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Nuna's worlds
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nunasworlds · 24 days ago
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Como pode caber tanta coisa dentro de mim? Inclusive um tanto de coisa que preciso descartar o quanto antes. Algumas toneladas de julgamento que não me cabem mais, que me impedem de usurfruir em plenitude meus desejos, minha sexualidade, minha espontaneidade, minhas ideias. Cansada de sentir que preciso constantemente ir podando o que cresce pra fora desse limte do "normal", do "aceito", do "assim que deve ser". Flerto constantemente com o se eu só deixar crescer? Se parar de me controlar, de me moldar, de podar, e se só deixar? Talvez existam coisas que só estão comigo por causa disso e no fundo, será que vale a pena?
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nunasworlds · 24 days ago
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A poesia parece correr, aparece morrendo entre os boletos chegando, o aluguel vencendo, o ganhar da vida que estreita o ar do viver. A poesia parece morrer, no mundo acabando que a humanidade moldou, pouco a pouco nesse entristecer. Quando aparece sem fôlego, sem movimento, totalmente esquecida pelas dores desse tormento, o sol toca o horizonte, se despedindo de mais um dia e a poesia que parecia correr, que corria e corria com tanta obstinação, corria sem freio, em nossa direção. Basta uma fresta, um raio de luz, uma respiração profunda, um olhar atento, uma manhã de domingo, com calma, com alma, pra vê que a poesia corre mas nunca se afasta. A gente que corre, se afasta do belo pq com o belo tem dor, tem medo. Mas quando ela corre, e sempre corre, corre sempre em nossa direção. Seu fluxo eterno destino é correndo encontrar, em meio a tantos destroços, seu caminho ao nosso coração.
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nunasworlds · 1 month ago
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Sigo caminhando sem certeza de onde pisar. Parece que não escolho mais o caminho, o caminho é que me escolhe. Ele que me puxa, me guia, me direciona. Será que em algum dia acordarei e me sentirei no controle? Como se minha vida e minha rotina fossem efetivamente as consequências das minhas escolhas? Sei que sempre são, mas a sensação, as vezes, é que foi como deu. Sabe aquela história de lutar com as armas que se tem? Pra conquistar o que realmente desejo preciso de novas armas mas não sei onde acha-las, não sei construí-las. Enquanto isso, tudo é reflexo das minhas escolhas, mas com as armas que tive, que tenho. Da forma que deu. Fazendo malabarismo com agulhas e perdendo todas pelo chão. Sonhando com o mundo mas olhando pela janela, imaginando cada lugar, cada pôr do sol, cada cheiro, mas passando de aba em aba no computador. Tudo que quero é viver sabendo que lutei e conquistei meus desejos, um por um. Usufruir durante a vida e não no fim dela. Ser aliada do tempo, sendo cada dia mais eu. Ter orgulho do caminho, de cada flor e cada pedra. Não me acovardar diante da imensidão dos meus sonhos. Afinal, coragem não é ausência de medo mas compromisso com o desejo.
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nunasworlds · 2 months ago
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Sigo com um mania desconfortável de me fragmentar para conseguir me entender. Tento ir dividindo essa imensidão que sou em partes controláveis, moldáveis, seguras, para que nada possa fugir ao meu controle. Enquanto me fragmento para tentar dar conta de mim, vou me perdendo entre contas, cadernos, redes sociais, cada lugar com um pedaço para que nenhum me contenha totalmente. Ser uma só parece pouco mas o mais gritante é o sentimento que nenhum lugar me cabe inteira, e não pela dimensão do lugar, mas pelo medo de que qualquer pessoa que chegue nesse lugar me veja inteira e não me aceite. Como poderia alguém aceitar tamanha imensidão, com tantas hipocrisias e controversas? Como posse ser tímida e gostar tanto de falar? Como posso querer ver o mundo inteiro e escolher todo dia a noite meu sofá? Como posso me mostrar inteira, se posso me defrontar com a negação? As partes são mais confortáveis, como se caso eu te desagrade com uma, tenho outra no bolso, em reserva, que você pode gostar. E no fim, por mais que entenda que me fragmente por medo da falta de aceitação do outro, me divido por medo de me ver inteira. Eu mesma, alma e coração, razão e emoção, certeza e duvida, caminhando juntas.
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nunasworlds · 3 months ago
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Não pensei em escrever. Não pensei no que falar. Simplesmente entre o intervalo de um compromisso e outro o ímpeto de escrever me rouba. Sei que preciso, mais constantemente do que queria, gastar as palavras para que elas não invadam meus pensamentos. Esse gastar de nada tem a ver com as esvaziar de sentido, mas sim de colocar cada palavra no seu lugar e pode ser que o lugar mude de acordo com o dia, com os sentimentos, com os momentos, mas o que importa é naquele momento, colocar as palavras em seu devido lugar. Onde está o medo, o prazer, o abandono, a felicidade, a disciplina, saber o lugar das coisas é mais dífcil do que parece. Dá vontade de deixar tudo de amontoar junto com as roupas na cadeira. Mas na hora de se vestir para um compromisso, é comum não saber qual palavra usar. Quando escrevo deixo as palavras se esvairem de mim e pouco a pouco elas vão parando de ocupar um espaço tão grande na minha mente e se tornando ações com as quais preencho meus dias e construo um pedacinho a mais desse caminho louco, que cismo em tentar advinhar onde vai dar.
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nunasworlds · 4 months ago
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A poesia está meio morta em mim. Não tenho escrito por falta de vontade, muito menos por falta de tempo, simplesmente por falta de poesia. Nada me parece tão bonito e embora a vontade de escrever exista, o que não existe é propósito. Meu artigo foi recusado. Minha tese está pela metade ainda. Minhas ideias estão a mil mas na hora de escrever nada me inspira. O niilismo da mudança das horas se mistura com o desespero da terra em mudança climática e praticamente nada inspira poesia. Não tenho mais criatividade para manter a poesia e a vontade acessas. Estou com a vela na mão, em plena escuridão e não tenho absolutamente nada para fazer fogo.
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nunasworlds · 5 months ago
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Nem toda feiticeira é corcunda.
Não mesmo, somos várias e tão diversas quanto se pode imaginar. Feiticeira é a gente, enquanto fazemos comida, adoçando o paladar, pra se distrair da amargura da realidade. Medindo o que se pode fazer entre a passada do relógio. Misturando, numa verdadeira alquimia, os sentimentos guardados entre o peito e a garganta, e os afazeres, que em pleno 2025, ainda não se cumprem sozinhos. Feiticeira é aquela que vive em nós, e que toma a forma que lhes dermos. Ela é várias e sempre a mesma. Ela nos sussurra calmamente nossos desejos. Pode ser sensual e mística, e ora assumir uma postura carrasca e autoritária. Nada que a descreve, a define. Nada que a define, a restringe. Feiticeira é você, com a forma que você arranjar para ser leal a você.
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nunasworlds · 5 months ago
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Não, o desejo de me expressar não é novo. Tao pouco poderia dizer que são novos os pensamentos que trago aqui. Eles são algo do tipo que não se mensura, não se sabe dizer onde começou ou se em algum momento não existiram. O desejo de me expressar, foi dia após dia sendo remediado, com doses homeopáticas de mesas de bar, encontros nos corredores, festas juninas, assembleias de curso e encontros de ex alunos.
Não é tão simples como parece, se expressar. Precisamos fazer uma faxina nos medos, uma arrumação dos desejos, um polimento na linguagem, e uma visita aos nossos talentos. Da uma baita canseira decidir sobre o que dizer numa realidade onde vemos informação demais e nos vemos de menos. Onde interagimos através de fotos e quase sempre com o intermédio de telas. Onde visitamos páginas e marcamos encontros por links. Da uma baita canseira essa vontade de me expressar, no mundo pós-pandêmico do Brasil de 2025.
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nunasworlds · 5 months ago
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Lá vamos nós para mais uma escrita preventiva. Isso mesmo, quando me deixo acumular pensamentos, sentimentos e sensações eventualmente não consigo mais fazer nada. Então que esse ano eu consiga ir desafogando aos poucos, a cada dia esse turbilhão dde sentires que tumultuam o dia. Me vejo lutando com armas diversas uma luta minha comigo mesma. Entre o que me faz bem e o que sonho, tem os antigos hábitos e preguiças que me roubam mais pelo costume do que pelo empenho. Entre o que quero e o que faço existem mais medos que indisciplinaridade. Hoje respiro fundo e tento me acalmar dizendo que se quero ir que vá com medo mesmo pq não há nenhuma decisão pior do que ficar parado, abraçada com o medo e com os pensamentos presos em sonhos.
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nunasworlds · 6 months ago
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O que é possível fazer em um único minuto? É bem comum me pegar postergando tarefas que inevitavelmente terei que fazer. Não são coisas optativas, não posso escolher não faze-las mas é essa sensação que se eu fizer mais tarde não preciso me preocupar com isso agora. Porém completamente ineficiente, afinal, não deixo de me preocupar com a tarefa e ao invés de termina-la no tempo que levaria, acrescento umas duas horas de retardo ao processo, pensando que terei que faze-la, como irei fazer porém sem fazer. Um minuto é uma eternidade. Pensando então, pior ainda. Ocupa um espaço desnecessario na minha mente e ainda não termino o que preciso. Um minuto cumprindo a tarefa, normalmente, me acrescenta pelo menos dois de qualidade, fazendo outra coisa completamente livre de pensamentos intrusivos sobre o que deveria estar fazendo mas escolhi esperar. Que seja possível aproveitar cada minuto de forma presente, seja cumprindo a tarefa ou aproveitando o tempo de qualidade. Que eu escolha não esperar e preencha meus dias com tarefas realizadas e não com tarefas acumuladas.
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nunasworlds · 6 months ago
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Pode ser super clichê mas considero o ano novo inspirador. Essa sensação coletiva de esperança, os variados ritos para celebrar e se divertir. A comoção coletiva pela mega da virada, a ansia de escolher o que fazer, o alvoroço de alugar uma casa com os amigos, escolher a ceia do fim de ano, a última do ano e o primeiro almoço do novo ano. Milhares de pessoas não tomam um gole se quer de champagne por 364 dias, mas no último dia do ano, o bom presságio diz que é champagne a bebida da virada de ano. Pular sete ondas, comer lentinha, ir pra debaixo da mesa comer uva, usar branco, mudar a cor da calcinha, fazer promessas que temos certeza que tornaria nossa vida melhor mas que na primeira segunda do ano serão esquecidas no alvoroço da volta ao trabalho. O ano novo renova as esperanças na sociedade, por breves momentos o assunto principal é a esperança, é a intenção de ser melhor e viver melhor. Milhões de pessoas pelo mundo vibrando a vontade de fazer da certo. O ano novo é um por do sol celebrado em quase sintonia pelos arredores da terra, dando o gás essencial para a sobrevivencia de mais 364 dias e para esse novo ano tentarei me manter fiel as minhas promessas jogados ao vento no fim de 2024.
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nunasworlds · 6 months ago
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Começar o texto pela negativa as vezes é a única forma de sair de um pensamento. Quando respiro fundo entre o momento de pensar e escrever as vezes começo pelo não. A negação existe em lugar próprio onde as vezes não se acha o caminho do sim. É um caminho igualmente válido e as vezes é o único que está a nossa frente. Quando sabemos ao menos o que não queremos fazer já estamos no caminho de descobrir o que de fato queremos fazer, não que precisemos sempre saber. O que queremos, no caso. As vezes é superestimada essa conciencia dos desejos e fazeres. Podemos saber ou não, querer saber ou não.
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nunasworlds · 7 months ago
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Entre o sagrado e o profano existe nós. Nós, de carne, osso, mente e espírito. Entre o sagrado e profano existe tudo que a gente tocou, criou, destruiu, refez e jogou fora. Entre o sagrado e o profano existe um equilibrío completamente desequilibrado driblando todas as direções pra não cair. Entre o sagrado e o profano não existe nada pois são a mesma moeda inalienável da vida humana. Entre o sagrado e o profano existe o mundo e não cabe nem mesmo um ponto. Entre o sagrado e o profano existirá tudo o que for dificil e se desintegrará tudo o que se alinhar ao desejo. O sagrado e o profano não andam de mãos dadas pq compartilham a mesma mão, ora sagrada ora profana que tudo realiza. Entre o sagrado e profano existe nós, totalmente sagrados e totalmente profanos, navegando em todas as dualidades para sermos inteiros.
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nunasworlds · 7 months ago
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Passei um tempo fingindo que não sabia fazer o café.
Não sei bem ao certo quando aprendi, mas foi intuitivo de tanto olhar minha avó passando e o carinho e a familiaridade com que ela falava sobre os cafés de cada dia. O não saber tinha algo, aquele quê especial de preservar o café que só minha avó sabia fazer. Deixa-lo nesse lugar imaculado, preservado nas mãos enrugadas da minha avó. Eventualmente tive eu que ajuda-la e passar seus queridos cafés pelo dia a fora. Durante um período, pergunta-la todos os dias as medidas de agua e pó me ligava a um toque dela que concerteza passaria para o café. Todos os dias a resposta era a mesma e todo dia eu perguntava, para que assim, não só eu mas nós passassemos aquele café que embalaria alguns minutos sentadas a mesa, eu observando seus movimentos, ela concentrada em não se engasgar com a comida e uma leve conversa que preenchia não só o ambiente mas meu coração para que eu pudesse seguir o dia. Quando parei de perguntar, me preocupava todos os dias para que o café que eu passasse pudesse chegar perto daquele que ela fazia. Para que quando ela tomasse aquele primeiro gole não sentisse nunca que ele, o querido café, qualquer um daqueles ao longo do dia, foi passado de qualquer forma, sem qualquer ensinamento ou atenção. Entre todas as preocupações com minha avó, uma que mais alimento é se ela está tomando cada um dos seus cafés como ela gosta, aquele que ela me ofereceu a vida toda, que preenchia a casa e avisava que aqueles preciosos minutos estavam se aproximando, os minutos que me tiravam do submerso e me davam horas e horas de ar puro.
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nunasworlds · 7 months ago
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Se o sol se levanta todo dia, pq não poderei eu?
Não estou de modo algum me comparando ao sol, mas essa energia vital ilumina a terra onde de um modo ou outro me apoio todos os dias. Não preciso ve-lo, sei que inevitavelmente a terra girará, o sol se moverá e em alguma terra perto ou longe, seus raios alimentarão a terra e ajudarão a movimentar as marés.
O sol levanta todos os dias em algum horizonte, e isso, pra mim, é o suficiente para acreditar que se o sol pode, todos nós podemos. Não só levantar mas brilhar no ápice da nossa energia, seja dia nublado ou não, seja aqui ou acolá, tenha alguem vendo ou não. Cabe a nós, como o sol, nos levantarmos na certeza que onde estamos hoje, não estaremos amanhã, seja para o bem ou para o mal, seja pelo giro da terra ou pelo movimento de nossas vidas. Cabe a nós brilhar e não ousarei dizer embora nossas dores, direi com elas, pq nem sempre o embora minimiza o que dói e as vezes acompanhada com o com podemos ir mais longe, entendendo que algumas dores serão embora e outras serão a força motriz do movimento do sol que o permite brilhar todos os dias.
Cabe a nós descobrir onde em nós mora o sol.
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nunasworlds · 7 months ago
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nenhuma das coisas que preciso fazer me enchem os olhos hoje. o automático da vida se instalou no cotidiano e nenhum resquício de prazer pode ser encontrado. nenhum rastro de inspiração dá conta do fazer. sonhos imaginários sobre um futuro contingente ainda dão um leve contorno a rotina mas o fazer bruto não representa agora nem um quinto do que deveria para que eu estivesse me sentindo cumprindo com o que eu deveria. sei que as vezes são só momentos, umas semanas estranhas para vir outras semanas ótimas mas e quando o calendário não dá espaço? não existe tempo para o luxo de não se estar bem. o recolher pode ser a força motriz para o resurgimento no tom certo. mas quem segura as pontas durante o recolher? o jeito é ir. desgostosa mesmo, capenga mesmo, e sempre manter viva a esperça de que em qualquer momento, o desejo pode estar vivo e ativo, movimentando todos os afazeres no auge no prazer.
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nunasworlds · 8 months ago
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Meu mundo caiu, mas quantas vezes ele já caiu? Quantas vezes ele caiu, foram quantas vezes ele foi refeito e assim será de novo. O jogo de cintura de saber desabar sem maiores fraturas, aceitar que tudo muda, o outro muda, eu mudo. Aceitar que o que não tá bom será denunciado eventualmente e mesmo se a gente se esforçar pra não olhar. Aceitar que o desabar pode ser a janela que faltava para reconstruir tudo, mesmo que a gente não deixe portas abertas. O que fica pode ser o fio condutor do novo e por mais que a gente não queira o novo, ele chega. O mundo cai eventualmente, precisamos antes de tudo aprender a cair para que sobre algo que nos ajude a levantar.
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