Tumgik
#ts:task003
prince-ryan-blog1 · 7 years
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More Than Words | POV
Ryan nunca foi bom em esconder seus sentimentos e talvez não quisesse ser. Era necessário para sua posição em uma família real que soubesse mascarar o que sentia, mas por mais que seus pais houvessem tentado ensina-lo, as emoções de Ryan permaneciam estampadas em sua face claras como a água.
Entrou no salão junto com sua família. A postura do príncipe era rígida e seu olhar cravado na nuca de Roan. Estava preocupado com o irmão e continuaria assim até que sentisse que ele estava melhor. Sentou-se em seu lugar ao lado de sua mãe e quando o gêmeo sentou no seu outro lado, podia sentir o quão desconfortável ele estava, travou o maxilar, sua raiva aumentando.
Roan não queria aquela seleção e não era segredo para ninguém e Ryan desconfiava que ele tinha cedido porque os pais provaram que seria bom para o país e porque Ryan queria. Desconfiava que o irmão houvesse cedido porque não faria sentido uma seleção para apenas um dos gêmeos e queria Ryan feliz e agora indiretamente era culpa dele que seu gêmeo não estivesse contente. Não podia deixar de pensar que se Roan não estivesse naquela seleção, não estaria passando por aquilo.
Os Roosevelt haviam aberto as portas de sua casa - de seu país - para outros países em forma de uma aliança por casamento. Robert e Tatianna estavam confiando dois de seus bens mais preciosos – seus gêmeos – para casamentos que poderiam ser por amor em uma chance em dez e recebiam aquilo? Um ato imprudente de uma mulher que poderia estar machucando Roan. Ou melhor, não apenas uma mulher, mas uma princesa de um importante país, que entendia a importância de confiança e lealdade.
Ou ao menos deveria entender.
Ryan estava tão zangado que sua visão turvava e esperava não precisar dirigir a palavra para Adalizia porque não seria educado. Pelo menos não por enquanto. Ficava a todo momento se colocando no lugar de Roan e imaginando se fosse com ele. Ryan queria aquela seleção, queria se apaixonar por uma de suas selecionadas e queria se casar. Só de pensar que alguma delas poderia fazer isso com ele, enquanto ele se dedicava e desdobrava para agradá-las, conhece-las melhor e valorizar que elas haviam deixado seus países para estar em uma competição por ele, seu estômago embrulhava.
Ele entendia que a maioria estava ali porque foram induzidas por seus pais para conseguir uma aliança e sabia que era crueldade demais que no final a única certeza era que ele sairia casado com uma delas e por isso ele se doava para elas, assim como sabia que Roan fazia.
Respeito.
Era isso que todos deveriam mostrar uns pelos outros ali e quando Adalizia teve a oportunidade pela segunda vez de mostrar respeito ao seu irmão, ela mentiu para ele. Ryan escutava o que ela dizia e só conseguia pensar como ela conseguia ver apenas o lado dela, sem se importar em como Roan estava se sentindo, em como aquilo sim era importante para a imagem do país dela. Infelizmente realezas retratavam seus países. Eram seus países quando viajavam porque se não fossem, para que serviam afinal? Se alguém ainda tinha dúvidas sobre aquilo, começava a questionar se sabiam realmente o que era governar, ser líder de uma nação e se doar para ela.
Quanto a Achille, Ryan ainda estava muito perdido com o amigo, mas não mais com raiva. No primeiro momento quis mata-lo por ser tão imprudente e ferir a confiança de alguém que o príncipe tanto ama. Achille era o amigo que os campos de batalha havia lhe dado. Uma amizade pouco provável, já que atuavam em braços diferentes das Forças Armadas e nem isso evitou que criassem um laço forte de amizade, companheirismo e confiança porque sim, Ryan precisava confiar sua vida a Achille quando estavam trabalhando e confiava de olhos fechados. O Tenente deveria ter sido mais cuidadoso e descoberto antes de tudo quem eram as selecionadas, como muitos lembraram no julgamento, mas sabia que ele não tivera tempo para isso.
Surpreendia-o que Achille Knight, um exímio militar tivesse sido tão imprudente, mas sabia que o arrependimento lhe estava corroendo os ossos porque conhecia-o. Faria o possível para ajuda-lo porque ele havia sido sincero e contado para Ryan, mas não isentaria ele da culpa que tinha, por mais que fosse menor que a da princesa chinesa aos olhos do príncipe.
Por isso Ryan ficou quieto e não deu sua opinião para Roan. Apenas fez o que gostaria que o gêmeo fizesse por ele: permanecesse ao seu lado, não importava para o quê.
Quando suas selecionadas começaram a dar suas opiniões, Ryan focou nelas. Aquele julgamento era para Adalizia e Achille, mas era o momento oportuno para Ryan avaliar as princesas que estavam ali competindo por ele. Através da opinião de cada uma delas ele poderia conhece-las melhor e saber qual seria a posição delas em assuntos tão importantes assim, onde envolviam pessoas queridas e decisões diplomáticas.
Rhaella estava séria como Ryan nunca tinha visto. O olhar doce não estava presente e sua calma que Ryan tanto gostava não era a mesma. Ele podia ver ali uma admirável governante em ação, mas não concordava de todo com o que ela dizia. Rhaella era amiga de Adalizia e punia mais fortemente Achille que a chinesa. Margarida também o surpreendeu pela seriedade e quando ela olhou para Ryan, o rapaz sentiu-se suavizar sua face um pouco. A princesa portuguesa não conhecia bem os dois envolvidos no julgamento e Ryan pensou que aquilo pudesse não turvar a mente dela, tomar partido, mas novamente viu o lado mais fraco – Achille – sendo punido mais fortemente.
Luna o fez relaxar as mãos que estavam em punhos. A visão dela era clara e justa. Via o erro de Adalizia, sabia da importância de se tomar cuidado com as relações com a China e mostrava que o erro do tenente era grave, mas não tanto quanto colocado ali.
Quando foi a vez de Elena, podia ver o rosto dela manchado por lágrimas. Aquele rosto alegre não era o mesmo e lhe doía vê-la assim e quando ela se dirigiu a ele, acreditou em suas palavras. Haviam feito um acordo de sinceridade e confiava nela. Suas lágrimas fizeram Ryan perceber o quanto Adalizia era importante para ela, mas de novo não concordava com mais uma selecionada.
Excluir Adalizia da seleção não seria puni-la de nenhuma forma visto que a mulher não queria estar ali pois se quisesse, teria dado mais atenção e respeito as regras. A Roan. Surpreendeu-o elas acharem que os Roosevelt balanceariam alianças importantes por causa apenas de uma seleção, mas o fato era que não era apenas uma seleção. Era uma forma de aliança entre países e quem estava enfraquecendo essa relação era a própria a princesa Chinesa. Ela não pensara nas consequências, então por que exigiam isso de seu irmão? Por que ele deveria pensar quando a outra não o fez?
Aurora não havia comparecido devido ao seu estado ainda não muito bom de saúde e por mais que Ryan quisesse ela ali, entendia a situação, mas novamente não conseguia conhecer mais dela.
Quando foi a vez de Katerina, ela levantou-se imponente como sempre era e dirigiu suas palavras para os Roosevelt e quando ela falou sobre Achille, achou severo demais e não concordou com tudo, mas quando suas palavras voltaram para Adalizia e Roan, não podia estar mais surpreso em como pensavam parecidos porque nunca esperou que ele e ela fossem concordar com algo. De suas selecionadas, ela foi a que mais pensou em como aquilo estava atingindo Roan e isso fez com que Ryan a visse novamente com outros olhos.
Ryan só podia pensar em como aquele julgamento lhe dera uma nova perspectiva das suas selecionadas. Como que em poucos minutos que elas haviam sido permitidas a falar, ele pudera ver tanto de cada uma. Ver como se tornavam sérias quando precisavam, valorizavam a amizade, a facilidade de punir alguém que não se conhecia, mas também a dificuldade de punir alguém que se amava mas agira errado e também a empatia – ou falta  dela – para com Roan, seu irmão gêmeo a quem tanto prezava.
Por fim era chegada a hora de Roan dar sua palavra final e Ryan saiu de seus tumultuosos pensamentos e lançou um olhar de confiança e força para o irmão. Ele agiria certo e justo e teria total apoio de Ryan independentemente de sua decisão porque Ryan conhecia o caráter e índole do gêmeo e assim confiava no julgamento dele.  
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royalroan · 7 years
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The final decision || POV
Ainda era um pouco difícil para o homem digerir aquela situação. Inicialmente agira por impulso como qualquer ser humano faria, com a cabeça estava quente e ainda tinha certas esperanças que a notícia que saiu no jornal não fosse verdade ou no mínimo exagerada, mas no momento em que teve a confirmação quase não pode acreditar. Adalizia havia quebrado regras fundamentais da seleção estadunidense e ainda por cima traído a confiança que Roan havia depositado nela. Sabia que a Princesa Adalizia era uma das mais parecidas com ele, mas nem por isso Roan tinha esperado por aquela atitude, porque ele não agiria daquela forma. Pensara que todas manteriam a palavra e seriam leais. Não apenas a ele, mas aos Estados Unidos.  Sua família havia recebido a todas as selecionadas de braços abertos, e com aquele comportamento da princesa, Roan só conseguia sentir-se traído.
Depois que todos tiveram sua vez de falar, os Roosevelt se recolheram em uma sala anexa para ter uma última palavra com Roan que suspirou, ainda decidindo o que fazer. Num primeiro momento, quando descobriu, quis a comprovação, é claro. Por isso foi até a princesa chinesa averiguar os fatos. Por mais que não houvesse dúvidas depois das imagens, Roan queria ouvir da boca da própria mulher, mas foi decepcionante quando Alice mentiu. E isso foi o que mais dificultou na decisão de Roan manter-se próximo da razão. Esperava ao menos sinceridade dela e agora se dependesse apenas dele, nunca mais veria a princesa ou o tenente. Mas ele ainda podia ouvir seus pais conversando com ele “Não aja por impulso, meu filho. Você é um Roosevelt! Por isso irá pensar antes de agir para não vir a se arrepender e não fazer nada que possa prejudicar seu país.”
Odiava isso. Odiava não poder ser imprudente e ter que fazer sempre o que era correto. O que era esperado para um príncipe. E se já não bastasse ter tido uma longa conversa com o seu pai e sua mãe,  ter visto e revisto as imagens que Rebekah encontrara, Ravenna ainda tinha o procurado. Chegou a pensar que ela o ajudaria de alguma forma, já que agora ambos estavam sendo forçados a casar. Quem sabe liberta-lo daquela ideia insana de casamento. Mas o que a herdeira fez foi o ajudar a pensar com clareza, pensar em todos os fatores de forma ampla e não se apegar em um detalhe ou outro. Ao menos Ryan confortou o coração do gêmeo. Ryan chegara perto de Roan e apenas… Ficou ao lado do homem. Num silencioso“Estou aqui com você e o apoiarei em qualquer decisão”. E isso foi o que mais lhe fez bem. Sempre foi assim, não importava o quão reconfortante eram as palavras de seus pais e irmãs, ter o irmão consigo era o melhor remédio.
O rei Robert havia conversado mais cedo com o pai de Adalizia por telefone. Uma conversa que durara uma eternidade e o rei chinês, consciente da filha que tinha, havia sugerido arranjos na punição que seria determinada a ela, de forma que mesmo assim a decisão de permanecer na seleção ou não ainda fosse de Roan, mas nas relações entre os EUA e China fosse algo de comum acordo, conversado e analisado com calma. Roan havia pedido um momento sozinho após todos falarem e quando enfim tomou sua decisão, voltou para a sala onde ocorrera o julgamento e onde todas as selecionadas, Adalizia e Achille os espera e, com sua família, anunciou a decisão que tomara. -Agradeço pela presença de todos aqui e por terem esperado. Como já devem imaginar, a escolha já foi tomada. - Ter Adalizia e Achille ali tornava a situação um pouco constrangedora, mas sabia que era necessário. Era o que um príncipe faria. Não poderiam fazer isso sem a presença de ambos.
- A punição mais adequada e escolhida ao sr. Knight é o rebaixamento à patente de Cabo e todos seus privilégios como Tenente estão revogados. Se caso o senhor tiver interesse em reaver seu cargo poderá tratar das medidas com a futura rainha Ravenna. - Olhou para o ex-tenente e se sentiu um pouco compadecido. Achille não sabia que Alice era uma princesa no momento em que se envolveram, e essa era a razão para não ser exonerado do cargo. - Agora, em relação a princesa Adalizia… - Suspirou cansado e abaixou os olhos para a morena. - A princesa não faz mais parte desta Seleção, eu a estou eliminando da competição como é meu direito, único e exclusivamente meu, e ao meu ver sua presença neste palácio não se faz mais necessária. Também decidimos em conjunto com o rei chinês que as relações com a China serão cortadas temporariamente como uma forma de punição. - Roan então deu um passo a frente, voltando seu olhar as selecionadas. - A maioria esmagadora nesta sala faz parte da realeza, todos sabem que representamos nossos países para o bem ou para o mal, então cabe a nós pensarmos na repercussão de nossas ações assim como cabe a nós assumirmos as consequências de nossos atos. Espero que todas vocês tomem esta punição como exemplo.
Assim que terminou seu pronunciamento, ele olhou para sua família, recebendo olhares e apoio deles. Roan sentia-se esgotado com aquela manhã. Com todos as opiniões que ouvira das selecionadas, opiniões estas que ele se quer conseguiria digerir tão cedo. Não queria continuar nem mais um minuto naquela sala, por isso apenas voltou ao seu lugar inicial e esperou que seu pai, o Rei Robert dispensasse a todos, agradecendo a presença de cada um.
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halliwushi · 7 years
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Somehow Sundown | POV
Houve uma época que eu sabia exatamente quem eu era e quem eu queia ser… de alguma forma isso se perdeu no caminho… eu não sou a Adalizia que as pessoas vão ver hoje mas não sou a que ele viram antes…
Já teve a sensação de querer muito voltar ao passado e mudar algo? Eu acho que todos os pobres mortais já e naquele fadigo momento era como Adalizia se sentia, era como se um turbilhão de coisas passassem em sua cabeça, primeiro as vozes da auto recriminação, o doce som da voz de seu pai dizendo que tudo ficaria bem e a agoniante voz de sua mãe dizendo que tinha errado com sua criação, mas não podia culpa-los, não podia culpar ninguém dessa vez, nem mesmo o destino. Poderiam julga-la por se submeter aos seus caprichos e desejos, poriam chama-la de irresponsável e mimada, poderiam acabar com sua vida como sentia que merecia mas o que lhe incomodava era o simples fato de que a vida de alguém estava metida nisso e parecia que somente por sua causa, porque não pode resistir a beijar aqueles lábios, a sentir aquela pele ou simplesmente olhar naqueles olhos. Não podia deixar que algo acontecesse com Achille, não se perdoaria e mesmo que doesse apenas olha-lo, por sentir pura vergonha do que fez, ela teria que o fazer. O pior era que não esperava toda aquela repercussão, na verdade achava uma tolice, simplesmente Roan poderia não fazer todo aquele enxame afinal até parece que ele se importava. Não conseguia compreender mas agradecia por não terem descoberto sobre Ethan, talvez por ele saber o que fazia assim como ela as coisas tivessem tido um rumo diferente, não sabia dizer mas com toda certeza não queria vê-lo ali também, não porque estava de alguma forma arrependida de tudo que fizeram até porque isso não era algo que a morena costuma sentir muito menos quando tinha gostado do que fez e felizmente nada de ruim sobre seu caso com o Comandante tinha acontecido como acontecia agora com o Tenente, mas não queria causar mais problemas e muito menos ouvir que tinha sido burra.
Suspirou antes de terminar de se arrumar, olhava mais uma vez no espelho e por algum motivo a mulher que via ali não era a mesma que conhecia, quem era Adalizia Wushi agora? A selecionada que infligiu as regras? A princesa problema? A garota que merecia ter morrido no atentado contra a China? Assim que todo o ar saia de seus pulmões as lagrimas escorriam de seu rosto, o corpo se inclinava até cair no chão e era como se tivesse levado varias facadas fatais na barriga, não conseguia respirar e seu peito estava tão apertado que um grunhido escapou de seus lábios. Se sentia como uma criança desesperada e tudo que queria era ver um rosto familiar, alguém que dissesse que tudo ficaria bem, mas não havia ninguém e não deveria haver, era seu erro deveria pagar por ele e ninguém mais. Aquele medo que sentia, ela como de uma pessoa entre a vida e a morte ou uma criança andando no escuro sozinha. Tudo que sabia era que o que aconteceria aquele dia mudaria sua vida pra sempre e não sabia como lidaria com isso. Passou as mãos brutalmente enxugando as lagrimas quando escutou as batidas na porta, se reergueu e tentou ser o mais forte que conseguia, o mais forte que já foi em toda sua vida, afinal não se tem como saber a força que temos até que nossa única opção é ser forte.
Ainda que sua expressão fosse fria e mante-se a pose de indestrutível, seu interior estava estraçalhado em milhões de pedaços e a cada palavra que as selecionadas diziam isso parecia piorar. Era mais difícil o que pensou que seria estar ali, ver aqueles rostos e talvez ter consciência que aquelas pessoas talvez nunca mais quisessem estar perto dela, ainda assim ela entenderia. Segurou a roupa com força e gravou os pés no chão ou desmaiaria. O pior é que a maioria, de suas amigas, tentavam aliviar pra si e ela não sentia-se digna daquilo, não merecia ter aquelas pessoas em sua vida mas isso só a tornava extremamente grata e tudo que queria era que nada daquilo prejudicasse a amizade que tinha com aquelas mulheres, porque talvez ter elas ao seu lado fosse o que a manteria de cabeça erguida. Mas e Achille? Algo parecia lhe preocupar sobre ele, porque ele estava ali por sua causa e ninguém conseguia ver seu lado. Os olhos fitavam o Tenente tentando achar uma forma de diminuir sua penalidade, precisava fazer aquilo. 
Escutou todas, uma por uma tentando pensar em como elas se sentiam, até as que mal conhecia como Margarida, Kylie e Ayoola, principalmente quem lhe importava, Rhaella e Luna, lhe doía um pouco vê-las em tal situação por sua causa. Mas o que acabou com sua pose foi ver as lagrimas no rosto de Elena o que fez a mesma começar a chorar e querer abraçar a amiga, se controlou ao máximo pra não sair correndo dali, respirou fundo, engoliu o choro e seguiu em frente. O máximo que fez foi revirar os olhos em relação a Katherine, Lilith, Davina e Angelic, era quase um foda-se explicito em seus olhos e lábios assim como sabia que as mesmas não ligavam. Como alguém poderia acreditar que um princesa seria exilada? E pensar em desfazer aliança por um erro que nem foi do rei? Ela queria uma guerra com um dos países mais potentes do mundo? Mas entendia o ponto de vista de cada uma e talvez o que mais lhe impressionasse fosse a outra Davina, a loira que lembrava um anjo, e ali que ela se deu conta do quanto tinha decepcionado aquelas pessoas e o quanto queria que nada estivesse acontecendo.
Assim que escutou Achille e o ver daquela forma seu coração parecia apertar afinal era sua culpa, sabia disso. A morena escutava cada palavra com atenção então sabia quando era sua vez. Deu um passo a frente e respirou fundo, mas as palavras faltaram na hora. “Eu… sei o que fiz… infringi um das regras propostas no acordo que assinei com os Estados Unidos… e confesso que pouco ligava pra o que dizia ali”Deu de ombros tentando se manter “Eu sei que mereço essa punição, seja lá ela qual for… mas é muita sacanagem pedirem pra ferrar com pessoas que nem tem culpa porque isso me machucaria, isso é justiça? Não e eu não esperava isso da grande e maravilhosa America… eu sei o que fiz e vou arca com as consequências mas tenha consciência da decisão final de vocês… porque eu mais que peço… eu imploro que não coloquem meu povo… minha nação… meu país… eles não tem culpa… nunca tiveram… e se isso aumentar minha penalidade então eu aceito… eu aguento… meu pai me ensinou isso… e ele também não tem culpa se eu não costuma seguir os ideais que deveriam” Os olhos da mesma começavam a marejar e as emoções eram nítidas em sua voz, estava sendo fraca mas não podia evitar, era tarde demais. “E eu não acho justo punirem o Tenente Achille Knight… exatamente… eu o induzi como viram e está claro a devoção que ele tem pelos EUA, eu acho que todos esses anos não deveriam ser desperdiçados ou simplesmente jogados no lixo por que ele se deixou leva por uma mulher…  e não usem a justificativa e que ele não deveria por não saber, estamos em 2134… de qualquer forma eu sei e aposto que a maioria aqui sabe a competência e dedicação do mesmo… e sabem que um guarda nunca trairia a coroa, eu sei que se ele soubesse quem eu era isso não teria acontecido… e foi exatamente por isso que eu não disse”Confessou suspirando, um tanto aliviada, como se tirasse um grande peso de si. “Eu acho que devem aliviar pra ele… quer dizer eu vou ser eliminada, o que isso vai influenciar na minha patética vida? Nada, mas perder a patente é… algo muito importante pra um militar… eu sei disso… eu sei porque isso sempre foi o que eu quis fazer… eu sempre quis proteger as pessoas e aqui estou eu, prejudicando uma… de qualquer forma eu peço que pensem que é um cidadão americano leal a corte… quanto a mim… façam o que for justo e melhor pra todos… eu posso não ter aprendido a lidar com regras mas aprendi a assumir e pegar pelos meus erros” Deu um passo pra trás se apoiando em algo pra não cair, as pernas tremiam. “Eu só espero um dia ser perdoada… espero me redimir de alguma forma” Seus olhos alcançam os de Roan e em seguida os de Achille, porque aquelas palavras eram pra eles. Mas não tinha mais o que fazer então apenas abaixou a cabeça e esperou a sentença, afinal não tinha mais o que fazer, não estava mais em suas mãos.
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achilles-knight · 7 years
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“Justice” || Achille’s POV
[Part 1: The Summon]
Não era tarde demais quando Achille recebeu o comunicado para comparecer no tribunal. Desde que os boatos começaram ele havia ficado incomodado e inquieto, com a mente lhe sussurrando dizeres de culpa e de responsabilidade. Seu senso moral estava o matando pouco a pouco, dia a após dia carregando aquela cruz oculta que só ele e Alice sabiam que tinha ocorrido, ou ao menos, no começo só os dois tinham informação.
Alguns dias antes, não muito, ele finalmente confessou o “crime” de ter beijado uma garota no baile para o seu melhor amigo, o príncipe Ryan, o Tenente não poderia simplesmente ficar quieto sobre o ocorrido, não era o certo, aquilo, por mais que lhe faltasse o dolo, era ainda sua culpa, ele que moveu os lábios, que a beijou, que a abraçou e a acariciou. Os pensamentos eram mistos na cabeça do mesmo, uma mistura de medo pelas consequências, mas um desejo intenso que vinha lá de trás daquela noite… Mas agora, com os pensamentos que estavam na cabeça do tenente, aqueles sussurros eram ofuscados pelos ensurdecedores gritos de incerteza sobre o seu destino
Não importava para Achille quem havia espalhado a informação, alias, na visão do tenente com o seu senso de responsabilidade e código de conduta, ele se culpava pelo ocorrido, sua mente martelava sobre si essa culpa, mas alguém seu coração dizia que tudo aquilo ainda sim não estava certo
Ele leu o comunicado na integra no seu apartamento, enquanto acessava o seu computador, descansando após outro dia de esforço na unidade de inteligência do exército, por mais que fosse o mais novo, era um dos que mais trabalhava, que dava mais de si, o seu amor pela sua profissão era inigualável e o mesmo era o soldado perfeito, cumprindo tarefas e até mais com destreza e eficiência, por mais que nunca se acostumasse com os elogios, recebia muitos, mas isso não importava, quero dizer, para Achille importava, mais do que tudo e foi na sua função que ele pensou imediatamente, o que aquilo causaria para si, o que aquele descuido causaria para si
No geral, o no momento, Achille ficou nervoso, tão nervoso que teve que ir correndo para o banheiro vomitar. O tenente sabia, poderia tomar mil chicoteadas que fossem, não iam doer tanto do que perder a sua função, que ele trabalhou a vida inteira, literalmente, para conquistar e ele não conseguia se lembrar da ultima vez que sentiu tanto medo assim, o que dizia muito sobre o tenente. Ele talvez não se importava tanto entre uma questão de vida ou morte, mas uma questão de como ele ia viver. será que a sua honra seria despedaçada para sempre? Seu nome seria maldito?
Não houve tempestade maior na mente de Achille que não fosse aquela da noite passada, mas ele era um marujo de outras guerras, sabia como lidar com tamanho nervosismo, como se fosse outra pessoa tomando conta de si, ele criou forças para limpar o que havia feito e tomar um banho quente, confortante, e após isso um calmante que o mesmo já estava acostumado a tomar quando as coisas pareciam sair do seu controle. Com o rosto avermelhado devido a força que fez com o nervosismo, ele deitava-se para encarar o dia seguinte
[Part 2: The Gallows]
O tenente acordava próximo ao horário do julgamento, como o planejado, o calmante o havia controlado o suficiente para ter uma noite de sono decente para que ele estivesse preparado para o grande momento. Após um começo de manha que seria agradável, se não o clima pesado que estava no ar, Achille se via na frente da sua cama com o seu uniforme formal do exército, azul marinho com botões e detalhes em dourado, além de uma gravata rubra e uma caixa com as suas condecorações que ele deveria colocar no peito
Apesar disso, ele estava calmo, estranhamente calmo, ele sentia os problemas e as possibilidades negativas bem próximas, mas ainda sim ele se mantinha sereno, na verdade, sem uma expressão que fosse em seu rosto. Ele colocava a camisa formal branca e a calça, calçava as meias pretas e os sapatos pretos e lustrados. Por fim, ele virava-se para o espelho, para colocar a gravata rubra de sua escolha
“Achille, vê se dá esse nó direito… Um homem é reconhecido pelo nó em sua gravata “ dizia Walter, o pai de Achille, alguns anos antes em sua memória, quando ensinava o pequeno futuro tenente a vestir-se formalmente. “Você dá o nó aqui, puxa essa parte… Não… Assim não, você está dando um nó numa gravata, não num tennis, menino”, o tom paternal e carinhoso do sempre sorridente Walter Knight acalmava o coração do tenente nos dias de hoje, com os olhos marejando um pouco. “Isso! Perfeito! Um verdadeiro cavalheiro!”, eram como se Achille ainda pudesse sentir que as palavras foram ditas saindo de lábios que se curvavam em sorrisos. “Um cavalheiro e um cavaleiro também, não é papai?” dizia a própria voz do pequeno. “Isso mesmo! O meu pequeno Cavaleiro!”
Achille terminava de dar o nó, perfeitamente como o seu pai o havia ensinado e lembrava como nenhum membro da sua família estaria presente, ele insistiu que nenhum deles viessem, não queria ser uma vergonha para os mesmos, não mais do que a vergonha que ele já sentia de si mesmo. Achille vestia então a parte de cima de seu uniforme formal, o abotoando de acordo com as regras de etiqueta. O que restava então eram as medalhas e as condecorações, ele abria o estojo feito sob encomenda em ébano, vendo aqueles pequenos acessórios brilharem como estrelas num céu escuro de volta para ele. Ele pegou uma a uma e as fixou em seu peito. Em 8 anos de serviço ele reuniu uma quantidade ridícula de medalhas, mas era algo que ele não gostava de exibir por ai, não era necessário, mas naquele momento as regras impunham que sim. As primeiras a serem colocadas foram as de treinamento e então as de serviço em solo americano e estrangeiro, acima dessas vinham as que foram dadas à sua unidade, a medalha de boa conduta, e então vinham aquelas de realização, comendação, a medalha d soldado, a de serviço distinto, a cruz de serviço distinto e a medalha de honra, essa que fora lhe dada em razão do dia em que tomou aquela base de terroristas sozinho com uma faca. Com o peito armado com os fardos impostos sobre a sua vida, ele estava pronto
Ele passava por sua sala e dava uma ultima olhada no seu boneco do Optimus Prime que ele havia conseguido consertar e encaixado a matriz da liderança de volta no peito dele, aquilo era tão pequeno agora… Ele pegava o seu distintivo e o colocava no bolso, mas deixava as armas para trás, não queria problemas a toa. Dando uma ultima visão geral sobre o seu apartamento, a sua base, ele saia pela porta, deixando o local deserto
[Part 3: The Pressure]
Achille puxava a cadeira de réu e se sentava. Quieto, o seu rosto ainda sem nenhuma expressão. Ela não estava cabisbaixo ou nervoso ou triste ou nada, se sentia vazio, era quase como se estivesse em choque por finalmente está ali, como naqueles momentos em que se prepara para pular, mas quando começamos a cair todo aquele preparo pareceu em vão. O tenente ficava imóvel, preso nos seus próprios pensamentos, os seus olhos azuis não estavam vibrantes, estavam sem foco, olhando para o nada.
As introduções eram feitas, os trabalhos começavam, as regras eram ditas e as guilhotinas eram armadas, porque exatamente aquilo estava acontecendo? Regras ou Orgulho? Certo ou Errado? Achille não queria saber, não pensava direito apenas queria que aquilo tudo acabasse o mais rápido o possível
A vontade de pular da cadeira e fugir correndo era gigante, mas ainda, fugir para onde? Chicago com os seus pais? Branson com os seus avós? Nenhum dos dois adiantaria, a pena ainda seria dada, o príncipe ainda decidiria, independente do que qualquer um falasse, independente das circunstâncias, fatos ou provas apresentados, o que o príncipe decidir, era a lei e infelizmente não havia nada ou alguém que pudesse fazer algo para evitar aquilo
Achille espiava para o lado, via Alice sob as condições dela, a ignorava completamente, ele espiava para frente e de canto do olho via Ryan, também o ignorando, assim como o restante da família real. Entre os seus pensamentos ele ouvia as selecionadas comentando algumas coisas, que mais pareciam ecos distantes que não chegavam no seu ouvido, eram como outros sussurros entre os gritos de culpa dentro de sua mente mas muitas eram difíceis de se ignorar. 
Com algumas selecionadas a reação foi a mesma, o discurso era muito parecido, o mesmo prato com temperos diferentes, toda muito políticas, muito coesas e lógicas levavam em consideração o fato frio, sem interferência com a relação que poderiam ter com os dois réus e isso Achille respeitava, foi assim com Rhaella, Davina de cabelos vermelhos (por mais que essa fosse contra Alice  isso incomodasse um pouco o tenente), Margarida, Kylie... Com Ayoo foi diferente, a unica com uma opinião mais livre, viva como a mesma, Achille até arriscava esboçar um pequeno sorriso bem discreto para a mesma como um obrigado, ou a Davina de cabelos loiros, doce e misericordiosa que acreditava no perdão de ambos. Quanto a Katerina e Lilith, as palavras acidas das mesmas passavam direto por Achille, nem reação ele esboçava, não eram importantes o suficiente para o tenente a ponto de atingirem ele, ou mesmo as criticas mais duras de Angel. Porém Elena foi um caso a parte, ver a garota aos prantos, sensível como ela era, além de ter criado uma certa conexão com o tenente, ele mal se segurava de sua cadeira e tinha que aguentar o impulso de se levantar e ir acalmar o seu choro, mas infelizmente, tinha que ficar ali ainda. Cada uma dizia o que tinham como opinião e a maioria pedia pela perda do seu cargo, ele se perguntava para o que exatamente aquela punição iria servir se não dificultar as operações da própria INSCOM, mas estava preocupado, não queria abrir mão daquilo que passou uma vida inteira para construir, voltar a ser cabo seriam 5 anos de carreira a menos, ainda tentava pensar no que faria
Dentre os membros da família real, ele via Roan, vendo tudo aquilo acontecer, foi a unica pessoa que ele olhou por mais de um segundo naquele evento, não o encarou, mas sabia, olhar dizia tudo, a sentença já estava decidida antes daquilo tudo acontecer, antes das opiniões e declarações. Tinha que dar crédito ao príncipe, era um homem decidido, uma decisão que poderia ser perigosa para a sua vida ou para a sua carreira, mas ainda tinha que dar créditos. Seria difícil ele não levar para o lado pessoal, mas seria um comportamento de uma personalidade mimada se o fizesse, não precisava ter mais de dois neurônios para perceber o leque de opções que ele tinha, apenas eliminar a selecionada não estava bom?
A selecionada… Achille tentava ignorar, mas entre as “vozes” dos pensamentos na sua cabeça tinha uma que dizia para ele se preocupar com Alice, porque deveria? ”Ela que o enfiou nisso, ela era a culpada!” seria o pensamento mais comum, mas por algum motivo, Achille não conseguia colocar a culpa nela, além de se cobrar por parte dos acontecimentos, ele havia gostado de a beijar e agora, a espiando novamente pelo canto da visão, notava o quanto ela era assombrosamente mais linda sem a fantasia exagerada de Aquaman, talvez Roan tivesse certo em estar nervoso por perder uma garota linda como ela, pois é, ele tinha a razão e de todas as pessoas, Achille era o responsável por isso, ele, o tenente bondoso que talvez fosse a unica pessoa na terra com mais dificuldades sentimentais e de relacionamentos do que Ryan (um dos pontos que os aproximavam), o único que não conseguia se imaginar com qualquer uma das princesas no recinto porque nãos e julgava bom o bastante para o que elas mereciam… Parecia que o baile em si tinha sido um conto de fadas às avessas
[Part 4: The Act]
Achille se ajustava em seu lugar, os seus 2 minutos começavam a rodar, irônico o réu ter menos tempo do que o juri para se pronunciar. Ele limpava a garganta e começava, ainda sem expressão no rosto
-Primeiramente gostaria de pedir perdão a todos que estão presentes hoje em razão disso tudo, mas infelizmente desculpas não podem reparar o erro cometido.  - A sua voz era firme e calma, havia resquícios de irritação em seu rosto, tipico e compreensível de alguém que se encontrava naquela posição vexatória - Se me permitem ao menos explicar o meu ponto de vista, eu havia chegado literalmente a um dia do Paquistão para ingressar como membro da INSCOM devido a seleção, porém não iniciei minha nova função até o dia seguinte, que foi o momento em que recebi todas as informações oficiais sobre o evento, incluindo sobre a identidade das selecionadas. Durante o baile, compareci não mediante o cumprimento da minha função de tenente, mas como cidadão americano, que foi convidado.  - Achille espiava a selecionada, sem realmente olhar para a mesma -Não sabia quem era a Alteza Wushi, me aproximei quando a vi caída, a auxiliei, conversamos e então sem quase apresentações, coagimos para a execução dos fatos narrados, porém, como visto no vídeo, assim que percebo que ela é uma selecionada, eu paro imediatamente qualquer ação libidinosa, lembrando que em momento algum pratiquei intercurso com a mesma. -Achille limpava a garganta novamente - Exposto, permaneço reconhecendo o meu erro e a minha culpa de ter a beijado, dispondo-me a qualquer punição que vossa alteza identifique como justa. 
Achille sem muita expressão e tenso, mas se sentia aliviado como se tirasse um peso das costas e o colocasse na sua frente, o que faria com o peso seria agora decisão do príncipe. Não havia mais nada a fazer, a não ser esperar, a decisão do príncipe, o qual ele realmente não se importava, pagaria o preço pelo seu crime
Infelizmente não eram todos honrados como Achille, desconhecido para todos naquela sala, a não ser por Alice, havia um homem que tinha feito pior, que o erro não provinha de culpa, mas de dolo, o ser, o comandante naval que havia seduzido a selecionada previamente e que nada estava sendo feito em sua razão, o maior dos covardes. Achille estava enfrentando o seu destino de peito aberto, enquanto o outro se ocultava nas sombras do desconhecimento e no fim, independente da punição de Achille, independente da decisão de Roan, não seria o bastante, ainda haveria um criminoso sem punição, ainda haveria “justiça”.
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apxcalipse-blog · 7 years
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⚜ No justice. No piece.• POV
                     Lilith poderia ter deixado muito de si na Rússia, todavia, as personalidades convergiam em vários quesitos, principalmente o de justiça. Não havia a pessoa que havia errado menos em sua mente, haviam apenas dois grupos, culpados ou inocentes. Simples assim. Desde bem menor, ates da adoção, a mãe biológica já lhe ensinava a pensar daquela maneira, o que apenas se intensificou quando o rei russo passou a treiná-la para ocupar o cargo que outrora pertencera à mulher. Crescera uma mulher repleta de exigências sobre si mesma, fazendo sempre o possível e até o impossível para cumprir seu dever em todas as ocasiões. Contudo, cobrando tanto de si mesma Lilith acabava cobrando o mesmo comportamento das outras pessoas, que raramente pensavam como ela. A maioria era desleixada, fazia as coisas d e qualquer maneira e não raciocinava sobre a situação antes de agir, o que era, sem duvida alguma, o caso em questão naquele dia. Quando o aviso foi dado e toda a situação explicada para as selecionadas e os demais presentes a russa sequer olhou em volta, apenas arqueou uma sobrancelha quando a moça ao seu lado pareceu perplexa com a situação. Ela, por outro lado, não estava surpresa ou sequer desapontada. Aquele era o comportamento lastimável que tanto ouvia seu pai falar, ficaria surpresa se a chinesa houvesse tido a decência de ser honesta com Roan sobre a situação, sem esperar que alguém a pegasse em seu erro. Toda aquela situação era vergonhosa, ser exposto daquela maneira em frente a tantas pessoas e câmeras. Como princesa, ela deveria estar acostumada, mas não estava. Sua área de atuação era onde as sombras estavam, longe de tudo e todos, nos lugares ruins e errados de seu país, procurando impor o modo correto de ser para eles.
                   A expressão de Lily permaneceu imóvel enquanto as outras selecionadas ganhavam espaço para dizer algo a respeito da situação. Não estava nervosa com aquilo, a resposta era absurdamente óbvia, sequer era necessário um tribunal como aquele para discutir o ato. Porém, achou bastante decente da parte da família real americana querer dar voz às moças ali presentes, ainda que Lilith tivesse certeza, ao olhar nos olhos de cada um, que a decisão já estava tomada, independente ou não do apoio alheio. E não estariam errados, afinal, os governantes eram eles, todas elas haviam aceitado ser propriedade americana pelo período em que estavam lá e deveriam ser julgadas pelas leis do país. Quando a vez de Lilith expor sua opinião chegou, a jovem levantou-se, enfim olhando para o público em sua volta. No momento que ficou de pé já soube dizer que quem falaria não seria a Lilith da máfia, que deixara na Rússia, ou a Lily que estava ali, seria mais como uma junção de ambos. Se isso era bom ou não? Ela não saberia dizer.
                   – Perdoem-me se soar ofensivo, mas não vejo razão para esta reunião. –Iniciou, dando de ombros e franzindo levemente o cenho. Suas mãos se direcionaram para os dois indivíduos que estavam sendo julgados. – A princesa Adaliza e o tenente Achille cometeram um erro, burlaram regras que estavam claras a cada um de nós. Sendo assim, devem ser punidos. Ambos igualitariamente e sinto discordar da maioria de minhas colegas Selecionadas, mas rebaixar o tenente de seu posto e simplesmente eliminar a princesa chinesa não é nada igualitário ao meu ver. –Olhou firmemente nos olhos de muitas das princesas ao seu redor. Não procurando concordância com sua fala, mas querendo deixar firme que assim como as respeitara em suas opiniões esperava que pudessem respeitá-la na dela. – Claramente a senhorita Wushi não se importa nem um pouco com a Seleção dados os acontecimentos recentes, eliminá-la não causará nenhum dano enquanto o senhor Kinight será deposto de um cargo que tanto gosta. Apoio a ideia do corte de relações com a China, sendo herdeira ou não, uma princesa deve saber que é tão responsável quanto seu país quanto o futuro rei ou rainha, nossos atos demonstram quem nós somos e afrontar uma regra para estar no posto de rebelde não é bonito, é infantil. E crianças devem aprender com seus erros através de castigos devidos. Foi assim que eu fui criada e é assim que eu faria. – A ênfase no ‘eu’ fez-se mais que presente na frase da Rozensky. Aquele era o modo que ela pensava, afinal, não poderia saber ao certo como pensavam os americanos. – Somente para esclarecer, apenas concordo com a exoneração do cargo de tenente do senhor Knight se a princesa Adalizia não for unicamente eliminada, mas as relações com a China cortadas ou diminuídas. É minha palavra final. – Soltou um breve suspiro, voltando o olhar agora para Adalizia e Achille. Não estava irritada com nenhum deles, apenas gostaria que tivessem pensado antes de agir. Compreendia o quão difícil poderia ser a vida de alguém da realeza, ter de seguir regras e portar-se de uma maneira adequada. Contudo, quanto antes aceitassem a situação menos sofreriam a respeito e fariam as pessoas à sua volta sofrerem em conjunto. Alguém precisava estar naquele cargo. Alguém precisava se sacrificar pelo bem de uma nação. Lilith sentia-se absurdamente honrada por ter ser uma dessas pessoas. – Antes, porém, gostaria de deixar claro que sequer conheço pessoalmente qualquer um dos dois e não os desejo mal algum, não conheço seus caráteres, suas índoles e muito menos suas histórias, porém, quando se é uma pessoa pública isso sequer importa. O que importa são as vezes que erramos e é essa a razão que não podemos fazê-lo. Somos todos humanos, foi o que disseram várias de vocês. Realmente somos, mas antes disso somos líderes. Somos representantes de nossos países em uma terra diferente, o que fazemos aqui deve demonstrar a seriedade de onde viemos, deve demonstrar nosso comprometimento com os cidadãos de nosso país natal e os americanos. – O sorriso de seus lábios não demonstrava simpatia, tampouco rispidez, apenas seu breve espanto por ter de dizer palavras que soravam tão óbvias e decoradas em sua mente. – Espero que possam compreender que não existe margem de erro para pessoas como nós e sinto muitíssimo que estejamos aqui hoje tendo de discutir tal situação. Era tudo o que eu tinha para dizer. Agradeço a palavra. – A russa assentiu, tornando a sentar-se e esperando o veredicto ser dado.
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littlexdavina-blog · 7 years
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-  here you do it,                                               here you pay for it. | POV
              A incerteza deu-se profusa aos primeiros pensares advindos da princesa da Escócia, onde o acusar que jazia sobre uma outra Selecionada sintetizava uma grave transgressão das regras que pautavam o evento como um todo. Os agires impregnados pela confiança lhe faltaram aos segundos inciais, antes que os olhos acastanhados rolassem em suas órbitas no ato que resumia o interpretar completo de toda a situação; E a surpresa, por sua vez, pouco fez morada ao interior de Davina - ao pouco que conhecia da acusada, afinal, só conseguia julgar o ato como típico de sua persona pouco comedida.
              Os mesmos pensamentos rondavam o cerne da herdeira ao decorrer do julgamento dado em prol de decidir os frutos que seriam colhidos por aqueles que haviam protagonizado a situação que desrespeitava a Seleção, e a jovem não evitava em cair pelas vertentes de apontar tudo como absolutamente merecido - o olhar variava por entre os acusados, antes de por vezes se aventurar aos lados ocupados pela realeza norte-americana, como se pudesse ali encontrar o que se passava na mente de cada um. Mantendo a seriedade por sobre a pose naturalmente arrogante que sabia passar, a princesa escocesa postou em silêncio absoluto, mal ousando um respirar mais profundo até que a palavra se viu dirigida à si. 
             O erguer de sua cadeira se fez em movimentos límpidos, enquanto os dígitos delicados se mantinham cruzados uns aos outros fronte o corpo esguio; Davina, mais uma vez então, levou a atenção aos réus, antes de deixar que a voz se fizesse audível à todos os ali presentes e dispostos a dispor alguma relevância sobre sua opinião. ‘ Eu acredito que, já que as provas são claras, tal como as regras… Ambos devem ser punidos de acordo com os próprios atos. ’ Começou em austeridade, não dando margens para que levassem seus dizeres em âmbitos que fugiam da atmosfera tensa instaurada pela situação. ‘ Não cabe a mim opinar sobre como cada um deve pagar, mas acredito que a princesa Adalizia deva carregar a maior punição, já que a atitude em não dizer sua origem ao Tenente foi, ao meu ver, de clara má fé. ’  
              Com o olhar recaído diretamente aos acusados, a jovem princesa tomou para si breves segundos em um novo formular das palavras que pontuariam o fim da opinião que tinha sobre o caso. ‘ Todas nós temos desejos, pensamentos e índoles diferentes… Mas todas nós sabemos das regras de igual forma e, por vezes, lutamos contra nossos próprios instintos para cumprir tudo de maneira devida. Seria injusto com quem se mantém na linha o livrar de uma única princesa que não detém as capacidades básicas de se privar de contatos físicos com estranhos, e ainda mais quando se detém o conhecer de que tudo isso pode e provavelmente vai trazer problemas. ’ Erguendo levemente o queixo, então, em um acentuar álgido de seus agires, Davina crispou levemente os lábios antes de um acrescentar genuíno. ‘ A princesa Adalizia sabia o que estava fazendo, sabia das consequências, sabia para onde dragava o Tenente e agora eu espero que saiba enfrentar a condenação que merece e os reflexos de seus atos egoístas. ’   
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ariaxarchive · 7 years
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Without our word, we have nothing. //Pov.
Luna conhecia Adalizia desde que as duas eram crianças, ainda assim, a moça ficou realmente surpresa com o que aconteceu ali, não era uma selecionada de Roan, porém tinha um enorme carinho pelo príncipe, afinal se conheciam da infância e a jovem não queria que nenhum deles acabasse machucado pela inconsequência da chinesa, ao mesmo tempo, Luna não deixaria de procurar ser o mais justa possível, afinal um governante não pode se deixar ser guiado pelos seus sentimentos o tempo todo. Assim que soube daquilo, a princesa espanhola deixou algumas lágrimas escaparem, afinal temia o que a atitude da outra poderia causar, respirou fundo e se livrou do choro, afinal sabia que aquilo não resolveria nada, invés disso, a mulher passou a pensar em tudo que havia sido dito a ela por seu pai desde que era criança, e uma das coisas que ecoava em sua mente era : A sua palavra é uma das coisas mais importantes que possui, sem ela você não tem nada.
E as palavras permaneceram em sua mente, mesmo com o passar dos dias, até o fatídico dia do julgamento, quando o mesmo começou, Luna viu diversas selecionadas falarem, até que chegou o momento da própria falar, a mulher se levantou e fez uma pequena reverência diante dos monarcas, olhou para os príncipes e para as princesas antes de abrir a sua boca, já tendo em mente em perfeita organização o que seria dito, uma postura ereta e séria, diferente do que lhe era típico, a postura de alguém que levava aquilo a sério, que uma líder deveria ter. - Vou começar com uma frase que cresci ouvindo meu pai dizer, sem nossa palavra, nós não somos nada. - Deu uma pequena pausa. - E foi exatamente com isso que a Adalizia faltou, com a palavra dela, ela prometeu fidelidade ao príncipe Roan, como todas nós prometemos as nossas aos respectivos príncipes. - Luna prosseguiu calma. - Aqui, eu não estou em condição de liderança, como no meu país, mas como foi pedido minha opinião eu a darei. - Respirou fundo. - Somos humanos, todos estamos sujeitos a erros e acertos, porém quando prometemos algo, creio que damos nossa palavra e devemos dar nosso melhor para cumpri-la, não foi isso que a Alice fez, mas as vezes como seres humanos todos estamos sujeitos a impulsividade. - Sua voz soava até diferente diante da seriedade do assunto. - Eu sei que é importante para o país que ambos sejam punidos, mas eu peço que levem em conta que o tenente não sabia que se tratava de uma selecionada, apesar disso faz parte do trabalho dele, por favor tenente, leve isso como uma crítica construtiva e nas próximas visitas, cheque quem são as princesas chegando. - O seu caso com o soldado havia sido abafado, mas ela mesma estivera em uma posição parecida, diante do julgamento dos pais. - Meu tempo já vai acabar, então não vou me estender, eles erraram e devem ser punidos, acho que a princesa Adalizia deve ser eliminada da seleção e voltar para o seu país, para evitar qualquer mal estar, mas que isso deve ser feito com cuidado para não atrapalhar a aliança com a China. - Luna explicou e olhou o tenente por um momento. - Quanto ao tenente não acho que ele teve qualquer intenção, apesar do erro dele, já que pelo que eu ouvi ele esteve em diversas missões muito arriscadas em prol do país, creio que talvez uma suspensão por algumas semanas, ou algo relacionado a patente dele seja mais que o suficiente. - Assentiu brevemente e voltou a se sentar em seu lugar, respirando fundo.
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Há dois povs que não estão aparecendo na tag, por isso deixaremos o link aqui caso alguém queira acompanhar. Se o de mais alguém não estiver aparecendo, nos avisem.
Kylie-Ava 
Katerina
Angelic
Rhaella
Davina
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jornaloficial-blog · 7 years
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Era manhã de segunda-feira e um comunicado havia sido entregue na mão de todas as selecionadas na noite anterior, solicitando a presença de cada uma delas na sala do trono, às nove horas do dia seguinte. Além das selecionadas, o tenente Achille Knight também foi chamado.
Ao que todos já sabiam, Rhonda, a jornalista do Jornal Oficial, havia alertado as selecionadas de que não deveriam se envolver com outras pessoas, além dos príncipes os quais estavam competindo. Isso fez com que os irmãos Roosevelt se juntassem para averiguar sobre tal falto e o que havia acontecido. O que aparentemente ninguém sabia era que existem câmeras de segurança em todas as salas do palácio. Câmeras que registraram a senhorita Adalizia, princesa da China, e o tenente Achille entrando em uma das salas e trocando beijos. Ao que tudo indica, o rapaz não sabia que ela era uma selecionada, porém, isso não o isenta da culpa. 
Sendo assim, a família real decretou que haverá um julgamento para decidir o que será feito com os culpados. As selecionadas terão 3 minutos para expor sua opinião e dar sugestões do que deva ser feito com a princesa da China e com o tenente.
Informações importantes sobre a Task:
Ambientação: Sala do trono. O rei e a rainha encontram-se sentados nos tronos, e de cada lado deles encontra-se dois filhos. Ao lado do rei Robert está sentada Ravenna e Rebekah e ao lado, e ao lado da rainha Tatianna encontra-se Ryan e Roan. A frente deles encontram-se a princesa Adalizia e o tenente Achille. E então, dezesseis cadeiras foram colocadas lado a lado para abrigar as selecionadas.
Task: Obrigatória apenas para players de selecionadas. Os players terão até quinta-feira (20/07) para postar um pov falando sobre a reação ao receber o comunicado, como se portou durante o julgamento, e quando a palavra foi direcionada a si, qual foi sua opinião sobre o caso. Lembrando que as selecionadas poderão expor suas opiniões. Depois que a última selecionada expor sua opinião, a princesa da China e o tenente serão 2 minutos cada um para dizer algo na defesa deles. Lembrando que decisão final será do príncipe Roan.
PS: Os povs serão todos lidos pela central, principalmente pelas players dos príncipes que estarão avaliando suas princesas. Quem não fizer o pov também será avaliado, como se tivesse se recusado a falar qualquer coisa sobre o assunto. Ou como se não tivesse comparecido. Usem a tag: #ts:task003.
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