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Yes Sir! Capítulo 47
Personagens: Professor! Harry x Estudante!Aurora. (Aurora tem 24 anos e Harry tem 35)
Aviso: O capítulo terá somente ponto de vista de Harry. Este capítulo pode estar um pouco longo, espero que gostem.
NotaAutora: Aproveitem o capítulo e não se esqueçam de comentar💗
Harry
Passei vinte e quatro horas em uma cela fria, sem dormir e sem comer, era um completo absurdo eu ter que passar um dia na cadeira quando quem deveria estar preso provavelmente estava rindo de mim, felizmente não me deixaram com nenhum vagabundo ou criminoso, mas ainda assim o espaço era apertado e o cheiro de urina seca me enjoava.
O relógio acima da porta principal estava com o ponteiro dos minutos solto, girando lentamente como se zombasse de mim quando um guarda apareceu sem aviso pela manhã e destrancou a cela.
— Vamos. — Ordenou o agente, sem me encarar.
Fui atrás dele arrastando os pés, quando cheguei na ala dos pertences avistei Anderson encostado na parede, os braços cruzados e a expressão irritada esculpida em seu rosto, parecia que ele também não dormiu.
— Cara, você tem ideia do que fez? — Perguntou antes mesmo de eu chegar perto.
— Bom dia para você também, eu estou ótimo, obrigado por perguntar. — Tentei não soar com sarcasmo.
— Porra, Harry.— Passou a mão no rosto. — Eu não tenho tempo para brincadeirinha hoje, temos vinte minutos até a audiência, só consegui isso graças aos meus contatos.
— Obrigado.
— Devia agradecer mesmo. — Descruzou os braços, andando um passo em minha direção. — Estou me matando para tentar manter sua imagem limpa e você age como um idiota em plena audiência pública.
— Eu estava no limite, ok? Me desculpe, mas eu não consegui ouvir aquilo calado.
— Quer perder a guarda da sua filha por estar no limite? — Ele me encarou, inspirando fundo. — Porque você sabe que o Bryan vai usar isso contra você.
— Eu sei.
— Você sabe exatamente o que ele vai dizer, né? Que você é desequilibrado, impulsivo, um pai ruim e ontem você fez exatamente o que ele queria.
— E você acha que eu não sei disso? Já estou arrependido o suficiente, tá?
— A juíza de plantão marcou uma preliminar de soltura. — Me guiou para fora daquela sala. — Vamos focar nisso, vou pedir liberdade mediante fiança deve ser entre cinco e dez mil, imagino que isso não seja problema.
Não respondi, minha vontade era socar a parede, gritar, quebrar alguma coisa, mas tudo o que fiz foi concordar com a cabeça.
Minutos depois, fomos até a sala de audiência, que foi curta e humilhante.
A juíza me olhou por cima dos óculos com uma sobrancelha arqueada, como se já soubesse exatamente o tipo de homem que eu era.
— Sr. Styles, o senhor tem consciência de que desacato é crime, certo? — Indagou como se eu fosse um idiota.
— Sim, senhora.— Murmurei, mantendo o olhar baixo.
Eu sabia que qualquer palavra errada podia piorar tudo.
— Meritíssima— Anderson se adiantou, com a voz treinada de quem já tinha feito isso mil vezes. — Meu cliente lamenta profundamente sua conduta no tribunal, ele está visivelmente arrependido.— Fez uma breve pausa, medindo cada palavra. — Agiu sob forte estresse emocional diante de uma audiência envolvendo a filha que criou desde o nascimento, não estou justificando, ele sabe disso e está aqui para responder como deve.
A juíza suspirou, inclinando-se, folheando alguns papéis a sua frente examinando antes de olhar para nós.
— Bem, Styles suas ações no tribunal foram ridículas. — Disse com desdém. — Contudo, como não há antecedentes e sua postura aqui hoje é aceitável, então concedo liberdade mediante fiança no valor de dez mil reais, mas saiba que qualquer nova infração e eu não serei tão generosa.
— Obrigado, Meritíssima. — Forcei um sorriso.
Anderson assentiu e se sentou para cuidar da papelada, o som da caneta dele riscando os formulários foi tudo o que ouvi por alguns minutos, até assinar o cheque de 10 mil dólares.
Quando saímos do tribunal ele me deu um empurrão com o ombro, suspirando fundo.
— Da próxima vez se controla, perdi um cliente grande só pra vir aqui te tirar da cadeia.
— Obrigado, quantas vezes mais vai querer que eu peça desculpa? — Rebati, cansado.
— Nunca vai ser o suficiente, então tenta ao menos parecer que ainda tem algum senso de decência.— Revirei os olhos, ele me ignorou e ajeitou a pasta. — Outra coisa, tem alguém lá fora te esperando.
— Quem?
— Violeta.
— Por quê?
— Porque ela ainda se preocupa com você, mesmo depois de tudo. — Fechou a pasta e me deu um tapinha no ombro. — Vê se se acalma e não arranja mais briga.
Saí do prédio e logo avistei Violeta encostada no carro de braços cruzados, me esperando.
— Oi. — Disse com um sorriso de canto.
— Vim te buscar porque achei que preferia sair daqui com um pouco mais de dignidade.
— Obrigado.
— Entra. — Ordenou destravando a porta.
Assim que sentei no banco de carona e ela ligou o carro acabei virando para encara-lá por um momento, estava bonita, mas eu a conhecia muito bem para saber que estava chateada.
— Você quase estragou tudo, Harry. — Ela falou assim que percebeu que estava encarando.
— Eu sei, me desculpe.
— Já estou cansada das suas desculpas.
— Eu sei.
— Abre o porta-luvas.
Fiz o que ela mandou, um envelope grosso estava lá dentro.
— O que é isso?
— Abre.
— Violeta...
— Só abre, Harry.
As pontas dos meus dedos tremiam, quando tirei o papel de dentro e li a primeira linha, senti como se alguém tivesse arrancado o chão debaixo dos meus pés.
“Pedido oficial de dissolução de matrimônio.”
— Porra, sério? Agora?
— É só assinar, não tem mais volta.
— E o Bryan? E a audiência?
— Eu fiz tudo no sigilo, só falta sua assinatura.
— Mas e se ele descobrir?
— Bryan venceu Harry, ele conseguiu o que queria, vai ver a Aurora, a convivência vai aumentar, a guarda total está em aberto, do que adianta agora?
— A gente precisa lutar com o que ainda tem!
— Você já não mora mais naquela casa, será que dá para aceitar que acabou?
— Violeta...
— Eu não quero arrancar nada de você, não preciso disso.— Me olhou por um segundo enquanto o sinaleiro estava vermelho.— Guarda compartilhada, a divisão de bens só vai incluir o que adquirimos depois do casamento, só peço que não tire a casa das meninas, é só isso, eu só quero que tudo acabe.
— Eu nunca tiraria elas de lá. — afirmei, engolindo seco. — E a Aurora? Como fica?
— Eu não sei Harry, você não é o pai dela isso pode complicar as coisas, vamos ver isso com Anderson depois que tudo isso passar.
— Eu ainda sou pai dela! — Gritei, a fazendo se encolher por reflexo.
— Só assina esse papel, eu quero estar livre de você e você livre de mim.
Eu não tinha forças para discutir.
— Me deixa ver as meninas hoje, por favor? — Só pedi o que me restava.
— Tudo bem. — Suspirou fundo. — Elas estão com a babá, pedi para ir ao mercado, chegam daqui a pouco.
— Obrigado.
Nossa casa surgiu diante de mim, bem, eu não podia mais chamar assim, Violeta estacionou na garagem em silêncio, desligou o motor não olhou para mim, apenas abriu a porta e saiu, fui atrás dela, me sentia um estranho ali.
— Devem voltar em meia hora. — Falou, enquanto pendurava o casaco no cabide ao lado da porta.— Você tá fedendo, vai tomar um banho antes de ver elas, não quero você abraçando minhas filhas cheirando a cadeia.
— Tá. — Foi tudo o que consegui dizer.
Ela me indicou as escadas sem me encarar, subi, entrei no nosso antigo quarto, o lugar estava exatamente igual, a colcha cinza ainda cobria a cama, os porta-retratos na cômoda agora eram outros, novos, eu tinha quebrado os antigos na última briga, o cheiro familiar do perfume dela ainda estava por toda parte.
Respirei fundo, tirei a camisa e a joguei no chão, estava suado, sujo e exausto, cada músculo doía como se tivesse sido espremido por dentro, entrei no banheiro e liguei a água demorou um pouco para esquentar, mas quando finalmente caiu morna sobre meus ombros, fechei os olhos e deixei que levasse embora todo o ranço da cela, o gosto amargo da vergonha, a impotência, só fiquei ali, em silêncio tentando respirar.
Depois de alguns minutos saí com os cabelos ainda pingando, enrolei a toalha na cintura e fui até o antigo closet, algumas roupas minhas ainda estavam lá como se esperassem que eu voltasse a qualquer momento, estava prestes a puxar uma calça quando ouvi a porta do quarto abrir, virei rápido Violeta estava parada ali, os olhos presos em mim, o olhar dela percorreu meu corpo rápido demais para parecer desinteressado, eu ainda estava só de toalha, cabelos molhados grudados na testa, ela mordeu o lábio inferior e desviou o olhar.
— Só vim pegar isso. — Confessou apressada caminhando até a cômoda, pegou algo que eu não vi com clareza, virou as costas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa. — Pensei que já estivesse vestido, desculpa.
— Saiu do quarto tão rápido quanto entrou.
Fechei os olhos, apertando as pálpebras tentando afastar os pensamentos que insistiam em voltar.
Não podia me permitir confundir as coisas.
Não agora.
Vesti uma calça de moletom cinza, uma camiseta limpa e desci indo até a sala e fiquei de pé parado ao lado do sofá sem saber se deveria sorrir, me sentar ou fugir, a porta se abriu minutos depois, Rose entrou primeiro com o carrinho de bebê e algumas compras, seus olhos me encontraram e suavizaram.
— Oi, senhor Styles. — Falou com um sorriso sincero. — Elas sentiram sua falta.
Atrás dela Aurora surgiu correndo com os passinhos ainda desajeitados, a toquinha rosa balançava enquanto ela vinha com os bracinhos erguidos no ar.
— Papai!
Meu peito se quebrou inteiro ao som daquela palavra, me ajoelhei com os braços abertos e ela pulou neles, segurei aquele corpinho quente contra mim com força.
— Saudades, papai.
— Papai sentiu tanto a sua falta... — Vi Isadora vindo logo atrás com o mesmo olhar frio que Violeta tinha. — Oi. — Levantei com Aurora ainda agarrada ao meu pescoço. — Que saudades filha. — Abri os braços para ela também, mas fui ignorado.
Ela cruzou os braços e desviou os olhos passando por mim subindo as escadas, tudo nela lembrava Violeta.
— Aqui está sua princesinha. — Rose se aproximou e colocou Amélia em meus braços com todo o cuidado do mundo.
Me sentei com Aurora agarrada ao meu ombro e Amélia dormindo no colo, fiquei ali admirando ambas.
— Eu amo vocês. — Falei baixinho, beijando o topo da cabeça de cada uma, sabendo que não era o bastante.
Violeta surgiu na porta da cozinha com um copo de água na mão, ficou parada ali olhando em silêncio, por um instante pensei ter visto os olhos dela brilharem, mas ela virou antes que eu tivesse certeza.
(...)
Aurora não quis sair do meu colo nem por um segundo, ficava acariciando meu rosto com as mãozinhas pequenas contando sobre tudo o que ela fez enquanto eu não estava em casa.
— Tá com fome, meu amor? — Questionei, passando os dedos no cabelo dela.
— Macarrão com queijoooo.
— Se quiser, pode pedir alguma coisa. — Violeta apareceu sentando-se no sofá, um pouco longe para amamentar Amélia. — Eu não tive tempo de preparar nada.
— Eu peço, sim.
Pedi direto pelo aplicativo, uma lasanha, batata frita, nuggets, macarrão com queijo, refrigerante e suco de morango, tudo que elas gostavam, eu queria agradar, queria esquecer que não fazia mais parte da rotina delas, pouco depois Rose apareceu na sala já com a bolsa no ombro
— Bom ver você de novo, senhor Styles.— Falou deixando um beijinho na Aurora em meu colo. — Sempre que precisa de ajuda com elas, é só chamar.
— Obrigado, Rose... Por tudo. — Ela assentiu, antes de ir.
Jantamos pouco depois, Aurora parecia a única pessoa feliz de verdade naquela mesa, tagarelava, molhava batata frita no suco e ria das minhas caretas, o resto de nós jantamos em silêncio, de vem em quando Violeta me encarava brincando com Aurora e escondia o sorriso, Isadora só fingia que ninguém ali existia, mas em estava feliz fingindo como se aquele momento fosse real, como se tudo não estivesse desmoronando.
Depois, levei-a Aurora para o banho, ela ainda tinha energia e falava sem parar enquanto eu lavava os cachinhos dourados com o maior cuidado do mundo.
— Papai... canta.
— O quê?
— A musiquinha da baleia.
— A baleia, nada, nada, nada, no mar tão azul, azul, azul...
Era a música mais boba do mundo e naquele momento, era a minha canção favorita.
Depois do banho, já com o pijama de estrelas que brilha no escuro, ela correu até o quarto e pulou na cama, peguei um livro da prateleira, de unicórnio, li inventando vozes para os personagens, vendo aquele sorriso ingênuo à minha frente.
Terminei a história e fiquei olhando para ela dormindo, a mãozinha ainda agarrada na minha, me abaixei e beijei sua testa.
— Te amo, minha pequena.— Sussurrei, sabendo que essa seria a última vez.
A última noite em que Aurora era só minha, porque agora Bryan começaria a entrar no mundo dela e eu não sabia se ela ainda me escolheria, se ainda me chamaria de pai com todo esse amor, ela era a única que ainda me olhava sem raiva.
Saí do quarto devagar, passei no meu antigo quarto procurando Violeta, mas só encontrei Amélia já dormindo no bercinho do lado da cama, deixei um beijinho nela antes de bater na porta do quarto de Isadora, que obviamente não abriu.
— Boa noite, Isa. — falei através da porta. — Te amo filha. — Ela não respondeu.
Fiquei parado por alguns segundos ali, com a mão apoiada no batente, queria dizer mais, mas ela não ouviria de qualquer forma.
Voltei para a sala, Violeta estava sentada no sofá, com um cobertor sobre as pernas e os olhos fixos na tela do celular.
— Ela finalmente dormiu.
— Ela estava com saudade. — disse baixo.
— Eu também. — murmurei. — Delas, de você.
— Não fale isso.
— Por quê?
— Vai embora, Harry.
— Posso... Posso dormir aqui hoje? — Ela ergueu os olhos devagar, como se não tivesse entendido. — No quarto de hóspedes. — Completei rápido. — Não vou te incomodar, eu tive um momento bom com elas hoje, Aurora, a Isa até me respondeu, foi só uma vez, mas ela respondeu e Amélia, ela não chorou no meu colo hoje, eu queria mais algumas horas perto disso.
— Harry, não.
— Só por hoje. — Insisti sem me mover. — Eu fico quieto, tranco a porta, amanhã cedo eu saio, nem precisa me ver.
— Você não entende, entende? —Ela finalmente me olhou nos olhos. — É justamente por hoje que eu não posso deixar, porque hoje você foi bom e isso me confunde todo mundo nessa casa.
— Eu não quero te confundir, eu só quero fingir por algumas horas que ainda sou o pai delas.
— Você ainda é pai delas, mas não é isso que você quer. — Suspirou fundo. — E eu... você... Acabou Harry, não tem mais joguinhos, não tem mais chances, não tem mais pedidos desesperados por você.
Eu sabia que acabou, eu ja aceitei que nós habiamos chegado ao fim, mas...
Só por hoje...
— Vi.
— Boa noite, Harry. — Se levantou devagar do sofá. — Tranca a porta quando sair.
E então subiu as escadas, por um instante considerei subir, bater na porta do quarto dela dizer que ainda dava tempo, que eu era outro homem agora, mas era realmente isso que eu queria?
Eu queria meu casamento de volta ou só queria ser aquele homem que ja fui?
Eu não fiz nada.
Sai como ela pediu, tranquei a porta como ela pediu e fui embora.
...
Acordei com o sol cortando meu rosto pela janela sem cortinas, o lindo chão de madeira que o corretor fez tanta questão de elogiar era duro o bastante pra me deixar com as costas doendo, a manta fina por cima do colchonete improvisado não ajudou em nada, no canto minha mala ainda estava aberta, algumas roupas, itens de higiene e por coincidência umas camisinhas.
Que ironia.
Não transo há quase um século.
Levantei devagar esticando as costas com um estalo, verifiquei meu celular e ele estava descarregado, fui até a cozinha liguei na tomada equanto carregava procurei alguma coisa para comer que trouxe, sentei no balcão encarando o teto branco, eu ainda esperava que aquilo tudo fosse temporário, mas depois do que Violeta havia me dito na noite anterior eu acho que talvez eu devesse me acostumar com esse lugar, talvez eu até gostava daquele lugar, assim que o celular ligou a primeira pessoa que veio em minha mente era ela, então fui rápido em enviar uma mensagem.
Eu: Quero ver o bebê hoje, me avisa quando for possível, por favor.
Aurora vinha me ignorando há dias, parecia ter feito disso seu novo passatempo favorito, mas ao contrário do que ela imaginava, eu não iria desistir tão fácil.
Nada.
Joguei o celular de lado.
Claro que Aurora não respondia, o príncipe encantado dela devia estar fazendo a cabeça dela só para me ignorar, levantei e tomei um banho rápido, troquei de roupa e saí.
Tinha um plano.
Fui direto à loja de móveis onde sabia que o Gabriel trabalhava, eu precisava de móveis, mas isso verdadeiro motivo era deixar bem claro, que o filho que a Aurora carregava era meu, não dele, ele precisava entender de uma vez por todas que essa historinha de herói salvador tinha acabado, eu estava ali para tomar o meu lugar de volta.
A atendente veio logo em minha direção, sorridente demais.
— Boa tarde! Posso ajudar?
— Gabriel está?
— Ah, o Gabriel... ele não trabalha mais conosco há algumas semanas.
Merda.
— Tá, então me ajuda você.— Forcei um aceno educado, me recompondo.
— Claro, no que está interessado?
— Preciso mobiliar um apartamento inteiro.
— Claro, vem comigo.
A partir dali, o resto se fluiu rápido, sofá, cama King size, mesa, cômoda, guarda-roupas, armários, tudo novo, então fomos para o setor infantil, cama de solteiro, armário rosa, escrivaninha e um berço branco, enquanto a atendente anotava tudo vi uma prateleira com kits para grávidas com hidratantes, uma manta macia, um chá para azia, e um livro idiota com um título “Coisas Que Ninguém Te Conta Sobre a Maternidade”
Era perfeito.
— Isso também.
— Presente? — Perguntou, simpática de novo.
— Sim.
No caixa assinei os papéis, combinei a entrega, peguei o kit embrulhado em um lindo papel de presente, saí da loja quase satisfeito, fui carro abri a porta e deixei o presente no banco do passageiro com cuidado.
Então, agora eu ia até ela.
Desta vez, eu não precisei brigar com o porteiro para ver ela.
Bati uma, duas, três vezes.
Nada.
Levantei a mão para bater de novo, mais firme quando a maçaneta girou com violência e a porta se abriu.
— Que parte de não quero te ver, você ainda não entendeu?
Aurora apareceu brava,
linda, com o cabelo preso, um moletom que mal cobria sua barriga e uma calça de pijama de florzinha, mas sua pele estava pálida demais, havia algumas olheiras em seus olhos como se não houvesse dormido há dias ou tivesse chorado tanto até cansar.
O que aconteceu com ela?
— Trouxe uma coisa para você. — Tentei sorrir, levantando a sacola na mão.
— Como você conseguiu subir?
Agora eu moro aqui.
— Eu disse que era rápido, então o porteiro me deixou entrar. — Menti.
— Eu não quero, vá embora.— Ela bufou.
— Aurora, você não acha que já me castigou o suficiente? Eu só quero ver o meu filho.
— Não.
Antes que eu pudesse protestar, ela cambaleou um pouco, sua mão foi para a barriga.
— Aurora?
— Ai... caralho... — Ela levou a outra mão à parede. — Tá doendo.
— Onde está doendo? — Dei um passo, mas ela recuou.
— Não... Não pode ser agora, é muito cedo. — Ela me ignorou completamente.
— Aurora! — Falei mais firme. — Me diz, eu estou aqui.
— Acho... Acho que eu vou ter o bebe.
— É muito cedo.
— Eu sei Harry!
— Calma, vai dar tudo certo.
— Nada vai dar certo, não é a hora.
— Eu sei, respira, eu já fiz isso antes e sei que tudo vai ficar bem.
— Eu estou com dor Harry, de verdade, eu... — Ela se contorceu mais uma vez. — Eu nunca passei por isso, entendeu? Eu não tenho ninguém agora!
— Você tem a mim.
— Eu não queria você aqui, eu queria o Gabriel, era ele que tinha tudo planejado, ele que deixou as coisas organizadas, ele que... — Outro espasmo veio fazendo seu corpo inteiro encolher.
— Aurora. — Me aproximei. — Eu sei que não sou o Gabriel, mas nós precisamos ir, tá? Me diz onde estão as coisas?
— Eu não sei... — Ela começou a chorar. — Mas acho que vi uma mala de maternidade no meu closet, na parte de cima, sei que ele andou mexendo por lá.
Corri rápido para o quarto dela tentando ignorar a raiva de saber que Gabriel sabia praticamente tudo sobre meu filho e eu não, voltei com a bolsa nos ombros e ela ainda estava lá encolhida.
— Vamos?
— Eu... eu não consigo andar.
— Então não anda.
Sem esperar, abaixei e a ergui nos braços, ela se debateu.
— Me solta! Você não tem o direito de...— Batia de leve no meu ombro. — De agir assim.
— Tenho o dever, cala a boca e vamos. — Disse ríspido, segurando a firme em meu peito.
Ela se calou, contra sua vontade, e se ajeitou em mim, no elevador o espelho refletia uma imagem tão estranha, ela em meus braços, suando e assustada, eu tentava parecer firme, mas meu coração estava acelerado. No estacionamento, abri a porta do carro com o joelho, ajeitando-a no banco com cuidado.
— Você vai ficar bem, eu juro.
Ela não respondeu, parecia que ela preferia estar em qualquer lugar menos nos meus braços, fingi que eu não me importei porque ela precisava de mim. Eu nunca fui de correr tanto com o carro, mas toda vez que Aurora gemia de dor eu acelerava.
— Já... Já tudo vai ficar bem, estamos quase chegando.
Eu só queria que ela sentisse alguma segurança, mesmo que fosse mentira.
Estacionei de qualquer jeito e a tirei do carro, entrei carregando-a no colo.
— Grávida de sete meses, fortes contrações, começou há uns quinze minutos — Anunciei rápido, direto pra recepcionista que já puxava a ficha. — O médico dela é o Dr. Payne.
A mulher assentiu, chamou uma enfermeira que logo veio com uma cadeira de rodas.
— Não... me deixa aqui, não. — Aurora agarrou meu braço.
— Eu não vou.
Levei ela no colo e não larguei, a moça do balcão pediu o nome, plano de saúde, data de nascimento, fui respondendo com Aurora encostada em meu peito, eu sentia o coração dela batendo rápido demais, igual ao meu.
— O obstetra de plantão vai examinar agora, então vamos levá-la pra um quarto, ok?
Me indicaram uma porta, entrei com ela, a coloquei na maca, a ajudei a deitar, puxei o lençol, ajeitei a cabeceira, fiz tudo com cuidado, mas a dor veio novamente, segurei sua mão, encostei minha testa na dela.
— Respira comigo Aurora, vai passar, eu estou aqui.
— Cala a boca, Harry...
Eu sabia que ela queria me odiar, mas naquele momento ela precisava de alguém.
As enfermeiras vieram prenderam sensores na barriga, o som do coração do bebê preencheu a sala, então um médico entrou logo em seguida.
— Eu sou o doutor Rafael e vou fazer alguns exames, tá bom? Preciso que você respire fundo.
Fiquei ali travado vendo eles mexerem nela, falando com ela como se eu nem estivesse no quarto, vinte minutos se arrastaram, eles cochichavam entre si, falavam termos que eu não entendia e eu ali com o coração disparado, parecia que a qualquer momento alguém ia virar pra mim e dizer que algo tinha dado errado, eu só conseguia pensar no nosso filho, era cedo demais, ninguém olhou pra mim até que aquele médico finalmente lembrou que eu existia e me chamou.
— Pai, ela vai ficar bem. — Soltei um suspiro alíviado. — Ela tá com contrações irregulares e seu útero irritado provavelmente causado por estresse, ela precisa descansar, mas não é trabalho de parto, ela vai ficar em observação por algumas horas.
Ela ia ficar bem.
Meu bebê ia ficar bem.
— E o doutor Payne? — Ela perguntou com os olhos marejados.
— Ele passa aqui mais tarde para vê-la ok?Agora descanse.
— Ta bom.
...
Eu devia estar aliviado por vê-la respirando com calma, o peito subindo e descendo num ritmo sereno, mas meu corpo não reagia como devia, cada músculo parecia tenso, o quarto estava quieto, exceto pelo bip do monitor cardíaco, as luzes fluorescentes faziam a pele dela parecer ainda mais pálida, eu estava ali sentado ao lado da cama, não sai nem por um momento.
Então a porta rangeu, suave, quase imperceptível, não dei atenção de imediato, até que senti a mão de Aurora agarrar a minha com uma força inesperada, seus dedos tremiam contra os meus.
— Ei... — Inclinei o corpo, tentando encontrar seus olhos. — O que foi, Aurora?
Os olhos dela se arregalaram, ela encarava algo atrás de mim como se estivesse congelada, meu corpo respondeu antes da minha mente, virei devagar, como se já soubesse que não ia gostar do que veria.
E eu não gostei.
Era a porra do Bryan bem ali no corredor, conversando com uma enfermeira, um sorrisinho no canto da boca, ele nos notou rápido demais.
Ela estava com medo dele?
— Sabia que era você. — disse ele, com uma tranquilidade que me embrulhou o estômago. — Vi seu nome no sistema, me perguntava onde estava. Está tudo bem, raposinha?
Raposinha?
Que porra é essa?
Aurora empalideceu ainda mais, se é que era possível, a mão dela apertou a minha com desespero, me levantei rapidamente, ficando entre ela e ele, eu não sabia o que ele tinha feito, mas não precisava saber para entender que ela não queria vê-lo.
E isso bastava.
— O que você está fazendo aqui? — perguntei, sem desviar o olhar dele, mantive a mão dela escondida atrás de mim.
— Eu que devia perguntar, o que você está fazendo aqui, com ele, raposinha? — Bryan franziu a testa, olhando de mim para ela.
O apelido de novo.
Porra! Isso já estava me irritando.
— Isso não te diz respeito. — Praguejei antes que ela tivesse que responder.
Não ia deixar ele se aproximar.
Não ia deixar ele abrir a boca.
Se dependesse de mim, ele não ia nem respirar perto dela.
— Eu acho que ela pode falar por ela mesma, não? Que foi? — ele perguntou, com a voz fingindo surpresa. — Tá tudo bem, Raposinha? Está me tratando como estranho agora?
Aurora continuava muda, os olhos fixos nele, como se estivesse diante de um fantasma.
— Vai embora, Bryan. — Falei entre os dentes, até a voz dele me enojava.
— Espera...— A sobrancelha arqueou devagar, expressão dele tomando um ar de satisfação.— Uau... — Seus olhos passaram de Aurora para mim, com aquele brilho de sarcasmo nojento.— Então é você… o pai do bebê? — Ele riu, como se tivesse acabado de ouvir uma piada. — Mas é claro que é, afinal, por que outra razão você estaria aqui com ela, hein?
— Você não tem outros pacientes para ver? — rosnei.
Ele deu de ombros, ainda com os olhos em Aurora, eu queria esmagar aquele olhar.
— Eles podem esperar um pouco. — falou, casual. — Interessante, não sabia que vocês se conheciam. — Cruzou os braços, o jaleco repuxando nos ombros. — Ele? Sério? Podia ter conseguido alguém melhor para ser o pai do seu bebê.
Filho da puta.
— Vai embora, Bryan antes que eu perca minha paciência e olha, só falta um passo seu para minha mão parar na sua cara.
— Que fofo, você é todo protetor com ela. — Ele fez uma careta. — Mas você sabe bem o que aconteceu com a última coisa que tentou proteger, não é?
— Sai logo daqui, porra! — As cabeças no corredor viraram, mas eu não me importava.
Bryan levantou as mãos como quem se rendeu.
— Tá bem, Tá bem... Eu adoraria ficar e saber como Harry traiu sua doce esposa e engravidou você, Aurora, mas eu preciso ir. — Bryan ajeitou o jaleco com calma. — Até mais, Raposinha, a gente ainda vai conversar, em. — Deu uma piscadinha, depois deu as costas como se nada tivesse acontecido.
O que houve entre eles para ela reagir assim?
Quando eu descobrisse o que esse desgraçado fez...
Se ele achava que ia chegar perto dela de novo, é porque não fazia ideia do que eu era capaz.
Juro por tudo que tenho...
Se ele tentar...
Eu mato ele.
...
A porta do apartamento se fechou empurrada pelo meu quadril, eu segurava Aurora com firmeza pela cintura, ela se apoiava em mim com um braço trêmulo no meu ombro, cada passo era hesitante, a conduzi até a cama com o máximo de cuidado, eu a deitei devagar, primeiro as costas, depois os ombros, por fim segurei sua cabeça e encaixei o travesseiro, ela não me olhou nenhuma vez.
— Você pode ir, Harry — Murmurou, sem nem me olhar.
— Vai comer alguma coisa?— Insisti, parando à porta do quarto. — Você precisa.
— Harry, você já fez sua boa ação da noite, pode ir — Ela bufou, virando o rosto para o lado oposto.
Eu não posso ir e deixar você assim.
Eu não posso ficar sem saber o que aconteceu.
Eu não posso ir depois do que aconteceu.
— Só quero ter certeza de que você está bem, não foi só um susto qualquer.
— Eu não sou sua esposa, então não precisa agir como se eu fosse importante para você.
— Você é importante para mim. — Afirmei mais alto. — Vocês dois são, quando você vai realmente entender que eu não vou me afastar?
— Por que está fazendo isso? — Aurora franziu o cenho, encarando o teto.
— Isso o quê?
— Fingindo que é um bom homem. — Ela virou o rosto devagar, os olhos marejados. — Fingindo ser aquele Harry que conheci.
— Eu não estou fingindo. — Eu vacilei por um instante. — Eu realmente me importo.— Segurei qualquer lágrima que queria derramar. — Eu estou tentando de verdade ser melhor.
— Tem sopa no freezer. — Ela revirou os olhos, exausta.
Não respondi, só baixei a cabeça e fui até a cozinha, enfiei a tigela no micro-ondas e me peguei mexendo a sopa com a colher sem prestar atenção, tentando não pensar no quanto aquilo me lembrava nossos momentos juntos, naquela casa que fingimos que era nossa.
— Consegue sentar um pouco? — Indaguei, já de volta ao quarto.
Ela assentiu, deixei a tigela sobre a cômoda e me aproximei apoiando travesseiros atrás das costas dela, senti o calor frágil do corpo dela contra os meus dedos, ignorei o arrepio e sentei a sua frente, antes que ela tocasse na colher fui mais rápido, levei a primeira à boca dela Aurora hesitou, os olhos arregalados por um segundo depois num gesto pequeno e relutante abriu a boca.
Quando a colher tocou seus lábios, nossos olhos se encontraram ali naquele instante mínimo, eu simplesmente esqueci de tudo.
Merda.
Será que fiquei corado?
Estava parecendo um idiota ali parado, olhando para ela como um garoto apaixonado.
Eu não posso fazer mais isso.
— Eu tentei falar com o Gabriel... — Comecei, desviando o olhar. — Mas não consegui o número no seu celular, também não saberia como ligar. — Menti descaradamente.
Eu nem tentei.
Porque no fundo não queria.
Eu não queria ele aqui.
Eu não queria ele com ela.
— Estranho ele não ligar, né? — Comentei com um sorriso de canto. — A namorada desaparece e ele nem se quer se preocupa?
— Gabriel e eu...
Só ouvir o nome dele me deixava enjoado.
— Terminaram? — perguntei antes que pudesse me conter, meus dedos se apertaram ao redor da tigela.
Por favor, diz que sim.
Por favor, diz que não aguentava mais ele.
— Estamos dando um tempo.
— Ah... — Murmurei, tentando esconder o sorriso que nascia no canto da boca. — Entendi.
— Mas isso não quer dizer que eu quero ficar sozinha com você. — Suspirou. — Isso aqui, só nós dois é diferente, da próxima vez talvez seja melhor a gente se encontrar em lugares públicos.
Meu peito apertou.
— Aurora... — Levei a mão ao cabelo, frustrado, puxando os fios para trás. — E como eu vou falar com
o bebê? Tocar nele?
— Eu não quero que você toque na minha barriga.
— Por quê?
— Harry... só... não.
Ela afastou a tigela, como se de repente estivesse enjoada da comida ou de mim.
O que aconteceu com ela?
Será que isso é por causa daquele desgraçado do Bryan?
Se aquele canalha destruiu ela também...
— Ok — Sussurrei. — Só come mais um pouco, por favor.
— Não quero. — Ela se virou de costas, se enfiando nas cobertas. — Você pode ir agora.
— Só vou ficar mais um pouco, até ter certeza que você tá bem.
— Eu estou bem.
— Não parece.
Ela me lançou um olhar cansado por sobre o ombro, antes de se virar de vez.
— Boa noite, Harry.
— Boa noite, docinho.
Fiquei sentado na ponta da cama, observando seu rosto aos poucos relaxar no sono, quando percebi que ela realmente dormia, me levantei, peguei a bandeja e saí devagar, mas no instante em que toquei a maçaneta da porta, ouvi sua voz baixa e sonolenta atrás de mim.
— Harry...
— Hm?
— Obrigado.
Sorri sozinho, já na cozinha, quando tive certeza de que ela estava em sono profundo voltei ao quarto, tirei os sapatos sem fazer barulho e deitei no chão ao lado da cama, virado pra ela, sua respiração era lenta, era ridículo, mas meu coração acelerou só por estar ali.
Me forcei a fechar os olhos.
Me forcei a não sonhar.
Horas depois acordei com um movimento suave acima de mim, ela se mexeu os olhos piscando devagar quando me viu, um suspiro cansado escapou de seus lábios.
— Você ainda tá aqui...
— Eu disse que ia ficar até ter certeza de que você tava bem.
Mesmo com a luz fraca do abajur, vi seus olhos me encarando com uma expressão que não consegui decifrar.
— Se quiser... pode dormir no sofá. — Sussurrou baixinho, mas alto o suficiente para ve fazer sorrir.
— Tá bom — respondi baixo, me levantando.
— Mas isso não muda nada.
— Eu sei.
Fui até a sala e me joguei no sofá, cobri os olhos com o antebraço e soltei um sorriso idiota.
Ela me deixou ficar.
Ela não me mandou embora.
E por mais errado que fosse...
Por mais que eu soubesse que aquilo não ia durar...
Eu só queria aproveitar aquele momento bom só mais um pouquinho.
Obrigado por ler até aqui 💗 O feedback através de um comentário é muito apreciado!
Esta ansiosa (o) para o próximo?
#one direction#senhora styles#1d imagines#imagineshot onedirection#imagines one direction#harry#harry styles#imagine harry styles#ask yes sir#yes sir#yesdaddy#teacher x student#harry styles fanfiction#hazza styles#daddy harry styles#student#harry styles x reader#style#styles#harry styles smut#harry styles soft#harry styles daddy kink#harry styles series#harry styles imagines#harry styles imagine#harry styles fluff#harry styles fic#harry styles fanfic#harry styles girlfriend#harry styles and reader
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Amooooor um parecido com Forget about us da perrie.
Ele participa de uns podcast e ela está noiva de outra pessoa e no meio de um deles ele chora e fala que ele está feliz e deseja o melhor pra ela, mas que sempre achou que ele seria O esposo dela (ele que terminou com ela)
NotaAutora: Achei esse pedido bem gostosinho de fazer e também divertido, talvez não tenha saído totalmente igual, mas espero que goste da maneira que eu fiz.

Inspirado na música: Forget about Us
— Tá confortável aí, popstar?— Jamie perguntou, enquanto eu me ajeitava no estúdio dele, sentindo o couro da poltrona grudar na minha pele.
— Já estive em lugares piores.
Já tinha me enfiado em camarins minúsculos, aviões lotados e até num banheiro de festa VIP, mas algo me dizia que hoje seria pior que todos eles.
— Lembrando que esse episódio é patrocinado por más decisões e muita tequila. — Ele levantou o copo com um sorriso.— Você já está avisado que revelações inapropriadas podem surgir.
Jamie era meu amigo há anos, tinha começado como comediante de stand-up, era daqueles caras que conseguia fazer piada até de tragédia, depois virou criador de conteúdo e agora tinha um dos podcasts mais populares da internet e eu como idiota tinha aceitado o convite.
— Se minha mãe ouvir isso, a culpa é sua. — Eu já sabia que ela ouviria.
— Ela vai adorar saber que o filho dela não é nada sensato em aceitar responder perguntas ao vivo.
A primeira meia hora até que foi tranquila, falamos da turnê, das roupas ridículas que já usei e claro das coisas bizarras que os fãs já gritaram durante os shows.
— Teve alguma coisa absurda que te marcou?
— Não foi alguém gritando, foi um cartaz. — Eu já sentia a tequila começando a queimar minha sanidade.
— O que dizia?
— "Eu penso em você quando transo com meu namorado."
— Juro! — Eu balancei a cabeça, rindo só de lembrar da cena. — Foi na Austrália, parei no meio da música e olhei pra garota e só consegui fazer isso.— Fiz uma expressão de choque exagerada.
— MENTIRA!
— E o que você respondeu?
— Falei pra ela torcer pro namorado nunca ver aquele cartaz.
— É o tipo de coisa que nunca aconteceria comigo. — Ele riu me dando um tapinha. — Mas vamos para meu jogo favorito "Bebe ou Fala"? — Jamie anunciou, segurando um maço de cartões.— Regras simples: se não quiser responder bebe, se mentir bebe duas vezes.
— Perfeito, nada pode dar errado. — Eu sabia que tudo ia dar errado.
— Primeira pergunta. — Deu um pequeno risinho antes de falar. — Você já stalkeou uma ex nas redes sociais? Quem?
— Não posso responder isso. — O primeiro shot queimou na garganta.
— Qual foi a DM mais inusitada que você já recebeu de um fã?
— Você quer mesmo que eu responda isso?
— Ou bebe. — Mais um shot desapareceu eu já começava a sentir a sala girar levemente. — Já escreveu uma música só pra provocar alguém?
— Sim.
— Quem?
— Ah, não! A pergunta era se, não quem.
— Covarde— Jamie estreitou os olhos, pegando outro cartão. — Você já se arrependeu de ter namorado alguém famoso?
— Me dá esse shot logo. — Eu olhei fixamente pra ele tomando mais um.
— Tá, vamos amenizar. — ele disse, vendo que eu estava quase no limite. — Se tivesse que fazer um feat com uma ex, qual seria?
— Taylor. — Respondi sem pensar.
— Ela te deixaria no chinelo, musicalmente.
— Eu sei, mas eu aguento.
— Adorei a resposta. — Jamie riu, satisfeito. — Agora uma mais esquisita, qual foi o lugar mais aleatório que você já, bom você sabe...
— Transei?
— Isso.
— Cara, minha mãe definitivamente não pode ouvir isso. — Soltei uma gargalhada, cobrindo o rosto.
— Tarde demais — ele cantarolou.
— Tá bom. — Respirei fundo. — Provador de uma loja em Milão.
— O que?!
— Tô falando sério.
— Isso nem é sexy, é só apertado!
— Ainda tenho pesadelos com o segurança batendo na porta. — O estúdio explodiu em risos.
— Última pergunta pode ser um pouco pesada.— Jamie avisou, com voz mais séria. — Você já se arrependeu de ter deixado alguém que amava?
— Jamie. — Olhei para ele franzino o nariz.
Ele sabia... Sabia que sim...
— Se não quiser responder é só beber.
— Já. — Eu podia sentir todos me olhando.
— Foi S/n? — Ele me viu arregalar os olhos. — Eu falei que ia pegar pesado hoje.
— Realmente não estava brincando. — Minhas mãos começaram a suar. — Não vou responder.
Sempre será ela...
Eu conheci S/n num momento em que eu nem sabia se queria alguém e acho que foi isso que arruinou tudo, a gente se apaixonou rápido, era tão intenso, ela me fez acreditar num futuro, em casamento e ter uma vida juntos, mas ao mesmo tempo o medo de eu não ser o cara certo pra ela começou a me consumir e no fim fui eu quem disse adeus achando que estava protegendo nós dois, mas a verdade era que ela nunca saiu de mim e eu só queria que ela nunca esquecesse, porque eu não conseguia esquecer e odiava pensar que ela um dia conseguiu, porque esquecer a gente seria esquecer o melhor de mim.
— Tá bom, vamos mudar de assunto. — Jamie jogou os cartões no sofá. — Eu tava ouvindo o novo álbum da S/n.
— Porra, Jaime. — A palavra saiu antes que eu pudesse parar. — Desculpa, mãe.
— É que ele realmente está muito bom, as letras... — Ele continuou, fingindo inocência.— Esse álbum vai ganhar um Grammy fácil.
— Bem, tomara, ela merece.
— Você não ouviu ainda?
— Não consigo.
— Sério?
— É só... não sei.— Respirei fundo. — Não tô pronto.
— Bem, a faixa três claramente foi escrita pra você, realmente deveria ouvir.
— Não sei. — Ri, meio sem graça. — Ela sempre escreveu o que sentia, não sei se é sobre mim, talvez seja, talvez não.
— Achei que vocês tinham terminado bem.
— Nós... Acho que sim, sim, a gente terminou bem.
— Ouvi dizer que ela ficou noiva.
— Fico feliz por ela.
— Não me convenceu muito.
— Eu tô feliz por ela, de verdade. — Dei um riso fraco.— É só que... — As palavras ficaram presas. — Eu sempre achei que ia ser eu, sabe? — Uma lágrima estúpida resolveu cair, limpei rapidamente. — Sabe, o cara no altar com ela, quem ela ia dizer, desde que a conheci, eu sentia isso, acreditava nisso.
— Poxa cara... E o que aconteceu? Por que terminaram.
— Eu achei que tava fazendo a coisa certa em terminar, que não era o momento, que ia ser melhor se a gente se afastasse.
— Cara, todo mundo achava que vocês iam casar. — Jamie, deu uma batida amigável no meu joelho.
— Eu também. — Sussurrei, limpando mais uma lágrima que insistiu em sair. — Mas a gente seguiu em frente, ela tá bem, eu também estou, então é isso.
— E você ainda sente falta?
— É difícil dizer que não, mas já faz um tempo e eu vendo ela agora, sei que foi melhor assim, pra ela, pra nós dois.
— Você quer que ela ouça esse episódio?
— Com certeza não. — Eu respirei fundo. — Mas se ela ouvir, quero que saiba que eu tô genuinamente feliz e orgulhoso por ela, que ela merece tudo o que tá vivendo e mesmo que por um tempo eu tenha imaginado que seria eu no altar esperando por ela, tá tudo bem que não foi, mas que ela só não se esqueça do que a gente viveu. — Minha mão passou rápido pelo rosto, apagando o rastro de choro.
— Não sei se devo te abraçar ou rir ou te entregar mais um shot.
— Mais um. — Tomei meu último shot.
— Isso aqui vai virar o maior vídeo de arrependimento da história. — Riu mais uma vez. — Cara, vai direto pro TikTok.
— Eu nunca mais bebo e venho aqui, nunca mais. — Joguei uma almofada nele. — Eu te odeio, Jaime.
— Então é isso galera, este homem bebeu, entregou tudo e até chorou. — Ele ria olhando para camera. —É por isso que eu amo esse jogo! Dá um replay nesse momento antes que o time jurídico mande apagar tudo. — Joguei uma segunda almofada nele. — Eu tenho uma leve chance de perder a amizade dele quando estiver sóbrio, mas valeu a pena.
Muito obrigado por ler até aqui, se gostou fav e deixe seu comentário 💗 Eles são muito importantes pra mim.
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Amooooor um parecido com Forget about us da perrie.
Ele participa de uns podcast e ela está noiva de outra pessoa e no meio de um deles ele chora e fala que ele está feliz e deseja o melhor pra ela, mas que sempre achou que ele seria O esposo dela (ele que terminou com ela)
NotaAutora: Achei esse pedido bem gostosinho de fazer e também divertido, talvez não tenha saído totalmente igual, mas espero que goste da maneira que eu fiz.

Inspirado na música: Forget about Us
— Tá confortável aí, popstar?— Jamie perguntou, enquanto eu me ajeitava no estúdio dele, sentindo o couro da poltrona grudar na minha pele.
— Já estive em lugares piores.
Já tinha me enfiado em camarins minúsculos, aviões lotados e até num banheiro de festa VIP, mas algo me dizia que hoje seria pior que todos eles.
— Lembrando que esse episódio é patrocinado por más decisões e muita tequila. — Ele levantou o copo com um sorriso.— Você já está avisado que revelações inapropriadas podem surgir.
Jamie era meu amigo há anos, tinha começado como comediante de stand-up, era daqueles caras que conseguia fazer piada até de tragédia, depois virou criador de conteúdo e agora tinha um dos podcasts mais populares da internet e eu como idiota tinha aceitado o convite.
— Se minha mãe ouvir isso, a culpa é sua. — Eu já sabia que ela ouviria.
— Ela vai adorar saber que o filho dela não é nada sensato em aceitar responder perguntas ao vivo.
A primeira meia hora até que foi tranquila, falamos da turnê, das roupas ridículas que já usei e claro das coisas bizarras que os fãs já gritaram durante os shows.
— Teve alguma coisa absurda que te marcou?
— Não foi alguém gritando, foi um cartaz. — Eu já sentia a tequila começando a queimar minha sanidade.
— O que dizia?
— "Eu penso em você quando transo com meu namorado."
— Juro! — Eu balancei a cabeça, rindo só de lembrar da cena. — Foi na Austrália, parei no meio da música e olhei pra garota e só consegui fazer isso.— Fiz uma expressão de choque exagerada.
— MENTIRA!
— E o que você respondeu?
— Falei pra ela torcer pro namorado nunca ver aquele cartaz.
— É o tipo de coisa que nunca aconteceria comigo. — Ele riu me dando um tapinha. — Mas vamos para meu jogo favorito "Bebe ou Fala"? — Jamie anunciou, segurando um maço de cartões.— Regras simples: se não quiser responder bebe, se mentir bebe duas vezes.
— Perfeito, nada pode dar errado. — Eu sabia que tudo ia dar errado.
— Primeira pergunta. — Deu um pequeno risinho antes de falar. — Você já stalkeou uma ex nas redes sociais? Quem?
— Não posso responder isso. — O primeiro shot queimou na garganta.
— Qual foi a DM mais inusitada que você já recebeu de um fã?
— Você quer mesmo que eu responda isso?
— Ou bebe. — Mais um shot desapareceu eu já começava a sentir a sala girar levemente. — Já escreveu uma música só pra provocar alguém?
— Sim.
— Quem?
— Ah, não! A pergunta era se, não quem.
— Covarde— Jamie estreitou os olhos, pegando outro cartão. — Você já se arrependeu de ter namorado alguém famoso?
— Me dá esse shot logo. — Eu olhei fixamente pra ele tomando mais um.
— Tá, vamos amenizar. — ele disse, vendo que eu estava quase no limite. — Se tivesse que fazer um feat com uma ex, qual seria?
— Taylor. — Respondi sem pensar.
— Ela te deixaria no chinelo, musicalmente.
— Eu sei, mas eu aguento.
— Adorei a resposta. — Jamie riu, satisfeito. — Agora uma mais esquisita, qual foi o lugar mais aleatório que você já, bom você sabe...
— Transei?
— Isso.
— Cara, minha mãe definitivamente não pode ouvir isso. — Soltei uma gargalhada, cobrindo o rosto.
— Tarde demais — ele cantarolou.
— Tá bom. — Respirei fundo. — Provador de uma loja em Milão.
— O que?!
— Tô falando sério.
— Isso nem é sexy, é só apertado!
— Ainda tenho pesadelos com o segurança batendo na porta. — O estúdio explodiu em risos.
— Última pergunta pode ser um pouco pesada.— Jamie avisou, com voz mais séria. — Você já se arrependeu de ter deixado alguém que amava?
— Jamie. — Olhei para ele franzino o nariz.
Ele sabia... Sabia que sim...
— Se não quiser responder é só beber.
— Já. — Eu podia sentir todos me olhando.
— Foi S/n? — Ele me viu arregalar os olhos. — Eu falei que ia pegar pesado hoje.
— Realmente não estava brincando. — Minhas mãos começaram a suar. — Não vou responder.
Sempre será ela...
Eu conheci S/n num momento em que eu nem sabia se queria alguém e acho que foi isso que arruinou tudo, a gente se apaixonou rápido, era tão intenso, ela me fez acreditar num futuro, em casamento e ter uma vida juntos, mas ao mesmo tempo o medo de eu não ser o cara certo pra ela começou a me consumir e no fim fui eu quem disse adeus achando que estava protegendo nós dois, mas a verdade era que ela nunca saiu de mim e eu só queria que ela nunca esquecesse, porque eu não conseguia esquecer e odiava pensar que ela um dia conseguiu, porque esquecer a gente seria esquecer o melhor de mim.
— Tá bom, vamos mudar de assunto. — Jamie jogou os cartões no sofá. — Eu tava ouvindo o novo álbum da S/n.
— Porra, Jaime. — A palavra saiu antes que eu pudesse parar. — Desculpa, mãe.
— É que ele realmente está muito bom, as letras... — Ele continuou, fingindo inocência.— Esse álbum vai ganhar um Grammy fácil.
— Bem, tomara, ela merece.
— Você não ouviu ainda?
— Não consigo.
— Sério?
— É só... não sei.— Respirei fundo. — Não tô pronto.
— Bem, a faixa três claramente foi escrita pra você, realmente deveria ouvir.
— Não sei. — Ri, meio sem graça. — Ela sempre escreveu o que sentia, não sei se é sobre mim, talvez seja, talvez não.
— Achei que vocês tinham terminado bem.
— Nós... Acho que sim, sim, a gente terminou bem.
— Ouvi dizer que ela ficou noiva.
— Fico feliz por ela.
— Não me convenceu muito.
— Eu tô feliz por ela, de verdade. — Dei um riso fraco.— É só que... — As palavras ficaram presas. — Eu sempre achei que ia ser eu, sabe? — Uma lágrima estúpida resolveu cair, limpei rapidamente. — Sabe, o cara no altar com ela, quem ela ia dizer, desde que a conheci, eu sentia isso, acreditava nisso.
— Poxa cara... E o que aconteceu? Por que terminaram.
— Eu achei que tava fazendo a coisa certa em terminar, que não era o momento, que ia ser melhor se a gente se afastasse.
— Cara, todo mundo achava que vocês iam casar. — Jamie, deu uma batida amigável no meu joelho.
— Eu também. — Sussurrei, limpando mais uma lágrima que insistiu em sair. — Mas a gente seguiu em frente, ela tá bem, eu também estou, então é isso.
— E você ainda sente falta?
— É difícil dizer que não, mas já faz um tempo e eu vendo ela agora, sei que foi melhor assim, pra ela, pra nós dois.
— Você quer que ela ouça esse episódio?
— Com certeza não. — Eu respirei fundo. — Mas se ela ouvir, quero que saiba que eu tô genuinamente feliz e orgulhoso por ela, que ela merece tudo o que tá vivendo e mesmo que por um tempo eu tenha imaginado que seria eu no altar esperando por ela, tá tudo bem que não foi, mas que ela só não se esqueça do que a gente viveu. — Minha mão passou rápido pelo rosto, apagando o rastro de choro.
— Não sei se devo te abraçar ou rir ou te entregar mais um shot.
— Mais um. — Tomei meu último shot.
— Isso aqui vai virar o maior vídeo de arrependimento da história. — Riu mais uma vez. — Cara, vai direto pro TikTok.
— Eu nunca mais bebo e venho aqui, nunca mais. — Joguei uma almofada nele. — Eu te odeio, Jaime.
— Então é isso galera, este homem bebeu, entregou tudo e até chorou. — Ele ria olhando para camera. —É por isso que eu amo esse jogo! Dá um replay nesse momento antes que o time jurídico mande apagar tudo. — Joguei uma segunda almofada nele. — Eu tenho uma leve chance de perder a amizade dele quando estiver sóbrio, mas valeu a pena.
Muito obrigado por ler até aqui, se gostou fav e deixe seu comentário 💗 Eles são muito importantes pra mim.
#styles#one direction#senhora styles#1d imagines#imagineshot onedirection#imagines one direction#harry styles#imagine harry styles#harry#harry styles series#harry styles imagines#harry styles imagine#harry styles one shot#harry styles dirty fanfiction#harry styles fluff#harry styles writing
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Oi bebês!! Tavam com Saudades de mim?!!! De atualização aqui????
Mas voltei!!!
E vou atualizar a Fanfic!!!
Vou postar também imagine novo!!
Amanhã tem imagine novo por aqui!
Sábado capítulo novo!
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✨MASTERLIST 2025✨

* indica conteúdo adulto (18+)
Masterlist Anos Anteriores
Masterlist Concept (2)
Masterlist Concept (1)
Fake chat com Harry
FANFICS
CRONOGRAMA
IMAGINES✨
It's a casual ?
Inspirado na música: Casual — Doja cat
Some Things Break
Inspirado na música: From In Dining Table — Harry Styles
Bitter Sweet
Inspirado na música: sweet - cigarrettes after sex
Tudo que Você Precisa
Depois de um dia infernal de trabalho, Harry só queria descansar e sua esposa sabia exatamente como cuidar dele.
Smut boyfriend! Harry vibes...🧡🥵
Em breve...
Soft Boyfriend! Harry vibes...✨🥹
Especial Aniversário de Harry
Especial foto nova do Harry
SÉRIES ✨
90 dias em turnê...
Uma cantora em ascensão embarca na maior oportunidade de sua vida, abrir os shows da nova turnê de Harry Styles. Três meses intensos, entre palcos e bastidores, prometem ser inesquecíveis, mas também carregam surpresas que podem mudar tudo.
Parte 1 Parte 2
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tem twitter??? se sim, qual o @??
Oi meu amor, exclui o meu faz uns meses. Sorry 😕
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achei que ia ter imagine com nosso namorado hoje 🥺🥺🥺❤️🩹
AI AMIGA 🥺🥺🥺Não teve né??!! Mas tenho um imagine pronto que quero postar esse final de semana.
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Soft Boyfriend! Harry vibes...✨🥹
NotaAutora: Vi essa foto e não resisti a escrever algo clichê com isso 😍❤️

A escova de dentes ainda balançava na boca dele quando entrou no banheiro, seus olhos inchadinhos de sono e a camiseta larga combinando com sua, aquele azul desbotado, macio de tanto uso, bem a sua com certeza estava bem mais conservada que a dele, Harry estava com o cabelo bagunçado, seu novo corte de cabelo deixava os cachos apontando em direções diferentes e mesmo assim parecia o homem mais bonito que eu já tinha visto na vida.
— Por que você está me encarando? — Murmurou ele, com boca cheia de espuma.
— Porque você é fofo escovando os dentes — Falou, encostando no batente da porta com o celular na mão.
A câmera refletia seus corpos no espelho e não resistiu em registrar aquele momento, apertou aquele botão quase num reflexo, ele arqueou uma sobrancelha dando uma risadinha baixa sem interromper os movimentos, saindo na foto com a escova ainda na boca.
Fofo.
— A gente está combinando. — Se aproximou devagar, encostando o nariz no ombro dele. — Só que não sei como você simplesmente deixou ela tão desbotada. — Passou os dedos pela barra de sua camiseta.
— É porque ela é a minha preferida. — Harry lhe puxou pela cintura, ainda com os dedos molhados. — Me dá um beijo. — Pediu baixinho.
O toque fez um arrepio subir por suas costas, um pequeno sorriso surgiu quando sentiu o peito dele encostar no seu.
— Com pasta de dente? Que romântico! — Debochou inclinando o rosto, o cheiro de menta se misturou ao cheiro quente da pele dele.
Ele encostou a testa na sua, seus narizes se tocaram, seus olhos pararam nos cílios dele sentindo aquele calor familiar invadir seu estômago, antes de fechar os olhos e ter os lábios dele nos seus.
O beijo tinha aquele calor bom, o tipo que vai tomando conta aos poucos, seus dedos se emaranhavam nos cachos dele, você só queria ficar ali.
Quando ele se afastou, ainda com os olhos fechados, sussurrou um "eu te amo" contra a sua boca.
E ali, com o pijama combinando e a escova de dente esquecida na pia, ficou fácil acreditar que o amor era mesmo feito desses momentos pequenos.
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Soft Boyfriend! Harry vibes...✨🥹
NotaAutora: Vi essa foto e não resisti a escrever algo clichê com isso 😍❤️

A escova de dentes ainda balançava na boca dele quando entrou no banheiro, seus olhos inchadinhos de sono e a camiseta larga combinando com sua, aquele azul desbotado, macio de tanto uso, bem a sua com certeza estava bem mais conservada que a dele, Harry estava com o cabelo bagunçado, seu novo corte de cabelo deixava os cachos apontando em direções diferentes e mesmo assim parecia o homem mais bonito que eu já tinha visto na vida.
— Por que você está me encarando? — Murmurou ele, com boca cheia de espuma.
— Porque você é fofo escovando os dentes — Falou, encostando no batente da porta com o celular na mão.
A câmera refletia seus corpos no espelho e não resistiu em registrar aquele momento, apertou aquele botão quase num reflexo, ele arqueou uma sobrancelha dando uma risadinha baixa sem interromper os movimentos, saindo na foto com a escova ainda na boca.
Fofo.
— A gente está combinando. — Se aproximou devagar, encostando o nariz no ombro dele. — Só que não sei como você simplesmente deixou ela tão desbotada. — Passou os dedos pela barra de sua camiseta.
— É porque ela é a minha preferida. — Harry lhe puxou pela cintura, ainda com os dedos molhados. — Me dá um beijo. — Pediu baixinho.
O toque fez um arrepio subir por suas costas, um pequeno sorriso surgiu quando sentiu o peito dele encostar no seu.
— Com pasta de dente? Que romântico! — Debochou inclinando o rosto, o cheiro de menta se misturou ao cheiro quente da pele dele.
Ele encostou a testa na sua, seus narizes se tocaram, seus olhos pararam nos cílios dele sentindo aquele calor familiar invadir seu estômago, antes de fechar os olhos e ter os lábios dele nos seus.
O beijo tinha aquele calor bom, o tipo que vai tomando conta aos poucos, seus dedos se emaranhavam nos cachos dele, você só queria ficar ali.
Quando ele se afastou, ainda com os olhos fechados, sussurrou um "eu te amo" contra a sua boca.
E ali, com o pijama combinando e a escova de dente esquecida na pia, ficou fácil acreditar que o amor era mesmo feito desses momentos pequenos.
#styles#one direction#senhora styles#1d imagines#imagineshot onedirection#imagines one direction#harry styles#imagine harry styles#harry styles concept#harry styles dirty fanfiction#harry styles comfort#harry styles fluff#harry styles fic#harry styles fanfic#harry styles fanfiction#harry styles dirty imagine#harry styles drabble#daddy harry styles#harry styles imagines#harry styles imagine#harry styles girlfriend#Styles domestic
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cahhhhhh! cadê você mulher???? tá tudo bem???
AMIGAAAA!!!
Aiii tô sem tempo de postar aqui 😫😫😫
Mas tenho dois capítulos pronto de YES SIR
Um imagine tbm
E um pela metade
Mas tudo precisa revisar e editar 😶🌫️
Quero ver se posto nesse fim de semana aqui!!!
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eu amoooo meu suggar daddy! kkkkkk
querooooo 😼
Já comecei a escrever 🙂☺️💗
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feliz dia das mães pra nósssss cah! ☺️❤️
Obg meu amor ❤️ pra vc tbm 💘💘
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Gente tô pensando em continuar little secret, alguém aqui gosta desse casal?!
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Yes Sir! Capítulo 46
Personagens: Professor! Harry x Estudante!Aurora. (Aurora tem 24 anos e Harry tem 35)
Aviso: O ponto de vista de Aurora e Harry.
NotaAutora: Aproveitem o capítulo e não se esqueçam de comentar💗
Harry
— De novo por aqui, senhor Styles? — O porteiro me viu assim que entrei. — A senhorita O'Connor deixou um aviso bem claro para que você nunca suba sem ser convidado.
— Na verdade, eu não vim ver ela. — Balancei a cabeça com um sorriso torto. — Tenho uma visita marcada com um corretor, para ver apartamento à venda, 504.
— Pode subir, o corretor já está esperando lá em cima. — Ele assentiu, após consultar a planilha digital na tela.
— Obrigado.
O elevador chegou rápido, apertei o botão do quinto andar e me encostei na parede, eu não deveria estar fazendo aquilo.
Mas estava.
O corretor estava no corredor me esperando na porta, com sorriso no rosto e uma pasta em suas mãos.
— Senhor Styles, boa tarde, o apartamento está pronto para visitação, por aqui.
— Olá, ok.
Entramos, o apartamento era claro, arejado, moderno, a sala era grande com janelas enormes de vidro iam do chão ao teto, revelando uma vista ampla da cidade, o piso era madeira clara, a cozinha americana tinha uma ilha com mármore italiano e iluminação embutida, os armários eram de um cinza-fosco elegante.
— Apartamentos nessa linha raramente ficam disponíveis, especialmente com essa vista e localização, dois quartos, duas vagas, armários embutidos em ótimo estado e infraestrutura moderna.
Fiz que sim com a cabeça, mas meus olhos estavam na varanda, com vista do bairro, o corretor continuou falando empolgado sobre o aquecimento no piso, a segurança 24h, vizinhos amigáveis e eu só pensava que talvez essa fosse uma péssima ideia.
Por que eu estava aqui?
— E então? — Perguntou o corretor, com os olhos curiosos. — Quer dar uma olhada nos quartos?
— Sim.
— A suíte tem espaço suficiente para cama king e ainda sobra para um armário maior. — Eu aproveitei para vasculhava o local. — E o segundo quarto é ideal para filhos ou escritório.
Era um quarto grande, com suíte, a banheira era funda, o closet espaçoso, nada mal, mas assim que parei diante da janela.
A vista.
A porra da vista.
Eu conseguia ver minha antiga casa dali.
Droga.
Essa era a pior vista que eu poderia ter agora.
— Então podemos seguir?
— Sim.
Abri a porta do segundo quarto, era amplo o suficiente para colocar duas camas de solteiro, uma cômoda compartilhada e talvez até uma escrivaninha, Isadora teria espaço para estudar ali e Aurora teria onde brincar quando estivesse comigo.
— A localização é impecável, senhor Styles, perto do metrô, academias, restaurantes, mercados orgânicos, não é exagero dizer que esse prédio é um dos mais requisitados da região — Falou com convicção assim que voltamos para a sala. — Ah, e o isolamento acústico é excelente, não se ouve nada dos outros apartamentos.
Aquilo era idiota, eu tinha opção melhor, uma que não incluía ter a vista do meu quarto onde eu pudesse ficar encarando meu fracasso, uma onde Aurora não me odiasse por estar perto dela, mas ainda assim, me odiei por querer tanto esse apartamento.
— E então? Está interessado?
Interessado?
Eu deveria estar tão interessado?
Eu estava me metendo numa confusão só porque tenho saudades demais e dignidade de menos?
— Vou ficar com ele. — Falei um pouco hesitante, como se eu já não tivesse tomado a decisão antes mesmo de subir.
— Posso começar a preparar o contrato agora mesmo, se quiser.
— Ótimo.
Aurora
Eu entrei no apartamento com o corpo inteiro tremendo, tranquei a porta mesmo sabendo que Bryan não estava atrás de mim, virei a chave duas vezes só para ter certeza, a maçaneta ainda estava na minha mão quando o enjoo subiu pela minha garganta que precisei correr até o banheiro, vomitei até o estômago doer.
Tudo doía.
Joguei a bolsa no chão e me despi sem pensar, minhas roupas ainda tinham o cheiro dele, o sofá dele, a casa dele. Abri o chuveiro no máximo, a água quente queimava, mas não era o bastante, meus dedos passavam com força pela pele dos braços, das pernas, do pescoço, uma, duas, dez vezes, esfregava com força, com raiva, com desespero, as unhas arranhando, machucando, a pele ficou vermelha, ardeu, mas ainda assim eu sentia.
Seu toque.
Seu cheiro.
Lava, Aurora.
Lava mais forte.
Lava até sumir.
Mas não sumia.
“Você me deixa tão duro.”
Minhas pernas começaram a falhar, me apoiei no azulejo quase caindo, até perceber que não conseguiria mais ficar em pé, sentei com cuidado porque a barriga pesava, eu chorava, chorava e chorava.
Fiquei ali até o chão do box encher e a água quase transbordar, mesmo assim continuei sentada, porque sair do banho significava ter que encarar o mundo lá fora e eu ainda estava suja.
Quando consegui sair, enrolei o corpo num roupão e fui até o quarto, me joguei na cama ainda pingando, peguei o celular na bancada.
9 chamadas perdidas de Gabriel.
8 mensagens não lidas.
Gabi:Amor, tá tudo bem?
Gabi: Cadê você?
Gabi: Você não veio.
Gabi: Você sumiu, estou preocupado.
Gabi: Me responde, por favor.
Gabi: Aurora, você está me deixando assustado.
Gabi: Pode atender minhas ligações?
Gabi: Você disse que precisava conversar, eu estou surtando aqui.
Eu: Aconteceu uma coisa com o carro, desculpa eu não consegui sair de casa.
Depois que enviei, não deu trinta segundos e o telefone tocou.
— Aurora? O que aconteceu? Você está bem?
Fechei os olhos, respirei fundo antes de responder, não podia chorar.
— Tá, eu só não sei o que aconteceu com o carro, acho que esqueci de abastecer.
— Você quer que eu vá aí?
— Não, Gabriel, por favor, você deve estar exausto e é tarde, amanhã a gente conversa com calma de verdade.
— Tem certeza?
— Sim.
— Tudo bem, mas se mudar de ideia me liga, eu vou correndo.
— Está bom, vá descansar.
— Te amo.
Desliguei sem conseguir dizer de volta.
Como contar?
Como dizer que deixei Bryan me encostar, me prender, me machucar.
Apertei o travesseiro contra a barriga, joguei o celular no outro canto da cama, puxei o cobertor até o pescoço e fechei os olhos, eu não queria dormir, mas meu corpo cedeu.
Harry
Faz dias que não a via Violeta pessoalmente, desde a última vez que ela me olhou como se eu fosse um erro que ela se recusa a repetir, ela atendeu uma das minhas ligações de madrugada chorando, implorando para que não continuasse com o divórcio, mas não disse nada, só ficou lá me escutando.
Agora ali estava ela, três lances de fileiras à minha frente ao lado de Anderson, onde nós estávamos prestes a lutar mais uma vez por nossa filha.
Minhas mãos suavam contra o tecido áspero da calça, aquela cadeira dura da terceira fileira parecia um inferno, eu tentava me manter calmo e esperançoso, mas estava quase impossível se quer respirar.
O som do martelo ecoou firme, calando todas as conversas na sala.
— Após o recesso solicitado para análise, daremos seguimento à audiência da guarda da menor, Aurora Styles.— O juiz ajeitou seus óculos, encarou as folhas em mãos. — O advogado do pai biológico na última audiência apresentou novos documentos que contém testemunhos de vizinhos relatando brigas constantes no ambiente doméstico da menor, além de um laudo médico comprovando episódio de embriaguez e envolvimento do atual marido da mãe da criança em atos violentos, isso mesmo senhor Hall?
— Exatamente, Meritíssimo, meu cliente trouxe provas concretas que justificam o pedido de guarda total da menor. — O juiz balançou cabeça, sinalizando para prosseguir.— Entregamos à corte imagens, relatórios de vizinhança que comprovam um ambiente instável no qual a menor tem vivido, também um laudo legítimo do hospital onde houve o ocorrido.
Canalha...
Não bastava me humilhar quando eu estava no pior momento, ainda teve a audácia de usar isso contra a gente.
Eu sei que era o culpado de tudo, eu sei, mas eles não sabiam do amor que temos por Aurora, eles não fazem ideia do que estavam tentando destruir.
— Objeção, meritíssimo. — diz o Anderson se levantando. — O Sr. Styles não é o pai biológico da menor, não deveria ser mencionado como uma evidência direta, além disso, a defesa reconhece os documentos apresentados, mas discorda de que sejam provas suficientes para justificar uma mudança drástica na vida da menor, o ambiente familiar da criança sempre foi estável e amoroso, o que está sendo colocado aqui são eventos isolados, não um padrão de negligência, não se pode tirar uma criança de seu lar por erros passageiros cometidos por terceiros, nem pela mãe que sempre manteve a guarda e os cuidados essenciais.
— Negado, o ambiente onde a criança vive é relevante, mesmo não tendo laço biológico se terceiros, como o atual marido da mãe biológica estiverem afetando negativamente para o crescimento dela deve ser analisado.— O juiz cruzou as mãos, apoiando-se na bancada. — Esta audiência está avaliando se a mãe e o ambiente são aptos para a criança neste momento, caso haja continuidade de comportamentos instáveis como estes no lar, há uma enorme chance de que a guarda definitiva venha a ser em favor do pai biológico.
Merda! Eu sabia que não podia vacilar e mesmo assim fui burro o bastante para dar o motivo perfeito para Bryan acabar comigo, eu queria me levantar e gritar que tudo era um absurdo, que eles estavam distorcendo cada pequena falha como se fossemos horríveis, mas não podia fazer nada.
— Eu entendo Meritíssimo, mas estamos falando de uma criança que cresceu com a mãe. — Anderson rebateu. — Que tem uma vida estruturada, uma casa estável, uma babá que cuida dela com amor, duas irmãs que a amam e uma escola onde ela está matriculada que é uma das melhores da cidade, ela tem acompanhamento médico e todas as condições de uma criança privilegiada para crescer com saúde e afeto. — Ele se levantou apontando diretamente para Bryan. — Este homem deseja a guarda total de uma criança com quem nunca teve contato, ele só pronunciou seu interesse pela paternidade recentemente, estamos falando de afastá-la não só da mãe, mas do lar, das irmãs, da figura paterna que ela conhece desde o nascimento e da rotina emocional à qual está adaptada, uma transição forçada nesse momento causaria muitos danos emocionais.
— Excelência, entendo o argumento da defesa. — Hall novamente rebateu com aquele tom irritantemente. — Contudo, o que os documentos mostram é que a criança está exposta a episódios de agressividade, instabilidade emocional e potencial negligência, o objetivo aqui não está na segurança dela? Nós não queremos desestabilizar ninguém, mas garantir que Aurora tenha uma infância segura e equilibrada.
Bryan era um manipulador frio e nojento, se o juiz soubesse da metade do que esse infeliz já fez, ele não estaria ali ouvindo uma palavra sequer a favor desse verme.
Eu não podia nem imaginar Aurora perto desse babaca, só de pensar nisso, um nó se formava no meu estômago, a vontade de me levantar, de gritar, socar àquele desgraçado bem ali era quase incontrolável.
— Meretissimo, pedimos portanto que então seja realizada uma avaliação psicológica da menor, para provar a verdadeira estabilidade emocional do ambiente familiar atual e da criança.
— Certo, senhor Anderson, uma avaliação será solicitada. — Juiz franziu o cenho.— Considerando o material apresentado de ambas as partes, este tribunal não pode conceder a guarda total ao pai biológico, neste momento.
Isso!
Ele não conseguiu!
Aquele idiota não vai levar a minha filha!
— Porém, a corte reconhece o direito do pai biológico de criar laços com a filha, sendo assim autorizo o período de visitas assistidas e aumento gradual de convivência com o pai biológico sob avaliação e a possibilidade de guarda total poderá ser reavaliada em três meses.
Não.
Não.
Não.
Reavaliada?!
Ainda havia possibilidade dele ter a guarda total?
— Obrigado excelência. — Hall tinha aquele sorriso vitorioso no rosto. — Diante das circunstâncias meu cliente também solicita a retratação do registro de nascimento da menor Aurora Styles, subistuindo para o nome do pai biológico, é um direito do pai requerer isso.
O quê?
Retratação do quê?
Substituir o quê, porra?!
Fui eu que assinei aquela certidão, fui eu que estive lá a cada maldita noite em claro e agora eles simplesmente querem apagar o meu nome?
O que aquele desgraçado sabe sobre o que é ser pai?
Tentei me segurar.
Tentei ficar sentado.
Tentei...
Mas e eu?!
E os meus direitos?!
E o que eu vivi com ela?!
Eu segurei na borda do banco, mas já era a raiva já havia tomado conta de mim, me levantei sem nem pensar.
— EU SOU O PAI DELA! — Gritei alto o suficiente para ter a atenção de todos ali. — Isso é um absurdo.
— O senhor, por favor, mantenha-se em silêncio, o senhor não faz parte do processo.
Ela é minha.
Ela é minha filha.
— Você é um filho da puta manipulador! — Não dei ouvidos ao que o juiz falou, eu não podia ficar calado.— Você não quer ela! Você quer foder com a minha vida! Você não é o pai dela e nunca será, seu maldito!
— Senhor, por favor, sente-se imediatamente —
— O juiz bateu o martelo, mas dane-se o juiz.
Dane-se Hall.
Dane-se Bryan.
Dane-se esse tribunal inteiro.
— Aurora é minha filha! Você pode ser ter sido o doador Bryan, mas você nunca vai ser pai! Nunca!
— O senhor não tem direito à palavra nesta audiência, sente-se imediatamente ou será retirado da sala, este é o último aviso.
— Ela é minha filha! Minha.
— Oficial! — O juiz bateu o martelo com força. — Prendam-no imediatamente por desacato à autoridade!
Dois seguranças vieram pra cima eu tentei me soltar, tentei gritar, tentei fazer alguma coisa, mas era tarde eles me agarraram pelos braços com força, senti o metal frio das algemas fechar no meu pulso, todo mundo estava me olhando, o juiz, advogados, Violeta e o Bryan com aquele maldito sorriso nos lábios me vendo ser arrastado como um criminoso.
No fim era isso que ele queria.
Ele conseguiu me humilhar, a cada passo até a porta, eu sentia que aquela humilhação me acompanharia pelo resto da vida, foi só quando a porta se fechou que eu percebi o que tinha feito, eu achava que estava lutando por ela, mas no fim eu tinha fodido tudo mais uma vez.
Aurora.
A campainha tocou e meu coração despencou no peito, eu sabia quem era, sabia que ele viria mesmo quando eu implorei por dentro para que não vinhesse, abri devagar encontrando Gabriel parado lá, com uma blusa de moletom amassada, os olhos cansados nas mãos ele carregava uma sacolinha da farmácia e outra da padaria e eu sabia que era algo para mim ou para o bebê.
— Oi — Murmurei, deixando o entrar.
— Oi, meu amor. — Gabriel entrou, deixando um beijo em minha têmpora.— Você sumiu ontem, eu fiquei preocupado.
— É, eu acho que não abasteci o carro, ele não estava ligando.
— Tudo bem, eu vejo o que aconteceu com ele para você, tá bom? — Ele passou e foi direto até a ilha da cozinha, deixando tudo lá com cuidado. — Trouxe aquelas bolachinhas caseiras que você está viciada e chá de camomila, também peguei mais um óleo para o corpo, sei que ajuda a prevenir estrias.
— Você não precisava.
— Claro que precisava. — Ele se virou para mim, me observando. — Você está estranha, aconteceu alguma coisa?
— Nada.
— Você está com os olhos vermelhos, você chorou? — Balancei a cabeça devagar.
— Aurora. — Ele se aproximou. — O que aconteceu?
— Nada.
— Tá tudo bem com o bebê?
— Tá, sim.
— E com você?
— Eu estou bem, sério. — Meus olhos arderam, mas eu não queria chorar na frente dele.
— Tudo bem, eu vou fingir que acredito. — Ele me puxou devagar, suas mãos seguraram meu rosto. — Minha Aurora, estava com saudades.
Antes que eu pudesse impedir, ele se aproximou e encostou os lábios nos meus, bastou aquele toque para que meu corpo se enrijecer por inteiro, foi instantâneo a lembrança dos lábios do Bryan, me afastei tão bruscamente que quase caí.
— Aurora? — Ele congelou.
— Desculpa.— Eu não consegui olhar.
— O que foi isso?
— Desculpe.
— Tá tudo bem com você? — Assenti, sem convicção, ele não acreditou, claro que não acreditou. — Você não parece bem.
— Eu só... — Minha garganta travou. — Não consigo.
Eu sabia que não estava pronta.
Sabia que aquela conversa ia doer.
— Não consegue o quê?
— Isso... — Suspirei fundo. — Talvez seja melhor a gente dar um tempo.
As palavras saíram antes que eu pudesse pensar nelas.
— O quê? — Os olhos dele piscaram rapidamente, como se ele não tivesse entendido. — Um tempo?
— Sim. — Assenti, tentando manter a firmeza que eu não tinha, que eu não queria ter.
— Você quer terminar comigo?
— Não é isso...
— Então diz o que é.— Insistiu, se aproximando e por reflexo me afastei. — O que aconteceu? Você disse que precisava falar algo muito importante, era isso?
— Eu só preciso ficar sozinha um pouco.
— Me diz a verdade, você quer terminar comigo?
— Não.
— Então por quê? — Ele parecia tão frustrado. — Aurora, você está grávida, só faltam dois meses para você ganhar esse bebê, eu não quero deixar você sozinha nessa, você tem a mim e eu quero estar com vocês mesmo nos dias ruins, principalmente neles, então por que está tentando me afastar?
Eu não posso ficar perto de você...
Eu não consigo ficar perto de você...
— Você sabe que tudo o que venho fazendo é porque te amo Aurora, porque eu amo vocês dois e agora não quer me contar nada, como você quer que eu não ache que você achando um jeito de terminar? — Ele estava tentando entender o que tinha de errado comigo, mas nem mesmo eu consegui isso. — O que mais você quer de mim? O que mais eu posso fazer pra você entender que te amo? Que eu quero estar com você? Com o bebê? Não importa o que aconteça!
— Não é sobre você — Sussurrei. — Nunca foi, Gabriel.
— Então me diz, me conta, eu tô aqui.
— Gabi...
— Você ainda não consegue, né?
— O quê?
— Confiar em mim.
— Eu confio.
— Se realmente confiasse em mim me diria a verdade, eu te conheço e eu tô vendo que você não tá bem.
— Gabriel... — Eu desviei o rosto, meus olhos ardendo, era difícil até respirar.
Queria correr pro colo dele e dizer o que Bryan fez, mas se Gabriel soubesse, se ele desconfiasse de mim, se ele achasse mesmo que por um segundo, que eu permiti...
Eu não aguentaria...
Eu me odiava por não conseguir explicar, por não conseguir dizer o que Bryan fez.
Então ele veio em minha direção e se ajoelhou na minha frente as mãos pousaram nas minhas, ele beijou meus dedos um por um, eu fechei os olhos com força porque doía demais ver aquele homem se desfazendo por minha causa.
— Aurora, olha pra mim. — Cada fibra do meu corpo gritava pra que eu fizesse o contrário, mas eu olhei. — Me diz, por que você está com tanto medo? Eu te amo, Aurora, só me deixa entender o que tá acontecendo. — As lágrimas escorriam, as minhas e as dele.Eu não disse nada, eu não conseguia dizer mais nada. — Eu amo você.
— Eu só preciso de um pouco de espaço, Gabriel.
Ele ficou me olhando em silêncio por longos minutos, depois se levantou devagar, seus olhos marejados se aproximou outra vez, só pra encostar a testa na minha.
— Tá bom, se é isso que você precisa, eu vou dar esse tempo, eu vou respeitar, mas não ache que eu vou desistir de você nem desse bebê, entendeu? —disse, baixinho. — Eu vou ser paciente se isso é o que você precisa, eu vou esperar.
Ele respirou fundo, deixou um beijo na minha testa e depois se afastou, virou de costas, já em direção à porta, mas antes de sair, olhou para mim uma última vez.
— Só não demora demais pra perceber que tem alguém aqui disposto a ficar, mesmo quando você está empurrando todo mundo pra longe.
E então ele se foi.
Eu queria correr atrás, eu queria dizer a verdade, mas eu tive medo.
A sensação de que eu estava deixando escapar a única pessoa que realmente ficou estava me sufocando, mas eu não fiz nada, eu o deixei ir.
Obrigado por ler até aqui 💗 O feedback através de um comentário é muito apreciado!
Esta ansiosa (o) para o próximo?
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90 dias em turnê Parte 3

Sinopse: Uma cantora em ascensão embarca na maior oportunidade de sua vida: abrir os shows da nova turnê de Harry Styles. Três meses intensos, entre palcos e bastidores, prometem ser inesquecíveis, mas também carregam surpresas que podem mudar tudo.
Aviso: +18, conteúdo explícito. (Eu geralmente escrevo bem explícito mesmo então se não gosta, pfvr não leia)
NotaAutora: Aproveitem o segundo capítulo dessa Mini série e não se esqueçam de comentar💗
PARTE 1 PARTE 2
Você não sabia exatamente quando tinha começado a contar, mas a verdade era que, em algum momento, você começou a guardar na cabeça todos os lugares onde já tinha transado com Harry Styles, desde que aceitou aquele acordo.
Um beco escuro duas horas antes de subir no palco, o elevador de um hotel em Seattle, o corredor de serviço do estádio em San Francisco, o banco traseiro da van da equipe, o seu quarto de hotel, o dele, aquele banheiro com box pequeno demais do camarim, o sofá da sala de ensaio enquanto a banda almoçava, com certeza o acordo de vocês estava funcionando perfeitamente bem.
Sexo com Harry Styles era simplesmente surreal, ele sabia exatamente o que fazia, como tocar, como olhar, como falar, sua boca fazia milagres, cada gemido dele no seu ouvido, cada palavra suja dita com aquele sotaque britânico te fazia implodir por dentro, era simplesmente viciante e muito melhor do que qualquer fantasia.
E a melhor parte, sem cobranças, sem mensagens fora de hora, sem ciúmes, sem aquele papo chato.
“O que somos?”
Era divertido.
Era delicioso.
Você tinha tudo sob controle.
Naquela manhã em Denver, você acordou nua com o braço dele jogado por cima da sua cintura, Harry dormia profundamente, você se virou com cuidado, tentando não o acordar e ficou olhando por um instante, era raro você se permitir observar, olhar de verdade, afinal você não queria se apegar demais, mas naquela cama olhando para ele tão calmo, você se pegou sorrindo.
— Você está me olhando dormir? Que estranho — Suspirou, os olhos ainda meio fechados.
— Você estava babando no travesseiro.
— Mentira. — A mão dele apertou sua cintura, puxando você de volta. — Eu sou sexy até dormindo e você sabe disso.
— Autoconfiança é tudo, né? Não é à toa que você é chamado de arrogante.
— No meu caso, é só um fato. — Bocejou, esticando o braço até alcançar o celular.
— Que horas são?
— Quase onze. — Checou suas mensagens. — A equipe marcou o lobby para meio-dia. — Ele largou o celular no colchão. — Isso significa que temos só quarenta minutos para fazer de novo.
— Você é insaciável. — Praguejou com o rosto enterrado no travesseiro. — Três rodadas na noite passada não foram o bastante?
— Você é viciante. — Se inclinou sobre você e começou a encher o rosto de beijos rápidos e bagunçados.
— Para! — Riu, se contorcendo sob ele, tentando fugir entre gargalhadas. — Saiiii. — Empurrou o peito dele com as duas mãos, ele caiu sentado ao lado, ainda rindo.
Você saiu da cama, pegando a camisa dele no chão. Vesti-la era quase um ritual e a reação dele era sempre a mesma, olhar fixo com uma expressão satisfeita, como se vestir algo dele te deixasse mais dele do que nunca.
— Então...— Você começou, se espreguiçando enquanto olhava a vista pela janela.— Café ou mais uma rapidinha?
— Posso pedir café e te comer enquanto a comida não chega?
— Sabe... — Fingiu pensar. — Até que essa sua ideia não é tão ruim assim?
Ele sorriu, pegou o telefone do quarto e fez o pedido com a maior naturalidade.
— Dois cafés, ovos mexidos e panquecas, obrigado. — Piscou para você enquanto falava.
Assim que desligou, deixou o aparelho no gancho e caminhou até você te agarrou pela cintura, te levantando como se você não pesasse nada.
— Ei! — Você protestou, batendo levemente no ombro dele.
— A comida vai demorar… — sussurrou contra sua pele, já te jogando na cama. — E eu tô faminto.
Ele se ajoelhou entre suas pernas e puxou a camisa que você tinha acabado de vestir.
— Harry...
— Shhh. — Foi descendo beijos pela sua barriga.— Fica quietinha e relaxe.
Harry sabia o que estava fazendo, ele começou devagar, com beijos demorados depois sua língua quente explorando cada pedacinho de sua boceta, você sentiu o ar sumindo dos pulmões quando ele pressionou a língua contra o seu clitóris, um gemido alto escapou antes que pudesse conter, instintivamente você levou a mão à boca, tentando abafar o som.
— Deixa eu ouvir você... — resmungou entre uma lambida e outra. — Não esconde, amor.
— Puta que pariu, Harry... — você arfou. — Isso... Ah... é bom demais...
— Assim que eu gosto... — Ele soltou um riso rouco antes de abocanhar seu clitóris mais uma vez.
Os lábios dele se afastaram apenas o suficiente para ele deslizar um dedo para dentro de você, devagar, com uma paciência quase cruel e depois outro, a sensação fez seu quadril se arquear contra a boca dele no mesmo instante em que ele voltou a te lamber.
Você perdeu a noção do tempo, perdeu o controle, estava ali entregue, tremendo, gemendo o nome dele, aquele maldito sempre conseguia te levar ao limite só com poucos minutos. Quando o orgasmo veio, espalhou um calor delicioso por cada pedacinho do seu corpo,
os dedos dele continuaram dentro de você, lentos, como se quisesse prolongar cada segundo do que acabou de causar.
Harry subiu pelo seu corpo e te beijou, quando separou os lábios dos seus, sorriu satisfeito.
— Agora, sim, você está pronta para café.
...
Você chegou atrasada de propósito.
Não que alguém estivesse contando os minutos, mas sabia que Harry estaria.
O vestido justo de seda vinho que você escolheu exigia ser notado, era uma daquelas peças que pareciam gritar olha para mim, mesmo quando você mal se mexia e especialmente quando você se mexia.
Assim que entrou no restaurante e viu a mesa comprida ocupada quase inteira pela equipe da turnê, seus olhos correram instintivamente por entre os rostos até o encontrar.
Ele estava com cabelo meio bagunçado, camisa branca aberta nos dois primeiros botões, conversando com Bread seu personal, mas parou no instante em que te viu, com a boca entreaberta, como se tivesse esquecido o que estava dizendo.
Cumprimentou os outros, riu de alguma piada, sentou-se no lugar mais distante dele na mesa, fez seu pedido e jantou conversando com um dos produtores. No meio do jantar, no entanto, percebeu que Harry não parava de te encarar, seus olhos estavam voltados para você o tempo todo, de forma tão descarada que chegou a temer que alguém notasse, ele estava completamente focado em você como se o resto da mesa simplesmente não existisse.
Tirou o celular da bolsa discretamente e mandou a primeira mensagem.
Você: Vai continuar me encarando desse jeito como se ninguém fosse notar ou vai ter coragem de fazer com as mãos o que tá pensando?
Demorou uns dois minutos, talvez porque ele estivesse tentando não parecer óbvio demais, talvez porque estivesse se segurando para não surtar.
Harry: Com esse decote? Acho que todos os caras dessa mesa estão encarando e eu quero socar todos eles.
Harry: Se você soubesse o que eu tô pensando em fazer com você, já teria cruzado essa mesa, sentado no meu colo, com a minha mão dentro do seu vestido, pedindo baixinho para eu não parar.
Você: E se eu dissesse que tô sem nada por baixo, ia continuar só fantasiando ou ia finalmente fazer alguma coisa?
Harry: Pega essa bolsinha ridícula, levanta da mesa agora e vem para o banheiro comigo e se você estiver realmente sem nada por baixo, juro que a primeira coisa que eu faço é te colocar de frente no espelho e te foder até você esquecer o próprio nome.
Você pousou o guardanapo em cima da mesa com toda calma do mundo, pegou sua bolsa e se levantou da mesa sem dizer uma palavra, disfarçando o sorriso malicioso que crescia nos seus lábios, seu coração batendo acelerado, cada passo em direção ao banheiro, você sentia o olhar de Harry queimando suas costas, quase conseguia ouvir o barulho da cadeira dele rangendo para levantar.
Mas, no meio do caminho, a voz de alguém te fez parar.
— Ei, S/n senta aqui rapidinho.— Brad, deu um tapinha no assento ao lado dele, o sorriso simpático demais.
Você hesitou, olhou discretamente para o assento da frente, onde encontrou Harry com o maxilar travado, olhos fixos em você.
— Então, amanhã, você vai estar nos bastidores desde cedo ou só aparece na passagem de som?
— Desde cedo — você respondeu, sentindo a intensidade do olhar de Harry atravessando a mesa.
— Isso é bom — Brad, inclinando-se um pouco mais na sua direção. — Se não tiver planos depois do show, quer sair e tomar alguma coisa, comigo?
— E você costuma convidar todas as mulheres da turnê para tomar alguma coisa ou eu sou um caso especial?
— Só quando estou interessado. — ele respondeu sem hesitar.
— Hm, que direito, gostei. — Você encostou de leve a mão no ombro dele, fingindo apoiar para arrumar sua sandália, seu decote obviamente exibindo para ele.
— Vou pensar com carinho.
Levantou-se com calma, ajeitando o vestido e não olhou para trás. Você entrou no banheiro feminino, o coração martelando no peito, deixou a porta aberta só até a metade, de propósito, tinha certeza de que ele viria.
E veio.
O reflexo dele surgiu no espelho, quando ele trancou a porta com força, nem tentou disfarçar o quanto já estava fora de controle.
— Você acha isso divertido? — ele perguntou, a voz baixa e grave. — Ficar me testando? Ficar flertando com outro cara na minha frente?
— Eu só estava conversando, sendo educada.
— Conversando, claro. — Harry deu uma risada curta. — E aquela mão no ombro dele? O jeitinho como ele o deixou ficar encarando seus seios, aquilo era só educação também?
— Você está com ciúmes, Styles? — Provocou mordendo os lábios.
Ele não respondeu, ficou te encarando por alguns segundos e suas mãos agarraram sua cintura com força, a boca dele esmagando a sua sem hesitar. Você respondeu no mesmo ritmo, suas mãos indo direto para os ombros dele, subindo até o cabelo, puxando, sentindo os fios entre os dedos. Ele caminhou com você até a pia, sem soltar sua boca, num movimento te ergueu pela cintura e te sentou ali, o mármore frio lhe causando arrepios, seus joelhos se abriram instintivamente, ele se encaixou ali.
— Você acha que isso é ciúme? — Murmurou, mordiscando sua orelha. — Eu tô prestes a perder o controle por sua causa. — As mãos indo direto à barra do vestido, puxando devagar para cima. — Essa droga de vestido, essa droga de provocação, essa droga de buceta deliciosa sem nada impedindo de ser fodida.
Os dedos dele deslizaram por entre suas coxas devagar, você mordeu o lábio, tentando não gemer, um dedo deslizou pela sua entrada, sentindo o quanto você já estava molhada.
— Sem calcinha — Rosnou contra sua pele. — Sabia que ia me deixar louco, sabia que eu ia acabar querendo te comer no primeiro canto escuro que encontrasse.
Dois dedos agora, entrando devagar, fundo, seu corpo arqueou involuntariamente, mas ele segurou sua cintura firme, te mantendo no lugar.
— Fica quietinha — resmungou. — Agora, você vai sentir o quanto me deixou puto.
Os dedos dele começaram a se mover mais rápido, com força, molhados por sua excitação, fundo, certeiro, seu polegar brincando com seu clitóris, você se agarrava aos ombros dele, ofegante, tremendo, sentindo aquele calor crescer no fundo do ventre, tão perto, tão bom.
— Tá quase, né? — ele sussurrou, antes de morder seu pescoço e depois voltar para sua orelha. — Tá implorando por dentro, querendo gozar nos meus dedos…
— Sim...
Sua respiração falhava, os quadris se mexendo contra a mão dele, buscando mais, querendo mais, mas ele simplesmente tirou os dedos de dentro de você, lentos, provocantes, você soltou um som frustrado, quase um choro, ele te olhou com aquele sorriso malicioso, como se estivesse se divertindo com seu desespero.
— Ah, não, amor — Disse, levando os dedos até a boca, lambendo devagar. — Você não merece ainda, não depois daquela ceninha de antes, quero que você fique aqui, molhada, latejando, pensando no que eu poderia ter feito com você, mas escolhi não fazer.
Ele se afastou, indo embora, te deixando ali, sentada na pia, com as pernas abertas, o corpo trêmulo, o vestido ainda erguido, a pele arrepiada, com o desejo pulsando em cada pedacinho seu.
Sério que ele ia te deixar assim?
Você começou a ajeitar o vestido, sentindo aquela decepção, quando o celular vibrou ao seu lado na pia.
Harry: Meu quarto em trinta minutos, se quiser gozar, é bom não se atrasar.
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Tudo que Você Precisa
Sinopse: Depois de um dia infernal de trabalho, Harry só queria descansar e sua esposa sabia exatamente como cuidar dele.
Aviso: +18 | Conteúdo adulto, linguagem explícita, cenas de sexo.
Nota da Autora: Ahhh muito anônimo pelo pedido, espero que goste! Escrevi com muito carinho e meus amores digam o que acharam! Adoraria saber a opinião de vocês!

Harry nunca gostou das sextas-feiras, era sempre o mesmo caos, como se todo mundo tivesse combinado de ser estúpido e imprudente no mesmo dia, desde que colocou o uniforme pela manhã, tudo deu errado, passou horas atendendo chamadas de emergência, lidando com confusões nas ruas e o pior, correndo atrás de ladrõezinhos que provavelmente tinham idade para ser seus filhos.
Definitivamente, não era o seu dia.
Ele estava exausto, seus ombros, seu pescoço, até mesmo as mãos que seguravam o volante do carro assim que estacionou na garagem estavam tensos de tanto esforço. Ao entrar pela porta da frente, ele sentiu o cheiro familiar do jantar sendo preparado, seguido da voz suave de sua esposa.
— Oi! amor. — Ela o recebeu, com aquele sorriso acolhedor que ele tanto amava.
— Oi, esposa. — Ele deixou um beijo em seus lábios.
— Como foi o trabalho? — S/n sempre sabia quando algo estava errado com ele, mesmo sem ele precisar dizer uma palavra.
— Horrível.
— Você parece realmente exausto, quer descansar um pouco antes do jantar?
— Só preciso de um minuto para respirar. — Ele praticamente se jogou no sofá, largando sua mochila e tirando os sapatos.
— Eu sei que você teve uma semana difícil.— Se aproximou, ajoelhando-se à frente dele. — Então, não se preocupe, hoje à noite eu quero que você relaxe um pouco, ok? — Levantou, deixando um longo beijo em seus lábios. — O jantar está quase pronto.
Harry sabia que sua esposa sempre era muito dedicada quando se tratava de melhorar seu humor em dias como este e hoje ele precisava realmente de S/n mais do que nunca.
Ela foi até a cozinha e minutos depois a mesa estava posta, frango assado, purê de batatas e legumes salteados e duas taças de vinho, Harry se sentiu muito grato por ter alguém como ela ao seu lado, se não fosse por S/n este homem com certeza estaria perdido, ela o encontrou e fez a vida dele se tornar ainda mais especial e boa para se viver.
Enquanto ele comia, ela ficou ao lado dele, observando-o com um sorriso no rosto. Harry estava começando a sentir o alívio de que tanto precisava. Quando terminaram o jantar, S/n o conduziu para descansar um pouco mais no sofá enquanto arrumava a pequena bagunça que fez na cozinha.
Logo que terminou encontrou seu marido cochilando, sua primeira ideia com certeza foi em talvez o deixar ali descansando tão sereno, mas ele merecia dormir em uma cama confortável e também um banho decente, ela se apressou para preparar encher a banheira e deixar o ambiente aconchegante para ele.
— Vida. — Sentiu um pouco culpada por acordá-lo. — Vem, eu preparei a banheira para nós. — O puxou ainda sonolento para o banheiro.
Ao entrar no banheiro, Harry ficou observando por alguns segundos, a luz suave das velas estava acesa e o vapor quente da água preenchia o ar, um doce cheiro de baunilha e lavanda se misturavam.
— Eu vou te ajudar a relaxar, você não precisa fazer nada. — Ela começou a desabotoar sua camisa. — Deixe-me cuidar de você. — Suas mãos suaves tocaram seu pescoço e ombros, apenas o toque de suas mãos já deixava seu corpo um pouco mais relaxado.
Ela começou a tirar o resto do seu uniforme com a calma de alguém que sabia exatamente o que estava fazendo, se abaixou diante dele ajudando a tirar a calças, depois com um sorriso no rosto abaixou sua cueca, antes de levantar novamente, S/n então o guiou até a banheira, onde ele entrou primeiro fechando os olhos querendo esquecer o mundo por um momento, S/N entrou em seguida se sentou atrás dele para massagear suas costas.
— Isso era tudo que eu precisava. — Ele proferiu, enquanto sentia os dedos dela deslizarem com firmeza pelas suas costas, começando a aliviar a tensão.
— Eu sei e como uma boa esposa, eu vou te dar tudo o que quiser. — A ponta dos dedos desceram mais uma vez por suas costas fazendo-o estremecer sob o toque.
S/N o envolveu com os braços, colando o corpo ao dele, o calor da água misturando-se com o calor dos dois, os lábios dela começaram a traçar um caminho lento e úmido por seus ombros, depois subindo até a curva do pescoço, onde ela deixou beijos demorados, sentindo a pele dele arrepiar sob sua boca.
A mão direita dela deslizou suavemente por seu peito, os dedos percorrendo com lentidão, enquanto a esquerda continuou descendo, até encontrar seu pênis rígido sob a água quente, os dedos dela o envolveram movendo-se em um ritmo lento e provocador, ele soltou um gemido, quase um choramingo, que fez S/n sorrir contra a pele dele.
— Já tá assim só com isso? Mal comecei... — Sorriu, sussurrando em seu ouvido,
o masturbando mais lentamente dessa vez, apenas para provocá-lo um pouco mais.
— Por favor... — Ele deixou escapar outro gemido. — Hoje não, só seja boazinha comigo.
— Relaxa, eu disse que ia cuidar de você, não disse? — Ela riu suavemente, os dedos deslizando com um pouco mais de firmeza, apenas para arrancar outra reação deliciosa dele.
A cabeça dele caiu para trás, os movimentos dela aceleravam, o jeito como ele estava reagindo a cada toque só a deixava mais determinada a prolongar aquela tortura, mas não demorou muito para sua respiração começar a ficar irregular, os músculos de seu abdômen se contrair sob a água morna, foi aí que ela soube que era hora de parar.
— Por favor... — Choramingou. — Não para... por favor...
— Calma, meu amor, agora vem a melhor parte. — Soprou contra a pele dele. — Eu sei o que você precisa, Harry. — Saiu de trás dele, levantando- se, indo para sua frente.— E eu vou dar a você.
S/n se sentou no colo dele, fazendo-o prender a respiração quando sua mão delicadamente pegou seu pênis encaixou-se sobre ele, no instante que ela começou a cavalgar ele agarrou os lados da banheira com força enquanto sentia o calor apertado de S/n ao redor dele.
As mãos dela repousavam em seu peito molhado, continuando com aquele ritmo vai e vem quase torturante, cada descida era lenta, profunda, ela estava com os olhos fechados, a boca entreaberta, as costas levemente arqueadas enquanto o prazer se espalhava pelo corpo e ele a observava como se ela fosse a visão mais perfeita do mundo.
— Você tá me matando… — Suas mãos foram para sua cintura.— Porra... S/n. —
Harry a puxou mais para perto, os lábios encontrando os dela, num beijo profundo, enquanto ajudava a acelerar um pouco mais.
— Eu te amo. — ele murmurou contra a boca dela.
— Eu sei. — S/n desceu mão por entre seus corpos, os dedos buscando o próprio clitóris, começando a se tocar. — Eu também amo você. — Continuou a cavalgar sentindo aquela onda crescendo no fundo do ventre. — Eu tô… — ela sussurrou, os olhos marejados.
— Eu sei… — Harry deslizou as mãos pelas costas dela, puxando-a com mais força contra si.— Continua, meu amor.
— Eu vou… — Seus dedos se moviam com urgência.
— Goza pra mim.
O corpo de S/n começou a tremer, uma onda intensa de calor e prazer explodindo dentro dela, ela se agarrou a Harry com toda força, suas pernas enfraquecendo, o nome dele escapando entre gemidos.
— Porra... — Harry não aguentou mais, se entregando ao prazer de ter a boceta dela tão molhada latejando em volta do seu pau, gozando com força enterrado nela.
S/n descansou o rosto na curva do pescoço dele, ainda tremendo levemente, enquanto Harry a envolvia com os braços.
— Relaxou agora? — S/n murmurou, com um sorriso cansado.
— Completamente. — Harry acariciava a coluna dela devagar. — Mas, se quiser garantir pode repetir isso mais tarde.
— Eu vou, quantas vezes você precisar. — Ela riu, mordendo o pescoço dele.
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