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#Leo Macias
fdmlovesfashion · 11 months
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the ART of it: MvVO Art show and Clio Awards celebrate Contemporary Artists
the ART of it: MvVO Art show and Clio Awards celebrate Contemporary Artists! The MvVO ART SHOW 2023 announced a group of winners at Powerhouse Arts last week in Brooklyn. Top Honors went to Parme Marin for sculptural and mixed media works that exemplify a depth of emotion coupled with explorations of spatial dynamics. Known both for her eponymous fashion line and work for Hermes, she has recently…
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jmaciasgang · 2 years
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JULIO MACIAS in San Antonio’s Finest Episode 1: Leo becomes a police investigator [X]
“Oh, aye i’ve got a parking ticket, Can you help me out with that...? 👀”
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magicwithaxes · 1 month
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chalé dezessete,ㅤㅤpijamas e agradecimentos.
Vestida com mais um par de pijamas, Natalia se espreguiçava sobre a cama macia, esticando os membros superiores e inferiores até o limite. Os dois dias seguidos em que estava ali, aproveitando-se da hospitalidade que lhe fora concedida, estavam sendo um ótimo começo para colocar as ideias em seus devidos compartimentos. Ali, Natalia não se preocupava. Não havia a presença dos irmãos, não havia a lembrança dos dias tristes, não havia nada que pudesse interromper a reconstrução do bom humor. Após a ilha de Circe e os momentos de descontração, estar em outro lugar que não fosse no chalé vinte e um era... relaxante. Se houvesse a chance para se acostumar com a ideia, poderia passar o resto do ano daquela maneira: apoiando-se na boa vontade alheia, mas claro, sendo uma inquilina exemplar. Ao avistar @vitorialada se aproximando, Natalia sorriu, abrindo os braços como uma criança travessa, esperando e deliberadamente pedindo um abraço. "Bom dia, flor do dia." Antes mesmo que ela chegasse perto para finalmente concluir o que pretendia, Natalia saiu da cama, pulando em cima da filha de Nike. "Obrigada, de verdade." Os braços a apertavam com vontade, e se não causassem um futuro desconforto, a filha de Hécate poderia continuar apertando-a sem qualquer restrição. Mas, para não exagerar, soltou-a, afastando-se alguns passos, mas não antes de depositar um beijo demorado em sua bochecha direita. "Desculpe se ontem eu a acordei. Leo é terrível!" Não no sentido literal, claro, mas com a explicação a seguir, ela entenderia. "Ele não me deixou ganhar nenhuma vez. E ele prometeu. Eu sei que ganhar é a sina de vocês, mas dá pra dar um tempinho e deixar que outras pessoas quebrem recordes? Não é justo!"
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oipasargada · 6 days
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A Leo II
O chamego do teu toque
construiu alicerces no limiar
do que existia em mim.
Ancorada na saudade
os montes se tornaram montanhas
que se tornaram muralhas
que se tornaram pedras
pesando nos bolsos da tua ausência.
Redondos olhos atentos
pupilas negras
cabelo enrolado
meus dedos na tua pele macia
a luz contornando teus relevos
e o êxtase do teu encontro
me fez vítima do feitiço da tua presença.
O xodó não veio
e o caju não caiu do pé
dia nublado de cor sóbria
me fez chorar a insegurança
de amar quem não me ama.
Na solitude do meu eu-bem-querer
descanso as memórias que te guardam
outros abraços vazios
o teu inunda
explode
derrete
no encontro-perdição.
Teu gracejo, teu cangote
venha a mim todas as tuas partes
faz de mim o lampejo
a centelha
o incêndio da nossa dança.
Não sei o que é amor
meu coração-bomba nunca explodiu.
(Yasmin)
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elonomhstoryvillage · 4 months
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~spies of the guard, #2~
premise:
concept
main characters
central conflict
a community of children (more than a community really, a civilisation) - training to be spies of the guard (for the crown). they have lived in this community, for some, from 6 years old. the oldest they can be accepted is 10.
in this community, they do a combination of lessons and challenges. if the children are deemed unfit for the job, they're returned to regular life under a false alias. their memory is wiped.
war criminals are sent to their islands, for them to practice assassination and other skills. occasionally, guards/current spies come - they teach the children.
three months before their 19th birthday, the children are 'judged'. if seen fit, they are sent to the guard at 19 years and 1 month.
once they are in service, the job is dangerous - and often the children last 2-10 years (either alive or in work). each child has unique and special skillsets.
there is a traitor in the ranks and no one knows who it is. suspects are sent away, no matter their skill. the children are worried. 10 (mc's) are sent on a mission to the mainland.
calum believes he knows who the traitor is. he takes it upon himself to rid them...
usp
setting and world-building:
location
the academies: korre willowmere abonteau limognon
time period
culture/social norms
special environmental details
character profiles:
main fannie salazar elin ross arabella chandler (belle) savannah thornton irene odling (rina) alvin gonzalez aidan strickland hazma matthews hugo rowe calum saunders
background willie hansen jose macias rose carter sally beltran verity conner amy meyers stephen archer malachi smith robbie keller rafael key theodore giles (theo) lukas lindsay leo nguyen
plot outline/synopsis:
beginning
middle
climax
resolution
themes and motifs:
core ideas
recurring symbols
conflict and resolution:
main conflict
sub conflicts
resolutions
point of view:
narrative perspective
rationale for choice
scenes and sequences:
scene page draft
research notes:
historical context
technical details
sources
timeline:
start and end dates
major milestones
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darilto-blog · 1 year
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Top 5 Melhores Bolas de Handebol em 2023
Vamos agora à compilação das cinco melhores opções de Bolas de Handebol disponíveis no mercado:
5. Bola Handebol Suécia da Penalty
Para aqueles que buscam qualidade excepcional em uma bola de handebol para competições ou treinos intensos, a Bola Handebol Suécia da marca Penalty ocupa o quinto lugar. Com 32 gomos costurados à mão e tecnologia Ultra Grip, esta bola oferece características de primeira linha que a tornam um investimento valioso. A vedação inteligente e a câmara de ar com sistema de balanceamento aumentam a resistência à retenção de ar, elevando a performance do jogador.
4. Bola de Handebol Masculino Dune da Kempa
Projetada especialmente para diversão e ação na praia, a Bola de Handebol Masculino Dune da Kempa é a quarta colocada. Seu design é perfeito para jogos ao ar livre e torneios na areia. Indicada para jogadores masculinos, ela apresenta tamanho H3 e peso médio de 360 gramas, proporcionando excelente jogabilidade. Com construção em PU resistente e revestimento de borracha de alta qualidade, essa bola é durável e ideal para uso externo.
3. Bola Iniciação T10 XXI da Penalty
Em terceiro lugar, a Bola Iniciação T10 XXI da marca Penalty é uma opção com ótimo custo-benefício. Ideal para atividades físicas e jogos recreativos com crianças, essa bola é fabricada com borracha macia e durável, proporcionando um toque confortável e seguro. Seu design permite a prática de diversos esportes, incluindo handebol e queimada, sendo disponível em várias cores para a sua preferência.
2. Bola de Handebol Leo da Kempa
A segunda posição é ocupada pela Bola de Handebol Leo da marca Kempa, que oferece excelente aderência e controle a um preço justo. Fabricada com materiais de alta qualidade, essa bola possui um relevo acentuado para um controle perfeito durante o jogo. Com composição de PU, neoprene, látex e tecido, ela é durável e apresenta um miolo removível e lubrificado. A câmara de ar em látex com laminação têxtil contribui para um melhor quique e controle.
1. Bola Oficial de Handebol HB2000 da MIKASA
A melhor escolha para competições femininas e infantis é a Bola Oficial de Handebol HB2000 da marca MIKASA, aprovada pela Federação Internacional de Handebol. Composta por couro sintético de alta densidade e costurada à mão, essa bola oferece resistência e impermeabilidade excepcionais. A construção Powerful Grip Superior Controllability Touch aumenta o controle da bola, enquanto sua coloração azul e amarela a tornam reconhecível em todo o mundo. Com tamanho 2, é ideal para maiores de 16 anos e esportes femininos.
Após conhecer as cinco melhores opções de Bolas de Handebol disponíveis no mercado, a sua decisão certamente será facilitada na escolha da opção ideal para você.
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juarezesdeporte · 2 years
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BARRERA DE SOL
DE QUÉ HABLAR
Manolo de la Laguna
 Nuevamente vendrás hacia mí, yo lo aseguro..., perdón por el "lapsus brutus", lo que en realidad Manolo, quiere escribir, es que nuevamente la tierra que tiene el alma de provinciana, da de qué hablar taurinamente, pues ahora acaba de anunciar la empresa de esa tierra del mariachi, un segundo serial taurómaco en su plaza "Nuevo Progreso", del 16 al 27 de este mes, del cual se dice que su luna es la más hermosa, porque en ella se refleja la quietud.
 En los carteles aparecen 4 extranjeros 4:  Los hispanos Alejandro Talavante y Andy Cartagena, el peruano Andrés Rocarrey y el lusitano Diego Antonio Espíritu Santo Ventura, nacido en Lisboa antigua y señorial, alternando con la torería mexicana, que cuando destapan el pomo de las esencias, el ruedo huele a tequila caro.
 Ellos son: Leo Valadés, Antonio García "El Payo", Héctor Gutiérrez, Arturo Macias "El Cejas", Diego Silveti, Miguel Aguilar, José Ma. Hermosillo y Diego San Riomán, entre otros, así como los rejoneadores Mauro Lizardo, Xavier Ocampo, Osca r Rodríguez y José Murillo, notando la ausencia de Tarik. 
 Las ganaderías bravas participantes en este serial taurino, serán: Zacatepec, Jaral de Peñas, La Estancia, Santa Inés y Fernando de la Mora, animando la bella fiesta, a la afición tapatía y en general a todos aquellos que de una forma u otra, viven de los dineros del toro.
 Bonito Guadalajara con sus hermosas mujeres de ojos tapatíos y sus alrededores, donde se bebe tequila bueno, se come bien y se disfruta, como postre, sus sabrosas jericallas. Bien dice el dicho: Al toro hay que ir y de la mujer huir. Bueno... no de todas. Vale. (Manolo de la Laguna)
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snapsimplex · 5 years
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postmagest · 7 years
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SANTA CRUZ WINE STORE (SILVER LION) DC CD
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rlyprettyarchived · 4 years
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some personal tags for stuff n things.
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essential4you · 5 years
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Resumen y Goles | León 1 - 2 Morelia | Liga Mx - AP 19 - Cuartos de final | TUDN
Resumen y Goles | León 1 – 2 Morelia | Liga Mx – AP 19 – Cuartos de final | TUDN
[autovid_profit_transcript]
Con goles de Sansores y Flores, el equipo de Guede reaccionó para llevarse el pase a Semifinales.
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luxshine · 4 years
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Voice Actors gone Wild!
I’ve talked about how dubbing works, how translating works and I keep telling you guys that there’s very rare occasions where the dub actors and translators are allowed to have a bit more creativity and may end up inventing their own lines. So we’re going to discuss that today.
Localization is a tricky business, because not all countries have the same cultural beats. A joke that is hilarious in the UK may fall flat in the US even if everyone involved speaks the same language, and may as well be Greek for Mexican audiences (In fact, the title of My Big Fat Greek Wedding in Spanish is Marrying is in Greek, even when the expression of an unintelligible language, the equivalent of “It’s all Greek to me” in English, it’s “It’s in Chinese to me” in Mexico. See how this can be tricky as hell?). So for comedies, there’s a lot more leeway for translators and voice actors than in dramas, and it goes twice for children animation.
An example that I adore, because I think that the translator went above and beyond with their excellent translation:
In the Peanuts movie, Charlie Brown goes to Marcie to ask him for advice for which book to do his book report. He can’t find Marcie, so he asks Peppermint Patty who, in her very special way, tells him that Marcie always said that the greatest book ever is “Leo’s Toy Store” by “Warren Peace”.
I will give you a second to laugh.
Now, THAT joke? Is at first glance impossible to translate. Because see, Leo’s Toy Store translates to La Jugueteria de Leo, which sounds nothing like Leo Tolstoy and War and Peace translates to La Guerra y La Paz, that can’t be misheard as Warren Peace. So, the only choice is to either lose the joke completely, or put up your big translator pants and try to adapt it logically even if it is not to the letter. And the Peanut Movie Latam translator did an amazing job as it became the book “Leo y no estoy” (I read, and I’m not here) by La Guera Ipaz (The Blonde AndPeace).
And now I will give the Spanish speaking people a second to laugh.
That joke was obviously from the translator and not the VA because it took a lot more time and effort that what actors have in the booth. And it’s cultural and perfect, and of course it was approved by Sony because how could you not?
Another, more famous example for Mexican audiences because when the series changed owners, from a local TV channel to Cartoon Network the actors were explicitly told to stop doing Adlibs, was Pokemon.
Everyone who knows Pokemon knows that the Rocket Team has an entrance speech. And it is pretty much always the same speech with little variation, at least in the original series:
 Jessie: Prepare for trouble!
James: Make it double!
Jessie: To protect the world from devastation
James: To unite all peoples within our nation!
Jessie: To denounce the evils of truth and love!
James: To extend our reach to the stars above!
Jessie: Jessie!
James: James!
Jessie: Team Rocket, blast off at the speed of light!
James: Surrender now, or prepare to fight!
Meowth: Meowth! That’s right!
 Which in Spanish translates to
 Jessie: Preparense para los problemas!
James: Haganlos doble
Jessie: Para proteger al mundo de la devastacion
James: Para unir a la gente dentro de nuestra nacion
Jessie: Para denunciar los males de la verdad y el amor
James: Y extender nuestro reino hasta las estrellas
Jessie: Jessie!
James: James!
Jessie: El equipo rocket viaja a la velocidad de la luz
James: Rindanse ahora o preparense para luchar
Meowth: Meowth! Asi es!
 And right there we have a problem in the second line, because doble doesn’t rhyme with problemas, so it was changed from the beginning to “Y mas vale que teman” (And you better fear)
 However, by season 2, the actors were given more leeway for improvisation, and Jame’s voice actor, Jose Antonio Macias, had gotten a bit bored of it, and the Dub director, Gerardo Vasquez, who also voiced Meowth, let him change the “To extend our reach to the stars above” line to… different places in Mexico and Latinamerica. And then finish the speech however he liked, with whatever accent he liked. Diana Perez, who voiced Jessie, was a bit more restrained but also joined in the fun.
 This gave us gems like the video at the end because I can’t put it here for some reason.
The dialogue of the video translates as:
Jessie: I want to tell you to prepare for trouble! 
James: And inform you you better fear us!
Jessie: To protect the world from devastation
James: And unite all peoples within our nation!
Jessie: To denounce the evils of a small bikini! (Said with “yucatan accent”)
James: And extend our realm to Caleta Caletilla! (Also said with “yucatan accent”)
Jessie: Jessie, so! (pue! Is the way they say “pues” which means “so”)
James: And your bro Jame-me-mes!
Jessie: The Team Rocket is surfing at the speed of light!
James: Surrender now, or prepare to eat a pejelizard! (“pejelagarto” or “pejelizard” is the derogative nickname to our current president)
Meowth: And a sea side that’s right!
 As a parenthesis, James is voiced by the man who also voices Legolas in LoTR and Meowth was originally famous as the Latam voice of Duncan McLeod. That’s some voice range right there.
Obviously, those weren’t translations. But at the same time, we can’t call them translations mistakes, nor bad dubs. On one hand, it keeps to the spirit of the original speech more or less, and to the Rocket Team’s role as the comic relief (They don’t do this when Butch and Cassidy appear). On the other, well, comedy. And it became so popular that when Cartoon Network asked them to stop the localization, people complained the translation was now “correct” again.
And, because Mexican VA s are pros, they changed it back. The old days of the Rocket Team Mexican speeches are gone now.
Now, this kind of localization for comedies was more common back in the old days pre-internet, and series like Get Smart, The Adamms Family and Gilligan Island would have the occasional joke that would only make sense to Mexican audiences. However, they never changed the plot or the personalities of the characters. Only the brand of humor.
Sure, I can think of TWO examples where the Mexican version of the series is completely off the script (One of the actors, the great late Luis Alfonso Mendoza, referred to the script of his show as “a bunch of suggestions that I never followed”, long before Jack Sparrow’s iconic line about the code being just “guidelines”) but those two series were a) cartoons for children and b)changed with the permission of their original owners. Oh, they also c) became beloved Mexican classics when forgotten by their own countries. Those series where Top Cat (Don Gato y su Pandilla in Spanish. So beloved we made TWO official movies recently), and Count Duckula (Conde Patula. Oh, how we miss our Patolin).
However, to explain how the translation and changes were made on those two series require more time than I have today, so I will leave them for a different day.
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lovecraftianhoe · 3 years
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11 de julho;
Relato de número um.
Foi quando a encontraram, inconsciente e com a pressão baixa, respirando com muita dificuldade. De seus pulsos escorria um sangue claro e morno, e o resto do corpo também não estava em melhores condições. Marcas de seringa cobriam boa parte de seus braços e havia um encardido incomum na sola de seus pés. A detetive Wolf a trouxe até a clínica e permaneceu no estabelecimento até que a jovem acordasse. Seus olhos eram azuis como os mais belos céus de verão. As tentativas falhas da senhorita Wolf de conseguir alguma informação sobre a identidade da garota não a desanimaram pois ela continuou visitando seu quarto durante as semanas seguintes. Uma vez que da menina nada se sabia e não havia por ela um responsável, a clínica Quebra Nozes a acolheu e ela passou a ser uma de seus tão especiais pacientes. Entre os que trabalhavam lá, passava-se a mensagem;
"A senhorita Wolf ‘em nome da lei' insiste em tentar se intrometer nos assuntos da clínica, portanto é recomendável que a mantenham o mais longe possível.A única lei que aqui todos seguirão é a lei do Quebra Nozes.”
?
Ela acordou em um salto, com o baque de uma porta de metal. Seus brilhantes olhos azuis piscaram freneticamente ao chegar de uma dor irritante em suas pálpebras, levando-a a esfregá-las sutilmente. Observou em volta, porém nada lhe era familiar. Continuou sentada contemplando o vazio. Seu “quarto” era todo branco e chegava a incomodar a vista, só lhe restava a cama de lençóis encardidos na qual estava sentada e outra no canto esquerdo, que estava vazia. Ela esperou e esperou, até que alguém abriu a porta.
- Oh, você finalmente está acordada.
- Q-que lugar é este? – foi tudo que a menina conseguiu dizer.
- Este é nosso quarto. Eu sou Sunny, mas todo mundo me chama de Cordeiro se preferir. Você está em... Bem, eles gostam de chamar de clínica de reabilitação, mas prefiro ser sincera. Isto aqui é um hospício.
- Eu não compreendo.
Cordeiro sentou-se ao seu lado na cama. Seu cabelo era ruivo e curto, com duas pontas torcidas para cima, uma de cada lado, como se formassem pequenos chifres ao lado de suas bochechas rosadas. "Deviam ser a razão para o seu apelido", pensou. Os olhos esverdeados de Cordeiro a estudaram por um momento.
- Você não sabe o que é um hospício?
A jovem fez que não com a cabeça.
- Resumidamente, esse é o lugar pra onde mandam pessoas diferentes. Algumas são perigosas, mas a maioria só não sabe viver em sociedade. Este é o meu caso; tenho fobia de multidões e alguns traumas envolvendo homens mais velhos – Cordeiro sorriu docemente. – Lembra-se de como veio parar aqui?
- Não me lembro de nada – a garota soava melancólica, mas não expressava nada em seu rosto sereno.
- Que estranho. Você tem um nome?
- Eu também não me lembro.
- Ora, mas você precisa ter um nome. Senão como as pessoas vão chamar você? – a menina ruiva endireitou-se na cama e tocou a bochecha gélida da morena pálida. – É tão macia. Lembra-me de uma boneca de porcelana que eu tinha quando era criança.
- Porcelana?
- Você nunca tocou em porcelana? É mais ou menos a mesma sensação, juro – Cordeiro segurou a mão da outra moça e a levou até a bochecha que havia tocado. – Ei, eu já sei. Esse deveria ser o seu nome. Porcelana.
- Eu gosto de como isso soa. Mas será que está tudo bem se eu for chamada assim?
- Claro que sim, é a melhor forma de se identificar aqui dentro. Muito melhor do que esses números em nossas camisolas. Vê?
Porcelana olhou para baixo e viu o número 13 em sua veste surrada, e 47 na de Cordeiro. Ficou confusa ao pensar em como os seres humanos poderiam ser numerados, e como isso daria trabalho. A menina ruiva estava sorrindo docemente para ela quando um sino soou pelo corredor, seguido do grito “hora da recreação!”.
- Ah! Venha, vamos até o salão. Durante a recreação podemos deixar nossas celas... Digo quartos, e interagir com outros malucos – ela riu suavemente. – quero que conheça uma pessoa.
Cordeiro a levou pela mão pelos corredores acinzentados do lugar, deixando Porcelana cada vez mais confusa. Viu algumas pessoas passarem por elas, algumas garotas com camisolas numeradas e outros de jaleco branco e crachás com seus nomes, segurando o que parecia ser um bastão e dele saiam algumas faíscas. Preferiu não perguntar nada sobre tais objetos. Foi direcionada para um canto vazio do grande salão, onde havia uma escada de madeira de aparência rústica. Embaixo dela, estava um jovem com um cabelo loiro encardido muito peculiar. Era comprido do lado esquerdo e raspado do lado direito, com algumas tranças finas. Possuía também uma barba não tão longa, mas bem lisa. Porcelana o achou muito belo e interessante, assim como Cordeiro também era. Em sua camiseta havia o número 81.
- Sun, o que voc- quem é ela? – o rapaz descruzou os braços e se aproximou das duas meninas.
- Essa é a Porcelana, minha nova colega de quarto. Estava desacordada há alguns dias, mas finalmente está consciente. Ela não é linda?
- Realmente – o rapaz sorriu desajeitado. – está tudo bem em ela estar com a gente? Digo...
O jovem pareceu ansioso e desconfortável.
- Olha só pra ela, não é ameaça alguma. Até mesmo eu consegui conversar com ela. Tente fazer um esforço, por mim...
- Tudo bem – ele fez uma careta. – não precisa me chantagear. Bem, olá... Eu sou Leo. Mas pode me chamar de Leão. Eu prefiro assim.
Porcelana estudou os dois com cuidado.
- Leão e Cordeiro.
Leão pareceu envergonhado e Cordeiro sorriu.
- Irônico não é? Mas já éramos chamados assim antes mesmo de nos conhecermos. Ele cuida de mim e eu... Tento fazer com que ele não perca a cabeça.
- Como seria possível perder uma cabeça se elas são grudadas ao pescoço? – Porcelana estreitou os olhos com a dúvida.
A menina mais baixa riu. Leão sorriu rapidamente, mas logo manteve o rosto sério.
- Gosto dela – foi o que ele disse.
- Eu também.
O salão foi enchendo a cada minuto até que havia moças de camisola e rapazes de camiseta e calça numeradas por todas as mesas. Alguns ao invés de usar o banco, sentavam-se na própria mesa ou até mesmo no chão. Porcelana prestava atenção nos números enquanto Leão descascava uma laranja com os dentes e Cordeiro sentava-se no volume abaixo da escada. Fez um sinal para que Porcelana a acompanhasse. A menina de cabelos pretos sentou-se devagar e ainda narcotizada com tanta informação diferente.
- Tenho algumas dicas pra te dar, mocinha – a pequena ruiva começou. – enquanto estiver aqui é porque ainda não é o que a sociedade considera “normal”, então temos que fazer o melhor de nós se quisermos a liberdade. Algumas pessoas são... Digamos piores do que as outras no comportamento e recomendo que fique longe delas. A número um da minha lista negra é a... – olhou para os lados. – Ophelia. Fique longe da Ophelia.
- Acho você meio paranóica a respeito da Ophelia, Sun. Nunca a vi fazendo nada... – comentou Leão enquanto comia sua fruta.
- Você é homem – ela revirou os olhos. – a Ophelia provavelmente te hipnotizou com as provocações dela e você deixou de notar sua aura ruim. Mas eu nunca deixo de notar isso.
Leão deu de ombros. Porcelana ouvia atentamente, mas não deixava de sentir uma pontada de curiosidade em Ophelia agora que Cordeiro havia comentado algo ruim sobre ela. Não entendia o porquê do sentimento.
- Ouvi dizer que ‘ele’ vai sair hoje – o garoto comentou.
- Ah, será verdade mesmo? Ele está na solitária há tantos meses.
- São os boatos. Parece que ele está sob controle agora.
- Quem é ‘ele’? - Porcelana quis saber.
- Dizem que o nome dele é Felix – respondeu Leão.
- Estava na solitária por mau comportamento – completou a menina. – Mas dizem que ele é o mais perigoso daqui. Todo mundo evita ele.
- Eu me lembrarei - afirmou Porcelana indiferentemente.
- Mademoiselle – chamou uma voz grave por trás dos jovens. – vejo que finalmente ganhou consciência.
Porcelana, Leão e Cordeiro encararam o homem que falara, trajando um sobretudo roxo escuro e uma cartola um tanto ridiculamente comprida. Sua barba era retorcida no queixo e possuía um ar insolente no rosto, acompanhado de um sorriso irônico.
- Eu sou o assistente de vossa magnificência, o senhor Quebra Nozes. Queira me acompanhar, sim?
Seu hálito dava a impressão de que o homem passara muito tempo mastigando uma folha de hortelã, o que deixou Porcelana incomodada, porém nada era mostrado em seu rosto. Olhou de relance para os dois colegas e seguiu o homem escada acima. Ele andava inclinando-se para cima com certo complexo de superioridade. A sala para qual a levou era mais agradável, com paredes de pedra geladas que eram amenizadas por uma lareira confortável. Tudo o que o esnobe fez foi sentar Porcelana na poltrona do canto e então sumiu por trás de uma cortina onde conversava com outro homem.
A menina não podia ouvir do que se tratava o assunto, mas não deixou de notar que a entonação sebosa da voz do moço da cartola havia diminuído diante da outra presença. Porcelana olhava em volta e tudo que conseguia sentir era um arrepio estranho em sua espinha. Não compreendeu o por que de suas costas estarem daquele jeito então continuou sentada inexpressivamente, com seus belos olhos azuis contemplando o carpete vermelho.
Em determinado momento pode ouvir uma risada abafada e aguda e sentiu curiosidade em saber o que a ocasionou, o que a deixou surpresa. Porcelana estava descobrindo alguns sentimentos e isso a encantava. Como a menção do nome da ‘perigosa’ Ophelia. Ou até mesmo referir-se a alguém com um entoado ‘ele’ ao invés de seu verdadeiro nome.
Porcelana viajava em sua mente vazia quando o “hortelã” abriu uma fenda na cortina estampada de listras verdes no vermelho e pôs seu corpo pra fora. Ele sorriu azedamente para a jovem e a pegou pela mão.
- Bom, estamos muito felizes em receber a benção de uma paciente de tamanha beleza como a sua na Quebra Nozes, senhorita...?
- Porcelana? – ela soou como se ainda tivesse dúvidas com o novo nome.
- Porcelana! – exclamou com seu hálito gritante de hortelã. – C’est magnifique. Este nome é ideal para esta linda donzela. Então, por favor, senhorita Porcelaine, siga até o fim do corredor à esquerda até a sala de estilização. Aqui nós adoramos o luxo da individualidade. Caso queira alguma peça de roupa ou fazer alguma coisa autêntica com seu lindo noir cheveux. Madame Violeta auxiliará você.
Quando a garota não teve reação e nem mesmo se moveu, o homem bateu subitamente uma palma e lhe deu um empurrãozinho para que ela se retirasse muito apressado e incomodado com a demora no raciocínio da moça, provavelmente confusa por todas aquelas palavras em francês. O corredor era estreito e cheirava a alguma substância que Porcelana não conhecia e também de certo já não gostava. No final dele viu uma rechonchuda senhora com muitas fitas no cabelo que costurava algo em seu colo. Aproximou-se com cuidado e quando a moça a notou sorriu largamente.
- Oh Dio mio, esta é um pedaço de mau caminho. Venha cá menina, venha cá.
Porcelana foi.
- Vou tirar suas medidas agora mesmo. Já sei de um par de meias pretas 7/8 que ficarão lindas em você. Estique os braços – Madame Violeta levantara-se e já sacara sua fita métrica. – seu busto é pequeno mas tão encantador e – deu uma apalpada. – firme. Sei exatamente que vestido fazer pra você.
A menina ficou confusa.
- Por que eu precisaria de vestidos aqui?
- Ora, para as confraternizações é claro. O senhor Quebra Nozes adora dar algumas festas de vez em quando para aumentar a motivação por liberdade de seus doces pacientes – a velha enrugada e corada nas bochechas riu de forma que seu corpo se chacoalhou. – Me siga quero dar uma boa escovada nessa cabeleira preta. Belissimo, belissimo.
Enquanto Porcelana estava sendo penteada somente para que pudesse retornar a uma cela suja, a menina ouviu um barulho vindo de algumas araras de roupa no canto do ateliê de estilização, que possuía diversos tipos de tecidos e algumas roupas já prontas. Por um rápido momento, sentiu a presença de um único olho em cima dela. Isso era tolice. Todo mundo tinha dois olhos. Preferiu não olhar em volta para não se intrometer demais nem continuar ‘vendo coisas’.
Mais tarde ao passar pelo grande salão, regressando a sua “morada”, alguns pacientes ainda estavam por ali, comendo e bebendo. Cordeiro e Leão aguardavam por ela no mesmo lugar. A pequena ruiva acenou alegremente e Porcelana andou mais rápido para alcançá-los sem chamar muita atenção por onde passava. Já trajava as meias que madame Violeta escolhera para ela e também um par de luvas de seda pretas as quais achou muito confortáveis.
Cordeiro puxou discretamente Porcelana pelo braço esquerdo e sussurrou em seu ouvido:
- Lembra de tudo que falei hoje mais cedo?
Porcelana fez que sim.
- E ali está ela – Cordeiro moveu os olhos rapidamente para o lado sem realmente olhar na direção que apontou. – E pra piorar, parece estar olhando pra você.
Leão divertiu-se por um momento com a situação e a jovem de cabelos pretos direcionou os olhos cansados para o canto do refeitório. Foi surpreendida por um olhar recíproco, de um olho estonteante e esverdeado, repleto de malícia. Havia um sorriso de canto de lábios um tanto involuntário seguido de um movimento com o dedo indicador que enrolava e desenrolava uma mexa de seu cabelo dividido em duas marias-chiquinhas que era em partes ruivo com algumas tonalidades mais escuras, puxadas para o preto, e do outro lado com tons manchados de verde escuro. A maria-chiquinha ruiva era mais comprida do que a esverdeada. Seu olho direito estava à mostra, porém o esquerdo não se podia ver, pois um tapa olho em formato de coração o cobria.
Porcelana reconheceu instantaneamente o olho verde. “Ela me seguiu até aqui?”, indagou para si mesma. Cordeiro fazia um bico de reprovação e Leão nem sequer dava atenção ao que se passava. Quando o sino soou, a menina mais baixa levou Porcelana pela mão e o garoto seguiu seu caminho sozinho em direção ao seu dormitório, após despedir-se de Cordeiro com um beijo na testa.
Os olhos azuis da morena automaticamente voltaram a se direcionar para o fundo do salão enquanto andava, onde a moça que estava sentada em uma cadeira de metal enferrujada e apoiando seus dois pés em cima da mesa enquanto passava as unhas pontudas pelos cabelos ainda a encarava incansavelmente.
Não era sempre que havia recreação. Alguns dias se seguiram e Porcelana os passou inteiramente em sua cela com Cordeiro, que a ensinou alguns gestos e significados de emoções. A morena já tinha pegado o costume de Leão de dar de ombros mesmo vendo-o somente um dia, mas algumas das sugestões da pequena ruiva não eram tão facilmente captadas por sua mente confusa, o que fez Cordeiro notar certo padrão nas atitudes de Porcelana. Talvez a personalidade dela pudesse se reconstruir com o tempo, baseando-se em como a garota era antes. Ou não.
Opheliac
- Os olhos dela eram tão azuis. Me fez lembrar da única vez em que vi o mar.
- Falando sozinha de novo, Ophelia? – a garota de dreads, diga-se de passagem, muito mau feitos, que estava ao lado da naturalmente ruiva riu por um instante.
- É Opheliac – a garota revirou o olho. – E sinceramente eu sou de longe a pessoa mais interessante para se ter uma conversa nessa droga de cela.
A atitude de Opheliac fez com que a outra bufasse e virasse as costas pra ela em sua cama. Isso não poderia divertir mais a garota de um olho só.
- Há - soltou uma de suas risadas “símbolo” e jogou uma de suas marias-chiquinhas pra trás. – Alguém aqui está carente.
- Cala a boca. Você não vale esse esforço.
- Aparentemente seu cabelo também não, pra ter feito uma coisa tão porca nele.
- Eu sabia que quando disseram que ‘você’ sairia da solitária e viria para o nosso quarto só poderia significar dor de cabeça.
- Com certeza essa cela nunca havia sido tão bem habitada antes – Opheliac sorriu ao olhar em volta e apreciar o cheiro de sangue seco do quarto. – é bom se acostumarem.
- Dificilmente.
- Ah, é mesmo. Por que você está aqui mesmo? – a garota de um olho só riu. – Há. É mesmo. Drogas. Dificilmente você deve se dar ao luxo de fazer alguma coisa em sã consciência.
Quando a ex-viciada levantou-se para confrontar Opheliac, outra menina entrou. Uma loira extremamente magra que sempre prendia seu cabelo em um rabo de cavalo.
- Ora, mas já começou a brincadeira? – ela tinha uma voz fraca e olheiras enormes abaixo dos olhos castanhos.
- Óbvio que não – Opheliac sorriu. – eu só brinco com quem me interessa. Essa daqui não faz o meu tipo.
Ela se levantou da cama e andou em direção a loira.
- Você, entretanto, pode me ser útil.
- Se for algo que me tire da rotina – ela parecia indiferente. – estou há muito tempo em abstinência.
- Há. Dessa aqui eu gosto – puxou o braço da garota e olhou atentamente a área de seu pulso. Desenhou uma cruz imaginária e soltou-o bruscamente. – um X é tudo que eu preciso.
A menina a sua frente não parecia compreender o que Opheliac dizia. Mas também ninguém iria. Ela deu alguns passos pra frente e esticou sua perna de uma forma naturalmente sensual em cima de sua cama e passou a mão em sua meia-calça listrada de preto e branco que levava a uma cinta-liga com fivela de coração e ergueu sua camisola um pouco, dando visão a uma tesoura, também com corações estampados pelos cabos. Puxou-a e voltou a perna ao seu lugar, rindo silenciosamente.
- Agora vamos brincar.
Com o cair da noite, as celas ficavam abertas somente para o corredor em que havia banheiros. O uso era livre e isso tentava Opheliac a sempre dar passeios noturnos. Ela costumava ser a única, até que naquela noite por volta das três da manhã ouviu a torneira ligada em um sanitário feminino. Direcionou-se até ele lambendo um de seus dedos que estava sujo de sangue, sorrindo descontraidamente. Estava um tanto sonolenta naquela madrugada, o que era bem incomum.
Contudo, todo e qualquer traço de sono desapareceu instantaneamente de seu rosto ao notar que quem utilizava o banheiro em seu horário favorito era a moça de olhos de mar. Opheliac fez silêncio e se aproximou dela sorrateiramente enquanto a menina andava em direção ao lixo para se desposar do papel utilizado em seu rosto. Quando chegou a notar Opheliac atrás dela, era tarde. Deu por si de costas para a parede fria, em uma mistura de susto e confusão, com a garota de um olho só observando-a avidamente dos pés a cabeça, com ambos os braços ao seu redor.
- Olá – sorriu maliciosamente.
- Oi? – a jovem de cabelos escuros aparentava uma calma absurda diante do que acabara de acontecer, o que deixou Opheliac mais impressionada.
- Você. Você é nova por aqui.
- Parece ter certeza disso.
Opheliac sorriu.
- É claro, senão eu já teria te notado faz tempo. Diga-me o seu nome, querida – passou então a mão rapidamente pelo cabelo da garota, até então ainda penteado.
- Porcelana.
- Há. Faz sentido – esfregou o dedo antes vermelho na bochecha de Porcelana e pressionou sua unha. Elas estavam exageradamente perto. – parece mesmo porcelana.
- Obrigada, eu acho?
- Eu é que tenho que agradecer. O que faz aqui? – Opheliac se afastou alguns centímetros para agarrar os braços de Porcelana. – Você tem uma baita quantidade de cicatrizes aqui. Tendências suicidas?
Porcelana deu de ombros.
- Talvez. Eu não me lembro
- Tendências suicidas e amnésia. E não é que você é deliciosamente interessante? – ao terminar a frase deu um sorriso que não durou nem um segundo e encostou a unha afiada em sua barriga. – Você é minha agora.
- Como assim? – ela realmente não compreendia?
- Quero dizer que a escolho para ter a honra de me acompanhar na recreação de amanhã. Tenho grandes planos pra alguém... – e então desceu os olhos para as pernas de Porcelana meio cobertas pelas meias e meio desnudas e mordeu subitamente os lábios. – como você. A propósito, meu nome é-
- Ophelia, disso eu sei.
A garota de um olho só inclinou a cabeça para mais perto dela e soltou um riso divertido.
- Opheliac, querida. Opheliac.
Era aproximadamente meio dia e meio quando o sino soou pela primeira vez. Opheliac já estava do lado de fora, ao lado da saída do corredor. Lixava descontraidamente suas unhas com um pedaço de madeira, cantarolando alguma coisa. Apesar da distração, seu único olho estava completamente atento ao movimento. Quando Porcelana se aproximou, sem nem mesmo tirar os olhos de sua unha recém-afiada, agarrou o braço da garota com a outra mão.
- Boa tarde, querida. Dormiu bem?
- Eu... – ela parecia não saber o responder a uma pergunta tão simples.
A outra menina que saía ao mesmo tempo olhou rapidamente para Opheliac e então para Porcelana, com uma expressão de dúvida. Aparentemente não havia sido informada do encontro das duas, o que fez Opheliac sorrir consigo mesma.
- Já havíamos combinado que hoje você ficaria comigo – e então a puxou salão a fora. Todos os outros “pacientes” as encaravam perplexos ou com curiosidade e Opheliac não podia deixar de subir o próprio ego com comentários em sua mente a respeito de sua bela companhia e como as duas formavam a dupla mais sensual da Quebra Nozes. – Porcelana, querida, o que você quer beber?
- Não tenho uma preferência. Tudo aqui parece grotesco.
- Há. Com certeza não é um open bar de rum norueguês, mas mesmo assim é bom ver que tem bom gosto e não se deixa ingerir qualquer porcaria.
Opheliac sentou Porcelana na cadeira de metal da última mesa, onde estava sentada da outra vez que se “olharam longamente”. Virou outra cadeira e a da morena para que ficassem de frente uma à outra e então se sentou também.
- Por acaso sabe alguma coisa que seja desse lugar?
- É um hospício.
- Há – Opheliac riu mais discretamente dessa vez, com um sorriso malicioso. – É, é sim. E contando com você, já temos uns dez novos membros só nesse último mês. Agora me diga: alguém já te contou o que acontece quando o Quebra Nozes começa a ficar muito cheio?
Porcelana fez que não com a cabeça. Opheliac permaneceu encarando-a sem mudar sua expressão.
- Bom, é a lei do mais forte – encostou-se na cadeira.
- O que isso significa?
- Acho que você vai ver em breve – Opheliac colocou uma mão na coxa de Porcelana subitamente, mas a menina não se moveu e sequer houve reação alguma. A garota de um olho só ficou duplamente intrigada com a menina. – Tudo isso é muito normal pra você?
- Não diria normal. Só não me surpreendo.
Opheliac riu largamente jogando sua cabeça pra trás.
- Foi o próprio Lúcifer que me mandou você, não foi? Meu pacto funcionou, aparentemente.
- Quem é Lúcifer?
A moça de marias-chiquinhas inclinou o rosto pra mais perto. Deu uma lambida nela.
- Vamos jogar um jogo chamado “surpreenda-me se for capaz”.
- Não conheço isso. Por acaso inclui lamber as bochechas uma da outra?
Opheliac sorriu divertidamente.
- Ah, inclui muitas lambidas sim, querida. Não só na bochecha. Tome cuidado pra não ficar sozinha no mesmo quarto comigo – deu uma piscada com seu único olho.
Houve então uma onda de fofocas pelo salão. As vozes abafadas formavam um zumbido juntas. Era bom para Opheliac estar na boca do povo novamente, mas mais do que isso desejava estar em uma boca mais especifica. Fazia muito tempo que não brincava com o seu brinquedo favorito e a abstinência em conjunto com o chocante desejo súbito que a dominou à primeira vista eram impossíveis de se ignorar. Sem mencionar então as veias tão visíveis que Porcelana tinha no pulso e as diversas cicatrizes. Nada atraía mais Opheliac do que o cheiro ou qualquer coisa que a remetesse a sangue. Porcelana era seu alvo, e Ophelia Constantine sempre teve uma boa mira.
Porcelana
Opheliac era certamente uma garota que sabia o que queria. Porcelana via isso de uma forma boa, chegando a ser uma admiração. Ela a agradava, isso era óbvio, mas ainda não compreendia muito o que a garota de um olho só a fazia sentir. Era tudo muito novo pra ela, como se tivesse nascido de novo. Opheliac parecia já saber disso e era exatamente o que a estava deixando loucamente interessada na menina de olhos azuis.
Houve então outro rebuliço no refeitório, porém ela e Opheliac estavam só conversando naquele momento e não poderia ser sobre elas de novo. Olhou em volta acompanhada da outra garota e viu que um rapaz de cabelos escuros e olho castanho claro aproximava-se do salão. Porcelana notou um riso disfarçado de Opheliac e perguntou quem era ele.
- Aquele é o pequeno e inútil, Felix.
Porcelana se recordou do nome.
- “A pessoa mais perigosa daqui”, me disseram.
- Há – Opheliac riu alto. – Felix, perigoso? Não, Felix é um cãozinho abandonado. Sou eu que você deve temer.
- Por que ele mantém um olho fechado e o outro aberto? – Porcelana indagou curiosa.
- Provavelmente quer me imitar – deu uma piscadinha rápida.
Ao ver Opheliac, Felix torceu o nariz e quis dar meia volta, mas ao notar Porcelana seu olho que estava aberto estreitou-se para provavelmente ver melhor. Ficou parado por alguns segundos e então correu para longe. Opheliac riu ao lado de Porcelana.
- Eu disse que ele era um imbecil.
- Que estranho. Mas, Opheliac, você estava me contando sobre as duplas de “novato e solitária”, pode ser que eu acabe sendo a dupla dele.
A ruiva deixou um rápido suspiro escapar de seus lábios.
- Acontece que eu também saí da solitária recentemente. Você deveria ser minha dupla.
- Qual a possibilidade?
- Comigo qualquer possibilidade é alta, meu amor.
Opheliac insistia em seguir Porcelana onde quer que ela fosse, e a menina estava começando a se acostumar com isso. Era bom pra ela ter alguém com quem contar. Cordeiro era boa pra ela, certamente, mas passava todo seu tempo com Leão e seu irmão mais novo, apelidado de Nulo. Supostamente a pequena menina só havia ido para o Quebra Nozes para poder cuidar dele, porém não admitia isso. Talvez temesse que a verdade a expulsasse da clínica. O pequeno Nulo era semelhante à Porcelana em alguns aspectos, mas não tinha perdido a memória, e sim a confiança em ficar ao redor de pessoas. Tinha medo e não permitia ser tocado, além de não expressar nada em seu rosto.
Ao cair da tarde, Opheliac ficara aos xingamentos profanos quando Porcelana foi escalada para ser a dupla de ajuda de Felix e devido à má conduta com a instrutora, teve de esfregar o chão da cozinha. Porcelana não compreendeu a punição.
A sala de treinamento psicológico era clara somente no meio, onde a dupla deveria se sentar. Eles deviam comparecer à ela duas vezes por semana e ficar duas horas apontando o que um via de bom ou ruim no outro.
Porcelana sentou-se primeiro, sem entender por que o temeroso Felix agia tão hesitantemente em sua presença. Ele era número 22. Ficara observando-a um pouco de cima com seu único olho aberto até que enfim se sentou. Ela quebrou o silêncio.
- Olá.
- Oi... – ele disse com dificuldade após alguns minutos.
- Me disseram que é assim que as pessoas se cumprimentam – esticou a mão para ele. – Sou Porcelana.
- Felix – o rapaz apertara sua mão lentamente e então retirou rápido a dele.
E o silêncio chegou novamente, como uma corrente fria de ar. Felix a olhava às vezes, mas quando ela retribuía rapidamente desviava o olho. Os minutos passavam devagar até que alguém bateu bruscamente na porta de metal.
- Vocês estão aí dentro para dialogar, seus vermes. Até as baratas nas paredes estão sendo mais barulhentas que vocês!
A brutalidade fez com que o menino estremecesse. Porcelana sentiu algo que podia ser parecido com pena.
- Então... – ela iniciou. – Por que mantém um de seus olhos fechados?
- Ah?! Eu... – Felix ficara ainda mais apreensivo. – Eu não posso abri-lo. F-fiquei na solitária por causa dele... Eu... Não posso... Ele vai sair...
- Quem vai sair?
- Ele... Pogo... Não... Não quero falar sobre isso – e então envolveu a si mesmo com os dois braços. – Por que uma moça tão bela como você está aqui?
Ela balançou a cabeça sutilmente.
- Eu não me lembro.
- De certa forma... Fico feliz que esteja. É a pessoa mais bonita que já vi.
- Quantas pessoas você já viu?
Felix deu algo que podia ser um sorriso que não durou nem dois segundos.
- Vi muitas. E muitos lugares.
- O que fazia neles?
Pigarreou.
- Eu nada. Somente ‘ele’. Mas eu via tudo. Gosto do seu cabelo. É da mesma cor que uma pantera negra.
- Nunca vi uma pantera, o que é?
- Um felino maravilhoso. Gosta de felinos?
- Gosto de gatos. Cordeiro me mostrou a foto de um dos gatos dela.
- Se você gostou desse pequeno, imagina quando vir os maiores. Os tigres são meus favoritos.
- Gostaria de poder ver.
- Eu te mostro algum dia... – Felix disse, e então sorriu de verdade daquela vez.
- Gosto da cor dos seus olhos – ela falou. – me lembra mel. Deduzo que eu gostasse de mel antes.
- Eu gosto dos seus. Gosto do jeito que fala também.
- Como assim?
- Normalmente, as pessoas não são assim tão inocentes... Muito menos gentis.
- Cordeiro é gentil.
- Sunny não se comunica com ninguém além do irmão e do rapaz loiro e alto. Acho que conquistou a atenção dela justamente por causa do que eu falei. Tem algo especial em você. As pessoas costumam te olhar muito não é?
- Sim.
- Além disso, ouvi os lacaios do Quebra Nozes dizendo que tem uma detetive atrás de você.
- O que é um detetive?
- Pessoas que investigam coisas. Você deve ser importante.
- Não tenho como saber – ela deu de ombros. – Opheliac disse que eu sou diferente.
- Opheliac – a expressão dele mudara completamente e virara de repulsa. – faça um favor a si mesma e fique longe dessa filha de satã.
- Todo mundo me diz isso. Mas ela não me fez mal algum.
- AINDA – Felix parecia enraivecido. - Acredite em mim. Rosas parecem bonitas também, mas quando você as colhe furam seus dedos...
Dadas as duas horas de treinamento psicológico, Porcelana e Felix saiam juntos pelo corredor estreito do prédio dois. Ele parecia gostar muito de sua companhia e chegava a sorrir enquanto conversavam, algo que jamais ninguém havia visto no Quebra Nozes, supostamente. Porcelana mantinha sua expressão serena e sem demonstrar qualquer reação, mas também não estava incomodada. Ele era bom. Por que falavam tão mal dele?
Pararam em frente à entrada do prédio um, onde alguns pobres coitados deitavam no pequeno gramado seco que havia ali mas não falavam nada.
- Acho melhor eu voltar pro meu quarto. Estou começando a ficar com o nariz irritado.
- Isso é normal? – ela indagou confusa.
- Rinite – Felix sorriu. – Acontece que eu não posso ter crises de espirro, senão posso acabar abrindo o olho e... Bem, foi bom te conhecer Porcelana.
Deu a mão a ela.
- Foi – ela concordou, apertando-a.
Quando Felix ia se virar, deparou-se com o rosto de qual menos gostava no mundo todo.
- Bang! – Opheliac apontara o dedo para ele, imitando uma arma. – Você deveria ficar longe da minha garota, palhacinho.
- Não me chame assim! Eu não sou... Ele... Eu só... Fiz o que me mandaram.
- E cadê a novidade nisso, não é? – ela riu, segurando fortemente o rosto de Felix. – acho que você é mais legal quando abre esse olhinho...
- Me solte – ele ordenou, mas continuou parado. Opheliac aproveitou o movimento nos lábios dele para agarrar sua língua.
- Eu sei que não vai demorar muito até o Pogo voltar, mas sinto falta dele. Inflava tanto meu ego – a garota de um olho só pressionou repentinamente sua unha do dedo indicador fortemente na língua de Felix, rasgando-a. Ele gritou de dor.
Apesar de presenciar tal ato de insanidade, Porcelana não sentiu nada. Indagou-se se aquilo era de fato algo cruel de se fazer, mas sua mente pareceu recusar o “certo e o errado”. Ela apenas assistiu.
Quando Felix conseguiu empurrar Opheliac alguns centímetros apenas para trás, pôs a mão em sua boca para conter o sangue que escorria. E então correu.
- Mas que homenzinho mais ridículo. Há – Opheliac parecia estar se divertindo. – senti saudades, querida.
- Por que furou a língua dele? – questionou Porcelana observando-o se afastar cada vez mais.
- Não quero ninguém olhando pra você daquele jeito – e então a envolveu com um braço e beijou o topo de sua cabeça.
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chromecutie · 4 years
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Not A Ghost - part 34
A/N - Multi-part fic. Colossus x OC where OC has come home after being wrongfully imprisoned in the Icebox. Warnings for whole fic - references and flashbacks to harsh prison environment, including various types of abuse. Takes place shortly after events in Deadpool 2. Whole thing will end up on my AO3 eventually.
Masterlist on my profile!
Taglist: @emma-frxst  @ra-ra-rasputiin  @holamor ​  @empressme-bitch  @marvel-is-perfection  @hazilyimagine ​ @marvelhead17 @rovvboat @angstybadboytrash ​ @whitewitchdown ​ @master-sass-blast ​ @mori-fandom @mooleche @dandyqueen @emberbent @leo-writer . Wanna be added or removed? Holla at me.
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As Cable zipped his bags and hefted them to his shoulder in the hangar, he heard someone call behind him. He turned to find Russell hurrying up to him.
"I want to come with you," he said, "to help Wade."
Cable was struck by the earnestness in the boy's voice. But just because they had managed to stop him from killing that headmaster just months ago didn't mean he couldn't pick up a taste for killing some other time. "Wade wouldn't want you going back to the Icebox," Cable said. "It's gonna get ugly--"
"I can use my fire to keep things clear for us!” he urged. He patted his palms on his chest and forced a smile, “I can help! Ellie and Yukio are going."
"I'm not sure they are," Cable hedged. "Even so, they're X-Men. Fully trained. You’re still a student." He started to turn away.
Russell wilted. "Can't I do anything to help?" 
Cable sighed and turned back to the boy. "You already have," he assured him. "You helped confirm the layout." When the furrow in Russell’s brow deepened, Cable’s own frown softened. It reminded him too much of telling his wife and daughter goodbye before missions. He gave Russell a variation of the promise he always gave his daughter, “Hang tight, kid. We’ll have them home as soon as we can.” He turned again, and had to dodge Ellie and Yukio running to the jet.
Yukio was on her girlfriend’s heels as she bounded to the jet’s ramp. Freshly showered and without her usual makeup, Ellie’s hair was unstyled and fluttered in short pieces around her eyes. “Colossus!” she shouted. Her hands were set in hard fists.
Colossus strode down the ramp, palms plaintive. “Negasonic,” he answered, “We have been through this--”
“I’m a full member of X-Men,” Ellie snapped, “and you can’t tell me not to volunteer for a mission!” She set a packed duffle bag on the ramp and crossed her arms.
It was time to get moving. Colossus shook his head impatiently, “Rhonda was clear. She does not want you two to see the Icebox.”
NTW’s chin jutted forward. “She’s not here to stop me.” When Colossus didn’t relent, she scoffed, “Did you forget who helped you take down the Juggernaut?” For not being Rhonda’s biological daughter, she certainly had her stubbornness. 
“No one is doubting your capabilities,” Colossus assured her as he shifted his weight. He thought of all Rhonda’s scars, and how many new ones she might be coming home with, and the risks posed to younger, less experienced X-Men. “It’s not only the DMC officers we have to worry about - the other inmates are just as dangerous, if not more so.” 
Ellie rolled her eyes. “They have collars--”
Yukio tried to mediate, black and pink ponytail swinging as she swivelled her head between them, “You have Cable, Domino, Beast, Storm, Kurt, and yourself. Maybe that’s enough for all the officers, but the inmates? Like you said, collars or no collars,” she gave Ellie a pointed look, “they’ll be dangerous too. You could use more help. Our help.”
Colossus countered, “We will have Rhonda and Wade, once we get their collars off.”
Ellie and Yukio shared a look. Ellie’s shoulders drooped slightly. “When this happened before, I was too young to help. But now,” her voice cracked and she huffed a sigh, "I've never called her 'Mom,' but you know what she is to me. I'm not just standing by when I can help."
He briefly clenched his jaw, then his demeanor softened. "You two will stay close together?"
Ellie gave an indignant frown, but before she could make a retort, Yukio interjected, "Yes, and we will stay close to you. Give you cover." She elbowed Ellie, who nodded.
Finally, he relented. "If you promise to stay together and stay close…" he jerked his head toward the interior of the jet, turned, and went to strap into a seat for takeoff. The young women hustled after him.
--
The solitary unit was kept in the coldest part of the Icebox. No windows, dim lighting, and cold enough for an inmate to see their own breath. The blood on Rhonda's forehead had dried, the scrape above her eyebrow starting to scab over. She hadn't bothered to wash her hands, and Calhoun's blood crusted under her fingernails. Her eyes still burned and watered, but less severely. She couldn’t feel her nose or fingertips. Resigned, defeated, she stared at the ceiling until she could see shapes moving like clouds. The new X on her arm had a long tail wrapping around her forearm because of how she'd rolled away from the hand making it. It was swollen and red. Already infected.
There were shuffling footsteps and the squeal of a rolling cart's wheel that halted in front of Rhonda's solitary cell. A tray scraped along the floor through the slot in the door. Rhonda made no move for it, or even turned her head to look, staring listlessly upward from her cot. 
"Guestbook, darling," a familiar voice murmured gently, "you did so well. You only had to incapacitate Calhoun, but I don’t mind him being dead. You gave me what I needed. And then some."
Goosebumps already pebbled Rhonda's flesh, but a new chill sank into her bones. "Mimi?" 
"With Calhoun dead,” she spoke softly, “that means Burton will be stationed at the yard. And Sinclair will be moved from the cell blocks to Burton's spot in the mess hall. Macias will be moved to cover the cell blocks, which means the control office will be stationed by my very own Robinson."
Tendrils of hope crept up Rhonda's throat. "Are you here to let me out?" 
Mimi chortled, and it made Rhonda’s stomach turn with dread. "You killed a guard. I can't get you out. You'll have to wait for your friends. If they're actually coming."
“Wait--” but the squealing wheel started again, fading as Mimi brought the other isolated inmates their dinner. Rhonda took a shaky breath as tears stung her eyes.
--
Wade still had the torn sleeve wrapped around one fist as he forced down his dinner. When Mimi rolled the cart back in from the solitary unit, he brought his tray to the dishwashers and said with a gritty whisper, “Where is she?”
Mimi rolled her eyes, “Where is who?"
"Your favorite feral raccoon," he retorted, "Rhonda." When Mimi gave him a bored stare, he groaned and resisted the urge to kick the cart over. He rolled his shoulders and popped his neck once and amended, "Guestbook."
Mimi started unloading empty trays from the cart for the dishwashers. "Who are you again?"
Wade took a deep, sharp breath. "Captain Deadpool." A pause. He rolled his eyes. "I came here with Rhonda?"
Mimi flicked her forked tongue and feigned sympathy, "Oh, the pooooor separated lovers.” She let out a hissing laugh and shook her head as she continued stacking the empty trays by the dishwashers.
He struggled not to cough as he demanded, “Why did you get her thrown in solitary?”
The reptilian was blunt, “So they wouldn't kill her.”
“Then…” Wade laid a hand on the last tray to halt her. “Why save her life? I thought you’ve had it in for her before.”
Mimi jerked the tray from under his hands with a frosty glare. “Walk and talk,” she growled. Wade followed her as she waved off a few Vicious 13 members who tried to approach them. “I never tried that hard to have her killed, just made a show of it. Because, honestly? I like that dramatic bitch. If I’d known her while I was working corners, we might have been friends.” She went to the duty roster on a large whiteboard in the mess hall. “If your girl’s in solitary, no one else can take a swing at her until we take the office and let her out. Good enough for you?” She smiled grimly, but it was a challenge.
Wade opened his mouth to speak, then closed it and blinked. “So it’s protective custody. Well...can I go tell her that? I get a feeling you didn’t.”
“Solitary doesn't get visitors,” she returned with raised eyebrows and a shrug. She checked off the duties she had completed and leaned against the board, crossing her arms.
His scarred and pocked face split in a wide grin. “That’s why you did the meal run. Thought that seemed a little beneath you. You’re more of a Trunchbull type to me.” He started eyeing the duty roster. “What about...an errand or something?”
Mimi rolled her eyes. “You don’t need to get in there. She’s not going anywhere.”
An inmate with red hair and an abundance of freckles leaned between them to check off their task on the duty roster. When they left earshot, Wade leaned close to Mimi and said, “I need to know she’s alive, and good enough to fight when it’s time.”
She heaved an annoyed sigh, flashing teeth that were narrow and hooked like a python’s. She took the marker that was velcroed to the board and updated the duty roster with Wade’s name on a new task. “Go tell the dramatic bitch everything will be fine. And get some rest. You better be ready when the moment is right.” She flicked her forked tongue. “You any good with a mop?”
--
The yellow janitor bucket almost matched the yellow of the Icebox inmate jumpsuits. Both were a bad shade of yellow to begin with, a little faded, and full of greenish, brownish, and black marks from scuffs and dirt. Wade barely mopped the hall enough to keep the appearance that he was on janitorial duty. He swished and swiped a sloppy path to the cell number Mimi had told him. He didn’t care if the cameras caught him. If they did, it would take the guards a few minutes to come down here and pull him away anyway. 
“Guess whooo?” Wade said at the door. Silence. “Hey,” he insisted. “Rhonda?” Another beat of silence.
There was a soft sigh and a voice mumbled, “What, Wade?”
“Ohhh thank god you’re alive,” he chuffed a relieved laugh. “I did not wanna have to explain to Colossus, ‘Sorry buddy, wifey lost her shit, wrecked wholesale ass, and then died!’ Haha...ha.”
“Day’s not over yet,” she said flatly. “I still might.”
Wade heard the despair in her voice and let out the longest sigh. “They really hit your head, huh? Well the good news is that Mimi landed you in solitary so nobody can make you disappear before the team gets here.” He crouched and checked the slot for the tray. The food and small carton of milk were still untouched. “Listen to me,” he said firmly as he groaned his way back to his feet, suppressing a cough. “Go to your tray on the floor and pour that milk on your face for the pepper spray. How’s your shoulder?”
“It doesn’t matter.”
The mop slapped on the floor with a little splash as Wade grunted in frustration. “It’s gonna matter soon. If you--” he broke into a fit of coughing. It took him a wheezing moment to catch his breath. He finished with a somber tone, “Depending on how the next couple days go, you might have to fight out of here on your own. Good looks and a great sense of humor only go so far against a bunch of fucking tumors.” He swished the mop around near the next cell and prompted, “You hear me?”
There was a rustling of fabric in Rhonda’s cell. Her voice sounded closer to the door when she said, “Even if they get here before we’re both killed, there’s no way he’ll let me go back. Not after what he sees here.” 
Wade sighed and leaned against the wall by her door. He heard a particular flavor of heartbreak, dread, and self-hatred that was only too familiar. “Look, Colossus sees the best in everyone, and that’s why he’s got that fucking stupid rule about no killing. But it’s also why we love him, right? You wait, he’ll--”
Rhonda’s voice was strained, “This is different.”
“Well,” Wade plopped the mop back in the bucket and started rolling it. “Let’s get through this and find out.”
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snapsimplex · 5 years
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as-leonardo · 5 years
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ditch class, put these records on.
era uma situação daquelas que precisavam ser pensadas, repensadas, escritas no papel e revisadas. convencer @as-taeyang​ a matar aula requeria muita prática e o dom dos olhos convincentes, coisa que após tantos anos de convivência leonardo já havia se formado em. sugeriu tantas coisas para fazerem que perdeu as contas, mas o mestiço sabia que no fim acabariam com os pés na areia macia da praia secreta — que leo já nem achava mais tão secreta assim — e os fones no ouvido. era algo que fazia com frequência; a promessa de encontrar músicas novas para que ouvissem juntos parecia desafiadora, mas o fazia desde que ganhou seu primeiro ipod. 
foi tudo calculado. leonardo esperou que o sinal para a entrada dos alunos batesse para dispersar, andando para lá e para cá antes de sair pelo portão antes que este se fechasse, trazendo consigo o melhor amigo, o puxando pelo pulso enquanto pisava forte no chão, quase como fazia quando eram crianças. —— ninguém vai reparar não, né? —— fez careta, mas logo riu divertido para o mais novo. gostava de fazer merda, mas fazer merda com taeyang tinha um gostinho de vitória mais agradável. — eu trouxe umas músicas que eu achei no youtube —— encarou o melhor amigo com o cantinho dos olhos. —— e eu prometo que dessa vez são boas, cê vai ver! — disse enquanto gesticulava grandemente, como se realmente fosse grande coisa. talvez fosse essa a magia do negócio... ter algo que seria importante e divertido unicamente para os dois.
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