Tumgik
#Filosofia Contemporânea
menterefletida · 3 months
Text
Problema do Mal - Ponto de Vista Niilista
Tumblr media
Paradoxo de Epicuro, Niilismo e a existência de um Deus onisciente, onipotente e benevolente.
Introdução
Ao ligar o Paradoxo de Epicuro com o Niilismo em uma tentativa de resolvê-lo, é possível notar as várias semelhanças que ambas correntes filosóficas possuem. De acordo com o niilismo – uma doutrina filosófica com uma visão cética e pessimista em relação à realidade – se a morte e o sentido de todas as coisas perderam seu sentido, qual valor teria a resolução de tal paradoxo? Se no fim a finalidade pouco importa, por qual motivo a resposta para essa pergunta seria relevante?
Gianteresio "Gianni" Vattimo, um filósofo niilista Italiano, tem a perspectiva de que o niilismo poderia ser considerado um movimento positivo, pois é responsável por revelar a ausência de verdades, mostrando que nada é garantido. Por outro lado, os pontos negativos seriam a destruição e a rejeição de imagens religiosas (chamado também de iconoclastia).
Niilismo e Deus
Se o homem é livre, foi Deus que o deu tal liberdade por não querer interferir ou por não poder? O niilismo existencial diz que a vida não tem sentido, e se nossas próprias vidas não têm sentido, qual propósito teria a existencia do bem e do mal e, acima de tudo, Deus? Por estarmos jogados no universo, buscamos “inventar” o que significa estar aqui e o que significa* saber*, afinal, são as fantasias que nos permitem continuar vivendo, mesmo que seja apenas uma pausa temporária do mundo físico.
O niilismo passivo (ou niilismo incompleto) diz que gastar o seu tempo de vida buscando sempre ter esperança de que ganhará algo, mesmo que esse algo seja um sentido para a vida, é desperdício. Do ponto de vista niilista, a esperança incansável de que Deus sempre estará nos observando para nos salvar um dia é uma crença desnecessária, visto que isso poderia fazer com que vivêssemos nossas vidas fixados em uma mentira. Nos resta então esperar pela morte ou buscá-la nós mesmos.
“Aquele que quer chegar até a felicidade do céu deve também se preparar para ser triste até a morte?”  – Nietzsche, Gaia Ciência.
Se o homem nega os valores de Deus, cabe a ele mesmo criar seus próprios valores, caso contrário, como poderíamos continuar existindo sem algo para nos fazer seguir em frente?
“Deus está morto!” – Nietzsche, Gaia Ciência, p.125.
O niilismo negativo nos mostra que criar um Deus parece mais uma brincadeira de mal gosto do que um gesto para nos trazer conforto. Nietzsche concluiu que Deus está morto como uma verdade absoluta e eterna, como o condutor do mundo, como um ser benevolente, como criador e como razão da nossa existência, independente se ele existe ou não. Deus está morto como um ser divino que exige obediência dos seus criados.
“Se digo: “Deus existe?”, não é um problema. Não disse o problema, onde ele está? Por que coloco tal questão? Que problema está por detrás disso? As pessoas querem colocar a questão: “acredito ou não em Deus?” Mas ninguém liga se acreditam ou não em Deus, o que conta é: por que dizem isso, a que problema isso responde? E que conceito de Deus elas vão fabricar.”                                                       – Deleuze, Abecedário.
Conclusão
Para complementar, podemos também trazer o deísmo – uma categoria do teísmo – que crê na criação do universo por uma inteligência superior (podendo ser Deus, ou não), através da razão e rejeitando qualquer crença religiosa. Um deísta que muitos estudantes da filosofia conhecem seria Voltaire. Ele acreditava que para chegar a Deus não era preciso ir à igreja, mas sim a razão. Os deístas acreditam que o criador não intervém no mundo que criou e que o mesmo não recompensa ou castigue as pessoas por seus atos. Mesmo após explorar tantas correntes filosóficas, afinal, como podemos dar um fim para o Paradoxo de Epicuro? O Deus aristotélico é a saída que temos desse paradoxo. Para concluir:
“Deus não se interessa pelo mundo, apesar de o mundo interessar-se por Deus. Interessar-se pelo mundo, argumenta Aristóteles, é ser imperfeito, pois significa sujeitar-se a emoções, deixar-se mover por preces, pedidos ou imprecações e até chegar a ponto de modificar o próprio espírito, em virtude das ações, desejos ou pensamentos alheios. Mas Deus, ser imutável e perfeito, não é movido por paixão. Move o mundo como um amante move o objeto amado.” — Disponível em: https://arazao.org/deus-segundo-aristoteles
10 notes · View notes
schizofia · 1 year
Video
youtube
O que é um rizoma? Introdução a Mil Platôs
15 notes · View notes
transparentcarol · 1 year
Text
Fexi
Lexi:Você tem instagram ou twitter? Feszo:Não mesmo! Lexi:Sério?!Pq? Fesco:Por que eu quero que alguém saiba o que eu penso e sentindo? Lexi:Para se coneceter com pessoas do mesmo interesse. Fresco:Eu acho que as pessoas compartilham coisas demais ali... Lexi:Online? Fresco:Sim,elas estragam o mistério. Vamos supor que eu goste de uma garota. Eu quero descobrir sobre ela do meu jeito. Eu não quero que o Google me diga. Eu quero ir descobrindo sobre ela aos poucos -EUPHORIA
5 notes · View notes
vi1quaresma · 1 year
Text
“É mais fácil você querer salvar o mundo que arrumar o seu próprio quarto”.
9 notes · View notes
nimbartgallery · 2 years
Text
Uma pedra preciosa da literatura luso-guineense
Uma pedra preciosa da literatura luso-guineense
Amadu Dafé consagra-se como grande escritor Por Mário Beja Santos Continuamos a falar do romance A Cidade Que Tudo Devorou, por Amadu Dafé, Nimba Edições, 2022 O autor lavra esta sua tragédia com inovação na escrita, este é português com terminologia guineense, o belo crioulo há séculos inventado e sempre mutante; tragédia porque houve traição, não se cumpriram os sonhos de Cabral, houve…
Tumblr media
View On WordPress
2 notes · View notes
arlindenor1 · 2 months
Text
Estranhamentos,lamentos e outras rimas-Alaor Junior
A pergunta base é: você já se sentiu um estrangeiro dentro do seu meio? Sim?! Trocando em miúdos, tem enfrentado sensações justificadas por uma agonia que se podenomear por estranhamento? Então, essa condição desconfortável e inusitada vem acometendo muitos sujeitos, em especial os que se permitem enxergar o mundo sob as lentes da realidade. A questão é que tais lentes retiram dos que se colocam…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
windsof-heaven · 1 year
Text
Tumblr media
Morte de Sócrates - Jacques-Louis David, 1787
Lendo a passagem de Lucas 23:2 onde relata a acusação de Jesus pelos principais sacerdotes, diz o seguinte: "Encontramos este homem perventendo a nossa nação". Muito semelhante á acusação de Sócrates, que foi condenado por "corromper os jovens com sua filosofia". Mesmo ambos sendo homens justos e pacíficos.
O que é esta semelhança? A prefiguração do Cristo. Como é belo ver tudo conectando-se a Ele, o qual criou o mundo. Como diz o Guilherme Freire "É natural que as histórias humanas sejam construidas á imagem e semelhança de Deus, pois este mundo é criado a semelhança dEle. Por isso, a história do Cristo é um paradigma sobre o qual todas as outras são criadas. Todas as histórias parecidas com a dEle estão o louvando. Toda história da cultura tem características em comum com o Cristianismo, menos a modernidade ideologica. Nada que tem valor na história da humanidade parece com a cultura secular e atéia contemporânea. A cultura clássica conflui para a cultura cristã do que a nossa cultura desconstruida que não conflui para nada, apenas a negação de si mesma."
2 notes · View notes
relaxaaienem · 2 years
Text
Conteúdos mais cobrados no Enem 2022
Na Matriz Referência ENEM, documento elaborado pelo Ministério da Educação (MEC), é possível conferir todos os assuntos e competências exigidos pelo exame. 
O número de temas é bastante expressivo, sendo bem difícil se aprofundar em tudo que pode ser cobrado nas provas, mas é possível estudar as matérias que mais caem por área de conhecimento como listamos abaixo. 
Ciências Humanas
As questões de Ciências Humanas abordam os conhecimentos de história, geografia, sociologia e filosofia.
Período colonial e escravidão no Brasil
Era Vargas
Ditadura Militar no Brasil
Revolução Industrial
Primeira e Segunda Guerra Mundial
Nazismo e Fascismo 
Guerra Fria 
Urbanização
Globalização
Meio Ambiente
Migrações
Cartografia
Desenvolvimento humano e social 
Geopolítica 
Relações de trabalho
Movimentos Sociais
Pensadores da Grécia Antiga 
Correntes sociológicas e filosóficas antigas e contemporâneas
Linguagens
As questões de Linguagens abordam conhecimentos relacionados com língua portuguesa, literatura, educação física, artes e língua estrangeira. 
Interpretação de texto
Gramática
Estruturas textuais 
Movimentos literários
Esportes e cuidados com o corpo
Modernismo
Vanguardas europeias 
Vocabulário
Conjugação verbal
Ciências da Natureza
Na prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, os estudantes encontrarão perguntas sobre biologia, química e física.
Ecologia e sustentabilidade
Ecossistema
Sistema Imunológico
Genética, DNA e RNA
Estequiometria
Ligações químicas e polaridade
Reações orgânicas e inorgânicas
Eletroquímica
Radioatividade
Cadeias Carbônicas 
Energia, trabalho e potência
Ondas
Mecânica
Acústica
Calorimetria
Resistores 
Matemática 
Diferente das outras áreas, que abordam mais de uma disciplina, essa prova é voltada exclusivamente para matemática.
Equações e funções de 1° e 2° grau
Porcentagem
Matemática financeira
Razões e proporções
Noções de estatística
Circunferências
Leitura e interpretação de gráficos 
Geometria plana e espacial
fontes:
11 notes · View notes
juventudepsiquica · 2 years
Text
Simulações e Simulacros
Tumblr media
"Já não há sujeito, nem ponto focal, já não há centro nem periferia: pura flexão ou inflexão circular. Já não há violência nem vigilância: apenas a «informação», virulência secreta, reação em cadeia, implosão lenta e simulacros de espaços onde o efeito de real ainda vem jogar."
Jean Baudrillard não é exatamente um sujeito fácil, daqueles filósofos que buscam expor uma ideia com clareza, em uma rota que vai do desconhecido para o conhecido. Como alguém que se declara um "terrorista e niilista em teoria", os textos dele são mapeados para alcançarem certos objetivos, e por isso percorrem rotas que muitas vezes passam longe de qualquer conceito conhecido. Há uma necessidade de desconstruir e atacar em seus livros, e Simulações e Simulacros — onde ele abandona seu passado sedimentado em psicanálise e marxismo — é seu ataque mais feroz.
Para o francês, o Real já se foi e agora é melhor representado pela figura do deserto (o que nos leva à famosa cunhada por ele e posteriormente eternizada por Morpheus): vivemos em um mundo que se tornou arena para circulação de signos, que não necessitam mais de referenciais e objetos para existirem. Tais signos efetivamente assassinam seus referenciais e dispensam a necessidade de serem apêndices linguísticos de coisas concretas.
Tumblr media
"Nesta passagem a um espaço cuja curvatura já não é a do real, nem a da verdade, a era da simulação inicia-se, pois, com uma liquidação de todos os referenciais - pior: com a sua ressurreição artificial nos sistemas de signos, material mais dúctil que o sentido, na medida em que se oferece a todos os sistemas de equivalência, a todas as oposições binárias, a toda a álgebra combinatória."
O autor divide sua tese em pequenos temas, para expandi-los em grandes análises: descrever as cidades utópicas da Disney é falar sobre os espaços que se desfazem nas nossas modernas metrópoles (mais ou menos assim: "Tal como as centrais elétricas e atômicas, tal como os estúdios de cinema, esta cidade, não sendo ela própria mais que um imenso cenário e um perpétuo"). Não é mais possível se perder em suas ruas, como teorizou Walter Benjamin. Criticar Apocalypse Now é pensar na guerra como estabelecida pelo Império dos Estados Unidos — o campo de batalha não mais está interessado em diferenciação territorial, mas em produção de imagens e conteúdo ("A guerra como meio de arruinar, como fantasia tecnológica e psicodélica, a guerra como sucessão de efeitos especiais"). As rotas de Baudrillard envolvem nos colocar em caminhos conhecidos e nos jogar em um local desconhecido, um Deserto do Real, onde apenas signos autônomos e sem origem ou fim circulam.
Mesmo que o francês acelere fundo em um tipo de pós-estruturalismo da pesada, uma filosofia igualmente sem referenciais claros, ainda é possível encontrar certos ecos de sua época de psicanalista, ao analisar certas manifestações da pulsão de morte freudiana, ou analisar de forma certeira e intensa toda a abertura dos corpos na era contemporânea, simbolizada no filme Crash — "(...) na visão explosiva de um corpo entregue às 'feridas simbólicas', de um corpo confundido com a tecnologia na sua dimensão de violação e de violência, na cirurgia selvagem e contínua que ela exerce. (...) Não existe afeto por detrás de tudo isto, não existe psicologia, nem fluxo, nem desejo, nem libido, nem pulsão de morte".
Tumblr media
E, apesar de Baudrillard ocultar muitas de suas ideias em uma névoa contínua, ele é bem sincero sobre como admira em certa medida essa nova morte de Deus, do capitalismo que produz e tenta se libertar de seu pesado exoesqueleto, todo um arcabouço linguístico que se transforma, canibaliza e busca matar os próprios progenitores. E, como todo revolucionário, faz ainda um chamado às armas para uma luta terrorista nesse deserto (enquanto define o próprio livro como um ataque do tipo).
"(...) é neste universo tático do simulacro que vai ser preciso lutar - sem esperança, a esperança é um valor fraco, mas no desafio e no fascínio. Pois não há que recusar o fascínio intenso que emana desta liquefação de todas as instâncias, de todos os eixos do valor, de toda a axiologia, incluindo a política. Este espetáculo, que é ao mesmo tempo o da agonia e do apogeu do capital, ultrapassa em muito o da mercadoria descrita pelos situacionistas. Este espetáculo é a nossa força essencial. Já não estamos numa correlação de forças incerta ou vitoriosa, mas política, relativamente ao capital, esse é o fantasma da revolução."
Tumblr media
Que tipo de terrorista atenderá seu chamado e quando isso ocorrerá não era uma questão de preocupação do autor.
8 notes · View notes
Text
Friedrich Nietzsche é frequentemente associado ao conceito de niilismo, que é a rejeição de princípios religiosos e morais e a crença na falta de sentido da vida. No entanto, é importante notar que as visões de Nietzsche sobre o niilismo eram complexas e evoluíram ao longo do tempo. Em alguns de seus trabalhos anteriores, ele criticou o niilismo e o viu como uma ameaça perigosa para a sociedade. Mais tarde, ele argumentou que o niilismo poderia ser superado por meio da criação de novos valores e da afirmação da vida. Em sua filosofia madura, Nietzsche rejeitou a moralidade e a religião tradicionais, mas não abraçou o niilismo no sentido de uma rejeição total de todos os valores. Em vez disso, ele acreditava na importância de criar os próprios valores com base na vontade individual de poder. As ideias de Nietzsche continuam a ter um impacto significativo na filosofia e cultura contemporâneas.
Tumblr media
2 notes · View notes
menterefletida · 3 months
Text
Homunculus
O que significa ser humano?
Como o mangá “Homunculus” de Hideo Yamamoto incorpora a corrente filosófica do Existencialismo e o que significa ser humano.
Tumblr media
Homunculus, Volume 11 — Nakoshi pergunta para Ito o que significa ser humano.
“Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida – ninguém, exceto tu, só tu.” — Friedrich Nietzsche
Homunculus - Contextualização
O que significa ser humano?
Em Homunculus, acompanhamos um homem de 34 anos chamado Susumu Nakoshi, um ex-banqueiro que encontra-se em situação de rua. Ele é chamado pelos moradores de rua de “morador de rua que usa terno”. Ao contrário do que muitos pensam, Nakoshi não conseguiu aderir à vida de morador de rua por completo, então passa as noites em seu carro. Nakoshi costuma deixar tal carro estacionado perto da praça do hotel onde um dia ele trabalhou fazendo negócios.
Não demora muito para que uma pessoa estranha, chamada Manabu Ito, bata na janela de seu carro, oferecendo 700 mil ienes (equivalente a 23 mil reais) para que ele passe por um procedimento médico chamado de trepanação. O procedimento em si é um tipo de cirurgia na qual são feitos furos no crânio – nesse caso com o intuito de desenvolver dons paranormais. 
Nakoshi recusa a oferta, porém, mais tarde seu carro é rebocado e ele não possui dinheiro para trazê-lo de volta, então procura Manabu Ito para voltar e aceitar a proposta. Manabu justifica que procurou pessoas para passar por tal procedimento somente por pura curiosidade, pois queria saber o que aconteceria e se realmente a trepanação despertaria um sexto sentido.
Com a cirurgia feita, Manabu fez Nakoshi passar por testes para pôr em prova seu sexto sentido, fazendo com que Nakoshi visitasse lugares assombrados e usasse somente a intuição em jogos de memória, mas nada de extraordinário aconteceu. Sem pensar muito, Nakoshi foi para uma praça sozinho e sentou em um banco, com pouco tempo, uma ventania levantou poeira.
A poeira caiu dentro de seu olho direito, e esfregando o mesmo, Nakoshi viu o mundo somente com seu olho esquerdo. A partir desse momento, Nakoshi começou a enxergar o mundo pelo que ele realmente é.  Nakoshi tornou-se capaz de ver as pessoas como elas realmente são, sem limitações. Manabu definiu as coisas que Nakoshi via como “Homúnculos”.  
Tumblr media
Homunculus, Volume 03 — Manabu mostra a Nakoshi o “homenzinho dentro do cérebro”. 
Na neurologia, o homúnculo sensitivo seria uma representação de como os seres humanos seriam caso o tamanho dos segmentos corporais fossem proporcionais ao tamanho da área que ocupam no córtex somatossensorial primário.
Manabu explicou para Nakoshi que a manifestação das experiências transformadas em memórias construídas no cérebro ao longo do tempo é esta forma pura do homúnculo. As distorções escondidas nas profundezas da mente das pessoas tomam a forma desses monstros. Nakoshi agora quer ajudar as pessoas a se livrarem dessas distorções, ajudá-las a aceitarem quem são e viverem sem medo de serem verdadeiras consigo mesmas.
Ao ajudar as pessoas a reconciliarem com elas mesmas, Nakoshi fica involuntariamente com uma das partes que formava o homúnculo dessas pessoas.
Tumblr media
Homunculus, Volume 06 — Nakoshi vê com seu olho esquerdo o braço e a perna que pegou das pessoas que ajudou. 
Longe de seu digno objetivo se encontra Nakoshi, pois ele é um mitomaníaco que tem um histórico de abusar de pessoas emocionalmente, fisicamente e economicamente. Ninguém consegue esconder sua verdadeira natureza por muito tempo. Nakoshi estava disposto a ajudar as pessoas com seus homúnculos, mas não se importou muito como faria isso. Todas as pessoas que ele chegou a ajudar foram machucadas por ele de algum modo. 
E com esse pretexto de ajudar pessoas, Nakoshi foi perdendo a mentalidade de realmente ajudá-las, ele agora só queria ajudar os outros para que pudesse encontrar a si. Ele enlouquece, faz mais buracos no crânio por conta própria para tentar “fortalecer” a sua habilidade de ver homúnculos e vive em um frenesi inacabável, chegando a matar sua ex-namorada após fazer uma trepanação na mesma, enlouquecer e ser preso logo depois.
Tumblr media
Homunculus, Volume 15 — Nakoshi é encontrado pela polícia e os enxerga como sendo ele mesmo graças ao seu olho esquerdo.
Homunculus - Associação
O que significa ser humano?
Ainda seguindo a linha do existencialismo, o que significa ser humano? Nakoshi faz essa pergunta para Ito, agora que a pesquisa sobre trepanação estava concluída e fechada, qual seria a resposta dessa pergunta? 
Nakoshi segue sua linha de raciocínio dizendo que humanos são formas e a falácia do ser humano ser “alma” ou “consciência” é tolice. É por humanos terem formas que eles são capazes de ver, ouvir, cheirar, tocar, saborear e comunicar-se com os outros. É por existirem esses “amontoados de carne em forma de humanos” capazes de controlar almas que “humanos” existem. Sem formas, os humanos seriam incapazes de sofrer.
Lembrando do passado, Nakoshi conta como sentia-se invisível e que não era nem capaz de sofrer por ser feio e tedioso. Ele conseguiu um trabalho que pagava bem, fez cirurgias plásticas e subiu na vida, começou a pernoitar com qualquer mulher que desejava, sua vida estava repleta de comodidades e mesmo assim não sentia-se completo, ele não sentia nada. Nakoshi decidiu jogar tudo isso fora, pois percebeu que mesmo com toda a beleza e todo o dinheiro que conseguiu, ainda estava sendo tratado como um homem invisível, as pessoas ao seu redor só estavam olhando para o seu dinheiro. 
A sua situação de rua foi algo voluntário, algo que decidiu fazer como pretexto para entrar em uma jornada onde pudesse encontrar-se.
O que significa ser humano? Homunculus nos responde de forma clara: ser humano é ter uma forma, encontrar a si e sofrer ao nos encontrarmos.
Tumblr media
Homunculus, Volume 12 — Nakoshi fazendo mais  uma trepanação em si.
“Torna-te aquilo que és.” — Píndaro
(material de estudo/referências: 01, 02, 03, 04, 05)
6 notes · View notes
elcitigre2021 · 1 year
Text
“Se você quer buscar paz de espírito e felicidade. Então acredite. Se você quer ser um discípulo da verdade, então investigue.” ~ Friedrich Nietzsche ~
Tumblr media
Friedrich Wilhelm Nietzsche foi um filósofo, filólogo, crítico cultural, poeta e compositor prussiano do século XIX, nascido na atual Alemanha. Escreveu vários textos criticando a religião, a moral, a cultura contemporânea, filosofia e ciência, exibindo uma predileção por metáfora, ironia e aforismo.
Nietzche começou a ganhar notoriedade como um pensador radical e subversivo. Eu seu trabalho chamado “O nascimento da tragédia”, ele começou a lidar com uma questão: “como lidar com o sofrimento”, em um mundo desprovido de Deus.
E para inspiração, ele se voltou para as idéias dos gregos. E ganhou um novo foco para suas devoções, o compositor alemão Richard Wagner. Em Maio de 1872, a pedra fundamental de Wagner foi lançada em seu concerto no Festival de Teatro de Bayreuth. Um dos convidados da Cerimônia foi Nietzche. Wagner se tornou uma obsessão e uma inspiração. Nietzche começou a acreditar que no trabalho de Wagner, ele vislumbrou que a vida teria valor em si mesma, através da arte, e através da maior forma de arte de todas: música.
Nietzche enxergava Wagner como um gênio artístico, e que sua música traria de volta um renascimento cultural baseado no modelo clássico de tragédia. Era uma forma de arte com a qual Nietzche estava convencido que poderia transformar um mundo cheio de sofrimento em algo belo e repleto de significado.
Mas como Nietzche chegou a escrever “O nascimento da tragédia” ?
Nietzche escreveu esse livro após uma série de intensas conversas com Wagner. Wagner estava desenvolvendo uma teoria revolucionária de arte, em que a arte pode transformar a sociedade. Nietzche queria prover a filosofia para isso. Ele encontrou na tragédia grega um modelo para esse pensamento. A tragédia grega conta estas histórias viscerais sobre pessoas em conflito, sofrendo e se destruindo. Entretanto era o gênero dominante para conduzir ao pensamento da glória e da graça. Consequentemente, ele encontrou na tragédia grega um caminho para falar do homem hoje, como um ser sofredor, descobrindo sentido na vida, encontrando a verdade.
Nietzche estruturou seu livro em uma oposição entre dois deuses. Apolo e Dionísio. Apolo representava a luz, a verdade da lógica e do controle. E desde o princípio do amor germânico pelos gregos, eles associam a Grêcia com racionalidade com o princípio da filosofia. Mas Nietzche decidiu que ele gostaria de focar mais em Dionísio. A figura que confunde fronteiras, que dança, que é selvagem, os sentimentos viscerais, ele fez disso o centro de sua tragédia. Então ele se colocava contra a filosofia, contra o senso de que lógica é o caminho para a verdade. Ele queria buscar outro tipo de verdade, outro poder transformador.
Era uma forma de reagir contra a forma germânica dominante e tradicional de pensamento que focava no herói individual. Para eles, o indivíduo que sofria, de alguma forma transcendia a si mesmo através do sofrimento. Uma mensagem muito Cristã. Nietzche era o reverso disso, para ele o indivíduo perdia a si mesmo no coletivo e encontrava em uma experiência coletiva uma experiência estática e transformadora. E isso foi o que ele viu na música de Wagner, isso é o que ele viu na tragédia. Então de alguma forma, o sofrimento que era uma condição de todos, foi transformada por essa experiência como uma afirmação da vida. Essa vida, aqui e agora.
Então é como aquela sensação de um concerto de Rock, você tem a idéia de que se perde de si mesmo nessa grande experiência coletiva. E não podemos esquecer que a Ópera, no século 19, era o Rock de seu tempo, e Wagner era o astro de Rock de seu tempo. E Nietzche acreditava que este era um caminho pelo qual a sociedade poderia ser transformada através de um senso de experiência coletiva, através do qual você pode sair e mudar o mundo.
Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas. ~ Friedrich Nietzsche ~
3 notes · View notes
claudiosuenaga · 1 year
Text
Tumblr media
A descensão ontológica do homem segundo Eric Voegelin
“Apenas homens singularmente bons podem se ofender tão profundamente com o mal”. (Eric Voegelin)
Nascido em Colônia, na Alemanha, em 3 de fevereiro de 1901, e falecido em Stanford, Califórnia, em 19 de janeiro de 1985, Eric Herman Wilhelm Voegelin foi um cientista político teuto-americano e scholar interdisciplinar conhecido por seus estudos sobre o pensamento político moderno e por seus esforços para criar uma filosofia compreensiva do homem, da sociedade e da história.
Obteve seu Ph.D. na Universidade de Viena em 1922, onde lecionou direito entre 1922 e 1938. Quando os nazistas anexaram a Áustria, Voegelin fugiu para a Suíça e em seguida migrou para os Estados Unidos; em 1944 naturalizou-se norte-americano.
Em seu novo país, lecionou na Universidade de Harvard, no Bennington College, em Vermont, na Universidade do Alabama e na Universidade do Estado da Louisiana. De 1958 a 1969 lecionou ciência política na Universidade de Munique, em sua pátria de origem, retornando em seguida para os Estados Unidos e associando-se como pesquisador sênior ao Hoover Institution on War, Revolution and Peace, junto à Universidade de Stanford, na Califórnia.
Voegelin estudou não só instituições políticas, mas também símbolos linguísticos e a natureza da civilização, tanto em textos antigos como em contemporâneos. Ele argumentava que havia uma “linha de símbolos” dentro da história, que é básica para o sucesso da teoria política. Para Voegelin, o modernismo é gnóstico e imbuído de crise.
Entre suas principais obras enumeram-se: Der Autoritäre Staat (1936), A Nova Ciência da Política (1952), Order And history, 5 vols. (1956, 1957, 1957, 1974 e 1987), Science, Politics and Gnosticism (1959), Anamnesis (1966) e From Enlightment to Revolution (1975). De acordo com a American Political Science Review, Voegelin representou para os americanos “um dos mais distintos intérpretes das correntes não liberais do pensamento europeu”.
O padrão recém-descrito certamente caracteriza as sucessivas ondas dos movimentos, mas concretamente é perturbado por alguns outros fatores. O conceito de padrão se ajusta de forma perfeita apenas à primeira onda, a da Reforma. Na segunda onda, que começou com a Revolução Francesa, o padrão se complica com a entrada da Rússia na política mundial. E, na terceira onda, que começou a Revolução Comunista, as fases do padrão são seriamente perturbadas pelas complicações advindas de dentro e de fora da Civilização Ocidental.
De dentro, o problema de uma Alemanha Nacional Socialista embaça os alinhamentos dos campos antagônicos; ainda de dentro, o caráter da aliança muda profundamente com a emergência dos Estados Unidos como potência mundial; e de fora, novamente a elevação da Rússia a uma nova ordem de grandeza complica a simplicidade que o padrão tinha na primeira onda.
As ondas dos movimentos não constituem um affair de história antiga, pois cada uma delas deixou seu sedimento de posições intelectuais e políticas na composição da civilização contemporânea. Num certo sentido, todas estas ondas “coexistem” hoje; suas posições sedimentadas estão vivas e a luta entre os movimentos e os contra movimentos ainda está em curso em nosso tempo.
O que chamamos de embate de opiniões em nossa sociedade “pluralista” é concretamente a guerra dos movimentos que chega até os dias de hoje. O clima moral de hoje, o problema das comunicações em nossa democracia, somente pode ser compreendido se mergulharmos para além da suposição eufemística de um debate racional — conduzido entre inquiridores da verdade com intenções pacíficas — para dentro do sangue e da fedentina da guerra, que já se alonga por quatro séculos e meio, sem um fim à vista.
Tumblr media
Essa imersão é especialmente necessária, se quisermos entender as recomposições das alianças, que em caso contrário seriam confusas — na verdade tão confusas que muito pensador político se arruinou, por não conseguir compreender o jogo que se praticava. Pois, da mesma forma que as ondas dos movimentos se sucedem umas às outras, ex-inimigos tornam-se amigos quando se defrontam com a iminência de um novo perigo comum; e até mesmo o novo inimigo juntar-se-á, no futuro, às fileiras dos poderes estabelecidos, quando surgir a próxima ameaça.
Aqueles que haviam sido inimigos viscerais na Reforma e na Contra-reforma descobriram, por trás de seu Protestantismo e Catolicismo, que tinham em comum uma religião cristã, quando a Revolução Francesa os confrontou com o culto da razão. E, com a ascensão do Comunismo, não só católicos e protestantes conseguiram cooperar em partidos democrata-cristãos, mas até liberais secularistas conseguiram descobrir a base que tinham em comum com os cristãos.
Este padrão de realinhamento, no entanto, sofre das mesmas complicações de que sofre o próprio padrão dos movimentos. Sob a pressão do perigo Nacional Socialista, aqueles que haviam sido inimigos na terceira onda agora reuniram-se numa frente comum sob a égide da política do Front Popular inaugurada por Stalin em 1934 e continuada nos movimentos de Resistência da Segunda Guerra Mundial.
E, na medida em que se rompia essa aliança artificial, com o fim do perigo Nacional Socialista, ela deixava em sua esteira a batalha pela alma de grandes setores das democracias ocidentais, a qual se expressa, especialmente na França e na Itália, pela discrepância entre a filiação estagnante, senão decrescente, ao Partido Comunista, e o vigor do voto comunista.
Estes são fatos objetivos sobre o caráter da opinião nas sociedades democráticas contemporâneas. Não estamos lidando com seres humanos que têm esta ou aquela opinião enquanto indivíduos, mas com cristãos e secularistas; não com cristãos, mas com católicos e protestantes; não com simples liberais seculares, mas com os liberais da livre iniciativa, de velha cepa, e com os liberais modernos de estilo socialista; e assim por diante.
É a esta rica diversificação de opinião socialmente entrincheirada e violentamente estridente que damos o nome de sociedade pluralista. Ela recebeu sua estrutura em função de guerras, e estas guerras continuam acontecendo.
A nobre e bela imagem de uma busca da verdade, em que a humanidade está engajada, com os meios de persuasão pacífica, em dignificada comunicação e correção de opiniões, está em total desacordo com os fatos. E é no meio dessa grave situação, em que as diferenças de opinião causam guerra, em vez de levar a entendimentos de paz, que encontramos o nosso problema da comunicação.
Segundo nos assegura Voegelin, a sociedade existe na e pela comunicação. Ora, se o objetivo principal da política é a vivência democrática, esta, por sua vez, não pode prescindir de uma perspectiva moral, já que não há democracia sem compostura moral. Dessa forma, democracia, comunicação e moralidade são, pois, três conceitos que se co-implicam, formando um tridimensionalismo polar (parafraseando Miguel Reale), o que ressalta a ideia de que uma não pode subsistir sem a outra, apesar de que comumente possam se mostrar em conflito.
A comunicação de caráter substantivo, no sentido da persuasão platônica, preocupa-se com a ordem correta da psique humana. A ordem da alma depende — se pudermos agora usar a terminologia agostiniana — do amor Dei; ela será perturbada quando o amor sui, o amor próprio, prevalecer sobre o amor a Deus.
Já os movimentos de que falei são um fenômeno de importância histórica mundial, no sentido de que eles constituem a revolta da sociedade ocidental contra Deus. Esta revolta expressou-se em três grandes atos simbólicos: (1) na remoção do Papado, enquanto representação da ordem divina, da cena pública do mundo ocidental; (2) no regicídio; e (3) no deicídio.
O afastamento do papado de seu lugar na ordem pública do mundo ocidental é o resultado simbólico da primeira onda de movimentos. Quando foram negociados os tratados de Münster e de Osnabrück, a Cúria não teve acesso à reunião, apesar de constar em sua pauta o importante item da redistribuição e secularização dos principados eclesiásticos.
Os protestos da Cúria nem sequer receberam resposta. Em 1648, o papado desapareceu da cena diplomática da ordem europeia. O anti-papismo, que se tornou patente nesta época, teve consequências significativas sobre a área das comunicações, na medida em que Milton desejava reservar liberdade de imprensa para a opinião protestante na Inglaterra, enquanto Locke explicitamente excluía os católicos de qualquer tolerância no reino inglês. As restrições políticas aos católicos continuaram até o século 19, na Inglaterra; e as restrições sociais continuam até hoje nos países anglo-saxões.
Se, por um lado, a remoção do papado da ordem pública do Ocidente mal foi reconhecida como o primeiro dos grandes atos de revolta, por outro, é bem compreendida a ligação que existiu entre o regicídio e o deicídio como atos simbólicos de revolta contra Deus. Recomendo-lhes que se reportem a um admirável estudo recente sobre o assunto, a L’homme revolté, de Albert Camus.
A execução de Carlos I não foi uma manifestação violenta de republicanismo contra um tirano, mas um ataque contra o “reino divino”, contra o rei enquanto representante da ordem transcendental na comunidade, e sua substituição como fonte de autoridade pela comunidade dos santos no sentido puritano. E quanto ao sentido da comunidade dos santos, de novo encareço-os a pesquisarem a literatura sobre o assunto, especialmente Hooker e Hobbes. A decapitação do rei foi, então, seguida pela decapitação de Deus, no culto da Revolução Francesa, na declaração da morte de Deus na Fenomenologia de Hegel, na substituição de Deus pelo super-homem levada a termo por Marx e Nietzsche.
Os atos simbólicos de revolta não podiam ser tomados sem desculpas, não podiam fazer sentido se não fossem precedidos pelo florescimento de um novo clima intelectual. E os termos de sua justificação tornaram-se os símbolos da linguagem no embate de opiniões em nossa sociedade pluralista. Vou insistir brevemente sobre esta questão, pois a moralidade da comunicação está intimamente ligada à verdade de seus conteúdos.
A moralidade é inseparável da racionalidade do discurso — a racionalidade entendida no sentido substantivo de veracidade. Se a linguagem empregada na comunicação é irracional, a moralidade da própria comunicação fica prejudicada na proporção direta de sua irracionalidade. Desta seara sem fim de problemas, vou abordar apenas o movimento da redução ontológica quanto à fonte aceita de ordem no homem e na sociedade. Por este movimento entende-se a transformação de nossa concepção de sociedade pelo rebaixamento da substância de ordem do logos, na hierarquia ontológica, para o nível das substâncias orgânicas e dos impulsos.
Nas concepções clássicas e cristãs de sociedade entende-se que a substância da ordem consiste na homonoia de seus membros. Os homens são membros da sociedade na medida em que participam do nous, no sentido clássico, ou do logos, no sentido cristão. Esta concepção de ordem social predominava ainda em pleno século 17.
Tumblr media
Foi só então, no Leviatã, que Hobbes eliminou o summum bonum divino da hierarquia do ser; e como a racionalidade da ordem desapareceu juntamente com o summum bonum, ele de forma dramática introduziu o summum malum, o medo da morte, que é uma paixão, como a nova força que injetaria razão na ordem da sociedade. A questão nunca mais foi reafirmada de maneira tão clara quanto o foi por ocasião de seu aparecimento inicial em Hobbes.
No século 18, a nova situação de uma sociedade sem a ordem de um summum bonum divino já é aceita de forma inquestionável; e a busca por sucedâneos ontológicos para a ordem, apenas semiconsciente das implicações do empreendimento, já se encontra em pleno andamento.
As principais fases da busca são bem conhecidas. A era da razão recebeu seu nome, não porque fosse particularmente razoável, mas porque os pensadores do século 18 acreditavam ter encontrado na Razão, com R maiúsculo, o sucedâneo da ordem divina. A construção era instável, porque a razão humana, no sentido imanentista, isto é, a razão sem participação na ratio aeterna, é desprovida de substância ordenante.
Podia-se falar sobre razão e proclamar que certas verdades eram auto evidentes, desde que os conteúdos da ordem ainda encontrassem aceitação social pela força da tradição; mas a questão da validade não podia ser adiada para sempre. No curso das tentativas de encontrar uma base mais sólida para o novo credo imanentista, a razão que havia sido esvaziada de substância foi dotada com o significado de uma racionalidade no sentido pragmático de coordenação adequada de meios e fins.
A redução do significado da razão, no entanto, apenas tornou mais dolorosamente claro o vácuo criado pela abolição do supremo bem como fonte de ordem racional. Onde deveria a cadeia infinita dos meios e fins em ação encontrar seu ancoradouro, se o logos da ordem desaparecera? O utilitarismo parecia ter encontrado uma resposta no auto interesse do homem, que cuidaria que suas ações não lhe fossem prejudiciais, mas úteis.
Mas a concepção de ordem pelo maior bem do maior número, ou pelo equilíbrio do auto interesse esclarecido, ou pelo equilíbrio mais específico alcançado com a busca do lucro econômico, revelou-se destoante frente à desordem e ao sofrimento humano produzidos concretamente nas sociedades que viveram os primórdios da Revolução Industrial.
Como o amor a Deus era tabu, Comte inventou o amor autônomo ao homem, e cunhou para este sentimento recém-descoberto o termo altruísmo. O auto interesse do homem, que agora adquiria a conotação de egoísmo, poderia ser complementado pelo novo altruísmo como uma força estabilizadora da ordem no utilitarismo de um John Stuart Mill.
A tentativa de substituir a razão pelo útil foi seguida por outras etapas de descensão ontológica — como, por exemplo, pelo descenso às forças tecnológicas da produção, em Marx; à estrutura racial dos grupos humanos, em Gobineau e seus seguidores; e, finalmente, aos impulsos biológicos, na psicologia do inconsciente. Assim, a substância da ordem desceu, na escala ontológica, a partir de Deus, resvalando hierarquia abaixo pela razão, a inteligência pragmática, a utilidade, as forças de produção e determinantes raciais, até chegar aos impulsos biológicos.
Este deslizamento da substância da ordem pelos níveis da hierarquia ontológica interessa tanto ao historiador quanto ao filósofo. Pois, do século 18 ao presente, a redução ontológica completou seu curso. O âmbito de possibilidades teóricas para se encontrar sucedâneos ao summum bonum está em princípio esgotado. Esta observação não implica, porém, que novas variações de etapas anteriores da redução estejam impedidas de se desenvolver e encontrar aceitação temporária; também não sugere que reduções anteriores firmemente entrincheiradas perderão em futuro próximo seu poder como credos sociais. No entanto, o fato de a redução ter completado todo seu curso não deve ser tratado como algo sem importância. Para o cientista social, este fato é o indício mais importante de que a “modernidade” esgotou seu ciclo.
Tumblr media
Vou agora extrair algumas conclusões dos tópicos escolhidos e brevemente esboçados. A moralidade é inseparável da racionalidade. A conexão será esclarecida pela definição de consciência dada por Etienne Gilson: A consciência é o ato de julgamento pelo qual aprovamos ou reprovamos nossas ações à luz de princípios morais racionais. Para agir racionalmente, o homem tem que saber quem ele é, em que espécie de mundo ele vive, e qual é sua posição na ordem do ser. Um homem confuso quanto à essência de sua existência é um homem incapaz de ação racional; e se ele é incapaz de ação racional, é também incapaz de ação moral.
Se a “opinião” é caracterizada pelas concepções de natureza humana e de ordem social que surgiram no decurso da redução ontológica, o conhecimento da essência da existência fica seriamente perturbado. E se perturbações desse tipo determinam o clima de opinião — como de fato o fazem, em nossa sociedade “pluralista” — as opiniões comunicadas se tornam irracionais, enquanto os atos de comunicação se tornam moralmente deficientes na proporção de sua irracionalidade.
A comunicação, mesmo que seja substantiva em intenção, será, não formativa, mas deformativa da personalidade, se a concepção de ordem que ela comunica muda um nível da descensão ontológica. Além disso, o tipo de comunicação pragmática que diferenciamos adquire um significado novo e sinistro, nessa situação, na medida em que a comunicação se torna essencialmente pragmática ao se deslocar para o nível da substância substituta. Ela não consegue, de maneira alguma, funcionar como persuasão, no sentido platônico, mas apenas levar a estados mentais de conformismo e a comportamentos de conformidade.
E, finalmente, como a natureza humana, mesmo sob o ataque da comunicação pragmática, continua a ser o que ela é, deve-se esperar que a resistência ao propósito do comunicador venha a se valer dos recursos de uma alma que é essencialmente aberta a Deus. Desde que se tornou essencialmente pragmática, a comunicação não pode mais confiar na persuasividade da razão, que ela decapitou. Para alcançar seu propósito, o comunicador pragmático, por conseguinte, tem que confiar no arsenal de truques psicológicos — suppressio veri e suggestio falsi, repetição, a “grande mentira”, e assim por diante — para criar as dispersões emocionais que irão prevenir seu público de questionar a autenticidade substantiva de sua comunicação. Por essa razão, a comunicação essencialmente pragmática é inevitavelmente levada à intoxicação.
Texto resgatado, reunido e compilado por Cláudio Suenaga.
Cláudio Suenaga é mestre em História pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), onde defendeu a primeira dissertação de mestrado sobre o Fenômeno OVNI no Brasil. Colaborador de inúmeras revistas e escritor com cinco livros publicados, milita como jornalista investigativo à caça de civilizações desaparecidas, cidades perdidas, monumentos megalíticos, tecnologia avançada antiga, fenômenos ufológicos, paranormais, milagrosos e sobrenaturais, seitas messiânicas, milenaristas e satânicas, sociedades secretas e todo tipo de teorias conspiratórias e mistérios em geral.
Tumblr media
Ajude-me no Patreon: https://www.patreon.com/suenaga
Inscreva-se no meu Canal no YouTube: https://www.youtube.com/ClaudioSuenaga
Site Oficial: https://claudiosuenaga.yolasite.com
Blog Oficial: https://www.claudiosuenaga.com.br/
Facebook (perfil): https://www.facebook.com/ctsuenaga​
Facebook (página Expondo a Matrix): https://www.facebook.com/clasuenaga
Instagram: https://www.instagram.com/claudiosuenaga
Pinterest: https://br.pinterest.com/claudiosuenaga
Twitter: https://twitter.com/suenaga_claudio
GETTR: https://gettr.com/user/suenaga
LINKS PARA ADQUIRIR OS MEUS LIVROS
Contatados: Emissários das Estrelas, Arautos de uma Nova Era ou a Quinta Coluna da Invasão Extraterrestre?
50 Tons de Greys: Casos de Abduções Alienígenas com Relações Sexuais — Experiências Genéticas, Rituais de Fertilidade ou Cultos Satânicos?
Illuminati: A Genealogia do Mal
Corona V de Vorazes: A Pandemia da Revolução 4.0
As Raízes Hebraicas da Terra do Sol Nascente: O Povo Japonês Seria uma das Dez Tribos Perdidas de Israel?
2 notes · View notes
hubnerbraz · 1 year
Photo
Tumblr media
34° Livro do Desafio Leitor Insano 2022 . Romanos: Liberdade e Consciência . Exposição sobre Capítulos 14:1 - 17 Liberdade e Consciência. . Todos os cristãos tem sido alcançados pela liberdade que há em Cristo (João 8:36), mas nem todos têm tem um entendimento claro do que isso significa na prática. Alguns são fracos devido a suas hesitações sobre coisas que, estritamente falando, não são certas nem erradas, ao que outros afirmam sua liberdade de uma forma que arrisca fazer violência à consciência dos fracos. . Foi essa condição que o Apóstolo Paulo observou em Romanos, capítulo 14. Ele persistiu que, enquanto a liberdade cristã deveria ser sustentada, jamais deveria ser afirmada de modo que ferisse as consciências de outras pessoas, ou incentiva-las a fazer que creem estar errado, . Esta obra é o último livro da série, nele o Dr. Martyn Lloyd Jones explica as consequências disso para a Igreja contemporânea. A conclusão apropriada a sua exposição da Epístola aos Romanos é que, afinal, o cristianismo verdadeiro não está preocupado com tais coisas como aquilo que se possa comer ou que dias devem ser observados, e sim, com um reino divino, caracterizado por justiça, paz e alegria. . Título: Romanos Capitúlos: 14:1 - 17 Exposição: Liberdade e Consiência Autor: D. Martyn Lloyd-Jones Páginas: 320 Formato: 21 x 14 x 2 Capa: Brochura Peso: 0,430g ISBN: 9000000003415 Editora: PES . Início 20/12/2022 | Fim 30/12/2022 . Categoria: Teologia / Inspiração / Filosofia Religião e Espiritualidade . Livro n.34 do ano de 2022 . #DesafioLeitorInsano #lendo42livrosnoano #pareceinsanidade #redeinsana #pecadorconfesso #HB #book #leitura #livros #romanos (em Maragogy, Alagoas, Brazil) https://www.instagram.com/p/Cm1OyNfOGil/?igshid=NGJjMDIxMWI=
2 notes · View notes
blogdojuanesteves · 2 years
Text
UBUNTU Eu sou porque nós somos > ANDRÉ FRANÇOIS
Tumblr media
Ubuntu - Eu sou por que nós somos (Image Mágica, 2022) do brasileiro André François é o maior projeto desenvolvido pelo fotógrafo, realizado ao longo de 13 anos. Como diz o mesmo,  um trabalho de conexão com o outro e demais culturas. As imagens mostram inúmeras iniciativas positivas na área da educação, saúde e cultura em comunidades de 15 países. 
O fotógrafo é um autor não somente prolífico, mas de importância fundamental no documental, em especial no voltado para a medicina humanizada, como publicado em seus diversos livros. Desde seu primeiro livro Cuidar (2006), um documento sobre a medicina humanizada no Brasil; A curva e o caminho (2008) que trata da buscas das pessoas pelo acesso à saúde no país; De volta para casa (2010) que mostra o tratamento domiciliar, entre outros editados pela ONG ImageMagica, criada por ele em 1995, que desenvolve projetos de impacto social.
Tumblr media
O ambicioso projeto resultou em uma grande publicação de cerca de 300 páginas, fruto de uma longa caminhada de André François, que já em 1992 publicava seu primeiro livro tendo como tema os trabalhadores nas pedras de São Thomé das Letras, no sul do estado de Minas Gerais. Desde então, vem percorrendo o mundo e fotografando os problemas da sociedade e os costumes dos mais diferentes povos. Ubuntu, palavra de origem africana Zulu, pertencente ao grupo linguístico bantu, intraduzível em outras línguas, cujo significado mais amplo está ligado a diversas questões humanísticas, como "Eu sou porque somos" ( como no subtítulo do livro) ou "humanidade para os outros".
O projeto é sustentado justamente por esta espécie de filosofia e os conceitos de humanidade, pertencimento e comunidade. "Umntu ngumntu ngabantu", provérbio sul-africano, explica bem: "Uma pessoa é uma pessoa por meio de outras pessoas". Você é quem você é por causa da relação que tem com os outros ao seu redor. Ou simplesmente: eu sou porque nós somos, explica François. Em resumo algo de precioso que está faltando na sociedade contemporânea mundial e em especial no Brasil cujas políticas de saúde pública, educacional e social estão sendo reduzidas sistematicamente nos últimos anos.
Tumblr media
Paula Poleto, jornalista e idealizadora-parceira que cuida dos projetos especiais na ImageMagica, selecionou mais de 60 mil fotografias no decorrer deste projeto e chama a atenção para o fato de não conter imagens de pessoas sozinhas. "Todos os temas abordados estão interligados e nos apresentam a importância da conexão humana para seguirmos adiante." Ela escreve no livro uma espécie de diário da jornada empreendida detalhando os lugares como em Roraima (com os Yanomami), Camboja, Haiti, Japão, África do Sul, Moçambique e Lesoto, Quênia, Uganda, Ruanda, Burundi, China, Bolívia e em São Paulo (a questão da COVID 19), ricamente ilustrado, inclusive com imagens do making of, em cerca de 100 páginas. Além dela, escrevem André François, a escritora e ativista de direitos civis sul-africana Mungi Ngomane, que fez o prefácio,  e o  filósofo sul-africano Mogobe Ramone, que escreve na contra capa.
O livro é daqueles que demanda não somente uma estrutura enorme e organizada, como o desejo e a tenacidade de seus autores, coisa que o fotógrafo e sua equipe já mostram há anos, "Construir Ubuntu foi um esforço de entender como saúde, educação e cultura se relacionam a partir da interação humana. Nós nos perguntamos como poderíamos juntar fotos de desastres ambientais, com crises humanitárias e plantios no meio das favelas no Quênia. Foi no decorrer do trabalho que percebemos como André estava capturando a essência do ‘nós’”, disse Paula Poleto.
Tumblr media
Apesar da temática contundente, o mérito principal do livro, além de trazer informações importantes através dos textos e de alentadas legendas, é a fusão entre o documento e a arte, como encontramos nos retratos belíssimos dos Yanomami, como a menina no curso de formação dos agentes de saúde (AIS) na comunidade Xitei em Roraima, de 2008, ou da menina Massai segurando um cabrito recém nascido, em uma comunidade no Quênia, de 2012, em contrapartida com os tensos close-ups de médicos na luta contra pandemia feitos em 2020, na Emergência do Hospital da Clínicas em São Paulo. Uma dosagem perfeita na edição para que o romântico chiaroscuro dos primeiros e a expressão captada em cor, de maneira quase científica dos médicos, não se destaquem um dos outros mantendo assim uma narrativa instigante.
Trabalhos deste tipo, alinhados com questões humanitárias ou análogas como as ambientais, entre outras, exigem a resiliência do fotógrafo além de uma boa dose de idealismo, cujo objetivo é a transformação de uma sociedade injusta ou a preocupação com o planeta, coisas que entrelaçam-se e ultrapassam as fronteiras geográficas como neste livro. Lembramos dos americanos Eugene Smith (1918-1978) e seu trabalho contra o envenenamento por mercúrio dos pescadores na Baía de  Minamata, no Japão e  Ansel Adams (1902-1984) reconhecido também como ambientalista, que ajudou a criar o Golden Gate National Recreation Area, um parque protegido, em São Francisco, Califórnia, que protege a flora e fauna de cerca de 300 mil Km2. [ leia aqui review sobre Adams em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/189579054116/cl%C3%A1ssicos-the-portfolios-of-ansel-adams ], Além de brasileiros como Lalo de Almeida e seu trabalho com as vítimas do vírus Zica, e José Medeiros com suas publicações sobre os questões ambientais do Pantanal.
Tumblr media
O acesso à água, o cuidado ao meio ambiente e os direitos humanos são pautas do livro em histórias completas: 95 imagens na edição principal, registros de terra indígena Yanomami, no extremo norte do Brasil, a lugares como Haiti, depois do terremoto, Japão após o tsunami, China, países da África como Moçambique, Quênia, Ruanda e Burundi, O projeto traz a reflexão de como o trabalho coletivo e comunitário pode transformar positivamente nossas vidas. Além das fotografias principais, majoritariamente em preto e branco, do qual François sempre foi um virtuose, existem outras em cor, em um conjunto bem harmonizado entre projeto gráfico e edição de das fotografias.
A edição de Ubuntu contou com a curadoria da holandesa Corinne Noordenbos, fotógrafa e educadora visual. Conhecida pelas transformações nos projetos que se engaja, como a sua série Modern Madonna, feita logo depois que ela se tornou mãe. Seu projeto sobre Alzheimer depois que sua mãe foi diagnosticada com a doença, trabalhos que impactaram a fotografia internacional e o modo de produção documental, renovando-o significativamente. Segundo André François, a convivência profissional com a artista o “virou do avesso” e o fez conhecer melhor sobre como contar uma história completa por meio de imagens.
Tumblr media
François conta que: “Não é um livro sobre lugares, mas sim, sobre pessoas se conectando por meio de ações diversas. Normalmente viajamos para mostrar como as pessoas mundo afora têm uma vida simples e difícil, com o intuito de levar algo para elas. E eu acredito que com Ubuntu seja exatamente o contrário: essas pessoas muito simples têm muito a nos ensinar - elas têm essa sabedoria de viver do “nós” de uma maneira muito mais intensa do que a gente. Um pensamento sacramentado por Mungi Ngomane "Nossa conexão é inescapável, e somos quem somos por causa dos outros. Ubuntu é mais que gentileza. Gentileza é algo que tentamos mostrar ao mundo, e ubuntu nos pede a ir um passo além e reconhecer o valor intrínseco de cada ser humano."
Imagens © André François.  Texto © Juan Esteves
Ficha técnica básica:
Fotografias : André François
Curadoria: Corinne Noordenbos
Coordenação editorial: Paula Poleto
Produção: Camila Pastorelli
Design: Bloco Gráfico ( assistente Nathalia Navarro)
Tratamento de imagens: Estúdio 321
Impressão: Gráfica IPSIS
Exposição
Parque Bruno Covas: horário de visitação da exposição é das 7h às 18h e segue até 29/01/2023 - Av. Magalhães De Castro, R. Pedro Avancine - Jardim Panorama, São Paulo - SP, próximo à passarela do Hub Global no Panamby (estacionamento no Hub Global com acesso à passarela para o parque)
Para adquirir o livro
https://imm.ong/livroubuntu
https://www.amazon.com.br/Ubuntu-Sou-Porque-N%C3%B3s-Somos/dp/8561921072/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=FY45FKMNLA1T&keywords=ubuntu+eu+sou+porque+nos+somos&qid=1668100156&qu=eyJxc2MiOiIwLjAwIiwicXNhIjoiMC4wMCIsInFzcCI6IjAuMDAifQ%3D%3D&sprefix=ubuntu+eu+sou+porque+nos+somos%2Cspecialty-aps%2C189&sr=8-1
4 notes · View notes
arlindenor1 · 5 months
Text
Estados Nacionais ainda têm futuro?Luiz Carlos de Oliveira e Silva
Olá, amigas e amigos da revista eletrônica “Utopias pós-capitalistas”, eu sou Luiz Carlos de Oliveira e Silva e, neste vídeo, gravado no dia 12 de janeiro de 2024, irei fazer um comentário crítico ao vídeo de Arlindenor Pedro, postado aqui no canal da nossa revista. O link do vídeo do Arlindenor, intitulado “Os estados nacionais estão em crise?”, encontra-se no primeiro comentário, aqui…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes