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educibercultura · 4 months
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Processos de formação docente e de aprendizagem na Cibercultura (Parte 1)
A educação contemporânea vem enfrentando importantes desafios devido às profundas  transformações sociais, culturais e econômicas proporcionadas pelas tecnologias digitais e de comunicação em rede. Nesse contexto, tanto os processos de formação docente quanto os de aprendizagem dos estudantes são questionados por não acompanhar as exigências do mundo moderno, que demanda uma educação ativa e direcionada para o desenvolvimento de saberes, habilidades, atitudes e reflexões críticas.
Na era da Cibercultura, marcada pela liberação do polo de emissão, conexões em rede e reconfiguração dos meios de comunicação (Lemos; Lévy, 2010), surgem não apenas desafios, mas também oportunidades para a educação. Como traduzir essas oportunidades em ações que resultem em melhorias para o contexto educativo? Um dos caminhos possíveis é o redesenho das práticas educacionais na formação de professores e nos processos de ensino e aprendizagem dos estudantes, em direção à apropriação pedagógica das tecnologias digitais e à utilização de metodologias ativas.
Para que professores integrem efetivamente os recursos tecnológicos e as metodologias ativas nos processos de ensino e aprendizagem, é preciso desenvolver habilidades pedagógicas e de letramento digital, de modo a promover ambientes educativos que incentivem a autonomia, interatividade e colaboração. Nesse sentido, relações pedagógicas de suporte à construção de saberes e ao desenvolvimento de capacidades intelectuais dos discentes precisam ser definidas, não ignorando as suas práticas socioculturais, mas, sim, ajudando a reduzir os abismos entre o que é vivenciado fora e dentro da escola quanto às apropriações exercidas com as tecnologias (Buckingham, 2010). Mas essa integração não deve focada no uso meramente instrumental das tecnologias. Deve envolver os estudantes criticamente, sensibilizando-os sobre as implicações e as potencialidades das tecnologias digitais em suas formações.
Referências
BUCKINGHAM, David. Cultura Digital: Educação Midiática e o lugar da Escolarização. Educação & Realidade, vol. 35, n. 3, set/dez, 2010, p. 37-58. Disponível em: http://www.redalyc.org/pdf/3172/317227078004.pdf. Acesso em: 5 mar. 2024.
CAMARGO, Fausto; DAROS, Thuinie (org.). A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo. Porto Alegre: Penso, 2018. 
LEMOS, André; LÉVY, Pierre. O futuro da internet: em direção a uma ciberdemocracia planetária. São Paulo: Paulus, 2010.
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learncafe · 1 year
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Curso online com certificado! Novas Tecnologias e Formação Docente
Conceito de educação e a diversidade curricular. A formação docente e perspectivas de atuação. Histórico, legislação e as políticas públicas de avaliação nos níveis de ensino. Modalidades de ensino, finalidades, objetivos e características curriculares. Variadas modalidades de ensino e especificidades. O panorama brasileiro da diversidade da educação e as ações para a universalização de acesso […]
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kazsas · 17 days
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seventeen universitário
oii👋 aqui é kaz!
desculpa pelo sumiço, minha rotina tá uma bagunça que mal tenho tempo de entrar aquiKKKKK vou tentar ser mais ativa e responder as asks que me mandaram!
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에스쿱스
fez um tecnólogo em Empreendedorismo e focou entrar na área de Administração Empresarial; fez o curso quase que a pulso; trader de dia e boyzinho de choppada de noite; o típico cara que fica no canto do bar com os amigos fumando um cigarro caçando alguém pra dar uns beijinhos.
정한
estudante de Direito que sempre ganha nos debates por ter MUITA lábia; entrou no curso já sabendo que ia se tornar advogado criminalista; todas as meninas do curso já tiveram/tem um crush nele (às vezes até as docentes); aquele colega de grupo que vai te mandar mensagens às 04 da manhã com link de artigo sobre o trabalho.
조슈아
está no 5 semestre de Pedagogia; o queridinho dos professores orientadores e crush de vários alunos do departamento; é focado em se tornar educador infantil, mas às vezes o cargo de supervisor de ensino lhe chama.
formado em Odontologia com especialização em Radiologia Odontológica e Imaginologia; trabalha na clínica do pai e o mesmo sempre o exibe pra todos os clientes; nunca mais conseguiu ir em um date sem reparar na arcada dentária da pessoa; as crianças adoram tirar raio x com ele.
호시
quinto semestre de Dança; o maior hater da matéria de Comportamento Motor já visto (quase pegou DP); vai tentar ensinar uma coreografia aleatória no meio do rolê só pra fazer todo mundo rir; tá sempre indo na sala de Fisioterapia pra ganhar massagem de graça usando a desculpa que tá ajudando os colegas.
원우
no 4 semestre de Tecnologia em Jogos Digitais; senta-se na frente porque não enxerga um palmo a sua frente; o estereótipo de nerd tímido; nunca esquece a data de entrega dos trabalhos por conta do hiperfoco que cria neles.
우지
bacharel em Música e faz especialização em Engenharia de Áudio e Produção Musical; aluno destaque do departamento pela sua dedicação; quase não conversa com a galera do curso mas tem uma boa relação com todo mundo; vira e mexe faz uns freela como produtor.
도겸
no 3 semestre do bacharelado em Teatro e AMA a formação; sempre é visto andando pelo campus a galera do departamento de música e dança; só faltou ter explodido de felicidade quando foi escalado para ser o Rei Arthur no quinto título de Lancelote-Graal; vive de rolinho com as meninas do curso de Cinema.
민규
o estudante de Educação Física que só entrou no curso pra ter mais um motivo pra ir para a academia; faz parte da atlética e todo semestre tenta puxar uns calouros pra participar também; o único universitário do planeta que gosta do estágio (natação infantil).
디에잇
graduando de Fotografia, acabou de entregar o seu belíssimo TCC sobre "Fotografia publicitária e Moda"; era o terror dos colegas na apresentação de trabalho por sempre entregar fotos magníficas; pensava em trancar a faculdade pelo menos umas 15 vezes por semestre.
승관
no 6 semestre de Jornalismo; toda semana ele diz para os colegas que vai trancar o curso e não aguenta mais (nunca trancou); fez umas aulas experimentais de fotografia e se apaixonou; inimigo da timidez e realiza TODOS os trabalhos de pesquisa de campo entrevistando estranhos na rua; estagia como cinegrafista pra filial de uma rede de TV.
버논
o aluno mais são do curso do Marketing; ninguém sabe como ele passa os semestres sendo que toda aula ele tá no barzinho na frente da faculdade; o maior hater da matéria de economia; quer fazer marketing de influência, mas sempre acaba indo pro lado de mídia social.
디노
toda vez que ele fala que tá no último semestre de Moda as pessoas não acreditam; a pessoa que você deve procurar caso precise de uma agulha (sempre tem uma perdida na bolsa, já furou os dedos mil vezes por causa disso); trabalha com consultoria de moda e quase infartou com os uniformes das Olimpíadas; discípulo de Vivienne Westwood.
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muito muito muito obrigada por ler até aqui!
lembrando que sugestões, elogios, críticas, ameaças, etc podem ser postadas nos comentários!
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marginal-culture · 6 months
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Quem foi Paulo Freire e por que ele ainda incomoda tanto os poderosos
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Paulo Freire nasceu em Recife, em 1921, e é reconhecido como um dos maiores educadores da história. Não bastasse esse título, o filósofo é lido em muitas línguas, citado em trabalhos no mundo todo e tem até monumento em país europeu.
Como surgiu o Método Paulo Freire | PEJA
Paulo Freire dando aula em uma escola pública
Em sua carreira, Freire se dedicou à educação popular não formal. Desenvolvendo métodos de ensino que enxergam a educação como construção conjunta, como uma apuração crítica da visão de mundo. Para ele, “não existe docente sem discente”, assim, o processo de ensino/aprendizagem é construído através da troca de experiências entre educador e educando. A maior parte de seus escritos ganhou destaque nos anos de 1960 e 1970, período de ditaduras na América Latina.
Pedagogia do oprimido: uma resenha devastadora do mais famoso livro de Paulo Freire. Livro mais famoso de Freire – 1968
Além de passar por inúmeras instituições e fazer escola, Freire conseguiu um dos maiores feitos pedagógicos já vistos na alfabetização. O educador conseguiu alfabetizar 300 trabalhadores em 40 horas. O evento é considerado o processo de alfabetização mais efetivo da história da pedagogia e aprendizagem humana.
Muitas pessoas reconhecem Paulo Freire e sua importância para a história da educação mundial. Mas poucos conhecem seu trabalho realizado na pequena cidade de Angicos, no interior do Rio Grande do Norte, em 1963.
Freire acreditava na educação e alfabetização através do diálogo, do aprender a ler o mundo antes das palavras. Ele, como grande pesquisador, percebeu que adultos tinham muita dificuldade para aprender a ler porque os métodos usados na época se afastavam da realidade em que os trabalhadores estavam inseridos. Assim, desenvolveu um método de aprendizagem das palavras e seus significados através do valor que elas tinham no mundo dos sujeitos. Afinal, se “a leitura do mundo precede a leitura das palavras”, para ensinar um adulto a ler seria importante, primeiramente, penetrar em seu mundo para, em seguida, tornar a leitura e a escrita partes desse mundo.
Pessoas de todas as idades participam das aulas
Trabalhadores do campo, por exemplo, aprendiam a escrever palavras como enxadas, tijolos, terra, agricultura, exploração. E, a cada palavra aprendida, o educador iniciava com seus alunos diálogos críticos sobre os significados desses termos, fixando, dessa forma, a formação de frases e a reflexão sobre os significados delas na vida e no trabalho dos alunos.
Em maio de 1963, houve a primeira greve em Angicos. Os fazendeiros chamavam a experiência de Paulo Freire de “praga comunista”. As 40 horas de alfabetização mostraram ao Brasil que a educação para jovens e adultos era possível e que o desenvolvimento do pensamento crítico pelas classes menos abastadas causava desconfortos à classe que dominava a política e a economia do país.
Em 1964, a Ditadura Militar teve início no Brasil. Freire foi expulso do país e seu trabalho foi substituído pelo MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização), um projeto de alfabetizaç��o a partir de práticas tradicionais, como o uso de cartilhas.
A cidade do RN que teve 300 alfabetizados em 40 horas por método de Paulo Freire » Todo Natalense
Freire inaugura uma escola em Angicos, duas décadas após a experiência. As pessoas ao seu lado foram alfabetizadas no processo
Paulo Freire é conhecido mundialmente, seus textos estão entre os escritos mais lidos na pedagogia mundial. O Patrono da Educação Brasileira ganhou um monumento em Estocolmo e é até hoje venerado por muitos e vilipendiado por outros tantos. A base do pensamento freiriano era o diálogo, somente através dele seria possível construir o pensamento crítico e desenvolver uma consciência cidadã e esse deveria ser o foco de qualquer processo educativo, já que se a “educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”.
Referências
São Paulo, Cortez/Instituto Paulo Freire, 1996.
Lyra, Carlos. As quarenta horas de Angicos: Uma experiência pioneira de educação. São Paulo, Cortez, 1996
FERNANDES, Calazans; TERRA, Antônia. 40 horas de esperança: o método Paulo Freire:
política e pedagogia na experiência de Angicos. São Paulo: Ática, 1994.
CUNHA, Luiz Antônio; GÓES, Moacyr de. O golpe na educação. 6 ed. Rio de Janeiro:
Zahar, 1989
Fonte: https://bit.ly/3fjN727
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imninahchan · 3 months
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Oi nina, eu sou tipo uma tiazona usando o Tumblr então eu nunca mando asks nem comento, mas gosto muito do seu conteúdo.
Vim aqui pq eu tô passando pelo processo de escolher a faculdade que vai definir o meu futuro e não tenho muitas amigas que de fato estão na faculdade, estão todas no mesmo barco que eu.
Como eu vi recentemente que vc faz letras eu fiquei com isso martelando na minha cuca, e queria saber o que vc acha do curso, se é muito puxado e tal pq eu sou só uma garota de quase 19 anos que não faz a menor ideia do que fazer da vida e letras era meio que um dos meus cursos dos sonhos, só que sempre vem alguém pra dar uma desmotivada e me deixar ainda mais confusa.
PELO AMOR DE DEUS ME DA UM HELP DIVAAa 🙏🏻😭
olha, eu amo ser professora, eu amo a educação, eu amo entrar numa sala de aula e aplicar a aula que preparei, então pra min fazer letras é realmente bom uso do meu "dom". Não é uma carreira fácil, a de docência (e francamente nenhuma das outras vertentes, mas qual profissão que é fácil quando não se é rico né mesmo?
a grade do curso é tranquila. Lógico que vai exigir que você faça muitas leituras, mas não acho que seja nada a ficar em pânico. Dentro da letras você vai se deparar com várias opções, seja de idioma, ou de formação. Existe a carreira docente, a carreira linguística e a carreira de tradução ou editorial. Além de outras funções que às vezes você pode desempenhar com um diploma de letras dentro de uma empresa nesse mundo capitalista louco. Mas saber qual área você quer não é algo a se preocupar por enquanto, geralmente você vai ter aí uns 3 ou 4 períodos pra poder escolher em qual área do curso vai seguir sua graduação, defendendo da instituição em que você estuda.
estou falando por cima pq uma pergunta específica seria mais fácil de responder kskndkdk a letras tem várias nuances e conexões com outros cursos, como a as faculdades de educação (pedagogia e tals). Se não me engano, você pode conferir a grade do curso no site das instituições (acho que quase todas disponibilizam), pra dar uma pesquisada, e eu posso continuar tirando as suas dúvidas.
não deixe te desmotivarem. Seja qual for a carreira que você escolha na letras, todas são importantíssimas. A língua tem um poder MUITO grande, ela constrói e derruba nações inteiras♡
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descendantsfamily · 4 months
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URGENTE: Ex-Professor da NGA, Geto Suguru, Encontrado Morto; Boatos Envolvem Relacionamento com Atual Docente
Na manhã de hoje, a comunidade da New Generation Academy (NGA) foi abalada pela notícia da morte de Geto Suguru, ex-professor da instituição. Suguru, conhecido por seus experimentos cruéis e práticas controversas, havia tentado realizar atentados contra a NGA no passado, o que resultou em sua expulsão.
As circunstâncias de sua morte ainda são desconhecidas, e as autoridades estão investigando o caso para determinar se houve algum ato criminoso envolvido. A morte de Suguru levanta muitas questões, especialmente considerando seu histórico e os recentes acontecimentos que o cercam.
Boatos inquietantes começaram a circular, sugerindo que Suguru mantinha um relacionamento próximo com um atual professor da NGA, que é altamente respeitado e admirado por estudantes e colegas. Insiders afirmam que esse relacionamento poderia ter influenciado eventos recentes na academia, gerando especulações e preocupações dentro da comunidade.
A direção da NGA emitiu um comunicado oficial negando qualquer envolvimento romântico entre o atual professor e Geto Suguru. A instituição destacou que tais boatos são infundados e visam apenas desestabilizar a segurança e a reputação da academia. "A NGA está comprometida com a segurança e o bem-estar de todos os seus membros. Qualquer tentativa de associar nossos dedicados professores com atos criminosos será vigorosamente contestada e tratada com seriedade," afirmou o comunicado.
Apesar das negativas oficiais, a identidade do professor envolvido nos rumores está sendo protegida, e a NGA declarou que está tomando todas as medidas necessárias para garantir a segurança e a privacidade de seus funcionários. A situação está sendo monitorada de perto, e investigações estão em andamento para esclarecer todos os detalhes do ocorrido.
Este incidente lança uma sombra sobre a NGA, conhecida mundialmente por seu compromisso com a excelência educacional e a formação de jovens heróis. A academia promete transparência nas investigações e dar todo o apoio necessário para que tudo seja feito com acuracidade. Continue acompanhando a JBC News para mais atualizações sobre a NGA.
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aluna-hipster · 5 months
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RESENHA: Pedagogia da Autonomia
OBRA: Paulo Freire, Pedagogia da autonomia– São Paulo: Paz e Terra, 1996
O necessário livro "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire, é uma obra composta por três capítulos que exploram profundamente a prática educativa. Destaca-se por sua abordagem centrada na solidariedade, ética, respeito à dignidade e autonomia do educando, oferecendo contribuições significativas para repensar e transformar a prática docente. 
Importante comentar que o livro é escrito com uma linguagem acessível e compreensível, evitando academicismos. O autor, Paulo Freire, utiliza um estilo didático, dividindo a obra em três capítulos que condizem com as seguintes ideias-chave: "Não há docência sem discência", "Ensinar não é transferir conhecimento", e "Ensinar é uma especificidade humana".
Freire, ao longo da obra, apresenta elementos fundamentais ao ensino, enfatizando a dimensão social da formação humana, a importância da pesquisa, o respeito aos saberes do aluno, a criticidade, a estética e ética, entre outros. Esses elementos fundamentais, como ressaltado por Freire, são essenciais para uma prática docente que respeite a autonomia discente e promova o desenvolvimento do aprendizado.
No primeiro capítulo, o autor destaca a relevância da reflexão crítica sobre a formação docente e a prática educativa. Ele sublinha que a relação entre professor e aluno é uma via de aprendizado mútuo, destacando a essencialidade da pesquisa no ensino. Além disso, ressalta que a criticidade deve estar vinculada a uma rigorosa formação ética, relacionando os conteúdos ao desenvolvimento moral do aluno.
A corporeificação das palavras pelo exemplo, mencionada por Freire, enfatiza a importância de colocar em prática aquilo que se ensina, promovendo coerência entre discurso e ação. A reflexão crítica contínua sobre a prática docente é destacada como crucial, estimulando a curiosidade epistemológica do aluno.
No segundo capítulo, o autor reforça a ideia de que ensinar não é simplesmente transferir conhecimento, mas criar condições para sua produção pelo aluno. Destaca-se a importância de estar aberto às curiosidades dos alunos, agindo com respeito mútuo, criticidade e rigor metodológico. Freire ressalta ainda a necessidade de consciência do inacabamento, aceitando a mudança e a diversidade, e destaca a importância da autonomia do educando.
O terceiro capítulo aborda a relação entre autoridade e liberdade, defendendo uma democracia que respeite ambas. Freire destaca a importância da tomada consciente de decisões, da escuta atenta ao aluno e da luta contra o autoritarismo e ditadura. Ele critica o sistema capitalista neoliberal, enfatizando a educação como instrumento de luta contra as injustiças sociais.
Em síntese, Paulo Freire oferece uma visão rica e abrangente sobre a prática educativa em "Pedagogia da Autonomia". Seu livro fornece subsídios valiosos para repensar e transformar a prática docente, incentivando uma abordagem mais centrada no aluno e na construção de cidadãos autônomos. Esta obra é, sem dúvida, uma contribuição impactante que desafia educadores a refletir sobre suas práticas, destacando a importância da ética, autonomia e diálogo na educação.
Depois de pesquisar mais descobri que A Pedagogia Crítica, fortemente influenciada pela Escola de Frankfurt, recebeu ampla aceitação global desde a década de 1980. Paulo Freire, um dos intelectuais mais citados nos Estados Unidos, contribuiu significativamente com sua obra "Pedagogia do Oprimido". Na década de 1980, liderada por Henry Giroux, a Pedagogia Crítica ganhou destaque nos EUA, com contribuições importantes de autores como Peter McLaren e Michael Apple.
Nas décadas seguintes, a Pedagogia Crítica enfrentou debates com tendências pós-modernas e multiculturalismo, incorporando contribuições do pensamento queer, interseccionalidade e decolonialismo. Autores contemporâneos notáveis incluem Jurjo Torres, Catherine Walsh e Kim Case, entre outros.
Paulo Freire continua a ser considerado subversivo, enfrentando resistência, especialmente no Brasil, onde o movimento "Escola Sem Partido" busca proibir o ensino de estudos de gênero e da pedagogia de Freire. A resistência global destaca sua relevância contínua, enquanto a Pedagogia Crítica evolui como um campo de estudo dinâmico.
A contribuição de Freire para a teoria educacional é inegável, pois sua obra suscitou reflexões críticas. A ênfase na dialética e na abordagem crítica foram muito necessárias, especialmente em sistemas educacionais tradicionais. A transição dos princípios teóricos para a prática requer adaptação cuidadosa e estratégias específicas para diferentes realidades educacionais. Apesar desses desafios, a obra de Freire continua a inspirar educadores globalmente. Seus princípios, como a valorização da autonomia e do diálogo, oferecem um caminho valioso para repensar e transformar a prática educativa, embora sua implementação plena exija adaptações contextualizadas.
Em resumo, é evidente que a  Pedagogia da Autonomia vai além da teoria educacional convencional, desafiando educadores a repensar suas práticas. Sua riqueza conceitual oferece uma base sólida para a reflexão crítica sobre a educação, incentivando uma abordagem mais centrada no aluno e na construção de cidadãos autônomos.
A obra é a síntese do resultado dessa reflexão, destinando-se a professores e apresentando as principais ideias de Freire sobre o que hoje chama de "pedagogia crítica". Ele destaca a importância do diálogo entre professor e alunos como a prática central que permite a transição da "consciência ingênua" para a "consciência crítica".
O objetivo da pedagogia, segundo Freire, é “permitir a análise da realidade social, tomando consciência das relações sociais desiguais que a organizam". Essa consciência arma intelectualmente os oprimidos para ajudá-los a transformar o mundo.
Uma coisa interessante a se pensar é por que Paulo Freire foi escolhido pela direita para ser odiado? O Brasil está contextualizado em crescente das tendências autoritárias que o continente vive, as ideias e propostas educacionais de Paulo Freire foram banidas e perseguidas no Brasil pelas forças conservadoras, pelo governo e pela sociedade, e professores e escolas que promovem seu pensamento e suas práticas foram perseguidos. Estas expressões autoritárias e antidemocráticas não são neutras ou apolíticas, mas pelo contrário, como alertou o próprio Freire (1973), os seus promotores “sabem muito bem o que estão a fazer e para onde querem ir”. Quem está em cima quer permanecer em cima por isso demoniza quem denuncia e investiga os processos sociais que atendem ao interesse político de invisibilizar sociais as causas da desigualdade e da injustiça” (…), para evitar olhar para a raiz, questionar-se com autonomia (…)”. 
Mas o  “Patrono da educação brasileira”, Freire foi e é vaalorizado como exemplo de pensadores que inspiraram a revolução educaciona. Mas o próprio Freire explicou na época que o “medo da liberdade não está presente apenas entre os oprimidos, mas também entre os opressores, de uma forma diferente”. Entre os oprimidos, o medo da liberdade é o medo de assumi-la. Entre os opressores, é o medo de perder a liberdade de oprimir.” Percebe-se uma deslegitimação da educação pública e dos professores como um dos instrumentos mais poderosos das empresas interessadas no mercado educacional. Uma tentativa de desacreditar os professores, de mostrá-los como inúteis, como um peso para o Estado, impedindo que os professores continuem a se transformar em alguém que produz novos conhecimentos no diálogo com os alunos. 
Paulo Freire enfatiza nessa obra a importância da criticidade na educação, incentivando professores a assumirem posturas políticas em sala de aula, os saberes educacionais devem estar conectados a um olhar crítico. 
A leitura de Paulo Freire é recomendada com certa obrigação para profissionais da educação. O livro é com certeza uma obra necessária na estante, a ser revisitada periodicamente.
Um trecho marcante para mim foi: “Posso não aceitar a concepção pedagógica deste ou daquela autora e devo inclusive expor aos alunos as razões por que me oponho a ela mas, o que não posso, na minha crítica, é mentir. É dizer inverdades em torno deles. O preparo científico do professor ou da professora deve coincidir com sua retidão ética. É uma lástima qualquer descompasso entre aquela e esta. Formação científica, correção ética, respeito aos outros, coerência, capacidade de viver e de aprender com o diferente, não permitir que o nosso mal-estar pessoal ou a nossa antipatia com relação ao outro nos façam acusá-lo do que não fez são obrigações a cujo cumprimento devemos humilde mas perseverantemente nos dedicar. (p. 18)” . Achei interessante pois o autor, Paulo Freire, parece enfatizar a importância da honestidade e integridade por parte do professor ao expressar suas discordâncias em relação a concepções pedagógicas. Para ele é legítimo que um educador não concorde com determinada abordagem pedagógica e que, inclusive, é seu dever compartilhar com os alunos as razões de sua discordância. No entanto, ele ressalta que, ao criticar, o professor não deve recorrer à mentira. Tem que ter tanto o preparo científico quanto a retidão ética, indicando que o conhecimento do professor deve ser respaldado por princípios éticos sólidos.
A expressão "lástima qualquer descompasso entre aquela e esta" sugere que é lamentável qualquer inconsistência entre a formação científica e a retidão ética do educador. Freire destaca a importância de manter coerência, respeito pelos outros e uma capacidade de conviver e aprender com a diversidade. Entao ele enfatiza na honestidade crítica, na não acusação infundada e na humildade para reconhecer e corrigir possíveis erros ou equívocos assim sugerindo uma abordagem ética e responsável no exercício da docência.
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trioeduciber · 6 months
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O PAPEL EDUCACIONAL DAS REDES SOCIAIS.
Por: Alícia Macedo Santana.
Com o avanço das novas formas de comunicação, as redes sociais se tornaram um pilar fundamental no mundo contemporâneo. É definido por Silva (2017, p. 16) como "tripé fundamental da comunicação", as variedade de plataformas que passaram a moldar não apenas a maneira como nos comunicamos, mas também o cenário educacional transformador, que visa a educação democrática e emancipadora. Afinal, elas proporcionam oportunidades únicas de engajamento e interação entre alunos e professores.
Projetos como o "App-teaching: por uma Pedagogia da Hipermobilidade" e o "Formação de Docentes para a Educação Online", estudados por Santos e Martins (2019, p. 33), destacam a importância de uma pedagogia adaptada às reconfigurações ciberculturais. Essas iniciativas buscam criar ambientes de aprendizagem dinâmicos e participativos, que refletem as mudanças no universo digital.
Aplicativos se descatam, a exemplo do Facebook, X (antigo twitter), Instagram e TikTok. No Brasil, com o uso reiterado, o WhatsApp tem se destacado como um recurso educacional poderoso, permitindo interações em tempo real e facilitando a troca de informações entre os alunos. Através desse aplicativo, é possível criar experiências de aprendizagem envolventes e estimulantes, que ressignificam o processo de ensino e aprendizagem. As práticas de leitura, por exemplo, se perpetuam nesse espaço, nas "[...] múltiplas formas de ler e escrever que nos proporciona o aplicativo WhatsApp são mais um motivo para repensarmos as nossas metodologias de ensino para leitura e a escrita na Cibercultura" (PORTO, OLIVEIRA, ALVES; 2017, p. 126).
Além disso, as redes sociais desafiam as hierarquias tradicionais em sala de aula, promovendo a colaboração e a coletividade entre os alunos. O conceito de aprendizagem colaborativa ganha destaque, incentivando a troca de conhecimento e a construção coletiva do saber. Conceitua-se, assim, a Aprendizagem Colaborativa (CHAGAS, LINHARES, 2020, p. 19 - 20).
No entanto, é importante reconhecer que o uso das redes sociais na educação também apresenta desafios e limitações. É necessário garantir que essas ferramentas sejam utilizadas de forma responsável e ética, evitando-se, por exemplo, a disseminação de informações falsas ou o cyberbullying.
O potencial das redes sociais vai além do ambiente escolar de ensino. Elas também podem servir como diários online para os próprios professores, oferecendo um espaço para reflexão e compartilhamento de experiências, como concluem Barbosa, Santos e Ribeiro (2017, p. 252-253). A mobilidade e a ubiquidade dessas plataformas ampliam as possibilidades de aprendizagem, proporcionando uma interação contínua entre informação e conhecimento.
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REFERÊNCIAS
PORTO, C. de M.; OLIVEIRA, K. E.; CHAGAS, A. WhatsApp e Educação: entre mensagens, imagens e sons. Salvador: Editus – Edufba, 2017. Disponível em: http://books.scielo.org/id/r3xgc/pdf/porto-9788523220204.pdf. Acesso em: 9 mar. 2023. MARTINS, V.; SANTOS, E. A educação na palma das mãos: a construção da pedagogia da hipermobilidade em uma pesquisa-formação na Cibercultura. IN: SANTOS, Edméa; PORTO, Cristiane, (Org.). App-Education: fundamentos, contextos e práticas educacionais luso-brasileiras na Cibercultura. Salvador: EDUFBA, 2019, p. 31 - 55. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32168. Acesso em: 9 mar. 2023. FANTIN, M.; AVILA, S. de L. Aprendizagem móvel, movimento maker e ecologia de mobilidades: conceitos e reflexões. IN: SANTOS, Edméa; PORTO, Cristiane, (Org.). App-Education: fundamentos, contextos e práticas educacionais luso-brasileiras na Cibercultura. Salvador: EDUFBA, 2019, p. 149 - 171. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32168. Acesso em: 9 mar. 2023. ALVES, A. L.; PORTO, C. de M.; OLIVEIRA, K. E. de J. Educação mediada pelo Whatsapp: uma experiência com jovens universitários. IN: SANTOS, Edméa; PORTO, Cristiane, (Org.). App-Education: fundamentos, contextos e práticas educacionais luso-brasileiras na Cibercultura. Salvador: EDUFBA, 2019, p. 221 - 241. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32168. Acesso em: 9 mar. 2023. BAIRRAL, M. A.; ASSIS, A. R. de Toques para ampliar interações e manipulações em tela na educação geométrica. In: SANTOS, Edméa; PORTO, Cristiane, (Org.). App-Education: fundamentos, contextos e práticas educacionais luso-brasileiras na Cibercultura. Salvador: EDUFBA, 2019, p. 333 - 347. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32168. Acesso em: 9 mar. 2023. CHAGAS, A. M.; LINHARES, R. N. A Prática de Aprendizagem Ativa e Colaborativa em Rede Social Digital: Uma Proposta Metodológica. In: Luis Eduardo Ruano Ibarra; Rodrigo Arellano Saavedra; António Pedro Costa. (Org.). Investigación Cualitativa, Una Acción Situada: Multiplicidad de Formas. Aveiro: Ludomedia, 2020, p. 15-34. SILVA, I. O. da et al. Engajamento Informacional Nas Redes Sociais: Como Calcular? AtoZ: novas práticas em informação e conhecimento, 10(1), p. 94-102, jan./abr. 2021; Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50162; Acesso em: 9 mar. 2023.
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esqrever · 1 year
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Educação: Escolas portuguesas vão receber guia contra a discriminação e violência LGBTI+
"É através da educação que podemos fazer a verdadeira diferença." Educação: Escolas portuguesas vão receber guia contra a discriminação e violência LGBTI+ 🌈
Escolas portuguesas vão receber guia para combater a discriminação e violência LGBTI+. O guia apresenta orientações como o respeito pelo nome autoatribuído de estudantes trans e a formação do corpo docente. Este visa também garantir que estudantes trans tenham acesso seguro às casas de banho e balneários e a privacidade e dignidade da sua identidade na comunicação com as famílias. O guia…
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geografianapratica · 2 years
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Reflexões sobre o uso de tecnologias no ensino de Geografia
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Você já se deu conta de que estamos vivendo um período de constante transformação e que isto se reflete em todos os aspectos de nossa vida? Com o mundo em constantes mudanças e evoluções tecnológicas em todas as áreas, a educação não pode se excluir. Os estudantes cada vez mais possuem acesso às tecnologias e com elas devemos nos atualizar e trabalhar em conjunto em prol da educação
Ao pensar o ensino de geografia, é fundamental considerar a utilização de diferentes ferramentas, capazes de facilitar a compreensão da relação tempo e espaço, e das relações sociais que os geraram, além do desenvolvimento do raciocínio geográfico. O raciocínio geográfico pode ser concebido como a capacidade de estabelecer relações espaço-temporais entre fenômenos e processos, em diferentes escalas geográficas.
Segundo José Moran, a educação precisa alinhar o escopo da sala de aula ao mundo externo, promovendo aprendizagens significativas e que estejam alicerçadas nas narrativas dos estudantes para que possam contribuir efetivamente em sua formação, inserindo-os como indivíduos atuantes na realidade que os circunda. Nesse contexto, surgem as metodologias ativas que visam redesenhar a forma de ensinar e de aprender que reposicionam a sala de aula como espaço de cocriação, em que estudantes aprendem por meio de desafios instigantes.
Na percepção de Mario Sergio Cortella, o docente precisa se inserir na realidade do estudante de forma a estabelecer pontes com seu mundo. Familiarizar-se com a tecnologia, por exemplo, seria um bom ponto de partida para assimilar o que os estudantes já fazem e tentar integrá-los àquilo que queremos ensinar.
Ao se pensar em tecnologias no ensino de geografia, é preciso ir além do uso do data-show projetando slides, e para se adaptar a esses avanços, se faz necessário que o professor, busque formações continuadas, atualizando assim seu portifólio de estratégias de ensino.  Sendo a escola o espaço de construção do conhecimento formativo, faz-se pertinente que a ciência geográfica seja trabalhada de maneira a conduzir os estudantes na construção do conhecimento geográfico.
No entanto professor não tem que se tornar num especialista em tecnologias, pois o que se pretende é ensinar por meio de novos recursos (tecnologias digitais) e não ensinar o uso da tecnologia em si. Sendo assim, deve-se criar condições para que os docentes se apropriem das formas de utilização de tecnologias digitais, dentro de sua competência profissional e com isso crie possibilidade de aplicações educacionais.
Referência Bibliográfica
MARASCIULO, M. Cortella: “Uma democracia não é ausência de ordem, é ausência de opressão”. Revista Galileu, São Paulo, 2 jun. 2020. Disponível em: https:// revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2020/06/cortella-uma-democracia-naoe-ausencia-de-ordem-e-ausencia-de-opressao.html. Acesso em: 22 fev. 2023.
MORAN, J. M. A educação que desejamos novos desafios e como chegar lá. Campinas: Papirus, 2007.
SILVA, Graziani Mondoni.  Uso de tecnologias digitais no ensino de geografia escolar: potencialidades e limitações. Dissertação Mestrado. IFES– 2017.
SOUSA, Francisco Wellington de Araujo. O uso do Google Earth como recurso didático no ensino de geografia. VI CONEDU. Fortzaleza.  Out. 2019
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educibercultura · 4 months
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Processos de formação docente e de aprendizagem na Cibercultura (Parte 2)
Além de trabalhar na construção dos conhecimentos em sala de aula, os professores vêm sendo desafiados a desenvolver competências de mediação e curadoria de conteúdos digitais, de modo a auxiliar os estudantes a não somente navegar no oceano de informações online, mas também realizar trabalhos colaborativos, reflexões críticas e comunicações mais efetivas. Nesta direção, o professor se transforma em um orientador na construção das aprendizagens pelos estudantes, valorizando seus saberes, autonomia e protagonismo através do aprendizado ativo.
Todavia, o processo de incorporação pedagógica das tecnologias digitais pelos docentes é cercado por inúmeras dificuldades. Isso pode ser visto ao encontrar educadores que se não se sentem preparados para utilizar as tecnologias digitais no processo educativo, seja por ausência de formação adequada, resistência ou insegurança, o que desperta a atenção para a importância das formações continuadas e do suporte institucional na superação dessas barreiras, permitindo que professores possam explorar plenamente o potencial pedagógico das tecnologias.
Nesta perspectiva, a escola será um “agente de socialização” como pretendido por Henry Giroux, promovendo atividades reflexivas entre estudantes, professores e demais membros da equipe pedagógica. Essa configuração confere de qualidade educativa ao ambiente educacional proporcionando melhores condições para que os estudantes se apropriem dos conhecimentos produzidos e desenvolvam suas capacidades cognitivas, afetivas e morais em suas formações.
E é preciso lembrar que a ubiquidade da informação proporcionada pelas tecnologias na Cibercultura exige dos estudantes novas competências para lidar com o mundo digital como, por exemplo, a capacidade de filtrar, avaliar, utilizar e aplicar conhecimentos contextualizada e criticamente. É necessário entender também que a cultura contemporânea está demandando uma formação centrada na aprendizagem ativa, onde estudantes são produtores de saberes e não meros receptores de informações em uma educação bancária, combatida por Paulo Freire.
Referências
BUCKINGHAM, David. Cultura Digital: Educação Midiática e o lugar da Escolarização. Educação & Realidade, vol. 35, n. 3, set/dez, 2010, p. 37-58. Disponível em: http://www.redalyc.org/pdf/3172/317227078004.pdf. Acesso em: 5 mar. 2024.
CAMARGO, Fausto; DAROS, Thuinie (org.). A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo. Porto Alegre: Penso, 2018. 
LEMOS, André; LÉVY, Pierre. O futuro da internet: em direção a uma ciberdemocracia planetária. São Paulo: Paulus, 2010.
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prispedagoga · 2 years
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Estudantes pela Educação no Brasil
Muito se tem discutido, recentemente, acerca da nossa democracia em relação aos direitos humanos e a diversidade na educação. Um dos pontos de partida tem sido a reforma do ensino médio, o artigo 26 da Declaração Universal dos Direitos Humanos diz sobre o direito à educação para toda pessoa, de forma gratuita.
Observando o cenário temos em prática atualmente o Novo Ensino Médio, mas não pretendo me prender a esse assunto, quero partir do ponto da Medida Provisória número 746, de 2016. Está política fomenta a implementação de escolas de ensino médio em tempo integral, promove a alteração do ensino médio,  alterando leis como as de Diretrizes e Bases da Educação, a obrigatoriedade do ensino de Língua Portuguesa e matemática em seus três anos, restringe a obrigatoriedade das demais disciplinas, assim como,  o  ensino das artes e da educação física, Língua estrangeira somente a inglesa e a desvalorização dos profissionais da educação com a precarização da atuação do docente.
Sob o mesmo ponto de vista ao analisar o documentário Primavera Secundarista, observei que as alterações previstas pelo MP apontam para uma formação educacional cada vez mais instável inconsistente, livres de bases críticas. Retomando para uma educação de características tecnicistas  com a busca de formação de mão de obra especializada para o mercado de trabalho. 
Antes de mais nada o documentário nos mostra o quanto o poder das grandes mídias podem ser manipuladoras. Levando a desconstrução do que o movimento de ocupação das escolas e universidades em 2016, realmente reivindicavam. Que na verdade era uma educação ainda melhor para o futuro, a não privatização do ensino médio através da transformação da escola em mais um meio de capital. Esse movimento foi uma ocupação política em favor do ensino médio organizado pelos estudantes e contou com o apoio dos professores, alunos e pais de alunos. Segundo seus relatos serviu como experiência a respeito da coletividade e resistência. Onde  os que antes eram vistos como meros adolescentes passaram a ser cidadãos comprometidos, críticos e  pensantes. E através de suas vozes buscavam a democracia. 
Ademais esse movimento trouxe abertura para debates democráticos sobre o ensino médio envolvendo todos os setores que defendem uma educação pública, gratuita, laica e democrática. 
Afinal, a humanidade se promove por meio da democracia,  com seus direitos conquistados e exercidos a todos os povos, por meio da educação para o desenvolvimento do homem em torna-se um cidadão. 
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pacosemnoticias · 12 hours
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Federação da Educação quer mais investimento e valorização de professores
A Federação Nacional da Educação (FNE) quer que a proposta do Governo para o próximo Orçamento do Estado fixe, finalmente, em 6% do PIB o financiamento do setor e defende medidas de valorização dos professores.
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A menos de um mês de o Governo enviar ao parlamento a proposta do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), a FNE aprovou hoje o seu contributo, em que insiste numa reivindicação antiga: que a dotação orçamental para a educação atinja 6% do PIB.
A meta é repetida pelas organizações sindicais do setor todos os anos e, olhando para trás, a FNE refere que "infelizmente, os últimos orçamentos do Estado não corresponderam à necessidade de priorizar investimentos na área da Educação".
Os resultados, diz a federação, foram anos de desinvestimento, de falta de planificação das necessidades de recursos humanos e a perda de atratividade da profissão docente, culminando na falta crescente de professores.
"O OE2025 tem que refletir uma mudança de política que permita inverter o ciclo negativo de desvalorização do setor, consagrando a Educação como uma prioridade nacional", escreve a FNE no documento aprovado hoje em reunião do Secretariado Nacional, em Lagoa, Algarve.
Além do reforço do investimento no setor, a FNE defende a valorização das carreiras docente e não docente, desde logo através de aumentos salariais, mas também com a criação de incentivos para os profissionais que estejam dispostos a trabalhar nas escolas mais carenciadas, onde faltam recursos.
No que respeita aos professores, a federação defende ainda a eliminação das vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões da carreira docente, a revisão do processo de avaliação de desempenho.
Por outro lado, propõe a criação de incentivos para a frequência dos cursos de formação inicial de professores e defende que o Governo crie condições para que as instituições de ensino superior possam alargar essa oferta.
No âmbito do ensino superior, a FNE quer ver reforçadas as verbas atribuídas às instituições, para permitir a contratação efetiva de novos docentes e funcionários e a renovação dos equipamentos e dos laboratórios.
Para os alunos, é defendido o reforço dos apoios aos mais carenciados através das bolsas de estudo, tendo em consideração o aumento dos custos com a habitação e alimentação.
Nas propostas da federação para o OE2025, há também medidas para o ensino de português no estrangeiro, como a criação de uma carreira "digna e com estabilidade" e a eliminação da taxa de frequência, assegurando um ensino gratuito e de qualidade.
A proposta de Orçamento do Estado para 2025 tem de dar entrada na Assembleia da República até 10 de outubro e tem ainda aprovação incerta, já que PSD e CDS-PP (partidos que suportam o executivo liderado por Luís Montenegro) somam 80 deputados, insuficientes para garantir a viabilização do documento.
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learncafe · 3 days
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Curso online com certificado! As teorias e o processo de aprendizagem
O processo de desenvolvimento e aprendizagem: correntes teóricas e suas repercussões na formação do sujeito e suas consequências na prática pedagógica; Concepção sócio-interacionaista na escola: ação do professor no desenvolvimento do indivíduo; A produção do saber pedagógico: relação teoria e prática no cotidiano do trabalho docente. Faça sua inscrição:
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schoje · 1 month
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Documento com objetivos a serem alcançados pela comissão foi lido e aprovado no encerramento do seminário sobre formação de docentesFOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL A formação de uma comissão interinstitucional para discutir, propor, construir e avaliar ações voltadas à formação de professores foi o principal encaminhamento do Seminário Avançado sobre a Formação de Professores para Educação Básica, encerrado na tarde desta quarta-feira (21), na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. O evento, promovido pela Comissão de Educação e Cultura da Alesc, com apoio da Escola do Legislativo, discutiu, durante dois dias, estratégias para ampliar e aprimorar a formação inicial e continuada de docentes no estado. A constituição da comissão consta em um documento aprovado pelos participantes do seminário. No manifesto, constam também 14 objetivos que servirão de referencial para os trabalhos do grupo, como o incentivo à reformulação dos cursos de licenciatura, ampliação da colaboração no poder público para a elaboração de programas de formação, destinação de percentual permanente de recursos públicos para a oferta de cursos de formação, valorização dos profissionais da educação, entre outros. O grupo será liderado pela Comissão de Educação e Cultura da Alesc e contará com a participação de instituições como a Secretaria de Estado da Educação (SED), Fecam, Conselho Estadual de Educação (CEE), Acafe, Undime, instituições superior de ensino, associações, sindicatos, além do Ministério Público Estadual (MPSC) e Tribunal de Contas do Estado (TCE). ���Este seminário não é apenas mais um evento. É o pontapé inicial de um movimento necessário, de mobilização de todo o estado para que a gente possa colocar em discussão esse problema que tanto nos afeta”, afirmou Odilon Luiz Poli, docente da Unochapecó e coordenador-geral do seminário. Política estadual Ainda na tarde desta quarta, os participantes do seminário acompanharam a mesa temática sobre os subsídios para a construção de uma política estadual de formação de professores de educação básica. A mesa foi coordenada pela deputada Luciane Carminatti (PT), presidente da Comissão de Educação e Cultura da Alesc. Adecir Pozzer, representante da SED, defendeu que a política estadual seja construída de maneira coletiva e participativa, além da garantia de financiamento permanente para a formação inicial e continuada. Ele também propôs a elaboração de estratégias para atrair os jovens para a carreira de professor. André Fabiano Bertozzo, também da SED, acrescentou a necessidade de maior articulação entre formação inicial e continuada, o incentivo para cursos de pós-graduação, maior diálogo e colaboração entre as redes de ensino e as instituições formadoras de docentes, estratégias para acompanhamento e avaliação da formação continuada, além da criação de centros de formação. Romeu Hausmann, da Acafe, afirmou que as universidades comunitárias, pela proximidade que mantêm com suas comunidades, podem ter um papel importante na execução de uma política estadual. Ele acredita que tal política deve ter como objetivos a revisão das licenciaturas, a garantia de recursos públicos, o incentivo aos cursos de pós-graduação, a criação de centros regionais de formação e a valorização do professor também como forma de atrair os jovens para os cursos de licenciatura. “É preciso diferenciar quem atua na alfabetização, uma área que requer qualidades e cuidados especiais”, acrescentou. Derlan Trombetta, da Associação Nacional pela Formação dos Profissionais de Educação (Anfope), criticou o modelo neoliberal de formação de docentes e defendeu “a sólida formação teórica e interdisciplinar. Não se forma professor sem isso. A educação é um processo extremamente complexo e precisa de um professor bem formado intelectualmente, e não apenas um prático do currículo.” Amábile Pacios, ex-conselheira nacional de educação, destacou o pioneirismo de Santa Catarina na discussão do tema. Ela afirmou que o “grande ‘nó’ da educação” está na formação de professores.
“Para mim, esse é o assunto mais importante do país na atualidade. Precisamos de fato discutir isso, porque para transformar o país, é preciso transformar as pessoas e isso passa pela educação.” Lourival José Martins Filho, do Ministério da Educação (MEC) apresentou os programas de formação continuada mantidos pela pasta e afirmou que só em 2023 foram quase R$ 200 milhões investidos na área. Ele também apresentou sugestões para uma política estadual e defendeu que os cursos de pedagogia sejam repensados. “Os cursos precisam preparar melhor para que os profissionais dominem os componentes curriculares, os processos de gestão.” Marcelo Espinoza Agência AL Fonte: Agência ALESC
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ocombatenterondonia · 1 month
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Ex-deputado federal, Israel Batista assume cargo no Conselho Nacional de Educação
Caio Barbieri Ex-deputado federal, Israel Batista assume cargo no Conselho Nacional de Educação Ex-deputado federal, Israel Batista (PSB) tomou posse, nesta terça-feira (13), como conselheiro do Conselho Nacional de Educação (CNE) . A nova jornada marca mais um capítulo na trajetória do político e docente, que dedica a carreira ao ensino e à formação de jovens no Brasil. Professor de História e…
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