma foi importante, a dor nunca foi realmente embora, mas aprendi a conviver com ela. Meus surtos de melancolia passaram a ser velhos amigos meus e a vontade de morrer permanece adormecida em meu subconsciente.
Meu caso não de longe tão critico quanto os outros, mas poderia acaba tão mal quanto. Eu sei como é senti esse sentimento de abandono, se senti sozinho no meio do nada. Talvez se dissemos mais importância aos problemas da alma, tudo se resolvesse melhor, pessoas com esse tipo de problemas não se encontram nessa condição por quer querem, elas apenas precisam de algumas palavras com compaixão e amor. Amor, é isso que elas querem, uma conversa para que possam desabafar tudo o que setem. E não de idiotas apontando o dedo jugando de vagabundo aquele que não tem mais força nem para sair de casa. Se a solidariedade e o ajudar o próximo acho que tudo seria melhor, as pessoas não sofreriam mais e não haveria tanto esse sentimento de abandono. 
Apenas tente entender o porque da tristeza daquela pessoa. 
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axalotpier-blog · 5 years
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Educação burra
A educação devia começar na filosofia , ora pois toda educação não é para te dar caminhos para buscar oque se quer que possa querer ?Ora poderiamos ensinar as crianças para criar autodiciplina para os mais singelos objetivos que possam querer , para criar as experiencias das brincadeiras que possam querer para ajudar umas as outras com seus desejos inves de pedir tudo aos adultos.
Depois de discutir sobre o sentido,e sobre as melhores coisas da vida vamos ao importante ,porque a melhor coisa da vida não é sobre as melhores coisas da vida ,porque poderia fazer tudo em um dia e do que bastaria ? nada . A essencia da vida não está nos bons momentos nem em acontecimentos memoráveis, já disse isso pode ser feito em 1 dia com muito dinheiro e muita movimentação coletiva.Se a vida fosse algo simples assim que é oq as pessoas tem mais pressa para fazer, poderiamos fazer cursos de como completar as medalhas de vivido em 1 semana em1 mes 1 ano mas ninguém quer isso quer ?Alguem fala vamos terminar logo a vida ve oq falta ai pra partimos pra morte.
Então oq pode ser mais importante que esses momentos?Um momento é algo teatral não exige nada em essencia, as coisas que exigem valor de essencia são as melhores coisas da vida elas não exigem ações mais minucias,tem um valor grande para nós, coisas que criamos significados depositamos uma energia invisivel sobre as coisas quando damos sgnificado a elas mas poderosa para nós porisso que o importante é invisivel aos olhos mas se voce pudesse enxergar as energias de significado por cima de todas as coisas desse mundo ficaria admirado , em um carro estaria escrito realização e objeto de exibição do alberto, em um ursinho infantil, segurança amizade da amanda, desenvolver esses significados é a essencia da vida, e transformar eles em outros, existe um verdadeiro comércio energetico e de sentimentos, trafegando o tempo todo por toda a materia superficial, de massa viceras humanas,pedaços de plastico somos um verdadeiro conjunto de jogo playmobil sendo brincado por deuses.
Voltando a educação e a filosofia e ao importante poderiamos chamar esse importante de finanças energéticas, onde voce deposita suas emoçoes oq é invisivel que te prende oq te liberta, aprender sobre o peso e preço emocional das coisas além das coisas pode ser chamado de finanças emocionais administrar suas emoçoes e potencializar elas com as dos outros.Considero mais importante pois você pode não ter tido bons momentos memoráveis para enfeitar um album de fim de vida , mas se teve isso sua vida valeu mais apenas do que apenas viver momentos de trofeu para contar aos outros.
Em 2 lugar dos objetivos da educação eu colocaria o auto conhecimento, não vale conhecer a si proprio antes de saber oq significa sua vida no mundo saber q ela e limitada e saber um pouco sobre outros q ja viveram para entao se perceber como existencia semelhante e saber oq conhecer o mundo os outros e a si proprio, a filosofia lhe da a consciencia de sua existencia e situação, apos isso o autoconhecimento te convida a buscar a exentriciade a unicidade de sua condição de existencia e capacidades, primeiro as crianças ibservam seus pais e os imitam se fazem iguais se misturam para depois criarem indentidade e se fazerem diferentes se oporem.
o autoconhecimento poderá claro tradicionalmente guiar oq se fazer as atividades ideiais as açoes os momentos q combinariam com vc ,mas como volto a dizer o mais importante não é isso então principalmente poderia te ensinar como alcansar capacidades do seu corpo , os papeis ocmplementares que te alegrariam independente da ação que executa , o seu jeito de se epressar no mundo é uma grande alegria e o seu jeito de ver lo também entao dar ferramentar inteligentes para se terem uma otica mais rica mais autonoma  do mundo mais livre também onde nada é proibido mas tudo tem jeito mais sintolizado e inteligente de se fazer e tambem jeito burro de se nao fazer personalidades que se miturar ate pra boas causas da experencias e saldos energeticos ruins e coisas tidas como erradas q dao saldo energetico bom para os envolvidos.
quem tem um jeito ambicioso pode dar ferramentar alternativas para alcansar açoes mas sem abandonar a filosofia quem tem um jeito comunista pode dar ferramentar para buscar uma automaçao q o de liberdade e tempo livre para ações mas sem abandonar a filosofia e transações energeticas,volto a dizer aç��es n sao o principal e momentos sao ações motoras em conjuntos que as pessaos ficam fixadas ,sao especiais sim mas por ser uma transação energetica como mts outras que não requerem ações.
depois de uma boa filosofia e autoconhecimento finalmente , cheguemos nos prazeres desejos, alguns desses prazeres e dejesos fazem o tempo parar,contempla-los faz parte da vida, mas eles são adereços não o objetivo da vida,quando combinados com transações energeticas sao verdadeiros banquetes,alguns prazeres sao faceis alguns sao fisicos de sabor de tenção,impacto, de temperatura, se estudassemos todos os tipos de prazer iamos ter o controle de gatilhos de prazer dentro do nosso bolso o tempo todo , conectado aos nossos olhos veriamos o mundo como mt mais fonte de prazer do que somos capazes.
alguns desejos vao alem do prazer mais especificamente nao se tratam de prazer apenas mas principalmente do significado nem que seja so pelo sentimento de orgulho e realização e exibição aprovação social de se contar que fez que seja, ou de sanar sua duvida curiosidade ou ansia que seja, pode ser pular de paraquedas, algo radical uma experiencia unica que mais uma vez não é o sentido nem a essencia da vida , embora traga muita euforia e adrenalidade fazendo parecer um sonho e aventura e de fato é , viver pro essencial e buscando ideiais diferentes criando coisas novas e destruindo outras tantos também é uma aventura energetica e tanto.
voce pode viajar ao mundo com o msm pensamento de quando começou e vendo tudo no mesmo contexto sempre de forma superficial  e civilizada ou pode viajar a 1 estado vendo td das mais diversas formas animalescas primitivas e transcedentais.
A maior parte dos objetivos senão todos eles se chamam assim porque custam tempo ou dinheiro ,embora se reeduza a um moemnto de algum sentimento quando realizado igual todo resto da sua vida sua mente argumenta o porque dele ser especial,como sentimos pensamentos e temos sensações todo tempo um momento n deveria valer mais q o outro mas os q planejamos ficam marcados.
Se algo custa tempo ou dinheiro precisamos de um planejamento financeiro ou de um planejamento de metas , no caso de metas precisamos de organização e diciplina,motivação etc mas sem exagero ja que 24h de realização não devem valer todo seu tempo de vida , objetivos são como um capricho mas não o sentido da sua vida, sua dedicação a eles se justifica por seu custo, mas voce pode fazer tantas coisas unicas e de valor pessoal e emocional tambpem,as transações emocionais e significado não são fechadas porque um objetivo é aberto.
Para então um planejamento financeito adequado deve pensar em como ganhar dinheiro e para isso pode optar por um trabalho ,vendas ou um negócio, e isso tudo vai muito alem de ser um empregado.mexer com dinheiro é mexer com o meio pela qual suas transações emocionais vao ser enchidas de realização apos a conclusão de um montante de dinheiro obtido, 
Após passar por essa educação voce usará todas as etapas dela no dia a dia não como um fim aprendido mas como uma ferramenta exercitada na infancia para controle das coisas e auto controle de si, pronto para buscar oq quiser.
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peripatetico · 7 years
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Imagem, Neymar e Sentido
Leitura e crítica de neymar é encontrado morto apos tentar chupar seu propio pau
Postado originalmente no site do brisolo, em coautoria com Asafe do Carmo.
youtube
Ao que parece, esta obra, se vista em grupo e em condições específicas, chega perto de uma experiência de comunhão de alguma ordem espiritual, não muito dissimilar a qualquer rito de performance religiosa entorpecida, tentativas de conversar com o deus da Era, em várias regiões e momentos da humanidade.
Há algo estranho no vídeo. Algo que desconcerta, causa interesse, fascina, comove. Temos então que conceder que o que estamos vendo é, com todas as implicações desse reconhecimento, arte. E que, independentemente de seu suporte ou estilo, merece ser cortejada com as honras da crítica. Sob os elementos mais imediatos da visualidade, assim como em virtualmente toda obra, há uma malha simbólica produzida em um espaço, tempo e contexto determinados. (Re)conhecer esse material justifica, por si só, qualquer empreendimento de arqueologia semiótica do trabalho, como o que ora pretendemos.
Existe uma vontade por trás da repetição de diferentes ângulos do acidente com Neymar na Copa de 2014? Existe uma vontade a reproduzir Pastor Solitario, do grupo Ecuador Andes, durante o registro da morte de Neymar? A épater le bourgeois com o título neymar é encontrado morto apos tentar chupar seu propio pau? Que vontade se nos mostra uma introdução lamuriosa da flauta de pã? Os sinais que se exibem deixam escapar apenas uma palavra, um nome, quatro letras: roge. O autor ou autora do vídeo, ao apresentar-se dessa forma singela, nos força a uma reconsideração radical sobre qualquer traço de intencionalidade presente na obra. O que motivou roge? O que faz roge? Quem é roge?
roge é neto(a) da montagem de Eisenstein – duas coisas no cenário/mundo que precisam ser diferentes uma da outra, que precisam ser claras em suas diferenças, esta é a força das imagens, esta é a beleza eterna do cinema. De uma imagem pra outra, preservando a inquietude deste segredo, esta é a montagem.
roge é filho(a) de Godard, que é filho de Eisenstein – a História do Século XX é uma explosão, condensação e dissolução de imagens, onde em uma ordem – a sua ordem original e mentirosa – não significa nada, mas em outra – a ordem da natureza, da emoção, do desejo – significa tudo. A montagem então deve procurar esta beleza individual a cada imagem na própria fusão delas. A beleza vem da montagem, e depois se desprende da montagem.
roge é também filho(a) da internet – o estado do Século XXI é uma forma liquefeita de imagens que questionam o sentido, sem formá-lo nem juntas, nem separadas, nem de jeito nenhum. Existe apenas uma superabundância de eventos absurdos que nunca acabam e uma sucessão de imagens fotográficas ou digitais que tentam prender mineralmente estes acontecimentos.
roge mora no Brasil, e o Brasil é a linha de conga de eventos inexplicáveis, sem motivo nem consequência (ideia que se encarna da forma mais concreta e determinada nos corpos de Latino e Sérgio Hondjakoff). Se o sentido das imagens do Brasil confunde-se com o manto da confusão que as recobre, nos resta partir de seu sentido a sua beleza.
A contusão de Neymar em 2014. O clipe dos equatorianos. Não há sentido na relação entre os dois. E é preciso que não haja. A proximidade dessas duas coisas apaga o que os gestos significam e evidencia o que os gestão são. Eles são próximos porque são duas coisas sul-americanas. Há uma proximidade estranha. Afinidades eletivas.
A cena de Neymar se repete, sempre de ângulos diferentes. É a própria repetição, aqui, que engendra a diferença. Não subsiste uma sem a outra. No clipe de Pastor Solitario, por sua vez, esconde-se um aparente mistério. Há três instrumentos sendo tocados, mas apenas dois musicistas aparecem simultaneamente no vídeo. Há sempre um elemento excedente no todo. Uma sobra inatingível. Um algo que não cabe em qualquer estrutura tradicional de representação. Como um pináculo onde se concatena uma totalidade de contradições, roge, na esteira tanto da tradição fenomenológica quanto pós-estruturalista francesas, sugere uma ligação radical do ser e do nada; da diferença e da repetição.
Há um flashback para a copa de 2002, numa cena dos caras da seleção dançando e fazendo baderna em um lugar misterioso, trecho do vídeo “Ronaldinho e Vampeta soltando a franga”, de origem nebulosa. Desnecessária qualquer menção às diferenças entre as copas de 2002 e de 2014. Serve dizer apenas que, em questão de montagem, isso é providencial. A ideia das dimensões de tempo, se não fincadas em informação concreta, parece só uma viagem psicodélica ("os astros ainda recém-formados, a marcha da Vida Humana, o fim da Vida Humana e a Eternidade do Cosmos"). Para que seja sentido algum drama, é preciso também sentir o tempo de forma tátil. E nada grita “entropia” mais do que a comparação da copa de 2002 com a de 2014. É quase um comentário sutil sobre o declínio meteórico do Brasil justamente em sua sinédoque mais comum, o futebol.
Mas se fosse só isso seria sem graça demais. Apenas a revelação de que o tempo passa e as coisas decaem parece simplista demais, e já explorado em inúmeros territórios. Depois de remover esses recortes de tempo de suas perspectivas originais e reapresentá-las assim, juntas uma nas outras com cola e serragem, resta apenas destruir esta nova perspectiva também, e mostrar outra dimensão de tempo e de realidade ainda mais intensa.
neymar é encontrado morto apos tentar chupar seu propio pau é um trabalho atraente. Sua composição de ordem própria, criadora de harmonia peculiar, possui elementos que ensejam a contemplação, o distanciamento. Ao mesmo tempo, o jogo sutil com os tamanhos diferentes de quadro dos vídeos – 4:3 no videoclipe musical, 16:9 nas cenas do Neymar – nos traz de volta à presença imediata do objeto visual: estamos diante de pixels, unidades de imagem virtuais que se sucedem no tempo, uma atrás da outra. Não estaríamos em frente dos mesmos símbolos de que fala Bejamin quando reporta-se à observação das montanhas – ao mesmo tempo a distância e o aqui-agora?
O vídeo progride num crescendo até atingir um momento de breque, reforçado pela trilha, que agora assume protagonismo, em conjunção com o videoclipe dos equatorianos. O clima de tensão é rompido por um uivo de anunciação, que marca o contraponto melódico extraído de um registro muito mais grave da flauta de pã.
Sobre a tração da dupla anunciadora do contraponto – melódico, com a flauta grave, mas também imagético, com o rosto de Neymar caído em sofrimento sobre o gramado – somos apresentados a uma breve visão infernal, fora de qualquer compreensão até cognitiva (e supõe-se que o inferno seja justamente isso: perder a noção não só do significado, mas também do que está acontecendo ao seu redor, ser engolido). Depois disso, pulamos bruscamente pra outro plano de existência. Naruto.
E depois para outro onde tem uma criança dançando entre adultos em uma boate. Dessa vez, absolutamente nada a ver com o que veio antes. Parece que o exercício é justamente esse: Instigar os olhos com esta linha do tempo onde as coisas independem enquanto coexistem e nos forçar a ver essas coisas do jeito mais nu possível: O sentido da imagem é – e só pode ser – ela mesma. Então: Winckelmann, Faure, Croce, Eisenstein, Godard, roge.
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