UMA SUPER DICA DE AVENTURA O Parque Nacional Cavernas do Peruaçu é um dos lugares mais especiais que visitei em todo o Brasil (e olha que tenho chão…). Um dos cartões postais do Parque é o Arco do André e hoje vou contar um pouquinho mais sobre ele para vocês. 😉 Inaugurado em 2018, o percurso é todo sinalizado e conta com aproximadamente 8km de extensão total e dificuldade moderada. Na metade do caminho, o visitante passa por de baixo do Arco do André, uma formação rochosa com altura de mais de 100 metros, e vê resquícios deixados pelo rio há milhares de anos, como troncos de árvores e pedras trazidas pelas águas. No interior, as presenças das lindas estalactites são de tirar o fôlego! Tem que subir e descer pedra? Tem. É extremamente difícil? Eu certamente diria que não – basta um espírito um pouco aventureiro que dá pra encarar! Para aqueles que tem um condicionamento físico intermediário, o passeio dura cerca de 7 horas. Juro que o tempo passa voando com tantas paisagens, mirantes, fauna e flora espetaculares! É possível ainda combinar a trilha com alguns sítios arqueológicos e ver de pertinho os paredões com pinturas rupestres. Vale cada passo e gosta de suor! Não se esqueça de trazer um lanche, tênis ou bota, repelente e 2 litros de água para não passar aperto! A entrada é gratuita, mas obrigatória a contratação e presença de um guia. A visita pode ser feita o ano inteiro, mas vale lembrar que, por conta das chuvas, o cenário e a temperatura mudam: de novembro a abril tudo fica mais verdinho e o calor aumenta, já de maio a outubro as árvores estão acinzentadas e o clima mais ameno. Ah, tem alguma dúvida? Mande aqui nos comentários ou marque alguém que você gostaria de levar pra essa viagem 😎 #novosparanos #peruacu #parquenacionalcavernasdoperuacu #arqueologia #aventura #turismo #itacarambi #januaria #minasgerais #brasil (em Parque Nacional Cavernas do Peruaçu) https://www.instagram.com/p/CgSlwRPPoSH/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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HÊMBA> Edgar Kanaykõ Xakriabá
"O céu respira a terra
Temos que ter cuidado
Pois uma foto é uma imagem"
[ Pagé Vicente Xakriabá, 2019]
Hêmba, na língua Akwê [ o povo Xakriabá pertence ao segundo maior tronco linguístico indígena brasileiro, o Macro-jê, da família Jê, subdivisão Akwê, um dos poucos grupos que habitam Minas Gerais.] traz a ideia de alma e espírito, na alusão da fotografia e imagem. É o nome do livro do fotógrafo e antropólogo paulista Edgar Kanaykô Xakriabá, publicado este ano pela Fotô Editorial, que promete ser o primeiro de uma coleção voltada para autores indígenas, publicação com incentivo do ProAc SP e com a parceria do Centro de Estudos Ameríndios (CEstA) da Universidade de São Paulo (USP) que disponibilizará uma versão permanente em e-book em seu repositório digital.
Fabiana Bruno, professora e pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) edita - com participação de Fabiana Medina e Eder Chiodetto, e escreve o texto do livro, o qual também acomoda escritos do autor e suas narrativas indígenas ( visuais e textuais) que voltam-se não somente para uma poética vernacular, mas fortemente amparados pela produção gráfica do fotógrafo. A publicação teve consultoria da professora Sylvia Caiuby Novaes, do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas ( FFLch) da USP, especialista na Antropologia Visual. ( Leia aqui no blog o excelente livro organizado por ela: Entre arte e ciência, usos da fotografia na antropologia (Edusp, 2016) em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/143117323916/entre-arte-e-ci%C3%AAncia-a-fotografia-na-antropologia ).
Edgar Kanaykõ Xakriabá nasceu em São Paulo em 1990 e vive e trabalha na terra Indígena Xakriabá, compreendida entre os municípios de São João das Missões e Itacarambi, no estado de Minas Gerais. É graduado na Formação Intercultural para Educadores Indígenas (Fiei/UFMG) e tem mestrado em Antropologia Social (Visual) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Sua dissertação, Etnovisão: o olhar indígena que atravessa a lente (2019) é uma discussão acerca da utilização da fotografia pelos povos indígenas como instrumento de luta e resistência e o conceito de imagem, a primeira realizada por um pesquisador indígena em um programa de pós-graduação da UFMG. Sua composição baseia-se em registros fotográficos de sua comunidade Xakriabá, de outros povos, assim como de manifestações do movimento indígena no país.
Não somente para ler ou ver, Hêmba é um livro para uma imersão no universo peculiar do autor, que salvo raras exceções, distingue-se certamente de outras representações dos indígenas já publicadas no Brasil, as quais normalmente limitam-se a explorar o exótico e o superficial, explicitados pelo substantivo beleza. É uma publicação produzida por alguém que faz parte essencial de uma comunidade no sentido mais abrangente, ao incorporar uma colaboração multidisciplinar que assimila questões atuais de representação visual, como parte integrante de um processo mais profundo, filosófico e existencial, que apesar de nos mostrar belas imagens, algumas poucas até mesmo recorrentes, transcende em grande parte sua poética em seu fazer mais ontológico.
A editora Fabiana Bruno, alerta em suas preliminares que "a fotografia é um meio de luta para fazer ver - com outro olhar- aquilo que o povo indígena é." A definição do próprio Edgar Xakriabá de conceber as fotografias no mundo, daí um conjunto de imagens que ganham este título Alma e Espírito- Fotografia e Imagem, palavras que aparentemente sugerem a mesma coisa, mas que de fato não são. Para a professora, a imagem é um dispositivo de resistência em sua linguagem. O gesto fotográfico torna visível mundos e cosmologias indígenas, a resistência e a sobrevivência em histórias: "As fotografias de Edgar Xakriabá correspondem aos próprios atravessamentos da sua história e pertencimento ao mundo das aldeias, relações e compromissos com os povos indígenas sem desvincular-se da construção de um olhar, que define seu trabalho autoral há mais de uma década, no qual se incluem as suas pesquisas no âmbito da sua formação em antropologia." diz a pesquisadora.
Em suas narrativas os argumentos ficam evidentes quando o conteúdo desloca-se do mainstream dos acontecimentos generalizados sistematicamente. Já de início afastando-se das primeiras descrições mitológicas criadas pelos viajantes estrangeiros quando chegaram na América, mediações feitas pelo senso comum, que posicionavam-se diante desta incompreensível alteridade. O historiador americano Hayden White (1928-2018) em seu Trópicos do discurso-Ensaios sobre a crítica da cultura (Edusp, 1994),publicado originalmente em 1978 pela John Hopkins University , já apontava que a humanidade era então definida pela negação do divino ou do que não era animal, classificando os indígenas como estes últimos ou ao contrário como super-humanos, como os antigos patriarcas, algo impreciso, principalmente pelo medievo, escreve a professora Maria Inês Smiljanic da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em seu paper "Exotismo e Ciência: os Yanomami e a construção exoticista da alteridade."
O livro é resultado de associações entre fotografias desveladas como constelações, que emergiram após um longo e profundo mergulho de edição no acervo do autor formado por mais de duas mil imagens. Para ela, o autor " pontua a urgência de se tecer outras histórias não ocidentais da fotografia brasileira, descoladas de uma história única, defendida por muito tempo em campos especializados do conhecimentos." define a editora.
Imagens extremamente líricas, stills de flores abstratos abrem para o leitor a representação de sua cosmogonia, tão cara ao imaginário indígena, a qual ganha a amplitude visual do firmamento em seu esplendor, destacando o cenário da natureza- ao mesmo tempo uma visão poética e um manifesto contrário às atitudes do homem branco que vem desprezando este conceito estabelecendo resultados nefastos. Em seu texto: “Antigamente muitas pessoas eram conhecidas por virar toco, animais, folhas e então se dizia que esta capacidade é uma "ciência" um conhecimento dos antigos. Ver esse "outro mundo" é coisa de gente preparada e que tem "ciência" como os pajés. Ver esse "outro lado" sem os devidos cuidados e a preparação necessária pode levar a uma série de "alucinações" e até mesmo a um estado de loucura. Na aldeia a gente não aprende a lidar com a roça sem lidar com a "ciência" das plantas, dos bichos, dos tempos."
Imagens mais textos consolidam a estrutura ontológica do autor ao continuar pelo caminho natural, flora e fauna, em um belo preto e branco e cores românticas, ora a lembrar uma captura em infra-vermelho, nas árvores, nos ninhos de pássaros, nas asas de uma borboleta, nas patas assombrosas de um réptil, caminhando para uma alegoria do conhecimento ancestral, do homem e a natureza ou nas cores meio borradas próximas das experiências das capturas lisérgicas feitas pela fotógrafa suíça Claudia Andujar com os Yanomami nos anos 1970."Quando uma pessoa mais velha diz de onde veio, sempre aponta com o dedo mostrando que foi de muito longe. Outros relembram que, no passado, eram só um povo, junto com os Xavante e Xerente, formando assim os Akwê, vivendo no Brasil central. Quando se fala em povo Xakriabá, costuma-se dizer que habitam à margem esquerda do Rio São Francisco. Mas no atual território que vivemos não temos acesso ao rio..."
Inegável também é o caráter epistemológico que o autor adiciona ao artístico, quando descreve o conhecimento ancestral em seus textos enquanto procura também o registro mais documental e contemporâneo das manifestações urbanas pela causa indígena, uma vivência politizada de seu grupo, estruturada pelas novas gerações dos povos originários, essenciais no debate de seu tempo.
Se na estética romântica literária, as alegorias foram substituídas pelos símbolos, no sentido de uma ideia geral ou ideal, sendo que a primeira seria mais artificial e exterior ao seu conceito. Entretanto, esta se manifesta no romantismo brasileiro, com a ideia de realismo, como pode-se notar na obra de Machado de Assis (1839-1908) ou Oswald de Andrade (1890-1954), em sua fotografia Edgar Xakriabá aproxima seu imaginário aos detalhes mais emblemáticos e figurativos. Daí, por exemplo, os rituais das lutas indígenas, tão registrados ad nauseam, ganharem nova dimensão pela sua construção mais poética, descartando o confronto e revelando paradoxalmente certa amorosidade em seu extremo realismo.
Não é à toa que a maioria das imagens são noturnas, a reforçar a ideia das constelações, aludida pela editora Fabiana Bruno. Na alegoria proposta pelo autor, “a "noite" guarda seus segredos, como um modo fabulatório de seu projeto criativo, ao articular suas diferentes abordagens, com substratos conceituais estéticos próprios em suas cenas, mas entrelaçadas em um todo, constituintes de uma sedimentação histórica de sua herança e seu estado contemporâneo: " Os Xakriabá, assim dizem os mais velhos, são conhecidos como o povo do segredo. O segredo é importante para manter aquilo que somos. Não no sentido de "preservar" e sim de cuidar, de ter consciência daquilo que é parte. É um tipo de conhecimento que não é transmitido nos mesmos modos do mundo dos brancos. Quando se trata de segredo, há de se remeter ao sagrado..."
"Como almas as fotografias em Hêmba são as próprias evocações de outras existências e memórias." acertadamente escreve Fabia Bruno. " Os seus altos contrastes, de cores vibrantes. luzes e forma intangíveis transparecem como imagens densas e porosas, cujas espessuras resultam não explicações de mundos mas em manifestações de luzes e reverêcias de sinais..." Continua ela: Há de se concordar igualmente com suas ideias de 'temporalidades imemoriais" e da fotografia como o devir exploratório da vida, intrínseca ao seu processo primordial.
Imagens © Edgar Kanaykõ Xakriabá. Texto © Juan Esteves
Infos básicas:
Publisher: Eder Chiodetto
Coordenação editorial: Elaine Pessoa
Edição: Fabiana Bruno
Co-edição Fabiana Medina e Eder Chiodetto
Textos: edição trilíngue ( Akwê/Português/Inglês) Edgar Xakriabá e Fabiana Bruno
Consultoria editorial: Sylvia Caiuby Novaes
Design gráfico: Fábio Messias e Nathalia Parra
Impressão: 1000 exemplares, brochura, papel Munken Lynx Rough Gráfica Ipsis
Para adquirir o livro https://fotoeditorial.com/produto/hemba/
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Distinción de la CBAT para la gran Aída dos Santos
Fuente: CBAT
La Asamblea General de la Confederación Brasileña de Atletismo (CBAt) aprobó la distinción de títulos honoríficos de la entidad para atletas, árbitros, entrenadores y un dirigente de la Federación Estatal.
Entre los homenajeados se encuentran ex atletas como Aída dos Santos, cuarta clasificada en los Juegos Olímpicos de Tokio 1964, Esmerada de Jesús García, ex plusmarquista sudamericana en los 100 m y salto en largo, medallista de oro en los Juegos Panamericanos de Caracas-1983 , así como Conceição Aparecida Geremias, plusmarquista continental en heptatlón y también campeona en Caracas-1983, además de una trayectoria consistente entre los maestros. Esmeralda y Conceição ganaron los primeros oros en la categoría femenina para Brasil en la historia de los Juegos Panamericanos.
Entre los entrenadores distinguidos por el premio se encuentran Luiz Alberto de Oliveira en la categoría In Memorian, quien descubrió y desarrolló diversos talentos como Joaquim Cruz, Zequinha Barbosa y Agberto Guimarães, entre muchos otros, Pedro Henrique Camargo de Toledo, entrenador del ex mundial Triplete plusmarquista João Carlos de Oliveira, João do Pulo, Adauto Domingues, que guió a los fondistas Marilson dos Santos, Waldemar Montezano, Edilberto Barros y Paulo Servo da Costa, también importantes en la revelación de atletas.
Entre los árbitros homenajeados estuvieron Shirley Baptista (In Memorian), Cláudia Schneck, Valter Augusto de Oliveira y Florenílson Itacaramby de Almeida, por indicación de la Asamblea.
El presidente de la Federación de Atletismo de Capixaba, André Schieck, también recibió el título por su trabajo y el intercambio de información sobre la Ley de Incentivos Fiscales y la obtención de la certificación siguiendo los requisitos de la Ley Pelé, con las autoridades del Gobierno Federal.
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Após atuação do MPF, Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, em MG, será inaugurado oficialmente no dia 16
Após atuação do MPF, Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, em MG, será inaugurado oficialmente no dia 16
Criação do parque é fruto de atuação do órgão, que desde 1997, juntamente com o Ibama e o ICMBio, atuou para garantir a instalação e a infraestrutura para o funcionamento da unidade de conservação na área da APA Cavernas do Peruaçu
O Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, situado no norte de Minas Gerais, entre os municípios de Januária, Itacarambi e São João das Missões, criado em 1997, será…
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UMA SUPER DICA DE AVENTURA Conseguiu me achar nessa primeira foto? Já voltei pra casa, mas a cabeça ainda está nessa incrível viagem. O Parque Nacional Cavernas do Peruaçu é um dos lugares mais especiais que visitei em todo o Brasil (e olha que tenho chão…). Um dos cartões postais do Parque é o Arco do André e hoje vou contar um pouquinho mais sobre ele para vocês. 😉 Inaugurado em 2018, o percurso é todo sinalizado e conta com aproximadamente 8km de extensão total e dificuldade moderada. Na metade do caminho, o visitante passa por de baixo do Arco do André, uma formação rochosa com altura de mais de 100 metros, e vê resquícios deixados pelo rio há milhares de anos, como troncos de árvores e pedras trazidas pelas águas. No interior, as presenças das lindas estalactites são de tirar o fôlego! Tem que subir e descer pedra? Tem. É extremamente difícil? Eu certamente diria que não – basta um espírito um pouco aventureiro que dá pra encarar! Para aqueles que tem um condicionamento físico intermediário, o passeio dura cerca de 7 horas. Juro que o tempo passa voando com tantas paisagens, mirantes, fauna e flora espetaculares! É possível ainda combinar a trilha com alguns sítios arqueológicos e ver de pertinho os paredões com pinturas rupestres. Vale cada passo e gosta de suor! Não se esqueça de trazer um lanche, tênis ou bota, repelente e 2 litros de água para não passar aperto! A entrada é gratuita, mas obrigatória a contratação e presença de um guia. A visita pode ser feita o ano inteiro, mas vale lembrar que, por conta das chuvas, o cenário e a temperatura mudam: de novembro a abril tudo fica mais verdinho e o calor aumenta, já de maio a outubro as árvores estão acinzentadas e o clima mais ameno. Nas próximas postagens, dou mais informações sobre as outras trilhas que fiz, como chegar ao parque, hospedagem, alimentação, etc. Fique ligado! Ah, tem alguma dúvida? Mande aqui nos comentários ou marque alguém que você gostaria de levar pra essa viagem 😎 #novosparanos #peruacu #parquenacionalcavernasdoperuacu #arqueologia #aventura #turismo #itacarambi #januaria #minasgerais #brasil (em Parque Nacional Cavernas do Peruaçu) https://www.instagram.com/p/CT0cZ5Or5I9/?utm_medium=tumblr
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