Tumgik
#meu oponente não conseguiria fazer nada
valkyrievanessa · 10 months
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jogando heartstone novamente, pelo celular e meu deck favorito hoje em dia é o de druida arvorosos (sempre amei esse deck, feliz que ele seja viavel e forte hoje em dia) e tipo, eu tenho uma taxa de vitorias bem alta, o deck é bem divertido. Uma das partidas que tive hoje eu enfrentei um paladino contra meu deck de arvorosos e eu tinha 1 arvoroso na mesa (um bicho 2/2) e meu oponente achou boa ideia usar a melhor carta dele contra mim nesse unico bicho 2/2, consagração... tipo, se ele tivesse esperado eu enxer a mesa eu entenderia o uso da carta, teria arruinado meu jogo, mas caramba hahaha, usar o boardwipe dele contra um unico arvoroso foi dificil de ver hahaha, eu venci o cara 2 turnos depois, eu enchi a mesa de arvorosos e fiz todos ficarem 10/10 e bati com eles, o deck está insano.
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ameliachxvalier · 3 years
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this is why we can’t have nice things
Amélia estava cansada. Não fisicamente, apesar de o treino ter sido intenso naquele dia, não. Ela estava cansada mentalmente. Não aguentava mais os olhares, os cochichos e os julgamentos. Também não suportava chorar, reclamar ou se vitimizar. Ela era filha de Júpiter e com certeza era melhor que isso. 
No almoço, enquanto escutava a conversa de Lupa e Quíron, Lia refletia sobre sua vida. Aos vinte anos, para um semideus romano uma idade qualquer, ela já havia enfrentado a maioria dos monstros e dedicado uma vida de batalhas à Legião. Nada de diferente dos seus irmãos semideuses, mas para ela já estava se tornando monótono. Ela, um dia, sonhou em se aposentar, frequentar a faculdade e casar-se com James, mas era apenas isso, um sonho. Não tinha mais James e, apesar de todo amor que ela sentia por ele, não sabia se deveria continuar insistindo.  'Eu sei que errei', ela pensava enquanto empurrava uma ervilha em seu prato, 'mas são oito anos de história, certamente poderíamos superar isso'.
De repente ela não tinha mais apetite. 
Pedindo licença para o centauro e a loba, Amélia saiu da mesa e foi em direção a sua casa na via praetoria, o único lugar no acampamento romano que ela tinha um pingo de sossego, sem ter que resolver problemas alheios ou lidar com os próprios. Sua moradia era confortavelmente pequena,  mas ainda parecia incrivelmente vazia. Nos últimos dias ela retirara tudo aquilo que remetia ao filho de Poseidon e, pelos oito anos que se conheciam, eram muitas coisas.
Sentada em sua cama, Amélia olhava diretamente para o retrato de sua mãe, notando algumas semelhanças como a cor de suas íris ou o jeito que sorria. As madeixas acobreadas -finalmente ela havia voltado a usar a cor natural de seu cabelo. As semelhanças, contudo, acabavam em seu físico. Alice era filha de Vênus e adorava um bom romance adolescente, pelo que os semideuses mais velhos lhe contavam. Ela estaria completamente devastada pela luxúria que Mia apresentou ao se relacionar com Vitus, ignorando os sentimentos daqueles ao seu redor.
Pensar em como havia decepcionado a Chevalier mais velha era como enfiar uma adaga no coração de Lia.  Saber que nunca conseguiria fazer algo que realmente fosse deixá-la orgulhosa machucava, por melhores fossem os títulos ou conquistas, ela jamais veria sua mãe sorrir na plateia. Ou no final de uma igreja enquanto ela caminhava para seu futuro marido. Há anos que Amélia havia aprendido que não deveria pensar daquele modo, ficar triste pelo passado jamais traria Alice de volta para ela. A pretora decidiu que uma soneca diurna faria bem a ela, há muito tempo que Nova Roma e o acampamento Júpiter vinham antes de suas necessidades.
Acordando horas mais tarde, completamente desnorteada, Amélia escutou batidas em sua porta, abrindo apenas para dar de cara com Jasmine Park, a atual augur do acampamento, com um olhar um tanto apreensivo. A filha de Júpiter deu passagem para o Legado entrar em sua casa e a mesma rapidamente passou a relatar a profecia que recebera e a ligação de Amélia com ela. Mais alerta que nunca, a semideusa trocou suas vestes oficiais por uma camiseta roxa do acampamento e jeans confortáveis. 
Com sua arma em mãos, a prole do rei dos deuses finalmente parou na frente da coreana, respirando fundo.  ❝Imagino que Lupa já está ciente da minha missão. Irei partir agora mesmo, com sua benção. ❞ a menina esperou algum sinal da jovem a sua frente, sorrindo levemente com o balançar de cabeça que a mesma lhe deu.  ❝Está certo então... que Fortuna esteja a meu favor...❞ a semideusa murmurou para si mesma, esperando a augur sair de sua casa para poder trancá-la. Lia até cogitou acordar seus primos para informar de sua partida, os três eram extremamente apegados e sempre avisavam quando iria sair da proteção, mas a menina também entendia que não tinha tempo para isso. Usando seu próprio poder para voar¹ a semideusa não perdeu tempo, sentindo a corrente de ar lhe guiar até Las Vegas. 
Meia hora após erguer voo, Amélia percebeu três formas a seguindo, o que a fez ir direto para o chão, observando seus inimigos. Eram pássaros trovões e a semideusa praguejou em latim, pelo seu incrível azar de topar justamente com a criatura cujo seus poderes eram inúteis. Respirando fundo, Lia enrolou a ponta de sua corrente na mão esquerda, a mirando no passado da direita e prendendo firmemente no tornozelo dele (11) e uso sua força para traze-lo para mais perto, acertando um cruzado em sua face. (9)
A ave, em contrapartida, bateu as asas para sair do chão, usando a garra para atingir Amélia em sua face (11), passando da testa até o lábio inferior da menina. A semideusa urrou de dor, lhe dando uma cotovelada para se livrar do bicho e rolando para o lado. O segundo pássaro utilizou dos próprios raios para atingir a filha de Júpiter, que aproveitou para usar a eletricidade para estancar o sangue que escorria de seu corte (10).  A semideusa laçou o segundo monstro (13) como se fosse um touro, mas falhou em montá-lo como pretendia (4), deixando apenas a corrente em volta de seu pescoço. A semideusa aproveitou um muro contendo várias roseiras para criar um escudo (9) entre ela, o pássaro que estava preso em sua corrente e os outros dois.
 Apesar de conseguir manter o foco apenas em um monstro, enquanto a semideusa criava o escudo, o seu oponente usou às duas garras para lhe cortar no abdomem (12) e infligir raios em sua corrente sanguínea a partir desse corte (12), por estar distraída, Amélia não conseguiu usar os raios a seu favor, caindo ao chão enquanto se tremia por inteiro.  A jovem sentiu a corrente se mexer e, abrindo um dos olhos, ela viu seu prisioneiro tentar se livrar da corrente, o que fez com que ela usasse sua força para puxar a corda do chicote(9) para si, apertando ainda mais contra o pescoço dele. Amélia, fraca, tentou se levantar (4), mas seu oponente com apenas uma grande lufada de ar a derrubou novamente. 
O animal tentou duas investidas contra amélia, a primeira ele tentou usar seu poder de raio(1) novamente contra a semideusa, que conseguiu bloquear e o segundo ele se esforçou para erguer voo(5), apenas para ser puxado ao chão pela corrente, que Lia segurava com toda sua força.  Lia tentou desferir um chute (4), mas o pássaro conseguiu desviar deste com maestria. Em um estado de fúria, a semideusa puxou o chicote para si, consequentemente o bicho foi junto, Mia passou a corda novamente pelo pescoço, deixando que os espinhos de sua extensão penetrasse na pele do monstro (12). Chevalier ficou naquela posição pelo que pareceram horas, a barreira de proteção já estava abaixando, mas ela só se mexeu quando finalmente sentiu um vazio em seus braços, uma poeira dourada subindo.
Sem tempo para contemplar seu feito, Amélia foi direto para o chão quando as unhas de seu oponente cravaram(13) em sua carne, fazendo-a gritar de dor, mas não o suficiente para incapacitá-la. A semideusa usou o cabo de seu chicote como arma, levando seu punho com toda a sua força na cabeça da ave(14), aproveitando de seu momento de distração para laça-la e erguer voo com a mesma(14). Utilizando da mesma técnica com o outro oponente, puxou o laço para trás, deixando os espinhos perfurarem o pescoço do animal até perceber estar mais leve, o monstro havia partido.
O terceiro e último oponente estava no ar, voando atrás da semideusa que começou a ir em direção ao seu destino. Os dois sabiam que usar seus poderes era irrelevante, apenas com distrações os raios poderiam ser útil para ambos. Amélia, com seu corpo voltado para a frente -ainda indo em direção à Las Vegas, trouxe seu braço para frente e com grande velocidade o levou para trás novamente, prendendo(9) em uma das asas do Pássaro. A filha de Júpiter então passou a voar mais rápido, arrastando a ave atrás de si e, utilizando todas as forças que tinha, puxou a corda para frente, sentindo uma das asas do seu inimigo rasgarem(12). Lia soltou a corda do chicote, vendo o bicho ir em direção ao chão e o seguiu, o pegando pelo pescoço(9).  ❝Você já era, sua galinha estupida.❞ murmurou mal-humorada para seu oponente, que tentou em vão atingi-la com suas garras(5). Amélia começou a socar a face do Pássaro(8), usando por fim suas mãos no pescoço para estrangular o animal(15), sentindo suas mãos se encontrarem em alguns segundos, uma poeira dourada a circulando.
Amy finalmente pousou no chão, se ajoelhando e respirando fundo. A menina usou um poste de energia perto de si para usar a eletricidade³, a fim de estancar os novos cortes de seu corpo. Ela sabia que ficaria com várias novas cicatrizes e parte dela se sentiu mal com isso. Ela havia recém-saído de um relacionamento de anos e agora estava com várias marcas pelo seu corpo que ela julgava a lhe deixarem feias. Deixando sua consciência ter seu minuto de crítica. Mas ela não podia se dar o luxo de parar, não agora. Estava tão perto de chegar em seu destino e enfim dar início de verdade a sua missão.
Em vinte minutos, voando, Lia chegou em seu destino. A cidade estava em seu ápice,  luzes neon por todo lado, carros passando, mulheres em seus melhores trajes. Foi nessa distração que Amélia não percebeu uma sombra se aproximando, muito menos a mão que lhe cobriu a boca. Os braços estavam presos em uma corda e ela sentia a ponta de algo afiado em suas costas: como ela poderia ter sido tão burra? Quem quer que tenha lhe sequestrado, a levou para um galpão no centro de Las Vegas, a jogando no chão com força. A semideusa estava completamente desorientada, tentando entender o que estava acontecendo e, foi então, que ela a viu.  ❝Tal pai, tal filha... eu acredito que seja esse o ditado, certo?❞ a mulher disse. Lâmia, antiga amante de Júpiter.
TW: tortura
A amante pegou uma adaga dourada, fincando-a no peito esquerdo da semideusa, 3 cm dentro da pele e puxando a faca para baixo, parando apenas 5 cm abaixo do umbigo de Amélia. A esse ponto a semi mortal já estava sem voz, havia gritado tanto que agora somente soluços saíam de sua garganta, a menina sentia os outros cortes de seu corpo se abrindo também, provavelmente com a força que ela fazia toda vez que se contorcia, conforme era torturada.   ❝Eu já fui muito bela também, não é atoa que se pai deitou-se comigo...❞ a mulher se gabava, a adaga ensaguentada já esquecida ao seu lado. Mia não conseguia registrar o que se passava, ela não sentia nenhuma corrente elétrica no lugar -certamente Lâmia havia pensado nisso e desligado a eletricidade.
❝Aposto que sua mãe também era bela..., mas Hera não a amaldiçoou como fez comigo.❞ o monstro seguia falando, mas a mente de Lia estava tentando formular um plano, era difícil quando se estava completamente machucada.  ❝Bom, ela está morta, de qualquer forma. Não maldigo dos mortos.❞ finalizou Lâmia, fazendo com que Amélia grunhisse. A mulher se virou para pegar algo e a semideusa aproveitou para puxar a adaga com o pé, de primeiro a adaga não se mexeu(5), mas a filha de Júpiter, entre arfadas de dor, não desistiu, puxando-a novamente(7) e a trazendo para perto de sua bunda, sentando em cima da arma e passando-a para suas costas.  Lâmia por algum motivo estava distraída demais com o que fazia, já que não havia percebido o movimento atrás de si. A semideusa se movia com grande lentidão, colocando a lâmina da adaga contra a corda que passava em seus pulsos, conseguindo se libertar(9), a semideusa não estava, contudo, com seu chicote.  Teria que usar a adaga do monstro, que ela pode perceber ser de bronze celestial. A filha de Júpiter, com todo silêncio que conseguiu, ficou de pé. Apenas para ver Lâmia se virando com um ferro em brasas e vindo em direção a Amélia.
A prole do rei dos deuses não conseguiu desviar da investida da amante, estava muito lenta devido aos machucados e por isso foi acertada(14) entre os seios por um símbolo de cobra nadando em uma onda.  ❝Isso é para você se lembrar da sua própria traição.❞ o monstro brandou, antes de passar uma rasteira com a própria cauda na semideusa, a levando para o chão. A mulher veio para cima dela, mas Amélia usou a arma de sua tortura contra sua torturadora, enfiando no estômago da mesma(14), mas não tendo força para puxá-la par abaixo(4), então ela decidiu esfaqueia-la o quanto fosse preciso(7), apoiando-se na parede atrás de si para se levantar e deixando o último golpe no crânio(11), vendo-a se materializar em poeira.
 Amélia caiu novamente no chão, seu corpo tomado pelas dores e ela sabia estar a um passo de desmaiar. A semideusa sentiu a bile subindo e não conseguiu segurar, despejando o conteúdo de seu estomago no chão ao seu lado. Ela queria dormir, queria chorar, queria morrer. Ela ainda não havia sequer feito sua missão e já estava mais para o reino de Hades do que no mundo mortal e ela tinha plena convicção disso.
 ❝Amélia Isabelle Chevalier❞ duas vozes brandaram em algum lugar, provavelmente seria julgada agora e poderia ter paz nos Campos do Elísios.  ❝Você nos surpreendeu, criança.❞ uma mulher, em seus trinta e cinco anos disse.  Bronte, ela servia a seu pai. Seria ela a responsável para levá-la ao mundo inferior. A mulher se aproximou e, com um toque, a semideusa sentiu uma corrente elétrica passar por seu corpo. Ela não havia a curado, mas seus ferimentos não sangravam mais. Lia sentia-se levemente mais forte naquele momento, conseguindo se colocar de pé. A mente da filha de Júpiter começou a funcionar novamente.
❝Vocês não vieram me ajudar.❞ constatou. Se fosse o caso, elas teriam intervindo antes. Amélia não era filha delas e dada a atual situação, ela acreditava que os deuses poderiam interferir mais, afinal, Selene estava treinando semideuses em sua casa nesse momento.  ❝V-vocês se abnegaram ao meu pai.❞ disse fraca, o choque de suas palavras a atingindo como um raio. Bronte e Astrape eram raios e trovões, elas deveriam se curvar.  ❝Isso era um plano... vocês queriam me matar?❞ a semideusa segurava firmemente a adaga agora, preparada para atacar se preciso, ela ainda não tinha certeza. Astrape negou com a cabeça.  ❝Os céus caíram, o Olimpo está vazio, criança. Nosso lorde está desaparecido, precisávamos tomar uma atitude. Servimos a Zeus, jamais juntaríamos forças com Érebo.❞ revelou uma das duas, a visão de Amélia voltou a ficar turva, ela estava enfraquecendo novamente.  ❝Somente uma pessoa seria capaz de ganhar nossa servidão, você.❞ para o conforto de seu ego, Lia conseguiu segurar seu choque dessa vez.  ❝Contudo, eu e minha irmã jamais serviríamos alguém fraco e, por tal motivo, trouxemos Lâmia para você. Sua tarefa era derrotá-la e então os raios e os trovões se curvariam a você. Se perdesse... bom, com a morte da herdeira dos céus, nossa força seria bem usada em outro lugar.❞ por mais louco que fosse o que a deusa falava, fazia sentindo na cabeça de Amélia e por isso ela concordou, um dos poucos movimentos que não a machucava. ❝Você lutou como uma verdadeira heroína e por isso não iremos a curá-la, seus machucados e traumas são seus para contar sua história. Mas oferecemos nossos parabéns. ❞ e com isso o mundo ficou escuro para Chevalier, escutando apenas um estrondo ao seu redor. A jovem acordou, segundos depois nos Campos de Marte, as deusas haviam a teletransportado através dos raios e trovões, ainda impedindo que eles a curassem. Vacas, a menina pensou. Amélia fechou os olhos ao sentir dois braços a pegando no colo, ela estava em casa, quem quer que tenha a pegado provavelmente estaria a levando para a enfermaria, ela estava segura.
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pelaprincesa · 4 years
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Conto I
Aqui está o primeiro conto! Conto sobre o Borys e Sieglinde na época em que o Baratheon estava como protegido em Dorne. Conto escrito por @holtzm-ann .
Borys Baratheon sentia-se como um peixe fora d’água.
Segurando a haste longa da arma que suas mãos estranhavam seu humor não era dos melhores, estando numa posição de inexperiência em combate, que era uma das poucas coisas das quais podia orgulhar-se em ser talentoso. Estacado no meio do pátio do Palácio Antigo, mantinha os olhos fixos em seu oponente, que portava a própria lança com a mesma naturalidade com a qual portaria um talher durante o jantar.
E, de fato, Benjicot o encarava como se fosse seu almoço, fazendo Borys cerrar o maxilar diante da óbvia condescendência com que era tratado.  
Eram observados por todos os pares de olhos Martell possíveis, salve os da própria Princesa que estava ocupada com seus afazeres, e ele não queria ser humilhado daquela forma na frente da família que o recebia. Àquela altura, ele não era um absoluto desastre no manuseio da arma dornesa, afinal, faria uma volta de lua desde sua chegada à Lançassolar – uma volta de lua em que, todos os dias, sem exceção, ia ao pátio junto ao herdeiro de Alto Ermitério e ocasionalmente de um sujeito Targaryen, ambos na mesma condição que ele de protegidos de Selaena Martell – ainda que o último preferisse muito mais estar nas costas de seu dragão Tessarion, alcunhada Rainha Vermelha, à manejando uma lança com os companheiros. Mas desde então o máximo que aprendera havia sido como perder da maneira mais digna possível do Dayne, que nascera com as artes de luta dornesas em seu sangue.  
Movendo-se no mesmo passo que Benjicot, num movimento circular contínuo em que mantinham uma distância segura um do outro, Borys decidiu que já era hora de ensinar ao ruivo arrogante o sabor de seu próprio remédio. Por isso avançou, o passo e o braço firmes, estocando o sujeito no ombro desprotegido. Os dorneses eram um povo estranho, não adeptos à proteção de armaduras, usando nem mesmo couros. E antes de chegar em Lançassolar, Borys os caçoava pela tolice como qualquer outro cavaleiro westerosi. No entanto, ao cruzar a fronteira entre as terras da tempestade e o território dornês, inteiramente vestido de cota de malha e aço polido, reviu suas concepções ao ser quase cozinhado vivo dentro das próprias roupas.  
Desde que entrou pelos portões do Palácio Antigo naquele dia fatídico, quase inteiramente despido,  Benjicot não o havia deixado em paz, fazendo chacota de sua cara continuamente enquanto o Baratheon lutava para se adaptar à cultura e costumes desconhecidos daquela terra estranha e hostil. Os homens eram violentos, as mulheres peçonhentas e lascivas, e Borys desgostava deles tanto quanto desgostava de Benjicot. Para completar seu desespero  não havia nenhuma outra pessoa até então que poderia chamar de amigo, salve o perjuro Dayne.  
Que, aliás, deslizou para fora do alcance de sua lança com a mesma suavidade com que daria um passo de dança. O ruivo manejava a própria arma no ar, rodopiando-a graciosamente, enquanto Borys penava para manter o foco em para onde ia sua ponta. Ele lhe deu um sorriso zombeteiro quando impediu seu ataque seguinte, chocando as hastes uma com a outra.  As lâminas tiniram uma segunda e terceira vez conforme o Baratheon, cada vez mais furioso, defendia desajeitado as investidas de Benjicot.  
Quando sua raiva explodiu, o herdeiro da Tempestade deu um passo firme em direção ao adversário, mirando a ponta da lâmina bem em sua garganta. Mas antes que pudesse alcança-lo deu um salto para trás quando uma flecha passou rente a seu rosto, cravando-se em um dos bonecos de palha que os mais novos usavam para praticar.  
Os dois rapazes se viraram ao mesmo tempo, sobressaltados e bravos com a interrupção de seu confronto. Com o sol batendo forte no rosto, Borys só conseguiu distinguir uma figura esguia e vestida de couros de treinamento na borda do pátio, com os dedos ainda na curva do arco que segurava. Caminhando com passos largos e irritados foi em sua direção, segurando a lança com força.  
O sujeito recuou, intimidado com a raiva que certamente viu em seu rosto, mas antes que Borys pensasse em qualquer coisa o cabo da lança de Benjicot cortou seu caminho.  
Com um sorriso jocoso, ele advertiu:
— Acho melhor não, Baratheon. Eu não mexeria com essa se fosse você.
Essa?  
Borys piscou, sentindo a fúria anterior arrefecer quando reconheceu o rosto que o encarava, sobressaltado. O cabelo tinha sido recentemente cortado na altura do queixo, por isso ele havia pensado que se tratava de um homem para começo de conversa. Nas vezes em que a tinha visto, até então só nas refeições que a família Martell dividia com seus hóspedes e homens mais fiéis, os cachos iam até sua cintura. Mas os cílios longos e os lábios largos só podiam ser de uma garota. Da garota.  
— Princesa. — Borys praticamente bufou o cumprimento, consertando a postura hostil com um aceno educado. Encarou-a de cima, ainda um pouco consternado com a altura que ela exibia mesmo sendo tão nova e sendo uma mulher.  
— Sor Borys. — ela abriu um pequeno sorriso, parecendo achar graça da sua irritação, mas foi educada o suficiente para não caçoar dele assim como todos os outros naquele lugar pareciam fazer. — Ben. Achei bom interromper seu combate antes que você fosse empalado pelo nosso convidado.
Benjicot riu, abandonando toda a raiva que parecia sentir por ter sido interrompido no meio do treino.
— Sabe muito bem que ele não conseguiria fazer isso nem se quisesse, Sif.  
— Não sei, ele realmente parecia querer sua cabeça numa estaca um minuto atrás. — a garota se voltou para Borys, que tinha cruzado os braços sobre o peito. — Não que eu possa culpa-lo. Eu mesma já quis fazer isso algumas vezes.  
Suas palavras fizeram o Baratheon sorrir. Um pouco.  
— Tudo isso uma clara demonstração de seu afeto por mim. — o Dayne continuou a cutuca-la com seu sorriso cortês, sem muito sucesso. Sieglinde só olhou-o de cima abaixo com um olhar que fez até Borys se sentir desconfortável e murmurou:
— É claro. — Sua fala foi seguida de uma salva de palminhas que vieram do outro lado do pátio, onde as outras crianças Martell descansavam e os observavam de debaixo de uma tenda. As mãos que batiam as palmas empolgadas pertenciam à Taryne e Elrie, as gêmeas, mas a garota do meio, Jaelyn, também parecia se divertir com a cena mesmo com o irmão recém-nascido nos braços.  
— Foi uma apresentação e tanto. Mas acho que é hora de parar por hoje. — Ben disse, finalmente desistindo de perturbar a Martell mais velha e dando tapinhas no ombro de Borys. — Você se saiu bem, Baratheon. Só não deixe a raiva consumir você. Um pouco de raiva é bom numa batalha, muita pode deixa-lo cego.  
— Não creio que essas palavras estão saindo mesmo de sua boca, Ben. — alfinetou Sieglinde, sem conseguir se segurar.  
Ele a ignorou, caminhando para fora do pátio assim que Borys acenou para ele.  
— Espero que possa me desculpar pela interrupção, Sor Borys. — o estrangeiro encarou-a, buscando algum traço de ironia em sua voz, mas não achou nada. E isso o pegou despreparado.  
Coçou o queixo, envergonhado ao pensar a maneira como tinha avançado nela mais cedo, com uma fúria sanguinária que ele sabia que não tinha nada haver com ela, e sim com as próprias frustrações de viver num lugar em que não parecia se encaixar.  
— Não precisa pedir desculpa. — disse, por fim, pigarreando para limpar a garganta. — Eu é quem devo me desculpar, imagino, por...  
—... Querer me empalar com a lança? — ela sugeriu divertidamente. Ele piscou. Então ela o ajudou, tendo a delicadeza de uma dama westerosi ao dizer: — Não se preocupe com isso. Eu vivo aqui há mais tempo que você.  
Borys sorriu aliviado por ela ter tirado dele a obrigação de contornar a situação constrangedora enquanto saíam de debaixo do sol, indo para a borda do pátio.  
— É claro. — concordou.  
— Vejo que você não está se dando muito bem com nossas armas. Nem com nossa comida. — a Princesa observou, solidária. — Nem com... Bem, Dorne.  
Borys suspirou.
— Temo que esteja certa.
Ela acenou, parecendo pensativa ao olhar o lugar em que haviam estado um segundo antes.  
— Acho que eu posso ajudar a tornar sua estadia aqui mais suportável. Considerando que não vai passar somente mais um mês por aqui, imagino eu.  
O Baratheon negou com a cabeça. Não estava certo de por quanto tempo passaria nas terras dornesas – tinha partido de Ponta Tempestade sem data de retorno. Só isso confirmava suas suspeitas de que seria um período longo.  
— Pode me ajudar? — perguntou, um pouco enervado. Essa era a primeira vez que trocavam mais que cumprimentos polidos, e a tranquilidade e prestatividade com que a Princesa agia era no mínimo suspeita. Nenhum dornês que conhecera até então havia sido tão sinceramente cordial, e Borys ficava tenso só em pensar que tipo de sentido as mulheres dornesas davam a ajuda.  
Não que tivesse medo de garotas. Tinha beijado um bom punhado delas até então. Mas aquela não era do tipo normal, isso ele podia ver só pelo arco que ela continuava segurando confortavelmente, como se fosse parte de seu corpo.  
— Claro. — ela acenou, convicta, com uma mão no queixo. Então olhou-o. — Me encontre depois do jantar. Acho que é tempo suficiente para terminar.  
— Depois do jantar? — ele repetiu debilmente.
— Isso. Pode ir para a Torre do Sol, embora... Eu ache melhor que nos encontremos em meus aposentos.  
Borys encarou-a, um leve rubor subindo em seu rosto. Com sorte, ela o atribuiria ao sol que havia levado na cara durante a tarde inteira.  
— É claro. — concordou. Mas ela já se afastava, acenando enquanto ia em direção às irmãs para se recolherem aos próprios quartos.  
×××
Quando o ocaso caiu, Borys saiu de seus aposentos na Torre da Lança, descendo metade da escadaria até o corredor que o levaria à Torre do Sol. A estrutura central do Palácio Antigo era provavelmente uma das mais belas que ele havia visto em sua vida, com a redoma vítrea condecorando seu topo, fazendo reluzir no chão e nos Tronos ali posicionados reflexos coloridos quando o sol estava à tina no céu. Mesmo á noite era encantador,  iluminado com castiçais e banhado pela brisa fresca do mar que o remetia imediatamente à sua casa.    Fizera somente um mês desde que havia partido e, no entanto, Borys já sentia saudade de Ponta Tempestade. Sentia falta da presença adorável de sua mãe, do sorriso acolhedor de Roberta, no qual sempre podia apoiar-se quando abatido, e mesmo da presença imponente de seu pai, que sempre esperava o melhor daquele que havia se tornado seu herdeiro desde que o primogênito havia decidido por tomar o colar de Meistre e partido para a Cidadela.  
Suspirou ao adentrar no salão sob a cúpula, conforme rememorava os rostos que eram tão queridos a si. Em contraponto, Dorne não parecia muito disposto a deixa-lo confortável em nenhum sentido.  
— Sor Borys. — a Princesa acenou do outro lado da sala, onde espalmava as mãos na superfície de vidro da parede.  
Borys parou, pendendo junto à porta. A família Martell em peso já sentava-se à mesa, junto ao Meistre que os servia e dos protegidos de Selaena que habitavam Lançassolar. O Baratheon estava desconfortavelmente ciente do olhar da Princesa Regente sobre si, e a última coisa que desejava era obter algum problema com a mulher que abrira as portas de sua casa a ele. Dirigiu-se em direção à Sieglinde, por fim, cumprimentando-a com um aceno de cabeça.  
— Estou observando o céu. — ela comentou, ainda que ele não tivesse lhe dirigido nenhuma palavra. — Aprecia fazer o mesmo?
— Temo que não.
— Foi o que achei. — ela abriu um sorriso discreto, mas não parecia zombar dele; apenas parecia satisfeita pela própria constatação estar correta. — Vamos, então. Reservei um lugar para você a meu lado.  
Borys seguiu-a, cada vez mais consternado por seu comportamento, mas o jantar correu tão normalmente quanto os anteriores. Como nas outras ocasiões similares, o herdeiro da Tempestade falou pouco, preferindo observar as interações muitas vezes barulhentas do excêntrico grupo. Todos pareciam dar-se bem, a seu próprio modo, adaptados à presença um do outro. E ainda que não o destratassem, tampouco dirigiam a ele mais que as amenidades polidas usuais.  
Naquela noite, no entanto, Taryne Martell parecia reservar outros planos para ele.  
— Olá, Sor. — a menina disse, aproximando-se dele quando o jantar já se findara e os presentes haviam espalhado-se pelo salão em diálogos esparsos. — O senhor gosta da vista daqui de cima?  
Ele não pôde deixar de sorrir minimamente ao dizer:
— Gosto, sim, com certeza, Lady Taryne. E você?
— Ah, muito! Gosto principalmente de olhar a cidade, lá embaixo. Ela parece tão pequenininha daqui, não acha?  
— Ah, claro. — murmurou Borys com pouca convicção, sentindo-se de repente meio velho e enfadonho. De canto de olho, ele notou que Sieglinde parecia divertir-se com sua aflição, observando-os de alguma distância.  
Taryne apenas sorriu com ar coquete e respondeu:
— Mas eu prefiro os Jardins de Água. O Senhor sabia que eles têm também uma história muito romântica?  
Sieglinde disfarçou o riso pondo a mão nos lábios, a traidora.
— É mesmo? — conseguiu dizer Borys, com algum esforço.
— É. — afirmou Taryne, com tamanha expressão de sabedoria que o Baratheon imaginou se não havia uma matrona de quarenta anos dentro de seu corpo de sete. — O Príncipe Maron Martell os construiu como um presente para sua noiva Targaryen, para marcar a união de Dorne com os Sete Reinos.
— Compreendo. — ele disse, suspirando em seguida como se estivesse frustrado. Lançou um breve olhar a Sieglinde, por cima da menina. — Bom, lamento dizer que esta não seja uma opção nesse caso.  
— Como assim? — a expressão dela foi sendo tomada pelo deleite quando entendeu o que ele estava querendo dizer. — Nesse caso?  
— Isso mesmo. Se terei de construir um palácio para cortejá-la, Lady Taryne, sinto dizer que precisaríamos esperar até que eu assuma meu posto como Lorde de Ponta Tempestade. Só assim terei o dinheiro e o poder suficiente para uma empreitada assim.  
— Mas você é filho do Lorde.
— Infelizmente, isso não significa muito quando se quer construir um palácio.  
Taryne o encarava com um misto de desconfiança e alegria. A desconfiança afinal venceu. Suas mãos foram parar nos jovens quadris quando ela estreitou os olhos e indagou:
— O Senhor está brincando comigo?  
Ele permitiu-se sorrir:
— O que a senhorita acha?  
— Acho que sim.
— Pois eu acho que seria um tolo se desafiasse qualquer uma das mulheres de sua família.
A menina pensou por um instante.
— Se decidir casar com minha irmã, tem minha aprovação — começou, fazendo Borys engasgar, ainda que não estivesse comendo nada. — Mas, se não se casar com ela — continuou Taryne, sorrindo quase timidamente. —, eu ficaria muito agradecida se esperasse por mim.  
Para a sorte do jovem Baratheon, que não tinha qualquer prática com meninas pequenas, Gaemon Targaryen surgiu das sombras, o cabelo louro reluzindo prateado debaixo da luz da lua. Ele tomou a mão da jovem Martell num beijo breve e cordial.  
— Minha senhora. Gostaria que me acompanhasse num passeio pela sala, o que acha?  
Taryne encarou-o, perplexa e encantada. Neste exato momento, a Princesa Sieglinde aproximou-se, puxando levemente a orelha da irmã mais nova ao indagar:
— E o que a faz achar que tem o direito de importunar nosso convidado com tais sugestões impróprias?  
Taryne fechou a cara de imediato, murmurando um pequeno “ai!” enquanto era puxada pela irmã mais velha para próximo aos Tronos, onde sua irmã do meio conversava animadamente com Benjicot Dayne.  
Quando ela estava longe o suficiente, Borys permitiu-se expirar, aliviado.  
— Obrigado por intervir. — disse educadamente em direção a Gaemon, somente porque precisava dizer algo para preencher o silêncio entre ambos.
Ele acenou brevemente de maneira solidária.
— A família Martell pode ser exasperadora, ás vezes. Mas você se acostuma. — ao dizer isso, o valiriano lançou um breve olhar em direção à Princesa, que retornava com passos decididos em sua direção.  
— É claro.  
Ao alcança-los, Sieglinde cumprimentou Gaemon, que afastou-se prontamente ao notar que a dupla intencionava dialogar entre si.  
— Precisava tirá-lo das garras dela, ou então nunca teria a chance de leva-lo para fora daqui. — Borys achou ter visto um lampejo de excitação cruzar os olhos cinzentos dela quando as palavras saíram de sua boca. Tomando seu braço, ela passou a guia-lo para longe dos outros presentes, então para fora da Torre do Sol e direto para seus aposentos pessoais.  
Durante todo o caminho ele perguntou-se se aquela era realmente uma boa ideia. Era fato que a garota era bonita; de um jeito diferente das mulheres de Westeros, mas ainda assim bonita. E, até então, fora uma das poucas pessoas com as quais ele se dera verdadeiramente bem em Lançassolar. Fazia apenas um dia em que haviam dialogado, de fato, mas havia sido tempo o suficiente para ele decidir que agraciava-se da companhia da Princesa. Ainda que tivesse ressalvas acerca de seu comportamento enigmático.  
E, contudo, Borys duvidava que qualquer atitude de sua parte passaria despercebida aos olhos atentos de Selaena Martell.  
Era nisso que refletia quando viu-se parado na divisão entre a antecâmara que prescindia o quarto da Princesa e o cômodo em si. Apoiou-se na porta, incerto sobre dar um passo a mais, e observou-a ir até a própria cama, sentando-se enquanto remexia em alguns papéis que repousavam sobre as sedas cuidadosamente forradas. Então ela olhou-o inquisitivamente.  
Borys inspirou antes de dar o primeiro passo. Ao alcança-la, sentou-se a seu lado, mantendo os olhos em seu rosto o tempo todo. Quando começava a se perguntar se ela esperava que ele desse o primeiro passo, a garota apontou com o dedo para uma das folhas de pergaminho que estava entre eles.  
— Veja. — indicou a figura que fora desenhada no papel.  
Ele piscou, então obedeceu-a, focando-se na imagem que reconheceu como sendo de um... — Tridente?
A Princesa acenou, parecendo particularmente empolgada ao começar:
— Eu achei isso dentro de um dos livros da biblioteca. Quando vi você hoje no pátio, imaginei que talvez fosse a solução para seus problemas com a lança. — explicou, usando o indicador para apontar as partes que eram importantes. — Quer dizer, ainda é uma arma de médio alcance, é verdade. Mas você deve se dar bem com elas. O manejo é parecido com o da Lança, mas a lâmina o difere completamente. Eu alterei o seu estilo para o que julguei que seria melhor para você.  
O Baratheon encarou o desenho intricado da lâmina tridimensional, que claramente fora feito acima do original mais antigo, o ânimo substituindo o lugar da surpresa pelo rumo da conversa.  
— Acha mesmo que eu me sairia melhor com isso? — indagou.  
Ela acenou vigorosamente com a cabeça, abrindo o maior sorriso seu que ele já vira até então. O sorriso alcançava seus olhos, que brilhavam com a percepção de uma de suas ideias realmente ser levada à prática ou tornar-se útil.  
— Eu posso pedir que o ferreiro comece ainda hoje. Talvez leve uns dois dias, mas logo você poderá testar no pátio.  
Borys acenou, incapaz de fazer muito mais que isso, desnorteado que estava pela gentileza repentina. Então, ao notar que ela comprimira os lábios, abriu um sorriso:
— Eu acho que pode dar certo. Muito certo.  
— Espero que Ben esteja preparado para isso.
— Eu espero que não.
Eles riram, então o rapaz encarou-a um pouco mais seriamente ao proferir:
— Obrigado pela ajuda, Alteza.
— Ora, Sor. Não se atenha a isso. Será meu prazer vê-lo espetar a bunda metida daquele Dayne com seu novo tridente.  
— Acho que Borys é o suficiente.  
— Borys. — ela tornou a sorrir um daqueles sorrisos espetaculares. — É claro. E Sieglinde também está ótimo.  
Ele acenou. Então, ainda que não o desejasse, pôs-se de pé.
— É hora de ir. — e, arriscando: — Vejo-a amanhã na forja?  
— Decerto que sim. — a Princesa acompanhou-o até a porta de saída. Quando Borys já descera dois dos inúmeros degraus que teria de enfrentar, no entanto, chamou-o uma última vez. Ao voltar-se, Borys foi surpreendido por um beijo plantado em seus lábios enquanto seu colarinho era segurado firme.  
Desceu o resto da escadaria como um furacão, indo deitar naquela noite repleto de uma ansiedade que pensou que havia esquecido desde que abandonara Ponta Tempestade. A percepção das coisas estarem aparentemente mudando em Dorne levou-o a demorar a dormir. Pôs-se a observar a vista da própria janela enquanto o sono não o alcançava e, pouco antes de por fim adormecer, pôde visualizar uma figura imensa disparando em direção ao céu noturno.  
A rainha vermelha, pensou, sonolento, enquanto o mundo dos sonhos o embalava.  
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luprtt · 3 years
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Bandoleiro e Atacante
- Estaremos sempre vivos nas lendas meu amor...
As últimas palavras de seu amor antes de descansar finalmente em uma paz profunda.
Foram tantas aventuras, roubos, assassinatos, cavalgadas, noites em claro, amores iluminados pela chama da fogueira após escapar de mais uma enrascada daquelas.
Levi e Rogério eram dois comparsas criminosos dos bons, mas além de tudo isso eram dois amantes. Seus crimes eram lindas aventuras cheias de adrenalina, tiros, beijos, olhares e algum sangue respingado. As vezes eles escapavam ilesos mas quase sempre alguém tinha um corte na testa, uma bala de raspão ou algum osso quebrado.
Já foram pegos algumas vezes, mas sempre conseguiam escapar, eram profissionais nisso.
E entre todos esses momentos havia um trato: se para salvar a vida de um fosse necessário deixar o outro para trás assim seria feito. Claro, em um caso onde os dois não pudessem fugir.
Era um trato que já perdurava por muito tempo mas nunca precisaram cumpri-lo, bons fugitivos, bons ladrões, bons amantes.
O esquema sempre foi o mesmo, Levi saqueava com uma velocidade incrível e uma frieza e inteligência fora do comum. Rogério era bom de bala, era bom levando balas de vez em quando também, mas seus oponentes nunca saíram vivos de uma briga contra ele.
Até aquele dia.
Eram exatamente 10:00 horas quando o novo xerife chegara a cidade, sempre muito metódico com seus horários e frio com suas leis. O último? Bem, o último brigou com Rogério e enfim, só um saiu vivo.
Era uma quinta feira quente como de costume e o roubo planejado minusciosamente estava marcado para às 12:00. Era um costume fazerem seus roubos em horários terminados em 0, uma superstição dos dois.
O local roubado aquele dia seria o banco ao lado da delegacia, um jeito de mostrar ao novo xerife quem mandava naquela cidade. Eles fariam como de costume, Levi saqueava, Rogério atirava e ele estava louco para uma troca de tiros com o novato. Após o roubo bem sucedido, pegariam sua pequena parte, e o resto seria distribuído para os moradores das pequenas casas de barro, lona e madeira que pouco tinham para sobreviver por conta dos novos xerifes que chegavam toda semana obrigando eles a trabalhar por uma pequena quantia de dinheiro em troca que no mais tardar seria devolvida em forma de "imposto".
Ninguém costumava se opor, por ali oposições eram tratadas como crime, e em caso de crime os xerifes sempre puxavam o gatilho.
Mas não para Levi e Rogério. Eram uma dupla incrível, e logo começaram a expulsar desse plano astral todos os cobradores de impostos.
Tudo corria bem para o plano ao meio dia. Deixariam seus cavalos em algum lugar próximo e escondido dali, iriam ao ato e voltariam com um arranhão ou dois como de costume.
Mas naquele dia não foi só um arranhão.
O barulho do sino da cidade avisava o horário.
12:00 horas em ponto, o sol escaldante reluzindo as pedras na estrada.
Levi e Rogério deixaram seus cavalos amarrados ali perto e foram realizar o grande plano.
A ideia era chegar sem serem notados, anunciar o assalto e depois... bem, correr.
Se esgueiraram pelas casas e construções cobertos com seus chapéus e mantas para cobrir as roupas e os revólveres. Chegando próximo a porta do banco fizeram o ritual de sempre, um beijo antes do crime acontecer.
- Eu te amo, bem.
- Também de amo, bem.
Colocaram suas máscaras, que nada mais eram que panos que cobriam dos olhos para cima, e entraram anunciando o assalto.
As máscaras eram praticamente uma fantasia, afinal todos sabiam quem eram os amantes mascarados, mas nunca, jamais entregariam os dois.
Nos primeiros minutos correu tudo bem, Levi fez o que faz de melhor e esvaziou o cofre em 5 minutos sem machucar uma única pessoa. Rogério ficava a espreita caso algum espertinho metido a herói tentasse fazer algo e pra claro, mais tarde, enfrentar Roberto, o tal do novo xerife
Entraram e saíram muito rápido mas ao lado de fora já estava Roberto, esperando com pelo menos 10 de seus capangas que são leais apenas a estrela dourada que ele carrega no peito e não a ele em si.
A troca de tiros foi intensa mas Rogério era realmente bom no gatilho e em pouco tempo ele já havia derrubado sete dos onze homens. Levi não era tão bom de tiro mas conseguia se virar, logo derrubou dois, e ao fim, eram dois contra dois.
Rogério sempre ficava encarregado do xerife então Levi foi de encontro ao último capanga em pé para acabarem logo com aquilo.
Esgueirados atrás das casas, barris, qualquer coisa suficientemente forte para aguentar um disparo, se atracaram em um confronto incessante, até que em certo momento Rogério gritou:
- Vamos lá estrelinha, vamos resolver isso na bala, eu contra você, sem trapaças, o que me diz? Ou você não tem coragem?
Levi não estava preocupado pois Rogério sempre ganhava combates diretos.
Roberto claramente irritado mas também cínico revidou:
- Vamos atacante, só eu e você!
Os dois se aprontaram no meio da estrada principal da cidade, 10 metros entre os dois, olhares ferozes em chamas.
Levi adorava ver aquele olhar no rosto de seu amado, ele ficava empolgado vendo Rogério em toda sua beleza com seu olhar incandescente pronto para fazer seu trabalho.
Para eles não eram somente roubos, era muito maior. Era amor, era luta, era justiça.
A tensão antes do confronto pairou, em poucos instantes era apenas o som do vento batendo, as mãos ao lado do revólver prontos para tirarem a vida um do outro.
Mas não foi isso que aconteceu.
O sorriso empolgado que a pouco estava no rosto de Levi sumiu repentinamente quando viu seu amado caindo no chão.
Foi tudo em câmera lenta, ele olhou para Roberto parado a 10 metros de distância com seu sorriso odioso no rosto, mas estranhamente não estava segurando sua arma, nem havia apertado o gatilho.
Então ele avistou, seu capanga abaixado atrás de um barril com a arma em mãos, o autor do disparo. Eles trapacearam.
- MEU BEM!
Levi gritou correndo para cima de seu amante a fim de protegê-lo de outros disparos. Verificou o estrago causado e percebeu que o tiro havia acertado no peito.
Em uma onda de ódio virou-se aos seus inimigos e atirou sem piedade, mas nunca fora bom de tiro, esse era Rogério.
Acertou uma perna e um braço, Roberto pelo menos caiu.
Isso o deu tempo para carregar seu amante para atrás da parede de uma casa próxima.
- Meu bem fique tranquilo, nós vamos sair daqui como sempre fazemos, só não se mexa muito viu?
Dizia Levi já em lágrimas, ele não acreditava naquilo mas precisava e ele não deixaria seu amor para trás.
Rogério engasgando no próprio sangue segurou a mão de seu amado. Seus olhares se encontraram, intensos, cheios de amor, cheios de dor.
- Levi...
- Não! Eu não vou deixar você! Eu nunca faria isso!
- Levi...
Ele engasga novamente.
- Levi... nós temos um trato...
Ouviram galopes não tão longe dali, mais capangas a caminho, aquilo viraria um batalha sem chances de vitória.
- Não! Por favor não me faça deixá-lo aqui, não saia da minha vida assim, por favor meu bem! Eu te amo!
Rogério apertou a mão de seu amor com mais força, olhou bem fundo em seus olhos...
- Levi, meu amor, eu te amo tanto... por favor saia daqui, sobreviva por nós, não aguentaria te perder.
Aquilo acertou o coração de Levi com pesar. Eles tinham um trato que prometeram cumprir, e se fosse ao contrário iria obriga-lo a fazer o mesmo.
- Eu te amo tanto meu amor...
Levi disse em lágrimas beijando a testa de seu amante.
- Estaremos sempre vivos nas lendas meu amor... e em nossos corações.
A mão de Rogério enfraqueceu e sua alma partiu desse plano enquanto Levi chorava em cima do corpo de seu grande amor. Mas ele precisava se levantar, ele havia prometido, eles tinham um trato, era uma promessa de amor.
Olhou uma última vez nos olhos lindos de seu amado antes de fecha-los completamente.
Olhou cuidadosamente para conferir a situação. Os reforços de Roberto estavam chegando muito perto enquanto os responsáveis pelo assassinato se seu amor se escondiam agora atrás de uma carroça.
Levi já passou por muitas coisas difíceis na vida mas deixar Rogério para trás certamente foi a mais difícil de todas.
Sem olhar para trás ele agarrou sua arma e saiu em disparada se esgueirando pelos obstáculos afim de desviar dos tiros distantes dos capangas de Roberto.
E assim se foi, deixando seu único e grande amor para trás, em prantos, seu coração cheio de dor, mas além disso, ódio e desejo de vingança.
Conseguiu chegar até os cavalos, subiu no seu e levou o agarrou as rédeas do cavalo de Rogério, ele não conseguiria deixar o companheiro de seu amado para trás também.
Assim saíram em disparada cavalgando debaixo do sol que mesmo escaldante não conseguia secar as lágrimas de rosto.
***
Ele galopou sem rumo até ao anoitecer, não tinha motivos para parar. Não tinha mais os braços de seu amante para se confortar.
Havia uma lembrança dele em cada lugar que olhava, desde as estrelas que Rogério amava tanto olhar a noite enquanto ficavam abraçados no sereno até o cavalo que Levi carregava consigo, o companheiro de seu amor.
Ele reparou que os dois cavalos já estavam cansados de cavalgar incessantemente a tarde toda então relutante resolveu parar.
E foi como um tiro.
Desabou no chão em lágrimas sem conseguir se imaginar em um mundo onde não pudesse mais abraça-lo.
Após um tempo parou para observar as estrelas e relembrar do rosto de seu amado em cada constelação, e assim adormeceu.
Acordou com o sol aquecendo suas bochechas, a saudade e a dor brigando dentro de seu coração. A noite fora conturbada, sonhos e pesadelos, não sabia qual doía mais, os em que estava feliz com seu amor ou os que levavam Levi de volta ao acontecimento do dia anterior.
Ele estava desolado e então apenas deixou o ódio entrar. Lembrou do rosto dos responsáveis pela sua dor a manhã inteira e estava disposto a se vingar.
Lembrou das palavras de Rogério: "sobreviva por nós".
- Eu vou sobreviver meu amor, o suficiente para vinga-lo.
Levi disse para os ventos uivantes enquanto abraçava de vez o ódio em seu peito.
Já não via mais sentido em sua vida se ele não poderia compartilha-la com ele. Então, decidido ele subiu em seu cavalo, vingar seu amado ou morrer tentando.
Galopou até o entardecer quando chegou na cidade agora movimentada. Desceu de seu cavalo com sua arma carregada em mãos e andou pela rua principal avistando cada detalhe de tudo pela última vez.
Ele reparou os olhares de pesar dos moradores em sua direção. Ele conhecia muito bem aquelas pessoas, e elas conheciam muito bem ele. Não o temiam mesmo com a arma em punho, apenas olhavam desejando silenciosamente boa sorte e conforto ao seu coração.
Chegou até o ponto onde tudo aconteceu, o corpo de Rogério a muito tinha sido retirado dali, o sangue havia sido limpo, e onde ele foi parar? Não tinha como saber.
A dor bateu com força em Levi, a dor de ter deixado ele para trás, sem poder ao menos dar-lhe um enterro digno, sem ao menos poder falar para alguns conhecidos o quanto ele fora uma pessoa incrível, sempre buscando ajudar aqueles que sofriam nas mãos dos verdadeiros inimigos.
Caiu de joelhos com lágrimas nos olhos enquanto percebia as pessoas se reunindo próximos a ele mas distantes o suficiente para não serem confundidos como cúmplices. E estava tudo bem, ele não queria ajuda de ninguém, não queria ser confortado, seu único conforto foi tirado a força de seus braços por dois homens, dois homens que precisam pagar.
Ouviu alguns passos a sua frente e ao olhar para a direção do som se deparou com Roberto o olhando de forma cínica.
- Veio tentar a sorte também? Vou matar você como fiz com aquele marginal.
O ódio se instaurou em seu corpo de uma forma intensa. Logo ao lado de Roberto estava o capanga responsável pelo disparo.
Então Levi se levantou. Olhou para o céu reparando nas estrelas que nasciam aos poucos junto da lua. Olhou para o xerife e seu capanga e depois se deu conta de que nesse confronto haveria uma platéia.
- Conte a eles! Conte a eles como você o matou injustamente! Trapaceando!
E então Roberto soltou a risada mais alta que conseguiu com intuito de ferir a seriedade de Levi. Mas ele já estava ferido, e essa ferida não iria cicatrizar.
- A vida é dos espertos Bandoleiro, para a justiça os meios não são importantes.
Disse Roberto cínico mas cauteloso.
- Justiça? O que tem de justiça em roubar os cidadãos que você diz proteger!?
O sorriso de Roberto se alargou.
- É o preço a se pagar pela proteção.
- A única proteção que eles precisam é contra você!
Disse Levi como um estrondo.
Ele reparou em algo que até agora Roberto certamente não notou, os olhares dos moradores, mais revoltados do que nunca com o desdém desse monstro. Se uma revolta fosse causada então seu trabalho estaria feito mas não partiria antes de vinga-lo.
- Você veio se vingar não veio Bandoleiro? Então vamos acabar com isso de uma vez! Vou mata-lo como fiz com ele. Teria pendurado aquele corpo de presente pra você na entrada da cidade mas ele sumiu antes de eu conseguir te presentear, realmente uma pena.
Roberto discursou sem nunca tirar o sorriso de seu rosto, o sorriso de alguém que nunca amou e de quem nunca vai amar.
Os olhares dos cidadãos cada vez mais atentos e revoltados e isso deixou Levi temporariamente feliz. Essa cidade é deles e portanto quem deveriam ditar as regras por aqui, já estavam cansados dos xerifes de olhos azuis ditadores e suas estrelas douradas.
Então ele voltou seu olhar para as estrelas formando constelações e lá em cima viu um estrela brilhando mais forte do que todas as outras. Levi sentia Rogério naquele estrela, naquele momento. Ele estava esperando seu amado para poderem sentir os braços um do outro novamente e estava ali, brilhando, nunca deixaria de estar com ele.
Então Levi novamente em lágrimas indagou:
- Sabe Roberto, você vai ser o único a perder aqui está noite, eu vim para morrer, eu já perdi tudo, mas você tem muito a perder, e você vai perder tudo!
Roberto agora com ódio em seus olhos ameaçou pegar sua arma mas Levi já tinha sacado a sua antes, foi rápido o suficiente para efetuar três disparos, um por Rogério, um pelos moradores da cidade e um pelo amor dos dois que sempre existirá em todas as estrelas.
Foi rápido o bastante para levar consigo o capanga de Roberto mas o xerife apenas cambaleou com um tiro na barriga antes de derrubar Levi com vários disparos em seu peito.
Levi caiu, o gosto de sangue tomando conta de sua boca. Ele ouviu a revolta. Ele cumpriu seu trabalho. Os moradores agora já estavam em cima de Roberto arrancando aquele sorriso cínica de sua cara. Enquanto isso Levi olhava para a estrela que brilhava forte no céu, para Rogério. Em lágrimas mas de felicidade por finalmente poder descansar com o amor de sua vida para sempre.
- Estou indo para os seus braços meus amor. Estaremos pra sempre juntos...
Para sempre juntos nas estrelas, nas lendas, nos contos, nos cordéis, sempre juntos no amor, bandoleiro e atacante.
Inspirado na música: Bandoleiro e Atacante - Gabeu
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amber-onfire · 4 years
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self-para: combate w: yeo;
O que aconteceu? Vou te contar como eu perdi uma luta para uma filha de Apolo. 
DATA: 10/04/2020; HORÁRIO: 14:30  TEMPO: ENSOLARADO, 22ºC LOCAL: ARENA DE BATALHA, OLYMPUS.
Vou começar dizendo que ao saber quem era minha oponente, fiquei um tanto supresa por não terem colocado alguém mais forte contra mim. Sabia quem Alethia era, mas nunca a vi sendo notada por suas habilidades em combate. Ela pediu para que eu não a machucasse no rosto isso me deixou ainda mais tranquila em relação a uma vitória, assim, eu não fiz a mínima questão de me preparar, era uma vitória fácil e garantida. 
O dia chegou. Eu já sabia tudo o que iria acontecer. Morfeu anunciaria nossos nomes. Nós pegaríamos nossas armas. Escolhi um bastão e uma espada. A tática seria simples: atacar, atacar e atacar. Só dois cenários passavam na mente da garota: a adversária desistiria por incapacidade ou por medo. Encarei Alethia com um sorriso para deixar bem claro que eu destruiria ela se fosse preciso, mas que a vitória seria minha. 
Ao sinal de Morfeu, usei da minha velocidade por trás da garota para imobilizá-la com o bastão contra seu pescoço. Ela foi tão ágil quanto e desviou. Nada mal. Mas não é o suficiente. Pensei. Atacando-a com a minha espada. Não esperava que Alethia fosse boa na defesa, mas eu seria melhor no ataque. Primeiro equívoco. Alethia sabia atacar. Pulei para atrás por um tris de ser atingida. Aquilo me deixou puta. 
Continuamos então um combate corpo a corpo. Dessa vez parecia mais equilibrado e eu não me importava. Quanto mais desafiador, melhor. Queria que ela desse tudo dela mesmo, para que assim eu a mostrasse que ainda não seria o suficiente para me vencer. Continuamos num combate corpo a corpo por cerca de duas horas. Eu não me sentia cansada, mas isso era normal: além de treinar muito eu tinha uma certa resistência por conta da minha prole. O que me surpreendeu era que Alethia parecia menos cansada ainda. — Eu posso ficar o dia inteiro assim, Alethia. — Blefei quando senti meu corpo começara a ficar menos resistente, ainda que não estivesse cansada. 
Resolvi fazer um golpe corpo a corpo, então. Usei meu bastão para ganhar altura e a ataquei com a espada por cima. Ela defendeu perfeitamente. Não obstante aquilo pareceu exigir um esforço meu um tanto acima do comum, por mais que eu já tivesse treinado milhares de vezes. Além disso, no momento em que me aproximei de Alethia, parecia que estava ardendo em febre e eu pude sentir meus lábios secando no mesmo instante. Ao me afastar, passou um pouco. Não demorei para assimilar o que era aquilo, mas ao fazê-lo percebi porque a filha de Apolo se mantinha plena e vital por mais que eu atacasse. E o problema foi ter percebido esse segundo fator tarde demais. 
Assim como o sol, ela emanava calor. Se eu me aproximasse muito desidrataria. O problema era que estávamos há quase quatro horas debaixo do sol e isso era uma vantagem para Alethia e uma desvantagem enorme pra mim. Imagine que ao passo que minha energia era dissipada, o sol fazia com que a dela permanecesse intacta. Isso tudo somado ao fato de que se eu me aproximasse, minha energia cairia mais rápido ainda. Minha tática foi tentar um combate a distância e permanecer assim até que o sol se posse. Porque assim que a noite caísse, Alethia não conseguiria ficar ali por mais nenhum segundo e a vitória seria minha. Faltava ainda 1h30.
Usei minha habilidade de telecinese para arremessar minhas armas de longe. Desviando quando Alethia atacava. O problema era que ao passar do tempo, a filha de Apolo se tornou mais agressiva e eu precisei ficar mais na defensiva. E eu não podia negar que controlar minha metacinese ainda me exigia bastante esforço. Mas eu não iria desistir. Só mais 30 minutos. Pensie observando o sol. E foi nesse momento de breve distração que Alethia me acertou e me jogou para longe. Caí em cima do meu braço esquerdo, por sorte. Eu sou destra. — AAAAAAH! — Gritei de raiva. E de dor, muita dor. Meu corpo respingava suor, meus lábios craquelavam de desidratação — Eu vou acabar com a sua raça. — Anunciei, ao me levantar. Ignorei a dor e saí em disparado para cima da garota. Usei a espada com o braço direito e com a telecinese controlei o bastão pela esquerda. Ai ideia era nocautá-la por trás enquanto atacava com a espada pela frente. Plano bom na teoria, porém impraticável em meu estado.
Meu corpo ardia em febre e tentar controlar a minha arma com a força da mente me fez apagar. Dizem que eu desmaiei no meio do caminho, antes mesmo te conseguir finalizá-la. O que tenho em minha memória a imagem de Morfeu parando a luta e eu insistindo que podia continuar, mesmo já no chão. Depois disso só lembro de acordar aqui na enfermaria com uma dor de cabeça horrorosa e o braço enfaixado, mas estou tomando esse néctar e fico melhor até a noite. Não vou perder a despedida de solteiro do Evan. Só me faça um favor...
...Avise à Alethia que eu quero revanche. 
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walkingwithcandles · 7 years
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Contos de Umbra - Corvos e Lobos
Eu havia chegado há horas, mas continuava ali, sentada na colina, observando Umbra. A noite estava escura, lua negra, estrelas tímidas, as luzes das janelas oscilavam. O movimento frenético nos domínios da Ordem contrastava com a melancolia decadente do castelo de Devon. Como os covardes que eram, muitos vampiros partiram, pois a glória do lugar estava definhando. Não havia pompas, não havia festas, rituais de matança, eventos, nada mais. Tudo se limitava às paredes dos salões cerimoniais, onde apenas ele, Alexandra e mais alguns magos podiam entrar. Eventualmente algumas vampiras eram convidadas, mas não mais voltavam. Estavam alcançando o que tanto queriam, estavam vencendo o jogo, peças ou degraus, todo o resto era irrelevante. 
Não houve um único dia de descanso após eu ter voltado a trabalhar com Valefor. Horas se tornaram dias, dias se tornaram semanas e semanas se tornaram meses. Sentia falta de Alexandra, ela dominava minha mente, meu coração. Eu estava lutando por ela, mesmo que de certa forma precisasse lutar contra ela. Sei que sabia dos meus movimentos, meus pensamentos. Queria saber se pensava em mim o quanto eu pensava nela.
Uivei, era meu aviso para que soubesse do meu retorno. Desci a colina, o frio era cortante, fui até a taverna para me aquecer um pouco. Os boêmios pareciam estar me esperando. Fui recebida com cumprimentos calorosos, cortejos, mimos, todo o vinho que eu pudesse beber sem pagar uma moeda por isso. Tirei minha capa, pedi para que guardassem com cuidado. Minhas roupas eram bastante diferentes das que costumava usar, eram de qualidade superior, caras, suntuosas, luxuriosas, mas usava sempre a capa que ganhei de Alexa. Já estava surrada, algumas partes desfiadas, mas eu a estimava tanto. Quando a vestia, sentia seu cheiro e era como ser constantemente abraçada por minha dama teimosa.
Eu havia mudado, ou voltado a ser quem realmente era. Irreverente, orgulhosa, rebelde, senhora da barganha, dama da eloquência e rainha da porra toda e sedutora incorrigível. Andrea D’Brabant era o nome mais mencionado entre os reinos aliados e rivais, passei a ser o Flagelo de Umbra, a Vadia Requintada de Valefor, a Bruma de Seol, Ammit de Blair... Dos incontáveis títulos, apenas um me era importante: A Escolhida de Alexandra.
Sentei na mesa de jogos e apostei algumas joias que tinha recebido como pagamento da última missão. Peguei minhas cartas, ofereci bebida a algumas damas e elas se sentaram ao meu lado. A partida estava acirrada, meus oponentes eram velhos experientes e ladrões, mas eu também era. Farejei tensão entre as paredes emboloradas da taverna, uma distração seria o suficiente para trocar algumas cartas. Gargalhei, cruzei minhas pernas e puxei a bela que estava à minha esquerda para mais junto de mim. Seu decote era bem ousado, então depositei minhas cartas entre os seus seios, mas só algumas delas. Todos ficaram presos com as minhas cartas, pareciam ainda mais presos na verdade. Aproveitei para trocar as cartas que segurava pelas que havia escondido na minha bota, mas fui surpreendida e por pouco não ponho tudo a perder.
— Ora mas que graça! Andrea D’Brabant está de volta, vadiando na taverna e... Então é assim que se joga cartas de onde veio?
Alexandra chegou como quem queria cometer um assassinato. Era a primeira vez que ela entrava ali, então todos se levantaram surpresos e constrangidos, tentando minimizar a péssima impressão causada pelo lugar. Minha acompanhante saiu desconfiada e Alexa tirou as cartas dos seus seios e as jogou na minha cara.
— Puro blefe! Joguinho porcaria! É assim que consegue tudo na vida, percebo.
— Quanta animosidade, lady Kaelium. Também estava com saudades.
— Como se atreve a vir com conversinhas, Andrea D’Brabant? Quem você pensa que eu sou?
— Alguém traga logo alguma bebida para essa mulher, antes que ela beba meu sangue!
Minus veio correndo com seu melhor licor servido em uma taça mal lavada. Alexa olhou com desprezo e acenou para que ele deixasse sobre a mesa. Peguei as cartas e comecei a embaralhar, enquanto isso os demais ia relaxando e voltando para seus afazeres, mas sem tirar os olhos de nós. Plínio estava aborrecido com a interrupção, voltou a apostar e tomou as cartas da minha mão. O desgraçado não tirava os olhos de um dos anéis que apostei, mas era mesquinho demais para tentar barganhar, azarado demais para vencer a aposta e covarde demais para tentar roubá-lo. Era o que deixava tudo ainda mais divertido, certa vez ele apostou suas roupas e voltou nu para as estalagens.
Plínio deu as cartas e voltamos a jogar. Alexa se sentiu provocada, mas não desceria o nível, ainda mais diante dos subalternos. Cinicamente, se sentou no colo de Plínio e bebeu do seu conhaque barato.
— Vou ajudá-lo a vencer. É até um desperdício usar estratégia contra quem só conta com a sorte e truques, será bem simples, veja...
— Desisto — Joguei as cartas na mesa, peguei minha capa e sai da taverna.
— Viu só? — Alexandra gargalhou me vendo sair pela porta.
Eu estava prendendo a capa com certa dificuldade e pretendia ir para o castelo me certificar se os soldados tivessem deixado os meus pertences no quarto. Alexa seguia atrás tentando me alcançar, estava muito ofegante e tentava não sujar a barra do seu vestido na lama fedida da estrada.
— Veja a que você me expõe!
— Não chamei você. Se não resistiu a tentação de me ver, não posso ser culpada por isso.
— É muita imodéstia e estupidez, desaparece há meses e quando volta vai direto para a taverna se esfregar naquelas oferecidas!
— Eu avisei que cheguei. Não estava me esfregando em ninguém, elas que estavam se esfregando em mim. Não me sentia bem para vê-la hoje, pretendia encontrá-la ao amanhecer para lhe dar algo...
— Não quero suas porcarias! Acha que pode viver me comprando?
— E você acha que devo sempre ouvir essas ofensas de você? Aliás, você olhou bem para mim, Alexandra? Aposto que não, aqui só importa se for do seu jeito.
— Você realmente não passa de um demônio insuportável.
— E você não passa de uma péssima sugadora, e não estou me referindo ao ato de sugar sangue.
Alexandra gritou e me atirou uma pedra, acertando em cheio a minha cabeça. Parei e estava prestes a revidar, quando fui atacada por um corvo barulhento. Eu o espantei com um galho, mas logo veio mais um e depois outro... Quando percebi, haviam dezenas deles ao redor, voando ou caminhando assustadoramente em volta de Alexa. Observei desconfiada até ficar irritada com todo aquele barulho.Agarrei um deles num impulso e olhei nos seus olhos.
— Não o machuque!
— Pelo jeito não sou a única aqui com truques, mas ao menos tenho níveis mais elevados, já que não lido com carniceiros.
— Já chega, não tem calma que resista...
Um forte vento começou a soprar e os corvos começaram a voar rapidamente a sua volta. Não conseguia mais vê-la, mas percebi que ela estava ali de alguma forma. Senti que eles estavam prestes a me atacar, então decidi jogar.
— Então é assim, não? Vamos ver o que sabe fazer.
Os corvos vieram como lanças e eu comecei a correr entre as árvores. Eram muito rápidos e conseguiam ver todos os meus movimentos, então corri para a floresta tentando uma vantagem. Não conseguia espaço para me esconder ou encontrar um ponto vulnerável no centro deles, então me esvaneci como fios de sombra e flui entre as copas das árvores, mas eles continuavam caçando como se enxergassem na mais densa escuridão. Decidi reunir tudo e fragmentar como vários lobos de sombras. Espalhei todos pela floresta e continuei, conseguindo distraí-los por um tempo.
Relaxei um pouco ao chegar perto do rio. Bebi um pouco d’água e vi dois pares de olhos vermelhos no reflexo turvo do rio. Voltei a correr, mas estava bem perto.
— Eu conheço todos os seus truques, Andrea, não vai escapar de mim.
— Admito que conhece alguns, mas não resistiu ao melhor deles: Fazer você se apaixonar por mim.
— ENTÃO FOI APENAS UM TRUQUE?!
Alexa se atirou contra mim com todo seu poder e me atirou para longe. Acabei me arrastando em um terreno pedregoso e rasguei toda a minha roupa, ficando parcialmente despida. Eu estava bêbada e muito cansada, além de não haver motivos para resistir, sei que não queria me machucar de verdade. Permaneci deitada até que ela voltou a si e se aproximou faiscando de ódio. Olhei para sua expressão e sorri, ficava ainda mais linda quando estava com raiva. Fechei os olhos tranquilamente e murmurei:
— Foi você quem disse que só consigo as coisas assim...
Ela ergueu a mão e me preparei para o impacto, mas abri os olhos sem compreender o motivo de não ter apanhado ainda.
— Andrea... O que aconteceu com você?
Com as roupas rasgadas, todas as marcas que surgiram após eu ser atacada por uma necromante na missão ficaram à mostra. Pareciam raízes sombrias que iam crescendo e se alimentando da minha energia, mas passei a não sentir mais os efeitos com o tempo, então me não importei. Só que sabia que Alexa ficaria preocupada desnecessariamente com aquilo, por isso quis dar um tempo até conseguir fazer curar ou desaparecer para tomá-la nos meus braços. Ajoelhada ao meu lado, começou a rasgar mais ainda as minhas roupas como se procurasse por algo.
— Ei... Quanto desejo, hein? Vai ser aqui mesmo?
— Deixa de gracinha! Quem ou o que fez isso com você?
— Uma maga me jogou uma maldição quando eu destruí seu laboratório. Era um lugar macabro, cheio de cadáveres e membros de recém nascidos...
— Quando isso aconteceu?
— Há um mês, eu acho...
— Era para você ter morrido!
— Sou maravilhosa demais para isso, nenhuma praga conseguiria lidar com todo meu esplendor...
— Andrea, para! Venha, vamos para o castelo, preciso cuidar de você.
— Espera, antes preciso fazer uma coisa.
— O que pode ser mais importante que isso?!
A puxei pela cintura e a beijei intensamente. Ela correspondeu e ficamos ali por vários minutos e nem lembrávamos mais como havíamos chegado ali...
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guia-de-sburb · 7 years
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Lord of Rage
Meu nêmesis por natureza, isso será interessante.
Vamos ao trabalho:
Titulo: Lord of Rage.
Um Lorde é uma pessoa ativa e de personalidade forte e combativa, possuem um desejo para conquistar e dominar, eles são dedicados e sempre desejam expandir seu poder e influência, um Rage player, com base no que pudemos observar, é agressivo, manipulador e, por vezes, céticos.
A função de um Lorde é simples, comandar, de um ponto de vista medieval o lorde é o rei, ele guerreia, lidera e protege seus subordinados, além disso, há também a função de seu aspecto, Rage é um aspecto que lida com o lado mais agressivo da motivação, aquela que serve para o combate, ele é aquele que deve lutar e levar seus aliados para a batalha, ele é aquele que deve dizer não e saber quando há apenas uma opção, além disso, ele ainda teria que lidar com a musa (eles quase nunca se dão bem, difícil, mas não impossível), em uma sessão normal eles deve ser yin e yang, luz e sombra, dia e noite, equilíbrio.
Todo o lorde é perigoso, tanto por conta de seu poder quanto por conta de sua natureza agressiva, mesmo em uma sessão comum é possível que ele venha a causar problemas horríveis, principalmente com o poder que tem.
O real perigo, entretanto, é caso ele venha a enfrentar uma sessão morta, nesse caso ele vai escolher o desafio, não existe lorde que vá desejar entregar sua vida, mesmo que ele tenha a melhor das intenções ele irá desejar esse poder, desejando usá-lo para cumprir seus objetivos.
Não existe em todo o Paradox Space um aspecto que seja realmente seguro nas mãos de um lorde, ele é um perigo de qualquer jeito.
Os poderes de um jogador de classe mestra e são elevadíssimos, no caso lorde, esse poder é o controle absoluto sobre seu aspecto e através dele.
O primeiro de tudo é a capacidade de dominar a raiva, com isso ele poderia causar raiva em outros, alimentar a própria ou até fazer o oposto disso suprimindo a raiva que alguém esteja sentindo, no começo isso parecerá simples, mas pessoas estressadas seriam facilmente manipuláveis para eles.
Esse poder começaria a crescer e seus em pouco tempo ele poderia fazer com que outros entrassem em um estado de fúria cada vez mais poderoso, além disso, seu próprio Berserker mode (estava demorando a aparecer não?) possui um poder devastador, os céus se fecham, trovões são ouvidos e tremores de terra se iniciam.
À medida que seus poderes crescem, sua fúria causará terremotos, erupções e outros fenômenos naturais, o poder do lorde de dominar através da raiva cresceria e mesmo a realidade não estaria a salvo de sua ira.
Aqueles afetados por essa habilidade seriam reduzidos a um estado (talvez permanente) de fúria primal e tornar-se-iam incapazes de contrariar a vontade do lorde, obedecendo a comandos mesmo que os mesmos fossem obviamente suicidas, mesmo porque, nesse estado você não conseguiria raciocinar com clareza.
Se Hope possui uma luz “sagrada”, nada mais lógico que Rage possuir uma sombra “profana”, rajadas de um poder sombrio.
O lorde poderia usar seu poder para ferir seus oponentes sem grandes problemas com seu poder sobre raiva, dor e medo.
Caso ele desejasse um reino ele poderia tê-lo, criando seu próprio reino sombrio onde o mesmo domina supremo.
Como outros Lordes, é preciso possuir servos para que estes executem sua vontade, nesse caso um exercito de demônios ou pesadelos, talvez ambos, seres sombrios que mudam de forma a depender de quem os estão observando, esses servos acatam suas ordens e lidam com empecilhos que estejam incomodando seu senhor, eles seriam a força tarefa do lorde em uma sessão comum (Pois Leprechauns só existem em sessões mortas).
Para a arma só é preciso lembrar, a arma do Lorde estava conectada a arma da Musa, o que pode ser uma peculiaridade de Cherubs e, portanto, não tomaremos isso como regra.
O que podemos garantir é que sua arma será surpreendente, a arma de um lorde deve ser poderosa e deve deixar isso o mais claro quanto for possível (talvez até mais), e o único jogador de Rage usava pinos, armas relacionadas à sua misteriosa fé e, sendo um bardo, ele não é a fonte mais confiável (Bardos são aleatórios).
Basta ser algo bem exagerado e igualmente poderoso, talvez um grande machado de batalha com a aparência demoníaca e brutal.
Para o planeta desse jogador eu diria algo como: Terra de Fogo e Enxofre.
Se o nome lembra algo, não é uma coincidência, seu planeta é, literalmente, a coisa mais próxima de ser o inferno como ele é no imaginário popular.
Lagos de magma, desertos de enxofre, chuva de acido e fogo, um ar semelhante a uma fumaça espeça, esse planeta é, com todas as letras, inóspito... Ou seria, caso não fossem seus consortes, nascidos e criados nesse mundo eles se adaptaram e a cada provação que o planeta lançou sobre eles, os mesmos ergueram-se mais fortes, conquistando os desafios de viver nesse inferno, construindo grandes fortalezas para defender-se dos perigos que ali existem.
Ao menos, assim eram as coisas antes da chegada de uma força misteriosa, as fortalezas que, no passado, defenderam os consortes de todos os perigos, foram atacadas e dominadas uma a uma por esse ser, o Denizen.
Das varias fortalezas espalhadas pelo mundo poucas ainda resistem com tudo que tem, mas o esforço aparenta ser em vão, pois as tropas do Denizen parecem não ter fim, quando a esperança se esvai só sobre uma coisa que pode manter os Consortes de pé, uma coisa que pode os mostrar o caminho para a vitória, RAIVA.
Não um herói em armadura reluzente, não um salvador ou anjo, mas sim um demônio, um vingador trajando uma negra armadura, decorada de vermelho pelo sangue de seus inimigos, esse é o Lorde.
O Lorde deverá avançar por esse mundo, unindo os Consortes restantes para formar um exército e com ele reconquistar as fortalezas e na fortaleza principal desafiar e derrotar seu Denizen, lembrando que a batalha final é, como sempre, solitária.
Uma classe de grande poder, como todas as classes mestras.
Adm. S. (Lord of Hope).
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